1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA - 001
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Setor Municipal do Patrimônio Cultural
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ATUALIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO INVENTÁRIO
CATÁLOGO DOS BENS CULTURAIS DIVULGADOS
AU 01 – ÁREA URBANA 01 - ZU
1. Patrimônio Inventariado pelo município com Atualização e Divulgação
periódica
1.2. Bens Imóveis - Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas autorizadas
para
Divulgação ( 02 períodos: fevereiro/abril e agosto/outubro)
Ano Base de 2016 Exercício 2018
Bem Imaterial
Romarias Inventário temático 2016 2016
Folia de Reis Inventário temático 2016 2016
FICHA DE INVENTÁRIO DOS BENS IMATERIAIS
“ROMARIAS”
1. MUNICÍPIO
Cristais
2. DISTRITO
Sede
3. LUGAR ONDE OCORRE A ATIVIDADE:
Percurso entre Cristais MG e Aparecida do Norte SP
4. RESPONSÁVEL / RELAÇÃO COM O BEM:
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Sebastião Martins Ferreira
5. DESIGNAÇÃO:
Romarias
6. PERIODICIDADE:
Meses de agosto a outubro
7. AUTORIA:
Cultura popular
8. ORIGEM:
Religiosa católica
9. PROCEDÊNCIA:
A palavra "romaria" faz referência à cidade de Roma, na Itália, onde surgiu a
Igreja Católica e local da sede do Vaticano
10.BENS INTEGRADOS:
Bandeira, imagens, objetos sacros de devoção
11.DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA:
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Fotos cedidas pelo Arquivo Público Municipal
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Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais / agosto/ 2016
12.DESCRIÇÃO
As romarias são manifestações religiosas que foram trazidas pela Igreja
Católica durante o processo da colonização portuguesa. Trata-se de uma
peregrinação, realizado por numerosos grupos de pessoas a pé, em cavalos ou por
meio de veículos, para um dado local com o intuito de rogar por graças, pagar
promessas, agradecer os desejos alcançados ou apenas por motivação religiosa. A
palavra "romaria" faz referência à cidade de Roma, na Itália, onde surgiu a Igreja
Católica e local da sede do Vaticano. As romarias são organizadas em ciclos, de
acordo com o dia de homenagem a algum santo ou simplesmente para pagar uma
promessa. Alguns pólos nacionais de atração para as romarias são Aparecida, em
São Paulo, Trindade em Goiás e Círio de Nazaré em Belém do Pará, entre outras.
A basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, no interior de
São Paulo, é o maior templo católico do País e o segundo maior do mundo, perdendo
apenas para o Vaticano. Por ano, a basílica recebe cerca de 15 milhões de peregrinos,
de vários cantos do País.
Os romeiros planejam as romarias, anualmente, para os meses de agosto a
outubro, quando acontece o ápice dos festejos, dia 12 de outubro, data da
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celebração da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. As
modalidades da romaria são: a pé, a cavalo, de moto ou de ônibus. Um grupo de
peregrinos da cidade de Cristais se reúne na Igreja Matriz N. Senhora da Ajuda, às
14:00 hs, onde se celebra a missa festiva para pedir bênçãos para a viagem. Os
familiares acompanham a comitiva até a saída da cidade.
A Romaria à Aparecida do Norte – à pé –é organizada desde 1998 pelo Sr. Sebastião
Martins Ferreira. Cidades vizinhas aderem ao movimento de peregrinação,
reunindo-se em Cristais e, após participarem da celebração da missa, saem com
destino à Aparecida, perfazendo um trajeto de 800 km. De agosto à outubro
acontecem também várias romarias de ônibus com o mesmo destino. A organização
da romaria conta com a diretoria que é regida por um regulamento que dita as
normas disciplinares. Acompanha os romeiros carros e caminhões, como ponto de
apoio, oferecendo comida, água, medicamentos para primeiros socorros.
O trajeto das romarias à cidade de Trindade em Goiás é realizado através
de ônibus. Além dessas romarias a cidade conta com a romaria a pé nos Souzas,
comunidade rural e a Itací, cidade vizinha. As romarias à Três Pontas – visitação ao
túmulo do Pe. Vitor, e à Congonhas do Campo são de ônibus.
