Este documento apresenta um resumo da análise do diagnóstico de competências organizacionais realizado com 50 municípios participantes de um curso de gestão de políticas públicas do turismo no estado da Bahia. O diagnóstico avaliou características gerais dos municípios, inserção na mídia e internet, infraestrutura para o turismo e gestão do turismo. A agricultura foi apontada como principal atividade econômica. A maioria dos municípios depende de transferências tributárias e poucos utilizam indic
1.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
2
Relatório
ANÁLISE
DO
DIAGNÓSTICO
DE
COMPETÊNCIAS
ORGANIZACIONAIS
DOS
MUNICÍPIOS
PARTICIPANTES
DO
CURSO
DE
GESTÃO
DE
POLÍTICAS
PÚBLICAS
DO
TURISMO
Sergio
Fialho
2.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
3
ANÁLISE
DO
DIAGNÓSTICO
DE
COMPETÊNCIAS
ORGANIZACIONAIS
DOS
MUNICÍPIOS
PARTICIPANTES
DO
CURSO
DE
GESTÃO
DE
POLÍTICAS
PÚBLICAS
DO
TURISMO
1.
Contexto
e
metodologia
No
contexto
do
processo
de
formação
da
Rede
de
Inovação
em
Gestão
do
Turismo,
o
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
tem
um
duplo
objetivo:
fornecer
um
diagnóstico
geral
das
competências
(econômicas,
de
infraestrutura
e
de
gestão)
dos
municípios
para
a
promoção
e
gestão
do
turismo
no
seu
território
e
auxiliar
o
processo
de
elaboração
dos
Planos
de
Gestão
do
Turismo
de
cada
município
participante.
Responderam
ao
questionário
50
municípios
(61%),
de
um
total
de
82
municípios
que
participam
da
Rede.
Foi
realizada
extensão
do
prazo
original
para
preenchimento
(o
formulário,
que
foi
disponibilizado
no
ambiente
virtual
desde
março
de
2014),
que,
juntamente
com
os
esforços
da
equipe
de
tutoria
virtual
e
dos
coordenadores
nos
encontros
presenciais,
ampliou
de
30
para
50
os
municípios
respondentes.
O
foco
do
Diagnóstico
Organizacional,
de
traçar
um
perfil
geral
da
situação
dos
municípios
na
perspectiva
da
promoção
e
gestão
do
turismo,
foi
desenvolvido
na
análise
de
quatro
(4)
grandes
temas,
que
integraram
as
45
questões
do
formulário
de
pesquisa:
1. Características
gerais
dos
municípios
e
de
sua
gestão
2. Inserção
dos
municípios
na
mídia
e
na
Internet
3. Infraestrutura
municipal
para
o
Turismo
4. Gestão
do
Turismo
Os
municípios
que
responderam
ao
questionário
distribuem-‐se
por
todas
as
zonas
turísticas
do
Estado,
da
seguinte
maneira:
Tabela
1
–
Municípios
respondentes
por
Zona
Turística
ZONAS
TURÍSTICAS
No
Baía
de
Todos-‐os-‐Santos
10
Caminhos
do
Jiquiriçá
3
Caminhos
do
Oeste
6
Caminhos
do
Sertão
5
Caminhos
do
Sudoeste
1
Chapada
Diamantina
7
Costa
das
Baleias
3
Costa
do
Cacau
2
Costa
do
Dendê
3
Costa
do
Descobrimento
2
Costa
dos
Coqueiros
4
Lagos
e
Canyons
do
São
Francisco
1
Vale
do
São
Francisco
1
Não
Responderam
esta
questão
2
TOTAL
50
3.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
4
2.
Características
gerais
do
município
e
de
sua
gestão
corporativa
As
atividades
econômicas
predominantes
no
conjunto
dos
municípios
são
(cada
município
indicou
até
3
atividades
econômicas
principais):
Tabela
2
–
Atividades
Econômicas
Principais
SETOR
DE
ATIVIDADE
No
%
Agricultura,
Pesca
e
Pecuária
41
82
Indústria
(inclui
artesanatos)
14
28
Comércio
e
Serviços
(exclusive
Turismo
e
Prefeitura
27
54
Prefeitura
2
4
Turismo
19
38
A
agricultura,
a
pesca
e
a
pecuária
são
a
principal
fonte
de
atividade
econômica
dos
municípios
turísticos
(82%
dos
municípios
respondentes),
seguido
pelo
comércio
e
serviços
(54%)
e
em
terceiro
lugar,
pela
atividade
turística
(38%),
revelando
o
papel
importante
do
Turismo,
ao
criar
alternativas
econômicas
modernas
em
um
contexto
geral
onde
predominam
atividades
do
setor
primário.
O
orçamento
total
para
2014
dos
32
municípios
que
informaram
atinge
cerca
de
5
bilhões
de
reais,
com
um
valor
médio
de
R$
154
milhões.
