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Anatomia das mamas
Recomendações da OMS para a alimentação de
lactentes e crianças de primeira infância
 Iniciar a amamentação até 1 hora depois do parto.
 Amamentar exclusivamente nos 6 primeiros meses
(180 dias) de vida.
 Em seguida, oferecer alimentos complementares
nutritivos e seguros a todas as crianças.
 Continuar a amamentação até os 2 anos de idade
ou mais.
Adaptado do “the Global Strategy”.
Fisiologia da lactação
Como colocar o bebê no peito:
• Ao dar de mamar, a mãe deve estar calma e não apressar o
bebê.
• Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, a
mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aréola.
Com os dedos indicador e polegar, ela deve espremer as
regiões acima e abaixo do limite da aréola para retirar algumas
gotas de leite e amaciar o bico.
• Encostar o bico do peito na boca do bebê, para ele virar a
cabeça e pegar o peito (reflexo da busca). Ele sozinho sabe
como fazer isto
• Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê.
• Segurar o peito com o polegar da mãe acima da aréola e o
indicador e a palma da mão abaixo. Isto facilita a “pega”
adequada
• O bebê abocanhando a maior parte da aréola suga mais leite e
evita rachaduras.
• A mãe deve ouvir o ritmo cadenciado de sucção, deglutição e
pausa.
Como saber que a “pega” está
adequada:
• Boca bem aberta;
• Lábios virados para fora;
• Queixo tocando o peito da mãe;
• Aréola mais visível na parte superior que
na inferior;
• Bochecha redonda (“cheia”);
• A língua do bebê deve envolver o bico do
peito.
• Não usar cremes, pomadas, sabão ou sabonete nos
mamilos.
• Evitar a expressão do peito durante a gestação para
retirada do colostro, pois isto pode estimular
contrações uterinas.
• Observar se o mamilo fica saliente ou se retrai
quando a aréola é puxada não tem importância para a
amamentação
• A criança mama a aréola e não o bico.
• Nenhum tipo de bico impede a amamentação se o
mamilo fica saliente ou se “espicha” quando é puxado.
• O uso de sutiã ajuda na sustentação do peito. Pois é
na gravidez que ele apresenta o primeiro aumento de
volume.
Problemas precoce e tardios da mama puerperal
 TRAUMAS MAMILARES
 MAMAS CHEIAS E ENGURGITADAS
MAMILO INVERTIDO
 DUCTOS BLOQUEADOS
MASTITE
MONILIASE
Porque Ocorre?
 Posicionamento e pega incorretos
 Peito cheio
 Bicos invertidos ou pseudo-invertidos
 Língua posteriorizada do bebê
 Uso incorreto de bombas
 Colocação do dedo indicador da mãe
sobre a aréola ( para o bebê respirar)
 Freio lingual curto
 Monilíase ou candidíase
Fissura mamilar
 Pega incorreta - principal causa;
 Verifique monilíase oral no bebê.
MAMAS CHEIAS
 É o acumulo do leite que ocorre geralmente nos primeiros dias pós-
parto (apojadura). Porém, pode ocorrer em qualquer época da
amamentação.
 Sintomas: mamas quentes, pesadas, endurecidas, a aréola tensa, o
bico se torna plano, o leite flui e os contornos das aréolas estão bem
delimitados.
Ingurgitamento mamário
Mamas cheias
 quente, pesada, endurecida;
 leite flui e não há febre.
Mamas ingurgitadas
 dolorosa, edematosa, tensa,
mamilo apagado, brilhosa,
avermelhada;
 leite não flui e pode haver febre
por 24 h.
1. Mamas cheias 2.Mamas
ingurgitadas
2
 Ingurgitamento mamário é uma estase láctea decorrente do não
esvaziamento das mamas, associado à congestão vascular e/ou
linfática.
 Sintomas: edema, vermelhidão, mama de aspecto lustroso e a perda
da nitidez dos bordos das aréolas. Aréola tensa, o bico se torna plano e
o leite não flui. Afeta toda a mama e ambas ao mesmo tempo
Mamilo pseudo invertido
 O mamilo que não é saliente
e que quando a aréola é
comprimida não retrai.
