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A SOBERANIA DE
DEUS SOBRE O MAL
David Mathis
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Traduzido do original em Inglês
A 4-Part Series On How To Talk About God's Sovereignty Over Sin
By David Mathis
Via: DesiringGod.org • Copyright © 2015 Desiring God Foundation
Tradução por Gabriel Costa
Revisão por Camila Almeida
Capa por William Teixeira
1ª Edição: Novembro de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão
do Ministério Desiring God Foundation (DesiringGod.org), sob a licença Creative Commons
Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
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A Soberania de Deus Sobre o Mal
Por David Mathis*
Parte 1
Deus é o “Autor” do Pecado?
— 29 de agosto de 2007 —
Esta é primeira parte de uma série de outras 4 partes, sobre como falar da soberania de
Deus sobre o pecado.
Em seus últimos três sermões, John Piper fez algumas declarações polêmicas a respeito
da soberania de Deus sobre o pecado.
• 12 de agosto: “Deus criou [Satanás e seus demônios] sabendo o que e como eles
seriam, exercendo nesse papel muito maligno, eles glorificariam a Cristo. Conhecendo
tudo o que eles se tornariam, Deus criou-os para a glória de Cristo”.
• 19 de agosto: “Deus é soberano sobre Satanás e, portanto, a vontade de Satanás
não acontece sem a permissão de Deus. Sendo assim, cada movimento de Satanás
é parte do propósito e plano geral de Deus”.
• 26 de agosto: “Tudo o que existe, incluindo o mal, é ordenado por um Deus infinita-
mente santo e todo-sábio, afim de fazer a glória de Cristo brilhar com mais intensida-
de... O pecado de Adão e a Queda da raça humana nele, em pecado e miséria, não
surpreendeu a Deus e faz parte do Seu amplo plano em mostrar a plenitude da glória
de Jesus Cristo”.
Desiring God recebeu uma enxurrada de e-mails sobre isso — alguns até mais enérgicos
que outros! — questionando (ou discordando abertamente) sobre a soberania de Deus
sobre o pecado.
__________
* David Mathis (@davidcmathis) é editor executivo para DesiringGod.org, pastor em Cities Church em
Minneapolis/Saint Paul, e professor adjunto de Bethlehem College & Seminary. Editou vários livros, incluindo
Finish the Mission [Concluir a Missão], Acting the Miracle [Realizando o Milagre], e mais recentemente Cross
[Cruz], e é co-autor de How to Stay Christian in Seminary [Como Permanecer Cristão no Seminário].
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Consideramos que John Frame fornece uma ajuda significativa em como falar a respeito
da soberania de Deus sobre o pecado. Dr. Frame e a Editora P&R graciosamente nos
deram permissão para citar um trecho de seu Doctrine of God [A Doutrina de Deus]. Os
trechos abaixo (e nas próximas três partes desta série) não estão disponíveis em outros
lugares da web. Se você for auxiliado por eles, nós imensamente recomendamos que você
compre o livro, A Doutrina de Deus.
***
A porção a seguir é extraída do livro A Doutrina de Deus, Capítulo 9, “O Problema do Mal”,
por John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame.
Deus é Soberano Sobre o Pecado
...Deus realmente endurece corações e através de Seus profetas Ele antevê o pecado do
homem com grande antecedência, indicando que Ele está no controle das livres decisões
humanas. Hoje, os teólogos têm encontrado dificuldades para formular, em termos gerais,
como Deus age para resultar nessas ações pecaminosas... Nós diríamos que Deus é a
“causa” do mal? Essa linguagem é certamente problemática, uma vez que normalmente
associamos causa com culpa... Aparentemente, se Deus causa o pecado e o mal, Ele seria
o culpado por isso.
Palavras: As Ferramentas do Teólogo
Por essa razão, tem havido muita discussão entre os teólogos quanto a que verbo deve
melhor descrever a agência de Deus no que diz respeito ao mal. Aqui estão algumas possi-
bilidades iniciais: conceber, ocasionar, controlar, originar, decretar, preordenar, incitar,
incluir no Seu plano, fazer acontecer, ordenar, permitir, planejar, predestinar, predeterminar,
produzir, estar por detrás, desejar. Muitos destes são termos extrabíblicos; nenhum deles
é perfeitamente fácil de definir neste contexto; de forma que os teólogos precisam ter
cuidadosas reflexões sobre qual desses termos, se houver um, deve ser sustentado, e em
qual sentido. As palavras são as ferramentas do teólogo. Em uma situação como esta, ne-
nhuma das possibilidades é totalmente adequada. Existem várias vantagens e desvanta-
gens entre os diferentes termos. Vamos considerar alguns daqueles que são mais frequen-
temente discutidos.
1) Deus Seria o Autor do Pecado?
A palavra autor é quase universalmente condenada na literatura teológica. Raramente é
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definida, mas parece significar tanto que Deus é a causa eficaz do mal e que causando o
mal, de fato, faz algo realmente errado1
. Assim, a Confissão de Westminster diz que: Deus
“não é, nem pode ser o autor ou aprovador do pecado” (5:4). Apesar dessa negação em
uma grande Confissão Reformada, os Arminianos regularmente acusam a Teologia Refor-
mada de fazer de Deus o autor do pecado. Eles assumem que se Deus ocasiona o mal, em
qualquer sentido, Ele deve, portanto, aprová-lo e merece a culpa. Em sua opinião, nada a
não ser o livre-arbítrio do homem servirá para absolver Deus da acusação de ser o autor
do pecado.
Deus Não é o Autor do Pecado
Entretanto, como vimos [no capítulo 8 de A Doutrina de Deus] o livre-arbítrio é incoerente
e antibíblico. E, como vimos [no capítulo 4 de A Doutrina de Deus] Deus permite as
humanas ações pecaminosas. Negar isto, ou acusar Deus de maldade por causa disso,
não está em discussão para um Cristão que crê na Bíblia. De alguma maneira, devemos
confessar que Deus tem um papel em ocasionar o mal, mas que ao fazê-lo ainda assim Ele
é santo e irrepreensível!... Deus realmente permite os pecados, mas sempre por Seus
próprios bons propósitos. Assim, ao permitir o pecado, Ele próprio não comete pecado. Se
esse argumento é são, então, a doutrina Reformada, da soberania de Deus, não implica
que Deus seja o autor do pecado.
__________
[1] Para que não haja confusão sobre a linguagem: o modelo de “autor/história” da relação de Deus para com
as criaturas, o qual eu defenderei posteriormente, não faz de Deus o “autor do pecado”, neste sentido. Nada
nesse modelo implica que Deus cometa ou aprove o pecado. Na verdade, eu argumentarei depois que ele
nos fornece uma razão para negar isso.
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Parte 2
Deus “Causa” o Pecado?
— 30 de agosto de 2007 —
Esta é a segunda parte, de outras 4, a respeito de como falar da soberania de Deus sobre
o pecado.
***
O trecho a seguir é extraído de A Doutrina de Deus, capítulo 9, “O Problema do Mal”, por
John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame.
2) Deus “Causa” o Pecado?