Este
valor
médio,
no
entanto,
deve
ser
considerado
com
prudência,
uma
vez
que
existe
grande
variação
de
poder
orçamentário
entre
os
municípios
(o
desvio
padrão
atinge
mais
de
2
vezes
o
valor
médio).
A
maior
parte
dos
municípios
(59,46%)
indica
que
as
transferências
tributárias
formam
a
maior
parte
da
receita
corrente,
o
que
indica
baixa
sustentabilidade
econômica:
Deve
ser
observado
que
os
gráficos
e
tabelas
apresentados
contabilizam
apenas
os
municípios
com
respostas
válidas
para
a
questão.
4.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
5
Do
ponto
de
vista
da
gestão
orçamentária
e
financeira,
as
informações
prestadas
revelam
que
cerca
de
70%
dos
municípios
não
dispõem
de
indicadores
para
medir
a
qualidade
do
gasto
público,
ainda
que
cerca
de
76%
indiquem
haver
algum
tipo
de
análise
de
custo-‐
benefício
especificamente
quanto
aos
investimentos
municipais:
Existe
um
esforço
de
arrecadação
do
contencioso
e
de
controle
da
arrecadação
em
79%
dos
municípios,
mas
46%
não
implementaram
sistema
de
conta
única
para
controle
do
seu
fluxo
financeiro.
5.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
6
No
plano
dos
recursos
humanos,
a
heterogeneidade
entre
os
municípios
(valor
do
desvio
padrão
quase
igual
ao
valor
da
média)
impede
considerações
baseadas
em
valores
absolutos.
Importante
registrar
que:
a) 81%
dos
recursos
humanos
totais
das
prefeituras
respondentes
são
estatutários;
b) 12%
são
ocupantes
de
cargos
comissionados;
c) 7%
são
celetistas.
Vale
registrar
que,
em
média,
para
cada
7
funcionários
efetivos,
existe
um
cargo
comissionado,
o
que
indica
um
excesso
de
funcionários
não-‐permanentes
nos
quadros
municipais.
Mais
de
65%
dos
municípios
pesquisados
não
tem
planos
de
carreira
para
os
servidores
públicos.
É
relevante
ressaltar
que
cerca
de
35%
dos
municípios
já
tem
esses
planos,
o
que
possibilita
a
difusão
dessas
experiências
para
os
demais,
através
da
Rede
de
Inovação
na
Gestão
do
Turismo.
Um
outro
conjunto
de
indicadores
examinam
aspectos
do
processo
de
participação
de
funcionários
e
cidadãos
na
gestão
municipal.
Nesse
sentido,
65,91%
dos
municípios
não
desenvolvem
ações
específicas
para
envolvimento
e
comprometimento
dos
seus
servidores
públicos
com
a
gestão,
o
que
caracteriza
timidez
no
processo
de
mobilização
dos
recursos
humanos
para
a
eficácia
das
políticas
municipais.
Como
no
caso
anterior,
porém,
é
importante
valorizar
o
fato
de
que
cerca
de
35%
dos
municípios
implementam
essas
ações
específicas,
e
essa
experiência
pode
–
e
deve
–
ser
disseminada
entre
os
municípios
que
ainda
não
dispõe
de
políticas
desse
tipo.
6.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
7
A
primeira
condição
para
que
ocorra
participação
dos
cidadãos
na
gestão
municipal
é
a
transparência
de
informações
sobre
os
investimentos
realizados
e
seus
resultados.
Nesse
plano,
71%
dos
municípios
declaram
que
divulgam
essas
informações.
É
importante
porém,
em
oportunidade
futura,
verificar
as
formas
e
a
sistematicidade
com
que
ocorre
essa
divulgação,
que
em
princípio
significa
um
elevado
nível
de
transparência
das
gestões.
Finalmente,
verificou-‐se
que
creca
de
57%
dos
municípios
não
dispõem
de
balcões
integrados
para
atendimento
ao
cidadão,
que
existem
em
43%
dos
municípios.
Pela
relevância
dessa
ferramenta
de
modernização
do
atendimento
ao
cidadão,
que
se
reflete
inclusive
em
melhor
atendimento
ao
turista,
registra-‐se
aqui
a
possibilidade
de
criar
ações
de
difusão
dessa
experiência,
através
da
Rede
de
Inovação
para
a
Gestão
do
Turismo,
para
os
municípios
que
ainda
não
implantaram.
7.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
8
3.
Inserção
dos
municípios
na
mídia
e
na
Internet
Considerando
o
caráter
estratégico
da
inserção
dos
municípios
na
rede
de
comunicações
convencional
e
especialmente
na
Internet,
este
tópico
dimensiona
esta
inserção
através
de
quatro
(4)
indicadores.
Enquanto
metade
(50%)
dos
municípios
tem
acesso
a
uma
retransmissora
regional
de
TV,
e
84%
dispõe
de
uma
rádio
local,
é
significativo
observar
que
80%
dos
municípios
tem
acesso
à
Internet
através
de
banda
larga,
essencial
para
os
fluxos
de
comunicação
de
interesse
turístico,
uma
vez
que
envolvem
frequentemente
imagens
e
vídeos,
o
que
requer
acessos
à
Internet
de
grande
capacidade.