É protraível e flexível.
 Alguns mamilos aparentam
planos ou invertidos antes da
gravidez, entretanto podem
protrair até o parto ou ao
longo dos primeiros dias
após o parto.
MAMILO INVERTIDO
 O mamilo que não é saliente e que
quando a aréola é comprimida retrai
Não é protraível nem tampouco flexível
 É uma situação rara, entretanto nem
sempre representa um problema.
O bebê mama o peito e não o mamilo.
DUCTOS LACTÍFEROS BLOQUEADOS
 Obstrução do ducto lactífero, quando o leite de certa área da mama não flui
de maneira adequada, provocando sua estase.
 Podem aparecer em qualquer área da mama.
 Sintomas: formação “caroços” (nódulos na mama) vermelhos, duros e
doloridos.
Por que ocorre?
 Mamadas pouco frequentes;
 Esvaziamento inadequado de leite
em uma área da mama;
 Pressão em uma área da mama;
 Produção abundante de leite;
MASTITE - POR QUE OCORREM?
Geralmente é evolução de:
 Ingurgitamento
 Mamilos com fissura
 Ducto lactífero bloqueado não
tratado ou estase de leite
 Baixa resistência a infecções
devido a fadiga
COMO CUIDAR?
 Acolher, escutar , empatizar com a mãe.
 Sacudir o peito e fazer extração de leite do peito.
 Procurar esvaziar o peito.
 Repouso no leito.
 Amamentar mais vezes e retirar o leite entre as
mamadas.
 Antibióticos e analgésicos se necessário.
 Trocar de posição.
 Drenagem de abscesso (houver flutuação).
CANDIDÍASE - Por que
ocorre?
 Após o uso de antibióticos para o
tratamento da mastite ou de outras
infecções, ou se usados após um
parto cesariano
 Baixa imunidade
©UNICEF
C107-34
Sinais de infecção por cândida:
 Os mamilos da mãe podem parecer normais ou
vermelhos e irritados.
 Pode haver dor profunda e cortante e a mãe pode
relatar “queimação e pontadas” no mamilo após a
mamada.
 Os mamilos continuam doloridos entre as mamadas e
durante um tempo prolongado mesmo que haja pega
correta.
 O bebê pode ter placas brancas na pele em sua boca.
 O bebê pode ter um exantema fúngico de fralda.
 A mãe pode ter uma infecção vaginal.
 O pai poderá se contaminar
O saber cuidar nos traumas mamilares
1. Acolher , escutar a mãe
2. Retirar o leite da aréola, após sacudir.
3. Explicar como posicionar e fazer a pega e como mantê-lo
4. Estimular e apoiar a mãe a colocar o bebê para mamar
5. Caso ela não consiga, oferecer ajuda
6. Mostrando que amamentar não deve doer
7. Aproveitar a presença de familiares para explicação acima
8. Solicitar a repetição do posicionamento e pega para
certificar se houve a compreensão
9. Ensinar relaxamento
10.Elogiar os acertos
NÃO SUSPENDER A AMAMENTAÇÃO
DEIXAR EVIDENTE QUE AMAMENTAR NÃO DÓI
ELOGIAR,INFORMAR, SUGERIR
Problemas decorrentes a uso de Bicos Artificiais,
Chupetas ou Protetores de Mamilos
✩O custo
✩ Confusão de bico e recusa a sugar a mama da mãe
✩Mama menos podendo levar ao desmame e não cresce
tão bem.
✩ Bicos, mamadeiras e chupetas podem causar infecções
e não são necessários, mesmo para o lactente que não
amamenta.
✩ Propicia para que no futuro seja um respirador bucal
Referências bibliográficas
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Pré-natal e
puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília:
Ministério da saúde, 2005. 158 p.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de políticas de saúde. Parto, aborto e
puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília: Ministério da saúde,
2001. 199 p.
Branden, P. S. Enfermagem materno-infantil. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso Editores, 2000. 524 p.
Barros, S. M. O. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática
assistencial. São Paulo: Roca, 2002. 517 p.
