SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 47
INSTITUTO SUPERIO DE EDUCAÇÃO SÃO JUDAS TADEU
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ITALO MAX PEREIRA DE ARAÚJO FEITOSA
A IMPORTÂNCIA DA QUADRA POLIESPORTIVACOMO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DE SABERES
RECURSOLÂNDIA - TO
2017
ITALO MAX PEREIRA DE ARAÚJO FEITOSA
A IMPORTÂNCIA DA QUADRA POLIESPORTIVACOMO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DE SABERES
Monografia apresentada como requisito final
para obtenção do título de Licenciado em
Pedagogia pelo Instituto Superior de
Educação São Judas Tadeu, sob orientação
do Prof. Esp. Marcos André Silva Oliveira.
RECURSOLÂNDIA - TO
2017
ITALO MAX PEREIRA DE ARAÚJO FEITOSA
A IMPORTÂNCIA DA QUADRA POLIESPORTIVACOMO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DE SABERES
Monografia apresentada como requisito final
para obtenção do título de Licenciado em
Pedagogia pelo Instituto Superior de
Educação São Judas Tadeu, sob orientação
do Prof. Esp. Marcos André Silva Oliveira.
Aprovado em: _______/______/______.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Marcos André Silva Oliveira (Orientador)
Instituto Superior de Educação São Judas Tadeu
____________________________________________
Prof.
____________________________________________
Prof.
RECURSOLÂNDIA - TO
2017
Dedico este trabalho aos meus irmãos,
que tiveram participação efetiva na minha
formação, a meu pai, pelo apoio nos
momentos em que precisei e em especial
a minha esposa Edineia Francisca Pereira
e meus filhos. Todos os meus esforços
são para poder proporcionar uma vida
melhor a eles.
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo mostrar A Importância da Quadra Poliesportiva na
Construção do Saber, trazer uma trajetória histórica sobre o caminho da educação
física, para que se tenha um entendimento do quanto a mesma evoluiu, desde a
época pré-histórica até os dias atuais. Mostrar que não somente a Educação Física,
mas o esporte de maneira geral, é muito importante para o ser humano, pois é um
aliado na educação na formação de valores. A monografia em tela busca ainda
Investigar e relatar sobre a importância de se ter espaços de convivência, que nos
dias atuais já é uma tendência nos grandes centros e empresas, tendência essa que
deveria ser copiada nos mais variados segmentos, pois o ser humano, é um ser
social, e precisa se respeitar em suas singularidades. E essas áreas de convivência
normalmente recebem público de todas as raças, cor e etnia, e o contato das
pessoas com essa pluralidade de povos, contribui no processo de formação do
cidadão. Revela-se com a pesquisa-campo, os problemas que a Escola Municipal
Recurso vem sofrendo, seja pela falta de espaço de convivência, quadra
poliesportiva ou até mesmo a falta de profissional graduado em Educação Física.
Palavras-chaves: Saber. Valores. Convivência. Educação Física.
ABSTRACT
This paper aims to show The Importance of the Poliesportive Court in the
Construction of Knowledge, to bring a historical trajectory in the path of physical
education, so that one has an understanding of how much has evolved, from
prehistoric times to the present day. Show that not only Physical Education, but sport
in general, is very important for the human being as it is an ally in education in the
formation of values. The screen monograph also seeks to investigate and report the
importance of having living spaces, which today is already a trend in large centers
and companies, a trend that must be copied in the most varied segments, since the
human being is a social being, and must be respected in its singularities. And these
areas of coexistence usually receive public of all races, color and ethnicity, and the
contact of people with this plurality of peoples, contributes in the process of citizen
training. It is revealed with the field research, the problems that the Municipal
Department of Education has been suffering, either by the lack of space of
coexistence, poliesportivo court or even by the lack of professionals trained in
Physical Education.
Key-words: To Know. Values. Coexistence. Physical Education.
LISTA DE ABREVIATURAS
PPP – Projeto Politico Pedagógico 2016 - 2018
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Espaço de Convivência....................................................................................... 23
Figura 2: Espaço de Convivência....................................................................................... 23
Figura 3: Espaço de Convivência....................................................................................... 24
Figura 4: Espaço de Convivência....................................................................................... 24
Figura 5: Repartições do Espaço Escolar......................................................................... 27
Figura 6: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física.......................... 28
Figura 7: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física.......................... 28
Figura 8: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física.......................... 29
Figura 9: Detalhamento por Quantidade das Funções ................................................... 29
Figura 10: Espaço Utilizado como Quadra ....................................................................... 34
Figura 11: Espaço Utilizado como Quadra ....................................................................... 35
Figura 12: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 37
Figura 13: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 37
Figura 14: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 38
Figura 15: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 38
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Informações Institucionais da Escola Municipal Recurso ........................... 31
Quadro 2: Detalhamento de Turmas ................................................................................. 32
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................. 10
2 - EDUCAÇÃO FÍSICA: CAMINHOS HISTÓRICOS ..................................................... 12
2.1 - O ESPORTE FORMANDO VALORES................................................................. 17
2.2 - A QUADRA COMO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA ............................................. 22
3.0 - A EXPERIÊNCIA DA ESCOLA MUNICIPAL RECURSO...................................... 27
3.1 - A CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA.................................................................... 27
3.2 - HISTÓRICOS DA ESCOLA MUNICIPAL RECURSO........................................ 31
4.0 - O ESPORTE NA ESCOLA – CAMPO DE PESQUISA.......................................... 34
5.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 40
6.0 – REFERÊNCIAS........................................................................................................... 42
ANEXOS................................................................................................................................. 45
APÊNDICES .......................................................................................................................... 46
10
1 - INTRODUÇÃO
Esta pesquisa pretende mostrar o quanto é importante à quadra poliesportiva
na construção de saberes, e fazer com que se entenda, que espaços físicos como
quadras, pátios, campo de futebol; são essenciais para a vida dos seres humanos,
pois esses espaços podem auxiliar na educação, nos valores sociais e morais.
Sabe-se que por meio da brincadeira é possível construir o saber. A
aprendizagem, especialmente nas crianças, pois, no momento que ela está
correndo, pulando ou concentrado em uma regra de um jogo, ouvindo os comandos
do seu orientador, instintivamente ela está aprendendo não apenas saberes, mas,
valores e benefícios físicos estão sendo inseridos na sua vida, mesmo que de
maneira inconsciente.
O trabalho busca possibilitar conhecer um pouco a realidade da Escola
Municipal Recurso a partir da análise de dados coletados. Assim, pode-se se dizer,
que a Escola Municipal Recurso, passa por grandes dificuldades, a mesma carece
de espaço físico para que os profissionais de educação física, implementem esses
saberes através de atividades extraclasse ou até mesmo do esporte.
Este trabalho não aborda só A Importância da Quadra Poliesportiva Como
Espaço de Construção De Saberes, ou a importância de se ter um ambiente físico
apropriado para tal, a discursão vai muito além disso. Envolve todos os aspectos de
maneira geral, desde os conceitos históricos, esporte formando valores, quadra
como espaço de convivência, ou seja, envolve a sociedade como um todo, pois os
benefícios não se restringem apenas a uma pessoa.
Em uma breve viagem pelo tempo, até o período pré-histórico, será abordado
que a Educação Física sempre esteve e estará na vida do homem, seja de maneira
natural ou em sua prática, pois faz parte da evolução humana. Ressaltando que é
possível formar valores através do esporte, pois muitos pensam que a formação de
valores, é algo que vem apenas de casa, mas não é bem assim, o esporte pode e
deve ser usado como um aliado importante nessa formação.
Este trabalho foi feito com base em pesquisa sites especializados, livros e
dados coletado através de pesquisa feita na Escola Municipal Recurso, usando os
seguintes métodos: visita a escola, observação nas aulas de educação física,
11
estudos bibliográficos em autores como Almeida (2018), Bagnara (2010), Cidadania
(2013), Kishimoto (2003), Libâno (1992), Matos (2005), Mazzuco (2015), além de
entrevista com professores através de questionário.
Realizou-se também estudo em documentos da escola, no qual foi observado
que já há uma preocupação sobre a temática, e que a Diretora, Secretaria Municipal
de Educação e Gestora Municipal, já vêm trabalhando para que seja ampliada a
Escola Municipal Recurso, e nessa ampliação, seja construída uma quadra para
esporte.
12
2 - EDUCAÇÃO FÍSICA: CAMINHOS HISTÓRICOS
Para falar da importância da quadra poliesportiva como espaço de construção
de saberes, deve-se fazer um breve resgate sobre a história da educação física, pois
é quase impossível falar desse assunto, sem mencionar os seus caminhos
históricos, seus progressos até chegar ao assunto que será tratado. Fazer uma
viagem no passado se faz necessário, quando se trata de entender o quão grande e
importante é este assunto.
Em meados do século XVIII, na Europa, surgiram os exercícios nas escolas, e
de forma cultural, só a partir do século XIX. E trouxe consigo as danças, ginástica,
jogos, etc. Segundo Pimenta & Libâneo (1992):
A preocupação com a inclusão dos exercícios nos currículos
escolares remonta ao século XVIII com Guths Muths (1712 – 1838),
J,B Basedou (1723 – 1790) J. J Rousseau (1712 – 1778) , Pestalozzi
(1746- 18279) . Contribui para essa inclusão o surgimento na
Alemanha das escolas de ginástica (TURNVEREINE) já no século
XIX.
No período pré-histórico, de maneira instintiva e inconsciente o homem já
praticava atividades físicas, lógico que essa prática era de maneira natural, apenas
com intuito de sobreviver. Para manter o sustento de suas tribos e de suas famílias,
esses povos caçavam e pescavam animais de grande porte, o que exigia deles um
bom preparo físico, através dessas necessidades básicas, que também pode ser
classificado como, extinto de sobrevivência, que o homem começou a executar os
seus movimentos mais básicos e naturais desde sua existência, movimentos como:
lutar, correr, saltar, arremessar, subir em árvore, empurrar, puxar e etc. De acordo
com Oliveira (1983, p. 14):
Em qualquer desses momentos, foi necessário o aprimoramento das
habilidades físicas para a otimização de gestos e a construção de
ferramentas que possibilitassem maior sucesso nas práticas de
sobrevivência. A partir do instante em que o homem se sedentariza,
podemos registrar o início da luta pela posse de terras.
13
Esse movimento cotidiano que era executado durante as caçadas, pescarias
ou até mesmo para se protegerem dos predadores ou caminhada à procura de
lugares mais propícios a essas atividades, contribuía para sua resistência física, os
deixava mais fortes, resistentes e saudáveis.
Pode-se dizer que a educação física ou a atividade física, sempre esteve, e
sempre estará ligada a história e evolução do homem, e seu passado e presente
estão relacionados às atividades básicas humanas ou a seu extinto de
sobrevivência. Freire (2001, p. 19) comenta "... a Educação Física não é ela está
sendo construída a cada instante, e ainda bem".
E como foi exposto acima, os homens primitivos, sempre praticaram
atividades físicas, locomovendo-se de um lado para outro a procura de comida,
trepando em árvore e escalando montanhas, saltando e arremessando objetos, a
educação física propriamente dita, os primeiros registros demoraram aparecer.
Em meados dos anos 3000 a.C. na China, tem se registro do surgimento da
educação física. Em cada civilização, povos ou país a educação física apresentava
traços diferentes de interesse em sua utilização, conforme pode ser observar de
maneira resumida nas palavras de Morais (2015, p. 1):
 CHINA - Como Educação Física as origens mais remotas da história
falam de 3000 A. C. na China. Certo imperador guerreiro, Hoang Ti,
pensando no progresso do seu povo pregava os exercícios físicos
com finalidades higiênicas e terapêuticas além do caráter guerreiro.
 ÍNDIA - No começo do primeiro milênio, os exercícios físicos eram
tidos como uma doutrina por causa das "leis de Manu", uma espécie
de código civil, político, social e religioso.
 JAPÃO - A civilização japonesa também tem sua história ligada ao
mar devido à posição geográfica, além das práticas guerreiras
feudais.
 EGITO - Dentre os costumes egípcios estavam os exercícios
Gímnicos revelados nas pinturas das paredes das tumbas. A
ginástica egípcia já valorizava o que se conhece hoje como
qualidades física tais como: equilíbrio, força, flexibilidade e
resistência.
 GRÉCIA- Sem dúvida nenhuma a civilização que marcou e
desenvolveu a Educação Física foi a grega através da sua cultura.
Nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates contribuíram
e muito para a Educação Física e a Pedagogia atribuindo conceitos
até hoje aceitos na ligação corpo e alma através das atividades
corporais e da música.
 ROMA - A derrota militar da Grécia para Roma, não impediu a
invasão cultural grega nos romanos que combatiam a nudez da
ginástica. Sendo assim, a atividade física era destinada às práticas
militares.
14
 IDADE MÉDIA - A queda do império romano também foi muito
negativa para a Educação Física, principalmente com a ascensão do
cristianismo que perdurou por toda a Idade Média. O culto ao corpo
era um verdadeiro pecado sendo também chamado por alguns
autores, de "Idade das Trevas".
 A RENASCENÇA - Como o homem sempre teve interesse no seu
próprio corpo, o período da Renascença fez explodir novamente a
cultura física, as artes, a música, a ciência e a literatura. A beleza do
corpo, antes pecaminosa, é novamente explorada surgindo grandes
artistas como Leonardo da Vinci (1452-1519), responsável pela
criação utilizada até hoje das regras proporcionais do corpo humano.
 ILUMINISMO - O movimento contra o abuso do poder no campo
social chamado de iluminismo surgido na Inglaterra no século XVII
deu origem a novas ideias. Como destaque dessa época os
alfarrábios apontam: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e Johann
