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ACÚSTICA AMBIENTAL
MÓDULO 04 – Propagação de
Som em Ambientes Fechados
PROFESSOR JULES SLAMA
EMAIL: JULESSLAMA@YAHOO.COM.BR
SLAMAACUSTICA.COM.BR
3 SITUAÇÕES DISTINTAS:
 Fonte em espaço muito pequeno, onde as dimensões são
pequenas com relação ao comprimento das ondas sonoras
consideradas, e onde a análise modal é importante;
 Fonte em espaço normal, onde as dimensões são grandes
comparativamente com o comprimento da onde do som
considerado. Neste caso o campo reverberante é
constante em quase toda a sala;
 Fonte em espaço panorâmicos onde as distancias laterais
são muito maiores que a distancia teto piso. Neste caso o
campo reverberante decresce quando a distância da fonte
ao receptor aumenta.
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PROF. JULES GHISLAIN SLAMA
2
Tratamento Matemático
 Espaço muito pequeno: Análise Modal
 Espaço normal e grande: Campo Direto e Campo
Reverberante - Teoria dos Raios, método das imagens
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3
 Neste caso a pressão sonora no local pode ser
representada como uma superposição de ondas
estacionárias, funções da forma: I(x,y,z)iI(t). Temos
então:
p(x,y,z,t)=  i(x,y,z)i(t)
Onde:
p(x,y,z,t) é a pressão sonora na sala;
 i(x,y,z) são funções chamadas modos normais da sala;
i(t) são as coordenadas modais dependentes do tipo de fontes no
local.
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4
Espaços muito Pequenos
Espaços muito Pequenos
 No caso de uma sala retangular com paredes rígidas, os
modos normais podem ser escritos como:
Onde:
L,N,M são números inteiros;
l X, lY, lZ são as dimensões da sala.
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coscos
L
Kcos=,,
ZYX
MNL
l
Mz
l
Ny
l
x 

Espaços muito Pequenos
 A cada um desses modos normais é associado uma
frequência de ressonância, na qual o som pode ser
amplificado pela sala.
Podemos falar em filtragem modal. O ruído produzido pela
fonte é filtrado pela resposta modal da sala.
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6
f
c L
l
N
l
M
lL N M
X Y Z
, , ( ) ( ) ( )  
2
2 2 2
Espaços Normais
Numa sala, as ondas sonoras são refletidas várias vezes
pelas paredes, apresentando uma redução da sua
intensidade devido à absorção das superfícies.
Devido a essas reflexões, o nível sonoro na sala é superior
ao nível sonoro correspondente a propagação do som em
campo livre.
De fato, na sala, temos dois campos sonoros se superpondo:
 O campo direto, aquele que atinge o ouvinte diretamente a partir da
fonte, da mesma forma que em um campo livre;
 O campo refletido ou reverberante. Sua composição depende da
absorção sonora das paredes.
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Espaços Normais
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Reflexão Sonora
 COEFICIENTE DE REFLEXÃO SONORA
Consideremos uma onda sonora incidente sobre uma
superfície determinada. Uma onda será refletida com
uma certa energia e definiremos o coeficiente de reflexão
sonora como 
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incidenteEnergia
refletidaEnergia

Absorção Sonora
 COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA
O coeficiente de absorção sonora  é uma característica da
superfície sobre a qual incide a onda e considera tanto a
dissipação térmica pelos materiais, compondo esta
superfície, como também a propagação do som atrás (tudo
que está atrás da superfície).
Note que uma janela aberta, por exemplo, tem  = 1
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  1
Absorção Sonora
Três tipos de materiais absorventes:
1. Poroso ou dissipativo: porosidade aberta como lã de
rocha, lã de vidro, feltro, espuma de borracha;
2. Membrana;
3. Cavidade.
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Absorção Sonora
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12
Coeficiente de
Absorção
Diferentes tipos de materiais absoventes
Absorção Sonora
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13
Efeito de espessura em materiais porosos
Coeficiente de absorção em incidência aleatória
Cavidade
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Absorção Sonora
 COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA
O coeficiente de absorção varia com a frequência e com o ângulo de
incidência da onda sonora sobre a superfície.
Existem duas formas clássicas de medição do coeficiente de absorção:
uma em tubo de impedância para absorção na incidência normal, e
outra em câmara reverberante para diversas incidências combinadas.
Este último coeficiente é utilizado no cálculo do campo difuso.