13.HISTÓRICO
As romarias e peregrinações são jornadas empreendidas por motivos religiosos a
um santuário, a um lugar sagrado e milagroso, onde as pessoas vão pedir graças
especiais, cumprir promessas e agradecer favores recebidos.
Em todo o mundo ocorrem romarias e peregrinações. A Terra Santa e Jerusalém,
desde os primórdios do cristianismo, foram pólos religiosos que atraíram multidões de
peregrinos.
Na diversidade dos contextos históricos e geográficos, as romarias sempre
apresentam algo de comum: o costume de caminhar, de deslocar-se percorrendo grandes
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distâncias, rumo a um local onde são concedidas, de modo especial, graças e favores
espirituais. Com essa motivação, os peregrinos enfrentam o desafio das longas
distâncias, fome, sede, cansaço, às vezes doenças, e tantas outras dificuldades.
Em toda a História da Igreja Católica as peregrinações constituíram sempre
expressões de grande fervor religioso. Uma promessa é feita quando normalmente já se
esgotaram os recursos humanos para resolver uma situação difícil, representando um ato
de fé e confiança. O cumprimento de uma promessa é um agradecimento, uma ação de
graças de forte conteúdo simbólico, como o extenso caminho percorrido, o portar vela
acesa, o oferecimento de perna e outros membros do corpo humano de gesso ou de
muleta numa sala de ex-votos.
As primeiras romarias de que se tem registro no Brasil aconteceram entre
1743 e 1750. Somente a partir de 1900 começaram as grandes romarias programadas,
com o incentivo da Igreja católica, graças aos novos meios e vias de transportes, bem
como do apoio dos meios de comunicação de massa, em especial as estações de rádio
religiosas.
São muitos os centros de peregrinação que atraem grandes números de romeiros no
Brasil: Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará; São Francisco de Canindé, na
cidade do mesmo nome, no Ceará, Senhor do Bonfim, em Salvador, Bahia, Santuário
da Santíssima Trindade ( Pai Eterno) em Trindade, Goiás, Nossa Senhora de Aparecida
e Bom Jesus de Pirapora, ambos em São Paulo. Não se deve esquecer a devoção a um
beato nacional, o padre Cícero, em Juazeiro do Norte, no Ceará.
Os romeiros chegam a esses lugares a pé, de bicicleta, a cavalo, em paus de
arara, de charrete, em carros de bois, moto, ônibus, caminhão. Alguns arrastam cruzes
ou andam de joelhos, com grande sacrifício. Os que andam a pé, sozinhos ou em
pequenos grupos, são chamados "caminheiros". Entre as romarias existem aquelas que
são organizadas para fazer o percurso a cavalo e que chegam a reunir mais de 1.500
cavaleiros.
Nos templos que atraem os romeiros costumam existir a sala ou casa "dos
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milagres", com centenas de ex-votos: quadros, fotos, peças de vestuário, imagens
feitas em madeira, cera ou gesso representando as graças obtidas pelos devotos que
ali os levaram. Muitos desses ex-votos têm centenas de anos de idade e fazem parte
do patrimônio artístico e cultural brasileiro.
Sendo a nação de maior população católica no mundo, o Brasil conta com
numerosos centros de romarias, localizados seja em pequenos povoados dos mais
recônditos e distantes, seja em lugares dos mais conhecidos e visitados.
Em Cristais as romarias têm um cunho essencialmente religioso. As romarias
são organizadas por uma diretoria com regulamento próprio. Os grupos de romeiros se
reúnem na Igreja Matriz para a Missa, às 14 hs, e, após a celebração litúrgica saem em
caminhada à pé, ou a cavalo ou de moto, conforme a modalidade escolhida.
