O narrador se muda para uma nova casa com os pais. Durante a noite, ouve barulhos estranhos vindo de seu quarto, como a porta se abrindo e fechando sozinha. Ao questionar se há alguém lá, começa a sentir uma presença o observando e vê vultos ao seu lado, apesar de nada estar lá quando olha diretamente. Aterrorizado, tenta se convencer de que é só sua imaginação, mas continua a ouvir sons inquietantes.
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Conto 01
Assombração no meu quarto
Eu estava escovando os dentes enquanto pensava sobre
a nossa nova casa. Meu pai havia dito que nem precisou
negociar, na primeira oferta, o dono aceitou.
É uma casa comum e é a nossa primeira noite nela. Os
quartos ficam no segundo andar e eu fiquei com o quarto na
extremidade do fundo, enquanto que meus pais ficaram na
outra. Sou filho único e já tenho 14 anos, dormir sozinho para
mim já não é um problema há muito tempo.
Fui para minha cama e me ajustei confortavelmente à
ela. Mas estou sem sono, talvez por ficar pensando no que
aconteceu com minha mãe hoje pela manhã, quando subíamos
as caixas para os quartos. Ela quase caiu da escada, mas meu
pai que estava na frente, porém de costas, conseguiu virar e
segurá-la a tempo. Evitando uma tragédia. Mas o que me
deixou preocupado foi o fato dela dizer que sentiu como se
algo a puxasse para trás.
Isso só pode ser besteira. Meu pai tem razão, ela apenas
ficou cansada e na hora, lhe faltou força. Agora fiquei com
medo, olho para os lados, só vejo sombras.
(Chuva)
Começou a chover neste momento. Mas meu quarto
começou a esfriar de repente. Cobri-me com os lençóis e
tentei dormir.
Mas ouvi um barulho.
(Porta rangendo ao abrir)
Era a porta se abrindo lentamente.
-Mãe? Perguntei acreditando que talvez ela tenha vindo
me ver. Mas por que ela viria me ver?
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Ninguém respondeu. Talvez eu tenha deixado a porta
aberta e não tenha percebido. Achando que era isso, deitei e
voltei a dormir.
Então a porta se fechou.
(Porta rangendo ao fechar)
-Mãe? Perguntei novamente. Mas a minha a resposta foi
a mesma.
Um silêncio perturbador se instaurou no meu quarto. Eu
olho pela escuridão à procura de algo que eu nem eu mesmo
sabia o que era. Eu pensei em correr, mas confesso que
estou com tanto medo que não tenho coragem para isso.
(Trovão)
-ânh! Assustei-me com este trovão.
Foi então que eu tomei coragem para fazer o que logo em
seguida percebi que era uma péssima ideia.
(Coração acelerado)
Meu coração começou a acelerar.
-Tem alguém aí? Eu perguntei.
Ninguém respondeu. Mas eu posso sentir algo me
observando agora. E parecia estar se aproximando de mim.
Eu era capaz de sentir sua presença tão próxima de mim, mas
não era capaz de saber onde estava, parecia que havia olhos
em todas as direções, por todos os lados. Comecei a me
assustar. Olhava para os lados e todas as sombras
começaram a me parecer rostos, mas depois de alguns
instantes, voltavam a ser o que eram, apenas sombras. Tudo
no meu quarto começou a me assustar.
Já completamente apavorado e me sentindo observado,
foi quando tudo piorou. Comecei a ver vulto ao meu lado
esquerdo. Senti sua presença do meu lado, no recanto do olho
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observava um contorno humano, parecia que alguém estava
sentado ao meu lado na cama, uma figura feminina.
-(Susto) Virei-me e vi o que era apenas uma cadeira vazia
e uma escrivaninha.
(Susto.)
O vulto ficou a minha direita.
Virei-me e vi que não havia nada.
(Suspiro)
Abaixo a cabeça e elevo as mãos para a testa.
Tinha alguém comigo! Eu sei que tinha. Não...Acho que
estou me deixando levar pelo medo. Deve ser minha
imaginação me pregando peças. É isso: Apenas minha
imaginação. Levantei a cabeça e abri os olhos.
(Gritos)