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A Babilônia na Profecia Bíblica
Thomas Ice
“Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em
uma só hora, chegou o teu juízo” (Ap 18.10).
Será que a Bíblia tem algo a dizer sobre o papel a ser desempenhado
pela Babilônia no futuro? A Babilônia mencionada na Bíblia tem
alguma relação com o Iraque de nossos dias?
Essas questões podem ser solucionadas respondendo à seguinte
pergunta: todas as referências bíblicas à Babilônia devem ser
interpretadas literalmente ou não? Eu creio que sim. O Dr. Charles
Dyer declara:
A Bíblia menciona o termo Babilônia mais de duzentas e oitenta
vezes, e muitas dessas referências dizem respeito à futura cidade de
Babilônia que será edificada na areia fina do atual deserto.[1]
Na verdade, depois de Jerusalém, Babilônia é a cidade mais citada
em toda a Bíblia. Mas qual será o seu destino profético? Para
entendermos esse assunto de maneira adequada, precisamos iniciar a
nossa viagem explorando o passado da Babilônia, já que os fatos
relacionados ao seu nascimento prestam auxílio no esclarecimento de
seu papel futuro.
O Passado de Babilônia
A antiga cidade de Babilônia começou imediatamente após o Dilúvio e
simboliza a expressão da rebelião direta do homem contra Deus e
contra a Sua ordem: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra”
(Gn 9.1b). Portanto, o reinado humano começou na Babilônia com
uma rebelião clara e evidente contra Deus. O Senhor interveio e
espalhou a humanidade rebelde confundindo seus idiomas. O nome
“Babel” foi dado à cidade de Ninrode, por causa da sentença de Deus
sobre seus habitantes (Gn 11.1-9). O Dr. Dyer explica:
Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para
causar um curto-circuito no propósito de Deus. Essa primeira cidade
pós-diluviana foi projetada expressamente para frustrar o plano de
Deus relativo à humanidade. As pessoas buscavam unidade e poder,
e Babel deveria ser a sede governamental desse poder. Babilônia, a
cidade feita por homens, que tenta se elevar até o céu, foi construída
em direta oposição ao plano de Deus.[2]
Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito
de Deus.
A Babilônia estava novamente em primeiro plano no sexto século
antes de Cristo[3] quando Deus enviou o Reino do Sul de Israel
(Judá) para os setenta anos de cativeiro. Foi nessa época que Daniel
recebeu de Deus muitas de suas visões proféticas. Nessas revelações,
a Babilônia foi o primeiro dos quatro grandes impérios que se
levantaram durante os “tempos dos gentios” (Dn 2 e 7). A história
revela que a Babilônia sofreu um declínio até o segundo século depois
de Cristo, quando ficou deserta. Essa cidade soterrada sob as areias
do tempo durante os últimos mil e setecentos anos recomeçou sua
ascensão no século passado. Espere mais um pouco e você verá a
Babilônia tornando-se uma força religiosa, comercial e politicamente
dominante no mundo, pois os capítulos 17 e 18 de Apocalipse
predizem sua destruição, mas, para ser a cidade que essas profecias
projetam, Babilônia precisa ser reconstruída em grande escala,
voltando a ser como nos dias de Nabucodonosor.
O Futuro de Babilônia
Como a Babilônia desempenhou um importante papel no passado,
também já está agendado por Deus – segundo foi revelado na
profecia – que ela desempenhará um papel central no futuro. Ela se
tornará, provavelmente, a capital do Anticristo durante os futuros
sete anos de tribulação, conforme retratado na série de
ficção Deixados para Trás de Tim LaHaye e Jerry Jenkins.
