SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Baixar para ler offline
Curso Livre de Formação em Psicanálise Aula-1 Módulo I
João Ricard
2018
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
1
Esta apostila tem por objetivo ser um pequeno guia, um resumo das aulas para auxiliar os
alunos do curso livre de formação em psicanálise do NUMINON. Todos os temas aqui
abordados poderão ser estudados com mais profundidade nas obras indicadas como
bibliografia recomendada ao final de cada aula.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
2
Sumário
Uma pequena introdução a Gênese da Psicanálise...................................................3
A Histeria .................................................................................................................5
As Hipóteses Fundamentais da Psicanálise..............................................................6
A Existência do Inconsciente....................................................................................7
O Determinismo Psíquico..........................................................................................9
Bibliografia recomendada e estudos complementares..............................................10
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
3
UMA PEQUENA INTRODUÇÃO A GÊNESE DA PSICANÁLISE
Sigmund Freud foi um médico neurologista Austríaco que ficou mais conhecido como sendo o
fundador e pai da Psicanálise. Nasceu em Freiberg, Moravia em 6 de Maio de 1856. Descendente direto
de Judeus liberais, sua família contava com poucas posses, em vista disso, mudaram-se para Leipzig,
Alemanha (1859), para se juntarem aos parentes que lá residiam. Freud seguiu para Viena (1860), onde
viveu quase todo o restante de sua vida, vindo a falecer em Londres, Inglaterra em 1939.
Em 1873, aos 17 anos, entrou na faculdade de medicina em Viena. Com inclinação voltada para
área de pesquisas. Como aluno, Freud iniciou um trabalho sobre o sistema nervoso central, orientado
por Ernst Von Brücke (1876) bem como se dedicava ao estudo do sistema nervoso e reprodutor das
enguias (estudo este que teve grande repercussão em sua época).
Após graduar-se em 1881, Freud inicia sua vida profissional na Clínica Psiquiátrica de Theodor
Meynert (1882-83) como neurologista, e pouco tempo depois começa a se interessar pelo estudo da
histeria. Mas foi em 1885, na França, orientado pelo Dr.Jean Martin Charcot, um dos médicos mais
proeminentes de sua época, que Freud passou a se dedicar definitivamente ao estudo da mente, usando a
hipnose sugestiva para tratar dos pacientes histéricos.
Com o uso da hipnose sugestiva, Freud passou a perceber que as causas dos sintomas histéricos
não eram orgânicas, mas sim psíquicas. Então concluiu que os métodos médicos convencionais de
tratamento não seriam efetivos, e nem adequados para o tratamento da Histeria. Sendo assim passou
então a usar a técnica da hipnose/sugestão, com intuito de aliviar os sintomas de seus pacientes.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
4
Na Primavera de 1886 Freud em conversa com o médico fisiologista Josef Breuer, seu amigo
intimo e colega de faculdade tomou conhecimento do caso da paciente de Breuer Ana O, e também do
método que ele desenvolveu para tratamento da Histeria, conhecido como método Catártico. Reunindo-
se com Breuer, e através do acompanhamento e discussão de casos clínicos, principalmente do caso
Caso Ana O. (Berta Pappenheim) Freud passou a conhecer todos os pormenores do método catártico
desenvolvido por Breuer. Por motivos pessoais Breuer não quis continuar a prática terapêutica que havia
descoberto e nem publicou de imediato os resultados do tratamento de Anna O, porém ensinou seu
método a Freud. Em 1893 ambos publicaram em conjunto um artigo sobre o método desenvolvido, e
dois anos depois fizeram o livro que marcou o início da teoria psicanalítica, Studien über Hysterie
(Estudos sobre a histeria). Esse livro é geralmente considerado um dos marcos iniciais da psicanálise.
Porém algum tempo depois Freud e Breuer passariam a ter suas primeiras divergências teóricas
quanto à etiologia (causa) dos transtornos psíquicos histéricos. Para Breuer, os fundamentos dos
transtornos histéricos eram fisiológicos ao passo que para Freud eram de natureza psíquica e também de
caráter sexual. Mas o que causou de fato o rompimento entre os dois foi a Teoria da Sedução,
desenvolvida por Freud, e que algum tempo mais tarde se mostrou totalmente equivocada, levando
Freud a reconhecer seu erro e se desculpar (de forma informal) com Breuer.
Mais tarde Freud assumindo o caso Ana O, em uma experiência clinica com a paciente
desenvolve por sugestão dela própria o método de livre associação de ideias, trocando a hipnose e o