Lowdermilk, D. L.; Perry, S. E.; Bobak, I. M. O Cuidado em Enfermagem
Materna. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. 928 p.

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  • 1.
  • 3. Recomendações da OMS para a alimentação de lactentes e crianças de primeira infância  Iniciar a amamentação até 1 hora depois do parto.  Amamentar exclusivamente nos 6 primeiros meses (180 dias) de vida.  Em seguida, oferecer alimentos complementares nutritivos e seguros a todas as crianças.  Continuar a amamentação até os 2 anos de idade ou mais. Adaptado do “the Global Strategy”.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 8.
  • 9. Como colocar o bebê no peito: • Ao dar de mamar, a mãe deve estar calma e não apressar o bebê. • Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, a mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aréola. Com os dedos indicador e polegar, ela deve espremer as regiões acima e abaixo do limite da aréola para retirar algumas gotas de leite e amaciar o bico. • Encostar o bico do peito na boca do bebê, para ele virar a cabeça e pegar o peito (reflexo da busca). Ele sozinho sabe como fazer isto • Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê. • Segurar o peito com o polegar da mãe acima da aréola e o indicador e a palma da mão abaixo. Isto facilita a “pega” adequada • O bebê abocanhando a maior parte da aréola suga mais leite e evita rachaduras. • A mãe deve ouvir o ritmo cadenciado de sucção, deglutição e pausa.
  • 10. Como saber que a “pega” está adequada: • Boca bem aberta; • Lábios virados para fora; • Queixo tocando o peito da mãe; • Aréola mais visível na parte superior que na inferior; • Bochecha redonda (“cheia”); • A língua do bebê deve envolver o bico do peito.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. • Não usar cremes, pomadas, sabão ou sabonete nos mamilos. • Evitar a expressão do peito durante a gestação para retirada do colostro, pois isto pode estimular contrações uterinas. • Observar se o mamilo fica saliente ou se retrai quando a aréola é puxada não tem importância para a amamentação • A criança mama a aréola e não o bico. • Nenhum tipo de bico impede a amamentação se o mamilo fica saliente ou se “espicha” quando é puxado. • O uso de sutiã ajuda na sustentação do peito. Pois é na gravidez que ele apresenta o primeiro aumento de volume.
  • 19.
  • 20. Problemas precoce e tardios da mama puerperal  TRAUMAS MAMILARES  MAMAS CHEIAS E ENGURGITADAS MAMILO INVERTIDO  DUCTOS BLOQUEADOS MASTITE MONILIASE
  • 21. Porque Ocorre?  Posicionamento e pega incorretos  Peito cheio  Bicos invertidos ou pseudo-invertidos  Língua posteriorizada do bebê  Uso incorreto de bombas  Colocação do dedo indicador da mãe sobre a aréola ( para o bebê respirar)  Freio lingual curto  Monilíase ou candidíase
  • 22. Fissura mamilar  Pega incorreta - principal causa;  Verifique monilíase oral no bebê.
  • 23. MAMAS CHEIAS  É o acumulo do leite que ocorre geralmente nos primeiros dias pós- parto (apojadura). Porém, pode ocorrer em qualquer época da amamentação.  Sintomas: mamas quentes, pesadas, endurecidas, a aréola tensa, o bico se torna plano, o leite flui e os contornos das aréolas estão bem delimitados.
  • 24. Ingurgitamento mamário Mamas cheias  quente, pesada, endurecida;  leite flui e não há febre. Mamas ingurgitadas  dolorosa, edematosa, tensa, mamilo apagado, brilhosa, avermelhada;  leite não flui e pode haver febre por 24 h.
  • 25. 1. Mamas cheias 2.Mamas ingurgitadas 2  Ingurgitamento mamário é uma estase láctea decorrente do não esvaziamento das mamas, associado à congestão vascular e/ou linfática.  Sintomas: edema, vermelhidão, mama de aspecto lustroso e a perda da nitidez dos bordos das aréolas. Aréola tensa, o bico se torna plano e o leite não flui. Afeta toda a mama e ambas ao mesmo tempo
  • 26. Mamilo pseudo invertido  O mamilo que não é saliente e que quando a aréola é comprimida não retrai. É protraível e flexível.  Alguns mamilos aparentam planos ou invertidos antes da gravidez, entretanto podem protrair até o parto ou ao longo dos primeiros dias após o parto.