Pestalozzi (1746-1827).
 IDADE CONTEMPORÂNEA - A influência na nossa ginástica
localizada começa a se desenvolver na Idade Contemporânea e
quatro grandes escolas foram as responsáveis por isso: a alemã, a
nórdica, a francesa, e a inglesa. A alemã, influenciada por Rousseau
e Pestalozzi, teve como destaque Johann Cristophe Frederick Guts
Muths (1759-1839) considerado pai da ginástica pedagógica
moderna.
 A CALISTENIA - É por assim dizer, o verdadeiro marco do
desenvolvimento da ginástica moderna com fundamentos específicos
e abrangentes destinada à população mais necessitada: os obesos,
as crianças, os sedentários, os idosos e também às mulheres.
Calistenia, segundo Marinho (1980) citado por Marcelo Costa, vem
do grego Kallos (belo), Sthenos (força) e mais o sufixo "ia". Com
origem na ginástica sueca apresenta uma divisão de oito grupos de
exercícios localizados associando música ao ritmo dos exercícios
que são feitos à mão livre usando pequenos acessórios para fins
corretivos, fisiológicos e pedagógicos.
No Brasil, os registros mais antigos sobre a Educação Física, foi no Brasil
colônia, de 1500 a 1822. Onde através de relato em cartas, Pedro Vaz de Caminha
descrevia indígenas dançando, saltando, girando e se alegrando ao som de uma
gaita tocada por português (Ramos 1982). Ainda segundo Ramos (1982), esta foi
certamente a primeira aula de ginástica e recreação relatada no brasil. Conforme
abordado por (Rocha Soares, 2012, p. 1):
Brasil império, de 1822 a 1889
O início do desenvolvimento cultural da Educação Física no Brasil,
apesar de não ter ocorrido de forma contundente, ocorreu no período
do Brasil império. Pois foi nessa época que surgiram os primeiros
tratados sobre a Educação Física. Em 1823, Joaquim Antônio Serpa,
elaborou o “Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos”. Esse
tratado postulava que a educação englobava a saúde do corpo e a
cultura do espírito, e considerava que os exercícios físicos deveriam
15
ser divididos em duas categorias: 1) os que exercitavam o corpo; e 2)
os que exercitavam a memória (Gutierrez, 1972). Além disso, esse
tratado entendia a educação moral como coadjuvante da Educação
Física e vice-versa (Gutierrez, 1972). O Início da Educação Física
escolar no Brasil, inicialmente denominada Ginástica, ocorreu
oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851 (Ramos, 1982).
No entanto, foi somente em 1882, que Rui Barbosa ao lançar o
parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e
Superior”, denota importância à Ginástica na formação do brasileiro
(Ramos, 1982). Nesse parecer, Rui Barbosa relata a situação da
Educação Física em países mais adiantados politicamente e defende
a Ginástica como elemento indispensável para formação integral da
juventude (Ramos, 1982). Em resumo, o projeto relatado por Rui
Barbosa, buscava instituir uma sessão essencial de Ginástica em
todas as escolas de ensino normal; estender a obrigatoriedade da
Ginástica para ambos os gêneros (masculino e feminino), uma vez
que as meninas não tinham obrigatoriedade em fazê-la; inserir a
Ginástica nos programas escolares como matéria de estudo e em
horas distintas ao recreio e depois da aula; além de buscar a
equiparação em categoria e autoridade dos professores de Ginástica
em relação aos professores de outras disciplinas (Darido e Rangel,
2005). No entanto, a implementação da Ginástica nas escolas,
inicialmente ocorreu apenas em parte do Rio de Janeiro, capital da
República, e nas escolas militares (Darido e Rangel, 2005).
Nos anos de 1890 a 1946, época do Brasil republica, pode se dividir em duas
fases: Período que foi até a época da Revolução 1890 – 1930 e Período pós
Revolução 1930 – 1946.
No primeiro período, para ser mais preciso, no Brasil República, em meados
de 1920, os estados começaram com suas reformas educacionais e a ginástica foi
inserida nas escolas. Além do mais, várias escolas de Educação Física foram
criadas, mas não para atender as necessidades das pessoas em contexto geral,
essas escolas de educação física visavam à formação do militarismo.
Já no período pós-revolução, segundo período, uma vez que o Ministério da
Educação e Saúde foi criado, a Educação Física ganhou uma ênfase maior e
associou-se junto aos objetivos governamentais, sendo incorporada junto a
constituição brasileira, que tornou obrigatório o seu ensino.
Após a segunda Guerra Mundial, no período de 1846 a 1980, para ser mais
especifico, na data de 1964, onde se originou a Ditadura brasileira, as escolas
sustentavam o modelo gímnico, que é um tipo de ginastica que engloba todas as
outras e calistênico, que nada mais era que os exercícios que usavam o peso do
próprio corpo.
16
Com as reformas educacionais, o envolvimento do governo e a intervenção
do Executivo brasileiro por parte dos militares, o sistema educacional ampliou de
forma em que o governo resolveu usar as escolas como programa do regime militar.
O governo no intuito de desviar a atenção sobre as críticas internas que
recebia, decidiu então investir no esporte e passar uma falsa ideia de
desenvolvimento esportivo. Outras medidas que impactaram nessa época, foi o
Decreto 705 de 1969, que tratava da obrigatoriedade da Educação Física no ensino
do terceiro grau. Segundo Castellani Filho (1998), o decreto lei 705/69 (Brasil.,
1969), tinha como propósito político favorecer o regime militar, desmantelando as
mobilizações e o movimento estudantil que era contrário ao regime militar, uma vez
que as universidades representavam um dos principais polos de resistência a esse
regime. Artimanha usada para distorção do que de fato estava acontecendo, e
mascarar a realidade política daquela época.
Em um contexto histórico, a partir de 1980, a Educação Física deu
importância a ginastica em maneira geral (gímnicos), que eram instruções ou
procedimentos, não se aprendia a cultura corporal. (Rocha Soares, 2012, p. 1)
comenta:
Durante a década de 1980, a resistência à concepção biológica da
Educação Física, foi criticada em relação ao predomínio dos
conteúdos esportivos (Darido e Rangel, 2005). Atualmente,
coexistem na Educação física, diversas concepções, modelos,
tendências ou abordagens, que tentam romper com o modelo
mecanicista, esportivista e tradicional que outrora foi embutido aos
esportes. Entre essas diferentes concepções pedagógicas pode-se
citar: a psicomotricidade desenvolvimentista; saúde renovada;
críticas; e mais recentemente os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) (Brasil., 1997). A concepção pedagógica psicomotricidade,
foi divulgada inicialmente em programas de escolas “especiais”,
voltada para o atendimento de alunos com deficiência motora e
intelectual (Darido e Rangel, 2005). É o primeiro movimento mais
articulado que surgiu a partir da década de 1970, em oposição aos
modelos pedagógicos anteriores. A concepção psicomotricidade tem
como objetivo o desenvolvimento psicomotor, extrapolando os limites
biológicos e de rendimento corporal, incluindo e valorizando o
conhecimento de ordem psicológica. Para isso a criança deve ser
constantemente estimulada a desenvolver sua lateralidade,
consciência corporal e a coordenação motora (Darido e Rangel,
2005). No entanto, sua abordagem pedagógica tende a valorizar o
fazer pelo fazer, não evidenciando o porquê de se fazer e como o
fazer.
17
Trazendo a Educação Física para dentro das instituições escolares, fica a
cargo dos professores criarem metodologias a fim de observar o comportamento do
aluno, e acompanhar o seu desenvolvimento motor, levantar e identificar
informações relevantes que o corpo fornece e direcionar o aluno, quando possíveis
erros forem constatados.
2.1 - O ESPORTE FORMANDO VALORES
Abordar uma temática tão pertinente exige antes de tudo um campo
conceitual, nesse sentido menciona-se que é considerado esporte, qualquer
atividade física que demande exercício físico e destreza, com fins de recreação,
manutenção do condicionamento corporal e da saúde ou competição; desporte
desporto. Quando se fala em esporte, na maioria das vezes, o que vem na mente
são competições, das mais variadas categorias, e não se pode pensar que é um
pensamento completamente equivocado, mais os esportes vão muito além, pode-se
incrementar esse pensamento, mencionando que o mesmo ajuda na convivência
com outras pessoas, na educação e melhora a saúde do ser humano, e suas regras
contribui para inserção de valores como disciplina e respeito ao próximo que são
essenciais para a vida.
Diante do mencionado conceito, traz-se a lume as terminologias pertinentes
a valores. Na visão de Bechara, na obra de Reppold Filho et al (2009, p. 130):
[...] educar para a vida, utilizando a prática esportiva como agente de
promoção de saúde, socialização e cidadania, transmitindo sólidos
valores morais de cooperação e solidariedade, ao mesmo tempo em
que oportuniza o crescimento e o desenvolvimento do esporte, e
consequentemente, de atletas.
Em uma abordagem mais conceitual, conforme matéria veiculada no dia 30
de dezembro de 2013, pelo site Significado, valores são:
O conjunto de características de uma determinada pessoa ou
organização, que determinam a forma como a pessoa ou
organização se comportam e interagem com outros indivíduos e com
o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento,
talento, reputação, coragem e valentia. Assim, podemos afirmar que
18
os valores humanos são valores morais que afetam a conduta das
pessoas. Esses valores morais podem também ser considerados
valores sociais e éticos, e constituem um conjunto de regras
estabelecidas para uma convivência saudável dentro de uma
sociedade.
Quando se fala em esporte, como formação de valores, deve-se pensar em
um aliado necessário para o ser humano. Através dele adquire-se valores éticos e
morais e características como cooperação, solidariedade, disciplina, espirito de
equipe e outros, que são essenciais para o convívio social e formação de uma
pessoa.
Acreditar que a formação de valores é algo que vem de berço, ou de
responsabilidade exclusivamente dos pais, pode ser um grande equívoco, nem
sempre é assim. O esporte, vem como uma boa alternativa, para complementar na
formação de valores, e que cada dia mais vem ganhando espaço na vida das
pessoas, não espere que ao dividir crianças em equipes, e entregar uma bola, os
benefícios físicos e sociais do esporte aconteçam, não é magica, o que o esporte
pode oferecer, vai além dessas classificações, pois o mesmo pode formar valores,
como ética, empenho, disciplina, lidar com perdas e metas, trabalho em equipe e
auxiliar na formação de caráter de uma criança ou adolescentes.
Segundo matéria veiculada no dia 27 de dezembro de 2016, pelo site Esporte
Uol:
Pessoas que estão passando por algum tipo de problema, buscam
através do esporte se superar e dar a volta por cima foi o caso da
judoca Rafaela Silva, que após ser eliminada nas Olimpíadas de
Londres, e sofrer racismo e duras críticas, se superou nas
Olimpíadas do Rio de Janeiro, e conquistou a primeira medalha de
ouro do Brasil, e foi consagrada como a melhor judoca do mundo,
pois além do titulo olímpico, havia sido campeã mundial. Também
tem a história do Wagner Domingos, que também na olímpias
chegou a final do lançamento de martelo, algo inédito há 84 anos,
isso depois de superar um câncer na bexiga, recuperou e fez história
no Rio-2016.
Sem citar que existem inúmeras histórias de pessoas anônimas que ao longo
da vida vem se superando, relatos como este, do parágrafo anterior, também
servem de exemplo, e pessoas que estão passando pelas mesmas dificuldades,
tendem a inspira-se nelas, para superar seus problemas.
19
Como já mencionado, o esporte ajuda na formação de valores, a superar, dar
à volta por cima e reescrever um novo caminho, portanto, muitos, quando acham
que está tudo perdido, buscam refúgio no esporte. Mas é muito importante ter
pessoas que tome partido, e ajude nessa árdua caminhada, ter profissionais que
saibam identificar essas pessoas que já estão fragilizadas pela vida é essencial.
Segundo Sanmartín (1995, 2008).
O esporte é um meio que pode potencializar os valores e as atitudes,
entretanto dependerá do profissional que desenvolve as aulas
demonstrar valores e atitudes pró-sociais, pois muitos jovens podem
ser induzidos e provavelmente venham a ter as mesmas
características do seu professor ou treinador.
Como relatado, o esporte pode mudar as pessoas, além de ajudar a moldar o
caráter, melhora a saúde, traz alegria e alivia a ansiedade; valores essenciais como
respeito, amizade, perseverança, determinação e superação. Essas, são qualidades
que a pratica do esporte pode retornar, ou seja, através do esporte, pode-se mudar
a qualidade de vida do cidadão, se levado para o ramo profissional, pode ajudar
financeiramente.
O mundo mudou, chegamos à era da informática, época em que as pessoas
vivem no sedentarismo, e cada dia mais se afastando da convivência social. O mau
uso da internet vem tido um papel importante nesse mal, é fato que, a sociedade
vem cada dia mais, pensando em seus próprios anseios, o ser humanos está cada
dia mais individualista, o que pode levar a uma sociedade bastante competitiva, no
que diz respeito: “de querer sempre, ser melhor que o outro”, o que pode ser
considerado ausência de valores, o que é preocupante.
Como já exposto, sabe-se que, o convívio social, é o pilar para a formação de
valores, o ser humano carece dessa troca, para ser construído conceitos que serão
levados para o resto da vida.
Nesse sentido, o esporte vem se mostrando como uma válvula de escape
para inverter esse problema, já que no meio esportivo vive-se, situações que se
assemelha ao dia-a-dia, no que se refere à tomada de decisões, relacionamento,
trabalho em grupo e principalmente no aprender a vencer e perder, a respeitar as
pessoas em suas particularidades e diferenças, seja ele seu par ou não. Soares
(1996, p. 11)
20
Afirma que a aula de educação física é “um lugar de aprender coisas
e não apenas o lugar onde àqueles que dominam técnicas
rudimentares de um determinado esporte vão “praticar” o que já
sabem, enquanto aqueles que não sabem continuam no mesmo
lugar”.
Se trouxer o esporte para dentro da Escola, pode ser uma saída mais ativa
para construção de valores individuais e sociais, e que pode contribuir para
convivência humana. É preciso deixar claro, que esse contato entre aluno e esporte,
deve durar mais que o período em que os alunos se encontram dentro das salas de
aulas, ou na aula de Educação Física, pois a mesma já tem sua obrigação, quanto
cumprir o currículo escolar.
Quando se pensa em esporte como formação de valores, não pode limita-lo a
um turno escolar, e sim em algo que envolva de maneira integral, pois o respeito, a
determinação, a superação, não tem hora e nem lugar para que um cidadão possa
se adquirir. Segundo Vieira (1993, p. 34):
No esporte, o desenvolvimento dos valores morais se faz necessário,
contudo as mudanças na significação moral no esporte em relação
ao dia-a-dia são esperadas, sabendo das características próprias do
esporte.
Vive-se em uma época, em que os avanços tecnológicos contribuem para a
perda dos valores morais e éticos, é cada vez mais comum, encontrar pessoas que
preferem colecionar amigos virtuais a se relacionar no mundo presencial, no mundo
físico. Crianças passam horas e mais horas envolvidos com jogos eletrônicos, e sua
convivência social fica comprometida. De acordo com Postman (1994, p.12):
Primeiro, a tecnologia é uma amiga. Torna a vida mais fácil, mais