método Catártico de Breuer pela nova técnica, forjada por ele mesmo, uma nova abordagem dos
processos mentais inconscientes.
Em torno de 1900, no seu livro “A interpretação dos sonhos” Freud começa a elaborar a sua
teoria Topográfica da mente, chegando ao que ficou conhecido como Primeira Tópica, que dividia a
mente em Três aspectos: Inconsciente (ICS) Pré Consciente (PCS) e Consciente (CS). Logo após, por
volta dos anos de 1920/1924, amplia suas ideias inicias, pensando no aparelho psíquico como uma
estrutura (Teoria Estrutural) com a abordagem do que seria a Segunda Tópica, desenvolvida nos
trabalhos “Além do Princípio do Prazer” (1920) e Também “O Ego e o Id” (1923), criando assim o
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
5
conceito de três instâncias psíquicas que seria o Id, as pulsões naturais e instintivas regidas pelo
principio do prazer, o Ego como sendo o centro da consciência regido pelo principio da realidade, e o
Super Ego, sendo ele o sensor moral do Ego regendo através do principio da moralidade e pelo “Ideal
do Eu”.
A HISTERIA
A Histeria, ou melhor, o conceito de Histeria, iniciou-se com Hipócrates no período Helenístico,
mas foi com Sigmund Freud que o termo começou a se popularizar para fora do mundo acadêmico.
A palavra Histeria tem suas raízes no Grego, Hystéra (ὑστέρα ,útero).Termo derivado da cultura
Helenística cunhado por Hipócrates. O Termo, posteriormente foi traduzido para o Francês como
Hystérie. Como sua própria etimologia sugere, a palavra Histeria relacionava-se com afecções do útero.
Para a medicina Grega, mais especificamente para Hipócrates, os sintomas Histéricos tinham origem no
mau funcionamento do útero. Hipócrates acreditava que os sintomas eram decorrentes do excesso de
sangue e Linfa expulsados pelo útero que chegavam com violência ao cérebro, por causa do movimento
bruto dele dentro do corpo, causando assim os mais variados tipos de sintomas.
Interessante notar que o conceito de Histeria, mesmo tendo dois importantes desvios (visão
religiosa na idade média, e visão do Mesmerismo, como Magnetismo Animal) chegou quase intocado
ao Séc. XVIII. Segundo Michel Foucault, até o séc. XVIII a ideia da relação do útero com a Histeria
continuaram presentes nas origens das patologias nervosas. Foi a partir da Psiquiatria, com Philippe
Pinel que a etiologia das doenças nervosas começaram a serem vistas como originadas no cérebro e não
mais no útero.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
6
Até o Início da Psicanálise, e dos estudos de Charcot, Breuer e Freud, a Histeria tinha um papel
central na etiologia dos fenômenos sintomatológicos psíquicos. A Histeria era um manto conceitual o
qual abarcava diversos tipos de fenômenos de ordem Motora/Sensorial, como por exemplo, os
distúrbios da visão, da audição, do paladar e do tato; excesso de sensibilidade ou anestesia geral; dores
intensas, sem nenhuma origem orgânica. As motoras abrangeriam desde a paralisia completa, os
tremores, os tiques nervosos, até contrações e convulsões. Outros sintomas histéricos são a perda
completa ou parcial da voz, tosse, enjoos, vômitos e soluços. Mais raramente se percebia a incidência de
amnésia e sonambulismo. Todos os tipos de neurose de conversão estavam sobre o manto da Histeria.
Não existia até aquela época um diagnóstico preciso sobre as doenças psíquicas, e nem mesmo uma
separação muito clara e definida entre causas fisiológicas e psíquicas dos sintomas. O conceito de
Histeria, como um manto, abarcava todos estes sintomas, e de forma equivocada, os “explicava”.
AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA PSICANÀLISE
A Observação dos fenômenos histéricos, e seu estudo, levaram Freud a perceber que a causa
destes fenômenos não eram orgânicas, mas sim psíquicas. Ele percebeu que a medicina de sua época
não era capaz de dar respostas satisfatórias e nem adequadas aos fenômenos psícofisico observados,
visto que suas causas não eram orgânicas. Logo existiria a necessidade de uma nova ciência para dar
respostas de forma efetiva às enfermidades que tinham origem única e exclusivamente no psiquismo
humano. Neste ponto Freud começa a discordar de Breuer. Joseph Breuer continuava a crer que a
Etiologia da histeria se dava na fisiologia humana. Baseado em suas experiências clínicas, na auto-
observação e nos seus estudos frequentes sobre histeria, Freud lança aquilo que seria os Pilares
Fundamentais da Psicanálise os quais são: A Existência do Inconsciente e o Determinismo
Psíquico. Partindo destes 2 pilares Fundamentais, Freud começa a desenvolver toda a teoria
psicanalítica e seus principais postulados no inicio do séc XX.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
7
A Existência do Inconsciente