Causa é outro termo que tem levado os teólogos a muita discussão... Autores Reformados
têm... negado que Deus é a causa do pecado. João Calvino ensina: “Pois, a própria e
genuína causa do pecado não é o conselho oculto de Deus, mas a vontade evidente do
homem”,1
ainda que no contexto, ele também afirme que a Queda de Adão não ocorreu
“sem o conhecimento e a ordenação de Deus”2
. Eis alguns outros exemplos:
Cuide para que você não faça de Deus o autor do pecado, ao culpá-lO por Seu inviolá-
vel decreto quanto às falhas do homem, como se eles, os santos decretos, fossem a
causa ou ocasião dos pecados; temos a certeza de que não são e nem podem ser
mais do que a suposição de que a luz seria a causa das trevas.3
É [Deus] Quem criou, preserva, impulsiona e dirige todas as coisas. Mas de nenhuma
maneira se segue, a partir dessas premissas, que Deus é, portanto, a causa do peca-
do, pois o pecado é nada menos que, anomia, ilegalidade, falta de conformidade com
__________
[1] Calvino, Concerning the Eternal Predestination of God [Sobre a Eterna Predestinação de Deus] (London:
James Clarke and Co., 1961), 122.
[2] Ibid., 121.
[3] Elisha Coles, A Practical Discourse on God’s Sovereignty [Um Tratado Prático Sobre a Soberania de Deus]
(Marshallton, DE: The National Foundation for Christian Education, 1968), 15. Reimpressão de uma obra do
século XVII.
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a lei divina (1 João 3:4), uma mera ausência de retidão; consequentemente sendo em
si mesmo algo essencialmente negativo, e não pode ter nenhuma razão positiva ou
proveitosa, mas apenas uma contrária ou imperfeita, como vários homens sábios têm
observado.4
De acordo com os Cânones de Dort, “A causa ou culpa por essa incredulidade, assim como
de todos os outros pecados, não está em parte alguma em Deus, mas no homem” (1:5).
Causa e Ordem
Nestas citações, causa parece assumir as conotações do termo autor. Para esses autores,
dizer que Deus “causa” o mal é dizer, ou, talvez, implicar, que Ele é o culpado por isso.
Observe que a expressão “causa ou culpa” no trecho dos Cânones de Dort é tal que os
termos parecem ser tratados como sinônimos. Entretanto note que, embora acima Calvino
rejeite a causa, ele afirma a ordenação. Deus não é a “causa” do pecado, mas o pecado é
por Sua “ordenação”. Para o leitor moderno, a distinção não é evidente. Ordenar é causar,
e vice-versa. Se a causa implica culpa, então ordenação parece acarretá-la também; se
não o for, então não há implicações. Mas, evidentemente, no vocabulário de Calvino e de
seus sucessores havia uma diferença entre os dois termos.
Podemos Dizer que Deus Causa o Pecado
Para nós, a questão ergue-se em saber se Deus pode ser a causa eficiente do pecado, sem
ser o culpado por isso. Os teólogos mais antigos negaram que Deus era a causa eficiente
do pecado... [Em parte] porque eles identificaram causa como autoria. Mas se... a conexão
entre causa e culpa, na linguagem, moderna não for mais forte do que a conexão entre a
ordenação e culpa, então, (assim e somente assim) não me parece errado dizer que Deus
causa o mal e o pecado. Certamente devemos empregar tal linguagem cautelosamente,
apesar da perspectiva ao longo da história de sua rejeição na tradição.
As Causas Remotas e Imediatas
É interessante que Calvino usa causa, referindo-se ao agir de Deus em acarretar o pecado,
___________
[4] Jerome Zanchius, Observations On the Divine Attributes, in Absolute Predestination [Observações Sobre
Os Atributos Divinos, em Absoluta Predestinação] (Marshallton, DE: National Foundation for Christian
Education, nd), 33. Compare as formulações dos dogmáti-cos pós-reformação Polan e Wolleb em RD, 143, e
de Mastricht em 277. Todos eles ba-seiam os seus argumentos sobre a premissa que o mal é uma mera
privação.
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quando ele distingue entre Deus como a “causa remota” e a agência humana como a “causa
imediata”. Argumentando que Deus não é o “autor do pecado”, ele diz: “A causa imediata é
uma coisa, a causa remota é outra”5
. Calvino pontua que quando os homens maus rouba-
ram os bens de Jó, Jó reconheceu que “o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja
o nome do Senhor”. Os ladrões, a causa imediata do mal, são culpados; mas Jó não ques-
tionou os motivos do Senhor, a causa remota. Calvino, no entanto, não cria que a distinção
imediata/remota é suficiente para nos mostrar por que Deus é inculpável:
Mas o quanto isso foi ordenado pela presciência e decreto de Deus, que o futuro do
homem ocorresse sem Deus estar implicado como associado na falta como o autor e
aprovador da transgressão, é claramente um segredo que muito ultrapassa a percep-
ção da mente humana, de modo que eu não me envergonho de confessar ignorância.6
Calvino usa a distinção remota/imediata meramente para distinguir entre a causalidade de
Deus e a das criaturas e, assim, afirmar que o primeiro é sempre justo. Todavia, ele não
acredita que a distinção resolva o problema do mal...
Pelo menos, a discussão acima indica que Calvino está disposto em alguns contextos a se
referir a Deus como a “causa do pecado e do mal”. Calvino também descreve Deus como
a única causa do endurecimento e reprovação dos ímpios:
Portanto, se não podemos atribuir qualquer motivo à concessão da Sua misericórdia
a Seu povo, mas apenas que isso assim agradou-O, não podemos também ter qual-
quer motivo para Sua reprovação de alguns, além de Sua vontade. Quando a Deus é
dito dispensar misericórdia ou endurecimento a quem Ele quer, os homens são lem-
brados de que eles não devem procurar por qualquer causa além de Sua vontade.7
__________
[5] Calvino, op. cit., 181.
[6] Ibid., 124.
[7] Calvino, IRC [Institutas da Religião Cristã] 3.22.11. Compare com 3.23.1.
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Parte 3
Deus Permite o Pecado?
— 31 de agosto de 2007 —
Esta é a terceira parte de uma série de 4 partes sobre como falar da soberania de Deus
sobre o pecado.
***
O trecho a seguir é extraído de A Doutrina de Deus, capítulo 9, “O Problema do Mal”, por
John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame.
3) Deus Permite o Pecado?
Considere agora o termo permitir. Este é o termo preferido na teologia Arminiana, o qual
equivale a uma negação de que Deus causa o pecado. Para o Arminiano, Deus não causa
o pecado; Ele apenas permite. Teólogos Reformados, no entanto, também têm usado o
termo, referindo-se à relação de Deus com o pecado. O Reformado, no entanto, insiste no
contrário dos Arminianos, que a “permissão” de Deus sob pecado não é menos eficaz do
que Sua ordenação do bem. Calvino nega que haja qualquer “mera permissão” em Deus:
A partir disso, é fácil concluir quão tolo e frágil é o apoio da justiça Divina conferida
pela sugestão que os males vêm a existir não pela vontade de Deus, mas apenas por
Sua permissão. É claro que, à medida que eles são males, que os homens cometem
com suas mentes más, o que eu mostrarei com maiores detalhes em breve, eu con-
fesso que eles não são agradáveis a Deus. Todavia, é um refúgio muito leviano dizer
que Deus ociosamente permite-lhes assim, quando as Escrituras mostram-nO não
apenas querendo, mas sendo o autor deles.1
A permissão de Deus é uma permissão eficaz...