A Babilônia foi a cidade mais importante do mundo por quase 2000
anos, e a Bíblia nos diz que será reerguida e colocada no palco
mundial do fim dos tempos para representar um papel de destaque
(Ap 14.8; Ap 16.19; Ap 17 e Ap 18). A profecia referente ao final dos
tempos exige que a Babilônia seja reconstruída e se torne uma cidade
importante aos interesses mundiais durante a Tribulação. O texto de
Isaías 13.19 diz: “Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos
caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as
transtornou”. O contexto de Isaías 13 é “o Dia do Senhor”, expressão
mais utilizada no Antigo Testamento para o termo largamente
conhecido como “Tribulação”. Além disso, no passado a Babilônia foi
conquistada por outros povos mas nunca foi destruída num
cataclismo (ou seja, “como Sodoma e Gomorra, quando Deus as
transtornou”). Atualmente a [região de] Babilônia tem
aproximadamente 250.000 habitantes. O texto de Apocalipse
18.16,19 fala de uma súbita destruição pela mão de Deus: “Ai! Ai! da
grande cidade,... porque, em uma só hora, foi devastada!” O Dr.
Arnold Fruchtenbaum declara:
As profecias referentes à cidade de Babilônia nunca se cumpriram no
passado, o que qualquer enciclopédia pode testificar. Para que as
profecias bíblicas se cumpram, é necessário que a cidade de Babilônia
seja reconstruída na mesma área de outrora. A antiga Babilônia é o
atual Iraque.[4]
Para que as profecias bíblicas se cumpram, é necessário que a cidade
de Babilônia seja reconstruída na mesma área de outrora. A antiga
Babilônia é o atual Iraque.
A Babilônia tem um importante papel na história futura, mas será
totalmente destruída num determinado momento ainda por vir.
Em Apocalipse 17-18 Babilônia é citada como sendo a fonte da
religião, do governo, e da economia ímpios. Todos os aspectos
injustos da sociedade do fim dos tempos são, finalmente, derivados
de uma fonte babilônica. O verdadeiro caráter de Babilônia é revelado
a João em Apocalipse 17.5 como um mistério assim descrito:
“BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA
TERRA”.
Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde
nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a
Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo
romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal –
vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação.
O Dr. Dyer nos informa:
...em Apocalipse 17 João descreve a visão em duas partes. A primeira
parte fala de uma mulher identificada como Babilônia. Simboliza uma
cidade de extrema riqueza que controla – “povos, multidões, nações
e línguas” (Ap 17.15). Ela é literalmente a cidade de Babilônia
reconstruída.[5]
Esses povos, multidões, nações e línguas vão continuar sua tarefa de
enganar, mas sofrerão o juízo de Deus durante e no final da
Tribulação. Encontramos o mesmo parecer sobre Babilônia e a
descrição de um destino semelhante em Apocalipse 18 referindo-se à
Babilônia comercial.
Uma Babilônia Literal
Ao longo da história da Igreja, grande parte dos intérpretes da Bíblia
pensava que essa Babilônia fosse um tipo de palavra-código referente
a alguma entidade como o Império Romano, o catolicismo romano, o
cristianismo apóstata ou mesmo os Estados Unidos ou a Inglaterra.
Entretanto, creio que, assim como o termo “Israel” na Bíblia sempre
se refere a Israel, o termo “Babilônia” sempre se refere à Babilônia.
