Estará a grande metrópole paulista preparada para assegurar água em quantidade e qualidade adequadas à sua população? Aprenderam-se as lições da crise hídrica de dois anos atrás? Além de mais investimentos, quais inovações devem ser adotadas para evitar que o cenário venha a se repetir no futuro?
JULIAN THORTON
Especialista internacional em NRW (Non-Revenue Water, ou água desperdiçada, em tradução livre) com experiência prática de 35 anos em mais de 30 países, incluindo o Brasil. Membro ativo voluntário daInternational Water Association (IWA) e da American Water Works Association (AWWA). É autor do livro Water Loss Control Manual (Manual de Controle de Perdas de Água).
3. ANÁLISE COM TRÊS MODELOS
BÁSICOS
• TOP DOWN – ANÁLISE DAS PERDAS APARENTES E REAIS
BASEANDO-SE EM VOLUMES ANUAIS – UTILIZANDO DADOS DE
PRODUÇÃO E FATURAMENTO
• ANÁLISE DE COMPONENTES DE PERDAS APARENTES E REAIS
BASEANDO-SE NO HISTÓRICO DA COMPANHIA PARA
OCORRÊNCIAS INDIVIDUAIS OU DE GRUPOS DE PERDAS,
CONSIDERANDO PRESSÕES E INFRAESTRUTURA DO SISTEMA
– UTILIZANDO DADOS DO SISTEMA GERENCIAL E
CONVERTENDO-OS EM VOLUMES ANUAIS
• BOTTOM UP –ANÁLISE DE PERDAS REAIS BASEANDO-SE EM
DADOS DE MEDIÇÕES DE VAZÕES NOTURNAS E PRESSÕES
DINÂMICAS E CONVERTENDO-OS EM VOLUMES DIÁRIOS E
ANUAIS
5. O BALANÇO HÍDRICO PADRÃO SEPARA AS
PERDAS EM
DOIS COMPONENTES BÁSICOS
• REDUÇÃO DAS PERDAS
APARENTES:
• AUMENTA O
FATURAMENTO
• MAS NÃO OS RECURSOS
HÍDRICOS
• REDUÇÃO DAS PERDAS
REAIS CRIA:
• UM RECURSO ADICIONAL
• QUE REDUZ CUSTOS
OPERACIONAIS
• E PODE SER USADO PARA
ADIAR O EMPREGO DE
CAPITAL EM AMPLIAÇÃO
DE SISTEMA
8. MODELAGEM DE COMPONENTES
DE PERDAS DE ÁGUA
ÍndicedeVazamentos
aumadeterminadapressão
Duração do Vazamento
Volume perdido por
categoria de Vazamento
Tempo gasto até tomar
conhecimento do vazamento
“C”
Tempo gasto
Para localizar
o vazamento
“L”
Tempo Gasto
para
reparar o
vazamento
“R”
USANDO ESTE CONCEITO, PODEMOS MODELAR A
FREQUÊNCIA MAIS EFICIENTE DE INTERVENÇÃO E
FERRAMENTAS PARA CADA COMPONENTE DE PERDAS
9. DESAGREGAÇÃO DO SISTEMA POR
UN, SA E DMC- FOCO MAIS PRECISO
Zone 1
Zone 3Zone 2
Zone 1
Zone 3Zone 2
10. ANÁLISES DINÂMICAS DOS
COMPONENTES – PERDA REAL
Zone: Nashville - DMA No. 2
BABE COMPONENTS
0
200
400
600
800
1,000
1,200
1,400
0:00
0:45
1:30
2:15
3:00
3:45
4:30
5:15
6:00
6:45
7:30
8:15
9:00
9:45
10:30
11:15
12:00
12:45
13:30
14:15
15:00
15:45
16:30
17:15
18:00
18:45
19:30
20:15
21:00
21:45
22:30
23:15
FlowRate(GPM)
50
55
60
65
70
75
80
85
90
Pressure(PSI)
BACKGROUND LEAKAGE COMPONENT BREAKS COMPONENT CONSUMPTION AVERAGE ZONE PRESSURE
ILI = 5
Estimativa de recuperação de perdas
Priorização dos distritos para detecção e reparo de vazamentos
12. ENTENDENDO A TAXA NATURAL DE
