3. Recomendações da OMS para a alimentação de
lactentes e crianças de primeira infância
Iniciar a amamentação até 1 hora depois do parto.
Amamentar exclusivamente nos 6 primeiros meses
(180 dias) de vida.
Em seguida, oferecer alimentos complementares
nutritivos e seguros a todas as crianças.
Continuar a amamentação até os 2 anos de idade
ou mais.
Adaptado do “the Global Strategy”.
9. Como colocar o bebê no peito:
• Ao dar de mamar, a mãe deve estar calma e não apressar o
bebê.
• Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, a
mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aréola.
Com os dedos indicador e polegar, ela deve espremer as
regiões acima e abaixo do limite da aréola para retirar algumas
gotas de leite e amaciar o bico.
• Encostar o bico do peito na boca do bebê, para ele virar a
cabeça e pegar o peito (reflexo da busca). Ele sozinho sabe
como fazer isto
• Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê.
• Segurar o peito com o polegar da mãe acima da aréola e o
indicador e a palma da mão abaixo. Isto facilita a “pega”
adequada
• O bebê abocanhando a maior parte da aréola suga mais leite e
evita rachaduras.
• A mãe deve ouvir o ritmo cadenciado de sucção, deglutição e
pausa.
10. Como saber que a “pega” está
adequada:
• Boca bem aberta;
• Lábios virados para fora;
• Queixo tocando o peito da mãe;
• Aréola mais visível na parte superior que
na inferior;
• Bochecha redonda (“cheia”);
• A língua do bebê deve envolver o bico do
peito.
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18. • Não usar cremes, pomadas, sabão ou sabonete nos
mamilos.
• Evitar a expressão do peito durante a gestação para
retirada do colostro, pois isto pode estimular
contrações uterinas.
• Observar se o mamilo fica saliente ou se retrai
quando a aréola é puxada não tem importância para a
amamentação
• A criança mama a aréola e não o bico.
• Nenhum tipo de bico impede a amamentação se o
mamilo fica saliente ou se “espicha” quando é puxado.
• O uso de sutiã ajuda na sustentação do peito. Pois é
na gravidez que ele apresenta o primeiro aumento de
volume.
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20. Problemas precoce e tardios da mama puerperal
TRAUMAS MAMILARES
MAMAS CHEIAS E ENGURGITADAS
MAMILO INVERTIDO
DUCTOS BLOQUEADOS
MASTITE
MONILIASE
21. Porque Ocorre?
Posicionamento e pega incorretos
Peito cheio
Bicos invertidos ou pseudo-invertidos
Língua posteriorizada do bebê
Uso incorreto de bombas
Colocação do dedo indicador da mãe
sobre a aréola ( para o bebê respirar)
Freio lingual curto
Monilíase ou candidíase
23. MAMAS CHEIAS
É o acumulo do leite que ocorre geralmente nos primeiros dias pós-
parto (apojadura). Porém, pode ocorrer em qualquer época da
amamentação.
Sintomas: mamas quentes, pesadas, endurecidas, a aréola tensa, o
bico se torna plano, o leite flui e os contornos das aréolas estão bem
delimitados.
24. Ingurgitamento mamário
Mamas cheias
quente, pesada, endurecida;
leite flui e não há febre.
Mamas ingurgitadas
dolorosa, edematosa, tensa,
mamilo apagado, brilhosa,
avermelhada;
leite não flui e pode haver febre
por 24 h.
25. 1. Mamas cheias 2.Mamas
ingurgitadas
2
Ingurgitamento mamário é uma estase láctea decorrente do não
esvaziamento das mamas, associado à congestão vascular e/ou
linfática.
Sintomas: edema, vermelhidão, mama de aspecto lustroso e a perda
da nitidez dos bordos das aréolas. Aréola tensa, o bico se torna plano e
o leite não flui. Afeta toda a mama e ambas ao mesmo tempo
26. Mamilo pseudo invertido
O mamilo que não é saliente
e que quando a aréola é
comprimida não retrai.
