O documento discute a importância da indústria de pneus no Brasil e do programa de logística reversa para a coleta e destinação adequada de pneus inservíveis. O programa já coletou 400 milhões de pneus e investiu US$ 175 milhões, estabelecendo 220 pontos de coleta em 2006 e 743 pontos em 2012. A meta é tornar o pneu um resíduo de valor positivo e servir como referência mundial na contribuição para o desenvolvimento sustentável.
5. PNEU Mas pode...
INSERVÍVEL Ocupar volume em
aterros e rios
Entupir redes de esgoto
Não é tóxico
Ser foco para mosquito da
Não é inflamável dengue
6. COMO CUIDAR
DESSA QUESTÃO ?
1999
CONAMA:
Resolução 258/99
ANIP: Programa Nacional de Coleta
e Descarte de Pneus Inservíveis
7. LOGÍSTICA
REVERSA
DO PNEU
INSERVÍVEL
Criação de pontos de coleta
Trituração do material
Destinação para outras indústrias
Até 2006
220 pontos de coleta
611 mil toneladas de
pneus coletados
8. COMO
RECICLANIP ESTRUTURAR
Entidade sem fins lucrativos
MELHOR ESSE
Fortalecimento das iniciativas de
Coleta e Destinação de Pneus
PROGRAMA?
Inservíveis
Realiza a gestão da logística
reversa do produto
9. ESTREITAMENTO DE
PARCERIAS PARA
EVOLUÇÃO CONTÍNUA
DO PROCESSO
Sociedade
civil
Entidades
públicas
10. R TE
T RANSPO DE
P O NT O D Valorizaçã STINO
o energét
E COLETA Reutilizaç
ão de ma
ica
téria-prim
a
11. DESTINAÇÕES REUTILIZAÇÃO DE
AMBIENTALMENTE MATÉRIA-PRIMA
ADEQUADAS Artefatos
de Borracha
8,5%
VALORIZAÇÃO Asfalto
ENERGÉTICA 2,0%
Cimenteiras Construção Civil
63,4% 1,5%
Siderúrgica Pisos/
Gramados
7,0%
10,5%
Pirolise Laminação
0,1% 7,0%
O pneu é fundamental para a mobilidade de pessoas e produtos Não há veículo que trafegue por ruas e estradas sem pneu. Fundamental também para o deslocamento de 190 milhões de brasileiros todos os dias. Inclusive para o evento de hoje.
A indústria brasileira de pneumáticos: Gera 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos Gera dividendos para o PIB, balança comercial e impostos Contribui com o desenvolvimento De toda a cadeia logística rodoviária e aérea Do mercado agropecuário
Mas todo esse desenvolvimento tem uma consequência inevitável: em um certo momento, os pneus atingem seu desgaste completo e passam a não poderem ser mais utilizados: tornam-se pneus inservíveis.
Por suas características, o pneu inservível não é um produto tóxico que contamina solo e água (estudos Basileia) e nem inflamável (se não for ateado fogo). Só que, descartados no ambiente, esses pneus podem ocasionar: Entupimentos de redes de esgoto e enchentes Poluição de rios Ocupação de enorme volume nos aterros sanitários E, além disso, podem gerar problemas para a saúde pública, pois podem acumular água e ser foco para o mosquito da dengue.
Por isso, há muito tempo a indústria mundial vem cuidando dessa questão. Não foi diferente no Brasil, quando em 1999 a ANIP iniciou o Programa Nacional de Coleta e Descarte de Pneus Inservíveis, a partir da Resolução 258/99 do CONAMA.
Começou aí um trabalho ambicioso de logística reversa do pneu inservível, com: Criação de pontos de coleta Trituração do material Destinação desse produto para outras indústrias Gestão de toda a logística que envolve essa operação Até 2006, esse Programa já tinha como resultados: 220 pontos de coleta 123 milhões de toneladas de pneus coletados
Mas a ANIP sabia que podia ir além. Por isso, realizou benchmarking com indústrias de diversos países europeus e estudou formas de estruturar melhor o Programa. Nascia, assim, em 2007, a Reciclanip, como uma entidade sem fins lucrativos criada com o objetivo exclusivo de cuidar das iniciativas de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis e, assim, garantir uma gestão ainda mais eficiente de toda a logística reversa do produto.