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16
FREQ 31,5 63 125 250 500 1000 2000 4000 8000
a 0,01 0,02 0,1 0,15 0,3 0,5 0,7 0,8 0,8
TABELA DE VALORES DO COEFICIENTE DE ABSORÇÃO EM FUNÇÃO DA FREQUÊNCIA
Absorção Sonora
 COEFICIENTE DE REDUÇÃO SONORA (NRC)
O coeficiente de redução sonora é um único número que caracteriza a
absorção de um material acústico. Este coeficiente é muito utilizado
pelos fornecedores de materiais acústicos e está relacionado com a
redução do campo sonoro reverberante proveniente da aplicação de
materiais absorventes nas superfície dos locais.
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4
20001000500250  
CRS
Espaços Normais
 É importante estimar o nível do ruído em uma sala em função das
condições no local através de um modelo simples de propagação, o
modelo de campo difuso onde as ondas sonoras refletidas se
propagam em todas as direções.
 Neste modelo, o nível de pressão sonora pode ser expresso pela
seguinte equação:
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][ )(
4
4
)(
log10+)f(L=)f(r,L
2
0
2
2
0
Wp
fR
r
r
rfQ


Espaços Normais
Este espaço pode ser decomposto em campo direto e campo
reverberante.
CAMPO DIRETO:
CAMPO REVERBERANTE:
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)
4
)(
log(10)(),( 2
2
0
r
rfQ
fLfrL WPD


)
)(
4
log(10)(),(
2
0
fR
r
fLfrL WPR 
onde:
LPR (f) é o nível de pressão sonora reverberante para uma frequência
determinada, resultante das múltiplas reflexões do som nas paredes
da sala;
LPD(f) é o nível de pressão sonora direta para uma frequência determinada;
LW(f) é o nível de potência sonora da fonte;
Q é o coeficiente de direcionalidade da fonte;
Espaços Normais
 CAMPO REVERBERANTE
onde:
LPR (f) é o nível de pressão sonora reverberante para uma frequência
determinada, resultante das múltiplas reflexões do som nas paredes da sala;
LW(f) é o nível de potência sonora da fonte;
R é a constante da sala definida por:
é o coeficiente de absorção da superfície Si
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)
)(
4
log(10)(),(
2
0
fR
r
fLfrL WPR 
)(
)(
1
)(
f
fS
fR







i
S
i
Sf
if
)(
)(


(f)i
Diretividade de fontes omnidirecional próximas
a paredes
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Espaços Normais
 Onde é o coeficiente de absorção média da sala
 Quando é pequeno,
 Podemos também escrever:
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
ii Ssuperficiedaabsorçãodeecoeficientoé(f)Onde
)(
(f) 





i
i
i
ii
S
Sf
 
i
iiSR 
    ii Sf )(log104log10-)f(Lpr)f(Lw 1010 
Distância Crítica
 A distância na qual o campo reverberante se iguala ao campo direto é
chamada de distância crítica. A aplicação de materiais absorventes
em um determinado local somente poderá modificar o campo sonoro
longe da fonte de ruído para distâncias superiores à distância crítica
cujo valor é dado por:
 O campo sonoro total na distância crítica é 3dB acima do campo
direto.
 Na equação anterior, a absorção pelo ar na propagação da onda não
foi considerada. Caso necessário, deve-se substituir por ,
onde é a absorção do ar em Neper/m.
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16
)(
)(
QfR
fdc 
 S
mV
4
Espaços Normais
 O campo direto obedece a lei de propagação em campo
livre e decai de 6 dB cada vez que a distância da fonte
sonora ao ouvinte for duplicada.
 O campo reverberante é constante, atinge o ouvinte
com ondas provenientes de todas as direções.
Longe das paredes a Intensidade sonora associada ao
campo reverberante é nula.
Neste campo as relações entre intensidade sonora e
pressão sonora não são as mesmas que para uma onda
plana.
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24
Espaços Normais
 Para uma onda plana progressiva o nível de intensidade
iguala-se ao nível de pressão sonora:
NIS = NPS,
Li =Lp
 Para o campo reverberante perto de uma superfície:
NIS = NPS - 6dB
Li = Lp - 6dB
Isto pode ser utilizado nas paredes que limitam a sala.
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Controle de Ruído por Aplicação de Materiais
Absorventes
O campo sonoro direto de uma sala não depende das propriedades
de absorção do local. Ele é importante somente em uma região
próxima da fonte.