“A diferenciação do psíquico em consciente e inconsciente, é a premissa fundamental da psicanálise. Permite-
lhe, com efeito, chegar a compreensão dos processos patológicos da vida anímica, tão frequentes como
importantes, e subordina-los à investigação cientifica. Ou, dito de outro modo, a psicanálise não vê na
consciência, a essência do psíquico, mas somente uma qualidade do psíquico que pode ser somada às outras, ou
faltar em absoluto.”
Freud em O Ego e o Id 1923.
Segundo Freud, a descoberta do inconsciente não se deve única e exclusivamente a ele, mas sim
aos filósofos, artistas e poetas. Antes de Freud, outros abordaram a problemática do inconsciente, de
forma indireta. Assim Leibniz lançou a ideia das “pequenas percepções que escapam da consciência.”
Hippolyte Taine descreveu a sensação consciente, como resultante de uma série de percepções
inconscientes. Marco Aurélio “Carus” dizia que o inconsciente é um principio divino que preside a
organização do mundo, da vida orgânica e da vida espiritual. Von Hartman descrevia o inconsciente
como a Alma Universal (Anima Mundi) a natureza de tudo o que é vivo. Reflexões do mesmo calibre
não escaparam da análise de filósofos como Friedrich Nietzsche, Schopenhauer, Hegel, Sócrates, que de
forma indireta indicavam o dinamismo dos processos inconscientes. Também a literatura e a poesia
estavam repletas de referências ao inconsciente, como por exemplo os escritos de, Yeats, William
Blake, Shakespeare, e Poetas como Fernando Pessoa. Até religiosos como São Paulo de forma indireta
sugeriram uma força, uma realidade, um aspecto inconsciente de si mesmo. Como, por exemplo, nestas
passagens de Romanos:
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
8
Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
Romanos 7:15
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Romanos 7:17
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Romanos 7:19
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Romanos 7:20
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Romanos 7:21
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende
debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Romanos 7:23
Enfim, a literatura, a poesia, a filosofia, as artes, a religião e a ciência estão repletas de
exemplos, referências e citações indiretas ou não ao inconsciente. Desta forma, fica claro a citação de
Freud, que com sua sagacidade, percebeu na literatura, referências claras aos dinamismos inconscientes.
Segundo ele, sua própria participação na descoberta, e no desenvolvimento do conceito de inconsciente
limitava-se ao estudo cientifico dos processos que o compunha, visando desenvolver uma teoria
cientifica a respeito do psiquismo Humano. Também Freud, foi o primeiro a dar “voz” ao inconsciente
no ambiente clínico e acadêmico do séc XIX. Características pormenorizadas dos processos
inconscientes, e todas as referências a respeito deste assunto serão estudadas com profundidade na
próxima aula: Modelo Topográfico e Estrutural do Aparelho Psíquico.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
9
O Determinismo Psíquico
O Segundo Pilar Fundamental da teoria psicanalítica desenvolvida por Freud é o conceito do
determinismo psíquico. Para a Psicanálise, o Inconsciente é determinado por eventos mentais
sucessivos. Todas as ideias inconscientes são de certa forma associadas, ligadas umas as outras, visando
um objetivo determinado, uma meta comum. Ou seja, isso significa que na mente nada acontece por
acaso. Por trás de cada ideia consciente que o individuo tenha existe uma cadeia de ideias interligadas
até o inconsciente, ou até o fator gerador externo (ambiente) da associação de ideias em questão. Não
existe descontinuidade na vida psíquica.
O Conceito de determinismo psíquico é o segundo pilar fundamental que torna a teoria
psicanalítica viável. É através dele que se processa a livre associação de ideias. É através da Livre
Associação de ideias e da Atenção Flutuante que traçamos uma investigação na cadeia de ideias do
Analisando tendo em mente o objetivo final que é o de alcançar o conteúdo latente da questão, que o
analisando traz para análise sem o saber.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
10
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA E ESTUDOS COMPLEMENTARES*
 Noções Básicas de Psicanalise - Charles Brenner
 Cinco lições de Psicanálise. Vol XI – Obras completas Ed Imago.
 Estudos sobre a Histeria. – Vol II – Obras Completas Ed Imago.
 Um Estudo Autobiográfico – Vol XX – Obras Completas Ed Imago.
Documentários;
1. Análise de uma Mente – Sigmund Freud.
2. A Invenção da psicanálise.
*Todo material sugerido poderá ser encontrado na área do aluno.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
11