Em primeiro lugar, creio que o livro de Apocalipse é uma grande
estação central para onde convergem todas as profecias bíblicas
referentes ao futuro. O Dr. Fruchtenbaum explica esse fato da
seguinte maneira:
As profecias do Antigo Testamento estão espalhadas pelos livros de
Moisés, de vários profetas e pelos livros históricos. Seria impossível
desenvolver qualquer seqüência cronológica dos eventos
mencionados nessas profecias. O valor do livro de Apocalipse não
está no fato de oferecer novas informações, mas em ordenar as
profecias do Antigo Testamento em seqüência cronológica,
possibilitando determinar a ordem dos eventos.[6]
Quando se estuda o que Deus declara acerca da Babilônia no livro de
Apocalipse, obviamente vemos que essas profecias não se cumpriram
em acontecimentos passados e, portanto, terão seu cumprimento em
eventos futuros. Os capítulos 17 e 18 de Apocalipse, que falam sobre
a Babilônia, fazem muitas alusões a ela citando profecias do Antigo
Testamento como Isaías 13 e 14, Jeremias 50 e 51 e Zacarias 5.5-
11.[7] A única interpretação plausível para um literalista é que as
referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”.[8] O Dr. Robert
Thomas prossegue, dizendo:
...no dia vindouro, predito nas páginas dessa profecia, essa cidade se
tornará o foco central de todo o sistema religioso que se opõe
decididamente à verdade da fé cristã. O sistema religioso prosperará
durante algum tempo, exercendo influência sobre as instituições
comerciais e políticas de sua época, até que a Besta e os dez reis
determinem que esse sistema já não tem qualquer utilidade para
seus propósitos. Eles, então, o desmantelarão.[9]
A Babilônia de Apocalipse é literal e, por conseguinte, as profecias a
seu respeito hão de se cumprir literalmente no futuro, talvez em um
futuro próximo.
Uma “Exegese de Jornal”?
Os preteristas, como Gary DeMar, por exemplo, zombam da
perspectiva de voltar a existir uma Babilônia reconstruída no futuro e
desempenhando um papel na profecia do fim dos tempos. “Será que
deveríamos esperar uma reconstituição de Babilônia no futuro, tendo
por base os eventos descritos no livro de Apocalipse?”, pergunta
DeMar. “A Babilônia de Apocalipse é a mesma Babilônia do Antigo
Testamento?... De jeito nenhum”.[10] DeMar acredita que aqueles
que vêem uma correlação entre os eventos atuais e a preparação
feita por Deus para o futuro período de Tribulação estão
desenvolvendo uma “exegese de jornal”. Diz ele que estamos “lendo
a Bíblia pela lente dos acontecimentos atuais”.[11] Porém, eu
argumento que ocorre exatamente o contrário.
Os intérpretes literalistas da Bíblia há muito tempo têm ensinado que
Israel deve retornar à sua terra antes da Tribulação, fundamentados
na sua compreensão do cronograma profético. Isso aconteceu com o
estabelecimento do Estado de Israel em 1948. Os judeus estão de
volta à sua terra e posicionados para cumprir o seu destino quando a
Tribulação começar. No passado, antes de 1948, os intérpretes
literalistas não se baseavam naquilo que os jornais diziam para crer
no que a Bíblia profetizava. Pelo contrário, eles criam que Israel seria
restaurado porque a Bíblia assim o dizia. O que realmente acontece é
que Deus está cumprindo Suas profecias perante um mundo
observador e os jornais apenas relatam os fatos. Se a convicção de
que Deus cumpre o que diz tivesse sido uma espécie de “exegese de
jornal”, antes de 1948 não teríamos começado a proclamar a nossa
certeza de que Israel seria restabelecido. Contrariando essa “exegese
de jornal”, os estudiosos da Bíblia já proclamavam o retorno de Israel
à sua terra como um evento futuro centenas de anos antes que
ocorresse.
A Babilônia de Apocalipse é literal e, por conseguinte, as profecias a
seu respeito hão de se cumprir literalmente no futuro, talvez em um
futuro próximo.
Por semelhante modo, estudiosos da profecia também têm ensinado,
há muitos anos, que haverá um ressurgimento do Império Romano e
que a cidade de Babilônia será reconstruída, já que essas entidades
desempenharão um papel específico durante o futuro período da
Grande Tribulação. Antes que Saddam Hussein subisse ao poder,
Charles Dyer concluiu a sua tese de mestrado no Seminário Teológico
de Dallas (em maio de 1979) falando da futura reconstrução de
Babilônia. Bem antes de seu tempo, um significativo grupo de
estudiosos da Bíblia argumentava “em alto e bom som” que a Bíblia
prediz uma futura reconstrução da cidade de Babilônia às margens do
Rio Eufrates [ou seja, a idéia de uma Babilônia reconstruída não é tão
nova].
