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Moagem
A moagem é o último estágio do processo de fragmentação.
Neste estágio as partículas são reduzidas, pela combinação de
impacto, compressão, abrasão e atrito, a um tamanho adequado
à liberação do mineral, geralmente, a ser concentrado nos
processos subsequentes.
A moagem é a área da fragmentação que requer maiores
investimentos, maior gasto de energia e é considerada uma
operação importante para o bom desempenho de uma
instalação de tratamento.
Moagem
A moagem é a operação de fragmentação fina obtendo-se nesta
um produto adequado à concentração ou a qualquer outro
processo industrial (pelotização, calcinação, lixiviação,
combustão etc).
Moagem
A submoagem do minério resulta num produto grosso com
liberação parcial do mineral últil, inviabilizando o processo de
concentração. Neste caso, a recuperação parcial do mineral útil
e a baixa razão de enriquecimento respondem pela
inviabilidade do processo.
A sobremoagem também não é desejada, pois ela reduz o
tamanho das partículas, desnecessariamente, o que acarretará
maior consumo de energia e perdas no processo de
concentração.
Moagem
É conclusivo que a moagem deve ser muito bem estudada na
etapa de dimensionamento e escolha de equipamento e muito
bem controlada na etapa de operação da usina, pois o bom
desempenho de uma instalação industrial depende em muito da
operação de moagem.
Tipos de moinhos
Os equipamentos mais empregados na moagem são:
 Moinho cilíndrico (barras, bolas ou seixos);
 Moinho de martelos entre outros.
Moinhos Cilíndricos
Estes moinhos são constituídos de uma carcaça cilíndrica de
ferro, revestida internamente com placas de aço ou borracha,
que gira sobre mancais e contém no interior uma carga solta de
barras ou bolas de ferro ou aço.
Moinho Cilíndrico
Moinho Cilíndrico
Os corpos moedores são elevados pelo movimento da carcaça até
um certo ponto de onde caem, seguindo uma trajetória
parabólica, sobre as outras bolas que estão na parte inferior do
cilindro e sobre o minério que ocupa os interstícios das bolas.
As bolas acompanham o movimento da carcaça e impelidas pela
força centrífuga percorrem uma trajetória circular
Moinho Cilíndrico
Enquanto a força centrífuga for maior que a força da gravidade,
as bolas permanecem nesta trajetória.
No momento que o componente da força da gravidade que se
opõem a força centrífuga for maior que esta, as bolas
abandonam a trajetória circular e passam a seguir uma
trajetória parabólica
Velocidade crítica do moinho
Velocidade crítica do moinho
Há, entretanto, um momento que as duas forças se igualam e é o
início da queda da bola.
Neste momento tem-se: Fc = F.cos α
Sendo: Fc a força centrífuga e F.cosα a componente da
gravidade.
Velocidade crítica do moinho
Aumentando-se a velocidade do moinho chega um momento em
que a bola fica presa à carcaça pela ação da força centrífuga,
durante a volta completa do cilindro.
Nessas condições o α = 0 e cosα = 1 e a bola não realiza qualquer
trabalho, não havendo portanto moagem.
A velocidade do moinho em que isto ocorre chama-se velocidade
crítica do moinho e pode ser calculada para qualquer moinho
usando-se a seguinte expressão:
Velocidade crítica do moinho
Velocidade crítica do moinho
Velocidade crítica do moinho
A velocidade de operação de um moinho é sempre referida à
percentagem de sua velocidade crítica.
Assim, por exemplo, um moinho que tenha um nc = 65 rpm e
esteja trabalhando com 50 rpm diz-se que sua velocidade é de
77% da velocidade crítica: 50/65 x 100 = 77%.
Moinho Cilíndrico
Movimento das bolas dentro da carcaça
As bolas de um moinho em operação apresentam quatro
movimentos que são:
Rotação - as bolas giram em torno delas mesmas e produzem
uma fragmentação por compressão tal como no moinho de
rolos. Este efeito é pequeno dentro do moinho.
