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A distância que aproxima: um novo olhar
para a educação infantil
 Mestranda em Educação – UCP
 Especialista em Nutrição Humana (Clínica e Gestão) e
graduada em Nutrição – FASE
 Nutricionista e Coordenadora do setor de nutrição do GAAPE
(Grupo Amigos do Autista de Petrópolis)
 Membro do grupo de pesquisas IDA/UCP – Infâncias,
docências e Alteridade
 Experiência na área de nutrição clínica, educação nutricional,
treinamento, assessoria e consultoria nutricional, palestrante.
A alimentação é item primordial para o bom desenvolvimento da mente
e do corpo desde o nascimento
Estilo de vida moderno contribui para a
obesidade infantil.
Doenças
cardiovasculares
Dislipidemia
Diabetes
Hipertensão
arterial
Síndrome
metabólica
OBESIDADE
 A obesidade infantil é um problema mundial
de saúde pública a ser superado.
 Dados nacionais mostram que 3 a cada 10
crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso no
país.
 Segundo o Atlas Mundial da Obesidade e a
Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil
estará na 5º posição no ranking de países com
o maior número de crianças e adolescentes
com obesidade em 2030, com apenas 2% de
chance de reverter essa situação se nada for
feito.
A alimentação é item primordial para o bom desenvolvimento da mente
e do corpo desde o nascimento
 Recém nascido até os 6 meses de vida
 Dos 6 meses a 1 ano de idade
 De 1 a 2 anos (creche)
 Fase pré-escolar (de 2 a 7 anos)
 Fase escolar (de 7 a 12 anos)
 Fase da adolescência (acima de 12 anos)
o A alimentação no 1º ano de vida é fator
determinante na saúde da criança.
o As fases iniciais do desenvolvimento humano são
influenciadas por fatores nutricionais e metabólicos
levando a efeitos de longo prazo na programação
metabólica da saúde na vida adulta.
 Fase pré-escolar (2 a 6 anos) caracteriza-se por estabilização do
crescimento estrutural e do ganho de peso.
 Nessa etapa do desenvolvimento infantil, há uma menor
necessidade de ingestão energética quando comparada ao
período de zero a dois anos e a fase escolar.
 A criança desenvolve ainda mais a capacidade de selecionar os
alimentos a partir de sabores, cores, experiências sensoriais e
texturas, sendo que essas escolhas irão influenciar o padrão
alimentar futuro.
 Nessa faixa etária, as escolhas alimentares da criança sofrem
intensas influências dos hábitos alimentares da família.
 A formação da preferência da criança pode, então, decorrer da
observação e imitação dos alimentos escolhidos por familiares ou
outras pessoas e crianças que convivem em seu ambiente.
 Nessa faixa etária crianças podem apresentar
certa relutância em consumir alimentos novos.
 Comportamento: é necessário que a criança
prove o alimento várias vezes – em diferentes
momentos e diversos tipos de preparação –
mesmo que em quantidades mínimas.
 Somente dessa forma ela conhecerá o sabor do
alimento e estabelecerá, assim, seu padrão de
aceitação.
Durante essa faixa etária, a anemia ferropriva
apresenta uma relevante prevalência, assim, é
de extrema importância que os cuidadores
estejam atentos quanto à suplementação
adequada de ferro através da dieta
O Ministério da Saúde/Organização Pan-
Americana da Saúde adotam os “10 passos”
como guia para alimentação saudável para
crianças nas fases pré-escolar e escolar.
 Fase de 7 a 10 anos
 Caracterizada por um período de crescimento e
demandas nutricionais elevadas.
 O cardápio das crianças nessa faixa etária já está
adaptado às disponibilidades e costumes dietéticos da
família. É importante, reforçar às famílias sobre a
importância de uma alimentação saudável e equilibrada,
pois isso irá refletir na saúde da criança da mesma
forma.
 Nessa fase a criança tem um alto gasto energético devido
ao metabolismo que é mais intenso que o do adulto.
 Nessa faixa etária há intensa atividade física e mental.
 Fase de crescimento e desenvolvimento situada entre a
infância e a vida adulta.
 De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a
adolescência é o período dos 12 aos 18 anos, já para a
OMS e para o Ministério da Saúde, está entre 10 anos e 20
anos incompletos.
