Luiz Fernando Sambugaro destaca alguns pontos da pesquisa realizada pelo IBEVAR e outras instituições que revelou o índice recorde perdas no varejo brasileiro. Além de uma análise geral das perdas e estratégia para prevenção, segmentos como Supermercados, Material de Construção, Farmácias e Drogarias tiveram seus dados compilados. Micro, Pequenas e Médias empresas também participaram da pesquisa.
Gunnebo Gateway - Prevenção de Perdas (Edição 4 - Ano 2012)
Comentários sobre a 15a Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro
1. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
PERDAS
NO VAREJO
BRASILEIRO
Informações da 15ª Avaliação
de Perdas no Varejo Brasileiro,
com comentários de
Luiz Fernando Sambugaro
2. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
Analisando os fatos
Consideradas as características humanas e as tendências
sócio econômicas de nosso Brasil, apenas ratificamos o que
que já é de conhecimento global: por maior que sejam os
investimentos técnicos, humanos ou de qualquer outra ordem,
inclusive a religiosa, jamais reduziremos a zero os índices de
perdas como um todo e, muito menos, os índices de furtos.
Através dessa afirmação, podemos concluir também que,
nós mesmos enquanto consumidores pagaremos os custos
dessa angustiante constatação.
Aprendemos também, com o tempo e com as experiências
negativas de nossas empresas, que se não fizermos nada,
os custos serão muito maiores e crescentes.
Quanto mais tempo esperarmos para desenvolver
ações preventivas, maior será a perda acumulada,
pois não existe empresa com perda zero.
Os dados que constam na 15ª Avaliação de Perdas no Varejo
Brasileiro, que passo a comentar, já tem, como mostram
os números, 15 anos de experiência no varejo brasileiro.
Historicamente tem trabalhado com maior ênfase na área de
Super e Hipermercados, porém nos últimos anos incorporou
outros segmentos e desde o ano passado, as micro e
pequenas empresas também participam da pesquisa.
Nesta edição, vemos uma evolução negativa
de 15% de aumento das perdas em relação
ao último ano. Na contramão dos dados
internacionais que, salvo algumas exceções,
a tendência é de queda, embora pequena.
Tenho insistido sempre que os varejistas brasileiros, em
sua grande maioria, só levam em consideração os índices
de perdas e as tendências gerais, quando algo mais sério
acontece em sua própria empresa. Podemos constatar isso
ao observar o baixíssimo uso da tecnologia atualmente
disponível para prevenir perdas, se compararmos o varejo
brasileiro e o mundial, ou até mesmo a América Latina.
Como sempre digo, Prevenção de Perdas se faz de cima
para baixo, isto é: o principal executivo da empresa deve
definir como prioridade de sua equipe as ações preventivas
e monitorá-las regularmente como um processo de gestão
administrativa, definindo-a como estratégia da empresa.
Apesar dos resultados ruins, acreditamos que um dos
objetivos de pesquisas como esta seja a expansão e
ampliação do conhecimento sobre o problema das perdas
que favorece o despertar de uma mentalidade mais
amadurecida a respeito da prevenção.
3. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
Índice geral de perdas no varejo - Brasil
Fonte: 15ª Avaliação de Perdas no Varejo - IBEVAR e outros
Evolução do Índice de Perdas (fat.liquido) - % ao ano
1,78%
2,05%
1,97%
2,36%
2,33%
2,26%
1,96% 1,96%
2,52%
2,89%
2,15%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Evolução do Índice de Perdas (fat. líquido) - % ao ano
15%de aumento
no último ano
Quais as prováveis causas
desse significativo aumento?
Posso nomear algumas:
1º Deterioração das condições
sócio-econômicas no Brasil;
2º Provável queda no
faturamento líquido, porém
com o mesmo valor de
perdas;
3º Crescimento do conceito
geral de impunidade.
4. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
Dados internacionais
GLOBAL BRASIL
1,49% | América do Norte
1,60 % | América Latina
1,27 % | Europa
1,16% | Ásia pacífico
1,36%
2,89%
Fonte: 15ª Avaliação de Perdas
no Varejo - IBEVAR e outros
5. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
Quantoestamos
realmente
perdendo?
ÍNDICE
GERAL DE
PERDAS
MATERIAL DE
CONSTRUÇÃO
FARMÁCIA E
DROGARIAS
SUPER
MERCADOS
ÍNDICE DE
PERDAS
NAS MICRO,
PEQUENAS
E MÉDIO
EMPRESAS
2,89%
4,44%
2,98% 0,38% 1,72%
Normalmente as empresas que participam
de pesquisas realizam algum trabalho na
área de Prevenção de Perdas. Mesmo assim,
por fatores já mencionados anteriormente,
esse índice tem crescido e chegou a 2,89%,
como média nacional. Entretanto, quando
falamos das pequenas e médias empresas
é assustador o que se joga de dinheiro no
lixo: 4,44% do faturamento líquido. Por isso
afirmamos que os números que aparecem
tratam-se apenas da “ponta do iceberg”.
Você sabe quanto está realmente
perdendo? Investigue e
provavelmente obterá um número
maior do que você imagina.
Fonte: 15ª Avaliação de Perdas no Varejo - IBEVAR e outros
6. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
9,01% 16,03%
8,64%
8,08%
7,83%
33,35%
16,59%
Furto externo
Furto interno
Erros
administrativos
Erros de
Inventário
Outros ajustes
Fornecedores
Quebra operacional
Observamos que
os furtos internos,
externos e fraudes
de fornecedores
somados atingem
Os demais
representam o
tamanho dos
problemas de
gestão, de normas
e procedimentos.