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula wundt
Aula   wundtAula   wundt
Aula wundtgtoassa
 
Sigmund freud
Sigmund freudSigmund freud
Sigmund freudceufaias
 
Wundt e a psicologia
Wundt e a psicologiaWundt e a psicologia
Wundt e a psicologiaprincessbabs
 
Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...
Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...
Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...Tacio Aguiar
 
A nova psicologia
A nova psicologiaA nova psicologia
A nova psicologiainformingus
 
Psicologia aplicada aula 001 quinta convertido
Psicologia aplicada aula 001 quinta convertidoPsicologia aplicada aula 001 quinta convertido
Psicologia aplicada aula 001 quinta convertidonaienf
 
Wündt e a psicologia científica
Wündt e a psicologia científicaWündt e a psicologia científica
Wündt e a psicologia científicaBruno Carrasco
 
Psicologia 12º perspectivas históricas
Psicologia 12º perspectivas históricasPsicologia 12º perspectivas históricas
Psicologia 12º perspectivas históricasIris Coffee
 
Uma breve história da hipnose - UNESC em Revista
Uma breve história da hipnose -  UNESC em RevistaUma breve história da hipnose -  UNESC em Revista
Uma breve história da hipnose - UNESC em RevistaFábio Nogueira, PhD
 
Apostila historia do movimento psicanalitico
Apostila historia do movimento psicanaliticoApostila historia do movimento psicanalitico
Apostila historia do movimento psicanaliticoluizadell
 
Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2Rui Pedro Dias Ruca
 

Mais procurados (18)

Psicanálise
PsicanálisePsicanálise
Psicanálise
 
Psicanalise
PsicanalisePsicanalise
Psicanalise
 
A questão da consciência na psicologia de wundt
A questão da consciência na psicologia de wundtA questão da consciência na psicologia de wundt
A questão da consciência na psicologia de wundt
 
Psicanálise
PsicanálisePsicanálise
Psicanálise
 
Caso wundt aula 1
Caso wundt aula 1Caso wundt aula 1
Caso wundt aula 1
 
Teoria PsicanalíTica
Teoria PsicanalíTicaTeoria PsicanalíTica
Teoria PsicanalíTica
 
Aula wundt
Aula   wundtAula   wundt
Aula wundt
 
Sigmund freud
Sigmund freudSigmund freud
Sigmund freud
 
Wundt e a psicologia
Wundt e a psicologiaWundt e a psicologia
Wundt e a psicologia
 
Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...
Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...
Power point do Curso "Teoria e prática sobre Regressão, Progressão e Terapia ...
 
A nova psicologia
A nova psicologiaA nova psicologia
A nova psicologia
 
Psicologia aplicada aula 001 quinta convertido
Psicologia aplicada aula 001 quinta convertidoPsicologia aplicada aula 001 quinta convertido
Psicologia aplicada aula 001 quinta convertido
 
Wündt e a psicologia científica
Wündt e a psicologia científicaWündt e a psicologia científica
Wündt e a psicologia científica
 
Visão Geral Da Teoria Psicanalítica
Visão Geral Da Teoria PsicanalíticaVisão Geral Da Teoria Psicanalítica
Visão Geral Da Teoria Psicanalítica
 
Psicologia 12º perspectivas históricas
Psicologia 12º perspectivas históricasPsicologia 12º perspectivas históricas
Psicologia 12º perspectivas históricas
 