Na romaria a pé encontram-se três tipos básicos de peregrinos: o primeiro é
formado por devotos permanentes que, motivados ou não por milagres alcançados,
peregrinam até o santuário anualmente, sem interrupção. Entre os mais velhos, conta-
se como demonstração profunda de fé os que peregrinam há muitos anos. Não são
poucos os que declaram mais de vinte anos na peregrinação. Devotos desse tipo
cumprem quase todas as práticas sagradas envolvidas na caminhada, na chegada ao
santuário e no retorno, incluindo rezar no caminho, assistir missa no santuário,
acompanhar procissões, contribuir com esmolas à Igreja. Muitos repetem algumas
práticas sagradas complementares, como subir de joelhos as escadarias do santuário,
oferecer esmolas aos mendigos instalados nas ruas. Além disso, durante a romaria,
praticam penitências como jejuns, abstinência de bebidas alcoólicas e de certos
alimentos, como a carne. Outros cuidam de sacralizar a própria aparência corporal,
vestindo roupas especiais e adornos, carregam objetos sacros, especialmente bíblias,
crucifixos, rosários escultura de imagens e imagens estampadas em bandeiras.
O segundo tipo de romeiro caminhante é formado pelos pagadores de
promessas eventuais, sujeitos que passaram por aflições resolvidas por pedidos à
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santa e peregrinam para agradecer as graças alcançadas, sejam relativas a problemas
próprios, sejam relativas a aflições de sujeitos afins. Tal como os primeiros devotos,
em diferentes ocasiões antecedentes da romaria, guardavam do passado ou
apresentavam no presente os mesmos motivos antes mencionados para peregrinar.
Esses devotos eventuais ou os sujeitos afins comprometidos em suas promessas,
tendo recebido as graças, devem pagar suas dívidas. Surgem desses últimos, então,
os romeiros que, muitas vezes, pagam promessas a contragosto, penitenciando-se
por transferência de dívidas, quase sempre decorrentes de promessas feitas para
crianças, parentes doentes ou idosos. Fiadores das promessas de outros e para
outros, não é difícil ouvir deles queixas da obediência à obrigação sagrada, feitas
quase sempre seguidas de correções e receios. Assim, não causa surpresa que alguns
pagadores de promessas eventuais desistam da caminhada sob várias justificativas,
principalmente quando sofrem danos físicos nos pés, as inevitáveis bolhas.
O terceiro tipo romeiro é formado por caminhantes “profanos”, sujeitos que
mesmo não sendo devotos da santa ou envolvidos por promessas faziam a peregrinação
como acompanhantes de parentes ou amigos, com o fim de lazer. Esse grupo, formado
na maioria por jovens, quando somados a seus iguais que comparecem usando veículos
motorizados, não é numericamente desprezível e tem grande relevância na promoção da
efervescência das práticas profanas acopladas aos rituais sagrados. Entretanto, quando
caminhantes, constituem a maioria dos desistentes da empreitada, quase sempre sem
chegar ao meio do caminho, mesmo quando, às vezes, são declarantes de alguma
promessa. Também se mostram distantes das várias práticas sagradas complementares
da romaria. Os peregrinos a pé são os protagonistas centrais dos rituais das romarias
mais freqüentes à Aparecida do Norte, onde se registra a história do milagre da pesca:
três pescadores pescavam sem obter sucesso. Numa última tentativa, lançaram as redes
e puxaram uma imagem. Espantados, sentiram um sinal dos céus, pois, a partir daquele
momento, a pesca foi abundante. Os piedosos pescadores logo atribuíram o fato a um
milagre da Virgem Morena. Improvisaram um altar e, naquela mesma tarde, toda a
vizinhança se reuniu para a reza do terço, que se tornou tradição na vila, hoje cidade de
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Aparecida, terra da Rainha e Padroeira do Brasil. Este é o Porto Itaguassú, local exato
onde os três pescadores lançaram sua rede e resgataram do fundo do rio a imagem da
santa. O porto é parada obrigatória para o romeiro que visita a cidade de Aparecida do
Norte.
O Município de Aparecida está situado a 168 Km de São Paulo, a leste do
Estado, na micro região denominada Vale do Paraíba. O turismo e, consequentemente,
o comércio em geral, hoteleiro e de alimentação, constituem as principais atividades
econômicas do município. A cidade do Santuário conta com cerca 50 indústrias de
transformação, voltadas a atender o comércio religioso e, em geral, estruturado em
torno do turismo
Chegando ao destino, recebidos pelos familiares que fizeram o percurso de
carro, visitam o local sagrado, assistem a missa e cumprem suas promessas. Após o
cumprimento das promessas, o tempo fica livre para as compras e para o lazer. Então
visitam os pontos turísticos da cidade. O retorno à casa é feito por meio de transporte,
carros ou ônibus.