32,5%
Principais causas de perdas
no setor de supermercados
Fonte: 15ª Avaliação de Perdas no Varejo - IBEVAR e outros
7. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
26% 14%
21%
22%
12%
5%
Furto externo
Furto interno
Erros
operacionias
Outros ajustes
Fraude de
terceiros
Quebra operacional
Principais causas de perdas no
setor de Material de Construção
Observamos que
os furtos internos,
externos e fraudes
de fornecedores
somados atingem
Os demais
representam o
tamanho dos
problemas de
gestão, de normas
e procedimentos.
47%
Fonte: 15ª Avaliação de Perdas no Varejo - IBEVAR e outros
8. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
15% 15%
15%
25%11%
19%
Furto externo
Furto interno
Erros
operacionais
Outros ajustes
Fraude de
terceiros
Quebra operacional
Principais causas de perdas no
setor de Farmácias e Drogarias
Observamos que
os furtos internos,
externos e fraudes
de fornecedores
somados atingem
Os demais
representam o
tamanho dos
problemas de
gestão, de normas
e procedimentos.
41%
Fonte: 15ª Avaliação de Perdas no Varejo - IBEVAR e outros
9. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
* Dados referentes ao setor de supermercados
Açougue
Bebidasalcóolicas
Eletroportáteis
Bebidas
35,0
15,0
25,0
5,0
30,0
10,0
20,0
0,0
32,9
18,8
11,8
7,1
4,7 4,7 4,7 4,7 4,7
2,4 2,4 1,2
RANKING DE PRODUTOS FURTADOS POR ARTIGO (SKU) - EM VALOR*
Chocolates,bolachas,etc
Desodorantes
Higieneeperfumaria
Laticínios
Vestuário,calcados
Aparelhodebarbear/cargas
Pilhas
Produtosautomotivos
Fonte: 15a
Avaliação de Perdas no Varejo - IBEVAR e outros
Quais os produtos mais furtados?
10. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
Quais os produtos mais furtados?
No setor de Material de Construção,
os itens mais furtados (considerando
o valor das perdas) são:
• Disco de corte
• Porcelanato
• Cimento
• Argamassa
• Vídeo portaria
• Cabos
• Misturadores cozinha e banheiro
No setor de farmácias os produtos
mais furtados (considerando o
valor das perdas) são (em valor):
• Cartelas de comprimidos
• Desodorantes
• Dermocosméticos
• Fraldas
Fonte: 15ª Avaliação de Perdas no Varejo - IBEVAR e outros
11. INFORMAÇÕES DA 15ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
Diretor de Comunicação da Gunnebo
Brasil, administrador e especialista
em Marketing, com cursos e
treinamentos nos Estados Unidos e
Alemanha. Possui mais de 30 anos
de experiência em gerências de
multinacionais americanas e européias,
além de 15 anos de experiência
nacional e internacional na área de
Prevenção de Perdas, como Diretor de
Comunicação da Gunnebo Gateway
Brasil, colaborador e membro do
Grupo de Prevenção de Perdas (GPP)
da Fundação Provar, membro do
Conselho da ABIESV (Associação
Brasileira da Indústria de Equipamentos
e Serviços para o Varejo), membro do
Conselho e do Grupo de Prevenção de
Perdas da SBVC (Sociedade Brasileira
de Varejo e Consumo) e membro
do Conselho de Desenvolvimento
Estratégico da Alshop (Associação
Brasileira de Lojistas de Shopping).
A tecnologia hoje disponível e os custos
compatíveis com nossas condições de
mercado tornam a relação custo benefício
sempre favorável aos investimentos na
Prevenção de Perdas.
Enfatizo aqui o conceito de investimento
e não de despesas, como alguns
varejistas costumam afirmar, pois deve
fazer parte do projeto orçamentário,
da estratégia da empresa.
Em média, investe-se
aproximadamente 0,7% sobre os
resultados (incluindo se pessoal,
tecnologia e gestão) e são reduzidos
até 80% dos índices de perdas, cujo
ganho é levado direto à última linha
do balanço contábil.
Incluo também a necessidade de
monitorar possíveis perdas em todos os
departamentos da empresa, pois cada área
pode ter ralos pelos quais escoam parte
de seu lucro. Isto faz parte do conceito
e estratégia de Prevenção de Perdas. O
suporte adequado por empresas como
a Gunnebo, que tem mais de 250 anos
nessa área de atividade, e que tem como
conceito prover soluções, é um dos mais
importantes itens a ser considerado no
processo decisório do executivo de P&P.
Outro item da pesquisa, não incluído
nestas páginas, que eu chamo a atenção,
pois seu reflexo é exponencial sobre todas
as áreas de atividade da empresa, é a
área de treinamento. Os dados mostram
que não mais de 50% das empresas que
já têm alguma atividade relacionada à
P&P, praticam treinamentos como regra
constante em suas atividades. No varejo,
onde a rotatividade de algumas empresas
costuma ser alta, a falta de treinamento se
mostra ainda mais grave.
Denadaadianteinvestiremtecnologia,
pessoal,normaseprocedimentos,etce,depois
nãotreinardeformacontínuasuaequipe.
As estratégias para prevenir perdas
vão muito além de apenas soluções
tecnológicas. Quanto mais suporte sua
empresa der à equipe e quanto mais
próximos os varejistas estiverem das
empresas que fornecem as soluções
necessárias, melhor será a troca de
conhecimento e o funcionamento da P&P.
12. Quer saber mais sobre Prevenção de perdas?
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