O documento discute o uso de mapas mentais como alternativa para abordar questões de saúde no ensino de Geografia. Ele propõe construir mapas mentais das áreas de risco à saúde identificadas pelos estudantes para que possam perceber criticamente os problemas socioambientais e de saúde em suas comunidades. O documento também apresenta exemplos de como mapas mentais são usados por profissionais de saúde.
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
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1. OS MAPAS MENTAIS COMO
ALTERNATIVA PARA
ABORDAGENS DE SAÚDE NO
ENSINO DA GEOGRAFIA
Me. José Roberto Henrique Souza Soares
2. DESCRIÇÃO DA OFICINA
ESTRUTURA
1. O Ensino de Geografia e os problemas de Saúde da Comunidade Escolar.
2. A Utilização dos Mapas nos Serviços de Saúde.
3. Os Mapas Mentais como recurso didático para o enfrentamento dos
problemas de Saúde.
EMENTA
Construir mapas mentais das áreas de riscos à saúde identificadas no lugar
em que cada participante vive, contribuindo para que os educandos e
educadores de Geografia sejam capazes de perceber criticamente os
problemas socioambientais e de saúde com os quais convivem.
4. Numa manhã comum do
semiárido nordestino, ao
adentrar na sala de aula, o
educador se depara com uma
ausência de mais de 50% dos
estudantes frequentadores
regulares desta sala. Ao
questionar sobre o motivo da
ausência, ele fica sabendo
que os estudantes faltosos
estavam com problemas de
saúde, com características de
doenças diarreicas.
Em meio a um verão intenso,
boa parte da comunidade
escolar não consegue
frequentar a Escola Gilda
Bertino Gomes, devido a
complicações de saúde
oriundas de uma epidemia de
Dengue que o município de
Riacho das Almas enfrenta.
Muitos estudantes do 3º ano
do ensino médio, não
conseguem mais concluir o
ano letivo. O educador de
Geografia, da Escola Manoel
Gonçalves de Lima, procura o
serviço psicopedagógico da
escola e é informado que nos
últimos anos, muitos
adolescentes têm procurado o
serviço psicopedagógico
apresentando problemas de
ansiedade e depressão.
PROBLEMAS DE SAÚDE COM IMPACTO NA ESCOLA
5. DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (DSS)
Fonte: Buss e Pellegrine Filho (2007), adaptado de Dahlgren e Whitehead (1991).
6. As condições de Saúde
Dependem do espaço habitado
Dependem da integridade física e mental de cada indivíduo
Subordinam-se as condições econômicas e sociais
Pressupõem políticas eficazes
7. As condições e recursos fundamentais para a saúde são:
paz,
abrigo,
educação,
alimentação,
recursos económicos,
ecossistema estável,
recursos sustentáveis,
justiça social e
equidade.
A melhoria da saúde decorre da garantia destas condições básicas.
DE OTTAWA, Carta. Primeira conferência internacional
sobre promoção da saúde. Ottawa, novembro de, 1986.
Carta de Ottawa
(OTTAWA, 1986)
8. Os Mapas Mentais geralmente são representações do espaço vivido,
referências que guardamos ao longo de nossa história com os lugares
experimentados, e que ficam guardados como recordação em nossas
mentes. São também de acordo com Pereira¹, representações da realidade
em que se envolve a cognição por meio de intensos níveis de representação.
Sendo ainda, produtos da cognição, o mapa mental possui a capacidade de
sintetizar no desenho a visão de mundo, as experiências, valores culturais,
nível social, dentre outros elementos.
¹PEREIRA, M. P. B. Conhecimento geográfico do agente de saúde: competências e
práticas sociais de promoção e vigilância à saúde na cidade do Recife – PE. Tese de
Dourado em Geografia. Programa de Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de
Ciências e Tecnologia da UNESP – Presidente Prudente. Presidente Prudente - SP, 2008.
10. OS MAPAS E A SAÚDE
A importância dos mapas mentais para os serviços de
Atenção a Saúde
Serviços de Atenção a Saúde Áreas de Risco
Regiões e Redes de Atenção
Doenças
Tratamento Prevenção
Políticas de Saúde
DRSAI Epidemias O Trabalho do ACS e ACE
11. Áreas Vulneráveis a Dengue no Planeta
http://s2.glbimg.com/a6mIHb7XED5OMmhgcCHksLGO5zc=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/05/07/mapa-dengue.jpg
18. Como os Mapas
são utilizados
pelos profissionais
da Saúde?