14.Recursos financeiros:
Os recursos financeiros são obtidos através de doações dos associados, dos
romeiros participantes.
15.Transmissão de saberes para gerações futuras:
Há uma preocupação em manter a tradição cultural. Os pais transmitem aos
filhos a tradição cultural e a instituição católica da comunidade também se
empenha em manter viva a fé, preservando a identidade coletiva, como um
legado religioso e cultural da região.
16.Proteção legal:
Inventário
17.Proteção proposta:
Registro do bem cultural imaterial
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18.Referências bibliográficas:
ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS
BRANDÃO, C. R. - A Cultura na Rua. Campinas: Editora Papirus,1989.
___________ Os deuses do povo. um estudo sobre a religião popular. São Paulo:
Brasiliense,
1986
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História
de Cristais. Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da primeira Povoação
do Ambrósio á Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte, FAPI, 2012
PESQUISA DE CAMPO
PRANDI, Reginaldo & PIERUCCI, Antonio Flávio. A Realidade Social das Religiões. São
Paulo: Editora Hucitec, 1996.
ZALUAR, Alba. Os Homens de Deus: um estudo dos santos e das festas no catolicismo
popular. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983
19. Informações Complementares
Informações obtidas juntas á comunidade
20.DATA DO INVENTÁRIO: 2016
21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
. Ações de Educação Patrimonial para conscientização da sociedade sobre os valores:
religioso, histórico e cultural do Bem Imaterial e sua necessidade de preservação;
. Ações do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural como agente de fiscalização
da preservação do bem imaterial, dando continuidade à tradição e promovendo sua
recriação.
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22. NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter o instituto do inventário , conduzindo-o para o registro como norma de
proteção para o bem imaterial. O inventário envolve técnica que permite a catalogação
e caracterização de bens com o objetivo de subsidiar política de tutela , notadamente
na forma de registro , instituto aplicável aos bens do patrimônio imaterial . O instituto
do registro, previsto na Constituição da República (art. 216, § 1o), destina- se à
promoção e à proteção do patrimônio cultural no seu plano intangível .
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
O bem imaterial nasce da intervenção da pessoa humana no meio ambiente,
construindo sua identidade e memória enquanto indivíduo e coletividade, para cada
povo e nação. Em Cristais, assim como em outros municípios brasileiros, há uma rica
diversidade cultural, como visto, a qual deve ser dada continuidade, imprescindível à
sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações. É preciso possibilitar-lhes o
direito à memória, a cultura e o acesso ao patrimônio cultural imaterial, fundamentais
para o equilíbrio do meio ambiente em que a sociedade está inserida. Neste contexto,
o inventário torna-se necessário para conduzir o bem ao processo de registro , como
alternativa para proteção de bens imateriais (a referência à materialidade faz -se a
título de apropriação da base de evocação da dimensão intangível que se pretende
protegida) e se faz mediante identificação da manifestação cultural cujas características
essenciais se vinculem a uma tradição e se mantenham ao longo do tempo para
reconhecimento de sua relevância como referência de identidade de um povo ; por fim,
o registro oficial do bem , na perspectiva de apoio à continuidade de suas
características essenciais , historicamente construídas , e de sua valorização como
referência de identidade da comunidade cristalense.
