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PLASTROM SENSORMATIC
Soluções integradas para garantir
maior rentabilidade ao seu negócio:
Prevenção de Perdas, Aumento de Vendas
e Eficiência Operacional
CFTV • VEM • CADEADO ELETRÔNICO • CONTROLE DE ACESSO • ETIQUETAGEM
NA ORIGEM • ALARME • CHECKOUT EXPERT • CONTAGEM DE FLUXO • MEIOS DE
PAGAMENTO • RFID • VÍDEO ANALYTICS • SERVIÇOS DE PREVENÇÃO DE PERDAS
(11) 4166-4400 | 0800 892 0003 | Al. Araguaia, 3718 Tamboré 06455-000 | Barueri SP
plastromsensormatic.com.br
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CURTAS
CASO DE SUCESSO: EPK – MODA
INFANTIL CONQUISTA O PAÍS
OPINIÃO: MARIO DUARTE –
RESULTADOS NO VAREJO VÃO
ALÉM DAS VENDAS
PRODUTOS & SOLUÇÕES:
CÂMERAS GANHAM NOVO
RECURSO
ATUALIDADE:
NOVA GERÊNCIA PARA RFID
INOVAÇÃO: BENEFÍCIOS DA
ETIQUETAGEM NA ORIGEM
PARA O VAREJO
CAPA: CRESCIMENTO
DO VAREJO DE VESTUÁRIO
NO BRASIL
VAREJO DE CONFECÇÃO:
WQSURF E BOARD SESSION
ADOTAM TECNOLOGIA
PARCEIROS: DIGITALIZAÇÃO DE
IMAGENS AJUDA VAREJISTAS
MERCADO: PERDAS ELEVADAS
CONTINUAM EM DESTAQUE
GIRO PELAS ASSOCIAÇÕES
ARTIGO: GESTÃO DE RISCOS,
AUDITORIA E PREVENÇÃO DE
PERDAS
EDITORIAL
Todos nós crescemos ouvindo dizer que a pro-
paganda é a alma do negócio. E ninguém, em sã
consciência, ousaria desmentir essa afirmação.
No entanto, cada vez mais, o que transparece
no cotidiano das empresas é que a propaganda
pode continuar sendo a alma do negócio, porém
sem inovação os negócios tendem a um desem-
penho mais fraco, menos brilhante.
E nos referimos a um conceito amplo de inovação, que inclui o essencial
investimento em tecnologia de produto, mas vai além. A verdade é que,
cada vez mais, as empresas precisam se diferenciar para se destacar dos
concorrentes, e a diferença vem da inovação.
No varejo, por exemplo, todas as empresas, sejam grandes ou pequenas,
redes ou lojas individuais, e de qualquer ramo de atividade, enxergam a
inovação como o caminho ideal para melhorar a experiência do consu-
midor no ponto de venda. E a inovação pode se apresentar de diversas
formas, traduzindo-se em mobilidade, sustentabilidade e personalização,
entre outros atrativos.
Como pano de fundo a toda a criatividade que o varejo precisa oferecer, um
sistema eficiente e discreto de prevenção de perdas é um aliado insubstituí-
vel para melhorar a experiência do consumidor no ponto de venda. A maté-
ria sobre etiquetagem na origem, desta edição, mostra como esse recurso
ajuda a desconfinar produtos e facilita seu manuseio pelo consumidor.
Embora não se concentrem especificamente na inovação, o artigo de Ma-
rio Duarte, mostrando que os resultados no varejo vão além das perdas, e a
matéria de capa, que aborda o varejo de vestuário no Brasil, são textos que
mostram quanto espaço existe para a inovação e para o desenvolvimento
do varejo, em geral.
Boa leitura!
Waldemar Scudeller
EDIÇÃO 05
Diretor-Geral: Waldemar Scudeller
Diretor de Store Performance: Carlos Eduardo Santos
Diretor Comercial: Marcelo Barros
Gerente de Marketing: Elaine Cristina Kiyota
Analista de Marketing: Alana Marche Fioravante
Assistente de Relacionamento: Bruna de Oliveira Santos
Colaboradores: Augusto Alvarez, Bruno Calaça, Carlos
Eduardo Santos, Heloísa Cranchi (Virtual Gate), Marcelo
Plaisant (WQSurf/Board Session), Marcelo Prado (IEMI),
Mario Duarte, Renato Fogagnoli (ImediaData), Roberto
Pupe (rede Panvel), Rodrigo Moret (EPK)
Jornalista Responsável: Regina Lucia Pimenta de Castro
(Registro Profissional MT 18.858/SP | Mat. Sindical 5070 – SJSP)
Foto Mario Duarte: Izilda França
Diagramação: caixa preta design+conteúdo
Plastrom
Sensormatic
SENSOR VAREJO
EDIÇÃO 05
4
Programa de reciclagem
do Pão de Açúcar
completa 12 anos
Lançado em 2001, inicialmente em 12 lojas, o
Programa Estações de Reciclagem, uma par-
ceria do Pão de Açúcar com a Unilever, chega
hoje a 100% das unidades da rede em todo o
Brasil. Em 12 anos de atividades, já foram arre-
cadadas cerca de 60 mil toneladas de material
reciclável, como papel, vidro, plástico e alumí-
nio (algumas unidades também coletam óleo
de cozinha e outras já estão recebendo emba-
lagens de aerossol). Os materiais são doados
para cooperativas de reciclagem parceiras do
programa. Além de gerarem emprego e renda
para mais de 700 famílias, as estações de reci-
clagem também estimulam o consumo cons-
ciente e a preservação do meio ambiente por
meio do descarte correto de embalagens.
CURTAS
Extra apresenta coleçãoVerão 2013
A coleção Verão 2013 do Extra já está à venda em todas as
lojas do país. Além de contar com a marca própria nas linhas
feminina, masculina e infantil, a coleção também apresenta
as criações de Marcelo Sommer. O estilista desenvolveu com
exclusividade para a rede 20 peças em estilo Romântico Re-
trô. Os modelos da coleção Verão 2013 que levam a marca
Extra trazem os temas Safári, Navy, Surf Californiano e Neon.
CICLO DE PALESTRAS
INTEGRA O PLANETA COOP
O Ciclo de Palestras é uma das atividades que integram o
Planeta Coop, braço de responsabilidade social, ambiental
e cultural da Cooperativa de Consumo (Coop). A Coop ofe-
rece gratuitamente aulas e cursos de diversos temas dentro
das modalidades Artesanato, Saúde & Bem Estar, Culinária
e Estética e Beleza. Essas atividades acontecem durante
o ano todo e têm como objetivo levar conhecimento e
desenvolvimento de novas habilidades aos participantes.
Com mais de dez anos de existência, o Ciclo de Palestras
é um projeto voltado exclusivamente para os cooperados.
A programação dos cursos para 2013 pode ser conferida
no link www.portalcoop.com.br/faca-parte/ciclo-palestras.
Fototica apoia projetos sociais
Você possui óculos que não utiliza mais, porém não quer
simplesmente jogá-los fora? Pois saiba que eles podem aju-
dar muita gente! Seus óculos usados podem ser entregues
em qualquer loja da rede Fototica, que mantém um pro-
grama de reciclagem. Os óculos doados são ajustados, hi-
gienizados e, com o apoio de instituições assistenciais, dis-
tribuídos a pessoas carentes. Com isso, além de preservar o
planeta gerando menos lixo, você também cuida da visão
de quem mais precisa.
Walmart recebe prêmio
por práticas sustentáveis
O Walmart Brasil foi o vencedor na categoria “Serviços” do
Prêmio Época Empresa Verde, promovido pela revista Época.
O reconhecimento veio em função das iniciativas da empre-
sa relacionadas à responsabilidade ambiental, como o con-
sumo racional de água, a reciclagem e a conscientização dos
consumidores, entre outras ações sustentáveis. A empresa foi
eleita entre 20 finalistas que concorriam em cinco categorias,
divididas em dois prêmios: Prêmio Época Empresa Verde (ca-
tegorias Serviços, Indústria e Finanças) e Prêmio Época Mu-
danças Climáticas (categorias Serviços e Indústria).
FOTO:SHUTTERSTOCK
EDIÇÃO 05 5
BRASIL MARCA PRESENÇA NA NFR 2013
Representantes do varejo de di-
versos países se reuniram em ja-
neiro para mais uma edição da
NRF (National Retail Federation),
maior encontro mundial do setor,
realizado anualmente em Nova
Iorque, Estados Unidos. Em 2013,
alguns dos principais temas do
congresso foram Engajamento e
Personalização do Varejo. Parale-
lamente às palestras e debates
sobre as últimas tendências do se-
tor, o espaço de exposição da NRF
reuniu os últimos lançamentos
em produtos e soluções tecnoló-
gicas. Como em anos anteriores, o
Brasil se destacou com uma das maiores delegações.
A Plastrom Sensormatic esteve presente no evento com
a participação dos executivos da empresa, Waldemar
Scudeller (diretor geral), Carlos Eduardo Santos (diretor
de Soluções e Store Performance), Marcelo Barros (di-
retor Comercial) e Fábio Barros (gerente Regional-RJ).
Da esquerda para a direita: Fernando Yamada, presidente da
ABRAS e família; Fábio Barros, gerente Regional da Plastrom
Sensormatic; Antônio Poletini, superintendente da ACATS
e Antônio Longo, presidente da AGÁS e diretor da rede de
Supermercados Apolo. Também esteve presente ao evento
com o grupo, João Galassi, presidente da Apas e diretor da
rede Galassi Supermercados e Atanázio dos Santos Neto,
diretor da rede de Supermercados Angelone.
SETOR SUPERMERCADISTAS
ESTÁ OTIMISTA
A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado
de São Paulo (PCS/APAS) prevê que os níveis de confiança
permaneçam elevados em 2013 por conta da recupera-
ção da economia brasileira. A declaração é do presidente
da Associação Paulista de Supermercados (APAS), João
Galassi. “Com o crescimento do PIB, haverá maiores índi-
ces de empregos e rendas, duas variáveis que influenciam
diretamente no desempenho do setor supermercadista”,
afirmou. A pesquisa apontou que em dezembro de 2012
houve 36% de otimismo em relação ao ambiente econô-
mico atual e futuro. A análise do momento atual mostrou
que os índices de otimismo atingiram 31,5%, quando fa-
lou-se em futuro; 40,1% dos entrevistados mostraram-se
otimistas. A estabilidade da alta confiança está relaciona-
da ao maior otimismo em relação à expectativa atual das
vendas, 72% de otimismo.
VAREJISTAS PLANEJAM
ABRIR NOVAS LOJAs
As principais empresas de varejo do Brasil planejam ex-
pandir suas redes de lojas como forma de enfrentar a pre-
visão de desaceleração no ritmo de crescimento das ven-
das para 2013. Entre as maiores varejistas, o desempenho
das vendas em lojas que operam há pelo menos um ano,
teve crescimento de apenas um dígito em 2012, abaixo
do registrado em anos anteriores. Segundo a Serasa Ex-
perian, no ano passado, as atividades varejistas obtiveram
alta de 6,4%, o menor ritmo de expansão dos últimos três
anos. Para 2013, o Instituto para Desenvolvimento do Va-
rejo (IDV) prevê alta de apenas 5% nas vendas compará-
veis. Em contrapartida, o IDV estima que 720 novas lojas
devam ser abertas em 2013, alta de 14% em área de ven-
das, em relação a 2012. O Pão de Açúcar planeja abrir 500
lojas até 2015, média de quase 170 por ano, estimativa
maior do que as 95 lojas inauguradas no ano passado.
6
O CHARME DO MERCADO DE MODA INFANTIL
CASO DE SUCESSO
A francesa EPK investe no mercado brasileiro e traz sua
marca global para os principais centros do país. Presente
em 14 países, a marca chegou ao Brasil há um ano e meio,
com a inauguração de duas lojas na cidade do Rio de Ja-
neiro, nos shoppings Fashion Mall e Rio Sul. A empresa
segue um audacioso plano de expansão e pretende abrir
pelo menos 80 lojas próprias nos próximos cinco anos.
“Trouxemos um conceito inovador, com um espaço dedi-
cado exclusivamente à moda infantil, oferecendo preço,
design e qualidade em operações médias de 200 metros
quadrados”, relata Rodrigo Moret, diretor da EPK no Bra-
sil. Com mais de 15 anos de experiência internacional na
venda de roupas e acessórios para bebês e crianças até
14 anos, a EPK trouxe para os consumidores brasileiros o
conceito de qualidade de produtos com base nas tendên-
cias de moda internacionais, segundo uma visão ampla
de butiques, com lojas instaladas em grandes centros co-
merciais, mas com preços acessíveis.
Por acreditar no potencial do mercado brasileiro, ainda
em 2011, no primeiro ano de atividade, a empresa abriu
mais duas lojas, no Via Parque e Plaza Niterói. E o plano
de expansão segue a um ritmo forte: até o início de
Instalada no Brasil no final de 2011, a marca francesa EPK pretende abrir 80 lojas nos pró-
ximos cinco anos e conquistar os baixinhos brasileiros
FOTO:DIVULGAÇÃO
EDIÇÃO 05 7
2013 está prevista a abertura de mais três lojas, duas
no Rio de Janeiro, sendo uma no corredor cultural do
centro, na tradicional Galeria Sul América, e outra em
um grande shopping, e a terceira em Curitiba, Paraná.