Por
outro
lado,
é
crítico
observar
que
20%
dos
municípios
turísticos
que
responderam
a
essa
questão
não
dispõem
de
acesso
à
Internet
por
banda
larga,
o
que
certamente
limita
qualquer
estratégia
de
inserir-‐se
no
fluxo
de
comunicações
que
se
expande
nas
redes
digitais.
Na
medida
em
que
93%
dos
municípios
pesquisados
revela
dispor
de
acesso
permanente
à
Internet,
e
80%
dispõem
de
banda
larga,
podemos
concluir
que
13%
dos
municípios
tem
acessos
de
baixa
velocidade
(apesar
de
permanentes)
e
que,
portanto,
7%
não
dispõe
de
acesso
permanente
à
Internet
no
município.
8.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
9
A
inserção
dos
municípios
na
Internet
foi
medida
por
dois
indicadores:
a
existência
de
site
institucional
atualizado
da
Prefeitura
e
a
existência
de
site
do
Município
dedicado
à
promoção
do
turismo.
Enquanto
86%
dos
municípios
pesquisados
declaram
dispor
de
site
institucional
atualizado
da
Prefeitura,
apenas
26%
tem
site
dedicado
à
promoção
do
turismo.
Mais
uma
vez,
a
difusão
da
experiência
e
do
conhecimento
dos
municípios
que
já
avançaram
na
estruturação
de
um
site
dedicado
ao
turismo
é
uma
iniciativa
de
grande
relevância
para
que
todos
deem
esse
passo
fundamental
para
a
inserção
do
município
no
contexto
global
da
Internet,
o
que
pode
ser
realizado
através
da
Rede
de
Inovação
da
Gestão
do
Turismo.
9.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
10
4.
Infraestrutura
municipal
para
o
Turismo
Este
tópico
tem
como
objetivo
apresentar
indicadores
que
dimensionem
a
infraestrutura
básica
para
o
turismo
nos
municípios
(hospedagem
e
agencias
de
turismo
e
viagens),
caracterizem
os
tipos
de
atrativos
turísticos
considerados
mais
relevantes
e
informe
sobre
tipos
de
investimento
em
andamento
que
possam
ter
reflexos
na
dinâmica
local
do
turismo.
10.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
11
O
gráfico
acima
demonstra
a
dominância
das
Pousadas
(90%
dos
municípios)
Hotéis
(70%
dos
municípios)
na
infraestrutura
de
hospedagem,
seguidos
pelos
Flat/Apart-‐hotéis
(40%)
e
Motéis
(35%).
Mas
também
revela
o
papel
desempenhado
pela
Hospedagem
Familiar
(30%
dos
municípios)
e
Pensões
(28%),
uma
alternativa
de
baixo
custo
importante
para
a
democratização
do
turismo
(especialmente
o
turismo
jovem,
que
forma
o
turista
longevo),
que
deve
merecer
atenção
especial
das
políticas
estaduais
de
turismo.
Em
relação
as
agencias
de
viagem
e
de
turismo
existentes
nos
municípios,
a
pesquisa
identificou
a
existência
de
143
empresas
nos
43
municípios
que
responderam
a
esta
questão,
resultando
em
uma
média
de
3,3
agencias
por
município.
A
média,
no
entanto,
é
um
indicador
enganoso,
pois
resulta
de
uma
forte
heterogeneidade
na
distribuição
das
agencias
pelos
municípios
(desvio
padrão
de
6,3,
o
dobro
do
valor
da
média),
existindo
um
grupo
de
3
municípios
(6%
dos
municípios)
com
52%
do
total
de
agencias,
sendo
as
demais
agencias
(68,
ou
48%
do
total)
distribuídas
por
94%
dos
demais
municípios.
Sendo
natural
a
heterogeneidade,
em
função
dos
diferentes
portes
econômicos
dos
municípios,
no
entanto
os
dados
revelam
uma
irrisória
e
muitas
vezes
inexistente
presença
de
agencias
em
grande
parte
dos
municípios.
A
média
de
agencias
no
conjunto
de
94%
dos
municípios,
é
de
1,44
agencias,
sendo
que
em
21
municípios
turísticos
não
opera
nenhuma
agencia
de
turismo
ou
de
viagens.
Os
gestores
foram
convidados
a
indicar
livremente
até
5
atrativos
turísticos
que
considerassem
mais
importantes
no
seu
município.
Com
base
nessas
indicações,
os
atrativos
foram
agregados
em
um
conjunto
de
tipos
de
atrativos,
conforme
Tabela
3.
Tabela
3
–
Tipos
de
atrativos
turístico
mais
considerados
mais
importantes
(percentual
do
total
dos
municípios
respondentes)
TIPOS
DE
ATRATIVOS
%
Sítios
naturais
(praias,
rios
cachoeiras,
etc.)