Porém, o campo reverberante, constante em toda a sala, pode ser
alterado se modificarmos as propriedades de absorção das superfícies
internas do local. Assim, podemos conseguir a redução do nível de
pressão sonora do campo reverberante em uma sala através da
aplicação de revestimento absorvente acústico na sala. A redução é
dada pela seguinte equação:
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 
 
  otratamentdoantesmédioabsorçãodeecoeficientoé
otratamentoapósmédioabsorçãodeecoeficientoéonde
)
)(
log(10)(R
1
2
1
2
f
f
f
f
fedução




Tempo de Reverberação
Caracteriza-se as propriedades absorventes de uma sala
através do seu tempo de reverberação T60, que é o
tempo necessário para o nível sonoro no local, cair de 60
dB após o desligamento da fonte.
A norma NB101 da ABNT especifica os tempos de
reverberação para vários locais para a frequência de
500Hz.
Várias equações foram propostas, das quais citaremos as
três principais.
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27
Tempo de Reverberação
 FÓRMULA DE SABINE
Sabine (Wallace Clement) estabeleceu uma equação para o tempo de
reverberação de salas a partir de estudos sobre a qualidade de escuta
em salas. Sabine percebeu a relação existente entre a persistência do
som em uma sala e a absorção dos revestimentos e objetos no local,
propondo a seguinte equação:
Onde: S = superfície da sala;
V = volume da sala;
a(f) = (f) S = área de absorção da sala;
(f) = coeficiente de absorção médio da sala.
Esta equação é válida para pequenos valores de coeficientes de absorção.
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28
)(
161.01610
60
fS
V
a(f)
V.
(f)T




Definição do Tempo de Reverberação
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29
Definição do Tempo de Reverberação
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30
Tempo Ótimo de Reverberação a 500Hz
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31
Tempo de Reverberação: Variação com a
Frequência
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32
Evolução do tempo de reverberação com a
Frequencia
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33
125 250 500 1000 2000
0,1 0,2 0,5 0,9 1
15 30 75 135 150
1,34 0,67 0,27 0,15 0,13
5 m
Tempo de Reverberação
 FORMULA DE NORRIS-EYRING:
Esta equação, proposta mais tarde, mostrou-se mais apropriada para
salas mais absorventes.
 FORMULA DE MILLINGTON:
Esta equação foi proposta para locais onde há grande variação de
coeficientes de absorção entre paredes.
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34
)1(
e
logS
V0,161
=f)(
60
T
)( f
))f(1(log
V0,161
=f)(T60
ieiS 
Propagação do Som em Espaços Fechados
 Som direto – da fonte ao receptor;
 Som refletido – que chega ao receptor depois de refletido
nas paredes da sala.
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35
][ )(
4
4
)(
log10+)f(L=)f(r,L
2
0
2
2
0
Wp
fR
r
r
rfQ


Espaços Panorâmicos
 Considera-se um local industrial de grandes dimensões, quando a
altura do teto é inferior as suas dimensões transversais. Longe das
paredes, o campo sonoro de uma fonte omnidirecional terá uma
simetria cilíndrica. Esse local será caracterizado pela sua curva de
decréscimo do som em função da distância:
LP (r,f) - LW ( f ) = f f( r,f )
 Esta curva, válida numa região próxima da fonte e longe das paredes,
poderá ser determinada por fórmulas empíricas simplificadas
propostas por diversos autores, ou através de simulações numéricas,
ou experimentalmente utilizando uma fonte de referência.
Prefere-se em geral definir o decaimento médio em dB(A) por
duplicação da distância.
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36
Espaços Muito Grandes
Esta curva, dependendo do tipo de sala, apresenta um gráfico
característico (“em banheira”) composto de três regiões distintas na
medida que se afasta da fonte.
1. A primeira região de forte decréscimo com a distância. A fonte corresponde
ao som direto. O nível sonoro decresce nesta região de 6dB/dd (decibeis
por duplicação da distância).
2. A segunda região, de decréscimo nulo ou inferior a 6dB/dd. É característica
do campo refletido pelo teto e chão com pouca influência das paredes.
3. A terceira região é aquela onde o som volta a crescer devido a proximidade
das paredes.
Levantamentos experimentais, como estudos de acústica previsional,
tem mostrado que a forma da curva na segunda região varia com a
absorção dos locais e em particular a absorção do teto. Esta parte da
curva desce e a sua inclinação aumenta quando a absorção aumenta.
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37
Espaços Muito Grandes
 EQUAÇÃO DE THOMPSON:
Foi proposta por Thompson uma outra equação do decaimento do som
em função da distância para ambientes industriais. Esta equação tem
validade para locais de absorção média e deve ser utilizada para estimar
os níveis de ruído em fábricas.
Nesta equação, o campo reverberante depende da distância da fonte ao
ouvinte.