“Ao inaugurar nossa primeira loja fora do Rio de Janeiro,
estamos consolidando uma tendência inexorável de levar
a EPK para outros estados brasileiros e tornando realida-
de nosso plano de expansão. Terminamos o ano de 2012
com sete lojas e já temos definidas as discussões acerca
do planejamento de investimentos para 2013”, afirma Mo-
ret. “Para inaugurar outras praças de atuação, a escolha re-
caiu sobre a cidade de Curitiba, no Paraná, por seu eleva-
do desenvolvimento econômico-social e pelo clima bem
mais ameno, distinto do Rio de Janeiro”, complementa.
Para o executivo da marca, o Brasil vive um momento
muito especial de crescimento também no mercado de
moda infantil. “Segundo os últimos estudos da Abit (Asso-
ciação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), esse
mercado está em ebulição e tem crescido a taxas de 6%
ao ano, sendo responsável por 15% do faturamento total
do segmento de vestuário, equivalente a US$ 4,5 bilhões
em 2008”, ressalta Moret.
Parceria tecnológica
O diretor da EPK no Brasil informa que, com a ajuda das
soluções da Plastrom Sensormatic, a empresa vem conse-
guindo se adequar rapidamente ao padrão tecnológico
estabelecido pela matriz, que também conta com o su-
porte tecnológico da Sensormatic.
No Brasil, as lojas da EPK são equipadas com as soluções
tecnológicas VEM (Vigilância Eletrônica de Mercadoria)
por meio de etiquetas RF (Radiofrequência) e também AM
(Acusto-Magnética). “Estamos fortalecendo nossas parce-
rias e vemos a Plastrom Sensormatic como um parceiro
estratégico, capaz de nos oferecer apoio durante o cresci-
mento que planejamos”, afirma Moret.
A marca EPK vem utilizando a tecnologia AM nas roupas e
acessórios, em todas as suas lojas, desde 2008. Segundo a
empresa, o uso dessa tecnologia, que inclui as modernas
etiquetas Tag Super, de remoção mecânica por meio de
desetiquetadores da Plastrom Sensormatic, tem se mos-
trado eficiente e atingido as expectativas de segurança
e prevenção de perdas e furtos nos estabelecimentos da
rede em todo o mundo.
com a ajuda das soluções da
Plastrom Sensormatic, a empresa vem
conseguindo se adequar rapidamente
ao padrão tecnológico estabelecido
pela matriz, que também conta com o
suporte tecnológico da Sensormatic
A marca EPK, Grupo dos Príncipes, foi criada em 2000
pelos empreendedores Patrick Leret, de origem fran-
cesa, e Luis Ernesto González, venezuelano. O negó-
cio na América Latina teve início com a abertura de
duas lojas na capital da Venezuela, em Caracas, e hoje
possui 28 lojas em todo o país. O objetivo dos empre-
sários é oferecer roupa de qualidade e preço acessí-
vel para o consumidor infantil.
Nesses 12 anos, a empresa ampliou sua atuação para
outros países da região por meio de sistema de fran-
quia internacional e por regime de sociedade com o
grupo EPK. Com 89 lojas, principalmente na América
Latina, registrou vendas na ordem de US$ 65 milhões
em 2011. Além da Colômbia, mantém operações no
Equador, Honduras, Panamá, Costa Rica, Aruba, Peru,
Chile, Brasil e Israel.
Em 2011, fincou bandeira da marca EPK, Grupo dos
Príncipes em solo brasileiro, na cidade do Rio de Ja-
neiro, inciando a concretização de um plano auda-
cioso de abrir cerca de 150 lojas em todo o país no
prazo de dez anos.
8
OPINIÃO: MARIO DUARTE
RESULTADOS DO VAREJO VÃO ALÉM DAS VENDAS
Definir a importância da gestão de perdas e quebras para as empresas do varejo é sim-
ples: é uma das poucas ferramentas capazes de fazer com que o varejista melhore seus
resultados, independentemente do aumento das vendas
Não, não se trata de mágica, é só fazer as contas. Vamos supor
que cada produto comercializado gere uma margem líquida de
2%. Se esse produto for danificado ou furtado, significa que a
empresa terá de vender mais 50 itens do mesmo produto para
recuperar aquele que não tem mais condição de venda ou que
foi retirado da
loja sem passar
pelo caixa.
O prejuízo não
para por aí.
Para compen-
sar a redução
das margens, o
lojista se mo-
tiva a aumen-
tar o preço do
produto, o que
acarreta a que-
da de vendas
e a insatisfação
do consumi-
dor. É um pro-
blema que traz
consequências
negativas para
os resultados,
mas, sobretu-
do, para a ima-
gem da loja no
mercado.
Reduzir quebras operacionais e perdas aumenta a eficiência
das operações, o que se reflete no preço final das mercadorias.
Com preços mais competitivos, as vendas da empresa
aumentam, as margens preestabelecidas são alcançadas,
garantindo a sustentabilidade do negócio. O círculo vicio-
so das perdas e das quebras torna-se, assim, um círculo
virtuoso de ganhos.
Por esse motivo, a gestão de perdas e quebras precisa ter im-
portância estratégica dentro das organizações de varejo, fican-
do sob a coordenação direta das lideranças diretivas.
O planejamento e implementação de um programa eficien-
te de gestão de perdas e quebras operacionais começa com
o entendimento de alguns conceitos: a quebra contábil é a
composição
da quebra ope-
racional e da
perda de esto-
que, conforme
demonstra o
quadro ao lado.
A quebra ope-
racional é re-
presentada pe-
las mercadorias
que perderam
sua condição
de venda, por
isso terão de ser
descartadas.
Estabelecido o
que é a quebra
operacional, o
próximo pas-
so é identificar
como ela ocor-
re ao longo da
cadeia do va-
rejo, começan-
do pelos pedidos (dados incorretos), recebimento (avarias de
embalagens no embarque ou desembarque, produtos fora das
condições de consumo, de venda ou com prazo de validade
vencido), armazenamento (empilhamento malfeito e em locais
impróprios), preparo sem critérios dos produtos para exposição
e na frente de caixa (principalmente, troca no registro por des-
conhecimento das mercadorias).
Já as perdas são consequência de furtos internos e externos,
CONCEITO DA QUEBRA CONTÁBIL
QUEBRA
OPERACIONAL
QUEBRA
CONTÁBIL
PERDAS
É a diferença
entre o estoque
teórico
(sistema) e o
estoque físico
efetivamente
presente no
momento do
inventário
Resultado dos produtos que estão sem
condições de venda (descartados)
Causas da Quebra Operacional
• Gestão operacional inadequada
• Recebimento inadequado
• Armazenagem inadequada
• Exposição inadequada
• Manipulação e movimentação inadequadas
• Infraestrutura inadequada
• Erros administrativos
Resultado dos produtos que desaparecem
da loja e não se sabe o motivo real
Causas das Perdas
• Erros operacionais
• Fraudes
• Furto interno
• Furto externo
EDIÇÃO 05 9
fraudes internas e de fornecedores, além de erros operacionais.
Definida a origem das perdas, o varejista deve ter atenção es-
pecial para os produtos mais visados (produtos de alto risco –
PARs) e para os pontos críticos da loja por onde as mercadorias
podem sair sem
passar pelo caixa.
Para o manuseio
desses produtos,
é importante es-
tabelecer regras
de operação que
levem em consi-
deração todas as
etapas ao longo
da cadeia, como
demonstra o qua-
dro ao lado. Caso
contrário, como
vimos antes, o
varejista poderá
pagar para vender
determinado pro-
duto.
Ainda para os pro-
dutos de alto ris-
co, é importante
considerar as tec-
nologias disponí-
veis no mercado, como sistemas de CFTV e etiquetas eletrôni-
cas, que contribuem para o monitoramento e proteção desses
produtos com consequente redução das perdas.
Com o entendimento desses conceitos e de como ocorrem
as quebras operacionais e as perdas, é possível desenvolver
estratégias e ações que envolvam sobretudo treinamento,
aplicação de melhores práticas e ações preventivas de ma-
neira conjunta entre as áreas de recursos humanos, logística,
comercial, qualidade e, principalmente, operações de loja.
É nesse ponto que a participação da alta direção varejista se faz
necessária, já que a busca de melhores resultados deve envol-
ver todos os departamentos e cada funcionário em particular,
desde o presidente até o repositor. O objetivo maior é criar a
“cultura de gestão das perdas e quebras”, conscientizando to-
dos de que reduzi-las gera benefícios para os consumidores,
para a empresa e para os funcionários.
Para que os resultados sejam ainda melhores, é preciso olhar
paraforadaempresa,ouseja,paraorelacionamentocomosfor-
necedores; afinal, a indústria é diretamente beneficiada com a
reduçãodasquebraseperdas.Asaçõesdovarejistacontribuem
para o crescimento das vendas dos produtos do fornecedor
nas lojas, principalmente, por sua disponibilidade na gôndola
para o con-
sumidor.
Com a cola-
boração ativa
da indústria,
será possível
atacar pro-
blemas crôni-
cos da cadeia
de abaste-
cimento do
varejo, como
avarias nas
embalagens,
atrasos nas
entregas, er-
ros de pedi-
dos, validade
e quebra na
cadeia do
frio (falhas na
conservação
de alimentos
resfriados ou
congelados), e também melhorar ou implementar novos pro-
cessos, como padronização de embalagens, etiquetagem de
segurança na origem e, num futuro próximo, a tecnologia RFID.
Essas ações conjuntas podem contribuir para o aumento do
sortimento nas lojas e redução da ruptura nas gôndolas, assim
como oferecer ao consumidor preços justos, produtos mais
frescos e de acordo com as preferências e necessidades.
Quando falo sobre a importância da colaboração entre varejo
e indústria na gestão das perdas e das quebras ao longo da
cadeia de abastecimento, comparo os dois como integrantes
do mesmo time de futebol. O varejista é o artilheiro, que pre-
cisa estar sempre marcando gols para
que o time continue vencendo, mas
para ganhar o campeonato é preciso
que a indústria se junte ao ataque e aju-
de a fazer os gols.
Mario Duarte, consultor de varejo.
FLUXO DO PAR DA INDÚSTRIA
ATÉ O CAIXA DA LOJA
AÇÕES RELACIONADAS A CADA FASE DA CADEIA
• Ações
integradas
• Etiquetagem:
na origem, no
CD ou na loja
• Lista de PARs
• Conferência
100%
• Acompanha-
mento do
recebimento
• Definição e
controle de
áreas
segregadas
• Técnicas de
exposição de
PAR
• Contagem
rotativa
• Registro das
perdas
• Conferência e
procedimentos
específicos no
ato do registro
Etiquetagem
Antifurto na
Produção/
Origem
Recebimento Armazenagem Exposição Frente de
Caixa
FORNECEDOR VAREJISTA
10
TECNOLOGIA PIXIM INTEGRA CÂMERAS CFTV
PRODUTOS & SOLUÇÕES
As novas câmeras de prevenção de perdas e furtos da Plas-
trom Sensormatic, com a tecnologia Pixim Seawolf, foram
lançadas na 46ª Convenção Abras, realizada em Atibaia, São
Paulo. O lançamento desses produtos vem complementar o
portfólio de soluções de CFTV da empresa e oferecer uma va-
riedade maior de opções para o varejo e indústria em geral.
As câmeras com o inovador sensor Pixim mostram imagens
precisas em cenas do mundo real, noite e dia, mesmo sob
condições desafiadoras e mistas de iluminação, em ambien-
tes muito escuros ou com muita claridade. O novo equipa-
mento já está sendo comercializado pela equipe de vendas
da Plastrom Sensormatic.
Para o gerente de Soluções da empresa, Augusto Alvarez, todos
os modelos de câmeras a partir de agora podem vir com o sen-
sível sensor Pixim integrado. “Ao acompanhar as necessidades
dos clientes por mais controle dos ambientes e mais nitidez de
imagens, o sensor Pixim Seawolf é a resposta à iluminação desa-
fiadora: para escuridão, obscurecimento, mistura de intensidade
de luminosidade, área interna e claridade excessiva”, ressalta.
FOTOS:SITEPIXIM
EDIÇÃO 05 11
ATUALIDADE
Essas soluções RFID, desenvolvidas pela Tyco Retail Solu-
tions e colocadas no mercado brasileiro pela Plastrom Sen-
sormatic, chegam para atender ao crescente interesse das
organizações em conhecer e adotar essa tecnologia, que se
apresenta como uma das fortes tendências para os próxi-
mos anos.
Por acreditar no grande potencial de negócios dessa área,
a Plastrom Sensormatic criou recentemente a gerência de
Soluções RFID e Novos Negócios, sob a responsabilidade de
Bruno Calaça. A seu ver, em menos de dois anos, esse mer-
cado deve movimentar negócios significativos, assim como
vem ocorrendo nos mercados internacionais há alguns anos,
principalmente nos países europeus e nos Estados Unidos.
O novo gerente da área é especializado em tecnologia RFID,
com certificação no Centro de Excelência em RFID (RFID CoE),
em Sorocaba, interior de São Paulo, um dos cinco centros no
mundo autorizados pela Electronic Product Code (EPC).