limpa e mais longa. Pode alguém pedir mais de um amigo? Segundo,
por causa de seu relacionamento longo, íntimo e inevitável com a
cultura, a tecnologia não convida a um exame rigoroso de suas
próprias consequências. É o tipo de amigo que pede confiança e
obediência, que a maioria das pessoas está inclinada a dar porque
suas dádivas são verdadeiramente generosas. Mas é claro, há o lado
nebuloso desse amigo. Suas dádivas têm um pesado custo. Exposto
nos termos mais dramáticos pode-se fazer a acusação de que o
crescimento descontrolado da tecnologia destrói as fontes vitais de
nossa humanidade. Cria uma cultura sem uma base moral. Mina
certos processos mentais e relações sociais que tornam a vida
humana digna de ser vivida. Em suma, a tecnologia tanto é amiga
como inimiga [...].
21
A tecnologia veio para facilitar a vida das pessoas, e facilitou, mas não se
deve abster da convivência física, da convivência social, da troca humana, pois essa
troca é essencial para o crescimento físico, intelectual e moral. Essa necessidade,
diz muito do que tipo de ser-humano que será criado, e que valores farão parte de
sua existência.
É muito importante que as bases familiares estejam cientes dessas questões,
e que saiba dosar as crianças em seu convívio familiar, para que no futuro, não
venha se tornar um cidadão de má índole. Não se pode deixar a cargo só das
escolas, a formação de valores é algo que tem que ser feito em conjunto com a
família.
Seja em casa, nos campos, nos tatames e nas quadras, a construção de valores
através da prática esportiva ocorre quando a criança ou adolescente passa a conhecer
as regras de cada atividade, neste momento aprende-se a disciplina, o respeito pelo
próximo e a competir, sabendo ganhar ou perder. Pois o esporte é um dos grandes
aliados da educação, e sua inserção na vida da criança ou do adolescente quanto ainda
precoce, contribui para adquirir valores que são fundamentais para vida.
22
2.2 - A QUADRA COMO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
Nenhum ser humano consegue viver isoladamente do resto do mundo, pois o
homem é um ser social, e interagir com outras pessoas faz parte de sua existência.
E essa necessidade humana, e essa interação, são imprescindíveis para saúde e
bem-estar. Literalmente falando, convivência é a ação de conviver (viver em
companhia de outro ou outros). Trata-se de um conceito relacionado com a
coexistência pacífica e harmoniosa de grupos humanos num mesmo espaço.
Nos últimos anos, observou-se uma crescente, uma tendência, no que diz
respeito a espaços de convivência, é cada vez mais comum em empresas ou clubes
de futebol e outros órgão, não abrirem mão desses espaços, pois são áreas
fundamentais para estreitar as relações humanas com os outros indivíduos.
Viver com outras pessoas por si só, já é complicado, devido às relações
sociais, culturais e econômicas, então é importante ter meios que aproxime essas
relações. Gandini (1990, p.150) diz que “O espaço reflete a cultura das pessoas que
nele vivem de muitas formas e, em um exame cuidadoso, revela até mesmo as
camadas distintas dessa influência cultural”. Como foi dito, existe espaço de
convivência nos mais variados segmentos, mas será destacado neste trabalho A
Quadra Como Espaço De Convivência.
Como já foi dito em outras ocasiões nesse trabalho cientifico, é notório que o
esporte é muito eficaz para a formação dos valores, na superação de traumas,
sejam eles físicos ou mentais, além de melhorar a convivência em sociedade. Isso
nos remete a matéria do UOL, que já foi citado neste trabalho cientifico, onde
pessoas que se isolaram por causa de seus problemas, são acolhidas e reinseridas
no convívio em sociedade. Na mesma matéria encontra-se varias historias dos mais
diversos problemas, de pessoas que se superaram através do esporte, e se
transformaram em verdadeiros campeões.
23
Figura 1: Espaço de Convivência
Figura 2: Espaço de Convivência
24
Figura 3: Espaço de Convivência
Figura 4: Espaço de Convivência
25
Espaços públicos como, ginásio de esporte, quadras escolares, parques,
teatros, praia ou praças, são lugares que proporcionam anseios essenciais para
viver bem e facilitar o lazer das pessoas, além de manter um bom condicionamento
físico. Porque são lugares que recebem pessoas das mais variadas religiões, raças
e cor, lugares que incentivam a convivência entre gentes diferentes, e tem a
capacidade de gerar o bem-estar.
Só que a quadra, por si só, é apenas um espaço físico. Para este espaço
físico ser utilizado como meio de convivência, precisa-se de pessoas que
frequentem esse ambiente, que incentiva a prática do esporte, e que receba o
público da melhor maneira possível. Nas escolas, por exemplo, a aula de educação
física, é uma das aulas mais aguardadas, pois sua abordagem é diferenciada.
Quando o professor fala que a aula será na quadra, percebe-se uma alegria enorme
por parte dos alunos, pois as aulas de outras disciplinas costumam ser muito
cansativas, e os docentes, ao utilizar a quadra esportiva como espaço de
convivência, espaço de interações pessoais, ele não vai esta abordando só os
aspectos físicos, estará abordará várias outras questões socioculturais que a
convivência em sociedade exige.
É logico que não se trata só de pegar uma bola, e jogar na quadra, e virar as
costas, esses espaços têm que ser pensado e organizado, de modo que seja
acolhedor e prazeroso para a pessoa que está no meio deste ambiente, ou seja, um
lugar em que a pessoa possa se divertir, interagir e serem estimulados. De acordo
com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998, p. 21-22):
As crianças constroem o conhecimento a partir das interações que
estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O
conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto
de um intenso trabalho de criação, significação e ressifignificação. As
interações que ocorrem dentro dos espaços são de grande influência
no desenvolvimento e aprendizagem da criança.
É muito importante ter lugares que enriquecem o cidadão, pois se vive em
uma época em que as pessoas visam só lucro, uma sociedade corrida e doente, em
que o ser humano não tira um tempo pra si. E o espaço de convivência, sejam eles
as quadras, os bosques, ou praias, servem para lembrar, que os seres humanos
precisam se relacionar.
26
Em contrapartida, existem pessoas que não tem acesso a esses lugares, que
vem de comunidade carente, e que vem lutando para escapar da violência, pobreza
ou de se envolver com o narcotráfico. Pensando nessas pessoas, que se deve ir
mais além, desenvolver ações e projetos, afim de que esses que estão excluídos
sejam inseridos nesses lugares. Projetos como o Afroreggae, Central Única de
Favelas (CUFA), e outros, são projetos que salvam vidas, e são exemplos a serem
seguidos.
Então, quando se pensa em espaço de convivência, neste caso, a quadra
como espaço de convivência, deve-se levar em consideração vários outros
aspectos, como os valores morais, sociais, benefícios físicos, inclusão, respeito,
alegria, prazer etc.
Conviver com outra pessoa é um desafio enorme, mas que se deve ser
superado. E nos espaços de convivência não é diferente, normalmente são
ambientes transitados por muitas pessoas que se relacionam, e o respeito é o pilar
para que haja uma boa convivência, refletir continuamente sobre si mesmo, para
que exista um todo harmônico e justo.
27
SALAS DE AULA
BANHEIROS
CANTINA
SECRETARIA
SALA DOS PROFESSORES
IMÓVEIS LOCADO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3.0 - A EXPERIÊNCIA DA ESCOLAMUNICIPAL RECURSO
3.1 - A CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Localizada na Praça Central da cidade de Recursolândia, Praça José
Tavares, S/Nº. A Escola Municipal Recurso, recebe alunos na modalidade Ensino
Fundamentais do 1º ao 9º ano no período matutino e vespertino, e EJA, no período
noturno. Sua clientela é formada por alunos da zona rural e de setores que na
maioria é de classe baixa ou média baixa
A Escola Municipal Recurso, é uma escola bem localizada, fica no centro de
Recursolândia, na mesma quadra da Prefeitura Municipal. Fica localizada perto dos
grandes comércios da cidade, é uma escola em condições física razoável, porém a
mesma não está suportando a demanda de alunos, e a qualidade do ensino, já está
sendo afetada. As repartições do espaço escolar, já não são o suficiente para
atender sua clientela, fazendo com que o município tome medidas para sanar esses
problemas, como alugar salas e adaptar para que funcione como sala de aula por
exemplo.
Figura 5: Repartições do Espaço Escolar
28
Seu espaço físico é reduzido, atualmente a escola conta com 8 salas
climatizada, 3 banheiros, 1 cantina, 1 secretaria, 1 sala dos professores e 5 imóveis
locado para que possa atender a quantidade de alunos. Não existe biblioteca,
campo de futebol ou quadra esportiva, para que os professores possam desenvolver
suas atividades extraclasses, aulas de educação física e outras atividades.
Lima (1998, p.31) aduz que:
Escola não é estacionamento de crianças. O espaço físico é material
riquíssimo e está sendo totalmente desprezado. Nos projetos de
construções escolares não há lugar para bibliotecas, laboratórios e
quadra de esportes, o que limita as possibilidades de aprendizado.
Figura 6: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física
Figura 7: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física
29
Em média, existe 574 alunos matriculados, 30 professores, 2 secretarias, 2
bibliotecários, 1 auxiliar de secretaria, 3 coordenadores pedagógicos, 1 coordenador
de apoio, 1 coordenador de controle de turno, 1 coordenador de tecnologias, 1
orientadora educacional, 1 articuladora do Novo Mais Educação, 5 merendeiras, 10
auxiliar de serviços gerais, 2 porteiros, 3 vigias, 3 agentes de transporte escolar, 4
motoristas, 1 diretora e 1 secretaria municipal de educação, conforme pode ser
observado na figura abaixo.
Figura 4: Detalhamento por Quantidade das Funções
574
30 2 2 1 3 1 1 1 1 1 5 10 2 3 3 4 1 1
Detalhamento de Funcionarios
Figura 9: Detalhamento por Quantidade das Funções
Figura 8: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física
30
A Escola Municipal junto com SEMD (Secretaria Municipal de Educação)
oferece na medida do possível materiais físicos, equipamentos e utensílios
adequados e de qualidade de acordo com suas possibilidades.
A escola dispõe de materiais didáticos e pedagógicos, e sobre os recursos
audiovisuais (condições, quantidades, tipos, uso), pode-se falar que os recursos
existentes na Unidade Escolar, atendem perfeitamente a demanda da escola que
conta com 2 Datashow, 1 caixa de som amplificada, 1 microfone sem fio, 2
computadores desktop, 3 cais de som multimídias.
31
3.2 - HISTÓRICOS DA ESCOLA MUNICIPAL RECURSO
No dia 07 de abril de 1993, sob a LEI Nº. 007/1993. A Câmara Municipal de
Recursolândia – TO aprovou e o Prefeito Municipal Sancionou a seguinte lei “[...] Art.
1ª – Ficaram reconhecidas as Escolas Municipais de Barro Alto, Campina de Dentro
e Escola Municipal Recurso [...]” (Livros de Leis Municipais).
Localizado na Rua José Tavares s/nº, no Centro de Recursolândia. A Escola
Municipal Recurso, recebem alunos na modalidade de ensino: Ensino Fundamental
do 1º ao 9º ano e o EJA. Tendo como bases curriculares as leis que rege a
educação, Leis Federais números 9394/1996, 11.114/2005 e 11.274/2006. Oferece
o ensino fundamental de nove anos. A escola funciona nos períodos Diurno e
Noturno.
Quadro 1: Informações Institucionais da Escola Municipal Recurso
NOME: ESCOLA MUNICIPAL RECURSO
ENDEREÇO: RUA JOSÉ TAVARES Nº: S/N
BAIRRO: CENTRO CEP: 77733-000
TELEFONE(S): (63) 3438 – 1146
LOCALIZAÇÃO: ( X ) Área urbana ( ) Área rural
ESTADO: TOCANTINS MUNICIPIO: RECURSOLÂNDIA
A Escola Municipal Recurso iniciou seu funcionamento em 1996,
jurisdicionada ao Município de Itacajá, construída na administração do Prefeito
Lucas Rocha. Só que sua criação ocorreu em 05 de fevereiro de 1993, sob a Lei
008/1993.
A Escola Municipal Recurso, recebe alunos na modalidade de Ensino
Fundamental e EJA nos períodos Diurno e Noturno. Nos turnos Matutino e
Vespertino (período diurno), estão matriculados um total de 571 alunos, distribuído
em 27 turmas, sendo que são: três primeiro ano, três segundo ano, seis terceiro ano,
quatro quarto ano, dois quinto ano, três sexto ano, dois sétimo ano, um oitavo ano e
um nono ano. No período noturno, estão matriculados os alunos do EJA – Educação
para Jovens e Adultos, são duas turmas, um sexto ano com onze alunos e um oitavo
32
ano com dezenove alunos. Totalizando assim, só com alunos do EJA em trinta
alunos matriculados, e um total geral de 571 (quinhentos e setenta e um alunos)
matriculado na Unidade Escolar, conforme detalhado abaixo:
Quadro 2: Detalhamento de Turmas
QTD DE
TURMA
SÉRIE / ANO TURNO TURMA MASCULINOS FEMININOS
TOTAL DE
ALUNOS
3 1º ano
M “A” 12 11 23
M “B’ 08 12 20
V “C’ 13 08 21
3 2º ano
M “A” 10 12 22
M B 06 14 20
V “C” 10 14 24
6 3º ano
M “A” 14 09 23
M “B” 14 10 24
M “C” 05 16 21
V D 11 06 17
V E 09 09 18
V F 07 09 16
4 4º ano
M “A” 14 10 24
M “B” 17 06 23
V C 10 09 19
V ‘’D’’ 13 07 20
2 5º ano
M “A” 09 13 22
V “B” 10 12 22
3 6° ano
M A 08 14 22
V ”B” 14 10 24
V “C” 09 08 17
1 6° ano N EJA 04 07 11
2 7º ano
M “A” 12 08 20
V “B” 14 13 27
1 8º ano V ÚNICO 13 18 31
1 8º ano N EJA 09 10 19
1 9º ano V ÚNICO 15 06 21
27
Turmas
1º ao 9º ano 290 281 571
O corpo docente é formado por onze professores, sendo que são cinco com
formação em Pedagogia, uma com Pedagogia e Letras, duas Normalista, uma com
Magistério, uma cursando Pedagogia, e uma professora auxiliar com o nível médio.
A escola recebeu o nome de Escola Municipal Recurso, devido a Fazenda
Recurso, de propriedade do fundador da cidade, o senhor José Tavares da Silva. O
prédio está localizado na Praça José Tavares s/n - centro, em lugar de fácil acesso,
foi construída dentro dos padrões do Município e devido aos esforços conjuntos
entre funcionários e comunidade local. No ano de 1998, a escola foi contemplada
com mais uma educadora, a senhora Erodias Pereira de Miranda Sales.
33
A Escola foi construída apenas com duas salas de aula, e sua primeira
educadora foi a senhora Constância Tavares Sales, filha do Sr. José Tavares, que
muito lutou por esta escola. A professora atendia a sala com turmas multisseriadas,
a mesma observando que os alunos não estavam alcançando bons resultados
devido ao grande número de alunos, comunicou-se com o prefeito pedindo uma
auxiliar para que as turmas fossem divididas, ficando a professora Constância com
as 1ª/2º e 2ª/3º séries e o professor Genésio Pimentel Lima com 3ª/4º e 4ª/5º séries.
34
4.0 - O ESPORTE NA ESCOLA– CAMPO DE PESQUISA
A proposta desta pesquisa é abrir uma discussão e mostrar “A importância da
Quadra Poliesportiva Como Espaço de Construção de Saberes”, na escola-campo,
uma forma de atribuir ainda mais concretude as teorias estudadas.
Salienta-se que existem unidades escolares, que o local para a pratica da
aula de educação física, o espaço físico em si, não foi levado em conta para a
aprendizagem ou o desenvolvimento do aluno e muitas vezes as aulas acontecem
em locais sem nenhuma estrutura ou em locais de condições péssimas. Almeida
(2008, p.04) diz:
Toda escola é diferente em sua estrutura física, o qual, naturalmente,
não foi decisão dos professores: as medidas, os espaços e as
determinadas distribuições são fixos. O que é possível é adaptar os
espaços às necessidades educativas da escola.
Na escola Municipal Recurso, o professor de Educação Física ministra suas