MFP é o livre percurso médio: MFP = (4 V) /S
V é o volume da sala e S é a área das superfícies internas da sala.
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38
][ rR(f)
MFP4
4
f)(Q
2
log10)f(L)f(L Wp 
r
Cálculo do MFP para um ambiente panorâmico
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39
4 m
15 m
20 m
Espaços Muito Grandes
 As equações apresentadas anteriormente são simples porém válidas,
cada uma delas, em uma faixa limitada de valores de absorção da
sala. Por isso, são utilizadas cada vez mais para calcular o campo
sonoro. Simulações numéricas baseadas no método dos raios
sonoros conduzem a resultados precisos em altas frequências.
 Realizaram-se cálculos dos níveis de pressão sonora mediante a
utilização de três métodos: fórmula clássica, fórmula empírica de
Thompson e simulações numéricas obtidas por acústica de raios
através do programa SAS, desenvolvido no LAVI (Laboratório de
Acústica e Vibrações). Nos três casos, foi calculado o campo sonoro
produzido por uma mesma fonte situada no centro de uma mesma
sala, cujas propriedades de absorção variavam.
Os resultados foram comparados entre eles com o objetivo de
relacionar o decréscimo do som em função da distância, longe da
fonte, com as propriedades de absorção da sala.
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Espaços Muito Grandes
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41
Espaços Muito Grandes
 A fórmula clássica fornece resultados precisos no caso da absorção
da sala ser pequena. Neste caso, o campo sonoro longe da fonte,
quase todo ele composto pelo campo reverberante, é constante em
toda a sala.
 A equação de Thompson se mostra mais precisa em ambientes de
média absorção (0,3 e 0,5), perdendo precisão em ambientes com
baixa ou alta absorção. Neste caso, o campo sonoro, longe da fonte,
decresce de 3dB a cada vez que a distância fonte-ouvinte é dobrada.
 As simulações numéricas mostraram que, em realidade, o
decréscimo do nível de pressão sonora aumenta de forma contínua
com a absorção.
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Espaços Muito Grandes
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43
Fica claro que, no momento, o meio preciso e quase
indispensável de calcular o campo sonoro numa sala é
através de programas de simulação numérica, baseados no
método dos raios sonoros, já que esse consegue
acompanhar a variação do campo reverberante com a
absorção. Mediante esses programas é possível caracterizar
a absorção de uma sala através do decréscimo do som em
função da distância em dB/dd. Resta ainda definir valores
aceitáveis do decréscimo para cada situação determinada.
Os procedimentos experimentais poderão ser propostos
para medir o decréscimo.
Espaços Muito Grandes
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44
 INFLUÊNCIAS DIVERSAS:
 ABSORÇÃO MOLECULAR
A propagação do som no ar recebe uma atenuação suplementar
devida a absorção molecular. Este efeito deve ser considerado para
propagação do som em grandes espaços. Ele pode ser estimado
adicionando, ao coeficiente de absorção médio, o termo 4mV/S onde
V = volume do local;
S = superfície total dos planos delimitando o local;
m = coeficiente de absorção molecular (m-1).
Neste caso a constante da sala vale:
R
S




a mV
a
mV
S
4
4
1
Espaços Muito Grandes
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 INFLUÊNCIAS DIVERSAS:
 FONTES DE EXTENSÃO FINITA
O campo reverberante depende unicamente da potência acústica das
fontes e das características do local. Assim as equações para o campo
reverberante continuam válidas. O campo direto deverá ser
dependente das características da fonte e deverá ser estimado em
cada caso.
Espaços Muito Grandes
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 INFLUÊNCIAS DIVERSAS:
 BARREIRAS ACÚSTICAS EM LOCAIS FECHADOS
Uma barreira acústica funciona como um filtro passa baixa, quer dizer que
ele é mais eficiente nas altas frequências.
A barreira é mais eficiente quando instalada perto da fonte ou perto do
receptor.
Em ambientes fechados, as múltiplas reflexões no teto e no chão podem
diminuir a eficiência das barreiras acústicas.
Em alguns casos, o cálculo da transmissão sonora do som de uma fonte
protegida por uma barreira pode ser realizado considerando que a fonte se
encontra dentro de um recinto apresentando aberturas, o que permite levar
em conta as aberturas.
O espaço fica separado pela barreira em duas partes acopladas no plano
situado acima e aos lados da barreira. Considerações energéticas podem
levar a resultados aceitáveis.