“Nosso posicionamento é de oferecer a solução completa de
RFID, incluindo hardware, software, etiquetas e serviços com
a marca de qualidade Tyco Retail Solutions, líder mundial na
implantação de soluções RFID para o varejo. Nossa missão é
sermos a escolha natural em RFID no varejo brasileiro. Esta-
mos trazendo para o Brasil toda a tecnologia implementada
nos maiores cases internacionais”, afirma Calaça.
As soluções RFID ou identificação por radiofrequência são
destinadas à melhoria do controle e da gestão da operação
da empresa, varejo ou indústria em geral, e à maior visibili-
dade de estoque. Além de permitir transparência e melhoria
no gerenciamento do cliente, entre seus benefícios estão o
aumento de vendas e da disponibilidade dos produtos no
ambiente de loja e no estoque e a diminuição de rupturas.
Dentre os principais clientes internacionais dessas solu-
ções estão Macy’s, BananaRepublic e American Apparel,
que nos últimos anos desenvolveram seus primeiros pro-
jetos piloto de RFID e que, no momento, realizam o roll-
-out para todas as suas lojas.
“Todas essas grandes redes norte-americanas entenderam
desde o início qual era a proposta de valor da Tyco Retail
Solutions em relação à sua solução de Inventory Intelli-
gence, uma solução integrada de RFID que permite a to-
tal visibilidade dos produtos em toda
a cadeia de suprimentos. Atualmente,
essas redes já colhem os benefícios de
terem investido antes de seus concor-
rentes”, avalia o gerente da área.
NOVA GERÊNCIA DE SOLUÇÃO RFID
Empresa traz linha completa de RFID ou identificação por radiofrequência, utilizada por
grandes redes varejistas norte-americanas, e está otimista com o crescimento dos negócios
Bruno Calaça, gerente de Soluções RFID.
12
GRANDES REDES DE VAREJO IDENTIFICAM
BENEFÍCIOS DA ETIQUETAGEM NA ORIGEM
Produtos etiquetados na indústria aumentam a segurança e lucratividade ao longo de
toda a cadeia de abastecimento
Grandes redes varejistas de segmentos como supermerca-
dos, farmácias, home center, confecção e têxtil, entre outros,
têm discutido a importância de receber os produtos etique-
tados da indústria. E já iniciam um movimento de incentivo
para que seus fornecedores se adequem a esse novo proce-
dimento, que, além de trazer segurança a toda a cadeia, em
curto prazo, significa aumento de lucratividade, diminuindo
as ocorrências de extravios e perdas dos produtos.
Pesquisas feitas pelo varejo e grupos de estudo do setor, como
o Núcleo de Etiquetagem na Origem (NEO), indicam que esse
processo tem permitido que mais produtos sejam expostos em
locais de maior visibilidade para o consumidor, aumentando as
vendas e proporcionando melhor experiência de compra.
O último levantamento realizado pela entidade junto a varejis-
tas de todo o Brasil mostra que as perdas com furtos internos
e externos têm se tornado cada vez mais elevadas. Entre os
itens mais furtados destacam-se chicletes (30%), preservativos
(18%), loções bronzeadoras e protetores em geral (15%), ma-
quiagem e colas (11%) e uísque e sabonetes líquidos (10%).
Supermercadistas estimam que é possível perder até 30% do
faturamento obtido com a venda de alguns itens. Produtos
de beleza e carnes nobres são também apontados como as
grandes vítimas na área de exposição e de estoque do vare-
jo. Para evitar essas práticas, tradicionalmente, os varejistas
adotavam o confinamento de seus produtos em gôndolas fe-
chadas ou em embalagens que mais pareciam caixas-fortes.
O supervisor de Prevenção de Perdas da rede de farmácias
Panvel, Roberto Pupe, aponta a maior exposição de produ-
tos de alto risco, uma vez que protegidos de forma mais
eficaz, como uma das vantagens de utilizar esse processo
INOVAÇÃO
FOTO:SHUTTERSTOCK
EDIÇÃO 05 13
de etiquetagem desde a indústria. Para ele, a etiquetagem
na origem é um tema de grande relevância para o varejo,
em especial no ramo de farmácias. “Atualmente a rotina de
etiquetar produtos é realizada na retaguarda das lojas pelos
colaboradores da filial, afetando os serviços de atendimen-
to e dispensação, bem como demais rotinas de retaguarda,
pois há necessidade de comprometer um colaborador es-
pecificamente para a colocação das etiquetas”, declara.
Etiquetas sob medida
Entre as vantagens de adotar a etiquetagem na origem,
Pupe enumera como principais fatores a melhor fixação da
etiqueta, evitando que seja facilmente removida; diminui-
ção das tarefas de retaguarda; liberação de colaboradores
para atividades-fim do negócio (atendimento e venda);
possível redução de custos para o varejo, uma vez que o
custo da etiqueta acaba absorvido pela indústria.
“Em nossa percepção, em função do tamanho da etique-
ta, sua fixação pela loja prejudica a estética do produto e
em várias situações inviabiliza a etiquetagem, por esconder
informações importantes, como as especificações técni-
cas. Um exemplo de item que deveria ser etiquetado na
indústria é a maquiagem. Hoje, muitos desses produtos
não recebem etiquetas na loja porque estas precisam ser
fixadas com fita adesiva, em muitos casos deixando cola no
produto, o que causa descontentamento e reclamações do
cliente”, esclarece o executivo.
Na avaliação do NEO, a utilização da etiquetagem na ori-
gem pode representar uma redução imediata de 20% nos
custos operacionais e um aumento de até 30% nas vendas
de mercadorias de alto giro e valor.
Para auxiliar a indústria na adoção das etiquetas em seus
produtos, a Plastrom Sensormatic possui centros de pesqui-
sa e desenvolvimento que concebem soluções personaliza-
das para cada cliente, adequada para cada tipo de produto
e necessidades. Profissionais da empresa e seus parceiros
desenvolvedores de embalagens acompanham todo o pro-
cesso de estudo, avaliação e fabricação dessas etiquetas em
todas as etapas. Nos últimos anos, a empresa desenvolveu
inúmeros produtos já homologados
pelos seus centros de desenvolvimento
e que estão implementados nos autos-
serviços dos clientes.
Etiquetagem na Origem é a
técnica de aplicar etiquetas
antifurto dentro dos
produtos ou embalagens
durante a fabricação. Segundo
especialistas, é o meio mais eficaz
e eficiente de proteger produtos.
A etiquetagem na origem agrega
vantagens a toda A cadeia de
varejo, como redução de custos
com segurança física, diminuição
dos custos operacionais, além de
evitar o confinamento dos itens
de maior risco nas gôndolas e
balcões, aumentando o potencial
das vendas. A etiquetagem na
origem segue três estágios:
aparentes, semiescondidas e
incorporadas ao bem
A Panvel, fruto da fusão entre as drogarias Panitz
e Velgos, é atualmente a maior rede de farmácias
da região Sul. Com uma trajetória sólida de cres-
cimento constante, possui 4 mil colaboradores e
mais de 290 lojas, em cerca de 85 cidades dos es-
tados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Para-
ná. Seu portfólio de produtos reúne mais de 15 mil
itens, entre medicamentos e perfumaria, nacionais
e importados. Trabalha também com produtos de
marca própria, desde 1989, comercializando, hoje,
cerca de 500 itens, agrupados em 15 submarcas. A
história da Panvel, no entanto, iniciou-se em 1967,
quando as duas maiores redes de farmácias do Rio
Grande do Sul (Panitz e Velgos) juntaram-se para
criar uma central de distribuição de medicamen-
tos, a Dimed Distribuidora de Medicamentos. Em
1973, acionistas das duas redes se uniram para
criar a Panvel.Roberto Pupe, supervisor de Prevenção
de Perdas da Panvel.
14
ENTREVISTA: MARCELO PRADO
CRESCIMENTO DO VAREJO DE VESTUÁRIO NO BRASIL
Pesquisa do IEMI aponta que setor deve movimentar 168,7 bilhões de reais em 2013 e destaca
aumento de 35,5% na comercialização de roupas em hipermercados, nos últimos cinco anos
A Associação Brasileira de Varejo Têxtil (ABVTEX) e o Insti-
tuto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) divulgaram as
“Projeções de Mercado” para 2013. O estudo indica que o
varejo de vestuário deve movimentar 168,7 bilhões de reais
nesse ano, o que significa uma expansão de 5% em relação
ao ano de 2012. Em volume de peças vendidas, a previsão é
de acréscimo de 3,3% na mesma comparação.
O diretor do IEMI e responsável pela pesquisa, Marcelo Villin
do Prado, informa, no entanto, que o crescimento do varejo
de superfície (grandes magazines) será mais tímido nesse
ano. “Porque a base de comparação está maior, após a ex-
pansão do número de lojas nos últimos anos”, afirma. Do
lado da indústria de vestuário, 2013 será um pouco melhor
do que 2012, segundo previsão do IEMI, em parte devido ao
câmbio mais favorável.
Em 2012, o varejo de vestuário encerrou com alta de 4% em
volume de peças e de 7,1% em valores, segundo o estudo.
Apesar do desempenho positivo, o ano de 2012 não foi fá-
cil para o varejo de vestuário. As redes entraram em janei-
ro com estoques elevados e, ao longo do ano, acirraram a
concorrência em preços, comprimindo a rentabilidade. “O
inverno pouco rigoroso, que reduziu as vendas de roupas e
atrasou o escoamento da coleção primavera/verão; o receio
com alastramento da crise internacional e a entrada con-
tinuada de produtos importados fizeram com que a pro-
dução de vestuário fechasse o ano de 2012 com queda de
6,5%, em volume de peças”, afirma Prado.
Em valores nominais, o setor produtivo terminou o ano com
queda de 2,9% nas receitas geradas pela indústria, já que os
preços na fábrica tiveram de ser reajustados para fazer fren-
te ao aumento dos custos de produção.“A boa notícia é que
2013 reserva perspectivas mais promissoras para a indústria
como o aumento da produção em peças de 2% e de 5% em
valores. Essa retomada teve início no Natal de 2012”.
O varejo, especialmente, o de grandes redes e que atuam
com larga escala, tem forte influência nesses resultados.
Por conta do volume que movimentam, os magazines
devem consolidar ainda mais sua representatividade em
2013, ao comercializar cerca de 45% dos artigos de ves-
FOTO:DIVULGAÇÃO
EDIÇÃO 05 15
tuário em todo o país, embora estejam inseridos em um
setor altamente pulverizado, com concorrentes de todos
os portes e formatos.
ESTUDO ANALISA CANAIS DE VAREJO
O diretor do IEMI, Marcelo Prado, apresenta com detalhes,
para a revista Sensor Varejo, a pesquisa “Canais de Varejo de
Vestuário”, sobre o desempenho do setor.
O estudo, realizado em 2012, foi feito com todos os canais
de varejo de vestuário no Brasil - desde as grandes redes
como Pernambucanas, Pão de Açúcar, Marisa, Renner, C&A
e Riachuelo, que contribuíram no desenvolvimento do pro-
jeto, até pequenas lojas multimarcas espalhadas pelos prin-
cipais centros de consumo do país.
Para Marcelo Prado, na primeira metade do ano passado
o varejo de vestuário cresceu apenas cerca de 1% sobre o
mesmo período de 2011, devido à alta base de comparação
e ao cenário desafiador no começo de ano, que teve que-
das de performance. “No segundo semestre, as vendas me-
lhoraram e ajudaram a garantir, para o acumulado do ano,
um resultado mais positivo do que no ano anterior: 3,3%
em 2012 em volumes, contra 1,9% em 2011”.
O diretor do IEMI explica que os primeiros seis meses de
2012 apresentaram desempenho fraco, especialmente em
função das altas temperaturas que impactaram as vendas
da coleção outono/inverno. “Mas no segundo semestre
esse impacto foi menor e os aumentos de salários, o cresci-
mento no consumo das famílias e as baixas taxas de desem-
prego deram o estímulo necessário ao bom desempenho
observado no Natal”.
De acordo com o estudo “Canais de Varejo de Vestuário”, as
taxas de crescimento, entretanto, são inferiores à média dos
últimos cinco anos. Entre 2007 e 2011, o consumo de arti-
gos de vestuário aumentou 22,1%, sendo que aproximada-
mente 90% foram de origem nacional. “Apesar do cenário
atual, o varejo de vestuário brasileiro mostra forte potencial
de crescimento. O Brasil deve triplicar esse mercado em
mais uma geração”, afirma.
FOTO:SHUTTERSTOCK
16
MARCAS CONSAGRADAS
O setor varejista brasileiro é único, segundo Prado. “Ele não
é melhor nem pior que o de outros países. Mas há especifi-
cidades. Dentro da conformação do mercado brasileiro nós
temos uma estrutura que reserva às redes de grande super-
fície muitas limitações de atuação. Há vinte anos, elas só
operavam em grandes centros e nichos. E o mercado pulve-
rizado das pequenas lojas, lojas independentes e de bairro é
que predominava no segmento de vestuário”, analisa.
A seu ver, esse formato é diferente nos Estados Unidos,
por exemplo, onde as grandes redes, há muito tempo,
atingem vários consumidores, inclusive as classes A e B.