 Dotada de peculiaridades, tanto físicas (com o
crescimento em estatura, a maturação sexual, o
estabelecimento de caracteres sexuais secundários e as
mudanças na estrutura corporal, os quais compõem a
puberdade) quanto sociais e emocionais, a adolescência
deve ser alvo de cuidadosas interferências, seja no
sentido do relacionamento interpessoal, do ensino nas
escolas, da educação por parte dos pais, seja nos cuidados
com sua saúde e também nos cuidados com a nutrição e a
alimentação.
 Além da necessidade energética e de
macronutrientes, deve-se estimar as necessidades
específicas de cada micronutriente, de forma a
proporcionar uma nutrição balanceada e adequada,
evitando sintomas de uma deficiência nutricional
específica, comum na adolescência, por conta das
variações de necessidades de acordo com o estágio
puberal.
 Os macronutrientes são: carboidratos, proteínas e
lipídeos. Suas necessidades podem ser estimadas
em percentual da energia total. Já os
micronutrientes são as vitaminas e os minerais,
ambos extremamente necessários em todas as fases
da vida, mas em especial na adolescência.
 Melhorar hábitos alimentares;
 Manter equilíbrio intestinal;
 Reduzir ou excluir alimentos que prejudiquem a saúde;
 Melhorar o estado de saúde como um todo (aumentar
imunidade, reduzir processos inflamatórios, equilibrar
sistema digestivo, regular funcionamento intestinal,
equilíbrio hídrico, prevenção de doenças...)
 Variar os alimentos.
 Realizar 5 a 6 refeições diárias (café-da-manhã, almoço
e jantar, e lanches nos intervalos).
 Preferir proteínas de alto valor biológico (carnes, ovos,
leite e derivados).
 Estimular o consumo de peixes marinhos duas vezes por
semana.
 Evitar açúcares simples, dando preferência aos
complexos (ricos em fibras).
 Evitar gorduras saturadas e colesterol (menos de 2% de
gorduras trans).
 Controlar a ingestão de sal (menos de 6g/dia).
 Evitar refrigerantes.
 Ingerir frutas, verduras e legumes (mais de cinco
porções/ dia).
 Evitar trocas de refeições por lanches.
 Orientar quanto à pratica de atividade física regular
Exemplo: vamos apresentar a CENOURA, de que forma?
 Cenoura ralada na salada;
 Cenoura cozida em palitos ou círculos;
 Suflê de cenoura;
 Bolo de cenoura;
 Suco de fruta com cenoura;
 Sopa com cenoura;
 Purê de cenoura;
 Pasta de cenoura;
 Panqueca com cenoura;
 Arroz com cenoura;
 Omelete com cenoura;
 Bolinho de arroz com cenoura;
 Biscoitos de cenoura;
 Muffin de cenoura com abobrinha;
 Almôndegas com cenoura;
Exemplo: vamos apresentar o BRÓCOLIS, de que forma?
 Brócolis cozido (vapor) na salada;
 Brócolis refogado no alho e azeite extra virgem.
 Arroz com brócolis;
 Suflê ou quiche de brócolis com queijo;
 Caldo de brócolis;
 Sopa de legumes com brócolis;
 Hambúrguer com brócolis;
 Almôndegas com brócolis;
 Panqueca com brócolis;
 Omelete com brócolis;
 Yakissoba (com cenoura e brócolis)
1 Comer todos os dias
Frutas Legumes Verduras
2 Não se esqueça do
Arroz e do Feijão !
3
Cuidado com os
alimentos com
muita gordura
4
Não ficar muito
tempo sem comer!
5 Comer menos doces,
bolos, biscoitos...
6 Cuidado com o
refrigerante!
Beber bastante água!
7 O sal demais faz mal !
8 Comer devagar
Mastigar bem
9 Experimentar
novos alimentos !
10 Não fique parado!
Faça uma atividade
física!
 CONSTRUÇÃO DE BONS HÁBITOS
 CRIANÇA TEM QUE PARTICIPAR
 NUNCA É TARDE PARA APRENDER
 PARCERIA FAMÍLIA E COLÉGIO
 NA ESCOLA
 SELETIVIDADE ALIMENTAR
 ALERGIAS ALIMENTARES
 INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES
 FALTA DE ROTINA E PLANEJAMENTO
Seletividade alimentar?