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24.FICHA TÉCNICA
Levantamento: Data: abril de 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Elaboração: Data: abril/maio de 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Revisão Data: junho/julho de 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
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Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
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INVENTÁRIO DO BEM CULTURAL IMATERIAL FOLIA DE REIS
1. MUNICÍPIO
Cristais / MG
2. DISTRITO
Sede
3. LUGAR ONDE OCORRE A ATIVIDADE
Na cidade e na comunidade rural do Souza
4. RESPONSÁVEL / RELAÇÃO COM O BEM
Grupo urbano – responsável: Antônio do Lei
Grupo rural – responsável: José Raimundo de Souza
5. DESIGNAÇÃO
Folia de Reis ( Manifestação Cultural)
6. PERIODICIDADE
A festa acontece nos meses de dezembro e janeiro – época natalina, mais
precisamente do dia 01 ao dia 06 de janeiro
7. AUTORIA
Manifestação cultural tradicional
8. ORIGEM
Tradição da cultura portuguesa
9. PROCEDÊNCIA
Correlacionada com a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário
10. BENS INTEGRADOS
Grupo de folia ou embaixada, instrumentos musicais, indumentárias, coroas,
rosários, bandeiras, etc.
11. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
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Fotos: Antônio Marcos Marques – Cristais / janeiro 2016
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12. DESCRIÇÃO
Os festejos incluem o auto de Natal, as pastorinhas e outras maneiras de
reverenciar o Menino Jesus.
Os festejos caíram no gosto popular e resultam da interação entre negros e brancos, que
reinventavam práticas religiosas da Europa, trazidas ao Brasil por portugueses,
principalmente no período do império. As comemorações em homenagem ao menino
Jesus são conhecidas como Reisado. Na Bíblia, a viagem dos magos é apresentada de
forma ligeira no capítulo 2 do Evangelho de São Mateus: “E, tendo nascido Jesus em
Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a
Jerusalém”.
Todos os anos, a folia vai às casas onde há um presépio montado para venerar o
menino Jesus. A tradição é da época do Brasil Império e repassada de geração a
geração.
Para que a festa ocorra é preciso que a bandeira seja conduzida com todo o
respeito e devoção por um folião. Aos violeiros cabe entoar os cantos, as rezas e catiras.
Eles são acompanhados pelos caixeiros, que, por meio do som da caixa, chamam os
foliões para a festa. O embaixador é o líder, o guia da folia, responsável pela alvorada,
giro e entrega da folia. Ele que determina quem deverá fazer as obrigações. É uma
pessoa de reverência, de respeito, de dignidade que aprendeu a guiar a folia com
geração passada e ensina a geração presente. Os reis magos vestem roupas coloridas e
com muito brilho. Podem estar mascarados ou não. Quando se fantasiam de palhaços,
ficam mais livres e conduzem os foliões para brincadeiras e diversas coreografias.
Quando apenas mascarados, cantam para o menino Jesus. Na folia, não pode faltar a
figura de Herodes, o imperador da Judeia, que mandou matar todas as crianças com
medo do Messias, que seria o rei dos judeus. Herodes é simbolizado pela personagem
Catirina.
Os reis Baltazar, Belchior e Gaspar, que foram guiados pela estrela de Belém até o
menino Jesus, são os personagens centrais desta festa, trazida de Portugal pelos colonos.
Sua comemoração era semelhante à portuguesa, pelo menos até o século XVIII, com
trocas de presentes na véspera do Dia de Reis, 06 de janeiro. Com o tempo, a Folia de
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Reis adquiriu traços mais populares e se misturou a novos elementos, como o Congado
ou Reinado. Atualmente, elas constituem um auto, em que são dramatizadas as
passagens bíblicas do nascimento de Cristo, da visitação dos reis magos e da fuga da
sagrada família para o Egito. Acompanham os foliões: tambores, cavaquinhos e
pandeiros. A Folia de Reis é comemorada, principalmente, em pequenas cidades do
interior de Minas Gerais, São Paulo e Nordeste, e sobrevive nas periferias de grandes
capitais. O ritual tem o seu início ao sinal do toque acelerado da sanfona e dos
instrumentos de percussão, uma extensa roda de espectadores animados se forma,
aguardando ansiosamente a entrada do palhaço, personagem mascarado da Folia de
Reis. O palhaço pede licença ao dono da casa para iniciar sua apresentação espetacular a
que todos chamam de brincadeira, na qual esse personagem de aparência e gestos
assustadores declama versos rimados e cômicos conhecidos como chulas, como o
abaixo:
"Quem é bom já nasce feito
Eu tento fazer o que pode
Me dá licença meu povo
que eu tô dentro do pagode
você vai me dar os dois real
eu posso falar do seu bigode?"