78
Estruturas
e
Eventos
(recreativos
e
de
negócios)
68
Estruturas
e
Eventos
(artísticos
e
culturais)
38
Patrimônio
Histórico
36
Trilhas
e
Roteiros
Turísticos
12
As
informações
revelam
um
turismo
que
se
movimenta
em
grande
medida
baseado
em
atrativos
naturais
e
recreativos,
tipos
que
alcançam
respectivamente
78%
e
68%
das
indicações
dos
gestores.
Os
tipos
de
atrativos
que
exprimem
um
turismo
mais
sofisticado
(cultura,
patrimônio),
receberam
apenas
indicações
de
38%
(cultura
e
arte)
e
36%
(patrimônio
histórico)
dos
municípios
consultados
através
seus
gestores.
Trata-‐se
de
um
dado
importante,
na
medida
em
que
esses
tipos
de
atrativos
possuem
um
diferencial
competitivo
mais
sólido,
e
atraem
turistas
de
maior
capacidade
de
consumo.
11.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
12
Deve
ser
notado
também
a
tímida
presença
da
citação
de
trilhas
e
passeios
estruturados
(12%),
indicando
baixa
profissionalização
da
atividade
turística,
ainda
que
o
formato
da
questão
proposta
aos
gestores
possa
ter
resultado
em
subdimensionamento
desta
categoria.
É
interessante
observar
os
indicadores
quando
os
gestores
foram
solicitados
a
indicar
quais
tipos
de
atrativos
deveriam
ser
priorizados
em
função
de
terem
potencial
turístico
importante
(Tabela
4).
Tabela
4
–
Tipos
de
atrativos
turístico
mais
considerados
mais
importantes
(A)
X
Tipos
de
atrativos
considerados
de
maior
potencial
(B)
(percentual
do
total
dos
municípios
respondentes)
TIPOS
DE
ATRATIVOS
E
POTENCIAIS
A
%
B
%
Sítios
naturais
(praias,
rios
cachoeiras,
etc.)
78
50
Estruturas
e
Eventos
(recreativos
e
de
negócios)
68
58
Estruturas
e
Eventos
(artísticos
e
culturais)
38
52
Patrimônio
Histórico
36
14
Trilhas
e
Roteiros
Turísticos
12
46
Duas
mudanças
de
posicionamento
(entre
o
que
existe
hoje
como
atrativo
e
o
que
se
considera
com
maior
potencial
futuro)
são
notáveis:
um
significativo
crescimento
do
posicionamento
por
Eventos
e
Estruturas
relacionadas
a
cultura
e
a
arte
(em
detrimento
da
diminuição
relativa
dos
sítios
naturais
e
das
estruturas
e
eventos
recreativos)
e
pela
estruturação
de
trilhas
e
roteiros
turísticos,
tudo
indicando
uma
certa
consciência
da
importância
da
dimensão
cultural
e,
especialmente,
da
maior
profissionalização
da
atividade
turística.
A
significativa
queda
do
posicionamento
em
relação
ao
Patrimônio
Histórico
exige
uma
pesquisa
mais
especifica
e
de
maior
fôlego,
que
possibilitem
maior
interlocução
com
os
gestores
pesquisados.
12.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
13
No
plano
dos
investimentos
previstos
ou
em
implantação
nos
municípios
que,
a
critério
dos
gestores,
apresentam
relevância
para
a
dinâmica
do
turismo
local,
as
indicações
livremente
indicadas
foram
agregadas
em
3
grandes
categorias
conforme
a
finalidade
dos
investimentos:
em
gestão
do
turismo,
em
infraestrutura
urbana
geral
e
na
infraestrutura
turística
propriamente
dita
(estruturas,
serviços
e
eventos).
Tabela
5
–
Tipos
de
investimentos
planejados/em
implantação
(valores
absolutos
e
percentuais
sobre
o
total
de
municípios
respondentes)
Duas
observações
relevantes
podem
se
feitas
a
partir
do
exame
da
Tabela
5.
De
um
lado,
o
baixo
investimento
previsto
(apenas
24%
dos
municípios)
na
qualificação
da
gestão
turística
(capacitação
de
servidores,
informação
para
o
cidadão,
construção
dos
instrumentos
de
planejamento
e
gestão
do
turismo,
implementação
e
aperfeiçoamento
das
instâncias
de
gestão),
demonstrando
talvez
uma
percepção
limitada
da
importância
de
uma
gestão
qualificada
do
turismo
inclusive
para
assegurar
a
qualidade
dos
investimentos.
De
um
outro
lado,
a
relevância
do
investimento
(54%
dos
municípios)
na
infraestrutura
urbana
geral
(saneamento,
urbanização,
implementação
de
equipamentos
urbanos
de
uso
geral),
bem
próxima
do
previsto
para
os
investimentos
na
infraestrutura
especificamente
turística
(relatado
por
66%
dos
municípios),
provavelmente
indicando
as
enormes
carências
de
infraestrutura
urbana
geral
que
caracterizam
os
municípios
turísticos
do
Estado,
o
que
tem
repercussão
inevitável
na
capacidade
de
atrair
e
reter
fluxos
turísticos.