“O consumidor norte-americano de produtos e serviços
de luxo, consumidor A, não se incomoda em comprar no
autosserviço, e as grifes mais renomadas em serem ofer-
tadas nesses locais”. No cenário europeu, por outro lado,
predominam lojas independentes ou monomarcas, sem-
pre focadas no público A/B e que se caracterizam por se-
rem menores e concentradas em grandes centros. Existem
as redes de grande metragem, mas ainda assim diferentes
do Brasil, em relação ao mix de produtos e forma de co-
mercialização, comenta ele.
Por muitos anos, o Brasil criou um modelo próprio e dis-
tinto para comercializar vestuário no varejo. No entanto, o
diretor do IEMI aponta mudanças para as próximas décadas.
“O tradicional modelo de canais de varejo de vestuário dá
sinais dessa mudança. Com a melhoria da distribuição de
renda, a classe média tende a se ampliar e, mais importante,
podemos estar nos aproximando do modelo de mercado
de varejo de massa norte-americano”.
MAIS ESPAÇO AO VESTUÁRIO
Os hipermercados vêm ganhando participação nas vendas
de roupas no mercado doméstico. Em 2011, seu market sha-
re sobre as vendas totais era de 7,7% em comparação com
7,1%, em 2007. Em volume de vendas, houve um aumento
de 35,5% no mesmo período. “Os hipermercados ainda de-
pendem muito das vendas de oportunidade, mas já ofere-
cem concorrência para lojas especializadas em moda ínti-
ma, por exemplo”, declara o diretor do IEMI.
As lojas de departamento não especializadas em têxteis
também tiveram crescimento significativo no volume de
vendas, em torno de 54,5% no período. A participação de
grandes redes de linha branca e marrom, principalmente no
segmento de roupas, representou no ano passado 8,7% das
vendas, contra 7% em 2007.
As redes de pequenas lojas registraram participação de
15,7%, enquanto as redes de departamento especializa-
do cresceram de 27,5% para 30,1% entre 2007 e 2011. O
crescimento em volume de vendas foi de 32,6% e 36% no
período, respectivamente. As lojas independentes tiveram
redução de 43,8% para 37,8% em market share, com alta de
7,3% no volume vendido.
Um dos fatores para o crescimento dos canais de vendas
de vestuário, segundo Prado, deve-se à localização com
exceção das lojas independentes: “Cerca de 35% das lojas
de vestuário estão presentes em 434 shoppings do país.
Esses locais têm atraído monomarcas e franquias, que pos-
suem giro alto, mas as multimarcas de pequeno porte ain-
da não são rentáveis em grandes centros comerciais como
os shoppings”, explica.
ASCENSÃO DAS CLASSES C E D
Para o diretor do IEMI, o Brasil tem grande concentração de
consumo nas classes B/C. Nos últimos anos, as classes de
menor renda melhoraram seu poder aquisitivo e se junta-
ram às classes B/C, aumentando o consumo de roupas e
outros produtos. Esse fator vem gerando grandes oportu-
nidades para o varejo, obrigando-o a aumentar a oferta de
produtos e disponibilidade de marcas.
Os consumidores das classes B1, B2 e C juntos somaram
79,3% da demanda interna por vestuário, em 2011. Os das
classes A1 e A2 responderam por 14,9% do consumo no
setor, enquanto as classes C e D consumiram 5,8%. “Es-
ses números refletem a ascensão financeira do brasileiro,
que com maior renda e emprego pode migrar de classe
social”, disse Prado. “Não importa o poder de compra do
consumidor: todos buscam experiências de compra ao
adquirirem peças de vestuário - os consumidores de baixa
renda buscam inclusão social e os de alta renda, exclusi-
vidade”, conclui.
Segundo Marcelo Prado, a maior disponibilidade de crédito,
oferecida por grandes redes de varejo, com certeza contri-
buiu para o aumento dessas vendas. ”Quando os consumi-
dores das classes B e C passaram a poder e querer mais,
abriu-se uma oportunidade de acesso às marcas de desejo.
Então, grandes canais de varejo enxergaram isso e começa-
ram a vender produtos que dependem do crédito, como os
eletrônicos. Criaram uma inteligência na gestão do crédito
e trouxeram isso para a moda, facilitando o pagamento, o
que tornou mais fácil chegar às marcas mais conhecidas e
desejadas”, complementou.
18
O mercado de varejo de nicho foi a opção para a abertura
das lojas WQSurf e Board Session, com foco nos aficiona-
dos pelos esportes radicais, a tribo dos surfistas e skatistas.
Nas lojas, um repertório multimarcas reúne as principais gri-
fes de surfe e skate, nacionais e internacionais, como Reef,
Hang Loose, Rusty, Volcom, Quicksilver, Roxy, Rip Curl, MCD,
Oakley, Vans, Lost, Globe e Hurley.
“Variedade de produtos, design das lojas, ótimo relaciona-
mento com colaboradores e excelência no atendimento a
clientes fizeram com que as lojas se tornassem referência
no segmento moda surfe e esportes radicais no Rio de Ja-
neiro”, afirma o diretor das lojas, Marcelo Brígido Plaisant.
Com longa experiência no setor de varejo, Plaisant iniciou
sua carreira profissional como vendedor de loja esporti-
va em um shopping da zona sul carioca, depois passou a
gerente e em 2005 inaugurou a própria loja, no Madureira
Shopping, zona norte.
Estava dada a largada para realizar o grande sonho de ter
uma rede de lojas de roupas focada em esportes radicais.
Conhecedor do mercado, o empreendedor foi aos poucos
construindo sua rede de lojas, tendo inaugurado, em sete
anos, mais 21 lojas das marcas WQSurf e Board Session.
A estratégia comercial do grupo baseou-se na abertura de
lojas em shoppings da região norte da cidade, carente de um
varejo especializado que oferecesse roupas de grifes famo-
sas. Nos últimos anos, a rede tem expandido suas lojas tam-
bém para as zonas sul e oeste, além de cidades como Niterói.
Até o final de 2012, a rede planejava inaugurar mais uma loja,
no Park Shopping Campo Grande, zona oeste carioca.
A política de recursos humanos também é diferenciada
no grupo. A contratação de jovens, que preferencialmente
nunca tenham trabalhado, é um requisito importante para
a formação da equipe de vendas, e o objetivo é que apren-
dam sob a filosofia de trabalho da empresa.
“Investimos muito em treinamento de nossa equipe de ven-
das. Valorizamos cada um de nossos funcionários. E nossos
vendedores são a alma de nosso negócio. Por isso, desen-
volvemos treinamento para formar uma equipe de primei-
ra, que tenha percepção de nossos clientes e da cultura da
empresa”, declara Plaisant.
VAREJO DE CONFECÇÃO
NA ONDA DOS ESPORTES RADICAIS
Especializadas em roupas para surfistas e skatistas, as lojas WQSurf e Board Session fa-
zem moda no Rio de Janeiro e aderem às tecnologias de prevenção de perdas
FOTO:DIVULGAÇÃO
EDIÇÃO 05 19
Prevenção de perdas nas lojas
Investimento em tecnologia também faz parte da estraté-
gia administrativa do grupo. Desde a primeira loja, no Ma-
dureira Shopping, a rede adota as soluções tecnológicas de
prevenção de perdas da Plastrom Sensormatic.
Atualmente, todas as 22 lojas da rede, das marcas WQSurf
e Board Session, são equipadas com soluções de Vigilância
Eletrônica de Mercadorias (VEM).
A tecnologia VEM integra os pedestais de prevenção, geral-
mente colocados nas portas de entrada e saída das lojas, as
etiquetas Acusto-Magnéticas (AM) e os desativadores AMB,
que podem ser instalados em qualquer superfície e junto
aos caixas das lojas.
“Estamos satisfeitos com a performance dos equipamentos
da Plastrom Sensormatic e pretendemos continuar com a
parceria tecnológica nas novas lojas da rede”, declara Mar-
celo Plaisant. Para o empresário, assim como é importante
equipar as lojas com tecnologia de prevenção, é imprescin-
dível que a equipe esteja alerta e atenta à movimentação
das pessoas nos espaços de loja. “Uma equipe bem treina-
da, focada em atender bem o cliente e comprometida com
o negócio faz a diferença e complementa a eficácia da per-
formance das soluções tecnológicas da Plastrom Sensorma-
tic”, conclui.
Em sintonia com o mundo dos esportes radicais, o grupo man-
tém uma escola de surfe no Recreio dos Bandeirantes, zona
norte do Rio de Janeiro, patrocina três atletas de surfe e even-
tos de esportes radicais, nas modalidades surfe e skate.
FOTO:DIVULGAÇÃO
20
PARCEIROS
Digitalização de imagens ajuda varejistas
a administrar melhor a equipe
Imagine entrar numa loja interessado em obter mais deta-
lhes sobre um produto e não aparecer nenhum vendedor
para atendê-lo porque a loja está cheia demais. Ou ainda,
em situação oposta, os vendedores (vários deles) disputa-
rem sua atenção em uma loja vazia. Ambos os casos são
constrangedores, certo? No entanto, existe uma maneira de
ajudar varejistas a driblar situações como essas, utilizando a
tecnologia para digitalização de imagens do fluxo de clien-
tes de uma loja. É simples.
Por meio das informações obtidas pelo sistema de câmeras
instaladas nas lojas (video-analytics), é possível garantir me-
lhor gestão de todos os processos, como definir a escala de
funcionários em horários de maior ou menor fluxo, enten-
dendo, por exemplo, quantos são necessários para garantir
um bom atendimento na linha de frente, bem como quan-
tos caixas deverão ser abertos, evitando, assim, maior tempo
em filas. Ou, ainda, se há muita ociosidade e em que perío-
dos do dia ou da semana ela ocorre. As mesmas informações
de fluxo de clientes podem ser utilizadas para treinamento
da equipe de vendas, ações de marketing e administrativas.
A Virtual Gate, uma empresa que há dez anos usa a tec-
nologia de captura de informações por meio de câmeras
para oferecer serviços e soluções diferenciadas, possibilita
aos seus clientes varejistas obter uma análise especializada
das informações apuradas pelos sistemas. “O detalhamento
sobre a quantidade de clientes que entraram na loja ver-
sus taxa de conversão (tíquetes emitidos) é um deles, que
é bastante utilizado para definir métricas de crescimento e
capacitação da equipe”, explica a diretora-geral da Virtual
Gate, Heloísa Cranchi. “Com a utilização da solução da Vir-
tual Gate, as informações podem ser convertidas em ações
estratégicas de acordo com a sazonalidade dos PDVs, permi-
tindo melhor administração das lojas, bem como de suas es-
tratégias de marketing e de planejamento operacional”, diz.
A Virtual Gate, que pertence ao Grupo Plastrom, mantém um
serviço proativo de monitoramento de toda a rede de câ-
meras instaladas, detectando qualquer falha de transmissão
ou de geração de dados e corrigindo-a antes mesmo que o
cliente tenha conhecimento da ocorrência. Seu processo de
gerenciamento de dados é completo e confiável e vai des-
de a transmissão, validação, correlação e armazenamento de
dados até a análise e disponibilização em um ambiente web
amigável e de fácil navegação. Varejistas como C&A, Per-
nambucanas, Vivo, Telhanorte, Leroy Merlin, Livraria Cultura,
Cybelar, Shoestock, Nokia, Via Uno, Reebok, Cantão, Redley,
L’Occitane, Lacoste, Kate Spade estão entre seus clientes.
Com a análise do fluxo de clientes, é possível traçar estratégias de vendas e ações moti-
vacionais mais assertivas para funcionários e ainda potencializar ganhos
FOTO:SHUTTERSTOCK
EDIÇÃO 05 21
MERCADO
As perdas no varejo brasileiro de supermercados represen-
taram, em média, 1,96% da receita operacional das empre-
sas em 2011. Em 2010 esse índice tinha chegado a 2,26%
da receita. Esses dados constam da última pesquisa do Pro-
grama de Administração do Varejo da Fundação Instituto
de Administração (Provar/FIA), realizada em parceria com a
Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Nielsen e
o Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar), divul-
gada em setembro de 2012.
Ainda segundo o levantamento, que foi realizado junto a 262
organizações brasileiras de autosserviço, as maiores perdas
são decorrentes de quebras operacionais (33%). Em seguida
aparecem furto externo (19%), erros administrativos (16%),
furto interno (15%), fornecedores e outros ajustes (10% ).
Conforme observa Carlos Eduardo Santos, presidente do
Comitê de Prevenção de Perdas do Ibevar, entre as causas
que mais contribuíram para as quebras operacionais, estão
os produtos com validade expirada, produtos danificados
por colaboradores, produtos danificados por clientes e em-
balagens vazias com produtos furtados. “O gerenciamento
adequado dessas perdas, depende muito do nível de ma-
turidade dos varejistas para a adoção de boas práticas de
prevenção de perdas”.
Segundo a pesquisa, a redução no índice de perdas é resul-
tado do aumento dos investimentos das empresas de au-
tosserviço em tecnologias de prevenção e também da me-
lhora na execução dos processos internos que vem sendo
implementados pelos varejistas, nos últimos anos. Apesar
disso, no entanto, os investimentos com vistas à redução
e prevenção de perdas, no Brasil, ainda são muito peque-
nos quando comparados aos de outros países. “Os Estados
Unidos, por exemplo, que adotaram pioneiramente tais sis-
temas, possuem um modelo diferenciado e perdas muito
menores”, pondera Santos.