aulas em local aberto dentro da instituição de ensino, ao lado de várias salas de
aulas, o que acaba atrapalhando as aulas dos outros educadores. Espaço como
este, pode acabar gerando no corpo discente e docente insegurança, agonia e
desconforto, sem falar que normalmente é local quente e completamente
desprotegidos do sol ou da chuva.
Figura 10: Espaço Utilizado como Quadra
35
Imperioso mencionar que o presente Trabalho de Conclusão de Curso teve
como objeto de estudo o “Esporte na Escola”, o campo de pesquisa foram as
escolas Municipal Recurso (urbana). Endereço: Praça José Tavares, S/Nº, Centro,
Recursolândia/TO. Telefone: (63) 3438 -1146; e Escola Estadual Recurso I (urbana).
Endereço: Avenida Tocantins, S/Nº, Centro, Recursolândia. Telefone: (63) 3438 –
1100.
Pesquisando o esporte nas escolas do município, foi possível perceber que
na Escola Estadual Recurso I, existe um ambiente bem mais agradável do que na
Escola Municipal Recurso. A Escola Estadual Recurso I, conta com um ambiente
físico bem mais amplo, arejado e agradável, distinto do que se percebe na escola
municipal. Na unidade estadual existe uma quadra coberta, profissional formado na
área de Educação Física, sala para guardar materiais esportivos e pedagógicos que
são usados nas aulas de Educação Física.
A Unidade Escolar Estadual, também conta com um espaço gramado bem
amplo, que serve como área de convivência e local para ser desenvolvido algum
trabalho extraclasse. Professores da escola citada desenvolvem projetos nesses
espaços, como o projeto de “RECICLAGEM”, que contribui com a convivência social
e ensina algo para que os alunos possam carregar para vida, além de deixar o
ambiente mais bonito esteticamente mais elevado.
Levando em consideração que na Escola Estadual Recurso I, as condições
são de razoáveis para bom, pois a mesma possui uma quadra coberta, espaço físico
bastante amplo, área de convivência e professor formado em Educação Física, esse
estudo focou mais na deficiência e problemas que a Escola Municipal Recurso
passa. Problemas tais como a falta de espaço físico, profissional formado em
Educação Física, falta de material esportivo e áreas de convivência, que se julga
necessário para que um educador que queira desempenhar um trabalho no mínimo
razoável.
Pode-se dizer que a escola municipal, referindo-se a espaço físico,
corresponde no máximo à metade do espaço da Escola Estadual. A clientela da
Figura 11: Espaço Utilizado como Quadra
36
escola municipal aumentou muito, para se ter uma ideia, são cinco salas comerciais
alugadas, para atender a demanda do município, ou seja, seu espaço físico não
atende mais a sua clientela.
Construída para atender uma demanda pequena de anos atrás, a escola não
acompanhou o crescimento de sua clientela, não passou por uma reforma em sua
estrutura física, e nem tem espaço para essa reforma, sem anuir com o pessimismo,
mas, não se vislumbra expectativa de melhoras, pois como já foi mencionado e
como se percebe, o espaço físico está comprometido, mal comporta a ampliação de
salas de aulas, sendo assim, impossível a construção de uma quadra poliesportiva
ou áreas de convivência.
Nesta etapa da pesquisa, o levantamento dos dados ocorreu por meio de um
questionário aplicado junto ao profissional responsável por ministrar a aula de
Educação Física no município. Onde no mesmo, foram relatados pelo profissional
vários problemas e desafios que o educador tem que superar, para poder ministrar
suas aulas. Esses problemas variam desde a falta de uma quadra poliesportiva na
unidade escolar, até a falta de professor com formação na área de educação física.
Sabe-se que o espaço físico contribui para uma aula mais simples e
compreensível, e aulas em ambientes como quadra, pátio e outros lugares
extraclasses quebram a rotina cansativa de aulas dentro das salas. Não que a as
aulas têm que ocorrer sempre em uma quadra, ou muito menos que as aulas de
Educação Física só podem acontecer nas quadras. O espaço físico no qual o
profissional necessita para trabalhar é algo maior e mais amplo do que isto. Como
diz Matos (2005, p. 15):
É um espaço facilitador para a busca do senso crítico e da autonomia
corporal, capaz de possibilitar ao educando formas de expressão da
sua cultura e de suas vivências sociais, afetivas e motoras, sejam
estes espaços, quadras esportivas, piscinas, salas, pátios etc.
As condições e ambiente de trabalho que a escola Recurso oferece para ser
desenvolvido o esporte na escola são precários, pois para não falar que não oferece
nada, pode se dizer que oferece o mínimo. E o profissional que ministra a aula de
educação física, apesar de fazer parte do quadro de servidores há mais de dezoito
anos, não tem formação superior em Educação física e só têm dois meses que vem
atuando na disciplina. E essa pouca experiência se somada com a falta de estrutura
37
(quadra, materiais esportivos, materiais didáticos e outros), contribui para deficiência
do esporte na escola Recurso. Como podem ser observadas abaixo, as aulas
acontecem ao relento, em condições totalmente inapropriadas.
Figura 12: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa
Figura 13: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa
38
Figura 14: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa
Figura 15: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa
39
Questionado sobre essa realidade o professor salientou que são as condições
que a escola lhe oferece, o mesmo tem consciência de que não são as ideais, mas é
a que ele tem para trabalhar e desenvolver suas atividades.
Falando em desenvolver atividades, foi questionado ao professor também se
existia algum planejamento, se fazia o registro das aulas e foi solicitado para que o
professor descrevesse um pouco da rotina do seu trabalho em sala de aula. Ele
afirmou que todas as aulas são planejadas, e que as aulas são alternadas, um dia é
aula prática com exercícios físicos e outro dia é aula teórica, falou também que sua
maior dificuldade é a falta de espaço físico.
Segundo o entrevistado, a aula ideal seria aquela aula ministrada de forma
em que as condições e ambiente de trabalho correspondessem todas as
expectativas, sejam elas dos professores ou dos alunos. Aulas interdisciplinares e
inclusivas em que todo corpo discente pudesse participar e se sentissem abraçados,
e que não faltasse recurso e material para o professor fazer o seu trabalho da
melhor maneira possível.
Sobre as crianças que demostram habilidade especial em algumas
modalidades esportivas, fica a desejar, pois não existe um lugar adequado para
trabalha-los. O mesmo vale para as crianças com deficiência, na Unidade Escolar
existem crianças com deficiências, que não são incluídas totalmente em todas as
atividades por falta de lugar apropriado, mas sempre que os alunos querem fazer
parte de quaisquer atividades, é dado um jeito para que os mesmos participem, o
maior receio por parte dos professores, é que esses lugares inadequados, causem
acidentes.
Questionado sobre os maiores desafios e dificuldades, o mesmo informou que
tanto ele como os demais professores de maneira geral enfrentam no seu dia a dia
de trabalho a indisciplina dos alunos, e isso causa uma grande dificuldade em
realizar um bom trabalho.
40
5.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que uma Unidade Escolar bem arquitetada é aquela que pode
proporcionar aos professores meios e condições pedagógicas que facilite e melhore
a qualidade do ensino. Trazendo assim, ainda mais respaldo, tanto para a atividade
docente, como para o sucesso do aluno. Pois, um local adequado compete
diretamente para que a aprendizagem aconteça, é importante dizer, que esta
pesquisa tem um olhar no problema em aspecto geral, mas, com ênfase na Escola
Municipal Recurso.
Ficou latente que o esporte forma valores que serão carregados para o resto
da vida, então, locais de convivência, socialização, pratica de esporte ou qualquer
outra atividade, devem ser construídos e preservados, pois eles emanam o saber e
devem ser valorizados. Valorizados, mas não somente no aspecto esportivo ou
educacional, como também no quesito social, por ser local agradável, de
aglomeração de pessoas e por ser muito importante para desenvolvimento do ser
humano.
Pois ficou claro no decurso do presente trabalho monográfico que desde a
época pré-histórica, as atividades físicas já faziam parte do cotidiano e que de
maneira instintiva, a mesma já é exigida nos primeiros passos da vida. Mas para
despertar o prazer por atividades físicas, esporte e exercícios físicos, necessita-se
de lugares que atraiam, sejam receptivos e tecnicamente apropriados.
O estudo possibilitou entender ainda que o esporte ajuda a lidar com perdas,
superar obstáculos e que características como ética, empenho, disciplina, trabalho
em equipe, solidariedade, etc. São valores que podem ser adquiridos através do
mesmo, ou seja, o esporte forma valores, valores estes que parecem que estão se
perdendo na contemporaneidade, mas que podem ser construídos, resgatados ou
apresentados na vida das pessoas.
Destarte, ficou cristalino o fato que as quadras poliesportivas são um aliado
na construção de saberes e de valores, e se levado para o espaço escolar auxiliam
os professores em suas matérias, possibilitando que o corpo discente consiga
entender a sua importância na vida e no dia-a-dia. Também abrem um leque de
possibilidades, para que o corpo docente deixe suas aulas mais atrativas, e a
aprendizagem seja de maneira espontânea para o aluno.
41
Foi possível identificar após pesquisa de campo, que na Escola Municipal
Recurso, não existe quadra poliesportiva ou qualquer outro espaço de convivência
adequado, que sirva para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Sabe-se
que, tais lugares, são importantes no processo da inserção do saber, e socialmente
falando, estreita as relações humanas. No entanto, os professores são
amadurecidos o suficiente para entender que não se pode parar frente a esse
obstáculo, e trabalham de maneira a contornar esse problema da melhor forma
possível.
Como foi evidenciado através de fotos, a Unidade Escolar não possui uma
quadra poliesportiva para práticas de aulas de educação física, as aulas são
improvisadas em um espaço aberto, com restrições claras da diretoria. No entanto, o
professor de Educação Física não deixa de ministrar o seu conteúdo, mesmo tendo
seu trabalho comprometido, mas esses problemas acabam não deixando o
profissional identificar o potencial esportivo de cada aluno.
Com isso, o objetivo deste trabalho foi alcançado no entendimento de
cooperar com a sociedade e com o ensino, ajudando os professores, alunos e
sociedade, fazendo com que eles pensem, questionem e reflitam a respeito da
aprendizagem, dos valores morais e sociais, do esporte e principalmente levantar
uma questão sobre a importância de se ter um espaço físico adequado, para a
construção do saber.
42
6.0 – REFERÊNCIAS
1) Fonte em meio digital:
ALMEIDA, H. (26 de 11 de 2008). Espaço Escolar. Acesso em 15 de 06 de 2018,
disponível em Webartigos: http://www.webartigos.com/articles/11855/1/Espaco-
Escolar/pagina1.html
1) Fonte em meio digital:
BAGNARA, I. C. (15 de 06 de 2010). O Processo Histórico, Social e Político da
Evolução da Educação Física. Acesso em 08 de 04 de 2018, disponível em
Efdeportes: http://www.efdeportes.com/efd145/o-processo-historico-da-educacao-
fisica.htm
2) Fonte em meio digital:
BAGNARA, I. C., & et al. (2010). O processo histórico, social e político da evolução
da Educação Física. Acesso em 14 de 02 de 2018, disponível em efdeportes:
http://www.efdeportes.com/efd145/o-processo-historico-da-educacao-fisica.htm
3) Fonte em meio digital:
CIDADANIA, G. (16 de 11 de 2013). Construção de valores através do esporte para
crianças e adolescentes. Acesso em 12 de 05 de 2018, disponível em Redeglobo:
http://redeglobo.globo.com/globocidadania/noticia/2013/11/construcao-de-valores-
atraves-do-esporte-para-criancas-e-adolescentes.html
4) Livro no todo com um autor:
Kishimoto, T. M. (2003). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São Paulo:
Cortez.
5) Livro no todo com um autor:
LIBÂNO, J. (1992). Metodologia do Ensino Da Educação Física. São Paulo: Cortez.
6) Livro no todo com um autor:
MATOS, M. (2005). A Organização Especial Escolar e as Aulas de Educação Física.
Rio De Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
7) Fonte em meio digital:
Mazzuco, C. (25 de 02 de 2015). A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA EM NOSSA
VIDA. Acesso em 20 de 05 de 2018, disponível em Conexaofilosofia:
43
http://conexaofilosofia.livreforum.com/t11-a-influencia-da-tecnologia-em-nossa-vida
8) Legislação:
MEC/SEI, 1. (1998). Referêncial Curricular Para a Educação Infantil. Vol. 1. In: 1.
MEC/SEI, Referêncial Curricular Para a Educação Infantil. Vol. 1. Brasília: Brasil.
9) Fonte em meio digital:
MORAES, L. C. (s.d.). História da Educação Física. Acesso em 08 de 04 de 2018,
disponível em Birafitness:
http://www.birafitness.com/historia_da_educacao_fisica.htm
10) Fonte em meio digital:
MORAIS, P. L. (s.d.). História da Educação Física. Acesso em 14 de 02 de 2018,
disponível em birafitness:
http://www.birafitness.com/historia_da_educacao_fisica.htm
11) Livro no todo com um autor:
OLIVEIRA, V. M. (1983). O que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense.
12) Livro no todo com um autor:
RAMOS, J. (1982). Os Exercícios Físicos na História e na Arte. São Paulo: Ibrasa.
13) Livro com responsabilidade intelectual diferente de autor (organizador,
coordenador):
RECURSO, E. M. (2016 - 2018). PPP - Projeto Político Pedagógico. In: E. M.
Recurso, PPP - Projeto Político Pedagógico (pp. 1 - 78). Recursolândia/TO: Escola
Municipal Recurso.
14)Livro no todo com um autor:
Reppold, A. R. (2009). Olimpismo e Educação Olimpica no Brasil. Porto Alegre:
Série Estudos Olímpicos.
15) Fonte em meio digital:
ROCHA Soares, E. (17 de 06 de 2012). Educação Física no Brasil: da origem até os
dias atuais. Acesso em 20 de 06 de 2018, disponível em Efdeportes:
http://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-no-brasil-da-origem.htm
16)Livro no todo com um autor:
44
SANMARTÍN, M. (1995). Valores Sociales y Deporte: La Actividad Física y el
Deporte como Transmisores de valores Sociales y Personales. Madrid: Ed. Gymnos.
17) Capítulo de livro:
SOARES, C. L. (1996). Conhecimento e Especificidade. Rev. Paul. Educ. Fís, 6-12.
18)Fonte em meio digital:
SOARES, E. R. (17 de 06 de 2012). Educação Física no Brasil: da origem até os
dias atuais. Acesso em 20 de 06 de 2018, disponível em Efdeportes:
http://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-no-brasil-da-origem.htm
19)Fonte em meio digital:
SOUZA, P. R. (20 de 12 de 1996). LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Acesso em 01 de 06 de
2018, disponível em Planalto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9394.htm
20) Fonte em meio digital:
UOL. (27 de 12 de 2016). Exemplos de superação no esporte. Acesso em 27 de 03
de 2018, disponível em esporte.uol.com.br:
https://esporte.uol.com.br/listas/exemplos-de-superacao-no-esporte-em-2016.htm
21)Capítulo de livro:
VIEIRA, J. (1993). Avaliação do Desenvolvimento Moral de Adolescentes em
Relação a Dilemas Morais da Vida Diária e da Prática Esportiva. Revista de
Educação Física / UEM,, 34-39.
45
ANEXOS
46
APÊNDICES
Italo 07 07_2018_finalizado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apostia libras basico
Apostia libras basicoApostia libras basico
Apostia libras basicomjlibras
 