TIPOS
DE
INVESTIMENTO
POR
FINALIDADE
N
%
em
Gestão
do
Turismo
(qualificação,
fortalecimento
das
estruturas
de
gestão)
12
24
na
Infraestrutura
Urbana
geral
(saneamento,
urbanização,
equipamentos
urbanos)
27
54
na
Infraestrutura
Turística
(sinalização,
equipamentos
específicos,
eventos)
33
66
13.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
14
5.
Gestão
do
Turismo
Este
tópico
engloba
um
conjunto
de
aspectos
relacionados
as
condições
organizacionais
e
os
instrumentos
de
gestão
do
turismo.
O
primeiro
indicador,
quiçá
o
mais
relevante,
é
a
prioridade
concedida
ao
Turismo
na
divisão
do
orçamento
municipal.
Apesar
dos
município
terem
revelado,
ao
longo
da
pesquisa,
dificuldades
para
obter
os
dados
orçamentários
com
precisão,
os
números
indicam
uma
situação
de
baixa
prioridade,
com
apenas
1%
do
orçamento,
em
média,
sendo
alocado
para
as
ações
públicas
no
setor.
Considerando
os
28
municípios
cujos
dados
se
mostraram
mais
consistentes,
os
valores
obtidos
são:
Tabela
6
–
Orçamento
Global
e
Orçamento
para
o
Turismo
(valores
absolutos
–
N;
valores
percentuais
-‐
%)
Considerando
se
tratar
de
municípios
turísticos,
o
percentual
de
1,3%
se
apresenta
como
irrisório,
um
alerta
para
uma
possível
contradição
entre
o
desejo
de
inserir-‐se
no
mercado
do
turismo
e
o
nível
de
investimento
que
se
realiza.
Mas
serão
necessárias
pesquisas
mais
específicas
para
determinar
o
orçamento
possível
para
o
turismo
no
contexto
de
múltiplas
demandas
econômicas,
sociais
e
urbanas
que
o
município
deve
atender,
às
vezes
por
imposição
legal.
No
plano
dos
recursos
humanos,
a
pesquisa
contabilizou,
para
46
municípios
que
prestaram
informação
sobre
esta
questão,
um
total
de
250
servidores
vinculados
diretamente
às
atividades
do
setor
de
turismo
na
estrutura
da
Prefeitura,
o
que
resulta
em
uma
média
de
5,4
servidores
por
município.
Mas
uma
vez,
a
heterogeneidade
do
porte
dos
municípios
compromete
esta
média,
o
que
se
demonstra
por
um
desvio
padrão
de
6,0,
superior
à
própria
média.
Do
total
de
servidores
(250),
100
deles
(40%)
estão
vinculados
a
apenas
5
municípios
(em
um
total
de
46
municípios),
enquanto
os
demais
150
servidores
(60%
do
total)
se
distribuem
entre
os
municípios
restantes
(89%
do
total)
numa
média
de
3,6
servidores
por
município.
O
cenário
de
heterogeneidade
fica
ainda
mais
claro
quando
observamos
que
32%
dos
municípios,
entre
os
46
respondentes
desta
questão,
tem
2
ou
menos
de
2
servidores
nos
órgãos
responsáveis
pela
gestão
do
turismo.
ORÇAMENTO
MUNICIPAL
N
%
Valor
Total
do
Orçamento
Municipal
R$
4.441.047.551,40
100,0%
Valor
do
Orçamento
alocado
às
ações
do
Turismo
R$
57.309.643,48
1,3%
14.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
15
A
infraestrutura
de
informática
nos
órgãos
municipais
de
turismo
foi
averiguada
também
pela
pesquisa,
através
dos
indicadores
de
disponibilidade
de
computadores,
impressoras,
scanners
e
sistemas
informatizados.
Com
pode
ser
verificado
nos
gráficos
abaixo,
se
existe
uma
razoável
disponibilidade
do
hardware
(65%
tem
computadores
suficientes,
55%
tem
impressoras
e
57%
tem
scanners),
o
mesmo
não
ocorre
com
talvez
o
item
mais
importante,
que
é
a
disponibilidade
de
sistemas
informatizados
de
apoio
à
gestão
do
turismo,
quando
apenas
25%
dos
municípios
indicam
dispor.
Pela
relevância,
e
pela
possiblidade
de
adoção
de
soluções
comuns
a
todos
os
municípios
(os
procedimentos
de
gestão
do
turismo,
em
termos
informacionais,
são
fortemente
similares
para
as
diversas
prefeituras),
é
importante
analisar
a
possiblidade
de
contratar
o
desenvolvimento,
ou
adquirir
software
já
existente,
voltado
para
gerenciar
todas
as
informações
básicas
necessárias
a
uma
moderna
gestão
pública
do
setor.