PERDAS ELEVADAS CONTINUAM EM DESTAQUE
O índice de perdas nos supermercados brasileiros apresentou melhora no ano de 2011
em relação a 2010. Mesmo assim o percentual é alto, principalmente considerando-se as
margens apertadas de lucro do setor
CAUSAS DAS PERDAS
10%
16%
19% Furto externo
15%33%
10%
Furto interno
Erros administrativos
Fornecedores
Quebras operacionais
Outros ajustes
Fonte: PROVAR/FIA
22
GIRO PELAS ASSOCIAÇÕES
Apas apresenta
nova diretoria
A Associação Paulista de Supermercados (Apas)
anunciou seus novos diretores para o biênio
2013/2014. João Galassi ganhou um novo mandato
e seguirá na presidência da entidade. As primeiras
ações da nova diretoria foram a assinatura de um
convênio com a Desenvolve SP para oferecer linha
de crédito aos associados que buscam tornar seus
estabelecimentos mais sustentáveis e uma parceria
com o Via Rápida Emprego, programa do governo
do estado que auxiliará na indicação de cursos de
qualificação para atender à demanda de mão de
obra no setor. A entidade também anunciou a data
da Feira Apas 2013, que trará o tema “Capitalismo
consciente”. O evento será realizado entre os dias 6
e 9 de maio de 2013 no Expo Center Norte. Informa-
ções e inscrições: www.feiraapas.com.br.
ABRAS TEM NOVO PRESIDENTE
PARA 2013-1014
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) empossou
novo presidente para o biênio 2013-2014. Fernando Yama-
da, ex-presidente da Associação Paraense de Supermercado
(Aspas) foi eleito por unanimidade, para presidir a Abras nos
próximos dois anos, em substituição a Sussumu Honda, que
esteve à frente da entidade de 2007 a 2012. Honda assume
a presidência do Conselho Consultivo da Abras na nova ges-
tão. O vice-presidente da rede de Supermercados Yamada,
tem uma longa trajetória como representante do setor su-
permercadista no Brasil. Participa da diretoria da Abras há 15
anos e no biênio passado ocupou a primeira vice-presidência
da associação. Fundada em 1968, a Abras tem sede na capital
paulista, São Paulo, e escritório em Brasília, Distrito Federal.
Representa o setor de autosserviço no Brasil, que responde
por cerca de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Super Rio Expofood 2013
Maior encontro dos setores de supermercado, panificação,
hotelaria, franchising, conveniência e restaurante do Rio de
Janeiro, a Super Rio Expofood abordará em sua 25ª edição o
tema“Varejo sustentável”. Organizado pela Associação de Su-
permercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), o evento
apresentará aos varejistas referências para que o segmento
possa desenvolver práticas sustentáveis genuínas e, desse
modo, obter a preferência dos consumidores. A Super Rio Ex-
pofood 2013 será realizada de 19 a 21 de março no Riocentro
– Pavilhão 4. Informações e inscrições: www.superrio.com.br.
Seminário aborda
relações de trabalho
Em uma ação conjunta da Associação Paranaense de Su-
permercados (Apras) e da Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego do Paraná (SRTE/PR), foi realizado o Se-
minário de Sensibilização do Setor Supermercadista. A ini-
ciativa, inédita no país, tinha como objetivo buscar avanços
nas relações entre funcionários e empregadores.
Com o tema “Gestão eficaz das relações de trabalho”, o se-
minário contou com mais de 100 participantes, entre em-
presários, líderes e gestores supermercadistas. No encontro,
foram abordadas as leis trabalhistas vigentes no Brasil, bem
como as leis que regem a contratação dos trabalhadores do
setor. As condições de saúde do colaborador, recrutamento
e seleção e as vantagens de um ambiente de trabalho geri-
do por um líder qualificado foram os tópicos das palestras.
FOTO:SHUTTERSTOCK
EDIÇÃO 05 23
Pesquisa Anamaco
apresenta novidade
A Associação Nacional dos Comer-
ciantes de Material de Construção
(Anamaco) anunciou Katia Ratnieks
como diretora do Instituto de Pesqui-
sa Anamaco. Ratnieks trabalhou por
dez anos no Ibope como diretora de
Pesquisas de Mercado e era respon-
sável pela Pesquisa Anamaco. Realiza-
da desde 1991, a Pesquisa Anamaco
é um dos principais estudos sobre a
indústria da construção. Feita a partir
da avaliação dos lojistas, a pesquisa
serve também como referência para
o Prêmio Anamaco, que indica os me-
lhores do ano no setor.
Acaps completa 40 anos
Em 2012, a confraternização de final de ano da Associação
Capixaba de Supermercados (Acaps) também celebrou as
quatro décadas de história da entidade. A festa, realizada
no Centro de Convenções de Vitória, reuniu 800 pessoas e
contou com coquetel, homenagens e uma apresentação
do cantor Emmerson Nogueira. Fundada em 1972 a partir
de uma reunião entre 19 empresários para discutir o se-
tor de supermercados no Espírito Santo, conta hoje com
mais de 500 associados.
Agas investe em
programas de capacitação
Com o intuito de formar e fornecer mão de obra qualificada
para o varejo do estado, a Associação Gaúcha de Supermerca-
dos (Agas) promove ações de capacitação profissional, ofere-
cendo cursos – muitos gratuitos – na capital e no interior. Uma
das iniciativas é o Projeto Empregar, que ministra cursos bási-
cos de empacotamento, atendimento, operação de caixa e su-
primento. Outro programa da entidade, voltado para quem já
atua no setor, mas também aberto a quem busca vaga no mer-
cado de trabalho, é o Escola Móvel, uma carreta adaptada que
reproduz o ambiente de alguns setores de um supermercado,
como padaria e açougue, e tem capacidade para atender até
50 alunos. Para mais informações, acesse: www.agas.com.br.
Brasilshop em Brasília
A capital federal recebeu a última edição do ano do Brasil-
shop – Congresso Internacional de Varejo, evento promo-
vido pela Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop) e
realizado no Centro de Convenções Brasil 21. O encontro,
voltado para a indústria varejista de shopping centers da
região, discutiu o atual cenário econômico, as perspectivas
para o setor, os desafios das franquias no Brasil e as novas
formas de se relacionar com o consumidor em tempos de
redes sociais. Em 2012, o Brasilshop também passou por
Goiânia, São Paulo e Fortaleza.
Almoço beneficente da Amas
ajuda trabalhos sociais
No final de 2012, a tradicional feijoada promovida pela As-
sociação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas),
em sua décima edição, repetiu o sucesso dos anos an-
teriores e arrecadou fundos para duas entidades assis-
tenciais do estado. Dessa vez, foram beneficiados o asilo
Recanto São João Bosco, de Campo Grande, que recebeu
R$ 15.555,00, e a Associação de Pais e Amigos dos Excep-
cionais (Apae) de Sidrolândia, que recebeu R$ 6.666,00,
totalizando uma ajuda de R$ 22.221,00. A Feijoadamas é
um evento organizado pela Comissão Feminina da Amas.
FOTO:SHUTTERSTOCK
24
GESTÃO DE RISCOS, AUDITORIA E
PREVENÇÃO DE PERDAS NO VAREJO
ARTIGO
Tenho observado, em algumas estruturas organizacionais
do varejo de médio e grande portes, diferentes papéis de-
sempenhados pelas áreas de Prevenção de Perdas, Gestão
de Riscos e Auditoria. Este artigo tem como objetivo traçar
um paralelo de conceitos, sinergias e conflitos entre essas
três áreas, que, embora representem funções diferentes,
atuam em busca dos mesmos objetivos.
Enumero alguns conceitos sobre as áreas:
GESTÃO DE RISCOS
Ciência que objetiva conhecer os riscos a que as empre-
sas estão expostas, por meio de análises detalhadas dos
ambientes interno e externo da organização, nos aspectos
estratégico, operacional e financeiro, para que a empresa
possa tomar decisões no presente que venham a trazer re-
sultados mais satisfatórios no futuro, desde que as ações
tomadas sejam viáveis dos pontos de vista operacional e fi-
nanceiro. Essas decisões (planos de ação) têm como objeti-
vo a mitigação, o gerenciamento ou a eliminação dos riscos.
A Gestão de Riscos tem sua aplicação baseada em normas
internacionais e nacionais, além de ser uma boa prática
de Governança Corporativa, processo ao qual as empre-
sas de capital aberto e que estão no novo mercado de-
vem e precisam se adequar.
Além dos aspectos legais e formais, a Gestão de Riscos
permite à empresa uma administração transparente, tanto
FOTO:SHUTTERSTOCK
EDIÇÃO 05 25
dos resultados financeiros quanto dos controles internos,
diminuindo as incertezas e surpresas que podem afetar os
negócios e levar a resultados indesejados, como o fecha-
mento da empresa.
Pelo aspecto legal, a área deve possuir diretoria independen-
te, reportando-se ao Presidente, Conselho de Administração
e/ou Comitê de Auditoria. Tem atividade de staff e, portanto,
não deve fazer parte do processo interno da organização,
sendo responsável pelas seguintes atividades internas:
•	 Auxílio na identificação de riscos inerentes às operações
•	 Definição de metodologia para mensuração e sistemáti-
ca de acompanhamento
•	 Acompanhamento das operações de forma independente
•	 Avaliação do grau de exposição e garantia de que os li-
mites estabelecidos sejam observados
•	 Comunicação dos resultados para a alta administração
AUDITORIA
Área que tem como responsabilidade auxiliar a alta admi-
nistração a alcançar seus objetivos estratégicos e operacio-
nais por meio do acompanhamento
e revisão das atividades internas da
empresa, objetivando avaliar se es-
tão em conformidade com as políti-
cas internas, resoluções e legislação.
Assim como a Gestão de Riscos, a
Auditoria Interna é mais uma função
assessorial que de linha e, principal-
mente, independente, para que te-
nha liberdade para revisar e avaliar as
normas, os planos, procedimentos,
registros e recomendar melhorias.
As atividades da área de Auditoria são:
•	 Revisão, avaliação da eficácia, suficiência e aplicação dos
controles contábeis, financeiros e operacionais
•	 Determinação da extensão do cumprimento das nor-
mas, dos planos e procedimentos vigentes
•	 Determinação da extensão dos controles sobre a exis-
tência dos ativos da empresa e da sua proteção contra
todo tipo de perda
•	 Determinação do grau de confiança das informações e
dados contábeis e de outra natureza, preparados den-
tro da empresa
•	 Avaliação da qualidade alcançada na execução de tare-
fas determinadas para o cumprimento das respectivas
responsabilidades
•	 Avaliação dos riscos estratégicos e de negócio da or-
ganização
•	 Auxílio para a companhia melhorar seus processos
de negócio
Pela independência, a Auditoria Interna não deve plane-
jar nem implantar procedimentos, escriturar registros ou
ter participação em atividades que, normalmente, deve
revisar e avaliar.
PREVENÇÃO DE PERDAS
Área responsável pelo gerenciamento e monitoramento das
atividades corporativas geradoras das perdas físicas, finan-
ceiras, rupturas e quebras operacionais. Possui papel seme-
lhante à área de Controles Internos, pois implementa pro-
cessos para garantir que as perdas tenham o menor impacto
possível sobre os negócios. Suas principais atividades são:
•	 Mapeamento, revisão e implementação dos processos
geradores de perdas
•	 Criação e monitoramento dos indicadores de perdas
•	 Realização de treinamentos dos processos internos
•	 Avaliação de investimentos em tecnologias
•	 Realização de auditorias preventivas nos processos ge-
radores de perdas
PONTOS SIMILARES ENTRE AS ÁREAS
As três são áreas de staff, isto é, que não fazem parte de for-
ma direta da operação, embora a Prevenção de Perdas pos-
sua algumas atividades operacionais dentro das lojas, como
a participação no processo de recebimento de mercadorias.
Também realizam testes nos controles, objetivando a iden-
tificação de não conformidades. Para tanto, geralmente
utilizam a mesma metodologia de auditoria, por meio da
Assim como a Gestão de Riscos,
a Auditoria Interna é mais uma
função assessorial que de linha e,
principalmente, independente, para que
tenha liberdade para revisar e avaliar
as normas, os planos, procedimentos,
registros e recomendar melhorias
26
definição de uma amostra, walkthrough, formalização dos
testes e geração de relatórios.
Outro ponto em comum está relacionado à melhoria dos
processos. As três áreas se preocupam com a conformidade
dos processos internos em relação às políticas da empresa,
realizando mapeamentos e avaliações de forma permanen-
te. E sempre que possível recomendam mudanças com base
nas boas práticas, riscos identificados e oportunidades.
PONTOS DIVERGENTES E
CONFLITANTES
O âmbito de controle da Prevenção de Perdas é mais limita-
do que o da área de Gestão de Riscos, que tem uma função
mais corporativa, embora algumas empresas tenham uma
estrutura única para o gerenciamento dessas áreas.
A Prevenção de Perdas tem como foco a gestão sobre as
perdas físicas nas lojas e centros de distribuição, já a Gestão
de Riscos é responsável pelos riscos relacionados aos pro-
cessos logísticos, de segurança, de crédito e de governança,
além de poder assumir a gestão sobre as perdas físicas.
Já a Auditoria possui uma função mais abrangente e inde-
pendente. Tem o objetivo de auditar todas as áreas da em-
presa, inclusive a Gestão de Riscos e a Prevenção de Perdas.