Em minha biblioteca limitada encontrei uma porção de autores que,
baseados em Apocalipse 17 e 18, ensinaram a respeito de uma futura
Babilônia. Nesse grupo estão incluídos: B. W. Newton (1853),[12] G.
H. Pember (1888),[13] J. A. Seiss (1900),[14] Clarence Larkin
(1918),[15] Robert Govett (1920),[16] E. W. Bullinger (1930),[17]
William R. Newell (1935),[18] F. C. Jenings (1937),[19] David L.
Cooper (1942)[20] e G. H. Lang (1945).[21] Tenho certeza que
muitos outros poderiam ser acrescentados a essa lista.
Conclusão
Visto que uma Babilônia literal terá uma função na Tribulação
vindoura, é razoável que os conflitos no Iraque, embora não sejam
um cumprimento da profecia bíblica, sem dúvida posicionam a
Babilônia para a sua iminente tarefa. Será muito interessante
observarmos quais serão os desdobramentos disso e que reflexões
podemos fazer quanto à sua influência ou não na preparação do palco
para a Tribulação. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib
Perspectives - http://www.chamada.com.br)
Notas:
1. Charles H. Dyer, The Rise of Babylon: Is Iraq at the Center of
The Final Drama? Edição Revisada, Chicago: Moody Press,
[1991], 2003, p. 16.
2. Dyer, Rise of Babylon, p. 47.
3. Para uma visão geral sobre a Babilônia, veja o nosso diagrama
“Babylon in History and Prophecy” na obra de Tim Lahaye e
Thomas Ice intitulada Glorioso Retorno – O Final dos
Tempos (São Paulo, SP: Abba Press, 2004), p. 102. Veja
também Joseph Chambers, A Palace for the Antichrist: Saddam
Hussein’s Drive to Rebuild Babylon and Its Place in Bible
Prophecy (Green Forest, AR, 1996).
4. Arnold Fruchtenbaum, The Footsteps of the Messiah: A Study of
the Sequence of Prophetic Events, (Tustin, Califórnia: Ariel
Ministries Press, 1982), p. 192.
5. Dyer, Rise of Babylon, p. 162.
6. Fruchtenbaum, Footsteps, p. 9.
7. Para uma lista de 550 alusões ao Antigo Testamento em
Apocalipse, veja Fruchtenbaum, Footsteps, pp. 454-459. Para a
defesa de uma Babilônia literal e como as referências vétero-
testamentárias em Apocalipse embasam essa perspectiva, veja
Charles H. Dyer, “The Identity of Babylon in Revelation 17-
18”, em duas partes,Biblioteca Sacra, vol. 144, nº 575 (Julho-
Setembro de 1987), pp. 305-316, e nº 576 (Outubro-Dezembro
de 1987), pp. 433-449. Veja ainda Charles Harry Dyer, “The
Identity of Babylon in Revelation 17-18,” Th.M.Thesis, Dallas
Theological Seminary, 1979.
8. Robert Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical
Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), p. 307.
9. Thomas, Revelation 8-22. pp. 307-308.
10. Gary DeMar, Last Days Madness: Obsession of the
Mordern Church, (Power Springs, Georgia, EUA, American
Vision, 1999), p. 358.
11. DeMar, Last Days Madness, p. 210.
12. B. W. Newton, Thoughts on the Apocalypse, and
Conversation on Revelation, xvii.
13. G. H. Pember, Mystery Babylon The Great, pp. v, 22.
14. J. A. Seiss, The Apocalypse: Lectures on the Book of
Revelation, p. 397.