 Seletividade alimentar?
 Problemas sensoriais?
 Presença de patologias (alergias ou
intolerâncias)?
 Hábitos alimentares (educação
nutricional)?
 Aspectos psicológicos e outros?
A DISFUNÇÃO SENSORIAL é uma desordem neurológica
onde todo o sistema de auto regulação é alterado e
afeta o desenvolvimento das habilidades básicas
(alimentação, higiene, vestuário, atividades do
cotidiano), atividades motoras (andar, pular, correr,
brincar) e comunicação social (fala).
SE AFETA A PARTE ORAL (PALADAR) E OLFATIVA, vai
interferir diretamente na alimentação e muita das
vezes precisa de um profissional qualificado.
 Falta de tempo;
 Falta de jeito ou de vontade de cozinhar;
 Gosto pessoal de cada pessoa;
 Ritmo de vida atual;
 Costumes alimentares modernos;
 Hábitos de cada família;
 Limitações sensoriais de algumas crianças;
 Preferências comerciais de crianças;
 Ritmo alimentar com que foram acostumadas por longo
tempo;
 FALTA DE ROTINA, REGRAS E LIMITES NA CRIANÇA;
Falta de ROTINA
ALIMENTAR das crianças
pode influenciar no
desenvolvimento
cognitivo,
na liberação de hormônios
relacionados ao bem estar
e contribuir com o
sobrepeso,
obesidade,
diabetes tipo 2 e
hipertensão arterial.
A alimentação inadequada na infância e na
adolescência, além do estado nutricional,
pode comprometer a saúde ao longo da vida
e levar ao risco de doenças crônicas como
hipertensão, doença arterial coronariana,
dislipidemias, obesidade, diabetes e
osteoporose.
O risco e a evolução dessas doenças podem
ser modificados por mudanças de estilo de
vida e adoção de hábitos alimentares mais
saudáveis.
jgsmv@hotmail.com
gaape.nutri@hotmail.com
Whatsapp: (24) 99269-1046
Facebook: Juliana Schaefer
Instagram: @nutrijuschaefer
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação
Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Manual de atendimento da
criança com desnutrição grave em nível hospitalar/Ministério da saúde,
Secretaria de Atenção à saúde, Coordenação Geral da Política de
Alimentação e Nutrição-Brasília:Ministério da Saúde, 2005.144p. (Série
A.Normas e Manuais Técnicos)
 Buzinaro EF, Almeida RNA, Mazeto GMFS. Biodisponibilidade do cálcio
dietético. Arq Bras Endocrinol Metab 2006;.50(5).
 Carazzato JG. Atividade Física na Criança e no Adolescente. Em Ghorayeb
N & Barros T. O Exercício. Ed. Atheneu. 1999. p 351-361.
 Dietary Reference Intakes of energy, Carboydrate,Fiber,Fat, Fatty
Acids,Cholesterol,Protein, and Amino Acids.National Academy of
Sciences.Instiute of medicine.Food and Nutrition Board,2005.
 Ghorayeb N, Bozza A, Loos L, Fuchs ARCN. Aspectos Cardiovasculares da
Criança Atleta. Em Ghorayeb N & Barros T. O Exercício. Ed. Atheneu.
1999. p 363-373.
 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE. Diretoria de Pesquisas Coordenação de
Trabalho e Rendimento.
 Pesquisa de Orçamento Familiares 2008-2009.Despesas Rendimentos e
Condições de Vida. Rio de Janeiro2010.
 Seabra AE, Mendonça DM, Thomis MA, Anjos LA, Maia JA.
Determinantes biológicos e sócio-culturais associados à
prática de atividade física de adolescentes. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro. 24(4):721-736. 2008.
 Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de
Nutrologia. Manual de orientação para alimentação do
lactente, do pré-escolar, do escolar , doo adolescente e na
escola.São Paulo: Sociedade Brasileira de
Pediatria,Departamento de Nutrologia,2 ed.2008.
 Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de
Nutrologia.Manual de avaliação nutricional da criança e do
adolescente.São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria,
Departamento de Nutrologia,2009.