Um exemplo perfeito dessa segregação está relacionado
com a Auditoria de Estoques, por meio do processo de
inventário. Como indicador principal, a área de Prevenção
de Perdas é medida pela redução das perdas. E o principal
instrumento para a identificação desse índice é o proces-
so de inventário.
Sendo diretamente responsável pelo resultado do inventá-
rio, não é recomendado que a execução seja realizada pela
área de Prevenção de Perdas. Nesse contexto a Auditoria é a
área mais indicada para a realização desse trabalho.
Embora os papéis possam conflitar, muitas empresas pos-
suem em sua estrutura organizacional o compartilhamen-
to dessas atividades em uma única área, em razão da matu-
ridade, do apetite para investimentos e principalmente do
porte da empresa. Uma política bem estruturada, definin-
do papéis e responsabilidades, pode diminuir o impacto
desses conflitos. Por outro lado, am-
bientes informais podem comprome-
ter resultados e objetivos traçados.
Artigo escrito por Carlos Eduardo Santos,
diretor de Soluções e Store Performance
da Plastrom Sensormatic.
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  • 2. PLASTROM SENSORMATIC Soluções integradas para garantir maior rentabilidade ao seu negócio: Prevenção de Perdas, Aumento de Vendas e Eficiência Operacional CFTV • VEM • CADEADO ELETRÔNICO • CONTROLE DE ACESSO • ETIQUETAGEM NA ORIGEM • ALARME • CHECKOUT EXPERT • CONTAGEM DE FLUXO • MEIOS DE PAGAMENTO • RFID • VÍDEO ANALYTICS • SERVIÇOS DE PREVENÇÃO DE PERDAS (11) 4166-4400 | 0800 892 0003 | Al. Araguaia, 3718 Tamboré 06455-000 | Barueri SP plastromsensormatic.com.br
  • 3. 4 6 8 10 11 12 14 18 20 21 22 24 CURTAS CASO DE SUCESSO: EPK – MODA INFANTIL CONQUISTA O PAÍS OPINIÃO: MARIO DUARTE – RESULTADOS NO VAREJO VÃO ALÉM DAS VENDAS PRODUTOS & SOLUÇÕES: CÂMERAS GANHAM NOVO RECURSO ATUALIDADE: NOVA GERÊNCIA PARA RFID INOVAÇÃO: BENEFÍCIOS DA ETIQUETAGEM NA ORIGEM PARA O VAREJO CAPA: CRESCIMENTO DO VAREJO DE VESTUÁRIO NO BRASIL VAREJO DE CONFECÇÃO: WQSURF E BOARD SESSION ADOTAM TECNOLOGIA PARCEIROS: DIGITALIZAÇÃO DE IMAGENS AJUDA VAREJISTAS MERCADO: PERDAS ELEVADAS CONTINUAM EM DESTAQUE GIRO PELAS ASSOCIAÇÕES ARTIGO: GESTÃO DE RISCOS, AUDITORIA E PREVENÇÃO DE PERDAS EDITORIAL Todos nós crescemos ouvindo dizer que a pro- paganda é a alma do negócio. E ninguém, em sã consciência, ousaria desmentir essa afirmação. No entanto, cada vez mais, o que transparece no cotidiano das empresas é que a propaganda pode continuar sendo a alma do negócio, porém sem inovação os negócios tendem a um desem- penho mais fraco, menos brilhante. E nos referimos a um conceito amplo de inovação, que inclui o essencial investimento em tecnologia de produto, mas vai além. A verdade é que, cada vez mais, as empresas precisam se diferenciar para se destacar dos concorrentes, e a diferença vem da inovação. No varejo, por exemplo, todas as empresas, sejam grandes ou pequenas, redes ou lojas individuais, e de qualquer ramo de atividade, enxergam a inovação como o caminho ideal para melhorar a experiência do consu- midor no ponto de venda. E a inovação pode se apresentar de diversas formas, traduzindo-se em mobilidade, sustentabilidade e personalização, entre outros atrativos. Como pano de fundo a toda a criatividade que o varejo precisa oferecer, um sistema eficiente e discreto de prevenção de perdas é um aliado insubstituí- vel para melhorar a experiência do consumidor no ponto de venda. A maté- ria sobre etiquetagem na origem, desta edição, mostra como esse recurso ajuda a desconfinar produtos e facilita seu manuseio pelo consumidor. Embora não se concentrem especificamente na inovação, o artigo de Ma- rio Duarte, mostrando que os resultados no varejo vão além das perdas, e a matéria de capa, que aborda o varejo de vestuário no Brasil, são textos que mostram quanto espaço existe para a inovação e para o desenvolvimento do varejo, em geral. Boa leitura! Waldemar Scudeller EDIÇÃO 05 Diretor-Geral: Waldemar Scudeller Diretor de Store Performance: Carlos Eduardo Santos Diretor Comercial: Marcelo Barros Gerente de Marketing: Elaine Cristina Kiyota Analista de Marketing: Alana Marche Fioravante Assistente de Relacionamento: Bruna de Oliveira Santos Colaboradores: Augusto Alvarez, Bruno Calaça, Carlos Eduardo Santos, Heloísa Cranchi (Virtual Gate), Marcelo Plaisant (WQSurf/Board Session), Marcelo Prado (IEMI), Mario Duarte, Renato Fogagnoli (ImediaData), Roberto Pupe (rede Panvel), Rodrigo Moret (EPK) Jornalista Responsável: Regina Lucia Pimenta de Castro (Registro Profissional MT 18.858/SP | Mat. Sindical 5070 – SJSP) Foto Mario Duarte: Izilda França Diagramação: caixa preta design+conteúdo Plastrom Sensormatic SENSOR VAREJO EDIÇÃO 05
  • 4. 4 Programa de reciclagem do Pão de Açúcar completa 12 anos Lançado em 2001, inicialmente em 12 lojas, o Programa Estações de Reciclagem, uma par- ceria do Pão de Açúcar com a Unilever, chega hoje a 100% das unidades da rede em todo o Brasil. Em 12 anos de atividades, já foram arre- cadadas cerca de 60 mil toneladas de material reciclável, como papel, vidro, plástico e alumí- nio (algumas unidades também coletam óleo de cozinha e outras já estão recebendo emba- lagens de aerossol). Os materiais são doados para cooperativas de reciclagem parceiras do programa. Além de gerarem emprego e renda para mais de 700 famílias, as estações de reci- clagem também estimulam o consumo cons- ciente e a preservação do meio ambiente por meio do descarte correto de embalagens. CURTAS Extra apresenta coleçãoVerão 2013 A coleção Verão 2013 do Extra já está à venda em todas as lojas do país. Além de contar com a marca própria nas linhas feminina, masculina e infantil, a coleção também apresenta as criações de Marcelo Sommer. O estilista desenvolveu com exclusividade para a rede 20 peças em estilo Romântico Re- trô. Os modelos da coleção Verão 2013 que levam a marca Extra trazem os temas Safári, Navy, Surf Californiano e Neon. CICLO DE PALESTRAS INTEGRA O PLANETA COOP O Ciclo de Palestras é uma das atividades que integram o Planeta Coop, braço de responsabilidade social, ambiental e cultural da Cooperativa de Consumo (Coop). A Coop ofe- rece gratuitamente aulas e cursos de diversos temas dentro das modalidades Artesanato, Saúde & Bem Estar, Culinária e Estética e Beleza. Essas atividades acontecem durante o ano todo e têm como objetivo levar conhecimento e desenvolvimento de novas habilidades aos participantes. Com mais de dez anos de existência, o Ciclo de Palestras é um projeto voltado exclusivamente para os cooperados. A programação dos cursos para 2013 pode ser conferida no link www.portalcoop.com.br/faca-parte/ciclo-palestras. Fototica apoia projetos sociais Você possui óculos que não utiliza mais, porém não quer simplesmente jogá-los fora? Pois saiba que eles podem aju- dar muita gente! Seus óculos usados podem ser entregues em qualquer loja da rede Fototica, que mantém um pro- grama de reciclagem. Os óculos doados são ajustados, hi- gienizados e, com o apoio de instituições assistenciais, dis- tribuídos a pessoas carentes. Com isso, além de preservar o planeta gerando menos lixo, você também cuida da visão de quem mais precisa. Walmart recebe prêmio por práticas sustentáveis O Walmart Brasil foi o vencedor na categoria “Serviços” do Prêmio Época Empresa Verde, promovido pela revista Época. O reconhecimento veio em função das iniciativas da empre- sa relacionadas à responsabilidade ambiental, como o con- sumo racional de água, a reciclagem e a conscientização dos consumidores, entre outras ações sustentáveis. A empresa foi eleita entre 20 finalistas que concorriam em cinco categorias, divididas em dois prêmios: Prêmio Época Empresa Verde (ca- tegorias Serviços, Indústria e Finanças) e Prêmio Época Mu- danças Climáticas (categorias Serviços e Indústria). FOTO:SHUTTERSTOCK
  • 5. EDIÇÃO 05 5 BRASIL MARCA PRESENÇA NA NFR 2013 Representantes do varejo de di- versos países se reuniram em ja- neiro para mais uma edição da NRF (National Retail Federation), maior encontro mundial do setor, realizado anualmente em Nova Iorque, Estados Unidos. Em 2013, alguns dos principais temas do congresso foram Engajamento e Personalização do Varejo. Parale- lamente às palestras e debates sobre as últimas tendências do se- tor, o espaço de exposição da NRF reuniu os últimos lançamentos em produtos e soluções tecnoló- gicas. Como em anos anteriores, o Brasil se destacou com uma das maiores delegações. A Plastrom Sensormatic esteve presente no evento com a participação dos executivos da empresa, Waldemar Scudeller (diretor geral), Carlos Eduardo Santos (diretor de Soluções e Store Performance), Marcelo Barros (di- retor Comercial) e Fábio Barros (gerente Regional-RJ). Da esquerda para a direita: Fernando Yamada, presidente da ABRAS e família; Fábio Barros, gerente Regional da Plastrom Sensormatic; Antônio Poletini, superintendente da ACATS e Antônio Longo, presidente da AGÁS e diretor da rede de Supermercados Apolo. Também esteve presente ao evento com o grupo, João Galassi, presidente da Apas e diretor da rede Galassi Supermercados e Atanázio dos Santos Neto, diretor da rede de Supermercados Angelone. SETOR SUPERMERCADISTAS ESTÁ OTIMISTA A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo (PCS/APAS) prevê que os níveis de confiança permaneçam elevados em 2013 por conta da recupera- ção da economia brasileira. A declaração é do presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), João Galassi. “Com o crescimento do PIB, haverá maiores índi- ces de empregos e rendas, duas variáveis que influenciam diretamente no desempenho do setor supermercadista”, afirmou. A pesquisa apontou que em dezembro de 2012 houve 36% de otimismo em relação ao ambiente econô- mico atual e futuro. A análise do momento atual mostrou que os índices de otimismo atingiram 31,5%, quando fa- lou-se em futuro; 40,1% dos entrevistados mostraram-se otimistas. A estabilidade da alta confiança está relaciona- da ao maior otimismo em relação à expectativa atual das vendas, 72% de otimismo. VAREJISTAS PLANEJAM ABRIR NOVAS LOJAs As principais empresas de varejo do Brasil planejam ex- pandir suas redes de lojas como forma de enfrentar a pre- visão de desaceleração no ritmo de crescimento das ven- das para 2013. Entre as maiores varejistas, o desempenho das vendas em lojas que operam há pelo menos um ano, teve crescimento de apenas um dígito em 2012, abaixo do registrado em anos anteriores. Segundo a Serasa Ex- perian, no ano passado, as atividades varejistas obtiveram alta de 6,4%, o menor ritmo de expansão dos últimos três anos. Para 2013, o Instituto para Desenvolvimento do Va- rejo (IDV) prevê alta de apenas 5% nas vendas compará- veis. Em contrapartida, o IDV estima que 720 novas lojas devam ser abertas em 2013, alta de 14% em área de ven- das, em relação a 2012. O Pão de Açúcar planeja abrir 500 lojas até 2015, média de quase 170 por ano, estimativa maior do que as 95 lojas inauguradas no ano passado.