Câmara Anecóica
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Câmara Reverberante
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Focalização
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Eco
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Eco Flutuante
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51
Modos Ressonantes
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52
Reflexões em uma sala
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  • 1. ACÚSTICA AMBIENTAL MÓDULO 04 – Propagação de Som em Ambientes Fechados PROFESSOR JULES SLAMA EMAIL: JULESSLAMA@YAHOO.COM.BR SLAMAACUSTICA.COM.BR
  • 2. 3 SITUAÇÕES DISTINTAS:  Fonte em espaço muito pequeno, onde as dimensões são pequenas com relação ao comprimento das ondas sonoras consideradas, e onde a análise modal é importante;  Fonte em espaço normal, onde as dimensões são grandes comparativamente com o comprimento da onde do som considerado. Neste caso o campo reverberante é constante em quase toda a sala;  Fonte em espaço panorâmicos onde as distancias laterais são muito maiores que a distancia teto piso. Neste caso o campo reverberante decresce quando a distância da fonte ao receptor aumenta. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 2
  • 3. Tratamento Matemático  Espaço muito pequeno: Análise Modal  Espaço normal e grande: Campo Direto e Campo Reverberante - Teoria dos Raios, método das imagens CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 3
  • 4.  Neste caso a pressão sonora no local pode ser representada como uma superposição de ondas estacionárias, funções da forma: I(x,y,z)iI(t). Temos então: p(x,y,z,t)=  i(x,y,z)i(t) Onde: p(x,y,z,t) é a pressão sonora na sala;  i(x,y,z) são funções chamadas modos normais da sala; i(t) são as coordenadas modais dependentes do tipo de fontes no local. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 4 Espaços muito Pequenos
  • 5. Espaços muito Pequenos  No caso de uma sala retangular com paredes rígidas, os modos normais podem ser escritos como: Onde: L,N,M são números inteiros; l X, lY, lZ são as dimensões da sala. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 5 coscos L Kcos=,, ZYX MNL l Mz l Ny l x  
  • 6. Espaços muito Pequenos  A cada um desses modos normais é associado uma frequência de ressonância, na qual o som pode ser amplificado pela sala. Podemos falar em filtragem modal. O ruído produzido pela fonte é filtrado pela resposta modal da sala. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 6 f c L l N l M lL N M X Y Z , , ( ) ( ) ( )   2 2 2 2
  • 7. Espaços Normais Numa sala, as ondas sonoras são refletidas várias vezes pelas paredes, apresentando uma redução da sua intensidade devido à absorção das superfícies. Devido a essas reflexões, o nível sonoro na sala é superior ao nível sonoro correspondente a propagação do som em campo livre. De fato, na sala, temos dois campos sonoros se superpondo:  O campo direto, aquele que atinge o ouvinte diretamente a partir da fonte, da mesma forma que em um campo livre;  O campo refletido ou reverberante. Sua composição depende da absorção sonora das paredes. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 7
  • 8. Espaços Normais CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 8
  • 9. Reflexão Sonora  COEFICIENTE DE REFLEXÃO SONORA Consideremos uma onda sonora incidente sobre uma superfície determinada. Uma onda será refletida com uma certa energia e definiremos o coeficiente de reflexão sonora como  CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 9 incidenteEnergia refletidaEnergia 
  • 10. Absorção Sonora  COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA O coeficiente de absorção sonora  é uma característica da superfície sobre a qual incide a onda e considera tanto a dissipação térmica pelos materiais, compondo esta superfície, como também a propagação do som atrás (tudo que está atrás da superfície). Note que uma janela aberta, por exemplo, tem  = 1 CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 10   1
  • 11. Absorção Sonora Três tipos de materiais absorventes: 1. Poroso ou dissipativo: porosidade aberta como lã de rocha, lã de vidro, feltro, espuma de borracha; 2. Membrana; 3. Cavidade. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 11
  • 12. Absorção Sonora CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 12 Coeficiente de Absorção Diferentes tipos de materiais absoventes
  • 13. Absorção Sonora CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 13 Efeito de espessura em materiais porosos Coeficiente de absorção em incidência aleatória
  • 14. Cavidade CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 14
  • 15. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 15