__________
[1] Calvino em A Eterna Predestinação, 176. O termo autor levanta questões. Presumo que, na linha habitual
do pensamento de Calvino, significa que Deus é autor dos acontecimentos maus, sem ter a autoria das suas
características malignas. Mas, a utilização de autor indica aqui algo da flexibilidade da linguagem nas suas
formulações, em contraste com a sua relativa rigidez em seus sucessores.
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Sim, Deus permite o pecado; mas não é “Mera Permissão”
Se a permissão de Deus é eficaz, como ela difere de outros exercícios de Sua vontade?
Evidentemente, o Reformado usa permite principalmente como um termo mais delicado do
que causa, e para indicar que Deus causa o pecado com um tipo de relutância advindo de
Seu santo ódio pelo mal.
Este uso realmente reflete um padrão bíblico: Quando Satanás age, ele age, em um sentido
óbvio, pela permissão de Deus2
. Deus permitiu que ele atacasse a família, as riquezas e a
saúde de Jó. Contudo, Deus não quis permitir que Satanás tirasse a vida de Jó (Jó 2:6).
Sendo assim, Satanás está em uma coleira curta, atuando somente dentro dos limites atri-
buídos por Deus. E, neste contexto, todos os atos pecaminosos são semelhantes. O peca-
dor é limitado em seu agir, antes que ele se depare com o julgamento de Deus.
O que Deus Permite Ocorrer, Ocorrerá
É certo, portanto, usar permissão para indicar a ordenação de Deus sobre o pecado. Mas
não devemos supor, como os Arminianos fazem, que a permissão Divina é algo menor do
que a Sua ordenação soberana. O que Deus permite ou autoriza ocorrer, ocorrerá. Deus
poderia facilmente ter evitado o ataque de Satanás a Jó, se Ele quisesse. O fato dEle não
haver impedido o ataque implica que Ele pretendia que acontecesse. Permissão, então, é
uma forma de ordenação, uma forma de causalidade.3
Que isso seja, às vezes, tomado de
outro modo é um bom argumento contra o uso do termo, mas possivelmente não um
argumento decisivo.
Não discutirei outros termos em minha lista (exceto deseja, que [é discutido no capítulo 23
de A Doutrina de Deus]). O que foi dito acima deve ser suficiente para indicar a necessidade
de cautela na escolha do vocabulário, e também a necessidade de se pensar com cuidado
antes de condenar o vocabulário de outros. Não é fácil encontrar termos adequados para
__________
[2] Neste uso, e no uso teológico Reformado, “permissão” não tem nenhuma conotação de aprovação moral,
como, às vezes, tem no uso contemporâneo do termo.
[3] Arminianos tradicionais concordam que Deus é onipotente e pode impedir ações pecaminosas. Então, nós
queremos saber como eles podem se opor a este argumento. Se Deus pode impedir o pecado, mas escolheu
não impedi-lo, não devemos dizer que Ele ordenou que isso acontecesse? Alguns Arminianos mais recentes
afirmam que Deus criou o mundo, mesmo sem saber que o mal viria a ocorrer. Mas esta representação não
faz de Deus, nas palavras de um dos meus correspondentes, uma espécie de “cientista maluco”, que “une
uma combinação potencialmente perigosa de produtos químicos, sem saber que resultará em uma reação
perigosa e incontrolável?”. Será que essa visão não faz de Deus culpado de descuido?
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descrever a ordenação Divina do mal. A nossa língua não deve comprometer nem a plena
soberania de Deus ou a Sua santidade e bondade.
Nenhuma destas formulações resolve o problema do mal. Não é uma solução dizer que
Deus ordena o mal, mas não cria-o ou causa-o (se optarmos por dizer assim). Esta língua-
gem não é uma solução para o problema, mas apenas uma maneira de levantá-la. Pois, a
questão do mal é como Deus pode ordenar o mal sem ser o seu autor. Como pontuou
Calvino, a distinção entre a causa remota e imediata também é insuficiente para responder
às questões diante de nós, embora seja útil em afirmar de quem é a culpa pelo mal. Tam-
bém não é uma solução dizer que Deus permite, em vez de ordenar, o mal. Como vimos, a
permissão de Deus é tão eficaz quanto a Sua ordenação. A diferença entre os termos não
traz nada à luz que vá resolver o problema.
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Parte 4
O Modelo Autor-História
— 1 de setembro de 2007 —
Esta é a quarta parte de uma série de 4 partes sobre como falar da soberania de Deus
sobre o pecado.
***
A porção a seguir é extraída do livro A Doutrina de Deus, Capítulo 9, “O Problema do Mal”,
por John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame.
O Modelo Autor-História
Eu deveria... dizer algo mais sobre a natureza da agência de Deus no que diz respeito ao
mal. Lembre-se que a partir do [capítulo 8 de A Doutrina de Deus] modelo do autor e sua
história: a relação de Deus com agentes livres é como a relação de um autor para com seus
personagens. Vamos examinar em que medida o relacionamento de Deus com o pecado
humano é como o de Shakespeare em relação a Macbeth, o assassino de Duncan.
Shakespeare matou Duncan?
Tomei emprestada a ilustração de Shakespare/Macbeth da excelente Teologia Sistemática
de Wayne Grudem1
. Mas eu discordo de Grudem em um ponto. Ele diz que poderíamos
dizer que Macbeth ou Shakespeare “matou o rei Duncan”. Concordo, é claro, que tanto
Macbeth e Shakespeare são responsáveis, em diferentes níveis de realidade, pela morte
de Duncan. Mas, enquanto eu analiso a linguagem que normalmente se usa em tais contex-
tos, parece claro para mim que nós não diríamos normalmente que Shakespeare matou
Duncan. Shakespeare escreveu o assassinato em sua peça. Mas o assassinato aconteceu
no mundo da peça, não no mundo real do autor. Macbeth fez isso, não Shakespeare. Senti-
mos a retidão da justiça poética movida contra Macbeth por seu crime. Mas nós certamente
consideraríamos muito injusto se Shakespeare fosse julgado e condenado à morte por
___________
[1] Grand Rapids: Zondervan, 1994, 321-22.
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matar Duncan2
. E ninguém sugere que há qualquer problema em conciliar a benevolência
de Shakespeare com sua onipotência sobre o mundo do drama. Na verdade, há razão para
nós louvarmos Shakespeare por levantar esse personagem, Macbeth, para nos mostrar as
consequências do pecado.3
Deus Produz o Pecado sem Ele mesmo Pecar
A diferença entre níveis, então pode ter significado moral, bem como metafísico4
. Isso pode
esclarecer porque os escritores bíblicos não hesitaram em dizer que Deus produz o pecado
e o mal, e não serem tentados a acusá-lO de maldade. A relação entre Deus e nós, é claro,
é diferente em alguns aspectos da relação entre um autor e seus personagens. Mais signifi-
cativamente: nós somos reais; Macbeth não é. Mas entre Deus e nós há uma grande dife-
rença no tipo de realidade e no status relativo. Deus é o absoluto controlador e autoridade,
o mais presente fato da natureza e da história. Ele é o legislador, nós, os receptores da lei.