Um avanço fundamental foi o estreitamento da parceria com entidades públicas e sociedade civil em todas as etapas desse processo para uma evolução contínua que também, continuamente, irá agregar valor a todo o processo. As prefeituras, por exemplo, são quem, na maioria dos casos, cedem terrenos para pontos de coleta, que precisam estar sempre cobertos para evitar acúmulo de água. Além disso, é fundamental a conscientização do consumidor, revendedor ou borracheiro para levar o pneu até o ponto de coleta.
O responsável pelo ponto comunica à Reciclanip a necessidade de retirada do material quando atinge a quantidade de 2000 pneus de passeio ou 300 pneus de caminhões. A partir daí, a Reciclanip programa a retirada do material com os transportadores conveniados. Quando saem dos pontos de coleta, os pneus podem seguir: Para cimenteiras que vão utilizá-los em fornos especialmente preparados para recebê-los como combustível. Para trituração, onde têm dois destinos: cimenteiras que recebem o material triturado em seus fornos ou matéria-prima para novos produtos como asfalto-borracha, pisos de quadra poliesportiva, artefatos de borracha, tapetes para automóveis ou solados de sapato.
Todas estas destinações são aprovadas pelo IBAMA como destinações ambientalmente adequadas. Além disso, o trabalho da Reciclanip contribui com o fomento de outros mercados que utilizam a borracha e o aço, que são os componentes recicláveis do pneu. (percentual do quanto é destinado a cada atividade)
A operação logística ganhou complexidade e faz o programa ser hoje uma referência mundial em programa de pós-consumo e logística reversa no Brasil. Especialmente pela dimensão continental desse País.
Um programa que cresceu bastante em tamanho. Dos 220 pontos de coleta em 2006, hoje já chegamos 743 De volume de 611 mil pneus coletados até o fim de 2006, chegamos a mais de 1,86 milhão até maio de 2012
Nesse exato momento e em todos os 365 dias do ano, seja dia ou seja noite, faça chuva ou faça sol, temos dezenas de caminhões rodando esse País transportando pneus inservíveis de pontos de coleta a pontos de destinação, nos locais mais distantes do País, do norte ao sul.
De 1999 até hoje... Já são mais de 400 milhões de pneus coletados, o que representa quase 6 voltas ao mundo! Uma operação em que os fabricantes já investiram mais de US$ 175 milhões até maio de 2012.
Com toda a experiência adquirida, a Reciclanip estabeleceu um diálogo com o governo federal para aprimoramento da normatização. O resultado foi a atualização para a Resolução 416/09 do CONAMA, válida atualmente. Além disso, o IBAMA, em relatório de Julho de 2011, reconhece os esforços da Reciclanip: “... acreditamos que o setor está empenhado no atendimento desta normativa, o que é imprescindível, pois garantirá que os pneus inservíveis não sejam dispostos de forma inadequada, protegendo, assim, a saúde pública e o meio ambiente”.
A Reciclanip também passou ser reconhecida por seu trabalho... Pela indústria brasileira – prêmio da FIESP em 2009 E hoje também por uma importante entidade internacional, a UNESCO, que nos concedeu um prêmio que coroa esse trabalho – Prêmio-E na categoria ‘Economia’, concedido por uma parceria entre Instituto-E, Prefeitura do Rio de Janeiro, com a chancela da UNESCO
Mas esse é um trabalho em constante evolução. Temos novos desafios pela frente, como: Fomentar ainda mais novas destinações ambientalmente corretas, estimulando outras atividades industriais, tornando o pneu um resíduo de valor positivo que serve de matéria-prima para novas cadeia produtiva (estudos com academia, instituições...) Conseguir envolver ainda mais a cadeia econômica do pneu em sua responsabilidade compartilhada, pois a coleta e destino de pneus inservíveis é uma questão ampla que, além de quem fabrica, quem importa, revende, reforma, transporta, compra, etc. (-)