 Philippi ST,Ribeiro LC,Latterza AR,Cruz ATR.Pirâmide
Alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos.Rev
Nutr 1999;12(1):65-80.
 Ronque ERV, Cyrino ES, Dórea V, Serassuelo Jr H, Galdi EHG,
Arruda M. Diagnóstico da aptidão física em escolares de
alto nível socioeconômico: avaliação referenciada por
critérios de saúde. Rev Bras Med Esporte. 2007;13(2).
 Weffort VRS & Lamounier JA. Nutrição em Pediatria. Da
neonatologia à adolescência. Ed. Manole. 2009.

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  • 1. A distância que aproxima: um novo olhar para a educação infantil
  • 2.  Mestranda em Educação – UCP  Especialista em Nutrição Humana (Clínica e Gestão) e graduada em Nutrição – FASE  Nutricionista e Coordenadora do setor de nutrição do GAAPE (Grupo Amigos do Autista de Petrópolis)  Membro do grupo de pesquisas IDA/UCP – Infâncias, docências e Alteridade  Experiência na área de nutrição clínica, educação nutricional, treinamento, assessoria e consultoria nutricional, palestrante.
  • 3. A alimentação é item primordial para o bom desenvolvimento da mente e do corpo desde o nascimento
  • 4.
  • 5. Estilo de vida moderno contribui para a obesidade infantil.
  • 7.  A obesidade infantil é um problema mundial de saúde pública a ser superado.  Dados nacionais mostram que 3 a cada 10 crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso no país.  Segundo o Atlas Mundial da Obesidade e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil estará na 5º posição no ranking de países com o maior número de crianças e adolescentes com obesidade em 2030, com apenas 2% de chance de reverter essa situação se nada for feito.
  • 8.
  • 9. A alimentação é item primordial para o bom desenvolvimento da mente e do corpo desde o nascimento
  • 10.  Recém nascido até os 6 meses de vida  Dos 6 meses a 1 ano de idade  De 1 a 2 anos (creche)  Fase pré-escolar (de 2 a 7 anos)  Fase escolar (de 7 a 12 anos)  Fase da adolescência (acima de 12 anos)
  • 11.
  • 12. o A alimentação no 1º ano de vida é fator determinante na saúde da criança. o As fases iniciais do desenvolvimento humano são influenciadas por fatores nutricionais e metabólicos levando a efeitos de longo prazo na programação metabólica da saúde na vida adulta.
  • 13.
  • 14.
  • 15.  Fase pré-escolar (2 a 6 anos) caracteriza-se por estabilização do crescimento estrutural e do ganho de peso.  Nessa etapa do desenvolvimento infantil, há uma menor necessidade de ingestão energética quando comparada ao período de zero a dois anos e a fase escolar.  A criança desenvolve ainda mais a capacidade de selecionar os alimentos a partir de sabores, cores, experiências sensoriais e texturas, sendo que essas escolhas irão influenciar o padrão alimentar futuro.  Nessa faixa etária, as escolhas alimentares da criança sofrem intensas influências dos hábitos alimentares da família.  A formação da preferência da criança pode, então, decorrer da observação e imitação dos alimentos escolhidos por familiares ou outras pessoas e crianças que convivem em seu ambiente.
  • 16.  Nessa faixa etária crianças podem apresentar certa relutância em consumir alimentos novos.  Comportamento: é necessário que a criança prove o alimento várias vezes – em diferentes momentos e diversos tipos de preparação – mesmo que em quantidades mínimas.  Somente dessa forma ela conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá, assim, seu padrão de aceitação.
  • 17. Durante essa faixa etária, a anemia ferropriva apresenta uma relevante prevalência, assim, é de extrema importância que os cuidadores estejam atentos quanto à suplementação adequada de ferro através da dieta O Ministério da Saúde/Organização Pan- Americana da Saúde adotam os “10 passos” como guia para alimentação saudável para crianças nas fases pré-escolar e escolar.
  • 18.  Fase de 7 a 10 anos  Caracterizada por um período de crescimento e demandas nutricionais elevadas.  O cardápio das crianças nessa faixa etária já está adaptado às disponibilidades e costumes dietéticos da família. É importante, reforçar às famílias sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, pois isso irá refletir na saúde da criança da mesma forma.  Nessa fase a criança tem um alto gasto energético devido ao metabolismo que é mais intenso que o do adulto.  Nessa faixa etária há intensa atividade física e mental.