13. HISTÓRICO
A Folia de Reis é uma festa religiosa de origem portuguesa, que chegou ao
Brasil no século XVIII. Em Portugal, em meados do século XVII, tinha a principal
finalidade de divertir o povo, enquanto aqui no Brasil, passou a ter um caráter mais
religioso do que de diversão.
Em Minas Gerais teve um crescimento nos séculos XVIII e XIX porque o estado
abrigava as principais cidades do país.
Em Cristais, a Folia de Reis remonta ao século XX, após a sagração da
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que, desde essa época
homenageia com muitos festejos a padroeira dos homens pretos Nossa Senhora do
Rosário. A Festa do Reinado e a Folia de Reis são manifestações culturais correlatas.
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Ambas foram trazidas pelos portugueses ( embora a origem da Festa do Reinado seja da
cultura afro, os portugueses também colonizaram a África, havendo assim os fenômenos
histórico sociais do hibridismo cultural e do sincretismo religioso ), celebram seus reis,
têm os mesmos tipos de instrumentos, usam indumentárias fantasiosas,etc. As Folias de
Reis são manifestações culturais populares muito difundidas, tanto em áreas rurais
quanto urbanas, apresentando grande diversidade de variações regionais e
denominações locais. As folias procuram reproduzir a viagem mítica à cidade de Belém,
local de nascimento de Jesus, segundo a tradição cristã, que os reis magos - Gaspar,
Melquior e Baltasar - teriam feito para adorar e presentear o menino com ouro, incenso
e mirra.
No período de 01 a 06 de janeiro, um grupo de cantadores e instrumentistas
percorre a cidade entoando versos relativos à visita dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Passam de porta em porta em busca de oferendas, que podem variar de um prato de
comida a uma simples xícara de café
Trata-se de grupos de cantores e instrumentistas, chamados de embaixadas, que
realizam visitas rituais, às casas de devotos, distribuindo bênçãos em troca de donativos
para a realização de uma grande festa. A visitação às casas de devotos envolve
sequência ritualizada de ações, como chegada, entrada na casa, distribuição de bênçãos,
refeição, apresentação dos palhaços, ofertas, agradecimentos e despedida.
A apresentação do personagem palhaço, denominado Catirina, desenrola-se em
forte interação com o público e com os familiares da casa. Seu jogo está em divertir os
espectadores com versos e malabarismos de todo tipo e conseguir tirar proveito do
dinheiro ofertado pelos presentes. Os ganhos, assim, dependem de uma negociação
permanente entre palhaço e público, na qual se trocam versos ou bailados por dinheiro.
Catirina é o palhaço personificando o rei Herodes. É um personagem sempre
cercado de obrigações, regras e restrições. Ele deve permanecer do lado de fora das
casas dos devotos até o momento de sua apresentação e, por vezes, considera-se
perigoso tocar em suas vestes ou máscara.
O motivo de tanto cuidado com esse personagem misterioso está nos
significados a eles atribuídos. Algumas interpretações os relacionam com o diabo (o
cão), com o rei Herodes ou com seus soldados, que teriam saído em perseguição para
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matar o menino Jesus, segundo os mitos narrados. Palhaços estão aparentemente mais
ligados à esfera profana, mas seu vínculo com a folia se dá certamente pela via sagrada.
Uma pessoa, por exemplo, torna-se um palhaço, muitas vezes, em decorrência do
pagamento de uma promessa feita aos reis magos. A brincadeira do palhaço é, de certa
forma, o lugar potencial da subversão, da desordem, da criatividade, em contraste com a
formalidade e a solenidade do canto, da música, das palavras e dos gestos dos foliões.
Essas oposições parecem evidenciar um sistema simbólico que aponta para o fato de
que foliões e devotos compõem uma visão totalizadora do mundo.