15. Clarence Larkin, Dispensational Truth, pp. 140-144.
16. Robert Govett, The Apocalypse Expounded.
17. E. W. Bullinger, Commentary on Revelation, p. 530.
18. William R. Newell, Revelation: A Complete
Commentary, p. 268.
19. F. C. Jennings, Studies in Revelation, p. 476.
20. David L. Cooper, World’s Greatest Library Graphically
Illustrated, p. 100.
21. G. H. Lang, The Revelation of Jesus Christ, p. 305.

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A babilônia na profecia bíblica

  • 1. A Babilônia na Profecia Bíblica Thomas Ice “Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo” (Ap 18.10). Será que a Bíblia tem algo a dizer sobre o papel a ser desempenhado pela Babilônia no futuro? A Babilônia mencionada na Bíblia tem alguma relação com o Iraque de nossos dias? Essas questões podem ser solucionadas respondendo à seguinte pergunta: todas as referências bíblicas à Babilônia devem ser interpretadas literalmente ou não? Eu creio que sim. O Dr. Charles Dyer declara: A Bíblia menciona o termo Babilônia mais de duzentas e oitenta vezes, e muitas dessas referências dizem respeito à futura cidade de Babilônia que será edificada na areia fina do atual deserto.[1] Na verdade, depois de Jerusalém, Babilônia é a cidade mais citada em toda a Bíblia. Mas qual será o seu destino profético? Para entendermos esse assunto de maneira adequada, precisamos iniciar a nossa viagem explorando o passado da Babilônia, já que os fatos relacionados ao seu nascimento prestam auxílio no esclarecimento de seu papel futuro. O Passado de Babilônia A antiga cidade de Babilônia começou imediatamente após o Dilúvio e simboliza a expressão da rebelião direta do homem contra Deus e contra a Sua ordem: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 9.1b). Portanto, o reinado humano começou na Babilônia com uma rebelião clara e evidente contra Deus. O Senhor interveio e espalhou a humanidade rebelde confundindo seus idiomas. O nome “Babel” foi dado à cidade de Ninrode, por causa da sentença de Deus sobre seus habitantes (Gn 11.1-9). O Dr. Dyer explica: Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito de Deus. Essa primeira cidade pós-diluviana foi projetada expressamente para frustrar o plano de Deus relativo à humanidade. As pessoas buscavam unidade e poder, e Babel deveria ser a sede governamental desse poder. Babilônia, a cidade feita por homens, que tenta se elevar até o céu, foi construída em direta oposição ao plano de Deus.[2]
  • 2. Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito de Deus. A Babilônia estava novamente em primeiro plano no sexto século antes de Cristo[3] quando Deus enviou o Reino do Sul de Israel (Judá) para os setenta anos de cativeiro. Foi nessa época que Daniel recebeu de Deus muitas de suas visões proféticas. Nessas revelações, a Babilônia foi o primeiro dos quatro grandes impérios que se levantaram durante os “tempos dos gentios” (Dn 2 e 7). A história revela que a Babilônia sofreu um declínio até o segundo século depois de Cristo, quando ficou deserta. Essa cidade soterrada sob as areias do tempo durante os últimos mil e setecentos anos recomeçou sua ascensão no século passado. Espere mais um pouco e você verá a Babilônia tornando-se uma força religiosa, comercial e politicamente dominante no mundo, pois os capítulos 17 e 18 de Apocalipse predizem sua destruição, mas, para ser a cidade que essas profecias projetam, Babilônia precisa ser reconstruída em grande escala, voltando a ser como nos dias de Nabucodonosor. O Futuro de Babilônia Como a Babilônia desempenhou um importante papel no