Agentes em Ação:
Mapeamento, desenhando a sua área
19. OS MAPAS MENTAIS COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENFRENTAMENTO DOS
PROBLEMAS DE SAÚDE
Planejamento de Sequência Didática que relaciona os mapas mentais e a Saúde
Disciplina: Geografia
Série: 1º ano do Ensino Médio
Número de aulas: Quatro (4) aulas
Aulas 1 2 3 4
Tema Cartografia
Os Problemas Urbanos
relacionados à Saúde
Os Mapas Mentais dos
Profissionais de Saúde
Os Mapas Mentais da Saúde na
Comunidade Escolar
Objetivos
Apresentar os conceitos
e a importância do
estudo cartográfico.
Discutir a relação entre os
problemas urbanos e a
saúde.
Compreender como os
profissionais da Saúde
utilizam os mapas Mentais
nos serviços de Saúde.
Construir os Mapas Mentais de
cada estudante, destacando as
áreas de risco à saúde.
Recursos
Didáticos
Data show, quadro
branco, mapas, globos
terrestres, bussolas.
Data show, quadro branco
e textos complementares.
Quadro branco, data show e
mapas.
Folhas em Branco (A4), lápis de
colorir, pasta decorada e
canetas hidrocores.
Metodologia
Os estudantes terão o
primeiro contato com os
instrumentos
cartográficos e assim,
despertarão para a
produção de mapas.
Será discutido a relação
entre os problemas
urbanos e a saúde,
abordando as
possibilidades de
representação destes
problemas.
O Agente Comunitário de
Endemias (ACE) será
convidado para falar sobre as
técnicas utilizadas localizar
as áreas que apresentam
problemas de saúde.
Construiremos os mapas
mentais, que serão depositados
numa pasta que constituirá o
Álbum de Mapas da Saúde na
Escola Guedes Alcoforado.
Avaliação Participação na aula Participação na aula.
Participação na aula e
interação com o convidado.
Elaboração e organização dos
mapas mentais.
20. MAPAS MENTAIS DA SAÚDE NA ESCOLA ESTADUAL
GUEDES ALCOFORADO EM OLINDA-PE
22. REFERÊNCIAS
BRAGA, Ramon de Oliveira Bieco. A Geografia da Saúde na Geografia Escolar do Ensino Médio, no
contexto dos colégios estaduais de Curitiba/Pr: Uma Análise Crítica. 2015. 132f. Dissertação (Mestrado em
Geografia). Curso de Pós-Graduação em Geografia, Setor de Ciências da Terra. Universidade Federal do
Paraná. Curitiba. 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Geografia. Brasília: MEC/SEB, 1998.
CAIAFFA, Waleska Teixeira. et al. Saúde Urbana: “a cidade é uma estranha senhora que hoje sorri e amanhã
te devora”. Ciência & Saúde Coletiva. N. 13. Vol. 6. 2008. pp. 1785-1796.
CAVALCANTI, Lana de S. A Geografia escolar e a cidade: ensaios sobre o ensino de geografia para a vida
urbana cotidiana. 3ª ed. Capinas-SP. Papirus, 2012.
COSTA, A.M. et al. Classificação de Doenças Relacionadas a um Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI)
e os Sistemas de Informações em Saúde no Brasil: Possibilidades e Limitações de Análise Epidemiológica em
Saúde Ambiental. In: Proceedings of the 28th Congresso Interamericano de Ingeniería Sanitaria y
Ambiental; 2002 Oct 27-31; Cancun, México; 2002.
23. REFERÊNCIAS (continuação)
FREIRE, Paulo. Política e educação. São Paulo. Cortez, 1993.
____________. Pedagogia do Oprimido. 60 ed. São Paulo. Editora Paz e Terra. 2016.
GUIMARÃES, Raul Borges. Saúde Urbana: velho tema, novas questões. Terra Livre. São Paulo. N. 17. 2º
semestre de 2011. pp. 155-170.
____________. Geografia da saúde: categorias, conceitos e escalas. In: Saúde: fundamentos de Geografia
humana. São Paulo: Editora UNESP, 2015, pp. 79-97.
____________. Regiões de saúde e escalas geográficas. In Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.
21, n. 4. jul-ago, 2005. pp. 1017-1025.
GUIMARÃES, Raul Borges; PICKENHAYN, Jorge Amancio; LIMA, Samuel do Carmo. Geografia e Saúde:
sem fronteiras. Umberlândia-MG. Assis editora. 2014.
JUNQUEIRA, Renata Dias. Geografia Médica e Geografia da Saúde. In HYGEIA, Revista Brasileira de
Geografia Médica e da Saúde. vol. 5, n.8. Jun/2009. p. 57-91.