1. AGRUPAMENTO DE ESCOLA DE CARVALHOS
Escola Secundária c/3.º Ciclo
Ficha de trabalho 2
Manual Plural 12 (página 34)
DEDICATÓRIA (estrofes 6-10, 15 e 18)
1.1 O poeta louva o rei como garante da independência nacional nos versos “bem nascida segurança / Da Lusitana antiga liberdade”
(est. 6, vv. 1 e 2).
1.2 A grandeza do reino é referida pelo percurso do Sol que nunca se põe no império português (Oriente; Europa/África; Brasil)
(estrofe 8, vv. 1-4).
1.3 D. Sebastião é herdeiro de uma árvore genealógica notável e de uma tradição heroica inigualável, predestinado por Deus para
dar continuidade ao Império (“Maravilha fatal da nossa idade / Dada ao mundo por Deus, que todo o mande, / Pera do mundo a Deus
dar parte grande.”). A sua missão é, assim, lutar contra os infiéis (mouros, turcos e indianos) para alargar/ a fé e o império.
2. Camões pede, com humildade, a D. Sebastião que olhe para a sua obra e nela veja um exemplo de patriotismo movido pelo amor
à Pátria e desejo de eternidade e não pelo impulso vil do dinheiro. Verá também a glorificação do seu povo e poderá ajuizar “qual é
mais excelente, /Se ser do mundo Rei, se de tal gente”.
3. O poeta exorta o rei a empreender feitos dignos de serem cantados, nomeadamente a conquista de terras de África e dos mares
do Oriente.
4. O poeta renova o pedido inicial de aceitação do seu poema, em que o rei poderá ver o modo como os navegadores venceram os
mares e imaginar o que os seus “Argonautas” poderão vir a fazer sob o seu impulso.
NARRAÇÃO (início – estrofes 19 e 20)
1. - A primeira frase da Narração termina no verso “Sobre as cousas futuras do Oriente” (est. 20, v.4).
- Sujeito nulo subentendido de “navegavam” – os portugueses;
Sujeito de “se ajuntam” – os Deuses.
- Neste início de Narração, a armada de Vasco da Gama já se encontra no oceano Índico.
2. O poeta interliga no seu discurso o plano da viagem de Vasco da Gama (est.19) e o plano de intervenção dos deuses do
Olimpo (est.20).
3. Relativamente a esta questão, na ficha anterior, têm referências ao episódio do Consílio dos Deuses. De destacar, o elogio
feito aos portugueses por Júpiter e as razões apresentadas por Baco, Vénus e Marte.
REFLEXÃO DO POETA (estrofes 105 e 106)
1. O poeta expõe, de forma dramática, as suas reflexões sobre a insegurança da vida. Assim, lastima o perigo, a incerteza e a
insegurança a que a frágil condição humana está permanentemente exposta, em toda a parte, sem abrigo ou poto seguro.
2. A tragicidade deste final é acentuada pelas intensas exclamações iniciais (“Oh!”), pela adjetivação caracterizadora do género
humano (“fraco”, “tão pequeno”) que contrasta com a conotação de segurança do “Céu sereno”, pelo superlativo
(“gravíssimos”), pelo uso recorrente de “tanto”, pela anáfora (“onde”), pela interrogação retórica final e pela metáfora “bicho
da terra tão pequeno”. Só acalentando um ideal de heroísmo poderá o Homem libertar-se da “lei da Morte” e tornar-se
“infinitamente grande”, apesar da sua fragilidade.
3. Resposta pessoal.
Ano letivo 2012/2013 1/1