Moinho Cilíndrico
Translação - é o movimento circular de acompanhamento da
carcaça do moinho até uma certa altura. Este movimento não
promove nenhuma fragmentação e é responsável pelo gasto
excessivo de energia na moagem.
Queda - é o movimento resultante das bolas pela força da
gravidade e que vai dar origem à fragmentação por impacto.
Este efeito aumenta com a velocidade de rotação do moinho.
Moinho Cilíndrico
Deslizamento - é o movimento contrário ao movimento do
moinho.
As várias camadas de bolas deslizam umas sobre as outras e a
superfície interna do moinho dando origem à fragmentação por
atrito.
Este efeito é acentuado quando a velocidade de rotação do
moinho é baixa.
Moinho Cilíndrico
Regimes de operação do moinho
A velocidade, o fator de enchimento (isto é, o volume ocupado
pelas bolas em relação ao volume do moinho) e mais outros
fatores determinam o regime de operação do moinho.
Tem-se então, dois regimes no moinho:
 Catarata e
 Cascata.
Regime de catarata
Na moagem em catarata, a velocidade do moinho carrega as bolas
até uma posição bem elevada e elas caem sobre as outras bolas
e sobre a polpa causando fragmentação por impacto.
Deve-se usar bolas maiores para aumentar ainda mais a energia
do meio moedor e baixo fator de enchimento (menos bolas).
Este regime é adequado para a fragmentação de material mais
grosso e para evitar a produção de finos.
Regime de catarata
Regime de cascata
Na moagem em cascata, a velocidade baixa do moinho e o alto
fator de enchimento faz com que as bolas ao alcançarem uma
certa altura rolem sobre as outras não havendo quase impacto e
a moagem se dá por abrasão e atrito.
Deve-se usar bolas de diâmetros menores. Este regime é
adequado para a obtenção de um produto final com
granulometria fina.
Regime de cascata
Os três regimes de moagem
Potência necessária para a redução de tamanho
Precisa-se de energia para vencer a resistência interna do material
e fragmentá-lo.
A energia necessária para gerar uma fenda (corte ou fratura) no
sólido depende do tipo de material (tamanho, dureza, umidade,
plasticidade, etc.) e do tipo de equipamento de redução de
tamanho.
Potência necessária para a redução de tamanho
Os parâmetros no cálculo de redução de tamanho são:
a) A quantidade de energia usada
b) O tamanho inicial da partícula
c) O tamanho da nova partícula formada
Potência necessária para a redução de tamanho
Existem vários modelos teóricos para predizer o valor da energia
necessária para reduzir o tamanho de partículas sólidas.
Porém não são muito confiáveis e tem que ser feitos testes
práticos para escolher o modelo adequado.
Potência necessária para a redução de tamanho
Existe um modelo geral para explicar o fenômeno da redução de
tamanho.
A partir desse modelo, vários pesquisadores desenvolveram leis
para predizer a potência requerida pelos moinhos, entre eles:
Rittinger, Kick e Bond.
Potência necessária para a redução de tamanho
A escolha do modelo geral ou da lei particular depende de ensaios
práticos.
Uma escolha correcta resulta em uma aproximação de até 2% na
estimativa da potência necessária.
Potência necessária para a redução de tamanho
Modelo geral Legenda
Onde:
X1 é o diâmetro médio da
matéria-prima.
