1) O estudo comparou a eficácia da aspirina versus rivaroxabana na prevenção de eventos tromboembólicos após artroplastia total de quadril ou joelho.
2) Todos os pacientes receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana pós-operatório.
3) O estudo concluiu que a aspirina não foi inferior à rivaroxabana na prevenção de eventos tromboembólicos, sendo uma opção mais barata e amplamente disponível.
3. PICOT
• P(opulation) : 1.804 pacientes submetidos à artroplastia total do quadril e 1.620
pacientes submetidos à artroplastia total do joelho;
• I(ntervantion) : Tratamento pós artroplastia total de quadril e joelho com AAS ou
Rivaroxabana;
• C(omparison) : Não inferioridade do AAS em relação à Rivaroxabana em relação a
eventos tromboembólicos após 90 dias da cirurgia;
• O(utcome): Entre os paciente que receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana
após às artroplastias de joelho e quadril, o AAS não se mostrou inferior à rivaroxabana
para desfechos tromboembólicos.
• T(ime) : Multicêntrico, duplo-cego, randomizado e controlado;
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4. Introdução
» TEV e TEP são complicações reconhecidas após artroplastias totais de joelho
e quadril.
» A administração peroperatória de profilaxia anticoagulante reduz mortes e
complicações.
» Período mínimo de 14 dias – alguns sugerem 35 dias.
» Aspirina é barata, amplamente disponível e genérica.
» Faltam comparações de AAS x anticoagulantes orais diretos.
» Nesse estudo é feita a comparação de AAS x rivaroxabana em pacientes
submetidos à ATQ ou ATJ que receberam 5 dias de profilaxia com
rivaroxabana.
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5. Introdução
» Nesse trabalho é feito o estudo de eficácia da profilaxia estendida com AAS
e rivaroxabana.
» Compara-se o AAS com a rivaroxabana em pacientes submetidos à ATQ ou
ATJ.
» Todos os pacientes receberam 5 dias de profilaxia com rivaroxabana.
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6. Materiais e métodos
» Estudo duplo-cego, randomizado e controlado em 15 centros de saúde
afiliados à universidades no Canadá .
» Critérios de inclusão: todos os pacientes submetidos a ATQ e ATJ primária
ou revisão.
» Principais critérios de exclusão: fratura de quadril ou membro inferior nos 3
meses anteriores e câncer metastático.
» Foi permitida história de uso cônico de AAS <= 100mg.
» Os aspectos técnicos das cirurgias ficaram ao encargo dos cirurgiões.
» Todos receberam profilaxia com rivaroxabana até o 5° PO.
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7. Materiais e métodos
» Os pacientes da ATJ receberam rivaroxabana 10mg ou AAS 81mg por mais 9
dias a partir do 6° PO.
» Os pacientes da ATQ receberam rivaroxabana 10mg ou AAS 81mg por mais
30 dias a partir do 6° PO.
» Ambas administradas em cápsulas de gelatina idênticas.
» O desfecho primário de efetividade foi TEV sintomático ou TEP, confirmados
por testes objetivos em até 90 dias após a randomização.
» O desfecho primário de segurança foi sangramento maior ou não maior
clinicamente.
» As medidas de desfecho secundário foram morte, infarto, AVE e infecção do
sítio operatório.
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8. Materiais e métodos
» Pacientes com suspeita de TEV ou TEP e que foram excluídas por testes
objetivos, continuaram a receber a medicação do estudo até o 90° dia.
» Utilizados o método de Wald e o teste de Fischer para validar os valores do
estudo.
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10. Resultados
» Composição: 47,8 % homens.
» Média de idade: 62,8 anos.
» > 90% submetidos à artroplastia primária.
» Tempo médio de internação 3,5 dias nos 2 grupos.
» Profilaxia de longo prazo com AAS prévia: 855 pacientes.
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11. Resultados
» TEP ou TEV sintomático em 11 pacientes grupo AAS (0,64%) e em 12
pacientes do grupo rivaroxabana (0,70%) - diferença de 0,06% - IC 95%.
» Em comparação com a rivaroxabana, o AAS se mostrou não inferior, mas
não superior, na prevenção de TEP e TEV pós operatório.
» Ocorreu uma morte no grupo AAS, 31 dias após a randomização.
» Eventos maiores de sangramento ocorreram em 8 pacientes do grupo AAS
(0,47%) e em 5 paciente do grupo rivaroxabana (0,29%) – diferença de
0,18% - IC 95%.
» Todos os eventos de sangramento ocorreram nas feridas operatórias.
» A maioria dos eventos de sangramento ocorreram em até 10 dias de
randomização.
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14. Discussão
» Nesse estudo foi encontrado que o AAS, uma medicação barata e
distribuída em larga escala, não é inferior à rivaroxabana para prevenção de
eventos tromboembolíticos após ATJ e ATQ com profilaxia de rivaroxabana
até o 5º dia de pós operatório.
» Sugere-se que há mais eventos maiores e não maiores de sangramento em
pacientes que já faziam profilaxia crônica com AAS.
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15. Limitações
» Recrutamento de pacientes feito no pós operatório imediato.
» Eventos maiores e não maiores de sangramento foram devido à medicação
do estudo, à rivaroxabana administrada inicialmente ou os 2?
» Algumas randomizações foram iniciadas antes do 6° dia (na alta).
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16. Conclusão
» O AAS não foi significativamente diferente da rivaroxabana para a
prevenção de eventos sintomáticos e clinicamente importantes de TVP
proximal ou TEP após ATQ ou ATJ após um pós-operatório inicial de 5 dias
de rivaroxabana.
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17. Credibilidade
» Desenho do estudo: grau de recomendação A e nível de evidência 1B (Oxford).
» Randomização: sim, dois grupos grandes e similares
» Coleta de dados: prospectiva
» Mascaramento bilateral: sim, estudo “duplo-cego”
» Tempo de segmento: 3 meses
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