Uma breve história da hipnose - UNESC em Revista
Uma breve história da hipnose -  UNESC em RevistaUma breve história da hipnose -  UNESC em Revista
Uma breve história da hipnose - UNESC em Revista
 
Apostila historia do movimento psicanalitico
Apostila historia do movimento psicanaliticoApostila historia do movimento psicanalitico
Apostila historia do movimento psicanalitico
 
Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2Diagnosticos em psicologia lpcc 2
Diagnosticos em psicologia lpcc 2
 

Semelhante a Introdução à Psicanálise e seus Conceitos Fundamentais

Piscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifaPiscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifa27101992
 
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdfAna Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdfJordanPrazeresFreita
 
Sigmund Freud - Psicanálise
Sigmund Freud - PsicanáliseSigmund Freud - Psicanálise
Sigmund Freud - PsicanáliseCatarinaNeivas
 
Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp01
Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp01Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp01
Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp0127101992
 
Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)
Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)
Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)L R
 
Psicologia conceitos
Psicologia   conceitosPsicologia   conceitos
Psicologia conceitosLiliane Ennes
 
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2guest83661f
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-227101992
 
Curso de psicologia_clinica_sp__76407
Curso de psicologia_clinica_sp__76407Curso de psicologia_clinica_sp__76407
Curso de psicologia_clinica_sp__76407Marcelo Enrico
 
História da psicanálise
História da psicanáliseHistória da psicanálise
História da psicanáliseAgespisa
 
Psicanálise introdução aula 1..pptx
Psicanálise introdução aula 1..pptxPsicanálise introdução aula 1..pptx
Psicanálise introdução aula 1..pptxHellenFonsecadeSousa
 
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsx
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsxSEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsx
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsxMarciaCristine2
 
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdf
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdfSEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdf
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdfMarciaCristine2
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)andrea cristina
 

Semelhante a Introdução à Psicanálise e seus Conceitos Fundamentais (20)

Piscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifaPiscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifa
 
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdfAna Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
 
Cap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdfCap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdf
 
Sigmund Freud - Psicanálise
Sigmund Freud - PsicanáliseSigmund Freud - Psicanálise
Sigmund Freud - Psicanálise
 
Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp01
Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp01Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp01
Teoriapsicanaltica 090908145127-phpapp01
 
Freud
FreudFreud
Freud
 
Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)
Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)
Descobrindoapsicologia sigmundfreud-130508052243-phpapp02 (1)
 
Psicologia conceitos
Psicologia   conceitosPsicologia   conceitos
Psicologia conceitos
 
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
 
Curso de psicologia_clinica_sp__76407
Curso de psicologia_clinica_sp__76407Curso de psicologia_clinica_sp__76407
Curso de psicologia_clinica_sp__76407
 
História da psicanálise
História da psicanáliseHistória da psicanálise
História da psicanálise
 
Logoterapia bentes pdf
Logoterapia bentes pdfLogoterapia bentes pdf
Logoterapia bentes pdf
 
Psicanálise introdução aula 1..pptx
Psicanálise introdução aula 1..pptxPsicanálise introdução aula 1..pptx
Psicanálise introdução aula 1..pptx
 
Teopsicoterapia bentes
Teopsicoterapia bentesTeopsicoterapia bentes
Teopsicoterapia bentes
 
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsx
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsxSEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsx
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09.ppsx
 
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdf
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdfSEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdf
SEMINÁRIO - PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO 14.09 - SLIDES.pdf
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
 
Cor na psicologia
Cor na psicologiaCor na psicologia
Cor na psicologia
 
Freud e o inconsciente
Freud e o inconscienteFreud e o inconsciente
Freud e o inconsciente
 

Último

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 

Último (20)