Ele é a cabeça do pacto; nós somos os servos. Ele criou a criação para a Sua própria glória;
nós buscamos a Sua glória, em vez de a nossa própria. Ele nos faz como o oleiro cria o va-
so, para seus próprios fins. Será que estas diferenças não colocam Deus em uma categoria
moral diferente também?
Deus não é Obrigado a Defender-Se
A própria transcendência de Deus desempenha um papel significativo nas respostas bíbli-
cas ao problema do mal. Porque Deus é quem é, O Senhor do pacto, Ele não é obrigado a
defender-Se contra as acusações de injustiça. Ele é o juiz, não nós. Muitas vezes nas
Escrituras, quando acontece alguma coisa que coloca a bondade de Deus em questão,
Deus Se abstém incisivamente de explicar. Na verdade, muitas vezes Ele repreende aque-
les seres humanos que O questionam. Jó exigiu uma audiência com Deus, para que ele
pudesse pedir a Deus as razões para os seus sofrimentos (23:1-7, 31:35-37). Mas quando
__________
[2] Pense em quantos escritores de programas de TV seriam tirados dentre nós, se essa base jurídica fosse
válida. Mais nenhum comentário.
[3] Como o meu amigo Steve Hays assinala em correspondência, os aspectos sombrios dos dramas de
Shakespeare também adicionam à sua grandeza como um artista. Nossa admiração por Shakespeare é
parcialmente baseada em sua compreensão do pecado da alma humana e sua capacidade de expor e lidar
com o pecado, não trivialmente, mas de maneiras que nos surpreendem e aprofundam nossa compreensão.
[4] A diferença metafísica entre o Deus Criador e o mundo do qual o mal é uma parte pode indicar a verdadeira
conexão entre a ética e metafísica, em oposição à falsa conexão da “cadeia da existência”, de pensadores
mencionados anteriormente neste capítulo. Pode também indicar um grão de verdade na teoria da privação:
há uma diferença metafísica entre o bem e o mal, mas não é a diferença entre o existir e o não-existir, mas
sim uma diferença entre existência e existência criada.
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ele se encontrou com Deus, Deus fez a pergunta: “Agora cinge os teus lombos, como ho-
mem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás” (Jó 38:3). As perguntas principalmente revela-
ram a ignorância de Jó sobre a criação de Deus; se Jó não entendia os caminhos dos ani-
mais, como ele poderia presumir reclamar dos motivos de Deus em questão? Ele nem mes-
mo entendia as coisas terrenas; como ele poderia presumir a debater as coisas celestiais?
Deus não é sujeito às avaliações ignorantes de Suas criaturas.5
O Oleiro e o Barro
É significativo que a figura oleiro/barro apareça em uma passagem nas Escrituras onde o
problema do mal é explicitamente abordado6
. Em Romanos 9:19-21, Paulo apela especifi-
camente à diferença no nível metafísico e status entre o Criador e a criatura:
Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua
vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa forma-
da dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre
o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?.
Esta resposta para o problema do mal volta-se inteiramente para a soberania de Deus. Isso
é tão longe quanto se poderia imaginar de uma defesa do livre-arbítrio. Isso traz à nossa
atenção o fato de que Suas prerrogativas são muito maiores do que as nossas, assim como
o modelo autor-personagem.
Um Sentido em que Deus é “Autor” do Mal
Pode-se objetar que esse modelo faz de Deus o “autor” do mal. Mas essa objeção, eu acho,
confunde dois sentidos de “autor”. Como vimos, a frase “autor do mal” conota não apenas
causalidade do mal, mas também culpa por isso. Pois, ter autoria do mal é fazê-lo. Mas, ao
__________
[5] Dizer isso é não adotar o ponto de vista de Gordon H. Clark de que Deus é ex lex ou fora de, não sujeito
à lei moral. Veja Religion, Reason, and Revelation [Religião, Razão, e Revelação] (Phila.: Presbyterian and
Reformed, 1961, onde ele argumenta que, por Deus estar acima da lei moral, Ele não está sujeito a ela.
Certamente Deus tem algumas prerrogativas em Seu Ser que Ele nos proíbe, como a liberdade de tirar a vida
humana. Mas, para a maior parte, as leis morais que Deus nos impõe são baseadas em Seu próprio caráter.
Veja Êxodo 20:11, Levítico 11:44-45, Mateus 5:45, 1 Pedro 1:15-16. Deus não violará o Seu próprio caráter.
O que as Escrituras negam é que o homem tenha compreensão suficiente do caráter de Deus e de Seu plano
eterno (para não mencionar autoridade suficiente) para trazer acusações contra Ele.
[6] O problema é levantado, é claro, no Livro de Jó e em muitos outros lugares na Escritura. Mas, em meu
conhecimento, Romanos 9 é a única passagem em que um escritor bíblico dá uma resposta explícita a ele.
Jó, obviamente, nunca foi informado acerca do motivo pelo qual ele sofreu.
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dizer que Deus está relacionado com o mundo como um autor de uma história, nós real-
mente fornecemos uma maneira de ver que Deus não deve ser responsabilizado pelo peca-
do de Suas criaturas.
Três Respostas Bíblicas para o Problema do Mal
Esta, é claro, não é a única resposta bíblica para o problema do mal. Às vezes, Deus não
responde ao silenciar-nos, como acima, mas, mostrando-nos em certa medida que o mal
contribui para Seu plano, o que eu tenho chamado de “maior boa defesa”. A maior boa defe-
sa refere-se particularmente ao atributo de Senhorio de Deus no controle, de modo que Ele
é soberano sobre o mal e usa-o para o bem. A resposta de Romanos 9 refere-se particu-
larmente ao atributo de Senhorio Divino de autoridade. E Seu atributo de presença pactual
dirige-se ao emocional problema do mal, confortando-nos com as promessas de Deus e o
amor de Jesus, do qual nenhum mal pode nos separar (Romanos 8:35-39).
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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 10 Sermões — R. M. M’Cheyne
 Adoração — A. W. Pink
 Agonia de Cristo — J. Edwards
 Batismo, O — John Gill
 Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
 Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
 Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
 Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
 Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
 Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
 Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
 Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
 Confissão de Fé Batista de 1689
 Conversão — John Gill
 Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
 Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
 Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
 Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
 Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
 Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
 Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
 Eleição Particular — C. H. Spurgeon
 Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
 Evangelismo Moderno — A. W. Pink
 Excelência de Cristo, A — J. Edwards
 Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
 Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
 Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
 In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
 Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
 Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
 Jesus! – C. H. Spurgeon
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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade.
3
Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto.
4
Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus.
5
Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
6
Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
7
Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10
Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos;
11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal.
12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.
13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos.
14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco.
15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus.
16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia.
17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.