  • 6. 6 O CHARME DO MERCADO DE MODA INFANTIL CASO DE SUCESSO A francesa EPK investe no mercado brasileiro e traz sua marca global para os principais centros do país. Presente em 14 países, a marca chegou ao Brasil há um ano e meio, com a inauguração de duas lojas na cidade do Rio de Ja- neiro, nos shoppings Fashion Mall e Rio Sul. A empresa segue um audacioso plano de expansão e pretende abrir pelo menos 80 lojas próprias nos próximos cinco anos. “Trouxemos um conceito inovador, com um espaço dedi- cado exclusivamente à moda infantil, oferecendo preço, design e qualidade em operações médias de 200 metros quadrados”, relata Rodrigo Moret, diretor da EPK no Bra- sil. Com mais de 15 anos de experiência internacional na venda de roupas e acessórios para bebês e crianças até 14 anos, a EPK trouxe para os consumidores brasileiros o conceito de qualidade de produtos com base nas tendên- cias de moda internacionais, segundo uma visão ampla de butiques, com lojas instaladas em grandes centros co- merciais, mas com preços acessíveis. Por acreditar no potencial do mercado brasileiro, ainda em 2011, no primeiro ano de atividade, a empresa abriu mais duas lojas, no Via Parque e Plaza Niterói. E o plano de expansão segue a um ritmo forte: até o início de Instalada no Brasil no final de 2011, a marca francesa EPK pretende abrir 80 lojas nos pró- ximos cinco anos e conquistar os baixinhos brasileiros FOTO:DIVULGAÇÃO
  • 7. EDIÇÃO 05 7 2013 está prevista a abertura de mais três lojas, duas no Rio de Janeiro, sendo uma no corredor cultural do centro, na tradicional Galeria Sul América, e outra em um grande shopping, e a terceira em Curitiba, Paraná. “Ao inaugurar nossa primeira loja fora do Rio de Janeiro, estamos consolidando uma tendência inexorável de levar a EPK para outros estados brasileiros e tornando realida- de nosso plano de expansão. Terminamos o ano de 2012 com sete lojas e já temos definidas as discussões acerca do planejamento de investimentos para 2013”, afirma Mo- ret. “Para inaugurar outras praças de atuação, a escolha re- caiu sobre a cidade de Curitiba, no Paraná, por seu eleva- do desenvolvimento econômico-social e pelo clima bem mais ameno, distinto do Rio de Janeiro”, complementa. Para o executivo da marca, o Brasil vive um momento muito especial de crescimento também no mercado de moda infantil. “Segundo os últimos estudos da Abit (Asso- ciação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), esse mercado está em ebulição e tem crescido a taxas de 6% ao ano, sendo responsável por 15% do faturamento total do segmento de vestuário, equivalente a US$ 4,5 bilhões em 2008”, ressalta Moret. Parceria tecnológica O diretor da EPK no Brasil informa que, com a ajuda das soluções da Plastrom Sensormatic, a empresa vem conse- guindo se adequar rapidamente ao padrão tecnológico estabelecido pela matriz, que também conta com o su- porte tecnológico da Sensormatic. No Brasil, as lojas da EPK são equipadas com as soluções tecnológicas VEM (Vigilância Eletrônica de Mercadoria) por meio de etiquetas RF (Radiofrequência) e também AM (Acusto-Magnética). “Estamos fortalecendo nossas parce- rias e vemos a Plastrom Sensormatic como um parceiro estratégico, capaz de nos oferecer apoio durante o cresci- mento que planejamos”, afirma Moret. A marca EPK vem utilizando a tecnologia AM nas roupas e acessórios, em todas as suas lojas, desde 2008. Segundo a empresa, o uso dessa tecnologia, que inclui as modernas etiquetas Tag Super, de remoção mecânica por meio de desetiquetadores da Plastrom Sensormatic, tem se mos- trado eficiente e atingido as expectativas de segurança e prevenção de perdas e furtos nos estabelecimentos da rede em todo o mundo. com a ajuda das soluções da Plastrom Sensormatic, a empresa vem conseguindo se adequar rapidamente ao padrão tecnológico estabelecido pela matriz, que também conta com o suporte tecnológico da Sensormatic A marca EPK, Grupo dos Príncipes, foi criada em 2000 pelos empreendedores Patrick Leret, de origem fran- cesa, e Luis Ernesto González, venezuelano. O negó- cio na América Latina teve início com a abertura de duas lojas na capital da Venezuela, em Caracas, e hoje possui 28 lojas em todo o país. O objetivo dos empre- sários é oferecer roupa de qualidade e preço acessí- vel para o consumidor infantil. Nesses 12 anos, a empresa ampliou sua atuação para outros países da região por meio de sistema de fran- quia internacional e por regime de sociedade com o grupo EPK. Com 89 lojas, principalmente na América Latina, registrou vendas na ordem de US$ 65 milhões em 2011. Além da Colômbia, mantém operações no Equador, Honduras, Panamá, Costa Rica, Aruba, Peru, Chile, Brasil e Israel. Em 2011, fincou bandeira da marca EPK, Grupo dos Príncipes em solo brasileiro, na cidade do Rio de Ja- neiro, inciando a concretização de um plano auda- cioso de abrir cerca de 150 lojas em todo o país no prazo de dez anos.
  • 8. 8 OPINIÃO: MARIO DUARTE RESULTADOS DO VAREJO VÃO ALÉM DAS VENDAS Definir a importância da gestão de perdas e quebras para as empresas do varejo é sim- ples: é uma das poucas ferramentas capazes de fazer com que o varejista melhore seus resultados, independentemente do aumento das vendas Não, não se trata de mágica, é só fazer as contas. Vamos supor que cada produto comercializado gere uma margem líquida de 2%. Se esse produto for danificado ou furtado, significa que a empresa terá de vender mais 50 itens do mesmo produto para recuperar aquele que não tem mais condição de venda ou que foi retirado da loja sem passar pelo caixa. O prejuízo não para por aí. Para compen- sar a redução das margens, o lojista se mo- tiva a aumen- tar o preço do produto, o que acarreta a que- da de vendas e a insatisfação do consumi- dor. É um pro- blema que traz consequências negativas para os resultados, mas, sobretu- do, para a ima- gem da loja no mercado. Reduzir quebras operacionais e perdas aumenta a eficiência das operações, o que se reflete no preço final das mercadorias. Com preços mais competitivos, as vendas da empresa aumentam, as margens preestabelecidas são alcançadas, garantindo a sustentabilidade do negócio. O círculo vicio- so das perdas e das quebras torna-se, assim, um círculo virtuoso de ganhos. Por esse motivo, a gestão de perdas e quebras precisa ter im- portância estratégica dentro das organizações de varejo, fican- do sob a coordenação direta das lideranças diretivas. O planejamento e implementação de um programa eficien- te de gestão de perdas e quebras operacionais começa com o entendimento de alguns conceitos: a quebra contábil é a composição da quebra ope- racional e da perda de esto- que, conforme demonstra o quadro ao lado. A quebra ope- racional é re- presentada pe- las mercadorias que perderam sua condição de venda, por isso terão de ser descartadas. Estabelecido o que é a quebra operacional, o próximo pas- so é identificar como ela ocor- re ao longo da cadeia do va- rejo, começan- do pelos pedidos (dados incorretos), recebimento (avarias de embalagens no embarque ou desembarque, produtos fora das condições de consumo, de venda ou com prazo de validade vencido), armazenamento (empilhamento malfeito e em locais impróprios), preparo sem critérios dos produtos para exposição e na frente de caixa (principalmente, troca no registro por des- conhecimento das mercadorias). Já as perdas são consequência de furtos internos e externos, CONCEITO DA QUEBRA CONTÁBIL QUEBRA OPERACIONAL QUEBRA CONTÁBIL PERDAS É a diferença entre o estoque teórico (sistema) e o estoque físico efetivamente presente no momento do inventário Resultado dos produtos que estão sem condições de venda (descartados) Causas da Quebra Operacional • Gestão operacional inadequada • Recebimento inadequado • Armazenagem inadequada • Exposição inadequada • Manipulação e movimentação inadequadas • Infraestrutura inadequada • Erros administrativos Resultado dos produtos que desaparecem da loja e não se sabe o motivo real Causas das Perdas • Erros operacionais • Fraudes • Furto interno • Furto externo
  • 9. EDIÇÃO 05 9 fraudes internas e de fornecedores, além de erros operacionais. Definida a origem das perdas, o varejista deve ter atenção es- pecial para os produtos mais visados (produtos de alto risco – PARs) e para os pontos críticos da loja por onde as mercadorias podem sair sem passar pelo caixa. Para o manuseio desses produtos, é importante es- tabelecer regras de operação que levem em consi- deração todas as etapas ao longo da cadeia, como demonstra o qua- dro ao lado. Caso contrário, como vimos antes, o varejista poderá pagar para vender determinado pro- duto. Ainda para os pro- dutos de alto ris- co, é importante considerar as tec- nologias disponí- veis no mercado, como sistemas de CFTV e etiquetas eletrôni- cas, que contribuem para o monitoramento e proteção desses produtos com consequente redução das perdas. Com o entendimento desses conceitos e de como ocorrem as quebras operacionais e as perdas, é possível desenvolver estratégias e ações que envolvam sobretudo treinamento, aplicação de melhores práticas e ações preventivas de ma- neira conjunta entre as áreas de recursos humanos, logística, comercial, qualidade e, principalmente, operações de loja. É nesse ponto que a participação da alta direção varejista se faz necessária, já que a busca de melhores resultados deve envol- ver todos os departamentos e cada funcionário em particular, desde o presidente até o repositor. O objetivo maior é criar a “cultura de gestão das perdas e quebras”, conscientizando to- dos de que reduzi-las gera benefícios para os consumidores, para a empresa e para os funcionários. Para que os resultados sejam ainda melhores, é preciso olhar paraforadaempresa,ouseja,paraorelacionamentocomosfor- necedores; afinal, a indústria é diretamente beneficiada com a reduçãodasquebraseperdas.Asaçõesdovarejistacontribuem para o crescimento das vendas dos produtos do fornecedor nas lojas, principalmente, por sua disponibilidade na gôndola para o con- sumidor. Com a cola- boração ativa da indústria, será possível atacar pro- blemas crôni- cos da cadeia de abaste- cimento do varejo, como avarias nas embalagens, atrasos nas entregas, er- ros de pedi- dos, validade e quebra na cadeia do frio (falhas na conservação de alimentos resfriados ou congelados), e também melhorar ou implementar novos pro- cessos, como padronização de embalagens, etiquetagem de segurança na origem e, num futuro próximo, a tecnologia RFID. Essas ações conjuntas podem contribuir para o aumento do sortimento nas lojas e redução da ruptura nas gôndolas, assim como oferecer ao consumidor preços justos, produtos mais frescos e de acordo com as preferências e necessidades. Quando falo sobre a importância da colaboração entre varejo e indústria na gestão das perdas e das quebras ao longo da cadeia de abastecimento, comparo os dois como integrantes do mesmo time de futebol. O varejista é o artilheiro, que pre- cisa estar sempre marcando gols para que o time continue vencendo, mas para ganhar o campeonato é preciso que a indústria se junte ao ataque e aju- de a fazer os gols. Mario Duarte, consultor de varejo. FLUXO DO PAR DA INDÚSTRIA ATÉ O CAIXA DA LOJA AÇÕES RELACIONADAS A CADA FASE DA CADEIA • Ações integradas • Etiquetagem: na origem, no CD ou na loja • Lista de PARs • Conferência 100% • Acompanha- mento do recebimento • Definição e controle de áreas segregadas • Técnicas de exposição de PAR • Contagem rotativa • Registro das perdas • Conferência e procedimentos específicos no ato do registro Etiquetagem Antifurto na Produção/ Origem Recebimento Armazenagem Exposição Frente de Caixa FORNECEDOR VAREJISTA
  • 10. 10 TECNOLOGIA PIXIM INTEGRA CÂMERAS CFTV PRODUTOS & SOLUÇÕES As novas câmeras de prevenção de perdas e furtos da Plas- trom Sensormatic, com a tecnologia Pixim Seawolf, foram lançadas na 46ª Convenção Abras, realizada em Atibaia, São Paulo. O lançamento desses produtos vem complementar o portfólio de soluções de CFTV da empresa e oferecer uma va- riedade maior de opções para o varejo e indústria em geral. As câmeras com o inovador sensor Pixim mostram imagens precisas em cenas do mundo real, noite e dia, mesmo sob condições desafiadoras e mistas de iluminação, em ambien- tes muito escuros ou com muita claridade. O novo equipa- mento já está sendo comercializado pela equipe de vendas da Plastrom Sensormatic. Para o gerente de Soluções da empresa, Augusto Alvarez, todos os modelos de câmeras a partir de agora podem vir com o sen- sível sensor Pixim integrado. “Ao acompanhar as necessidades dos clientes por mais controle dos ambientes e mais nitidez de imagens, o sensor Pixim Seawolf é a resposta à iluminação desa- fiadora: para escuridão, obscurecimento, mistura de intensidade de luminosidade, área interna e claridade excessiva”, ressalta. FOTOS:SITEPIXIM
  • 11. EDIÇÃO 05 11 ATUALIDADE Essas soluções RFID, desenvolvidas pela Tyco Retail Solu- tions e colocadas no mercado brasileiro pela Plastrom Sen- sormatic, chegam para atender ao crescente interesse das organizações em conhecer e adotar essa tecnologia, que se apresenta como uma das fortes tendências para os próxi- mos anos. Por acreditar no grande potencial de negócios dessa área, a Plastrom Sensormatic criou recentemente a gerência de Soluções RFID e Novos Negócios, sob a responsabilidade de Bruno Calaça. A seu ver, em menos de dois anos, esse mer- cado deve movimentar negócios significativos, assim como vem ocorrendo nos mercados internacionais há alguns anos, principalmente nos países europeus e nos Estados Unidos. O novo gerente da área é especializado em tecnologia RFID, com certificação no Centro de Excelência em RFID (RFID CoE), em Sorocaba, interior de São Paulo, um dos cinco centros no mundo autorizados pela Electronic Product Code (EPC). “Nosso posicionamento é de oferecer a solução completa de RFID, incluindo hardware, software, etiquetas e serviços com a marca de qualidade Tyco Retail Solutions, líder mundial na implantação de soluções RFID para o varejo. Nossa missão é sermos a escolha natural em RFID no varejo brasileiro. Esta- mos trazendo para o Brasil toda a tecnologia implementada nos maiores cases internacionais”, afirma Calaça. As soluções RFID ou identificação por radiofrequência são destinadas à melhoria do controle e da gestão da operação da empresa, varejo ou indústria em geral, e à maior visibili- dade de estoque. Além de permitir transparência e melhoria no gerenciamento do cliente, entre seus benefícios estão o aumento de vendas e da disponibilidade dos produtos no ambiente de loja e no estoque e a diminuição de rupturas. Dentre os principais clientes internacionais dessas solu- ções estão Macy’s, BananaRepublic e American Apparel, que nos últimos anos desenvolveram seus primeiros pro- jetos piloto de RFID e que, no momento, realizam o roll- -out para todas as suas lojas. “Todas essas grandes redes norte-americanas entenderam desde o início qual era a proposta de valor da Tyco Retail Solutions em relação à sua solução de Inventory Intelli- gence, uma solução integrada de RFID que permite a to- tal visibilidade dos produtos em toda a cadeia de suprimentos. Atualmente, essas redes já colhem os benefícios de terem investido antes de seus concor- rentes”, avalia o gerente da área. NOVA GERÊNCIA DE SOLUÇÃO RFID Empresa traz linha completa de RFID ou identificação por radiofrequência, utilizada por grandes redes varejistas norte-americanas, e está otimista com o crescimento dos negócios Bruno Calaça, gerente de Soluções RFID.