  • 16. Absorção Sonora  COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA O coeficiente de absorção varia com a frequência e com o ângulo de incidência da onda sonora sobre a superfície. Existem duas formas clássicas de medição do coeficiente de absorção: uma em tubo de impedância para absorção na incidência normal, e outra em câmara reverberante para diversas incidências combinadas. Este último coeficiente é utilizado no cálculo do campo difuso. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 16 FREQ 31,5 63 125 250 500 1000 2000 4000 8000 a 0,01 0,02 0,1 0,15 0,3 0,5 0,7 0,8 0,8 TABELA DE VALORES DO COEFICIENTE DE ABSORÇÃO EM FUNÇÃO DA FREQUÊNCIA
  • 17. Absorção Sonora  COEFICIENTE DE REDUÇÃO SONORA (NRC) O coeficiente de redução sonora é um único número que caracteriza a absorção de um material acústico. Este coeficiente é muito utilizado pelos fornecedores de materiais acústicos e está relacionado com a redução do campo sonoro reverberante proveniente da aplicação de materiais absorventes nas superfície dos locais. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 17 4 20001000500250   CRS
  • 18. Espaços Normais  É importante estimar o nível do ruído em uma sala em função das condições no local através de um modelo simples de propagação, o modelo de campo difuso onde as ondas sonoras refletidas se propagam em todas as direções.  Neste modelo, o nível de pressão sonora pode ser expresso pela seguinte equação: CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 18 ][ )( 4 4 )( log10+)f(L=)f(r,L 2 0 2 2 0 Wp fR r r rfQ  
  • 19. Espaços Normais Este espaço pode ser decomposto em campo direto e campo reverberante. CAMPO DIRETO: CAMPO REVERBERANTE: CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 19 ) 4 )( log(10)(),( 2 2 0 r rfQ fLfrL WPD   ) )( 4 log(10)(),( 2 0 fR r fLfrL WPR  onde: LPR (f) é o nível de pressão sonora reverberante para uma frequência determinada, resultante das múltiplas reflexões do som nas paredes da sala; LPD(f) é o nível de pressão sonora direta para uma frequência determinada; LW(f) é o nível de potência sonora da fonte; Q é o coeficiente de direcionalidade da fonte;
  • 20. Espaços Normais  CAMPO REVERBERANTE onde: LPR (f) é o nível de pressão sonora reverberante para uma frequência determinada, resultante das múltiplas reflexões do som nas paredes da sala; LW(f) é o nível de potência sonora da fonte; R é a constante da sala definida por: é o coeficiente de absorção da superfície Si CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 20 ) )( 4 log(10)(),( 2 0 fR r fLfrL WPR  )( )( 1 )( f fS fR        i S i Sf if )( )(   (f)i
  • 21. Diretividade de fontes omnidirecional próximas a paredes CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 21
  • 22. Espaços Normais  Onde é o coeficiente de absorção média da sala  Quando é pequeno,  Podemos também escrever: CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 22  ii Ssuperficiedaabsorçãodeecoeficientoé(f)Onde )( (f)       i i i ii S Sf   i iiSR      ii Sf )(log104log10-)f(Lpr)f(Lw 1010 
  • 23. Distância Crítica  A distância na qual o campo reverberante se iguala ao campo direto é chamada de distância crítica. A aplicação de materiais absorventes em um determinado local somente poderá modificar o campo sonoro longe da fonte de ruído para distâncias superiores à distância crítica cujo valor é dado por:  O campo sonoro total na distância crítica é 3dB acima do campo direto.  Na equação anterior, a absorção pelo ar na propagação da onda não foi considerada. Caso necessário, deve-se substituir por , onde é a absorção do ar em Neper/m. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 23 16 )( )( QfR fdc   S mV 4
  • 24. Espaços Normais  O campo direto obedece a lei de propagação em campo livre e decai de 6 dB cada vez que a distância da fonte sonora ao ouvinte for duplicada.  O campo reverberante é constante, atinge o ouvinte com ondas provenientes de todas as direções. Longe das paredes a Intensidade sonora associada ao campo reverberante é nula. Neste campo as relações entre intensidade sonora e pressão sonora não são as mesmas que para uma onda plana. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 24
  • 25. Espaços Normais  Para uma onda plana progressiva o nível de intensidade iguala-se ao nível de pressão sonora: NIS = NPS, Li =Lp  Para o campo reverberante perto de uma superfície: NIS = NPS - 6dB Li = Lp - 6dB Isto pode ser utilizado nas paredes que limitam a sala. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 25
  • 26. Controle de Ruído por Aplicação de Materiais Absorventes O campo sonoro direto de uma sala não depende das propriedades de absorção do local. Ele é importante somente em uma região próxima da fonte. Porém, o campo reverberante, constante em toda a sala, pode ser alterado se modificarmos as propriedades de absorção das superfícies internas do local. Assim, podemos conseguir a redução do nível de pressão sonora do campo reverberante em uma sala através da aplicação de revestimento absorvente acústico na sala. A redução é dada pela seguinte equação: CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 26       otratamentdoantesmédioabsorçãodeecoeficientoé otratamentoapósmédioabsorçãodeecoeficientoéonde ) )( log(10)(R 1 2 1 2 f f f f fedução    