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  • 2. A SOBERANIA DE DEUS SOBRE O MAL David Mathis
  • 3. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Traduzido do original em Inglês A 4-Part Series On How To Talk About God's Sovereignty Over Sin By David Mathis Via: DesiringGod.org • Copyright © 2015 Desiring God Foundation Tradução por Gabriel Costa Revisão por Camila Almeida Capa por William Teixeira 1ª Edição: Novembro de 2015 Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão do Ministério Desiring God Foundation (DesiringGod.org), sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
  • 4. Issuu.com/oEstandarteDeCristo A Soberania de Deus Sobre o Mal Por David Mathis* Parte 1 Deus é o “Autor” do Pecado? — 29 de agosto de 2007 — Esta é primeira parte de uma série de outras 4 partes, sobre como falar da soberania de Deus sobre o pecado. Em seus últimos três sermões, John Piper fez algumas declarações polêmicas a respeito da soberania de Deus sobre o pecado. • 12 de agosto: “Deus criou [Satanás e seus demônios] sabendo o que e como eles seriam, exercendo nesse papel muito maligno, eles glorificariam a Cristo. Conhecendo tudo o que eles se tornariam, Deus criou-os para a glória de Cristo”. • 19 de agosto: “Deus é soberano sobre Satanás e, portanto, a vontade de Satanás não acontece sem a permissão de Deus. Sendo assim, cada movimento de Satanás é parte do propósito e plano geral de Deus”. • 26 de agosto: “Tudo o que existe, incluindo o mal, é ordenado por um Deus infinita- mente santo e todo-sábio, afim de fazer a glória de Cristo brilhar com mais intensida- de... O pecado de Adão e a Queda da raça humana nele, em pecado e miséria, não surpreendeu a Deus e faz parte do Seu amplo plano em mostrar a plenitude da glória de Jesus Cristo”. Desiring God recebeu uma enxurrada de e-mails sobre isso — alguns até mais enérgicos que outros! — questionando (ou discordando abertamente) sobre a soberania de Deus sobre o pecado. __________ * David Mathis (@davidcmathis) é editor executivo para DesiringGod.org, pastor em Cities Church em Minneapolis/Saint Paul, e professor adjunto de Bethlehem College & Seminary. Editou vários livros, incluindo Finish the Mission [Concluir a Missão], Acting the Miracle [Realizando o Milagre], e mais recentemente Cross [Cruz], e é co-autor de How to Stay Christian in Seminary [Como Permanecer Cristão no Seminário].
  • 5. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Consideramos que John Frame fornece uma ajuda significativa em como falar a respeito da soberania de Deus sobre o pecado. Dr. Frame e a Editora P&R graciosamente nos deram permissão para citar um trecho de seu Doctrine of God [A Doutrina de Deus]. Os trechos abaixo (e nas próximas três partes desta série) não estão disponíveis em outros lugares da web. Se você for auxiliado por eles, nós imensamente recomendamos que você compre o livro, A Doutrina de Deus. *** A porção a seguir é extraída do livro A Doutrina de Deus, Capítulo 9, “O Problema do Mal”, por John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame. Deus é Soberano Sobre o Pecado ...Deus realmente endurece corações e através de Seus profetas Ele antevê o pecado do homem com grande antecedência, indicando que Ele está no controle das livres decisões humanas. Hoje, os teólogos têm encontrado dificuldades para formular, em termos gerais, como Deus age para resultar nessas ações pecaminosas... Nós diríamos que Deus é a “causa” do mal? Essa linguagem é certamente problemática, uma vez que normalmente associamos causa com culpa... Aparentemente, se Deus causa o pecado e o mal, Ele seria o culpado por isso. Palavras: As Ferramentas do Teólogo Por essa razão, tem havido muita discussão entre os teólogos quanto a que verbo deve melhor descrever a agência de Deus no que diz respeito ao mal. Aqui estão algumas possi- bilidades iniciais: conceber, ocasionar, controlar, originar, decretar, preordenar, incitar, incluir no Seu plano, fazer acontecer, ordenar, permitir, planejar, predestinar, predeterminar, produzir, estar por detrás, desejar. Muitos destes são termos extrabíblicos; nenhum deles é perfeitamente fácil de definir neste contexto; de forma que os teólogos precisam ter cuidadosas reflexões sobre qual desses termos, se houver um, deve ser sustentado, e em qual sentido. As palavras são as ferramentas do teólogo. Em uma situação como esta, ne- nhuma das possibilidades é totalmente adequada. Existem várias vantagens e desvanta- gens entre os diferentes termos. Vamos considerar alguns daqueles que são mais frequen- temente discutidos. 1) Deus Seria o Autor do Pecado? A palavra autor é quase universalmente condenada na literatura teológica. Raramente é
  • 6. Issuu.com/oEstandarteDeCristo definida, mas parece significar tanto que Deus é a causa eficaz do mal e que causando o mal, de fato, faz algo realmente errado1 . Assim, a Confissão de Westminster diz que: Deus “não é, nem pode ser o autor ou aprovador do pecado” (5:4). Apesar dessa negação em uma grande Confissão Reformada, os Arminianos regularmente acusam a Teologia Refor- mada de fazer de Deus o autor do pecado. Eles assumem que se Deus ocasiona o mal, em qualquer sentido, Ele deve, portanto, aprová-lo e merece a culpa. Em sua opinião, nada a não ser o livre-arbítrio do homem servirá para absolver Deus da acusação de ser o autor do pecado. Deus Não é o Autor do Pecado Entretanto, como vimos [no capítulo 8 de A Doutrina de Deus] o livre-arbítrio é incoerente e antibíblico. E, como vimos [no capítulo 4 de A Doutrina de Deus] Deus permite as humanas ações pecaminosas. Negar isto, ou acusar Deus de maldade por causa disso, não está em discussão para um Cristão que crê na Bíblia. De alguma maneira, devemos confessar que Deus tem um papel em ocasionar o mal, mas que ao fazê-lo ainda assim Ele é santo e irrepreensível!... Deus realmente permite os pecados, mas sempre por Seus próprios bons propósitos. Assim, ao permitir o pecado, Ele próprio não comete pecado. Se esse argumento é são, então, a doutrina Reformada, da soberania de Deus, não implica que Deus seja o autor do pecado. __________ [1] Para que não haja confusão sobre a linguagem: o modelo de “autor/história” da relação de Deus para com as criaturas, o qual eu defenderei posteriormente, não faz de Deus o “autor do pecado”, neste sentido. Nada nesse modelo implica que Deus cometa ou aprove o pecado. Na verdade, eu argumentarei depois que ele nos fornece uma razão para negar isso.