X2 é o diâmetro médio do
produto.
n e C são constantes que
dependem do tipo de
material e do tipo de
equipamento de redução de
tamanho








  1
1
1
2
11
1 nn
XXn
C
E
Potência necessária para a redução de tamanho
Potência necessária para a redução de tamanho
Potência necessária para a redução de tamanho
Potência necessária para a redução de tamanho
Potência necessária para a redução de tamanho








 2/12/1
11
10
Irr dd
WiW
Potência necessária para a redução de tamanho
Circuitos de moagem
Fim da aula
Pela atenção dispensada
Muito obrigado
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Moagem: redução de tamanho em moinhos

  • 1. Moagem A moagem é o último estágio do processo de fragmentação. Neste estágio as partículas são reduzidas, pela combinação de impacto, compressão, abrasão e atrito, a um tamanho adequado à liberação do mineral, geralmente, a ser concentrado nos processos subsequentes. A moagem é a área da fragmentação que requer maiores investimentos, maior gasto de energia e é considerada uma operação importante para o bom desempenho de uma instalação de tratamento.
  • 2. Moagem A moagem é a operação de fragmentação fina obtendo-se nesta um produto adequado à concentração ou a qualquer outro processo industrial (pelotização, calcinação, lixiviação, combustão etc).
  • 3. Moagem A submoagem do minério resulta num produto grosso com liberação parcial do mineral últil, inviabilizando o processo de concentração. Neste caso, a recuperação parcial do mineral útil e a baixa razão de enriquecimento respondem pela inviabilidade do processo. A sobremoagem também não é desejada, pois ela reduz o tamanho das partículas, desnecessariamente, o que acarretará maior consumo de energia e perdas no processo de concentração.
  • 4. Moagem É conclusivo que a moagem deve ser muito bem estudada na etapa de dimensionamento e escolha de equipamento e muito bem controlada na etapa de operação da usina, pois o bom desempenho de uma instalação industrial depende em muito da operação de moagem.
  • 5. Tipos de moinhos Os equipamentos mais empregados na moagem são:  Moinho cilíndrico (barras, bolas ou seixos);  Moinho de martelos entre outros. Moinhos Cilíndricos Estes moinhos são constituídos de uma carcaça cilíndrica de ferro, revestida internamente com placas de aço ou borracha, que gira sobre mancais e contém no interior uma carga solta de barras ou bolas de ferro ou aço.
  • 7. Moinho Cilíndrico Os corpos moedores são elevados pelo movimento da carcaça até um certo ponto de onde caem, seguindo uma trajetória parabólica, sobre as outras bolas que estão na parte inferior do cilindro e sobre o minério que ocupa os interstícios das bolas. As bolas acompanham o movimento da carcaça e impelidas pela força centrífuga percorrem uma trajetória circular
  • 8. Moinho Cilíndrico Enquanto a força centrífuga for maior que a força da gravidade, as bolas permanecem nesta trajetória. No momento que o componente da força da gravidade que se opõem a força centrífuga for maior que esta, as bolas abandonam a trajetória circular e passam a seguir uma trajetória parabólica
  • 10. Velocidade crítica do moinho Há, entretanto, um momento que as duas forças se igualam e é o início da queda da bola. Neste momento tem-se: Fc = F.cos α Sendo: Fc a força centrífuga e F.cosα a componente da gravidade.
  • 11. Velocidade crítica do moinho Aumentando-se a velocidade do moinho chega um momento em que a bola fica presa à carcaça pela ação da força centrífuga, durante a volta completa do cilindro. Nessas condições o α = 0 e cosα = 1 e a bola não realiza qualquer trabalho, não havendo portanto moagem. A velocidade do moinho em que isto ocorre chama-se velocidade crítica do moinho e pode ser calculada para qualquer moinho usando-se a seguinte expressão:
  • 14. Velocidade crítica do moinho A velocidade de operação de um moinho é sempre referida à percentagem de sua velocidade crítica. Assim, por exemplo, um moinho que tenha um nc = 65 rpm e esteja trabalhando com 50 rpm diz-se que sua velocidade é de 77% da velocidade crítica: 50/65 x 100 = 77%.
  • 15. Moinho Cilíndrico Movimento das bolas dentro da carcaça As bolas de um moinho em operação apresentam quatro movimentos que são: Rotação - as bolas giram em torno delas mesmas e produzem uma fragmentação por compressão tal como no moinho de rolos. Este efeito é pequeno dentro do moinho.
