1. Profa Dra. Aline de Piano Ganen
Profa Dra. Clara Korukian Freiberg
Profa Dra. Fernanda Ferreira Corrêa
Profa Ms Roseli de M. E. Balchiunas
NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
2. Caracterização da Faixa Etária
• Idade escolar: 7 – 10 anos
• Fase de transição: infância → adolescência
• Crescimento:
• Lento e constante
• Ganho de peso: > velocidade próxima à adolescência
• Adaptação do organismo para o estirão pubertário =
ganho acelerado de crescimento linear da
adolescência.
3. Excesso de peso da idade escolar e puberdade
precoce
Estudo com 347 crianças e adolescentes (5 a 15 anos):
Obesidade aos 5 anos de idade = > probabilidade de < níveis da proteína Globulina Transportadora
de Hormônio Sexual (SHBG).
(Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism)
Excesso de peso ↓ níveis da proteína SHBG
↑ níveis de hormônios sexuais livre no sangue
Ativa Eixo HHG
PUBERDADE PRECOCE
4. Caracterização da Faixa Etária
• Início da dentição permanente (higienização bucal/ saúde bucal);
• TGI = capacidade digestiva comparável à do adulto;
• > maturidade aspectos psicomotor, emocional, social e cognitivo.
• Atividades diárias: culturais, aulas extracurriculares, desportivas, recreação
e telas (computador, vídeo-game, tablet, ...)
• Independência/ socialização
• Decisões próprias: gostos, preferências, aversões (senso crítico)
5. Caracterização da Faixa Etária: ALIMENTAÇÃO
• Aumento do apetite
• Melhor aceitação de alimentos
• Autonomia na escolha dos alimentos
• Busca de inclusão e auto-afirmação
• Omissão do café da manhã
• Redução na ingestão de leite → atenção Cálcio!!
Atenção para os casos de sobrepeso, obesidade e fome oculta
(deficiências nutricionais pouco evidentes clinicamente)
8. • 77 crianças entre 7 e 10 anos
70,6%
Expectadoras
moderadas
29,6%
Expectadoras
frequentes
Fazem refeições com a TV ligada
Beliscam enquanto assistem à TV
(bolachas, frutas, pipoca e salgadinhos de pacote)
79,22%
83,11%
9. • Total de escolas estudadas = 104
• 28,8% possuíam cantina
• 40,4% possuíam comércio informal
• Nas cantinas:
• Os alimentos mais vendidos são salgados fritos, assados, cachorros-quentes,
balas, chocolates e refrigerantes, em todos os âmbitos
10. INSERÇÃO EAN NA ESCOLA
aumento da ingestão 20-30 g de fruta
Intervenção regular,jardinagem,oficinas culinárias → aumenta preferencia FLV
15. Abril de 2012:
Ministério da Saúde
Federação Nacional das Escolas
Particulares (FENEP):
- Incentivo à oferta de alimentos com
menos sódio, açúcar e gordura;
- Traz tabelas com dicas de lanches e
quantidades
diferentes para cada faixa etária;
-Informações sobre higiene;
-Incentiva alimentação saudável no
ambiente escolar.
16.
17.
18. • 1º Passo – A escola deve definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, para favorecer
escolhas saudáveis.
• 2º Passo – Reforçar a abordagem da promoção da saúde e da alimentação saudável nas atividades
curriculares da escola.
• 3º Passo – Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos para a promoção da
alimentação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua corresponsabilidade e a importância de
sua participação neste processo.
• 4º Passo – Sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação escolar para
produzir e oferecer alimentos mais saudáveis, adequando os locais de produção e fornecimento de
refeições às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de água potável.
19. • 5º Passo – Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de alimentos
ricos em gorduras, açúcares e sal.
• 6º Passo – Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na
escola.
• 7º Passo – Aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e
verduras, com ênfase nos alimentos regionais.
• 8º Passo – Auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulgação de
opções saudáveis por meio de estratégias que estimulem essas escolhas.
20. • 9º Passo – Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras
escolas, trocando informações e vivências.
• 10º Passo – Desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos
alimentares saudáveis, considerando o monitoramento do estado nutricional
dos escolares, com ênfase em ações de diagnóstico, prevenção e controle
dos distúrbios nutricionais.
27. RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNAS
• Recomendação facilmente atingida pela dieta;
• Garantir a quantidade necessária de aminoácidos essenciais: 2/3 do
total da dieta de PAVB.
• % VET (DRI): 10 a 30% → 4 a 18 anos de idade
• INDIVIDUALIZADA (DRI) → Grupo Etário Proteína
(g/kgPeso/dia)
4 – 8 anos 0,95 g/kg/dia ou 19 g/dia
9 – 13 anos 0,95 g/kg/dia ou 34 g/dia
28. RECOMENDAÇÃO PROTEÍNA/ KG PESO
Idade g/kg/dia
5 a 10 anos 1,0
FAO/WHO, 1985
Idade g/kg/dia
4 a 6 anos 1,1
7 a 10 anos 1
NRC, 1989
Idade Masculino
(g/kg/dia)
Feminino
(g/kg/dia)
7 a 10 anos 0,92 0,92
FAO/WHO, 2007
29. • Proporção suficiente para crescimento e desenvolvimento normais
com baixo risco para DCV
• % VET (DRI): 25 a 35%
• Ácido linoleico (-6) 5-10%
• Ácido alfa-linolênico (-3): 0,6-1,2%
• INDIVIDUALIZADA
• DRI → 0,76 g/kg/dia
• Mínimo de 0,5 a 1,0g/kg peso/dia: prevenção de deficiência AL
• Colesterol: até 300mg/dia.
• FAO/OMS (2010)→ AGS: 8%; AGP: 11%; AGM: diferença
RECOMENDAÇÕES DE GORDURAS
30. RECOMENDAÇÕES DE CARBOIDRATOS
• Carboidratos:
• % VET: 45 – 65%
• Mínimo de 5g/kg peso/dia: prevenção de hipoglicemia e cetose
• RDA= 130 g/dia
• OMS (2015): <5% VET açúcar
• Resultados de estudos:
- ↑ ingestão sacarose, petiscos = cerca de 34% do VET;
- Criança que adquire sozinha sua refeição: preferência por petiscos e
refrigerantes.
- ↑ consumo: mono e dissacarídeos: relação com deficiências de Fe, Zn, Vit D (↓
consumo de leite, carnes e vegetais).
31. ▪ SBP (2012)
▪ Até os 15 anos: idade + 5 = g/dia
▪ Ajustada ao valor energético: 14 g/1000 kcal
▪ IOM (2005):
• 4-8 anos: 25 g/dia
• Meninos
• 9-13 anos: 31 g
• 14-18 anos: 38 g
• Meninas
• 9-13 anos: 26 g
• 14-18 anos: 26 g
FIBRAS
32. RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES
• Alimentação variada e equilibrada: garante oferta de micronutrientes.
• + críticos:
• Ferro
• Calcio
• Zinco
• Vitamina A
• Quantidades recomendadas para idade mais elevadas
PRÉ-ESCOLAR/
ESCOLAR
33. • IOM, 2002:
• 4 – 8 anos: 10 mg/dia
• 9 – 13 anos: 8 mg/dia
Recomenda-se:
• ↑ consumo de Fe heme ;
• ↑ ingestão vitamina C;
• ↓ inibidores absorção: chá, café, leite e derivados, fitatos... – nas
refeições principais;
• Incluir alimentos fortificados (farinhas de trigo e milho, fubá, flocos de
milho).
RECOMENDAÇÕES DE FERRO
34. RECOMENDAÇÕES DE CÁLCIO
• IOM, 2010:
• 4 – 8 anos: 1000 mg/dia
• 9 – 13 anos: 1300 mg/dia
• Ingestão adequada = maximização formação da massa óssea, prevenção
osteoporose, coagulação sanguínea e contração muscular
Recomenda-se:
• Evitar inibidores absorção (oxalatos e fitatos) para ↑ absorção Ca dos alimentos
de origem vegetal;
• Alimentos boa disponibilidade: brócolis, couve-flor, couve manteiga e repolho (↓
oxalato);
35. RECOMENDAÇÕES DE VITAMINA A
• IOM, 2002:
• 4 – 8 anos: 400 ER;
• 9 – 13 anos: 600 ER.