  • 7. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Parte 2 Deus “Causa” o Pecado? — 30 de agosto de 2007 — Esta é a segunda parte, de outras 4, a respeito de como falar da soberania de Deus sobre o pecado. *** O trecho a seguir é extraído de A Doutrina de Deus, capítulo 9, “O Problema do Mal”, por John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame. 2) Deus “Causa” o Pecado? Causa é outro termo que tem levado os teólogos a muita discussão... Autores Reformados têm... negado que Deus é a causa do pecado. João Calvino ensina: “Pois, a própria e genuína causa do pecado não é o conselho oculto de Deus, mas a vontade evidente do homem”,1 ainda que no contexto, ele também afirme que a Queda de Adão não ocorreu “sem o conhecimento e a ordenação de Deus”2 . Eis alguns outros exemplos: Cuide para que você não faça de Deus o autor do pecado, ao culpá-lO por Seu inviolá- vel decreto quanto às falhas do homem, como se eles, os santos decretos, fossem a causa ou ocasião dos pecados; temos a certeza de que não são e nem podem ser mais do que a suposição de que a luz seria a causa das trevas.3 É [Deus] Quem criou, preserva, impulsiona e dirige todas as coisas. Mas de nenhuma maneira se segue, a partir dessas premissas, que Deus é, portanto, a causa do peca- do, pois o pecado é nada menos que, anomia, ilegalidade, falta de conformidade com __________ [1] Calvino, Concerning the Eternal Predestination of God [Sobre a Eterna Predestinação de Deus] (London: James Clarke and Co., 1961), 122. [2] Ibid., 121. [3] Elisha Coles, A Practical Discourse on God’s Sovereignty [Um Tratado Prático Sobre a Soberania de Deus] (Marshallton, DE: The National Foundation for Christian Education, 1968), 15. Reimpressão de uma obra do século XVII.
  • 8. Issuu.com/oEstandarteDeCristo a lei divina (1 João 3:4), uma mera ausência de retidão; consequentemente sendo em si mesmo algo essencialmente negativo, e não pode ter nenhuma razão positiva ou proveitosa, mas apenas uma contrária ou imperfeita, como vários homens sábios têm observado.4 De acordo com os Cânones de Dort, “A causa ou culpa por essa incredulidade, assim como de todos os outros pecados, não está em parte alguma em Deus, mas no homem” (1:5). Causa e Ordem Nestas citações, causa parece assumir as conotações do termo autor. Para esses autores, dizer que Deus “causa” o mal é dizer, ou, talvez, implicar, que Ele é o culpado por isso. Observe que a expressão “causa ou culpa” no trecho dos Cânones de Dort é tal que os termos parecem ser tratados como sinônimos. Entretanto note que, embora acima Calvino rejeite a causa, ele afirma a ordenação. Deus não é a “causa” do pecado, mas o pecado é por Sua “ordenação”. Para o leitor moderno, a distinção não é evidente. Ordenar é causar, e vice-versa. Se a causa implica culpa, então ordenação parece acarretá-la também; se não o for, então não há implicações. Mas, evidentemente, no vocabulário de Calvino e de seus sucessores havia uma diferença entre os dois termos. Podemos Dizer que Deus Causa o Pecado Para nós, a questão ergue-se em saber se Deus pode ser a causa eficiente do pecado, sem ser o culpado por isso. Os teólogos mais antigos negaram que Deus era a causa eficiente do pecado... [Em parte] porque eles identificaram causa como autoria. Mas se... a conexão entre causa e culpa, na linguagem, moderna não for mais forte do que a conexão entre a ordenação e culpa, então, (assim e somente assim) não me parece errado dizer que Deus causa o mal e o pecado. Certamente devemos empregar tal linguagem cautelosamente, apesar da perspectiva ao longo da história de sua rejeição na tradição. As Causas Remotas e Imediatas É interessante que Calvino usa causa, referindo-se ao agir de Deus em acarretar o pecado, ___________ [4] Jerome Zanchius, Observations On the Divine Attributes, in Absolute Predestination [Observações Sobre Os Atributos Divinos, em Absoluta Predestinação] (Marshallton, DE: National Foundation for Christian Education, nd), 33. Compare as formulações dos dogmáti-cos pós-reformação Polan e Wolleb em RD, 143, e de Mastricht em 277. Todos eles ba-seiam os seus argumentos sobre a premissa que o mal é uma mera privação.
  • 9. Issuu.com/oEstandarteDeCristo quando ele distingue entre Deus como a “causa remota” e a agência humana como a “causa imediata”. Argumentando que Deus não é o “autor do pecado”, ele diz: “A causa imediata é uma coisa, a causa remota é outra”5 . Calvino pontua que quando os homens maus rouba- ram os bens de Jó, Jó reconheceu que “o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor”. Os ladrões, a causa imediata do mal, são culpados; mas Jó não ques- tionou os motivos do Senhor, a causa remota. Calvino, no entanto, não cria que a distinção imediata/remota é suficiente para nos mostrar por que Deus é inculpável: Mas o quanto isso foi ordenado pela presciência e decreto de Deus, que o futuro do homem ocorresse sem Deus estar implicado como associado na falta como o autor e aprovador da transgressão, é claramente um segredo que muito ultrapassa a percep- ção da mente humana, de modo que eu não me envergonho de confessar ignorância.6 Calvino usa a distinção remota/imediata meramente para distinguir entre a causalidade de Deus e a das criaturas e, assim, afirmar que o primeiro é sempre justo. Todavia, ele não acredita que a distinção resolva o problema do mal... Pelo menos, a discussão acima indica que Calvino está disposto em alguns contextos a se referir a Deus como a “causa do pecado e do mal”. Calvino também descreve Deus como a única causa do endurecimento e reprovação dos ímpios: Portanto, se não podemos atribuir qualquer motivo à concessão da Sua misericórdia a Seu povo, mas apenas que isso assim agradou-O, não podemos também ter qual- quer motivo para Sua reprovação de alguns, além de Sua vontade. Quando a Deus é dito dispensar misericórdia ou endurecimento a quem Ele quer, os homens são lem- brados de que eles não devem procurar por qualquer causa além de Sua vontade.7 __________ [5] Calvino, op. cit., 181. [6] Ibid., 124. [7] Calvino, IRC [Institutas da Religião Cristã] 3.22.11. Compare com 3.23.1.
  • 10. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Parte 3 Deus Permite o Pecado? — 31 de agosto de 2007 — Esta é a terceira parte de uma série de 4 partes sobre como falar da soberania de Deus sobre o pecado. *** O trecho a seguir é extraído de A Doutrina de Deus, capítulo 9, “O Problema do Mal”, por John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame. 3) Deus Permite o Pecado? Considere agora o termo permitir. Este é o termo preferido na teologia Arminiana, o qual equivale a uma negação de que Deus causa o pecado. Para o Arminiano, Deus não causa o pecado; Ele apenas permite. Teólogos Reformados, no entanto, também têm usado o termo, referindo-se à relação de Deus com o pecado. O Reformado, no entanto, insiste no contrário dos Arminianos, que a “permissão” de Deus sob pecado não é menos eficaz do que Sua ordenação do bem. Calvino nega que haja qualquer “mera permissão” em Deus: A partir disso, é fácil concluir quão tolo e frágil é o apoio da justiça Divina conferida pela sugestão que os males vêm a existir não pela vontade de Deus, mas apenas por Sua permissão. É claro que, à medida que eles são males, que os homens cometem com suas mentes más, o que eu mostrarei com maiores detalhes em breve, eu con- fesso que eles não são agradáveis a Deus. Todavia, é um refúgio muito leviano dizer que Deus ociosamente permite-lhes assim, quando as Escrituras mostram-nO não apenas querendo, mas sendo o autor deles.1 A permissão de Deus é uma permissão eficaz... __________ [1] Calvino em A Eterna Predestinação, 176. O termo autor levanta questões. Presumo que, na linha habitual do pensamento de Calvino, significa que Deus é autor dos acontecimentos maus, sem ter a autoria das suas características malignas. Mas, a utilização de autor indica aqui algo da flexibilidade da linguagem nas suas formulações, em contraste com a sua relativa rigidez em seus sucessores.