A Construção do Conceito de Número
A Construção do Conceito de NúmeroA Construção do Conceito de Número
A Construção do Conceito de Númeroasustecnologia
 
CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014
CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014
CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014Sandra Pcnp
 
Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012
Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012
Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012emebgr
 
Orientacoes primeiros dias_2014 (1)
Orientacoes primeiros dias_2014 (1)Orientacoes primeiros dias_2014 (1)
Orientacoes primeiros dias_2014 (1)Sandra Pcnp
 
Educs cd artigos e resumos 06/12/2011
Educs cd artigos e resumos 06/12/2011Educs cd artigos e resumos 06/12/2011
Educs cd artigos e resumos 06/12/2011Eeducs
 
A Hora Vez Da Familia
A Hora Vez Da FamiliaA Hora Vez Da Familia
A Hora Vez Da Familiaguest5fedaea
 

Mais procurados (8)

Apostia libras basico
Apostia libras basicoApostia libras basico
Apostia libras basico
 
A Construção do Conceito de Número
A Construção do Conceito de NúmeroA Construção do Conceito de Número
A Construção do Conceito de Número
 
CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014
CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014
CGEB Orientações para o Planejamento Escolar 2014
 
Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012
Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012
Projeto Político Pedagógico da EMEB Graciliano Ramos 2012
 
Monografia Márcio Pedagogia 2010
Monografia Márcio Pedagogia 2010Monografia Márcio Pedagogia 2010
Monografia Márcio Pedagogia 2010
 
Orientacoes primeiros dias_2014 (1)
Orientacoes primeiros dias_2014 (1)Orientacoes primeiros dias_2014 (1)
Orientacoes primeiros dias_2014 (1)
 
Educs cd artigos e resumos 06/12/2011
Educs cd artigos e resumos 06/12/2011Educs cd artigos e resumos 06/12/2011
Educs cd artigos e resumos 06/12/2011
 
A Hora Vez Da Familia
A Hora Vez Da FamiliaA Hora Vez Da Familia
A Hora Vez Da Familia
 

Semelhante a Italo 07 07_2018_finalizado

Relatório final completo
Relatório final completoRelatório final completo
Relatório final completobgsantana
 
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxAiltonEmbaixador
 
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxCristiana Reis
 
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxrenatacolbeich1
 
TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...
TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...
TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...Carla Rego Pires
 
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográficaEnsino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográficaGustavo Araújo
 
Projeto Político Pedagógico 2013
Projeto Político Pedagógico 2013Projeto Político Pedagógico 2013
Projeto Político Pedagógico 2013Lucio Lira
 
Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...
Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...
Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...Najara Nascimento
 
Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...
Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...
Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...cnovendasnovas
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaIsabel Ferreira
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaIsabel Ferreira
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaIsabel Ferreira
 
Manual de apoio à pratica - Educação Especial
Manual de apoio à pratica - Educação EspecialManual de apoio à pratica - Educação Especial
Manual de apoio à pratica - Educação EspecialIsabel Ferreira
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaIsabel Ferreira
 
Tcc posgraduação
Tcc posgraduaçãoTcc posgraduação
Tcc posgraduaçãoGladis Maia
 

Semelhante a Italo 07 07_2018_finalizado (20)

Relatório final completo
Relatório final completoRelatório final completo
Relatório final completo
 
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
 
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
 
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptxep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
ep-panorama-do-mdulo-papel-social-da-escola-no-sculo-xxi_-vf_17-07-2020.pptx
 
TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...
TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...
TESE DE MESTRADO - A Integração das minorias étnicas no agrupamento de escola...
 