  • 19.  Fase de crescimento e desenvolvimento situada entre a infância e a vida adulta.  De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a adolescência é o período dos 12 aos 18 anos, já para a OMS e para o Ministério da Saúde, está entre 10 anos e 20 anos incompletos.  Dotada de peculiaridades, tanto físicas (com o crescimento em estatura, a maturação sexual, o estabelecimento de caracteres sexuais secundários e as mudanças na estrutura corporal, os quais compõem a puberdade) quanto sociais e emocionais, a adolescência deve ser alvo de cuidadosas interferências, seja no sentido do relacionamento interpessoal, do ensino nas escolas, da educação por parte dos pais, seja nos cuidados com sua saúde e também nos cuidados com a nutrição e a alimentação.
  • 20.  Além da necessidade energética e de macronutrientes, deve-se estimar as necessidades específicas de cada micronutriente, de forma a proporcionar uma nutrição balanceada e adequada, evitando sintomas de uma deficiência nutricional específica, comum na adolescência, por conta das variações de necessidades de acordo com o estágio puberal.  Os macronutrientes são: carboidratos, proteínas e lipídeos. Suas necessidades podem ser estimadas em percentual da energia total. Já os micronutrientes são as vitaminas e os minerais, ambos extremamente necessários em todas as fases da vida, mas em especial na adolescência.
  • 21.  Melhorar hábitos alimentares;  Manter equilíbrio intestinal;  Reduzir ou excluir alimentos que prejudiquem a saúde;  Melhorar o estado de saúde como um todo (aumentar imunidade, reduzir processos inflamatórios, equilibrar sistema digestivo, regular funcionamento intestinal, equilíbrio hídrico, prevenção de doenças...)
  • 22.
  • 23.
  • 24.  Variar os alimentos.  Realizar 5 a 6 refeições diárias (café-da-manhã, almoço e jantar, e lanches nos intervalos).  Preferir proteínas de alto valor biológico (carnes, ovos, leite e derivados).  Estimular o consumo de peixes marinhos duas vezes por semana.  Evitar açúcares simples, dando preferência aos complexos (ricos em fibras).  Evitar gorduras saturadas e colesterol (menos de 2% de gorduras trans).  Controlar a ingestão de sal (menos de 6g/dia).  Evitar refrigerantes.  Ingerir frutas, verduras e legumes (mais de cinco porções/ dia).  Evitar trocas de refeições por lanches.  Orientar quanto à pratica de atividade física regular
  • 25. Exemplo: vamos apresentar a CENOURA, de que forma?  Cenoura ralada na salada;  Cenoura cozida em palitos ou círculos;  Suflê de cenoura;  Bolo de cenoura;  Suco de fruta com cenoura;  Sopa com cenoura;  Purê de cenoura;  Pasta de cenoura;  Panqueca com cenoura;  Arroz com cenoura;  Omelete com cenoura;  Bolinho de arroz com cenoura;  Biscoitos de cenoura;  Muffin de cenoura com abobrinha;  Almôndegas com cenoura;
  • 26. Exemplo: vamos apresentar o BRÓCOLIS, de que forma?  Brócolis cozido (vapor) na salada;  Brócolis refogado no alho e azeite extra virgem.  Arroz com brócolis;  Suflê ou quiche de brócolis com queijo;  Caldo de brócolis;  Sopa de legumes com brócolis;  Hambúrguer com brócolis;  Almôndegas com brócolis;  Panqueca com brócolis;  Omelete com brócolis;  Yakissoba (com cenoura e brócolis)
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. 1 Comer todos os dias Frutas Legumes Verduras
  • 31. 2 Não se esqueça do Arroz e do Feijão !
  • 32. 3 Cuidado com os alimentos com muita gordura
  • 34. 5 Comer menos doces, bolos, biscoitos...
  • 35. 6 Cuidado com o refrigerante! Beber bastante água!
  • 36. 7 O sal demais faz mal !
  • 39. 10 Não fique parado! Faça uma atividade física!
