Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Império do Brasil
1. IMPÉRIO DO BRASIL
O Império do Brasil (denominado pela historiografia também como
Brasil Império, Brasil Imperial ou Brasil Monárquico) foi um Estado
que existiu no século XIX e que compreendia, aproximadamente,
até 1825, o território que forma o Brasil e o Uruguai atuais. Seu
governo era uma monarquia constitucional parlamentar
representativa, com a ascensão ao trono de dois imperadores, D.
Pedro I e seu filho, D. Pedro II. De uma colônia do Reino de
Portugal, o Brasil tornou-se a sede do Império Português em 1808,
quando o então Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, reagiu à invasão napoleônica de
Portugal estabelecendo a si mesmo e seu governo no Rio de Janeiro. D. João VI, em
decorrência da Revolução do Porto, retornou a Portugal em 1821, deixando seu filho e herdeiro,
Pedro, para governar o Reino do Brasil como regente. Em 7 de setembro de 1822, Pedro
proclamou a independência do Brasil e, após liderar uma guerra bem-sucedida contra o reino de
seu pai, foi aclamado em 12 de outubro do mesmo ano como Dom Pedro I, primeiro imperador
do Brasil. O novo país era vasto, etnicamente diverso, porém pouco povoado.
Ao contrário das repúblicas vizinhas hispano-americanas, o Brasil adquiriu estabilidade política,
crescimento econômico consistente, liberdade de expressão garantida pela constituição, e
respeito pelos direitos de seus súditos, embora com restrições a escravos, sendo estes
reconhecidos como propriedades e não cidadãos. O parlamento bicameral do império era eleito
de forma relativamente democrática para a época, assim como as legislaturas provinciais e
locais. Devido a isso, surgiu uma longa divergência ideológica entre D. Pedro I e uma
considerável porção do parlamento sobre o papel do monarca no governo. Além disso, a mal
sucedida Guerra da Cisplatina contra as Províncias Unidas do Rio da Prata em 1828 levou à
secessão da província da Cisplatina (atual Uruguai). Em 1826, apesar de seu papel da
independência do Brasil, D. Pedro I tornou-se rei de Portugal (D. Pedro IV), abdicando
imediatamente em favor de sua filha mais velha. Dois anos depois, Maria II teve o trono
usurpado pelo irmão mais novo de D. Pedro I, Miguel. Incapaz de lidar simultaneamente com os
problemas do Brasil e de Portugal, Pedro I abdicou ao trono
brasileiro em 7 de abril de 1831 e imediatamente partiu para
a Europa para restaurar sua filha ao trono português.
O sucessor de Pedro I no Brasil foi seu filho de apenas cinco
anos, Pedro II. Sendo ele ainda menor de idade, foi instalada
uma regência. O vazio de poder resultante da falta de um
monarca ativo como árbitro decisivo das questões políticas
levou a uma série de guerras civis regionais entre facções
locais. Tendo herdado um império no limiar da desintegração,
Pedro II, quando aclamado imperador, conseguiu pacificar e
estabilizar o país, que viria a tornar-se uma potência
emergente internacional. Sob o reinado de Pedro II, o Brasil
foi vitorioso em três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra
do Paraguai) e o império prevaleceu em vários outros conflitos e disputas internacionais e crises
internas. Junto à prosperidade e ao desenvolvimento surgiu um fluxo de imigração europeia,
incluindo protestantes e judeus, embora o Brasil tenha continuado maciçamente católico. A
escravidão, fortemente difundida, foi restringida por sucessivas reformas até sua abolição em
2. 1888. As artes visuais, a literatura e o teatro afloraram neste período. Embora muito
influenciados por estilos europeus que variavam do neoclassicismo ao romantismo, cada
conceito era adaptado para criar uma cultura genuinamente brasileira.
Embora as quatro últimas décadas do reinado de Pedro II tenham sido um período de paz
consistente e prosperidade econômica, ele não desejava ver a monarquia sobreviver além do
seu tempo de vida e não se importou em arregimentar apoio para a preservação do sistema. A
próxima na linha sucessória era a sua filha Isabel, mas nem Pedro II nem a elite política
consideravam uma mulher no trono aceitável. Na falta de um herdeiro viável, a elite política em
geral tornou-se indiferente à monarquia. Após um reinado de 58 anos, em 15 de novembro de
1889, Pedro II foi deposto por um repentino golpe de Estado liderado por uma facção de líderes
militares e civis cujo propósito era a formação de uma república presidencialista, dando início ao
regime republicano no país.
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