Projeto educativo idf - 2012 2013
Projeto educativo   idf - 2012 2013Projeto educativo   idf - 2012 2013
Projeto educativo idf - 2012 2013
 
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográficaEnsino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
 
Pcn
PcnPcn
Pcn
 
Projeto Político Pedagógico 2013
Projeto Político Pedagógico 2013Projeto Político Pedagógico 2013
Projeto Político Pedagógico 2013
 
Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...
Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...
Caderno 6 – conselho escolar como espaço de formação humana círculo de cultur...
 
Caderno 6
Caderno 6Caderno 6
Caderno 6
 
Monografia Edilene pedagogia 2010
Monografia Edilene pedagogia 2010Monografia Edilene pedagogia 2010
Monografia Edilene pedagogia 2010
 
Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...
Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...
Processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências - A Visão...
 
Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...
Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...
Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à pratica
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à pratica
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à pratica
 
Manual de apoio à pratica - Educação Especial
Manual de apoio à pratica - Educação EspecialManual de apoio à pratica - Educação Especial
Manual de apoio à pratica - Educação Especial
 
Manual de apoio à pratica
Manual de apoio à praticaManual de apoio à pratica
Manual de apoio à pratica
 
Tcc posgraduação
Tcc posgraduaçãoTcc posgraduação
Tcc posgraduação
 

Último

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 

Italo 07 07_2018_finalizado

  • 1. INSTITUTO SUPERIO DE EDUCAÇÃO SÃO JUDAS TADEU CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ITALO MAX PEREIRA DE ARAÚJO FEITOSA A IMPORTÂNCIA DA QUADRA POLIESPORTIVACOMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE SABERES RECURSOLÂNDIA - TO 2017
  • 2. ITALO MAX PEREIRA DE ARAÚJO FEITOSA A IMPORTÂNCIA DA QUADRA POLIESPORTIVACOMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE SABERES Monografia apresentada como requisito final para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação São Judas Tadeu, sob orientação do Prof. Esp. Marcos André Silva Oliveira. RECURSOLÂNDIA - TO 2017
  • 3. ITALO MAX PEREIRA DE ARAÚJO FEITOSA A IMPORTÂNCIA DA QUADRA POLIESPORTIVACOMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE SABERES Monografia apresentada como requisito final para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação São Judas Tadeu, sob orientação do Prof. Esp. Marcos André Silva Oliveira. Aprovado em: _______/______/______. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Prof. Marcos André Silva Oliveira (Orientador) Instituto Superior de Educação São Judas Tadeu ____________________________________________ Prof. ____________________________________________ Prof. RECURSOLÂNDIA - TO 2017
  • 4. Dedico este trabalho aos meus irmãos, que tiveram participação efetiva na minha formação, a meu pai, pelo apoio nos momentos em que precisei e em especial a minha esposa Edineia Francisca Pereira e meus filhos. Todos os meus esforços são para poder proporcionar uma vida melhor a eles.
  • 5. RESUMO Este trabalho tem por objetivo mostrar A Importância da Quadra Poliesportiva na Construção do Saber, trazer uma trajetória histórica sobre o caminho da educação física, para que se tenha um entendimento do quanto a mesma evoluiu, desde a época pré-histórica até os dias atuais. Mostrar que não somente a Educação Física, mas o esporte de maneira geral, é muito importante para o ser humano, pois é um aliado na educação na formação de valores. A monografia em tela busca ainda Investigar e relatar sobre a importância de se ter espaços de convivência, que nos dias atuais já é uma tendência nos grandes centros e empresas, tendência essa que deveria ser copiada nos mais variados segmentos, pois o ser humano, é um ser social, e precisa se respeitar em suas singularidades. E essas áreas de convivência normalmente recebem público de todas as raças, cor e etnia, e o contato das pessoas com essa pluralidade de povos, contribui no processo de formação do cidadão. Revela-se com a pesquisa-campo, os problemas que a Escola Municipal Recurso vem sofrendo, seja pela falta de espaço de convivência, quadra poliesportiva ou até mesmo a falta de profissional graduado em Educação Física. Palavras-chaves: Saber. Valores. Convivência. Educação Física.
  • 6. ABSTRACT This paper aims to show The Importance of the Poliesportive Court in the Construction of Knowledge, to bring a historical trajectory in the path of physical education, so that one has an understanding of how much has evolved, from prehistoric times to the present day. Show that not only Physical Education, but sport in general, is very important for the human being as it is an ally in education in the formation of values. The screen monograph also seeks to investigate and report the importance of having living spaces, which today is already a trend in large centers and companies, a trend that must be copied in the most varied segments, since the human being is a social being, and must be respected in its singularities. And these areas of coexistence usually receive public of all races, color and ethnicity, and the contact of people with this plurality of peoples, contributes in the process of citizen training. It is revealed with the field research, the problems that the Municipal Department of Education has been suffering, either by the lack of space of coexistence, poliesportivo court or even by the lack of professionals trained in Physical Education. Key-words: To Know. Values. Coexistence. Physical Education.
  • 7. LISTA DE ABREVIATURAS PPP – Projeto Politico Pedagógico 2016 - 2018
  • 8. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Espaço de Convivência....................................................................................... 23 Figura 2: Espaço de Convivência....................................................................................... 23 Figura 3: Espaço de Convivência....................................................................................... 24 Figura 4: Espaço de Convivência....................................................................................... 24 Figura 5: Repartições do Espaço Escolar......................................................................... 27 Figura 6: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física.......................... 28 Figura 7: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física.......................... 28 Figura 8: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física.......................... 29 Figura 9: Detalhamento por Quantidade das Funções ................................................... 29 Figura 10: Espaço Utilizado como Quadra ....................................................................... 34 Figura 11: Espaço Utilizado como Quadra ....................................................................... 35 Figura 12: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 37 Figura 13: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 37 Figura 14: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 38 Figura 15: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa .......................................... 38 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Informações Institucionais da Escola Municipal Recurso ........................... 31 Quadro 2: Detalhamento de Turmas ................................................................................. 32
  • 9. SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................. 10 2 - EDUCAÇÃO FÍSICA: CAMINHOS HISTÓRICOS ..................................................... 12 2.1 - O ESPORTE FORMANDO VALORES................................................................. 17 2.2 - A QUADRA COMO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA ............................................. 22 3.0 - A EXPERIÊNCIA DA ESCOLA MUNICIPAL RECURSO...................................... 27 3.1 - A CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA.................................................................... 27 3.2 - HISTÓRICOS DA ESCOLA MUNICIPAL RECURSO........................................ 31 4.0 - O ESPORTE NA ESCOLA – CAMPO DE PESQUISA.......................................... 34 5.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 40 6.0 – REFERÊNCIAS........................................................................................................... 42 ANEXOS................................................................................................................................. 45 APÊNDICES .......................................................................................................................... 46
  • 10. 10 1 - INTRODUÇÃO Esta pesquisa pretende mostrar o quanto é importante à quadra poliesportiva na construção de saberes, e fazer com que se entenda, que espaços físicos como quadras, pátios, campo de futebol; são essenciais para a vida dos seres humanos, pois esses espaços podem auxiliar na educação, nos valores sociais e morais. Sabe-se que por meio da brincadeira é possível construir o saber. A aprendizagem, especialmente nas crianças, pois, no momento que ela está correndo, pulando ou concentrado em uma regra de um jogo, ouvindo os comandos do seu orientador, instintivamente ela está aprendendo não apenas saberes, mas, valores e benefícios físicos estão sendo inseridos na sua vida, mesmo que de maneira inconsciente. O trabalho busca possibilitar conhecer um pouco a realidade da Escola Municipal Recurso a partir da análise de dados coletados. Assim, pode-se se dizer, que a Escola Municipal Recurso, passa por grandes dificuldades, a mesma carece de espaço físico para que os profissionais de educação física, implementem esses saberes através de atividades extraclasse ou até mesmo do esporte. Este trabalho não aborda só A Importância da Quadra Poliesportiva Como Espaço de Construção De Saberes, ou a importância de se ter um ambiente físico apropriado para tal, a discursão vai muito além disso. Envolve todos os aspectos de maneira geral, desde os conceitos históricos, esporte formando valores, quadra como espaço de convivência, ou seja, envolve a sociedade como um todo, pois os benefícios não se restringem apenas a uma pessoa. Em uma breve viagem pelo tempo, até o período pré-histórico, será abordado que a Educação Física sempre esteve e estará na vida do homem, seja de maneira natural ou em sua prática, pois faz parte da evolução humana. Ressaltando que é possível formar valores através do esporte, pois muitos pensam que a formação de valores, é algo que vem apenas de casa, mas não é bem assim, o esporte pode e deve ser usado como um aliado importante nessa formação. Este trabalho foi feito com base em pesquisa sites especializados, livros e dados coletado através de pesquisa feita na Escola Municipal Recurso, usando os seguintes métodos: visita a escola, observação nas aulas de educação física,
  • 11. 11 estudos bibliográficos em autores como Almeida (2018), Bagnara (2010), Cidadania (2013), Kishimoto (2003), Libâno (1992), Matos (2005), Mazzuco (2015), além de entrevista com professores através de questionário. Realizou-se também estudo em documentos da escola, no qual foi observado que já há uma preocupação sobre a temática, e que a Diretora, Secretaria Municipal de Educação e Gestora Municipal, já vêm trabalhando para que seja ampliada a Escola Municipal Recurso, e nessa ampliação, seja construída uma quadra para esporte.
  • 12. 12 2 - EDUCAÇÃO FÍSICA: CAMINHOS HISTÓRICOS Para falar da importância da quadra poliesportiva como espaço de construção de saberes, deve-se fazer um breve resgate sobre a história da educação física, pois é quase impossível falar desse assunto, sem mencionar os seus caminhos históricos, seus progressos até chegar ao assunto que será tratado. Fazer uma viagem no passado se faz necessário, quando se trata de entender o quão grande e importante é este assunto. Em meados do século XVIII, na Europa, surgiram os exercícios nas escolas, e de forma cultural, só a partir do século XIX. E trouxe consigo as danças, ginástica, jogos, etc. Segundo Pimenta & Libâneo (1992): A preocupação com a inclusão dos exercícios nos currículos escolares remonta ao século XVIII com Guths Muths (1712 – 1838), J,B Basedou (1723 – 1790) J. J Rousseau (1712 – 1778) , Pestalozzi (1746- 18279) . Contribui para essa inclusão o surgimento na Alemanha das escolas de ginástica (TURNVEREINE) já no século XIX. No período pré-histórico, de maneira instintiva e inconsciente o homem já praticava atividades físicas, lógico que essa prática era de maneira natural, apenas com intuito de sobreviver. Para manter o sustento de suas tribos e de suas famílias, esses povos caçavam e pescavam animais de grande porte, o que exigia deles um bom preparo físico, através dessas necessidades básicas, que também pode ser classificado como, extinto de sobrevivência, que o homem começou a executar os seus movimentos mais básicos e naturais desde sua existência, movimentos como: lutar, correr, saltar, arremessar, subir em árvore, empurrar, puxar e etc. De acordo com Oliveira (1983, p. 14): Em qualquer desses momentos, foi necessário o aprimoramento das habilidades físicas para a otimização de gestos e a construção de ferramentas que possibilitassem maior sucesso nas práticas de sobrevivência. A partir do instante em que o homem se sedentariza, podemos registrar o início da luta pela posse de terras.
  • 13. 13 Esse movimento cotidiano que era executado durante as caçadas, pescarias ou até mesmo para se protegerem dos predadores ou caminhada à procura de lugares mais propícios a essas atividades, contribuía para sua resistência física, os deixava mais fortes, resistentes e saudáveis. Pode-se dizer que a educação física ou a atividade física, sempre esteve, e sempre estará ligada a história e evolução do homem, e seu passado e presente estão relacionados às atividades básicas humanas ou a seu extinto de sobrevivência. Freire (2001, p. 19) comenta "... a Educação Física não é ela está sendo construída a cada instante, e ainda bem". E como foi exposto acima, os homens primitivos, sempre praticaram atividades físicas, locomovendo-se de um lado para outro a procura de comida, trepando em árvore e escalando montanhas, saltando e arremessando objetos, a educação física propriamente dita, os primeiros registros demoraram aparecer. Em meados dos anos 3000 a.C. na China, tem se registro do surgimento da educação física. Em cada civilização, povos ou país a educação física apresentava traços diferentes de interesse em sua utilização, conforme pode ser observar de maneira resumida nas palavras de Morais (2015, p. 1):  CHINA - Como Educação Física as origens mais remotas da história falam de 3000 A. C. na China. Certo imperador guerreiro, Hoang Ti, pensando no progresso do seu povo pregava os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas além do caráter guerreiro.  ÍNDIA - No começo do primeiro milênio, os exercícios físicos eram tidos como uma doutrina por causa das "leis de Manu", uma espécie de código civil, político, social e religioso.  JAPÃO - A civilização japonesa também tem sua história ligada ao mar devido à posição geográfica, além das práticas guerreiras feudais.  EGITO - Dentre os costumes egípcios estavam os exercícios Gímnicos revelados nas pinturas das paredes das tumbas. A ginástica egípcia já valorizava o que se conhece hoje como qualidades física tais como: equilíbrio, força, flexibilidade e resistência.  GRÉCIA- Sem dúvida nenhuma a civilização que marcou e desenvolveu a Educação Física foi a grega através da sua cultura. Nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates contribuíram e muito para a Educação Física e a Pedagogia atribuindo conceitos até hoje aceitos na ligação corpo e alma através das atividades corporais e da música.  ROMA - A derrota militar da Grécia para Roma, não impediu a invasão cultural grega nos romanos que combatiam a nudez da ginástica. Sendo assim, a atividade física era destinada às práticas militares.
  • 14. 14  IDADE MÉDIA - A queda do império romano também foi muito negativa para a Educação Física, principalmente com a ascensão do cristianismo que perdurou por toda a Idade Média. O culto ao corpo era um verdadeiro pecado sendo também chamado por alguns autores, de "Idade das Trevas".  A RENASCENÇA - Como o homem sempre teve interesse no seu próprio corpo, o período da Renascença fez explodir novamente a cultura física, as artes, a música, a ciência e a literatura. A beleza do corpo, antes pecaminosa, é novamente explorada surgindo grandes artistas como Leonardo da Vinci (1452-1519), responsável pela criação utilizada até hoje das regras proporcionais do corpo humano.  ILUMINISMO - O movimento contra o abuso do poder no campo social chamado de iluminismo surgido na Inglaterra no século XVII deu origem a novas ideias. Como destaque dessa época os alfarrábios apontam: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e Johann Pestalozzi (1746-1827).  IDADE CONTEMPORÂNEA - A influência na nossa ginástica localizada começa a se desenvolver na Idade Contemporânea e quatro grandes escolas foram as responsáveis por isso: a alemã, a nórdica, a francesa, e a inglesa. A alemã, influenciada por Rousseau e Pestalozzi, teve como destaque Johann Cristophe Frederick Guts Muths (1759-1839) considerado pai da ginástica pedagógica moderna.  A CALISTENIA - É por assim dizer, o verdadeiro marco do desenvolvimento da ginástica moderna com fundamentos específicos e abrangentes destinada à população mais necessitada: os obesos, as crianças, os sedentários, os idosos e também às mulheres. Calistenia, segundo Marinho (1980) citado por Marcelo Costa, vem do grego Kallos (belo), Sthenos (força) e mais o sufixo "ia". Com origem na ginástica sueca apresenta uma divisão de oito grupos de exercícios localizados associando música ao ritmo dos exercícios que são feitos à mão livre usando pequenos acessórios para fins corretivos, fisiológicos e pedagógicos. No Brasil, os registros mais antigos sobre a Educação Física, foi no Brasil colônia, de 1500 a 1822. Onde através de relato em cartas, Pedro Vaz de Caminha descrevia indígenas dançando, saltando, girando e se alegrando ao som de uma gaita tocada por português (Ramos 1982). Ainda segundo Ramos (1982), esta foi certamente a primeira aula de ginástica e recreação relatada no brasil. Conforme abordado por (Rocha Soares, 2012, p. 1): Brasil império, de 1822 a 1889 O início do desenvolvimento cultural da Educação Física no Brasil, apesar de não ter ocorrido de forma contundente, ocorreu no período do Brasil império. Pois foi nessa época que surgiram os primeiros tratados sobre a Educação Física. Em 1823, Joaquim Antônio Serpa, elaborou o “Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos”. Esse tratado postulava que a educação englobava a saúde do corpo e a cultura do espírito, e considerava que os exercícios físicos deveriam
  • 15. 15 ser divididos em duas categorias: 1) os que exercitavam o corpo; e 2) os que exercitavam a memória (Gutierrez, 1972). Além disso, esse tratado entendia a educação moral como coadjuvante da Educação Física e vice-versa (Gutierrez, 1972). O Início da Educação Física escolar no Brasil, inicialmente denominada Ginástica, ocorreu oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851 (Ramos, 1982). No entanto, foi somente em 1882, que Rui Barbosa ao lançar o parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior”, denota importância à Ginástica na formação do brasileiro (Ramos, 1982). Nesse parecer, Rui Barbosa relata a situação da Educação Física em países mais adiantados politicamente e defende a Ginástica como elemento indispensável para formação integral da juventude (Ramos, 1982). Em resumo, o projeto relatado por Rui Barbosa, buscava instituir uma sessão essencial de Ginástica em todas as escolas de ensino normal; estender a obrigatoriedade da Ginástica para ambos os gêneros (masculino e feminino), uma vez que as meninas não tinham obrigatoriedade em fazê-la; inserir a Ginástica nos programas escolares como matéria de estudo e em horas distintas ao recreio e depois da aula; além de buscar a equiparação em categoria e autoridade dos professores de Ginástica em relação aos professores de outras disciplinas (Darido e Rangel, 2005). No entanto, a implementação da Ginástica nas escolas, inicialmente ocorreu apenas em parte do Rio de Janeiro, capital da República, e nas escolas militares (Darido e Rangel, 2005). Nos anos de 1890 a 1946, época do Brasil republica, pode se dividir em duas fases: Período que foi até a época da Revolução 1890 – 1930 e Período pós Revolução 1930 – 1946. No primeiro período, para ser mais preciso, no Brasil República, em meados de 1920, os estados começaram com suas reformas educacionais e a ginástica foi inserida nas escolas. Além do mais, várias escolas de Educação Física foram criadas, mas não para atender as necessidades das pessoas em contexto geral, essas escolas de educação física visavam à formação do militarismo. Já no período pós-revolução, segundo período, uma vez que o Ministério da Educação e Saúde foi criado, a Educação Física ganhou uma ênfase maior e associou-se junto aos objetivos governamentais, sendo incorporada junto a constituição brasileira, que tornou obrigatório o seu ensino. Após a segunda Guerra Mundial, no período de 1846 a 1980, para ser mais especifico, na data de 1964, onde se originou a Ditadura brasileira, as escolas sustentavam o modelo gímnico, que é um tipo de ginastica que engloba todas as outras e calistênico, que nada mais era que os exercícios que usavam o peso do próprio corpo.