  • 27. MAMILO INVERTIDO  O mamilo que não é saliente e que quando a aréola é comprimida retrai Não é protraível nem tampouco flexível  É uma situação rara, entretanto nem sempre representa um problema. O bebê mama o peito e não o mamilo.
  • 28. DUCTOS LACTÍFEROS BLOQUEADOS  Obstrução do ducto lactífero, quando o leite de certa área da mama não flui de maneira adequada, provocando sua estase.  Podem aparecer em qualquer área da mama.  Sintomas: formação “caroços” (nódulos na mama) vermelhos, duros e doloridos.
  • 29. Por que ocorre?  Mamadas pouco frequentes;  Esvaziamento inadequado de leite em uma área da mama;  Pressão em uma área da mama;  Produção abundante de leite;
  • 30. MASTITE - POR QUE OCORREM? Geralmente é evolução de:  Ingurgitamento  Mamilos com fissura  Ducto lactífero bloqueado não tratado ou estase de leite  Baixa resistência a infecções devido a fadiga
  • 31. COMO CUIDAR?  Acolher, escutar , empatizar com a mãe.  Sacudir o peito e fazer extração de leite do peito.  Procurar esvaziar o peito.  Repouso no leito.  Amamentar mais vezes e retirar o leite entre as mamadas.  Antibióticos e analgésicos se necessário.  Trocar de posição.  Drenagem de abscesso (houver flutuação).
  • 32. CANDIDÍASE - Por que ocorre?  Após o uso de antibióticos para o tratamento da mastite ou de outras infecções, ou se usados após um parto cesariano  Baixa imunidade ©UNICEF C107-34
  • 33. Sinais de infecção por cândida:  Os mamilos da mãe podem parecer normais ou vermelhos e irritados.  Pode haver dor profunda e cortante e a mãe pode relatar “queimação e pontadas” no mamilo após a mamada.  Os mamilos continuam doloridos entre as mamadas e durante um tempo prolongado mesmo que haja pega correta.  O bebê pode ter placas brancas na pele em sua boca.  O bebê pode ter um exantema fúngico de fralda.  A mãe pode ter uma infecção vaginal.  O pai poderá se contaminar
  • 34. O saber cuidar nos traumas mamilares 1. Acolher , escutar a mãe 2. Retirar o leite da aréola, após sacudir. 3. Explicar como posicionar e fazer a pega e como mantê-lo 4. Estimular e apoiar a mãe a colocar o bebê para mamar 5. Caso ela não consiga, oferecer ajuda 6. Mostrando que amamentar não deve doer 7. Aproveitar a presença de familiares para explicação acima 8. Solicitar a repetição do posicionamento e pega para certificar se houve a compreensão 9. Ensinar relaxamento 10.Elogiar os acertos NÃO SUSPENDER A AMAMENTAÇÃO DEIXAR EVIDENTE QUE AMAMENTAR NÃO DÓI ELOGIAR,INFORMAR, SUGERIR
  • 35. Problemas decorrentes a uso de Bicos Artificiais, Chupetas ou Protetores de Mamilos ✩O custo ✩ Confusão de bico e recusa a sugar a mama da mãe ✩Mama menos podendo levar ao desmame e não cresce tão bem. ✩ Bicos, mamadeiras e chupetas podem causar infecções e não são necessários, mesmo para o lactente que não amamenta. ✩ Propicia para que no futuro seja um respirador bucal
  • 36. Referências bibliográficas Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília: Ministério da saúde, 2005. 158 p. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de políticas de saúde. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília: Ministério da saúde, 2001. 199 p. Branden, P. S. Enfermagem materno-infantil. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000. 524 p. Barros, S. M. O. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática assistencial. São Paulo: Roca, 2002. 517 p. Lowdermilk, D. L.; Perry, S. E.; Bobak, I. M. O Cuidado em Enfermagem Materna. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. 928 p.