A característica mais marcante do palhaço, entretanto, parece ser sua
ambivalência. O palhaço pode ser visto como um ser liminar que tem o poder de
transitar entre os domínios do puro e do impuro, do bem e do mal. Sua ambivalência é
atestada pela ideia difundida entre foliões de que um bom palhaço deve ter tanto
conhecimento sobre as profecias quanto um mestre, podendo até mesmo substituí-lo em
uma eventualidade. A ambiguidade própria do palhaço o leva a lidar concretamente com
forças perigosas decorrentes da ação das divindades ou dos próprios homens. Por esta
razão, muitos são os preparativos que os palhaços devem realizar antes de se fardar e
sair em uma folia. Ele reza, acende velas e louva a bandeira. A importância do
personagem está em renovar e atualizar.
Para receber a bandeira de volta, ao fim do longo ciclo de visitações, o altar deve
estar cuidadosamente arrumado, com imagens de santos, lâmpadas coloridas e enfeites
natalinos. Nessa ocasião, os foliões passam por um ritual especialmente importante, no
qual se despedem da bandeira. O palhaço retira as máscaras e caminham de joelhos em
direção à bandeira, deitando-se de bruços diante dela.
Diz-se que, nessa ocasião, o palhaço está pedindo perdão pela perseguição ao menino
Jesus, como aparece nos mitos, e declarando-se arrependidos. Trata-se de uma
conversão simbólica, por meio da qual é confirmada a supremacia moral do bem contra
o mal, da ordem contra a desordem. Uma das muitas explicações que foliões dão para o
uso de máscaras pelos palhaços é que, de acordo com os mitos, soldados de Herodes
que se converteram, ao ver o menino Jesus, as teriam adotado para que o próprio
Herodes não os reconhecesse e acusasse de traição.
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A importância do palhaço está em confirmar ideias, valores morais e visão de
mundo de foliões e devotos e, ao mesmo tempo, renová-los e atualizá-los por meio de
seu poder criativo. Por meio da Folia de Reis, manifestação cultural na qual a relação
entre mito e rito, pensamento e ação, ocupa lugar central, foliões e devotos ordenam
continuamente o mundo. Transmitir esses saberes na forma de uma tradição é,
necessariamente, recriá-la.
Versos para a chegada a casa:
“Senhor e dono da casa, vai chegando a folia
Vem beijar a nossa bandeira e escutar a cantoria
Vem beijar a nossa bandeira e escutar a cantoria ai ai ai !
Senhor e dono da casa, se não for muito custoso
Vem abrir a sua porta que nóis viemos de pouso
Vem abrir a sua porta que nóis viemos de pouso ai ai ai !
Nosso corpo quer descanso nóis precisamos dum canto
Nossa arma quem vigia é o Divino Espírito Santo
Nossa arma quem vigia é o Divino Espírito Santo ai ai ai !
Senhor e dono da casa, a folia vai saindo
Fica com Deus nosso pai e a proteção do divino
Fica com Deus nosso pai e a proteção do divino ai ai ai !”
Ele encerra sua entrevista cantando uma trova de nascimento:
“Vinte e quatro de Dezembro
Meia noite deu sinal
Lá do céu desceu uma estrela
Lumiou o mundo geral
Dizendo nasceu Jesus
Na noite véspera de natal
Que o galo crista da serra
Por ser um pássaro instruído
Foi ele quem deu à nova
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Que Jesus era nascido
(...) São José foi buscar luz
Na casa da mãe Maria
Quando ele vinha de volta
O messias era nascido
Se ele não tinha nascido
O que de nós, o que seria”
14. RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros são obtidos através de doações feitas pelos moradores da
residência visitada e da população participante da festa.
15. TRANSMISSÃO DE SABERES PARA GERAÇÕES FUTURAS
Há uma preocupação em manter a tradição cultural, que é transmitida de geração
para geração.
16. PROTEÇÃO LEGAL
Inventário
17. PROTEÇÃO PROPOSTA
Nenhuma
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONIAZZI, Alberto. O catolicismo no Brasil. In: LANDIM, L. (org.).
Sinais dos tempos: tradições Religiosas no Brasil. Cadernos do ISER, Rio de
Janeiro, n° ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL DE CRISTAIS/MG
BERKENBROCK, Volney. Diálogo e sincretismo. Revista Rhema, v. 5, n. 20, p.