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 

Introdução à Psicanálise e seus Conceitos Fundamentais

  • 1. Curso Livre de Formação em Psicanálise Aula-1 Módulo I João Ricard 2018 NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
  • 2. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 1 Esta apostila tem por objetivo ser um pequeno guia, um resumo das aulas para auxiliar os alunos do curso livre de formação em psicanálise do NUMINON. Todos os temas aqui abordados poderão ser estudados com mais profundidade nas obras indicadas como bibliografia recomendada ao final de cada aula.
  • 3. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 2 Sumário Uma pequena introdução a Gênese da Psicanálise...................................................3 A Histeria .................................................................................................................5 As Hipóteses Fundamentais da Psicanálise..............................................................6 A Existência do Inconsciente....................................................................................7 O Determinismo Psíquico..........................................................................................9 Bibliografia recomendada e estudos complementares..............................................10
  • 4. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 3 UMA PEQUENA INTRODUÇÃO A GÊNESE DA PSICANÁLISE Sigmund Freud foi um médico neurologista Austríaco que ficou mais conhecido como sendo o fundador e pai da Psicanálise. Nasceu em Freiberg, Moravia em 6 de Maio de 1856. Descendente direto de Judeus liberais, sua família contava com poucas posses, em vista disso, mudaram-se para Leipzig, Alemanha (1859), para se juntarem aos parentes que lá residiam. Freud seguiu para Viena (1860), onde viveu quase todo o restante de sua vida, vindo a falecer em Londres, Inglaterra em 1939. Em 1873, aos 17 anos, entrou na faculdade de medicina em Viena. Com inclinação voltada para área de pesquisas. Como aluno, Freud iniciou um trabalho sobre o sistema nervoso central, orientado por Ernst Von Brücke (1876) bem como se dedicava ao estudo do sistema nervoso e reprodutor das enguias (estudo este que teve grande repercussão em sua época). Após graduar-se em 1881, Freud inicia sua vida profissional na Clínica Psiquiátrica de Theodor Meynert (1882-83) como neurologista, e pouco tempo depois começa a se interessar pelo estudo da histeria. Mas foi em 1885, na França, orientado pelo Dr.Jean Martin Charcot, um dos médicos mais proeminentes de sua época, que Freud passou a se dedicar definitivamente ao estudo da mente, usando a hipnose sugestiva para tratar dos pacientes histéricos. Com o uso da hipnose sugestiva, Freud passou a perceber que as causas dos sintomas histéricos não eram orgânicas, mas sim psíquicas. Então concluiu que os métodos médicos convencionais de tratamento não seriam efetivos, e nem adequados para o tratamento da Histeria. Sendo assim passou então a usar a técnica da hipnose/sugestão, com intuito de aliviar os sintomas de seus pacientes.
  • 5. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 4 Na Primavera de 1886 Freud em conversa com o médico fisiologista Josef Breuer, seu amigo intimo e colega de faculdade tomou conhecimento do caso da paciente de Breuer Ana O, e também do método que ele desenvolveu para tratamento da Histeria, conhecido como método Catártico. Reunindo- se com Breuer, e através do acompanhamento e discussão de casos clínicos, principalmente do caso Caso Ana O. (Berta Pappenheim) Freud passou a conhecer todos os pormenores do método catártico desenvolvido por Breuer. Por motivos pessoais Breuer não quis continuar a prática terapêutica que havia descoberto e nem publicou de imediato os resultados do tratamento de Anna O, porém ensinou seu método a Freud. Em 1893 ambos publicaram em conjunto um artigo sobre o método desenvolvido, e dois anos depois fizeram o livro que marcou o início da teoria psicanalítica, Studien über Hysterie (Estudos sobre a histeria). Esse livro é geralmente considerado um dos marcos iniciais da psicanálise. Porém algum tempo depois Freud e Breuer passariam a ter suas primeiras divergências teóricas quanto à etiologia (causa) dos transtornos psíquicos histéricos. Para Breuer, os fundamentos dos transtornos histéricos eram fisiológicos ao passo que para Freud eram de natureza psíquica e também de caráter sexual. Mas o que causou de fato o rompimento entre os dois foi a Teoria da Sedução, desenvolvida por Freud, e que algum tempo mais tarde se mostrou totalmente equivocada, levando Freud a reconhecer seu erro e se desculpar (de forma informal) com Breuer. Mais tarde Freud assumindo o caso Ana O, em uma experiência clinica com a paciente desenvolve