Uma
estratégia
desse
tipo
implica
em
custos
unitários
bastante
reduzidos,
e
significará
um
avanço
em
qualidade
das
informações
disponibilizadas
aos
gestores.
15.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
16
Para
o
planejamento
do
Turismo
no
município,
uma
condição
essencial
é
o
conhecimento
do
mercado:
fluxos
turísticos,
receitas
potenciais
e
demanda.
Perguntados,
a
franca
maioria
dos
municípios
(72%)
disseram
não
realizar
pesquisa
nesse
sentido,
o
que
seguramente
tem
consequências
negativas
sobre
a
precisão
e
orientação
das
políticas
e
projetos
públicos
para
o
turismo.
Estudos
técnicos
e
profissionais,
sobre
o
mercado
de
turismo
para
a
Bahia,
são
recursos
vitais
para
a
melhoria
do
planejamento
e
da
gestão
do
turismo
nos
municípios.
A
construção
de
uma
cultura
local
com
foco
no
turismo
é
uma
condição
estruturante
de
médio
e
longo
prazo
para
que
se
promova
um
ambiente
empreendedor
capaz
de
apreender
experiências
bem
sucedidas
de
outros
locais,
compreender
as
vocações
locais
e
articular
ações
entre
governo,
sociedade
e
mercado
para
explorar
sistematicamente
e
de
forma
planejada
as
dinâmicas
oportunidades
do
setor.
Para
a
construção
dessa
cultura,
são
imprescindíveis
ações
de
educação
e
capacitação
no
seio
dos
servidores
públicos
e
da
comunidade
em
geral.
No
plano
dos
servidores
públicos,
metade
dos
municípios
respondentes
à
questão
desenvolvem
ações
de
capacitação,
sendo
visível
a
necessidade
de
ampliar
essas
ações
para
o
conjunto
dos
municípios.
São
desejáveis,
nesse
contexto,
a
verticalização
das
ações
de
capacitação
de
gestores
do
turismo,
do
atual
Curso
de
extensão
em
Gestão
de
Políticas
Públicas
de
Turismo
para
um
curso
de
especialização,
e
a
extensão
das
ações
de
capacitação
para
o
conjunto
de
gestores
setoriais
dos
municípios,
e
para
os
servidores
mais
diretamente
envolvidos
com
os
serviços
direta
ou
indiretamente
ligados
ao
turismo.
A
Rede
de
Inovação
em
Gestão,
com
a
experiência
e
os
recursos
técnicos,
que
concentra,
pode
ser
uma
ferramenta
importante
neste
sentido.
16.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
17
No
plano
da
comunidade
em
geral,
os
esforços
de
formação
de
uma
cultura
local
com
ênfase
no
turismo
apresentam-‐se
como
bastante
limitados:
81%
dos
municípios
não
realizam
nenhum
programa
educacional
abrangente
para
a
população
em
geral,
e
69%
dos
municípios
não
dispõem
de
qualquer
material
educativo
que
possa
difundir
estímulos,
ideias
e
conceitos
para
a
população,
como
se
pode
ver
nos
gráficos
abaixo.
17.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
18
No
que
se
refere
aos
instrumentos
e
processos
mais
críticos
para
a
gestão
municipal
do
turismo,
a
pesquisa
examinou
a
legislação,
a
governança
e
o
planejamento,
incluindo
a
existência
de
inventário
dos
recursos
turísticos.
Cerca
de
67%
dos
municípios
não
dispõem
de
uma
Lei
Municipal
do
Turismo,
ferramenta
regulatória
essencial
para
estabelecer
os
marcos
de
referencia
para
a
atividade
pública,
privada
e
social
dos
que
atuam
no
mercado
do
turismo
no
município
O
conhecimento
das
leis
de
turismo
existentes
em
33%
dos
municípios,
e
da
experiência
acumulada
com
sua
implementação,
poderá
ser
um
fator
precioso
para
que
os
municípios,
com
maior
rapidez
e
maturidade,
implementem
as
suas
legislações
locais.
Mais
uma
vez,
a
Rede
de
Inovação
pode
prestar
suporte
em
elevado
padrão
técnico
a
essa
atividade
de
cooperação
e
aprendizagem
requerida
para
o
desenvolvimento
do
turismo
no
Estado.
O
instrumento
essencial
para
a
governança
local
das
políticas
e
ações
do
turismo
é
o
Conselho
Municipal
do
Turismo.
Em
58%
dos
municípios
existe
um
Conselho
de
Turismo
ou
órgão
equivalente,
mas
em
apenas
26%
dos
municípios
o
Conselho
está
em
funcionamento,
ou
seja,
em
32%
dos
municípios
o
Conselho
não
funciona.
18.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
19
Em
síntese,
nos
municípios
pesquisados,
não
existe
Conselho
Municipal
de
Turismo
em
42%
dos
municípios
e
em
32%
o
Conselho
existe
mas
não
funciona,
compondo
74%
de
municípios
sem
o
funcionamento
desse
órgão.
