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Luan Ramos Pereira, Criciúma 19/05/2022
GRUPO DE DISCUSSÃO DE
ARTIGOS CIENTÍFICOS
Serviço de residência médica do HSJ- criciúma
R1 Luan Ramos Pereira
Criciúma 2022
PICOT
• P(opulation) : 1.804 pacientes submetidos à artroplastia total do quadril e 1.620
pacientes submetidos à artroplastia total do joelho;
• I(ntervantion) : Tratamento pós artroplastia total de quadril e joelho com AAS ou
Rivaroxabana;
• C(omparison) : Não inferioridade do AAS em relação à Rivaroxabana em relação a
eventos tromboembólicos após 90 dias da cirurgia;
• O(utcome): Entre os paciente que receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana
após às artroplastias de joelho e quadril, o AAS não se mostrou inferior à rivaroxabana
para desfechos tromboembólicos.
• T(ime) : Multicêntrico, duplo-cego, randomizado e controlado;
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Introdução
» TEV e TEP são complicações reconhecidas após artroplastias totais de joelho
e quadril.
» A administração peroperatória de profilaxia anticoagulante reduz mortes e
complicações.
» Período mínimo de 14 dias – alguns sugerem 35 dias.
» Aspirina é barata, amplamente disponível e genérica.
» Faltam comparações de AAS x anticoagulantes orais diretos.
» Nesse estudo é feita a comparação de AAS x rivaroxabana em pacientes
submetidos à ATQ ou ATJ que receberam 5 dias de profilaxia com
rivaroxabana.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Introdução
» Nesse trabalho é feito o estudo de eficácia da profilaxia estendida com AAS
e rivaroxabana.
» Compara-se o AAS com a rivaroxabana em pacientes submetidos à ATQ ou
ATJ.
» Todos os pacientes receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Materiais e métodos
» Estudo duplo-cego, randomizado e controlado em 15 centros de saúde
afiliados à universidades no Canadá .
» Critérios de inclusão: todos os pacientes submetidos a ATQ e ATJ primária
ou revisão.
» Principais critérios de exclusão: fratura de quadril ou membro inferior nos 3
meses anteriores e câncer metastático.
» Foi permitida história de uso cônico de AAS <= 100mg.
» Os aspectos técnicos das cirurgias ficaram ao encargo dos cirurgiões.
» Todos receberam profilaxia com rivaroxabana até o 5° PO.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Materiais e métodos
» Os pacientes da ATJ receberam rivaroxabana 10mg ou AAS 81mg por mais 9
dias a partir do 6° PO.
» Os pacientes da ATQ receberam rivaroxabana 10mg ou AAS 81mg por mais
30 dias a partir do 6° PO.
» Ambas administradas em cápsulas de gelatina idênticas.
» O desfecho primário de efetividade foi TEV sintomático ou TEP, confirmados
por testes objetivos em até 90 dias após a randomização.
» O desfecho primário de segurança foi sangramento maior ou não maior
clinicamente.
» As medidas de desfecho secundário foram morte, infarto, AVE e infecção do
sítio operatório.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Materiais e métodos
» Pacientes com suspeita de TEV ou TEP e que foram excluídas por testes
objetivos, continuaram a receber a medicação do estudo até o 90° dia.
» Utilizados o método de Wald e o teste de Fischer para validar os valores do
estudo.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Resultados
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Resultados
» Composição: 47,8 % homens.
» Média de idade: 62,8 anos.
» > 90% submetidos à artroplastia primária.
» Tempo médio de internação 3,5 dias nos 2 grupos.
» Profilaxia de longo prazo com AAS prévia: 855 pacientes.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Resultados
» TEP ou TEV sintomático em 11 pacientes grupo AAS (0,64%) e em 12
pacientes do grupo rivaroxabana (0,70%) - diferença de 0,06% - IC 95%.
» Em comparação com a rivaroxabana, o AAS se mostrou não inferior, mas
não superior, na prevenção de TEP e TEV pós operatório.
» Ocorreu uma morte no grupo AAS, 31 dias após a randomização.
» Eventos maiores de sangramento ocorreram em 8 pacientes do grupo AAS
(0,47%) e em 5 paciente do grupo rivaroxabana (0,29%) – diferença de
0,18% - IC 95%.
» Todos os eventos de sangramento ocorreram nas feridas operatórias.
» A maioria dos eventos de sangramento ocorreram em até 10 dias de
randomização.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Resultados
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Resultados
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Discussão
» Nesse estudo foi encontrado que o AAS, uma medicação barata e
distribuída em larga escala, não é inferior à rivaroxabana para prevenção de
eventos tromboembolíticos após ATJ e ATQ com profilaxia de rivaroxabana
até o 5º dia de pós operatório.
» Sugere-se que há mais eventos maiores e não maiores de sangramento em
pacientes que já faziam profilaxia crônica com AAS.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Limitações
» Recrutamento de pacientes feito no pós operatório imediato.
» Eventos maiores e não maiores de sangramento foram devido à medicação
do estudo, à rivaroxabana administrada inicialmente ou os 2?
» Algumas randomizações foram iniciadas antes do 6° dia (na alta).
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Conclusão
» O AAS não foi significativamente diferente da rivaroxabana para a
prevenção de eventos sintomáticos e clinicamente importantes de TVP
proximal ou TEP após ATQ ou ATJ após um pós-operatório inicial de 5 dias
de rivaroxabana.
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
Credibilidade
» Desenho do estudo: grau de recomendação A e nível de evidência 1B (Oxford).