• Funções: sistema visual, crescimento e diferenciação celular, função imunológica; estoque adequado
no período do estirão → secreção do hormônio de crescimento (GH).
• Recomendações
• Ingestão semanal de 100 a 150 g fígado;
• Ingestão 3x por semana de 100 g de frutas ricas em caroteno ou 40 g de legumes amarelos e verdes
escuros
• Alimentos fontes: leite integral, fígado, gema de ovo, frutas oleaginosas, hortaliças verde-escuras e
legumes alaranjados, como abóbora e cenoura.
• Causas da hipovitaminose:
• ↑ necessidades (crescimento, infecções respiratórias, tuberculose, sarampo);
• parasitoses;
• infecções intestinais.
36. RECOMENDAÇÕES DE ZINCO
• IOM, 2002:
• 4 – 8 anos: 5 mg/dia
• 9 – 13 anos: 8 mg/dia
• Funções: componente de diversas enzimas, síntese de ácido nucléico ,
metabolismo das proteínas e resistência imunológica.
• Carência: da sensação de paladar, anorexia, apatia, retardo do crescimento,
queda de cabelo, retardo da maturação sexual, baixa produção de esperma,
queda de imunidade, intolerância à glicose.
• Alimentos fontes: carne vermelha; gérmen de trigo; grãos integrais; castanhas;
cereais; legumes e tubérculos.
37. Consumo adequado de sódio por idade e sexo
Idade (anos) Sódio (mg/dia)
1-3 1000
4-8 1200
9-13 (meninos) 1500
9-13 (meninas) 1500
IOM (2004)
38. Idade (anos) Água total (L/dia)
0 a 6 meses 700 mL (incluindo leite materno, fórmula)
7 a 12 meses 800 mL (incluindo leite materno, fórmula e alimentação complementar)
1-3 1300 mL (900 mL como sucos, outras bebidas e água)
4-8 1700 mL (1200 mL como bebidas e água)
9-13 (meninos) 2400 mL (1800 mL como bebidas e água)
9-13 (meninas) 2100 mL (1600 mL como bebidas e água)
14 a 18 anos (meninos) 3300 mL (2600 mL como bebidas e água)
14 a 18 anos (meninas) 2300 mL (1800 mL como bebidas e água)
Consumo adequado de água por idade e sexo
39. • Limitada à no máximo 120 ml diários para crianças de 1 a 3 anos de idade;
• Limitada à no máximo 175 ml para crianças de 4 a 6 anos de idade;
• Limitada à no máximo 250 ml dos 7 aos 18 anos, dentro da ingestão diária recomendada
de 2 a 2 ½ porções de frutas por dia.
(AAP, 2015)
Recomendação da Academia Americana de Pediatria
para o consumo de sucos (2015):
41. RECOMENDAÇÕES GERAIS
• O apetite do escolar é frequentemente voraz: evitar alimentos com alta
densidade energética e calorias vazias (doces, petiscos, refrigerantes...), pelo
menos 2 horas antes das refeições principais;
• Habituar a criança com petiscos saudáveis: frutas picadas, desidratadas,
legumes crus em palito, queijo picado...;
• Não estimular consumo de petiscos em geral enquanto a criança assiste TV
(pode criar o hábito de comer compulsivamente);
42. RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Diversificar alimentos, forma de preparo, apresentação das refeições = estímulo
aspecto sensorial da alimentação;
• Horário das refeições na dependência do horário escolar = não < do que 4 x /
dia (importante seguir uma rotina);
• Estimular as crianças a preparar seus próprios lanches (atitude saudável e
educativa); fase de maior interesse pelo alimentos;
43. RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Não é prudente que a criança se alimente enquanto está correndo ou brincando.
• Cuidado com alimentos que podem representar risco de asfixia, que apresentem
formato pequeno, redondos, cilíndricos, ou que sejam difíceis de mastigar
(balas, azeitonas, castanhas...)
44. Estudo de caso
Calcule a necessidade energética e a distribuição de
macronutrientes do escolar de acordo com suas características
individuais:
T.G.L., menino, 8 anos, peso atual: 27 kg estatura: 1,30 m nível de
atividade física: ativo. Estudante: 7h30min às 11h45min.
Exemplifique o esquema alimentar para o paciente T.G.L.