  • 16. 16 Com as reformas educacionais, o envolvimento do governo e a intervenção do Executivo brasileiro por parte dos militares, o sistema educacional ampliou de forma em que o governo resolveu usar as escolas como programa do regime militar. O governo no intuito de desviar a atenção sobre as críticas internas que recebia, decidiu então investir no esporte e passar uma falsa ideia de desenvolvimento esportivo. Outras medidas que impactaram nessa época, foi o Decreto 705 de 1969, que tratava da obrigatoriedade da Educação Física no ensino do terceiro grau. Segundo Castellani Filho (1998), o decreto lei 705/69 (Brasil., 1969), tinha como propósito político favorecer o regime militar, desmantelando as mobilizações e o movimento estudantil que era contrário ao regime militar, uma vez que as universidades representavam um dos principais polos de resistência a esse regime. Artimanha usada para distorção do que de fato estava acontecendo, e mascarar a realidade política daquela época. Em um contexto histórico, a partir de 1980, a Educação Física deu importância a ginastica em maneira geral (gímnicos), que eram instruções ou procedimentos, não se aprendia a cultura corporal. (Rocha Soares, 2012, p. 1) comenta: Durante a década de 1980, a resistência à concepção biológica da Educação Física, foi criticada em relação ao predomínio dos conteúdos esportivos (Darido e Rangel, 2005). Atualmente, coexistem na Educação física, diversas concepções, modelos, tendências ou abordagens, que tentam romper com o modelo mecanicista, esportivista e tradicional que outrora foi embutido aos esportes. Entre essas diferentes concepções pedagógicas pode-se citar: a psicomotricidade desenvolvimentista; saúde renovada; críticas; e mais recentemente os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil., 1997). A concepção pedagógica psicomotricidade, foi divulgada inicialmente em programas de escolas “especiais”, voltada para o atendimento de alunos com deficiência motora e intelectual (Darido e Rangel, 2005). É o primeiro movimento mais articulado que surgiu a partir da década de 1970, em oposição aos modelos pedagógicos anteriores. A concepção psicomotricidade tem como objetivo o desenvolvimento psicomotor, extrapolando os limites biológicos e de rendimento corporal, incluindo e valorizando o conhecimento de ordem psicológica. Para isso a criança deve ser constantemente estimulada a desenvolver sua lateralidade, consciência corporal e a coordenação motora (Darido e Rangel, 2005). No entanto, sua abordagem pedagógica tende a valorizar o fazer pelo fazer, não evidenciando o porquê de se fazer e como o fazer.
  • 17. 17 Trazendo a Educação Física para dentro das instituições escolares, fica a cargo dos professores criarem metodologias a fim de observar o comportamento do aluno, e acompanhar o seu desenvolvimento motor, levantar e identificar informações relevantes que o corpo fornece e direcionar o aluno, quando possíveis erros forem constatados. 2.1 - O ESPORTE FORMANDO VALORES Abordar uma temática tão pertinente exige antes de tudo um campo conceitual, nesse sentido menciona-se que é considerado esporte, qualquer atividade física que demande exercício físico e destreza, com fins de recreação, manutenção do condicionamento corporal e da saúde ou competição; desporte desporto. Quando se fala em esporte, na maioria das vezes, o que vem na mente são competições, das mais variadas categorias, e não se pode pensar que é um pensamento completamente equivocado, mais os esportes vão muito além, pode-se incrementar esse pensamento, mencionando que o mesmo ajuda na convivência com outras pessoas, na educação e melhora a saúde do ser humano, e suas regras contribui para inserção de valores como disciplina e respeito ao próximo que são essenciais para a vida. Diante do mencionado conceito, traz-se a lume as terminologias pertinentes a valores. Na visão de Bechara, na obra de Reppold Filho et al (2009, p. 130): [...] educar para a vida, utilizando a prática esportiva como agente de promoção de saúde, socialização e cidadania, transmitindo sólidos valores morais de cooperação e solidariedade, ao mesmo tempo em que oportuniza o crescimento e o desenvolvimento do esporte, e consequentemente, de atletas. Em uma abordagem mais conceitual, conforme matéria veiculada no dia 30 de dezembro de 2013, pelo site Significado, valores são: O conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento, talento, reputação, coragem e valentia. Assim, podemos afirmar que
  • 18. 18 os valores humanos são valores morais que afetam a conduta das pessoas. Esses valores morais podem também ser considerados valores sociais e éticos, e constituem um conjunto de regras estabelecidas para uma convivência saudável dentro de uma sociedade. Quando se fala em esporte, como formação de valores, deve-se pensar em um aliado necessário para o ser humano. Através dele adquire-se valores éticos e morais e características como cooperação, solidariedade, disciplina, espirito de equipe e outros, que são essenciais para o convívio social e formação de uma pessoa. Acreditar que a formação de valores é algo que vem de berço, ou de responsabilidade exclusivamente dos pais, pode ser um grande equívoco, nem sempre é assim. O esporte, vem como uma boa alternativa, para complementar na formação de valores, e que cada dia mais vem ganhando espaço na vida das pessoas, não espere que ao dividir crianças em equipes, e entregar uma bola, os benefícios físicos e sociais do esporte aconteçam, não é magica, o que o esporte pode oferecer, vai além dessas classificações, pois o mesmo pode formar valores, como ética, empenho, disciplina, lidar com perdas e metas, trabalho em equipe e auxiliar na formação de caráter de uma criança ou adolescentes. Segundo matéria veiculada no dia 27 de dezembro de 2016, pelo site Esporte Uol: Pessoas que estão passando por algum tipo de problema, buscam através do esporte se superar e dar a volta por cima foi o caso da judoca Rafaela Silva, que após ser eliminada nas Olimpíadas de Londres, e sofrer racismo e duras críticas, se superou nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, e conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil, e foi consagrada como a melhor judoca do mundo, pois além do titulo olímpico, havia sido campeã mundial. Também tem a história do Wagner Domingos, que também na olímpias chegou a final do lançamento de martelo, algo inédito há 84 anos, isso depois de superar um câncer na bexiga, recuperou e fez história no Rio-2016. Sem citar que existem inúmeras histórias de pessoas anônimas que ao longo da vida vem se superando, relatos como este, do parágrafo anterior, também servem de exemplo, e pessoas que estão passando pelas mesmas dificuldades, tendem a inspira-se nelas, para superar seus problemas.
  • 19. 19 Como já mencionado, o esporte ajuda na formação de valores, a superar, dar à volta por cima e reescrever um novo caminho, portanto, muitos, quando acham que está tudo perdido, buscam refúgio no esporte. Mas é muito importante ter pessoas que tome partido, e ajude nessa árdua caminhada, ter profissionais que saibam identificar essas pessoas que já estão fragilizadas pela vida é essencial. Segundo Sanmartín (1995, 2008). O esporte é um meio que pode potencializar os valores e as atitudes, entretanto dependerá do profissional que desenvolve as aulas demonstrar valores e atitudes pró-sociais, pois muitos jovens podem ser induzidos e provavelmente venham a ter as mesmas características do seu professor ou treinador. Como relatado, o esporte pode mudar as pessoas, além de ajudar a moldar o caráter, melhora a saúde, traz alegria e alivia a ansiedade; valores essenciais como respeito, amizade, perseverança, determinação e superação. Essas, são qualidades que a pratica do esporte pode retornar, ou seja, através do esporte, pode-se mudar a qualidade de vida do cidadão, se levado para o ramo profissional, pode ajudar financeiramente. O mundo mudou, chegamos à era da informática, época em que as pessoas vivem no sedentarismo, e cada dia mais se afastando da convivência social. O mau uso da internet vem tido um papel importante nesse mal, é fato que, a sociedade vem cada dia mais, pensando em seus próprios anseios, o ser humanos está cada dia mais individualista, o que pode levar a uma sociedade bastante competitiva, no que diz respeito: “de querer sempre, ser melhor que o outro”, o que pode ser considerado ausência de valores, o que é preocupante. Como já exposto, sabe-se que, o convívio social, é o pilar para a formação de valores, o ser humano carece dessa troca, para ser construído conceitos que serão levados para o resto da vida. Nesse sentido, o esporte vem se mostrando como uma válvula de escape para inverter esse problema, já que no meio esportivo vive-se, situações que se assemelha ao dia-a-dia, no que se refere à tomada de decisões, relacionamento, trabalho em grupo e principalmente no aprender a vencer e perder, a respeitar as pessoas em suas particularidades e diferenças, seja ele seu par ou não. Soares (1996, p. 11)
  • 20. 20 Afirma que a aula de educação física é “um lugar de aprender coisas e não apenas o lugar onde àqueles que dominam técnicas rudimentares de um determinado esporte vão “praticar” o que já sabem, enquanto aqueles que não sabem continuam no mesmo lugar”. Se trouxer o esporte para dentro da Escola, pode ser uma saída mais ativa para construção de valores individuais e sociais, e que pode contribuir para convivência humana. É preciso deixar claro, que esse contato entre aluno e esporte, deve durar mais que o período em que os alunos se encontram dentro das salas de aulas, ou na aula de Educação Física, pois a mesma já tem sua obrigação, quanto cumprir o currículo escolar. Quando se pensa em esporte como formação de valores, não pode limita-lo a um turno escolar, e sim em algo que envolva de maneira integral, pois o respeito, a determinação, a superação, não tem hora e nem lugar para que um cidadão possa se adquirir. Segundo Vieira (1993, p. 34): No esporte, o desenvolvimento dos valores morais se faz necessário, contudo as mudanças na significação moral no esporte em relação ao dia-a-dia são esperadas, sabendo das características próprias do esporte. Vive-se em uma época, em que os avanços tecnológicos contribuem para a perda dos valores morais e éticos, é cada vez mais comum, encontrar pessoas que preferem colecionar amigos virtuais a se relacionar no mundo presencial, no mundo físico. Crianças passam horas e mais horas envolvidos com jogos eletrônicos, e sua convivência social fica comprometida. De acordo com Postman (1994, p.12): Primeiro, a tecnologia é uma amiga. Torna a vida mais fácil, mais limpa e mais longa. Pode alguém pedir mais de um amigo? Segundo, por causa de seu relacionamento longo, íntimo e inevitável com a cultura, a tecnologia não convida a um exame rigoroso de suas próprias consequências. É o tipo de amigo que pede confiança e obediência, que a maioria das pessoas está inclinada a dar porque suas dádivas são verdadeiramente generosas. Mas é claro, há o lado nebuloso desse amigo. Suas dádivas têm um pesado custo. Exposto nos termos mais dramáticos pode-se fazer a acusação de que o crescimento descontrolado da tecnologia destrói as fontes vitais de nossa humanidade. Cria uma cultura sem uma base moral. Mina certos processos mentais e relações sociais que tornam a vida humana digna de ser vivida. Em suma, a tecnologia tanto é amiga como inimiga [...].
  • 21. 21 A tecnologia veio para facilitar a vida das pessoas, e facilitou, mas não se deve abster da convivência física, da convivência social, da troca humana, pois essa troca é essencial para o crescimento físico, intelectual e moral. Essa necessidade, diz muito do que tipo de ser-humano que será criado, e que valores farão parte de sua existência. É muito importante que as bases familiares estejam cientes dessas questões, e que saiba dosar as crianças em seu convívio familiar, para que no futuro, não venha se tornar um cidadão de má índole. Não se pode deixar a cargo só das escolas, a formação de valores é algo que tem que ser feito em conjunto com a família. Seja em casa, nos campos, nos tatames e nas quadras, a construção de valores através da prática esportiva ocorre quando a criança ou adolescente passa a conhecer as regras de cada atividade, neste momento aprende-se a disciplina, o respeito pelo próximo e a competir, sabendo ganhar ou perder. Pois o esporte é um dos grandes aliados da educação, e sua inserção na vida da criança ou do adolescente quanto ainda precoce, contribui para adquirir valores que são fundamentais para vida.
  • 22. 22 2.2 - A QUADRA COMO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA Nenhum ser humano consegue viver isoladamente do resto do mundo, pois o homem é um ser social, e interagir com outras pessoas faz parte de sua existência. E essa necessidade humana, e essa interação, são imprescindíveis para saúde e bem-estar. Literalmente falando, convivência é a ação de conviver (viver em companhia de outro ou outros). Trata-se de um conceito relacionado com a coexistência pacífica e harmoniosa de grupos humanos num mesmo espaço. Nos últimos anos, observou-se uma crescente, uma tendência, no que diz respeito a espaços de convivência, é cada vez mais comum em empresas ou clubes de futebol e outros órgão, não abrirem mão desses espaços, pois são áreas fundamentais para estreitar as relações humanas com os outros indivíduos. Viver com outras pessoas por si só, já é complicado, devido às relações sociais, culturais e econômicas, então é importante ter meios que aproxime essas relações. Gandini (1990, p.150) diz que “O espaço reflete a cultura das pessoas que nele vivem de muitas formas e, em um exame cuidadoso, revela até mesmo as camadas distintas dessa influência cultural”. Como foi dito, existe espaço de convivência nos mais variados segmentos, mas será destacado neste trabalho A Quadra Como Espaço De Convivência. Como já foi dito em outras ocasiões nesse trabalho cientifico, é notório que o esporte é muito eficaz para a formação dos valores, na superação de traumas, sejam eles físicos ou mentais, além de melhorar a convivência em sociedade. Isso nos remete a matéria do UOL, que já foi citado neste trabalho cientifico, onde pessoas que se isolaram por causa de seus problemas, são acolhidas e reinseridas no convívio em sociedade. Na mesma matéria encontra-se varias historias dos mais diversos problemas, de pessoas que se superaram através do esporte, e se transformaram em verdadeiros campeões.
  • 23. 23 Figura 1: Espaço de Convivência Figura 2: Espaço de Convivência
  • 24. 24 Figura 3: Espaço de Convivência Figura 4: Espaço de Convivência
  • 25. 25 Espaços públicos como, ginásio de esporte, quadras escolares, parques, teatros, praia ou praças, são lugares que proporcionam anseios essenciais para viver bem e facilitar o lazer das pessoas, além de manter um bom condicionamento físico. Porque são lugares que recebem pessoas das mais variadas religiões, raças e cor, lugares que incentivam a convivência entre gentes diferentes, e tem a capacidade de gerar o bem-estar. Só que a quadra, por si só, é apenas um espaço físico. Para este espaço físico ser utilizado como meio de convivência, precisa-se de pessoas que frequentem esse ambiente, que incentiva a prática do esporte, e que receba o público da melhor maneira possível. Nas escolas, por exemplo, a aula de educação física, é uma das aulas mais aguardadas, pois sua abordagem é diferenciada. Quando o professor fala que a aula será na quadra, percebe-se uma alegria enorme por parte dos alunos, pois as aulas de outras disciplinas costumam ser muito cansativas, e os docentes, ao utilizar a quadra esportiva como espaço de convivência, espaço de interações pessoais, ele não vai esta abordando só os aspectos físicos, estará abordará várias outras questões socioculturais que a convivência em sociedade exige. É logico que não se trata só de pegar uma bola, e jogar na quadra, e virar as costas, esses espaços têm que ser pensado e organizado, de modo que seja acolhedor e prazeroso para a pessoa que está no meio deste ambiente, ou seja, um lugar em que a pessoa possa se divertir, interagir e serem estimulados. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998, p. 21-22): As crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressifignificação. As interações que ocorrem dentro dos espaços são de grande influência no desenvolvimento e aprendizagem da criança. É muito importante ter lugares que enriquecem o cidadão, pois se vive em uma época em que as pessoas visam só lucro, uma sociedade corrida e doente, em que o ser humano não tira um tempo pra si. E o espaço de convivência, sejam eles as quadras, os bosques, ou praias, servem para lembrar, que os seres humanos precisam se relacionar.
  • 26. 26 Em contrapartida, existem pessoas que não tem acesso a esses lugares, que vem de comunidade carente, e que vem lutando para escapar da violência, pobreza ou de se envolver com o narcotráfico. Pensando nessas pessoas, que se deve ir mais além, desenvolver ações e projetos, afim de que esses que estão excluídos sejam inseridos nesses lugares. Projetos como o Afroreggae, Central Única de Favelas (CUFA), e outros, são projetos que salvam vidas, e são exemplos a serem seguidos. Então, quando se pensa em espaço de convivência, neste caso, a quadra como espaço de convivência, deve-se levar em consideração vários outros aspectos, como os valores morais, sociais, benefícios físicos, inclusão, respeito, alegria, prazer etc. Conviver com outra pessoa é um desafio enorme, mas que se deve ser superado. E nos espaços de convivência não é diferente, normalmente são ambientes transitados por muitas pessoas que se relacionam, e o respeito é o pilar para que haja uma boa convivência, refletir continuamente sobre si mesmo, para que exista um todo harmônico e justo.
  • 27. 27 SALAS DE AULA BANHEIROS CANTINA SECRETARIA SALA DOS PROFESSORES IMÓVEIS LOCADO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3.0 - A EXPERIÊNCIA DA ESCOLAMUNICIPAL RECURSO 3.1 - A CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA Localizada na Praça Central da cidade de Recursolândia, Praça José Tavares, S/Nº. A Escola Municipal Recurso, recebe alunos na modalidade Ensino Fundamentais do 1º ao 9º ano no período matutino e vespertino, e EJA, no período noturno. Sua clientela é formada por alunos da zona rural e de setores que na maioria é de classe baixa ou média baixa A Escola Municipal Recurso, é uma escola bem localizada, fica no centro de Recursolândia, na mesma quadra da Prefeitura Municipal. Fica localizada perto dos grandes comércios da cidade, é uma escola em condições física razoável, porém a mesma não está suportando a demanda de alunos, e a qualidade do ensino, já está sendo afetada. As repartições do espaço escolar, já não são o suficiente para atender sua clientela, fazendo com que o município tome medidas para sanar esses problemas, como alugar salas e adaptar para que funcione como sala de aula por exemplo. Figura 5: Repartições do Espaço Escolar
  • 28. 28 Seu espaço físico é reduzido, atualmente a escola conta com 8 salas climatizada, 3 banheiros, 1 cantina, 1 secretaria, 1 sala dos professores e 5 imóveis locado para que possa atender a quantidade de alunos. Não existe biblioteca, campo de futebol ou quadra esportiva, para que os professores possam desenvolver suas atividades extraclasses, aulas de educação física e outras atividades. Lima (1998, p.31) aduz que: Escola não é estacionamento de crianças. O espaço físico é material riquíssimo e está sendo totalmente desprezado. Nos projetos de construções escolares não há lugar para bibliotecas, laboratórios e quadra de esportes, o que limita as possibilidades de aprendizado. Figura 6: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física Figura 7: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física
  • 29. 29 Em média, existe 574 alunos matriculados, 30 professores, 2 secretarias, 2 bibliotecários, 1 auxiliar de secretaria, 3 coordenadores pedagógicos, 1 coordenador de apoio, 1 coordenador de controle de turno, 1 coordenador de tecnologias, 1 orientadora educacional, 1 articuladora do Novo Mais Educação, 5 merendeiras, 10 auxiliar de serviços gerais, 2 porteiros, 3 vigias, 3 agentes de transporte escolar, 4 motoristas, 1 diretora e 1 secretaria municipal de educação, conforme pode ser observado na figura abaixo. Figura 4: Detalhamento por Quantidade das Funções 574 30 2 2 1 3 1 1 1 1 1 5 10 2 3 3 4 1 1 Detalhamento de Funcionarios Figura 9: Detalhamento por Quantidade das Funções Figura 8: Espaço que é Utilizado para à pratica de Educação Física