CRESCIMENTO DE VAZAMENTOS
• A TAXA NATURAL DE CRESCIMENTO É DEFINIDA COMO O
AUMENTO EM VAZAMENTOS QUE OCORREM AO LONGO DO
ANO, CASO NÃO SEJA EFETUADO NENHUM REPARO OU
ATIVIDADE DE CONTROLE DE VAZAMENTOS
• É O AUMENTO RESULTADO DO CRESCIMENTO DOS
VAZAMENTOS EXISTENTES E DA OCORRÊNCIA DE NOVOS
VAZAMENTOS
• É O NÍVEL DE VAZAMENTOS QUE PRECISA SER SUPERADO
PARA PERMITIR QUE AS PERDAS SE MANTENHAM EM
DETERMINADO NÍVEL
Fonte: Yorkshire Water Resources Plan 2014
14. APLICANDO A CAIXA DE
FERRAMENTAS
Volume Anual das
Perdas Aparentes
Controle e
Analise de
dados
Controle da
Integridade
de dados de
faturamento
Política de
Controle de
Uso Não
Autorizado
Nível
Econômico das
Perdas Aparentes
Perdas
Aparentes
Inevitáveis
Gerenciamento
de
Medidores
Volume Anual das
Perdas Aparentes
Controle e
Analise de
dados
Controle da
Integridade
de dados de
faturamento
Política de
Controle de
Uso Não
Autorizado
Nível
Econômico das
Perdas Aparentes
Perdas
Aparentes
Inevitáveis
Gerenciamento
de
Medidores
Controle de
Pressão
Gestão da
Infra-estrutura
Controle
Ativo dos
Vazamentos
Rapidez e
Qualidade
dos Reparos
Volume Anual das
Perdas Reais
Perdas
Potencialmente
Recuperáveis
Perdas
Reais
Inevitáveis
Volume Anual das
Perdas Reais
Perdas
Potencialmente
Recuperáveis
Perdas
Reais
Inevitáveis
15. HISTÓRICO
Forte atuação no combate à Perdas
Rede de distribuição de água da RMSP
54% rede coberta por VRPs
(1476 em operação).
Mais de 3600 km de rede
pesquisada/mês.
Mais de 20 mil ramais
substituídos/mês.
Regularização de núcleos
de baixa renda.
Substituição de mais de
25 mil hidrômetros/mês.
Combate à Perdas
IPDt em Litros/ligação dia
Reclamações Falta de Água
Média de reclamações de falta de água por mês:
11
13
14
8
5
2013 2014 2015 2016 2017
41,980
54,608
72,795
29,574
24,568
2013 2014 2015 2016 2017
IRFA (reclamações falta água / 1000 ligações)
451
405
433 433
455
434
357
261
343 330
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Meta Regulatória de Perdas
2020
Sabesp:
273 l/lig.dia
M:
310 l/lig.dia
Fonte: SABESP
16. INDICADORES E RAZÕES
Forte atuação no combate à Perdas
2003 - 2004: Mudança de
Fórmula (de: ligações totais
para: ligações ativas) e
entrada de SBC
600
449
333
Jan-03
Jul-03
Jan-04
Jul-04
Jan-05
Jul-05
Jan-06
Jul-06
Jan-07
Jul-07
Jan-08
Jul-08
Jan-09
Jul-09
Jan-10
Jul-10
Jan-11
Jul-11
Jan-12
Jul-12
Jan-13
Jul-13
Jan-14
Jul-14
Jan-15
Jul-15
Jan-16
Jul-16
Jan-17
Jul-17
2003 - 2009: Forte
investimento em perdas
aparentes
2010 - 2013: Ajuste da
macromedição e Início
dos Financiamentos
BNDES e JICA
2014 - 2015
Crise Hídrica
2016
Fim da Crise
Hídrica
Perdas na Distribuição – IPDt (em L/lig.dia)
Rede de distribuição de água da RMSP: 36.000 km
54% rede coberta por VRPs
(1463 em operação).