Trata-‐se
de
uma
situação
grave,
na
medida
em
que
o
funcionamento
do
Conselho
é
absolutamente
essencial
para
a
articulação
dos
interesses
e
ações
entre
o
governo
local,
as
empresas
e
a
sociedade
civil,
articulação
que
por
sua
vez
é
uma
condição
irrecusável
para
a
formulação
de
políticas
integradas
e
para
a
mobilização
efetiva
da
comunidade
local
em
prol
do
Turismo.
Do
lado
governamental,
o
instrumento
básico
para
a
gestão
do
Turismo
é
o
Plano
Municipal
de
Turismo,
que
sinaliza
para
as
empresas
e
a
sociedade
as
metas
e
ações
públicas,
e
que
orienta
os
diversos
órgãos
públicos
municipais
na
execução
dessas
ações.
O
resultado
desta
pesquisa,
considerando
os
47
municípios
que
responderam
a
esta
questão
(entre
os
50
que
responderam
o
questionário),
é
também
bastante
grave,
pois
constata
que
mais
de
70%
desses
municípios
não
dispõem
de
Plano
de
Turismo,
nem
mesmo
de
qualquer
outro
instrumento
de
planejamento
estratégico
para
o
turismo.
A
pesquisa
também
identifica
que
o
principal
e
indispensável
instrumento
para
o
planejamento
do
turismo,
o
Inventário
Turístico,
não
existe
em
73%
dos
municípios
pesquisados.
Este
fato
completa
um
cenário
desafiador
para
o
Sistema
Estadual
de
Turismo
e
para
a
SETUR,
na
medida
em
que
o
desenvolvimento
do
turismo
do
Estado
depende
fundamentalmente
do
protagonismo
dos
municípios
no
planejamento
e
gestão
das
ações.
19.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
20
6.
Conclusões
Abrangendo
50
municípios
turísticos,
61%
de
um
total
de
82
municípios
que
participam
da
Rede
de
Inovação
em
Gestão
do
Turismo
e
do
Curso
de
Politicas
Públicas
de
Gestão
do
Turismo,
esta
pesquisa
traz
informações
de
grande
relevância
para
uma
avaliação
da
situação
da
gestão
do
turismo
nos
municípios
baianos.
Com
base
na
análise
realizada
neste
documento,
podemos
concluir
que:
a) A
base
econômica
dos
municípios
turísticos
pesquisados
é
em
geral
precária,
com
forte
domínio
das
atividades
no
setor
primário
e
no
comércio
(82%
e
54%
dos
municípios
tem
essas
como
suas
atividades
econômicas
principais),
e
forte
dependência
das
transferências
tributárias
(60%
dos
municípios),
o
que
ressalta
o
papel
estratégico
da
oportunidade
representada
pelo
Turismo
para
o
desenvolvimento
econômico
e
social
local;
b) Existe
uma
escassa
presença
do
turismo
municipal
na
Internet,
uma
vez
que
70%
dos
municípios
não
dispõe
sequer
de
um
site
dedicada
à
promoção
do
turismo,
que
seria
o
passo
inicial
para
uma
inserção
do
município
no
mercado
global,
que
cada
vez
mais
realiza
suas
operações
de
promoção,
venda
e
suporte
de
produtos
turísticos
através
da
rede
global.
Observe-‐se
que
não
parece
existir
dificuldade
técnica
para
este
primeiro
passo,
uma
vez
que
86%
dos
municípios
dispõem
de
sites
institucionais
na
Internet;
c) Em
relação
à
infraestrutura
turística
básica
(hospedagem),
a
análise
realizada
recomenda
atenção
aos
formatos
de
baixo
custo
(pensões
e
hospedagem
familiar),
que,
em
alinhamento
com
tendência
internacional,
mobilizam
pequenos
empreendimentos
locais,
são
porta
de
entrada
para
investimentos
maiores
com
base
local,
e
oferecem
uma
alternativa
de
baixo
custo,
com
potencial
impacto
sobre
o
turismo
de
setores
médios
de
renda,
especialmente
sobre
o
turismo
de
jovens;
d) Observa-‐se
um
deslocamento,
entre
o
perfil
dos
atrativos
turísticos
atualmente
existentes
nos
municípios
e
o
perfil
dos
atrativos
considerados
de
potencial
estratégico
pelos
gestores.
Esse
deslocamento
se
dá
no
sentido
de
atribuir
maior
ênfase
aos
atrativos
baseados
na
cultura
e
arte
local
(que
expressam
a
busca
de
diferenciais
competitivos
mais
sustentáveis,
em
relação
aos
atrativos
naturais),
e
na
estruturação
de
trilhas
e
roteiros,
(que
aponta
para
uma
organização
mais
profissional
e
moderna
da
oferta
do
produto
turístico;
e) A
pesquisa
registra
ainda
uma
baixa
perspectiva
relativa
ao
investimento
planejado
na
qualificação
das
estruturas
e
na
implementação
dos
instrumentos
municipais
de
gestão
do
turismo,
contemplado
por
apenas
24%
de
municípios,
enquanto
os
investimentos
citados
como
mais
relevantes
pelos
gestores
são
os
investimentos
em
infraestrutura
urbana
(54%
dos
municípios)
e
na
infraestrutura
especificamente
turística
(66%).