por sugestão dela própria o método de livre associação de ideias, trocando a hipnose e o método Catártico de Breuer pela nova técnica, forjada por ele mesmo, uma nova abordagem dos processos mentais inconscientes. Em torno de 1900, no seu livro “A interpretação dos sonhos” Freud começa a elaborar a sua teoria Topográfica da mente, chegando ao que ficou conhecido como Primeira Tópica, que dividia a mente em Três aspectos: Inconsciente (ICS) Pré Consciente (PCS) e Consciente (CS). Logo após, por volta dos anos de 1920/1924, amplia suas ideias inicias, pensando no aparelho psíquico como uma estrutura (Teoria Estrutural) com a abordagem do que seria a Segunda Tópica, desenvolvida nos trabalhos “Além do Princípio do Prazer” (1920) e Também “O Ego e o Id” (1923), criando assim o
  • 6. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 5 conceito de três instâncias psíquicas que seria o Id, as pulsões naturais e instintivas regidas pelo principio do prazer, o Ego como sendo o centro da consciência regido pelo principio da realidade, e o Super Ego, sendo ele o sensor moral do Ego regendo através do principio da moralidade e pelo “Ideal do Eu”. A HISTERIA A Histeria, ou melhor, o conceito de Histeria, iniciou-se com Hipócrates no período Helenístico, mas foi com Sigmund Freud que o termo começou a se popularizar para fora do mundo acadêmico. A palavra Histeria tem suas raízes no Grego, Hystéra (ὑστέρα ,útero).Termo derivado da cultura Helenística cunhado por Hipócrates. O Termo, posteriormente foi traduzido para o Francês como Hystérie. Como sua própria etimologia sugere, a palavra Histeria relacionava-se com afecções do útero. Para a medicina Grega, mais especificamente para Hipócrates, os sintomas Histéricos tinham origem no mau funcionamento do útero. Hipócrates acreditava que os sintomas eram decorrentes do excesso de sangue e Linfa expulsados pelo útero que chegavam com violência ao cérebro, por causa do movimento bruto dele dentro do corpo, causando assim os mais variados tipos de sintomas. Interessante notar que o conceito de Histeria, mesmo tendo dois importantes desvios (visão religiosa na idade média, e visão do Mesmerismo, como Magnetismo Animal) chegou quase intocado ao Séc. XVIII. Segundo Michel Foucault, até o séc. XVIII a ideia da relação do útero com a Histeria continuaram presentes nas origens das patologias nervosas. Foi a partir da Psiquiatria, com Philippe Pinel que a etiologia das doenças nervosas começaram a serem vistas como originadas no cérebro e não mais no útero.
  • 7. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 6 Até o Início da Psicanálise, e dos estudos de Charcot, Breuer e Freud, a Histeria tinha um papel central na etiologia dos fenômenos sintomatológicos psíquicos. A Histeria era um manto conceitual o qual abarcava diversos tipos de fenômenos de ordem Motora/Sensorial, como por exemplo, os distúrbios da visão, da audição, do paladar e do tato; excesso de sensibilidade ou anestesia geral; dores intensas, sem nenhuma origem orgânica. As motoras abrangeriam desde a paralisia completa, os tremores, os tiques nervosos, até contrações e convulsões. Outros sintomas histéricos são a perda completa ou parcial da voz, tosse, enjoos, vômitos e soluços. Mais raramente se percebia a incidência de amnésia e sonambulismo. Todos os tipos de neurose de conversão estavam sobre o manto da Histeria. Não existia até aquela época um diagnóstico preciso sobre as doenças psíquicas, e nem mesmo uma separação muito clara e definida entre causas fisiológicas e psíquicas dos sintomas. O conceito de Histeria, como um manto, abarcava todos estes sintomas, e de forma equivocada, os “explicava”. AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA PSICANÀLISE A Observação dos fenômenos histéricos, e seu estudo, levaram Freud a perceber que a causa destes fenômenos não eram orgânicas, mas sim psíquicas. Ele percebeu que a medicina de sua época não era capaz de dar respostas satisfatórias e nem adequadas aos fenômenos psícofisico observados, visto que suas causas não eram orgânicas. Logo existiria a necessidade de uma nova ciência para dar respostas de forma efetiva às enfermidades que tinham origem única e exclusivamente no psiquismo humano. Neste ponto Freud começa a discordar de Breuer. Joseph Breuer continuava a crer que a Etiologia da histeria se dava na fisiologia humana. Baseado em suas experiências clínicas, na auto- observação e nos seus estudos frequentes sobre histeria, Freud lança aquilo que seria os Pilares Fundamentais da Psicanálise os quais são: A Existência do Inconsciente e o Determinismo Psíquico. Partindo destes 2 pilares Fundamentais, Freud começa a desenvolver toda a teoria psicanalítica e seus principais postulados no inicio do séc XX.