  • 16. Moinho Cilíndrico Translação - é o movimento circular de acompanhamento da carcaça do moinho até uma certa altura. Este movimento não promove nenhuma fragmentação e é responsável pelo gasto excessivo de energia na moagem. Queda - é o movimento resultante das bolas pela força da gravidade e que vai dar origem à fragmentação por impacto. Este efeito aumenta com a velocidade de rotação do moinho.
  • 17. Moinho Cilíndrico Deslizamento - é o movimento contrário ao movimento do moinho. As várias camadas de bolas deslizam umas sobre as outras e a superfície interna do moinho dando origem à fragmentação por atrito. Este efeito é acentuado quando a velocidade de rotação do moinho é baixa.
  • 18. Moinho Cilíndrico Regimes de operação do moinho A velocidade, o fator de enchimento (isto é, o volume ocupado pelas bolas em relação ao volume do moinho) e mais outros fatores determinam o regime de operação do moinho. Tem-se então, dois regimes no moinho:  Catarata e  Cascata.
  • 19. Regime de catarata Na moagem em catarata, a velocidade do moinho carrega as bolas até uma posição bem elevada e elas caem sobre as outras bolas e sobre a polpa causando fragmentação por impacto. Deve-se usar bolas maiores para aumentar ainda mais a energia do meio moedor e baixo fator de enchimento (menos bolas). Este regime é adequado para a fragmentação de material mais grosso e para evitar a produção de finos.
  • 21. Regime de cascata Na moagem em cascata, a velocidade baixa do moinho e o alto fator de enchimento faz com que as bolas ao alcançarem uma certa altura rolem sobre as outras não havendo quase impacto e a moagem se dá por abrasão e atrito. Deve-se usar bolas de diâmetros menores. Este regime é adequado para a obtenção de um produto final com granulometria fina.
  • 23. Os três regimes de moagem
  • 24. Potência necessária para a redução de tamanho Precisa-se de energia para vencer a resistência interna do material e fragmentá-lo. A energia necessária para gerar uma fenda (corte ou fratura) no sólido depende do tipo de material (tamanho, dureza, umidade, plasticidade, etc.) e do tipo de equipamento de redução de tamanho.
  • 25. Potência necessária para a redução de tamanho Os parâmetros no cálculo de redução de tamanho são: a) A quantidade de energia usada b) O tamanho inicial da partícula c) O tamanho da nova partícula formada
  • 26. Potência necessária para a redução de tamanho Existem vários modelos teóricos para predizer o valor da energia necessária para reduzir o tamanho de partículas sólidas. Porém não são muito confiáveis e tem que ser feitos testes práticos para escolher o modelo adequado.
  • 27. Potência necessária para a redução de tamanho Existe um modelo geral para explicar o fenômeno da redução de tamanho. A partir desse modelo, vários pesquisadores desenvolveram leis para predizer a potência requerida pelos moinhos, entre eles: Rittinger, Kick e Bond.
  • 28. Potência necessária para a redução de tamanho A escolha do modelo geral ou da lei particular depende de ensaios práticos. Uma escolha correcta resulta em uma aproximação de até 2% na estimativa da potência necessária.
  • 29. Potência necessária para a redução de tamanho Modelo geral Legenda Onde: X1 é o diâmetro médio da matéria-prima. X2 é o diâmetro médio do produto. n e C são constantes que dependem do tipo de material e do tipo de equipamento de redução de tamanho           1 1 1 2 11 1 nn XXn C E
  • 30. Potência necessária para a redução de tamanho
  • 31. Potência necessária para a redução de tamanho
  • 32. Potência necessária para a redução de tamanho
  • 33. Potência necessária para a redução de tamanho
  • 34. Potência necessária para a redução de tamanho          2/12/1 11 10 Irr dd WiW
  • 35. Potência necessária para a redução de tamanho
  • 37. Fim da aula Pela atenção dispensada Muito obrigado Ate na próxima aula