É protraível e flexível.
Alguns mamilos aparentam
planos ou invertidos antes da
gravidez, entretanto podem
protrair até o parto ou ao
longo dos primeiros dias
após o parto.
27. MAMILO INVERTIDO
O mamilo que não é saliente e que
quando a aréola é comprimida retrai
Não é protraível nem tampouco flexível
É uma situação rara, entretanto nem
sempre representa um problema.
O bebê mama o peito e não o mamilo.
28. DUCTOS LACTÍFEROS BLOQUEADOS
Obstrução do ducto lactífero, quando o leite de certa área da mama não flui
de maneira adequada, provocando sua estase.
Podem aparecer em qualquer área da mama.
Sintomas: formação “caroços” (nódulos na mama) vermelhos, duros e
doloridos.
29. Por que ocorre?
Mamadas pouco frequentes;
Esvaziamento inadequado de leite
em uma área da mama;
Pressão em uma área da mama;
Produção abundante de leite;
30. MASTITE - POR QUE OCORREM?
Geralmente é evolução de:
Ingurgitamento
Mamilos com fissura
Ducto lactífero bloqueado não
tratado ou estase de leite
Baixa resistência a infecções
devido a fadiga
31. COMO CUIDAR?
Acolher, escutar , empatizar com a mãe.
Sacudir o peito e fazer extração de leite do peito.
Procurar esvaziar o peito.
Repouso no leito.
Amamentar mais vezes e retirar o leite entre as
mamadas.
Antibióticos e analgésicos se necessário.
Trocar de posição.
Drenagem de abscesso (houver flutuação).
33. Sinais de infecção por cândida:
Os mamilos da mãe podem parecer normais ou
vermelhos e irritados.
Pode haver dor profunda e cortante e a mãe pode
relatar “queimação e pontadas” no mamilo após a
mamada.
Os mamilos continuam doloridos entre as mamadas e
durante um tempo prolongado mesmo que haja pega
correta.
O bebê pode ter placas brancas na pele em sua boca.
O bebê pode ter um exantema fúngico de fralda.
A mãe pode ter uma infecção vaginal.
O pai poderá se contaminar
34. O saber cuidar nos traumas mamilares
1. Acolher , escutar a mãe
2. Retirar o leite da aréola, após sacudir.
3. Explicar como posicionar e fazer a pega e como mantê-lo
4. Estimular e apoiar a mãe a colocar o bebê para mamar
5. Caso ela não consiga, oferecer ajuda
6. Mostrando que amamentar não deve doer
7. Aproveitar a presença de familiares para explicação acima
8. Solicitar a repetição do posicionamento e pega para
certificar se houve a compreensão
9. Ensinar relaxamento
10.Elogiar os acertos
NÃO SUSPENDER A AMAMENTAÇÃO
DEIXAR EVIDENTE QUE AMAMENTAR NÃO DÓI
ELOGIAR,INFORMAR, SUGERIR
35. Problemas decorrentes a uso de Bicos Artificiais,
Chupetas ou Protetores de Mamilos
✩O custo
✩ Confusão de bico e recusa a sugar a mama da mãe
✩Mama menos podendo levar ao desmame e não cresce
tão bem.
✩ Bicos, mamadeiras e chupetas podem causar infecções
e não são necessários, mesmo para o lactente que não
amamenta.
✩ Propicia para que no futuro seja um respirador bucal
36. Referências bibliográficas
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Pré-natal e
puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília:
Ministério da saúde, 2005. 158 p.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de políticas de saúde. Parto, aborto e
puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília: Ministério da saúde,
2001. 199 p.
Branden, P. S. Enfermagem materno-infantil. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso Editores, 2000. 524 p.
Barros, S. M. O. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática
assistencial. São Paulo: Roca, 2002. 517 p.
Lowdermilk, D. L.; Perry, S. E.; Bobak, I. M. O Cuidado em Enfermagem
Materna. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. 928 p.