  • 40.  CONSTRUÇÃO DE BONS HÁBITOS  CRIANÇA TEM QUE PARTICIPAR  NUNCA É TARDE PARA APRENDER  PARCERIA FAMÍLIA E COLÉGIO  NA ESCOLA
  • 41.  SELETIVIDADE ALIMENTAR  ALERGIAS ALIMENTARES  INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES  FALTA DE ROTINA E PLANEJAMENTO
  • 43.  Seletividade alimentar?  Problemas sensoriais?  Presença de patologias (alergias ou intolerâncias)?  Hábitos alimentares (educação nutricional)?  Aspectos psicológicos e outros?
  • 44. A DISFUNÇÃO SENSORIAL é uma desordem neurológica onde todo o sistema de auto regulação é alterado e afeta o desenvolvimento das habilidades básicas (alimentação, higiene, vestuário, atividades do cotidiano), atividades motoras (andar, pular, correr, brincar) e comunicação social (fala). SE AFETA A PARTE ORAL (PALADAR) E OLFATIVA, vai interferir diretamente na alimentação e muita das vezes precisa de um profissional qualificado.
  • 45.  Falta de tempo;  Falta de jeito ou de vontade de cozinhar;  Gosto pessoal de cada pessoa;  Ritmo de vida atual;  Costumes alimentares modernos;  Hábitos de cada família;  Limitações sensoriais de algumas crianças;  Preferências comerciais de crianças;  Ritmo alimentar com que foram acostumadas por longo tempo;  FALTA DE ROTINA, REGRAS E LIMITES NA CRIANÇA;
  • 46. Falta de ROTINA ALIMENTAR das crianças pode influenciar no desenvolvimento cognitivo, na liberação de hormônios relacionados ao bem estar e contribuir com o sobrepeso, obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.
  • 47. A alimentação inadequada na infância e na adolescência, além do estado nutricional, pode comprometer a saúde ao longo da vida e levar ao risco de doenças crônicas como hipertensão, doença arterial coronariana, dislipidemias, obesidade, diabetes e osteoporose. O risco e a evolução dessas doenças podem ser modificados por mudanças de estilo de vida e adoção de hábitos alimentares mais saudáveis.
  • 49.  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar/Ministério da saúde, Secretaria de Atenção à saúde, Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição-Brasília:Ministério da Saúde, 2005.144p. (Série A.Normas e Manuais Técnicos)  Buzinaro EF, Almeida RNA, Mazeto GMFS. Biodisponibilidade do cálcio dietético. Arq Bras Endocrinol Metab 2006;.50(5).  Carazzato JG. Atividade Física na Criança e no Adolescente. Em Ghorayeb N & Barros T. O Exercício. Ed. Atheneu. 1999. p 351-361.  Dietary Reference Intakes of energy, Carboydrate,Fiber,Fat, Fatty Acids,Cholesterol,Protein, and Amino Acids.National Academy of Sciences.Instiute of medicine.Food and Nutrition Board,2005.  Ghorayeb N, Bozza A, Loos L, Fuchs ARCN. Aspectos Cardiovasculares da Criança Atleta. Em Ghorayeb N & Barros T. O Exercício. Ed. Atheneu. 1999. p 363-373.  Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento.  Pesquisa de Orçamento Familiares 2008-2009.Despesas Rendimentos e Condições de Vida. Rio de Janeiro2010.
  • 50.  Seabra AE, Mendonça DM, Thomis MA, Anjos LA, Maia JA. Determinantes biológicos e sócio-culturais associados à prática de atividade física de adolescentes. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. 24(4):721-736. 2008.  Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de orientação para alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar , doo adolescente e na escola.São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria,Departamento de Nutrologia,2 ed.2008.  Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia.Manual de avaliação nutricional da criança e do adolescente.São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento de Nutrologia,2009.  Philippi ST,Ribeiro LC,Latterza AR,Cruz ATR.Pirâmide Alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos.Rev Nutr 1999;12(1):65-80.  Ronque ERV, Cyrino ES, Dórea V, Serassuelo Jr H, Galdi EHG, Arruda M. Diagnóstico da aptidão física em escolares de alto nível socioeconômico: avaliação referenciada por critérios de saúde. Rev Bras Med Esporte. 2007;13(2).  Weffort VRS & Lamounier JA. Nutrição em Pediatria. Da neonatologia à adolescência. Ed. Manole. 2009.