passado, também já está agendado por Deus – segundo foi revelado na profecia – que ela desempenhará um papel central no futuro. Ela se tornará, provavelmente, a capital do Anticristo durante os futuros sete anos de tribulação, conforme retratado na série de ficção Deixados para Trás de Tim LaHaye e Jerry Jenkins. A Babilônia foi a cidade mais importante do mundo por quase 2000 anos, e a Bíblia nos diz que será reerguida e colocada no palco mundial do fim dos tempos para representar um papel de destaque (Ap 14.8; Ap 16.19; Ap 17 e Ap 18). A profecia referente ao final dos tempos exige que a Babilônia seja reconstruída e se torne uma cidade importante aos interesses mundiais durante a Tribulação. O texto de Isaías 13.19 diz: “Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”. O contexto de Isaías 13 é “o Dia do Senhor”, expressão
  • 3. mais utilizada no Antigo Testamento para o termo largamente conhecido como “Tribulação”. Além disso, no passado a Babilônia foi conquistada por outros povos mas nunca foi destruída num cataclismo (ou seja, “como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”). Atualmente a [região de] Babilônia tem aproximadamente 250.000 habitantes. O texto de Apocalipse 18.16,19 fala de uma súbita destruição pela mão de Deus: “Ai! Ai! da grande cidade,... porque, em uma só hora, foi devastada!” O Dr. Arnold Fruchtenbaum declara: As profecias referentes à cidade de Babilônia nunca se cumpriram no passado, o que qualquer enciclopédia pode testificar. Para que as profecias bíblicas se cumpram, é necessário que a cidade de Babilônia seja reconstruída na mesma área de outrora. A antiga Babilônia é o atual Iraque.[4] Para que as profecias bíblicas se cumpram, é necessário que a cidade de Babilônia seja reconstruída na mesma área de outrora. A antiga Babilônia é o atual Iraque. A Babilônia tem um importante papel na história futura, mas será totalmente destruída num determinado momento ainda por vir. Em Apocalipse 17-18 Babilônia é citada como sendo a fonte da religião, do governo, e da economia ímpios. Todos os aspectos injustos da sociedade do fim dos tempos são, finalmente, derivados de uma fonte babilônica. O verdadeiro caráter de Babilônia é revelado a João em Apocalipse 17.5 como um mistério assim descrito: “BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”. Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal –
  • 4. vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação. O Dr. Dyer nos informa: ...em Apocalipse 17 João descreve a visão em duas partes. A primeira parte fala de uma mulher identificada como Babilônia. Simboliza uma cidade de extrema riqueza que controla – “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17.15). Ela é literalmente a cidade de Babilônia reconstruída.[5] Esses povos, multidões, nações e línguas vão continuar sua tarefa de enganar, mas sofrerão o juízo de Deus durante e no final da Tribulação. Encontramos o mesmo parecer sobre Babilônia e a descrição de um destino semelhante em Apocalipse 18 referindo-se à Babilônia comercial. Uma Babilônia Literal Ao longo da história da Igreja, grande parte dos intérpretes da Bíblia pensava que essa Babilônia fosse um tipo de palavra-código referente a alguma entidade como o Império Romano, o catolicismo romano, o cristianismo apóstata ou mesmo os Estados Unidos ou a Inglaterra. Entretanto, creio que, assim como o termo “Israel” na Bíblia sempre se refere a Israel, o termo “Babilônia” sempre se refere à Babilônia. Em primeiro lugar, creio que o livro de Apocalipse é uma grande estação central para onde