Paralelo entre a experiência dos discípulos de Cristo por ocasião da entrada triunfal cruz e a dos mileritas no desapontamento do dia 22 de outubro de 1844
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Deus conduz através do desapontamento
1. William Miller, que sempre fora
ligado ao campo, quando adulto,
tendo adotado o deísmo por
associar-se com deístas, retorna com
entusiasmo a estudar a Bíblia, após
um apelo comovente de um
pregador. Estudou intensamente
Bíblia usando apenas uma
concordância bíblica de Cruden.
Começou no Gênesis e não
avançava um versículo enquanto não o tivesse entendido. Certa vez se
deparou com o texto que o marcaria para o resto da vida: “até duas mil e
trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” Daniel 8:14.
Usando outros textos como Ezequiel 4:6 e 7 e outros mais, concluiu que as
2.300 tardes e manhãs representavam 2300 anos literais que teriam
começado em 457 A.C e terminariam em 1844 d. C. Aceitou a ideia comum
de que na era cristã a Terra é o santuário. Para ele, essa era a mensagem que
Deus lhe confiara.
Miller e seus companheiros sofreram desapontamento por não
compreenderem o significado da profecia, se baseando em Daniel 8:14 e
Apocalipse 14:7, foram desatentos com o cerimonial típico prefigurando
uma obra de juízo a ser iniciada no céu e as restantes mensagens contidas
em Apocalipse 14.
Enquanto Miller e seus companheiros deram a mensagem do advento da
América do Norte, surgiram em outros países grupos isolados que estudaram
as profecias e acreditaram no iminente advento de Jesus. Na América do
Sul, na Alemanha, França e Suíça, Escandinávia, em toda parte, o pungente
testemunho das profecias apontava para a vinda de Cristo na primavera de
1844. Um desapontamento amargo fora experimentado devido a um
equívoco no cálculo dos períodos proféticos: os eventos, pois Cristo não
aparecera.
Antes do grande dia esperado, no verão de 1844, devido a “demora,
tardança” se instalara o fanatismo através dos que eram superficiais; para os
2. que permaneceram na esperança e na fé, encontraram alento nas profecias
de Habacuque 2:1-4, Ezequiel 12:21-25, 27, 28 e na de Mateus 25 que os
ajudou a resistir o fanatismo. E após o desapontamento continuaram com
suas pesquisas para entender onde erraram, e entenderam com base em
Hebreus 8:1, 2, 5; 9:1-5, 9, 23, 24 e em Apocalipse 11:19 que o santuário a
ser purificado era o do Céu em vez de a Terra, e que Cristo desempenharia
ali seu Sumo Sacerdócio ministrando os méritos do se sacrifício em favor
do Seu povo.
O que podemos concluir finalmente é que Deus esteve guiando o seu povo
no movimento adventista como conduziu seu povo em todas épocas. Como
disse Miller em sua carta, Deus em sua sabedoria e bondade os estava
purificando, humilhando e os preparando para o reino. Miller esclarece bem
que, apesar de ter sido decepcionado, não estava abatido ou desanimado,
não perdeu de vista a “bendita esperança” e que continuava a aguardar a
vinda de Jesus a qualquer momento.
Referências:
Letter from WM. Miller.
WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. 36 ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1988.