Esse
cenário
sugere
baixa
consciência
do
caráter
estratégico
do
investimento
em
planejamento
e
gestão
do
turismo,
que
na
realidade
é
uma
condição
incontornável
para
uma
infraestrutura
e
serviços
de
qualidade.
Sugere
também
a
emergência,
no
campo
do
turismo,
das
deficiências
de
infraestrutura
urbana
geral,
e
a
necessidade
de
inclui-‐las
no
planejamento
do
turismo,
uma
vez
que
tem
impactos
significativo
na
atração
e
retenção
dos
turistas
no
município;
20.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo
21
f) Mas
certamente
a
conclusão
mais
importante
desta
pesquisa
seja
a
precariedade
dos
indicadores
relacionados
à
gestão
municipal
do
turismo:
i) Baixa
prioridade
do
orçamento
próprio
municipal
alocado
aos
órgãos
públicos
de
turismo,
que
representa
apenas,
em
média,
como
visto
entre
os
municípios
pesquisados,
cerca
de
1,3%
do
orçamento
municipal;
ii) Diminuto
efetivo
de
servidores
alocados
ao
turismo
(vinculados
ao
órgão
de
gestão
municipal
de
turismo),
revelado
na
análise
precedente,
onde
32%
dos
municípios
tem
de
zero
a
2
servidores
dedicados;
iii) Fortes
limitações
no
que
se
refere
ao
planejamento
do
turismo,
com
70%
dos
municípios
sem
um
Plano
Municipal
de
Turismo
e
73%
sem
dispor
de
um
inventário
de
seus
atrativos,
recursos
e
infraestrutura
para
o
turismo;
iv) Ausência
de
mecanismos
de
governança
que
integre
as
forças
locais
(governo,
sociedade
e
empresas)
e
institua
processos
ordenados
e
transparentes
de
definição
e
gestão
das
políticas
de
turismo:
em
74%
dos
municípios
não
funciona
um
Conselho
de
Turismo,
apesar
de
58%
dos
municípios
declararem
te-‐lo
criado
formalmente.
Atuando
neste
cenário
de
intensa
precariedade,
a
implementação
da
Rede
de
Inovação
em
Gestão
do
Turismo
e
do
Curso
de
Gestão
de
Politicas
Públicas
no
Turismo
revelou
o
potencial
da
parceria
entre
a
SETUR
e
a
UFBA
no
sentido
do
desenvolvimento
de
maior
capacidade
de
gestão
municipal
no
setor,
ponto
estratégico
para
qualquer
propósito
de
desenvolvimento
do
turismo
no
Estado
da
Bahia.
Essa
contribuição
tem
se
dado
através
da
mobilização
de
um
conjunto
de
recursos
acadêmicos
e
tecnológicos
que
vem
se
demonstrando
altamente
eficazes
como
meio
de
disseminação
de
conhecimentos
especializados
e,
especialmente,
como
meio
de
mobilização,
articulação
e
cooperação
entre
as
equipes
municipais
dispersas
pelo
largo
território
da
Bahia.
Nesse
contexto,
os
resultados
da
pesquisa
confirmam
as
razões
que
motivaram
a
implementação
da
Rede
e
do
Curso,
e
recomendam
a
continuidade
e
a
expansão
do
Programa,
com
os
seguintes
focos:
1. Implementação
do
Curso
de
Especialização
em
Gestão
Pública
do
Turismo
no
formato
EAD,
dando
continuidade
à
qualificação
especializada
dos
gestores
municipais
do
turismo
iniciada
pelo
Curso
de
extensão
ora
em
finalização;
2. Consolidação
e
intensificação
da
atividade
da
Rede,
promovendo
a
cooperação
sistemática
entre
as
equipes
municipais,
especialmente
para
o
compartilhamento
das
experiências
bem
sucedidas
em
gestão
(especialmente
quanto
à
elaboração
da
Lei
Municipal
do
Turismo,
à
elaboração
do
Inventário
e
do
Plano
Municipal
de
Turismo,
e
à
implementação
do
Conselho
Municipal).
Esse
compartilhamento,
viabilizado
a
mais
baixo
custo
pelos
mecanismos
virtuais
da
Rede,
viabilizará
a
transferência
de
conhecimentos
e
experiências
dos
municípios
que
já
tem
essas
competências
organizacionais
para
aqueles
–
ainda
a
grande
maioria
–
que
ainda
não
dominam
esses
instrumentos
essenciais.
21.
Diagnóstico
de
Competências
Organizacionais
para
o
Turismo