convergem todas as profecias bíblicas referentes ao futuro. O Dr. Fruchtenbaum explica esse fato da seguinte maneira: As profecias do Antigo Testamento estão espalhadas pelos livros de Moisés, de vários profetas e pelos livros históricos. Seria impossível desenvolver qualquer seqüência cronológica dos eventos mencionados nessas profecias. O valor do livro de Apocalipse não está no fato de oferecer novas informações, mas em ordenar as profecias do Antigo Testamento em seqüência cronológica, possibilitando determinar a ordem dos eventos.[6] Quando se estuda o que Deus declara acerca da Babilônia no livro de Apocalipse, obviamente vemos que essas profecias não se cumpriram em acontecimentos passados e, portanto, terão seu cumprimento em eventos futuros. Os capítulos 17 e 18 de Apocalipse, que falam sobre a Babilônia, fazem muitas alusões a ela citando profecias do Antigo Testamento como Isaías 13 e 14, Jeremias 50 e 51 e Zacarias 5.5- 11.[7] A única interpretação plausível para um literalista é que as
  • 5. referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”.[8] O Dr. Robert Thomas prossegue, dizendo: ...no dia vindouro, predito nas páginas dessa profecia, essa cidade se tornará o foco central de todo o sistema religioso que se opõe decididamente à verdade da fé cristã. O sistema religioso prosperará durante algum tempo, exercendo influência sobre as instituições comerciais e políticas de sua época, até que a Besta e os dez reis determinem que esse sistema já não tem qualquer utilidade para seus propósitos. Eles, então, o desmantelarão.[9] A Babilônia de Apocalipse é literal e, por conseguinte, as profecias a seu respeito hão de se cumprir literalmente no futuro, talvez em um futuro próximo. Uma “Exegese de Jornal”? Os preteristas, como Gary DeMar, por exemplo, zombam da perspectiva de voltar a existir uma Babilônia reconstruída no futuro e desempenhando um papel na profecia do fim dos tempos. “Será que deveríamos esperar uma reconstituição de Babilônia no futuro, tendo por base os eventos descritos no livro de Apocalipse?”, pergunta DeMar. “A Babilônia de Apocalipse é a mesma Babilônia do Antigo Testamento?... De jeito nenhum”.[10] DeMar acredita que aqueles que vêem uma correlação entre os eventos atuais e a preparação feita por Deus para o futuro período de Tribulação estão desenvolvendo uma “exegese de jornal”. Diz ele que estamos “lendo a Bíblia pela lente dos acontecimentos atuais”.[11] Porém, eu argumento que ocorre exatamente o contrário. Os intérpretes literalistas da Bíblia há muito tempo têm ensinado que Israel deve retornar à sua terra antes da Tribulação, fundamentados na sua compreensão do cronograma profético. Isso aconteceu com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948. Os judeus estão de volta à sua terra e posicionados para cumprir o seu destino quando a Tribulação começar. No passado, antes de 1948, os intérpretes literalistas não se baseavam naquilo que os jornais diziam para crer no que a Bíblia profetizava. Pelo contrário, eles criam que Israel seria restaurado porque a Bíblia assim o dizia. O que realmente acontece é que Deus está cumprindo Suas profecias perante um mundo observador e os jornais apenas relatam os fatos. Se a convicção de que Deus cumpre o que diz tivesse sido uma espécie de “exegese de jornal”, antes de 1948 não teríamos começado a proclamar a nossa certeza de que Israel seria restabelecido. Contrariando essa “exegese de jornal”, os estudiosos da Bíblia já proclamavam o retorno de Israel à sua terra como um evento futuro centenas de anos antes que ocorresse.