  • 8. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 7 A Existência do Inconsciente “A diferenciação do psíquico em consciente e inconsciente, é a premissa fundamental da psicanálise. Permite- lhe, com efeito, chegar a compreensão dos processos patológicos da vida anímica, tão frequentes como importantes, e subordina-los à investigação cientifica. Ou, dito de outro modo, a psicanálise não vê na consciência, a essência do psíquico, mas somente uma qualidade do psíquico que pode ser somada às outras, ou faltar em absoluto.” Freud em O Ego e o Id 1923. Segundo Freud, a descoberta do inconsciente não se deve única e exclusivamente a ele, mas sim aos filósofos, artistas e poetas. Antes de Freud, outros abordaram a problemática do inconsciente, de forma indireta. Assim Leibniz lançou a ideia das “pequenas percepções que escapam da consciência.” Hippolyte Taine descreveu a sensação consciente, como resultante de uma série de percepções inconscientes. Marco Aurélio “Carus” dizia que o inconsciente é um principio divino que preside a organização do mundo, da vida orgânica e da vida espiritual. Von Hartman descrevia o inconsciente como a Alma Universal (Anima Mundi) a natureza de tudo o que é vivo. Reflexões do mesmo calibre não escaparam da análise de filósofos como Friedrich Nietzsche, Schopenhauer, Hegel, Sócrates, que de forma indireta indicavam o dinamismo dos processos inconscientes. Também a literatura e a poesia estavam repletas de referências ao inconsciente, como por exemplo os escritos de, Yeats, William Blake, Shakespeare, e Poetas como Fernando Pessoa. Até religiosos como São Paulo de forma indireta sugeriram uma força, uma realidade, um aspecto inconsciente de si mesmo. Como, por exemplo, nestas passagens de Romanos:
  • 9. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 8 Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. Romanos 7:15 De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Romanos 7:17 Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Romanos 7:19 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Romanos 7:20 Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Romanos 7:21 Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Romanos 7:23 Enfim, a literatura, a poesia, a filosofia, as artes, a religião e a ciência estão repletas de exemplos, referências e citações indiretas ou não ao inconsciente. Desta forma, fica claro a citação de Freud, que com sua sagacidade, percebeu na literatura, referências claras aos dinamismos inconscientes. Segundo ele, sua própria participação na descoberta, e no desenvolvimento do conceito de inconsciente limitava-se ao estudo cientifico dos processos que o compunha, visando desenvolver uma teoria cientifica a respeito do psiquismo Humano. Também Freud, foi o primeiro a dar “voz” ao inconsciente no ambiente clínico e acadêmico do séc XIX. Características pormenorizadas dos processos inconscientes, e todas as referências a respeito deste assunto serão estudadas com profundidade na próxima aula: Modelo Topográfico e Estrutural do Aparelho Psíquico.
  • 10. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 9 O Determinismo Psíquico O Segundo Pilar Fundamental da teoria psicanalítica desenvolvida por Freud é o conceito do determinismo psíquico. Para a Psicanálise, o Inconsciente é determinado por eventos mentais sucessivos. Todas as ideias inconscientes são de certa forma associadas, ligadas umas as outras, visando um objetivo determinado, uma meta comum. Ou seja, isso significa que na mente nada acontece por acaso. Por trás de cada ideia consciente que o individuo tenha existe uma cadeia de ideias interligadas até o inconsciente, ou até o fator gerador externo (ambiente) da associação de ideias em questão. Não existe descontinuidade na vida psíquica. O Conceito de determinismo psíquico é o segundo pilar fundamental que torna a teoria psicanalítica viável. É através dele que se processa a livre associação de ideias. É através da Livre Associação de ideias e da Atenção Flutuante que traçamos uma investigação na cadeia de ideias do Analisando tendo em mente o objetivo final que é o de alcançar o conteúdo latente da questão, que o analisando traz para análise sem o saber.
  • 11. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 10 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA E ESTUDOS COMPLEMENTARES*  Noções Básicas de Psicanalise - Charles Brenner  Cinco lições de Psicanálise. Vol XI – Obras completas Ed Imago.  Estudos sobre a Histeria. – Vol II – Obras Completas Ed Imago.  Um Estudo Autobiográfico – Vol XX – Obras Completas Ed Imago. Documentários; 1. Análise de uma Mente – Sigmund Freud. 2. A Invenção da psicanálise. *Todo material sugerido poderá ser encontrado na área do aluno.
  • 12. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente 11