  • 11. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Sim, Deus permite o pecado; mas não é “Mera Permissão” Se a permissão de Deus é eficaz, como ela difere de outros exercícios de Sua vontade? Evidentemente, o Reformado usa permite principalmente como um termo mais delicado do que causa, e para indicar que Deus causa o pecado com um tipo de relutância advindo de Seu santo ódio pelo mal. Este uso realmente reflete um padrão bíblico: Quando Satanás age, ele age, em um sentido óbvio, pela permissão de Deus2 . Deus permitiu que ele atacasse a família, as riquezas e a saúde de Jó. Contudo, Deus não quis permitir que Satanás tirasse a vida de Jó (Jó 2:6). Sendo assim, Satanás está em uma coleira curta, atuando somente dentro dos limites atri- buídos por Deus. E, neste contexto, todos os atos pecaminosos são semelhantes. O peca- dor é limitado em seu agir, antes que ele se depare com o julgamento de Deus. O que Deus Permite Ocorrer, Ocorrerá É certo, portanto, usar permissão para indicar a ordenação de Deus sobre o pecado. Mas não devemos supor, como os Arminianos fazem, que a permissão Divina é algo menor do que a Sua ordenação soberana. O que Deus permite ou autoriza ocorrer, ocorrerá. Deus poderia facilmente ter evitado o ataque de Satanás a Jó, se Ele quisesse. O fato dEle não haver impedido o ataque implica que Ele pretendia que acontecesse. Permissão, então, é uma forma de ordenação, uma forma de causalidade.3 Que isso seja, às vezes, tomado de outro modo é um bom argumento contra o uso do termo, mas possivelmente não um argumento decisivo. Não discutirei outros termos em minha lista (exceto deseja, que [é discutido no capítulo 23 de A Doutrina de Deus]). O que foi dito acima deve ser suficiente para indicar a necessidade de cautela na escolha do vocabulário, e também a necessidade de se pensar com cuidado antes de condenar o vocabulário de outros. Não é fácil encontrar termos adequados para __________ [2] Neste uso, e no uso teológico Reformado, “permissão” não tem nenhuma conotação de aprovação moral, como, às vezes, tem no uso contemporâneo do termo. [3] Arminianos tradicionais concordam que Deus é onipotente e pode impedir ações pecaminosas. Então, nós queremos saber como eles podem se opor a este argumento. Se Deus pode impedir o pecado, mas escolheu não impedi-lo, não devemos dizer que Ele ordenou que isso acontecesse? Alguns Arminianos mais recentes afirmam que Deus criou o mundo, mesmo sem saber que o mal viria a ocorrer. Mas esta representação não faz de Deus, nas palavras de um dos meus correspondentes, uma espécie de “cientista maluco”, que “une uma combinação potencialmente perigosa de produtos químicos, sem saber que resultará em uma reação perigosa e incontrolável?”. Será que essa visão não faz de Deus culpado de descuido?
  • 12. Issuu.com/oEstandarteDeCristo descrever a ordenação Divina do mal. A nossa língua não deve comprometer nem a plena soberania de Deus ou a Sua santidade e bondade. Nenhuma destas formulações resolve o problema do mal. Não é uma solução dizer que Deus ordena o mal, mas não cria-o ou causa-o (se optarmos por dizer assim). Esta língua- gem não é uma solução para o problema, mas apenas uma maneira de levantá-la. Pois, a questão do mal é como Deus pode ordenar o mal sem ser o seu autor. Como pontuou Calvino, a distinção entre a causa remota e imediata também é insuficiente para responder às questões diante de nós, embora seja útil em afirmar de quem é a culpa pelo mal. Tam- bém não é uma solução dizer que Deus permite, em vez de ordenar, o mal. Como vimos, a permissão de Deus é tão eficaz quanto a Sua ordenação. A diferença entre os termos não traz nada à luz que vá resolver o problema.
  • 13. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Parte 4 O Modelo Autor-História — 1 de setembro de 2007 — Esta é a quarta parte de uma série de 4 partes sobre como falar da soberania de Deus sobre o pecado. *** A porção a seguir é extraída do livro A Doutrina de Deus, Capítulo 9, “O Problema do Mal”, por John Frame. Os títulos são adições; os parágrafos são do Dr. Frame. O Modelo Autor-História Eu deveria... dizer algo mais sobre a natureza da agência de Deus no que diz respeito ao mal. Lembre-se que a partir do [capítulo 8 de A Doutrina de Deus] modelo do autor e sua história: a relação de Deus com agentes livres é como a relação de um autor para com seus personagens. Vamos examinar em que medida o relacionamento de Deus com o pecado humano é como o de Shakespeare em relação a Macbeth, o assassino de Duncan. Shakespeare matou Duncan? Tomei emprestada a ilustração de Shakespare/Macbeth da excelente Teologia Sistemática de Wayne Grudem1 . Mas eu discordo de Grudem em um ponto. Ele diz que poderíamos dizer que Macbeth ou Shakespeare “matou o rei Duncan”. Concordo, é claro, que tanto Macbeth e Shakespeare são responsáveis, em diferentes níveis de realidade, pela morte de Duncan. Mas, enquanto eu analiso a linguagem que normalmente se usa em tais contex- tos, parece claro para mim que nós não diríamos normalmente que Shakespeare matou Duncan. Shakespeare escreveu o assassinato em sua peça. Mas o assassinato aconteceu no mundo da peça, não no mundo real do autor. Macbeth fez isso, não Shakespeare. Senti- mos a retidão da justiça poética movida contra Macbeth por seu crime. Mas nós certamente consideraríamos muito injusto se Shakespeare fosse julgado e condenado à morte por ___________ [1] Grand Rapids: Zondervan, 1994, 321-22.