  • 6. A Babilônia de Apocalipse é literal e, por conseguinte, as profecias a seu respeito hão de se cumprir literalmente no futuro, talvez em um futuro próximo. Por semelhante modo, estudiosos da profecia também têm ensinado, há muitos anos, que haverá um ressurgimento do Império Romano e que a cidade de Babilônia será reconstruída, já que essas entidades desempenharão um papel específico durante o futuro período da Grande Tribulação. Antes que Saddam Hussein subisse ao poder, Charles Dyer concluiu a sua tese de mestrado no Seminário Teológico de Dallas (em maio de 1979) falando da futura reconstrução de Babilônia. Bem antes de seu tempo, um significativo grupo de estudiosos da Bíblia argumentava “em alto e bom som” que a Bíblia prediz uma futura reconstrução da cidade de Babilônia às margens do Rio Eufrates [ou seja, a idéia de uma Babilônia reconstruída não é tão nova]. Em minha biblioteca limitada encontrei uma porção de autores que, baseados em Apocalipse 17 e 18, ensinaram a respeito de uma futura Babilônia. Nesse grupo estão incluídos: B. W. Newton (1853),[12] G. H. Pember (1888),[13] J. A. Seiss (1900),[14] Clarence Larkin (1918),[15] Robert Govett (1920),[16] E. W. Bullinger (1930),[17] William R. Newell (1935),[18] F. C. Jenings (1937),[19] David L. Cooper (1942)[20] e G. H. Lang (1945).[21] Tenho certeza que muitos outros poderiam ser acrescentados a essa lista. Conclusão Visto que uma Babilônia literal terá uma função na Tribulação vindoura, é razoável que os conflitos no Iraque, embora não sejam um cumprimento da profecia bíblica, sem dúvida posicionam a Babilônia para a sua iminente tarefa. Será muito interessante observarmos quais serão os desdobramentos disso e que reflexões podemos fazer quanto à sua influência ou não na preparação do palco para a Tribulação. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)
  • 7. Notas: 1. Charles H. Dyer, The Rise of Babylon: Is Iraq at the Center of The Final Drama? Edição Revisada, Chicago: Moody Press, [1991], 2003, p. 16. 2. Dyer, Rise of Babylon, p. 47. 3. Para uma visão geral sobre a Babilônia, veja o nosso diagrama “Babylon in History and Prophecy” na obra de Tim Lahaye e Thomas Ice intitulada Glorioso Retorno – O Final dos Tempos (São Paulo, SP: Abba Press, 2004), p. 102. Veja também Joseph Chambers, A Palace for the Antichrist: Saddam Hussein’s Drive to Rebuild Babylon and Its Place in Bible Prophecy (Green Forest, AR, 1996). 4. Arnold Fruchtenbaum, The Footsteps of the Messiah: A Study of the Sequence of Prophetic Events, (Tustin, Califórnia: Ariel Ministries Press, 1982), p. 192. 5. Dyer, Rise of Babylon, p. 162. 6. Fruchtenbaum, Footsteps, p. 9. 7. Para uma lista de 550 alusões ao Antigo Testamento em Apocalipse, veja Fruchtenbaum, Footsteps, pp. 454-459. Para a defesa de uma Babilônia literal e como as referências vétero- testamentárias em Apocalipse embasam essa perspectiva, veja Charles H. Dyer, “The Identity of Babylon in Revelation 17- 18”, em duas partes,Biblioteca Sacra, vol. 144, nº 575 (Julho- Setembro de 1987), pp. 305-316, e nº 576 (Outubro-Dezembro de 1987), pp. 433-449. Veja ainda Charles Harry Dyer, “The Identity of Babylon in Revelation 17-18,” Th.M.Thesis, Dallas Theological Seminary, 1979. 8. Robert Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), p. 307. 9. Thomas, Revelation 8-22. pp. 307-308. 10. Gary DeMar, Last Days Madness: Obsession of the Mordern Church, (Power Springs, Georgia, EUA, American Vision, 1999), p. 358. 11. DeMar, Last Days Madness, p. 210. 12. B. W. Newton, Thoughts on the Apocalypse, and Conversation on Revelation, xvii. 13. G. H. Pember, Mystery Babylon The Great, pp. v, 22. 14. J. A. Seiss, The Apocalypse: Lectures on the Book of Revelation, p. 397. 15. Clarence Larkin, Dispensational Truth, pp. 140-144. 16. Robert Govett, The Apocalypse Expounded. 17. E. W. Bullinger, Commentary on Revelation, p. 530. 18. William R. Newell, Revelation: A Complete Commentary, p. 268. 19. F. C. Jennings, Studies in Revelation, p. 476.
  • 8. 20. David L. Cooper, World’s Greatest Library Graphically Illustrated, p. 100. 21. G. H. Lang, The Revelation of Jesus Christ, p. 305.