Mais de 3600 km de rede
pesquisada/mês.
Mais de 20 mil ramais
substituídos/mês.
Regularização de núcleos
de baixa renda.
Substituição de mais de
25 mil hidrômetros/mês.
Fonte: SABESP
17. 10 m 20 m 30 m 40 m 50 m
A1 < 1.5 < 25 < 40 < 50 < 60
A2 1.5 - 2 25-50 40-75 50-100 60-125
B 2 - 4 50-100 75-150 100-200 125-250
C 4 - 8 100-200 150-300 200-400 250-500
D > 8 > 200 > 300 > 400 > 500
A1 < 2 < 25 < 50 < 75 < 100 < 125
A2 2-4 25-50 50-100 75-150 100-200 125-250
B 4 - 8 50-100 100-200 150-300 200-400 250-500
C 8 - 16 100-200 200-400 300-600 400-800 500-1000
D > 16 > 200 > 400 > 600 > 800 > 1000
Matriz de Avaliação de Perdas Reais
Categoria de
performance técnica
ILI
litros/ligação/dia
(quando o sistema está pressurizado) numa pressão média de:
PaísDesenvolvidoPaísemDesenvolvimento
18. Solução para o Problema
Estratégia para
enfrentamento
da crise hídrica
Programa Bônus Transferência de Água entre os Sistemas de
Distribuição
Utilização da Reserva Técnica Diminuição da pressão nas tubulações
Fonte: SABESP
23. PLANO DE CURTO, MÉDIO E
LONGO PRAZO – E EMERGENCIAL
1994
2015
2002
24. EFICIÊNCIA?... SIM!
Análise feita por Alan Wyatt - 2014
y = 2669.7x0.8465
R² = 0.8996
$1
$10
$100
$1,000
1,000 10,000 100,000 1,000,000 10,000,000
CostofReductionProgram,Millionsof$US2010
Millions
NRW Reduction, in m3/day
NRW Reduction Contracts, Utility Projects, and Plans
Contracts
Utility Projects
Plans
Power (All Contracts and Projects)
SABESP Actual
2007-2013
SABESP Plan
2009-2019
25. CONTROLE ATIVO DE VAZAMENTOS E
GESTÃO DE INFRAESTRUTURA – É
POSSÍVEL FAZER MAIS?... SEMPRE!
• PESQUISA ATIVA DE VAZAMENTOS - “ENXUGANDO GELO”... MAS INEVITÁVEL
• DIFICULDADE DE AUMENTAR FREQUÊNCIA - MAS CADA VAZAMENTO “TRAZ
UM AMIGO PARA A FESTA” - PEQUENO VAZAMENTO EM RAMAL PODE
TRAZER UM GRANDE EM REDE
• NECESSIDADE DE PESQUISA DE VAZAMENTOS COMPLETA COM
MAPEAMENTO
• NECESSIDADE DE CONTROLE DINÂMICO COM 100% DE COBERTURA DMC
(HOJE 54%)
• REFINAMENTO DA PRESSÃO ATÉ O NÍVEL ÓTIMO
• REDUÇÃO DO TEMPO DE CONHECIMENTO
• ÁREAS CHAVE COM ALTA INCIDÊNCIA DE ARREBENTAMENTOS –
NECESSIDADE DE ATUAÇÃO EM INFRAESTRUTURA
26. MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO...
JULIAN THORNTON
EMAIL: THORNTON@TERRA.COM.BR
CEL: +55 (11) 99102-2989