  • 30. 30 A Escola Municipal junto com SEMD (Secretaria Municipal de Educação) oferece na medida do possível materiais físicos, equipamentos e utensílios adequados e de qualidade de acordo com suas possibilidades. A escola dispõe de materiais didáticos e pedagógicos, e sobre os recursos audiovisuais (condições, quantidades, tipos, uso), pode-se falar que os recursos existentes na Unidade Escolar, atendem perfeitamente a demanda da escola que conta com 2 Datashow, 1 caixa de som amplificada, 1 microfone sem fio, 2 computadores desktop, 3 cais de som multimídias.
  • 31. 31 3.2 - HISTÓRICOS DA ESCOLA MUNICIPAL RECURSO No dia 07 de abril de 1993, sob a LEI Nº. 007/1993. A Câmara Municipal de Recursolândia – TO aprovou e o Prefeito Municipal Sancionou a seguinte lei “[...] Art. 1ª – Ficaram reconhecidas as Escolas Municipais de Barro Alto, Campina de Dentro e Escola Municipal Recurso [...]” (Livros de Leis Municipais). Localizado na Rua José Tavares s/nº, no Centro de Recursolândia. A Escola Municipal Recurso, recebem alunos na modalidade de ensino: Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano e o EJA. Tendo como bases curriculares as leis que rege a educação, Leis Federais números 9394/1996, 11.114/2005 e 11.274/2006. Oferece o ensino fundamental de nove anos. A escola funciona nos períodos Diurno e Noturno. Quadro 1: Informações Institucionais da Escola Municipal Recurso NOME: ESCOLA MUNICIPAL RECURSO ENDEREÇO: RUA JOSÉ TAVARES Nº: S/N BAIRRO: CENTRO CEP: 77733-000 TELEFONE(S): (63) 3438 – 1146 LOCALIZAÇÃO: ( X ) Área urbana ( ) Área rural ESTADO: TOCANTINS MUNICIPIO: RECURSOLÂNDIA A Escola Municipal Recurso iniciou seu funcionamento em 1996, jurisdicionada ao Município de Itacajá, construída na administração do Prefeito Lucas Rocha. Só que sua criação ocorreu em 05 de fevereiro de 1993, sob a Lei 008/1993. A Escola Municipal Recurso, recebe alunos na modalidade de Ensino Fundamental e EJA nos períodos Diurno e Noturno. Nos turnos Matutino e Vespertino (período diurno), estão matriculados um total de 571 alunos, distribuído em 27 turmas, sendo que são: três primeiro ano, três segundo ano, seis terceiro ano, quatro quarto ano, dois quinto ano, três sexto ano, dois sétimo ano, um oitavo ano e um nono ano. No período noturno, estão matriculados os alunos do EJA – Educação para Jovens e Adultos, são duas turmas, um sexto ano com onze alunos e um oitavo
  • 32. 32 ano com dezenove alunos. Totalizando assim, só com alunos do EJA em trinta alunos matriculados, e um total geral de 571 (quinhentos e setenta e um alunos) matriculado na Unidade Escolar, conforme detalhado abaixo: Quadro 2: Detalhamento de Turmas QTD DE TURMA SÉRIE / ANO TURNO TURMA MASCULINOS FEMININOS TOTAL DE ALUNOS 3 1º ano M “A” 12 11 23 M “B’ 08 12 20 V “C’ 13 08 21 3 2º ano M “A” 10 12 22 M B 06 14 20 V “C” 10 14 24 6 3º ano M “A” 14 09 23 M “B” 14 10 24 M “C” 05 16 21 V D 11 06 17 V E 09 09 18 V F 07 09 16 4 4º ano M “A” 14 10 24 M “B” 17 06 23 V C 10 09 19 V ‘’D’’ 13 07 20 2 5º ano M “A” 09 13 22 V “B” 10 12 22 3 6° ano M A 08 14 22 V ”B” 14 10 24 V “C” 09 08 17 1 6° ano N EJA 04 07 11 2 7º ano M “A” 12 08 20 V “B” 14 13 27 1 8º ano V ÚNICO 13 18 31 1 8º ano N EJA 09 10 19 1 9º ano V ÚNICO 15 06 21 27 Turmas 1º ao 9º ano 290 281 571 O corpo docente é formado por onze professores, sendo que são cinco com formação em Pedagogia, uma com Pedagogia e Letras, duas Normalista, uma com Magistério, uma cursando Pedagogia, e uma professora auxiliar com o nível médio. A escola recebeu o nome de Escola Municipal Recurso, devido a Fazenda Recurso, de propriedade do fundador da cidade, o senhor José Tavares da Silva. O prédio está localizado na Praça José Tavares s/n - centro, em lugar de fácil acesso, foi construída dentro dos padrões do Município e devido aos esforços conjuntos entre funcionários e comunidade local. No ano de 1998, a escola foi contemplada com mais uma educadora, a senhora Erodias Pereira de Miranda Sales.
  • 33. 33 A Escola foi construída apenas com duas salas de aula, e sua primeira educadora foi a senhora Constância Tavares Sales, filha do Sr. José Tavares, que muito lutou por esta escola. A professora atendia a sala com turmas multisseriadas, a mesma observando que os alunos não estavam alcançando bons resultados devido ao grande número de alunos, comunicou-se com o prefeito pedindo uma auxiliar para que as turmas fossem divididas, ficando a professora Constância com as 1ª/2º e 2ª/3º séries e o professor Genésio Pimentel Lima com 3ª/4º e 4ª/5º séries.
  • 34. 34 4.0 - O ESPORTE NA ESCOLA– CAMPO DE PESQUISA A proposta desta pesquisa é abrir uma discussão e mostrar “A importância da Quadra Poliesportiva Como Espaço de Construção de Saberes”, na escola-campo, uma forma de atribuir ainda mais concretude as teorias estudadas. Salienta-se que existem unidades escolares, que o local para a pratica da aula de educação física, o espaço físico em si, não foi levado em conta para a aprendizagem ou o desenvolvimento do aluno e muitas vezes as aulas acontecem em locais sem nenhuma estrutura ou em locais de condições péssimas. Almeida (2008, p.04) diz: Toda escola é diferente em sua estrutura física, o qual, naturalmente, não foi decisão dos professores: as medidas, os espaços e as determinadas distribuições são fixos. O que é possível é adaptar os espaços às necessidades educativas da escola. Na escola Municipal Recurso, o professor de Educação Física ministra suas aulas em local aberto dentro da instituição de ensino, ao lado de várias salas de aulas, o que acaba atrapalhando as aulas dos outros educadores. Espaço como este, pode acabar gerando no corpo discente e docente insegurança, agonia e desconforto, sem falar que normalmente é local quente e completamente desprotegidos do sol ou da chuva. Figura 10: Espaço Utilizado como Quadra
  • 35. 35 Imperioso mencionar que o presente Trabalho de Conclusão de Curso teve como objeto de estudo o “Esporte na Escola”, o campo de pesquisa foram as escolas Municipal Recurso (urbana). Endereço: Praça José Tavares, S/Nº, Centro, Recursolândia/TO. Telefone: (63) 3438 -1146; e Escola Estadual Recurso I (urbana). Endereço: Avenida Tocantins, S/Nº, Centro, Recursolândia. Telefone: (63) 3438 – 1100. Pesquisando o esporte nas escolas do município, foi possível perceber que na Escola Estadual Recurso I, existe um ambiente bem mais agradável do que na Escola Municipal Recurso. A Escola Estadual Recurso I, conta com um ambiente físico bem mais amplo, arejado e agradável, distinto do que se percebe na escola municipal. Na unidade estadual existe uma quadra coberta, profissional formado na área de Educação Física, sala para guardar materiais esportivos e pedagógicos que são usados nas aulas de Educação Física. A Unidade Escolar Estadual, também conta com um espaço gramado bem amplo, que serve como área de convivência e local para ser desenvolvido algum trabalho extraclasse. Professores da escola citada desenvolvem projetos nesses espaços, como o projeto de “RECICLAGEM”, que contribui com a convivência social e ensina algo para que os alunos possam carregar para vida, além de deixar o ambiente mais bonito esteticamente mais elevado. Levando em consideração que na Escola Estadual Recurso I, as condições são de razoáveis para bom, pois a mesma possui uma quadra coberta, espaço físico bastante amplo, área de convivência e professor formado em Educação Física, esse estudo focou mais na deficiência e problemas que a Escola Municipal Recurso passa. Problemas tais como a falta de espaço físico, profissional formado em Educação Física, falta de material esportivo e áreas de convivência, que se julga necessário para que um educador que queira desempenhar um trabalho no mínimo razoável. Pode-se dizer que a escola municipal, referindo-se a espaço físico, corresponde no máximo à metade do espaço da Escola Estadual. A clientela da Figura 11: Espaço Utilizado como Quadra
  • 36. 36 escola municipal aumentou muito, para se ter uma ideia, são cinco salas comerciais alugadas, para atender a demanda do município, ou seja, seu espaço físico não atende mais a sua clientela. Construída para atender uma demanda pequena de anos atrás, a escola não acompanhou o crescimento de sua clientela, não passou por uma reforma em sua estrutura física, e nem tem espaço para essa reforma, sem anuir com o pessimismo, mas, não se vislumbra expectativa de melhoras, pois como já foi mencionado e como se percebe, o espaço físico está comprometido, mal comporta a ampliação de salas de aulas, sendo assim, impossível a construção de uma quadra poliesportiva ou áreas de convivência. Nesta etapa da pesquisa, o levantamento dos dados ocorreu por meio de um questionário aplicado junto ao profissional responsável por ministrar a aula de Educação Física no município. Onde no mesmo, foram relatados pelo profissional vários problemas e desafios que o educador tem que superar, para poder ministrar suas aulas. Esses problemas variam desde a falta de uma quadra poliesportiva na unidade escolar, até a falta de professor com formação na área de educação física. Sabe-se que o espaço físico contribui para uma aula mais simples e compreensível, e aulas em ambientes como quadra, pátio e outros lugares extraclasses quebram a rotina cansativa de aulas dentro das salas. Não que a as aulas têm que ocorrer sempre em uma quadra, ou muito menos que as aulas de Educação Física só podem acontecer nas quadras. O espaço físico no qual o profissional necessita para trabalhar é algo maior e mais amplo do que isto. Como diz Matos (2005, p. 15): É um espaço facilitador para a busca do senso crítico e da autonomia corporal, capaz de possibilitar ao educando formas de expressão da sua cultura e de suas vivências sociais, afetivas e motoras, sejam estes espaços, quadras esportivas, piscinas, salas, pátios etc. As condições e ambiente de trabalho que a escola Recurso oferece para ser desenvolvido o esporte na escola são precários, pois para não falar que não oferece nada, pode se dizer que oferece o mínimo. E o profissional que ministra a aula de educação física, apesar de fazer parte do quadro de servidores há mais de dezoito anos, não tem formação superior em Educação física e só têm dois meses que vem atuando na disciplina. E essa pouca experiência se somada com a falta de estrutura
  • 37. 37 (quadra, materiais esportivos, materiais didáticos e outros), contribui para deficiência do esporte na escola Recurso. Como podem ser observadas abaixo, as aulas acontecem ao relento, em condições totalmente inapropriadas. Figura 12: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa Figura 13: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa
  • 38. 38 Figura 14: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa Figura 15: Aula de Educação Física - Campo de Pesquisa
  • 39. 39 Questionado sobre essa realidade o professor salientou que são as condições que a escola lhe oferece, o mesmo tem consciência de que não são as ideais, mas é a que ele tem para trabalhar e desenvolver suas atividades. Falando em desenvolver atividades, foi questionado ao professor também se existia algum planejamento, se fazia o registro das aulas e foi solicitado para que o professor descrevesse um pouco da rotina do seu trabalho em sala de aula. Ele afirmou que todas as aulas são planejadas, e que as aulas são alternadas, um dia é aula prática com exercícios físicos e outro dia é aula teórica, falou também que sua maior dificuldade é a falta de espaço físico. Segundo o entrevistado, a aula ideal seria aquela aula ministrada de forma em que as condições e ambiente de trabalho correspondessem todas as expectativas, sejam elas dos professores ou dos alunos. Aulas interdisciplinares e inclusivas em que todo corpo discente pudesse participar e se sentissem abraçados, e que não faltasse recurso e material para o professor fazer o seu trabalho da melhor maneira possível. Sobre as crianças que demostram habilidade especial em algumas modalidades esportivas, fica a desejar, pois não existe um lugar adequado para trabalha-los. O mesmo vale para as crianças com deficiência, na Unidade Escolar existem crianças com deficiências, que não são incluídas totalmente em todas as atividades por falta de lugar apropriado, mas sempre que os alunos querem fazer parte de quaisquer atividades, é dado um jeito para que os mesmos participem, o maior receio por parte dos professores, é que esses lugares inadequados, causem acidentes. Questionado sobre os maiores desafios e dificuldades, o mesmo informou que tanto ele como os demais professores de maneira geral enfrentam no seu dia a dia de trabalho a indisciplina dos alunos, e isso causa uma grande dificuldade em realizar um bom trabalho.
  • 40. 40 5.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Entende-se que uma Unidade Escolar bem arquitetada é aquela que pode proporcionar aos professores meios e condições pedagógicas que facilite e melhore a qualidade do ensino. Trazendo assim, ainda mais respaldo, tanto para a atividade docente, como para o sucesso do aluno. Pois, um local adequado compete diretamente para que a aprendizagem aconteça, é importante dizer, que esta pesquisa tem um olhar no problema em aspecto geral, mas, com ênfase na Escola Municipal Recurso. Ficou latente que o esporte forma valores que serão carregados para o resto da vida, então, locais de convivência, socialização, pratica de esporte ou qualquer outra atividade, devem ser construídos e preservados, pois eles emanam o saber e devem ser valorizados. Valorizados, mas não somente no aspecto esportivo ou educacional, como também no quesito social, por ser local agradável, de aglomeração de pessoas e por ser muito importante para desenvolvimento do ser humano. Pois ficou claro no decurso do presente trabalho monográfico que desde a época pré-histórica, as atividades físicas já faziam parte do cotidiano e que de maneira instintiva, a mesma já é exigida nos primeiros passos da vida. Mas para despertar o prazer por atividades físicas, esporte e exercícios físicos, necessita-se de lugares que atraiam, sejam receptivos e tecnicamente apropriados. O estudo possibilitou entender ainda que o esporte ajuda a lidar com perdas, superar obstáculos e que características como ética, empenho, disciplina, trabalho em equipe, solidariedade, etc. São valores que podem ser adquiridos através do mesmo, ou seja, o esporte forma valores, valores estes que parecem que estão se perdendo na contemporaneidade, mas que podem ser construídos, resgatados ou apresentados na vida das pessoas. Destarte, ficou cristalino o fato que as quadras poliesportivas são um aliado na construção de saberes e de valores, e se levado para o espaço escolar auxiliam os professores em suas matérias, possibilitando que o corpo discente consiga entender a sua importância na vida e no dia-a-dia. Também abrem um leque de possibilidades, para que o corpo docente deixe suas aulas mais atrativas, e a aprendizagem seja de maneira espontânea para o aluno.
  • 41. 41 Foi possível identificar após pesquisa de campo, que na Escola Municipal Recurso, não existe quadra poliesportiva ou qualquer outro espaço de convivência adequado, que sirva para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Sabe-se que, tais lugares, são importantes no processo da inserção do saber, e socialmente falando, estreita as relações humanas. No entanto, os professores são amadurecidos o suficiente para entender que não se pode parar frente a esse obstáculo, e trabalham de maneira a contornar esse problema da melhor forma possível. Como foi evidenciado através de fotos, a Unidade Escolar não possui uma quadra poliesportiva para práticas de aulas de educação física, as aulas são improvisadas em um espaço aberto, com restrições claras da diretoria. No entanto, o professor de Educação Física não deixa de ministrar o seu conteúdo, mesmo tendo seu trabalho comprometido, mas esses problemas acabam não deixando o profissional identificar o potencial esportivo de cada aluno. Com isso, o objetivo deste trabalho foi alcançado no entendimento de cooperar com a sociedade e com o ensino, ajudando os professores, alunos e sociedade, fazendo com que eles pensem, questionem e reflitam a respeito da aprendizagem, dos valores morais e sociais, do esporte e principalmente levantar uma questão sobre a importância de se ter um espaço físico adequado, para a construção do saber.
  • 42. 42 6.0 – REFERÊNCIAS 1) Fonte em meio digital: ALMEIDA, H. (26 de 11 de 2008). Espaço Escolar. Acesso em 15 de 06 de 2018, disponível em Webartigos: http://www.webartigos.com/articles/11855/1/Espaco- Escolar/pagina1.html 1) Fonte em meio digital: BAGNARA, I. C. (15 de 06 de 2010). O Processo Histórico, Social e Político da Evolução da Educação Física. Acesso em 08 de 04 de 2018, disponível em Efdeportes: http://www.efdeportes.com/efd145/o-processo-historico-da-educacao- fisica.htm 2) Fonte em meio digital: BAGNARA, I. C., & et al. (2010). O processo histórico, social e político da evolução da Educação Física. Acesso em 14 de 02 de 2018, disponível em efdeportes: http://www.efdeportes.com/efd145/o-processo-historico-da-educacao-fisica.htm 3) Fonte em meio digital: CIDADANIA, G. (16 de 11 de 2013). Construção de valores através do esporte para crianças e adolescentes. Acesso em 12 de 05 de 2018, disponível em Redeglobo: http://redeglobo.globo.com/globocidadania/noticia/2013/11/construcao-de-valores- atraves-do-esporte-para-criancas-e-adolescentes.html 4) Livro no todo com um autor: Kishimoto, T. M. (2003). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São Paulo: Cortez. 5) Livro no todo com um autor: LIBÂNO, J. (1992). Metodologia do Ensino Da Educação Física. São Paulo: Cortez. 6) Livro no todo com um autor: MATOS, M. (2005). A Organização Especial Escolar e as Aulas de Educação Física. Rio De Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. 7) Fonte em meio digital: Mazzuco, C. (25 de 02 de 2015). A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA EM NOSSA VIDA. Acesso em 20 de 05 de 2018, disponível em Conexaofilosofia:
  • 43. 43 http://conexaofilosofia.livreforum.com/t11-a-influencia-da-tecnologia-em-nossa-vida 8) Legislação: MEC/SEI, 1. (1998). Referêncial Curricular Para a Educação Infantil. Vol. 1. In: 1. MEC/SEI, Referêncial Curricular Para a Educação Infantil. Vol. 1. Brasília: Brasil. 9) Fonte em meio digital: MORAES, L. C. (s.d.). História da Educação Física. Acesso em 08 de 04 de 2018, disponível em Birafitness: http://www.birafitness.com/historia_da_educacao_fisica.htm 10) Fonte em meio digital: MORAIS, P. L. (s.d.). História da Educação Física. Acesso em 14 de 02 de 2018, disponível em birafitness: http://www.birafitness.com/historia_da_educacao_fisica.htm 11) Livro no todo com um autor: OLIVEIRA, V. M. (1983). O que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense. 12) Livro no todo com um autor: RAMOS, J. (1982). Os Exercícios Físicos na História e na Arte. São Paulo: Ibrasa. 13) Livro com responsabilidade intelectual diferente de autor (organizador, coordenador): RECURSO, E. M. (2016 - 2018). PPP - Projeto Político Pedagógico. In: E. M. Recurso, PPP - Projeto Político Pedagógico (pp. 1 - 78). Recursolândia/TO: Escola Municipal Recurso. 14)Livro no todo com um autor: Reppold, A. R. (2009). Olimpismo e Educação Olimpica no Brasil. Porto Alegre: Série Estudos Olímpicos. 15) Fonte em meio digital: ROCHA Soares, E. (17 de 06 de 2012). Educação Física no Brasil: da origem até os dias atuais. Acesso em 20 de 06 de 2018, disponível em Efdeportes: http://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-no-brasil-da-origem.htm 16)Livro no todo com um autor:
  • 44. 44 SANMARTÍN, M. (1995). Valores Sociales y Deporte: La Actividad Física y el Deporte como Transmisores de valores Sociales y Personales. Madrid: Ed. Gymnos. 17) Capítulo de livro: SOARES, C. L. (1996). Conhecimento e Especificidade. Rev. Paul. Educ. Fís, 6-12. 18)Fonte em meio digital: SOARES, E. R. (17 de 06 de 2012). Educação Física no Brasil: da origem até os dias atuais. Acesso em 20 de 06 de 2018, disponível em Efdeportes: http://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-no-brasil-da-origem.htm 19)Fonte em meio digital: SOUZA, P. R. (20 de 12 de 1996). LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Acesso em 01 de 06 de 2018, disponível em Planalto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9394.htm 20) Fonte em meio digital: UOL. (27 de 12 de 2016). Exemplos de superação no esporte. Acesso em 27 de 03 de 2018, disponível em esporte.uol.com.br: https://esporte.uol.com.br/listas/exemplos-de-superacao-no-esporte-em-2016.htm 21)Capítulo de livro: VIEIRA, J. (1993). Avaliação do Desenvolvimento Moral de Adolescentes em Relação a Dilemas Morais da Vida Diária e da Prática Esportiva. Revista de Educação Física / UEM,, 34-39.