  • 27. Tempo de Reverberação Caracteriza-se as propriedades absorventes de uma sala através do seu tempo de reverberação T60, que é o tempo necessário para o nível sonoro no local, cair de 60 dB após o desligamento da fonte. A norma NB101 da ABNT especifica os tempos de reverberação para vários locais para a frequência de 500Hz. Várias equações foram propostas, das quais citaremos as três principais. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 27
  • 28. Tempo de Reverberação  FÓRMULA DE SABINE Sabine (Wallace Clement) estabeleceu uma equação para o tempo de reverberação de salas a partir de estudos sobre a qualidade de escuta em salas. Sabine percebeu a relação existente entre a persistência do som em uma sala e a absorção dos revestimentos e objetos no local, propondo a seguinte equação: Onde: S = superfície da sala; V = volume da sala; a(f) = (f) S = área de absorção da sala; (f) = coeficiente de absorção médio da sala. Esta equação é válida para pequenos valores de coeficientes de absorção. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 28 )( 161.01610 60 fS V a(f) V. (f)T    
  • 29. Definição do Tempo de Reverberação CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 29
  • 30. Definição do Tempo de Reverberação CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 30
  • 31. Tempo Ótimo de Reverberação a 500Hz CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 31
  • 32. Tempo de Reverberação: Variação com a Frequência CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 32
  • 33. Evolução do tempo de reverberação com a Frequencia CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 33 125 250 500 1000 2000 0,1 0,2 0,5 0,9 1 15 30 75 135 150 1,34 0,67 0,27 0,15 0,13 5 m
  • 34. Tempo de Reverberação  FORMULA DE NORRIS-EYRING: Esta equação, proposta mais tarde, mostrou-se mais apropriada para salas mais absorventes.  FORMULA DE MILLINGTON: Esta equação foi proposta para locais onde há grande variação de coeficientes de absorção entre paredes. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 34 )1( e logS V0,161 =f)( 60 T )( f ))f(1(log V0,161 =f)(T60 ieiS 
  • 35. Propagação do Som em Espaços Fechados  Som direto – da fonte ao receptor;  Som refletido – que chega ao receptor depois de refletido nas paredes da sala. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 35 ][ )( 4 4 )( log10+)f(L=)f(r,L 2 0 2 2 0 Wp fR r r rfQ  
  • 36. Espaços Panorâmicos  Considera-se um local industrial de grandes dimensões, quando a altura do teto é inferior as suas dimensões transversais. Longe das paredes, o campo sonoro de uma fonte omnidirecional terá uma simetria cilíndrica. Esse local será caracterizado pela sua curva de decréscimo do som em função da distância: LP (r,f) - LW ( f ) = f f( r,f )  Esta curva, válida numa região próxima da fonte e longe das paredes, poderá ser determinada por fórmulas empíricas simplificadas propostas por diversos autores, ou através de simulações numéricas, ou experimentalmente utilizando uma fonte de referência. Prefere-se em geral definir o decaimento médio em dB(A) por duplicação da distância. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 36
  • 37. Espaços Muito Grandes Esta curva, dependendo do tipo de sala, apresenta um gráfico característico (“em banheira”) composto de três regiões distintas na medida que se afasta da fonte. 1. A primeira região de forte decréscimo com a distância. A fonte corresponde ao som direto. O nível sonoro decresce nesta região de 6dB/dd (decibeis por duplicação da distância). 2. A segunda região, de decréscimo nulo ou inferior a 6dB/dd. É característica do campo refletido pelo teto e chão com pouca influência das paredes. 3. A terceira região é aquela onde o som volta a crescer devido a proximidade das paredes. Levantamentos experimentais, como estudos de acústica previsional, tem mostrado que a forma da curva na segunda região varia com a absorção dos locais e em particular a absorção do teto. Esta parte da curva desce e a sua inclinação aumenta quando a absorção aumenta. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 37
  • 38. Espaços Muito Grandes  EQUAÇÃO DE THOMPSON: Foi proposta por Thompson uma outra equação do decaimento do som em função da distância para ambientes industriais. Esta equação tem validade para locais de absorção média e deve ser utilizada para estimar os níveis de ruído em fábricas. Nesta equação, o campo reverberante depende da distância da fonte ao ouvinte. MFP é o livre percurso médio: MFP = (4 V) /S V é o volume da sala e S é a área das superfícies internas da sala. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 38 ][ rR(f) MFP4 4 f)(Q 2 log10)f(L)f(L Wp  r
  • 39. Cálculo do MFP para um ambiente panorâmico CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 39 4 m 15 m 20 m