  • 14. Issuu.com/oEstandarteDeCristo matar Duncan2 . E ninguém sugere que há qualquer problema em conciliar a benevolência de Shakespeare com sua onipotência sobre o mundo do drama. Na verdade, há razão para nós louvarmos Shakespeare por levantar esse personagem, Macbeth, para nos mostrar as consequências do pecado.3 Deus Produz o Pecado sem Ele mesmo Pecar A diferença entre níveis, então pode ter significado moral, bem como metafísico4 . Isso pode esclarecer porque os escritores bíblicos não hesitaram em dizer que Deus produz o pecado e o mal, e não serem tentados a acusá-lO de maldade. A relação entre Deus e nós, é claro, é diferente em alguns aspectos da relação entre um autor e seus personagens. Mais signifi- cativamente: nós somos reais; Macbeth não é. Mas entre Deus e nós há uma grande dife- rença no tipo de realidade e no status relativo. Deus é o absoluto controlador e autoridade, o mais presente fato da natureza e da história. Ele é o legislador, nós, os receptores da lei. Ele é a cabeça do pacto; nós somos os servos. Ele criou a criação para a Sua própria glória; nós buscamos a Sua glória, em vez de a nossa própria. Ele nos faz como o oleiro cria o va- so, para seus próprios fins. Será que estas diferenças não colocam Deus em uma categoria moral diferente também? Deus não é Obrigado a Defender-Se A própria transcendência de Deus desempenha um papel significativo nas respostas bíbli- cas ao problema do mal. Porque Deus é quem é, O Senhor do pacto, Ele não é obrigado a defender-Se contra as acusações de injustiça. Ele é o juiz, não nós. Muitas vezes nas Escrituras, quando acontece alguma coisa que coloca a bondade de Deus em questão, Deus Se abstém incisivamente de explicar. Na verdade, muitas vezes Ele repreende aque- les seres humanos que O questionam. Jó exigiu uma audiência com Deus, para que ele pudesse pedir a Deus as razões para os seus sofrimentos (23:1-7, 31:35-37). Mas quando __________ [2] Pense em quantos escritores de programas de TV seriam tirados dentre nós, se essa base jurídica fosse válida. Mais nenhum comentário. [3] Como o meu amigo Steve Hays assinala em correspondência, os aspectos sombrios dos dramas de Shakespeare também adicionam à sua grandeza como um artista. Nossa admiração por Shakespeare é parcialmente baseada em sua compreensão do pecado da alma humana e sua capacidade de expor e lidar com o pecado, não trivialmente, mas de maneiras que nos surpreendem e aprofundam nossa compreensão. [4] A diferença metafísica entre o Deus Criador e o mundo do qual o mal é uma parte pode indicar a verdadeira conexão entre a ética e metafísica, em oposição à falsa conexão da “cadeia da existência”, de pensadores mencionados anteriormente neste capítulo. Pode também indicar um grão de verdade na teoria da privação: há uma diferença metafísica entre o bem e o mal, mas não é a diferença entre o existir e o não-existir, mas sim uma diferença entre existência e existência criada.
  • 15. Issuu.com/oEstandarteDeCristo ele se encontrou com Deus, Deus fez a pergunta: “Agora cinge os teus lombos, como ho- mem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás” (Jó 38:3). As perguntas principalmente revela- ram a ignorância de Jó sobre a criação de Deus; se Jó não entendia os caminhos dos ani- mais, como ele poderia presumir reclamar dos motivos de Deus em questão? Ele nem mes- mo entendia as coisas terrenas; como ele poderia presumir a debater as coisas celestiais? Deus não é sujeito às avaliações ignorantes de Suas criaturas.5 O Oleiro e o Barro É significativo que a figura oleiro/barro apareça em uma passagem nas Escrituras onde o problema do mal é explicitamente abordado6 . Em Romanos 9:19-21, Paulo apela especifi- camente à diferença no nível metafísico e status entre o Criador e a criatura: Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa forma- da dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?. Esta resposta para o problema do mal volta-se inteiramente para a soberania de Deus. Isso é tão longe quanto se poderia imaginar de uma defesa do livre-arbítrio. Isso traz à nossa atenção o fato de que Suas prerrogativas são muito maiores do que as nossas, assim como o modelo autor-personagem. Um Sentido em que Deus é “Autor” do Mal Pode-se objetar que esse modelo faz de Deus o “autor” do mal. Mas essa objeção, eu acho, confunde dois sentidos de “autor”. Como vimos, a frase “autor do mal” conota não apenas causalidade do mal, mas também culpa por isso. Pois, ter autoria do mal é fazê-lo. Mas, ao __________ [5] Dizer isso é não adotar o ponto de vista de Gordon H. Clark de que Deus é ex lex ou fora de, não sujeito à lei moral. Veja Religion, Reason, and Revelation [Religião, Razão, e Revelação] (Phila.: Presbyterian and Reformed, 1961, onde ele argumenta que, por Deus estar acima da lei moral, Ele não está sujeito a ela. Certamente Deus tem algumas prerrogativas em Seu Ser que Ele nos proíbe, como a liberdade de tirar a vida humana. Mas, para a maior parte, as leis morais que Deus nos impõe são baseadas em Seu próprio caráter. Veja Êxodo 20:11, Levítico 11:44-45, Mateus 5:45, 1 Pedro 1:15-16. Deus não violará o Seu próprio caráter. O que as Escrituras negam é que o homem tenha compreensão suficiente do caráter de Deus e de Seu plano eterno (para não mencionar autoridade suficiente) para trazer acusações contra Ele. [6] O problema é levantado, é claro, no Livro de Jó e em muitos outros lugares na Escritura. Mas, em meu conhecimento, Romanos 9 é a única passagem em que um escritor bíblico dá uma resposta explícita a ele. Jó, obviamente, nunca foi informado acerca do motivo pelo qual ele sofreu.
  • 16. Issuu.com/oEstandarteDeCristo dizer que Deus está relacionado com o mundo como um autor de uma história, nós real- mente fornecemos uma maneira de ver que Deus não deve ser responsabilizado pelo peca- do de Suas criaturas. Três Respostas Bíblicas para o Problema do Mal Esta, é claro, não é a única resposta bíblica para o problema do mal. Às vezes, Deus não responde ao silenciar-nos, como acima, mas, mostrando-nos em certa medida que o mal contribui para Seu plano, o que eu tenho chamado de “maior boa defesa”. A maior boa defe- sa refere-se particularmente ao atributo de Senhorio de Deus no controle, de modo que Ele é soberano sobre o mal e usa-o para o bem. A resposta de Romanos 9 refere-se particu- larmente ao atributo de Senhorio Divino de autoridade. E Seu atributo de presença pactual dirige-se ao emocional problema do mal, confortando-nos com as promessas de Deus e o amor de Jesus, do qual nenhum mal pode nos separar (Romanos 8:35-39). Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria!
  • 17. Issuu.com/oEstandarteDeCristo  10 Sermões — R. M. M’Cheyne  Adoração — A. W. Pink  Agonia de Cristo — J. Edwards  Batismo, O — John Gill  Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista — William R. Downing  Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon  Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse  Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição  Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram — Peter Masters  Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição — A. W. Pink  Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer  Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida pelos Arminianos — J. Owen  Confissão de Fé Batista de 1689  Conversão — John Gill  Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs  Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel  Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon  Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards  Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins  Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink  Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne  Eleição Particular — C. H. Spurgeon  Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — J. Owen  Evangelismo Moderno — A. W. Pink  Excelência de Cristo, A — J. Edwards  Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon  Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink  Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink  In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Spurgeon  Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Jeremiah Burroughs  Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A — A. W. Pink  Jesus! – C. H. Spurgeon  Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon  Livre Graça, A — C. H. Spurgeon  Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield  Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry  Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com. — Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —  Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel  Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston  Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. Spurgeon  Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink  Oração — Thomas Watson  Pacto da Graça, O — Mike Renihan  Paixão de Cristo, A — Thomas Adams  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards  Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — Thomas Boston  Plenitude do Mediador, A — John Gill  Porção do Ímpios, A — J. Edwards  Pregação Chocante — Paul Washer  Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon  Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon  Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne  Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon  Sangue, O — C. H. Spurgeon  Semper Idem — Thomas Adams  Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock  Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon  Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards  Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink  Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan  Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone
  • 18. Issuu.com/oEstandarteDeCristo 2 Coríntios 4 1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.