167-183, 1999. ______. A festa nas religiões afro-brasieliras. In: PASSOS, Mauro
(org.). A festa na vida: significado e imagens. Petrópolis: Vozes, 2002.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Os deuses do povo: um estudo sobre religião
popular. Uberlândia: EDUFU, 2007.
CHAVES, Wagner Neves Diniz. Na jornada de santos reis: uma etnologia da Folia
de Reis de mestre Tachico. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2003. Dissertação
antropologia
ENTREVISTAS com grupo da Folia de Reis ( embaixada) – 2016
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INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE
MINAS GERAIS. Pasta do município de Cristais.
INVENTÁRIO DE PROTEÇÃO DO ACERVO CULTURAL DO MUNICÍPIO
DE
CRISTAIS 22, p. 13-35, 1989.
ARQUIVO PAROQUIAL DE CRISTAIS
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de Lima. PARREIRA, Maria Tereza Reis.
História de Cristais. Belo Horizonte, Lithera Maciel. 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de Lima. História de Cristais: DA PRIMEIRA
POVOAÇÃO DO AMBRÓSIO À SAGA Lindeira do Município. Belo Horizonte,
Editora FAPI. 2012.
MONTEIRO, Ausonia Bernardes. A performance do palhaço da folia de reis:
estilos, danças e movimentos. In: LIGIÉRO, Z. e SANTOS, C. A. (org.). Dan- ças
da Terra: Tradição, história, linguagem e teatro. Rio de Janeiro, Papel Virtual
Editora, 2005
SOUZA, Marina de Mello e. Catolicismo negro no Brasil: santos e minkisi, uma
reflexão sobre miscigenação cultural. Afro-Ásia, Salvador, UFBA, v. 28, p. 125-
146, 2002.
_____________________ Reis Negros no Brasil Escravista. Belo Horizonte.
UFMG, 2002
19. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Informações obtidas juntas á comunidade
20. DATA DO INVENTÁRIO: 2016
21. MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
. Ações de Educação Patrimonial para conscientização da sociedade sobre os valores:
religioso, histórico e cultural do Bem Imaterial e sua necessidade de preservação;
. Ações do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural como agente de fiscalização
da preservação do bem imaterial, dando continuidade à tradição e promovendo sua
recriação.
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22. NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter o instituto do inventário, conduzindo-o para o registro como norma de proteção
para o bem imaterial. O inventário envolve técnica que permite a catalogaç ão e caracterizaç ão
de bens com o objetivo de subsidiar política de tutela , notadamente na forma de registro ,
instituto aplicável aos bens do patrimô nio imaterial . O instituto do registro, previsto na
Constituição da República (art. 216, § 1o), destina- se à promoç ão e à proteç ão do patrimô nio
cultural no seu plano intangível
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
O bem imaterial nasce da intervenção da pessoa humana no meio ambiente, construindo
sua identidade e memória enquanto indivíduo e coletividade, para cada povo e nação. Em
Cristais, assim como em outros municípios brasileiros, há uma rica diversidade cultural, como
visto, a qual deve ser dada continuidade, imprescindível à sadia qualidade de vida das presentes
e futuras gerações. É preciso possibilitar-lhes o direito à memória, a cultura e o acesso ao
patrimônio cultural imaterial, fundamentais para o equilíbrio do meio ambiente em que a
sociedade está inserida. Neste contexto, o inventário torna-se necessário para conduzir o bem ao
processo de registro, como alternativa para proteç ão de bens imateriais (a referê ncia à
materialidade faz -se a título de apr opriação da base de evocação da dimensão intangível que se
pretende protegida ) e se faz mediante identificaç ão da manifestaç ão cultural cujas características
essenciais se vinculem a uma tradiç ão e se mantenham ao longo do tempo para reconhecimento
de sua relevâ ncia como referê ncia de identidade de um povo ; por fim, o registro oficial do bem ,
na perspectiva de apoio à continuidade de suas características essenciais , historicamente
construídas, e de sua valorizaç ão como referê ncia de ide ntidade da comunidade cristalense.
24.FICHA TÉCNICA
Levantamento: Data: abril de 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Elaboração: Data: abril/maio de 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
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Marcos Antônio Marques
Revisão Data: junho/julho de 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
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Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4