  • 40. Espaços Muito Grandes  As equações apresentadas anteriormente são simples porém válidas, cada uma delas, em uma faixa limitada de valores de absorção da sala. Por isso, são utilizadas cada vez mais para calcular o campo sonoro. Simulações numéricas baseadas no método dos raios sonoros conduzem a resultados precisos em altas frequências.  Realizaram-se cálculos dos níveis de pressão sonora mediante a utilização de três métodos: fórmula clássica, fórmula empírica de Thompson e simulações numéricas obtidas por acústica de raios através do programa SAS, desenvolvido no LAVI (Laboratório de Acústica e Vibrações). Nos três casos, foi calculado o campo sonoro produzido por uma mesma fonte situada no centro de uma mesma sala, cujas propriedades de absorção variavam. Os resultados foram comparados entre eles com o objetivo de relacionar o decréscimo do som em função da distância, longe da fonte, com as propriedades de absorção da sala. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 40
  • 41. Espaços Muito Grandes CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 41
  • 42. Espaços Muito Grandes  A fórmula clássica fornece resultados precisos no caso da absorção da sala ser pequena. Neste caso, o campo sonoro longe da fonte, quase todo ele composto pelo campo reverberante, é constante em toda a sala.  A equação de Thompson se mostra mais precisa em ambientes de média absorção (0,3 e 0,5), perdendo precisão em ambientes com baixa ou alta absorção. Neste caso, o campo sonoro, longe da fonte, decresce de 3dB a cada vez que a distância fonte-ouvinte é dobrada.  As simulações numéricas mostraram que, em realidade, o decréscimo do nível de pressão sonora aumenta de forma contínua com a absorção. CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 42
  • 43. Espaços Muito Grandes CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 43 Fica claro que, no momento, o meio preciso e quase indispensável de calcular o campo sonoro numa sala é através de programas de simulação numérica, baseados no método dos raios sonoros, já que esse consegue acompanhar a variação do campo reverberante com a absorção. Mediante esses programas é possível caracterizar a absorção de uma sala através do decréscimo do som em função da distância em dB/dd. Resta ainda definir valores aceitáveis do decréscimo para cada situação determinada. Os procedimentos experimentais poderão ser propostos para medir o decréscimo.
  • 44. Espaços Muito Grandes CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 44  INFLUÊNCIAS DIVERSAS:  ABSORÇÃO MOLECULAR A propagação do som no ar recebe uma atenuação suplementar devida a absorção molecular. Este efeito deve ser considerado para propagação do som em grandes espaços. Ele pode ser estimado adicionando, ao coeficiente de absorção médio, o termo 4mV/S onde V = volume do local; S = superfície total dos planos delimitando o local; m = coeficiente de absorção molecular (m-1). Neste caso a constante da sala vale: R S     a mV a mV S 4 4 1
  • 45. Espaços Muito Grandes CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 45  INFLUÊNCIAS DIVERSAS:  FONTES DE EXTENSÃO FINITA O campo reverberante depende unicamente da potência acústica das fontes e das características do local. Assim as equações para o campo reverberante continuam válidas. O campo direto deverá ser dependente das características da fonte e deverá ser estimado em cada caso.
  • 46. Espaços Muito Grandes CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 46  INFLUÊNCIAS DIVERSAS:  BARREIRAS ACÚSTICAS EM LOCAIS FECHADOS Uma barreira acústica funciona como um filtro passa baixa, quer dizer que ele é mais eficiente nas altas frequências. A barreira é mais eficiente quando instalada perto da fonte ou perto do receptor. Em ambientes fechados, as múltiplas reflexões no teto e no chão podem diminuir a eficiência das barreiras acústicas. Em alguns casos, o cálculo da transmissão sonora do som de uma fonte protegida por uma barreira pode ser realizado considerando que a fonte se encontra dentro de um recinto apresentando aberturas, o que permite levar em conta as aberturas. O espaço fica separado pela barreira em duas partes acopladas no plano situado acima e aos lados da barreira. Considerações energéticas podem levar a resultados aceitáveis.
  • 47. Câmara Anecóica CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 47
  • 48. Câmara Reverberante CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 48
  • 49. Focalização CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 49
  • 50. Eco CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 50
  • 51. Eco Flutuante CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 51
  • 52. Modos Ressonantes CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 52
  • 53. Reflexões em uma sala CURSO ACÚSTICA AMBIENTAL - MÓDULO 04 PROF. JULES GHISLAIN SLAMA 53