» Randomização: sim, dois grupos grandes e similares
» Coleta de dados: prospectiva
» Mascaramento bilateral: sim, estudo “duplo-cego”
» Tempo de segmento: 3 meses
R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia

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AAS não inferior à rivaroxabana na profilaxia de TEV após artroplastia de joelho e quadril

  • 1. Luan Ramos Pereira, Criciúma 19/05/2022 GRUPO DE DISCUSSÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS Serviço de residência médica do HSJ- criciúma
  • 2. R1 Luan Ramos Pereira Criciúma 2022
  • 3. PICOT • P(opulation) : 1.804 pacientes submetidos à artroplastia total do quadril e 1.620 pacientes submetidos à artroplastia total do joelho; • I(ntervantion) : Tratamento pós artroplastia total de quadril e joelho com AAS ou Rivaroxabana; • C(omparison) : Não inferioridade do AAS em relação à Rivaroxabana em relação a eventos tromboembólicos após 90 dias da cirurgia; • O(utcome): Entre os paciente que receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana após às artroplastias de joelho e quadril, o AAS não se mostrou inferior à rivaroxabana para desfechos tromboembólicos. • T(ime) : Multicêntrico, duplo-cego, randomizado e controlado; R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 4. Introdução » TEV e TEP são complicações reconhecidas após artroplastias totais de joelho e quadril. » A administração peroperatória de profilaxia anticoagulante reduz mortes e complicações. » Período mínimo de 14 dias – alguns sugerem 35 dias. » Aspirina é barata, amplamente disponível e genérica. » Faltam comparações de AAS x anticoagulantes orais diretos. » Nesse estudo é feita a comparação de AAS x rivaroxabana em pacientes submetidos à ATQ ou ATJ que receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 5. Introdução » Nesse trabalho é feito o estudo de eficácia da profilaxia estendida com AAS e rivaroxabana. » Compara-se o AAS com a rivaroxabana em pacientes submetidos à ATQ ou ATJ. » Todos os pacientes receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 6. Materiais e métodos » Estudo duplo-cego, randomizado e controlado em 15 centros de saúde afiliados à universidades no Canadá . » Critérios de inclusão: todos os pacientes submetidos a ATQ e ATJ primária ou revisão. » Principais critérios de exclusão: fratura de quadril ou membro inferior nos 3 meses anteriores e câncer metastático. » Foi permitida história de uso cônico de AAS <= 100mg. » Os aspectos técnicos das cirurgias ficaram ao encargo dos cirurgiões. » Todos receberam profilaxia com rivaroxabana até o 5° PO. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 7. Materiais e métodos » Os pacientes da ATJ receberam rivaroxabana 10mg ou AAS 81mg por mais 9 dias a partir do 6° PO. » Os pacientes da ATQ receberam rivaroxabana 10mg ou AAS 81mg por mais 30 dias a partir do 6° PO. » Ambas administradas em cápsulas de gelatina idênticas. » O desfecho primário de efetividade foi TEV sintomático ou TEP, confirmados por testes objetivos em até 90 dias após a randomização. » O desfecho primário de segurança foi sangramento maior ou não maior clinicamente. » As medidas de desfecho secundário foram morte, infarto, AVE e infecção do sítio operatório. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 8. Materiais e métodos » Pacientes com suspeita de TEV ou TEP e que foram excluídas por testes objetivos, continuaram a receber a medicação do estudo até o 90° dia. » Utilizados o método de Wald e o teste de Fischer para validar os valores do estudo. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 9. Resultados R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 10. Resultados » Composição: 47,8 % homens. » Média de idade: 62,8 anos. » > 90% submetidos à artroplastia primária. » Tempo médio de internação 3,5 dias nos 2 grupos. » Profilaxia de longo prazo com AAS prévia: 855 pacientes. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 11. Resultados » TEP ou TEV sintomático em 11 pacientes grupo AAS (0,64%) e em 12 pacientes do grupo rivaroxabana (0,70%) - diferença de 0,06% - IC 95%. » Em comparação com a rivaroxabana, o AAS se mostrou não inferior, mas não superior, na prevenção de TEP e TEV pós operatório. » Ocorreu uma morte no grupo AAS, 31 dias após a randomização. » Eventos maiores de sangramento ocorreram em 8 pacientes do grupo AAS (0,47%) e em 5 paciente do grupo rivaroxabana (0,29%) – diferença de 0,18% - IC 95%. » Todos os eventos de sangramento ocorreram nas feridas operatórias. » A maioria dos eventos de sangramento ocorreram em até 10 dias de randomização. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 12. Resultados R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 13. Resultados R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 14. Discussão » Nesse estudo foi encontrado que o AAS, uma medicação barata e distribuída em larga escala, não é inferior à rivaroxabana para prevenção de eventos tromboembolíticos após ATJ e ATQ com profilaxia de rivaroxabana até o 5º dia de pós operatório. » Sugere-se que há mais eventos maiores e não maiores de sangramento em pacientes que já faziam profilaxia crônica com AAS. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 15. Limitações » Recrutamento de pacientes feito no pós operatório imediato. » Eventos maiores e não maiores de sangramento foram devido à medicação do estudo, à rivaroxabana administrada inicialmente ou os 2? » Algumas randomizações foram iniciadas antes do 6° dia (na alta). R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 16. Conclusão » O AAS não foi significativamente diferente da rivaroxabana para a prevenção de eventos sintomáticos e clinicamente importantes de TVP proximal ou TEP após ATQ ou ATJ após um pós-operatório inicial de 5 dias de rivaroxabana. R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia
  • 17. Credibilidade » Desenho do estudo: grau de recomendação A e nível de evidência 1B (Oxford). » Randomização: sim, dois grupos grandes e similares » Coleta de dados: prospectiva » Mascaramento bilateral: sim, estudo “duplo-cego” » Tempo de segmento: 3 meses R1 Luan Ramos Pereira – Ortopedia e Traumatologia