  • 12. 12 GRANDES REDES DE VAREJO IDENTIFICAM BENEFÍCIOS DA ETIQUETAGEM NA ORIGEM Produtos etiquetados na indústria aumentam a segurança e lucratividade ao longo de toda a cadeia de abastecimento Grandes redes varejistas de segmentos como supermerca- dos, farmácias, home center, confecção e têxtil, entre outros, têm discutido a importância de receber os produtos etique- tados da indústria. E já iniciam um movimento de incentivo para que seus fornecedores se adequem a esse novo proce- dimento, que, além de trazer segurança a toda a cadeia, em curto prazo, significa aumento de lucratividade, diminuindo as ocorrências de extravios e perdas dos produtos. Pesquisas feitas pelo varejo e grupos de estudo do setor, como o Núcleo de Etiquetagem na Origem (NEO), indicam que esse processo tem permitido que mais produtos sejam expostos em locais de maior visibilidade para o consumidor, aumentando as vendas e proporcionando melhor experiência de compra. O último levantamento realizado pela entidade junto a varejis- tas de todo o Brasil mostra que as perdas com furtos internos e externos têm se tornado cada vez mais elevadas. Entre os itens mais furtados destacam-se chicletes (30%), preservativos (18%), loções bronzeadoras e protetores em geral (15%), ma- quiagem e colas (11%) e uísque e sabonetes líquidos (10%). Supermercadistas estimam que é possível perder até 30% do faturamento obtido com a venda de alguns itens. Produtos de beleza e carnes nobres são também apontados como as grandes vítimas na área de exposição e de estoque do vare- jo. Para evitar essas práticas, tradicionalmente, os varejistas adotavam o confinamento de seus produtos em gôndolas fe- chadas ou em embalagens que mais pareciam caixas-fortes. O supervisor de Prevenção de Perdas da rede de farmácias Panvel, Roberto Pupe, aponta a maior exposição de produ- tos de alto risco, uma vez que protegidos de forma mais eficaz, como uma das vantagens de utilizar esse processo INOVAÇÃO FOTO:SHUTTERSTOCK
  • 13. EDIÇÃO 05 13 de etiquetagem desde a indústria. Para ele, a etiquetagem na origem é um tema de grande relevância para o varejo, em especial no ramo de farmácias. “Atualmente a rotina de etiquetar produtos é realizada na retaguarda das lojas pelos colaboradores da filial, afetando os serviços de atendimen- to e dispensação, bem como demais rotinas de retaguarda, pois há necessidade de comprometer um colaborador es- pecificamente para a colocação das etiquetas”, declara. Etiquetas sob medida Entre as vantagens de adotar a etiquetagem na origem, Pupe enumera como principais fatores a melhor fixação da etiqueta, evitando que seja facilmente removida; diminui- ção das tarefas de retaguarda; liberação de colaboradores para atividades-fim do negócio (atendimento e venda); possível redução de custos para o varejo, uma vez que o custo da etiqueta acaba absorvido pela indústria. “Em nossa percepção, em função do tamanho da etique- ta, sua fixação pela loja prejudica a estética do produto e em várias situações inviabiliza a etiquetagem, por esconder informações importantes, como as especificações técni- cas. Um exemplo de item que deveria ser etiquetado na indústria é a maquiagem. Hoje, muitos desses produtos não recebem etiquetas na loja porque estas precisam ser fixadas com fita adesiva, em muitos casos deixando cola no produto, o que causa descontentamento e reclamações do cliente”, esclarece o executivo. Na avaliação do NEO, a utilização da etiquetagem na ori- gem pode representar uma redução imediata de 20% nos custos operacionais e um aumento de até 30% nas vendas de mercadorias de alto giro e valor. Para auxiliar a indústria na adoção das etiquetas em seus produtos, a Plastrom Sensormatic possui centros de pesqui- sa e desenvolvimento que concebem soluções personaliza- das para cada cliente, adequada para cada tipo de produto e necessidades. Profissionais da empresa e seus parceiros desenvolvedores de embalagens acompanham todo o pro- cesso de estudo, avaliação e fabricação dessas etiquetas em todas as etapas. Nos últimos anos, a empresa desenvolveu inúmeros produtos já homologados pelos seus centros de desenvolvimento e que estão implementados nos autos- serviços dos clientes. Etiquetagem na Origem é a técnica de aplicar etiquetas antifurto dentro dos produtos ou embalagens durante a fabricação. Segundo especialistas, é o meio mais eficaz e eficiente de proteger produtos. A etiquetagem na origem agrega vantagens a toda A cadeia de varejo, como redução de custos com segurança física, diminuição dos custos operacionais, além de evitar o confinamento dos itens de maior risco nas gôndolas e balcões, aumentando o potencial das vendas. A etiquetagem na origem segue três estágios: aparentes, semiescondidas e incorporadas ao bem A Panvel, fruto da fusão entre as drogarias Panitz e Velgos, é atualmente a maior rede de farmácias da região Sul. Com uma trajetória sólida de cres- cimento constante, possui 4 mil colaboradores e mais de 290 lojas, em cerca de 85 cidades dos es- tados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Para- ná. Seu portfólio de produtos reúne mais de 15 mil itens, entre medicamentos e perfumaria, nacionais e importados. Trabalha também com produtos de marca própria, desde 1989, comercializando, hoje, cerca de 500 itens, agrupados em 15 submarcas. A história da Panvel, no entanto, iniciou-se em 1967, quando as duas maiores redes de farmácias do Rio Grande do Sul (Panitz e Velgos) juntaram-se para criar uma central de distribuição de medicamen- tos, a Dimed Distribuidora de Medicamentos. Em 1973, acionistas das duas redes se uniram para criar a Panvel.Roberto Pupe, supervisor de Prevenção de Perdas da Panvel.
  • 14. 14 ENTREVISTA: MARCELO PRADO CRESCIMENTO DO VAREJO DE VESTUÁRIO NO BRASIL Pesquisa do IEMI aponta que setor deve movimentar 168,7 bilhões de reais em 2013 e destaca aumento de 35,5% na comercialização de roupas em hipermercados, nos últimos cinco anos A Associação Brasileira de Varejo Têxtil (ABVTEX) e o Insti- tuto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) divulgaram as “Projeções de Mercado” para 2013. O estudo indica que o varejo de vestuário deve movimentar 168,7 bilhões de reais nesse ano, o que significa uma expansão de 5% em relação ao ano de 2012. Em volume de peças vendidas, a previsão é de acréscimo de 3,3% na mesma comparação. O diretor do IEMI e responsável pela pesquisa, Marcelo Villin do Prado, informa, no entanto, que o crescimento do varejo de superfície (grandes magazines) será mais tímido nesse ano. “Porque a base de comparação está maior, após a ex- pansão do número de lojas nos últimos anos”, afirma. Do lado da indústria de vestuário, 2013 será um pouco melhor do que 2012, segundo previsão do IEMI, em parte devido ao câmbio mais favorável. Em 2012, o varejo de vestuário encerrou com alta de 4% em volume de peças e de 7,1% em valores, segundo o estudo. Apesar do desempenho positivo, o ano de 2012 não foi fá- cil para o varejo de vestuário. As redes entraram em janei- ro com estoques elevados e, ao longo do ano, acirraram a concorrência em preços, comprimindo a rentabilidade. “O inverno pouco rigoroso, que reduziu as vendas de roupas e atrasou o escoamento da coleção primavera/verão; o receio com alastramento da crise internacional e a entrada con- tinuada de produtos importados fizeram com que a pro- dução de vestuário fechasse o ano de 2012 com queda de 6,5%, em volume de peças”, afirma Prado. Em valores nominais, o setor produtivo terminou o ano com queda de 2,9% nas receitas geradas pela indústria, já que os preços na fábrica tiveram de ser reajustados para fazer fren- te ao aumento dos custos de produção.“A boa notícia é que 2013 reserva perspectivas mais promissoras para a indústria como o aumento da produção em peças de 2% e de 5% em valores. Essa retomada teve início no Natal de 2012”. O varejo, especialmente, o de grandes redes e que atuam com larga escala, tem forte influência nesses resultados. Por conta do volume que movimentam, os magazines devem consolidar ainda mais sua representatividade em 2013, ao comercializar cerca de 45% dos artigos de ves- FOTO:DIVULGAÇÃO
  • 15. EDIÇÃO 05 15 tuário em todo o país, embora estejam inseridos em um setor altamente pulverizado, com concorrentes de todos os portes e formatos. ESTUDO ANALISA CANAIS DE VAREJO O diretor do IEMI, Marcelo Prado, apresenta com detalhes, para a revista Sensor Varejo, a pesquisa “Canais de Varejo de Vestuário”, sobre o desempenho do setor. O estudo, realizado em 2012, foi feito com todos os canais de varejo de vestuário no Brasil - desde as grandes redes como Pernambucanas, Pão de Açúcar, Marisa, Renner, C&A e Riachuelo, que contribuíram no desenvolvimento do pro- jeto, até pequenas lojas multimarcas espalhadas pelos prin- cipais centros de consumo do país. Para Marcelo Prado, na primeira metade do ano passado o varejo de vestuário cresceu apenas cerca de 1% sobre o mesmo período de 2011, devido à alta base de comparação e ao cenário desafiador no começo de ano, que teve que- das de performance. “No segundo semestre, as vendas me- lhoraram e ajudaram a garantir, para o acumulado do ano, um resultado mais positivo do que no ano anterior: 3,3% em 2012 em volumes, contra 1,9% em 2011”. O diretor do IEMI explica que os primeiros seis meses de 2012 apresentaram desempenho fraco, especialmente em função das altas temperaturas que impactaram as vendas da coleção outono/inverno. “Mas no segundo semestre esse impacto foi menor e os aumentos de salários, o cresci- mento no consumo das famílias e as baixas taxas de desem- prego deram o estímulo necessário ao bom desempenho observado no Natal”. De acordo com o estudo “Canais de Varejo de Vestuário”, as taxas de crescimento, entretanto, são inferiores à média dos últimos cinco anos. Entre 2007 e 2011, o consumo de arti- gos de vestuário aumentou 22,1%, sendo que aproximada- mente 90% foram de origem nacional. “Apesar do cenário atual, o varejo de vestuário brasileiro mostra forte potencial de crescimento. O Brasil deve triplicar esse mercado em mais uma geração”, afirma. FOTO:SHUTTERSTOCK
  • 16. 16 MARCAS CONSAGRADAS O setor varejista brasileiro é único, segundo Prado. “Ele não é melhor nem pior que o de outros países. Mas há especifi- cidades. Dentro da conformação do mercado brasileiro nós temos uma estrutura que reserva às redes de grande super- fície muitas limitações de atuação. Há vinte anos, elas só operavam em grandes centros e nichos. E o mercado pulve- rizado das pequenas lojas, lojas independentes e de bairro é que predominava no segmento de vestuário”, analisa. A seu ver, esse formato é diferente nos Estados Unidos, por exemplo, onde as grandes redes, há muito tempo, atingem vários consumidores, inclusive as classes A e B. “O consumidor norte-americano de produtos e serviços de luxo, consumidor A, não se incomoda em comprar no autosserviço, e as grifes mais renomadas em serem ofer- tadas nesses locais”. No cenário europeu, por outro lado, predominam lojas independentes ou monomarcas, sem- pre focadas no público A/B e que se caracterizam por se- rem menores e concentradas em grandes centros. Existem as redes de grande metragem, mas ainda assim diferentes do Brasil, em relação ao mix de produtos e forma de co- mercialização, comenta ele. Por muitos anos, o Brasil criou um modelo próprio e dis- tinto para comercializar vestuário no varejo. No entanto, o diretor do IEMI aponta mudanças para as próximas décadas. “O tradicional modelo de canais de varejo de vestuário dá sinais dessa mudança. Com a melhoria da distribuição de renda, a classe média tende a se ampliar e, mais importante, podemos estar nos aproximando do modelo de mercado de varejo de massa norte-americano”. MAIS ESPAÇO AO VESTUÁRIO Os hipermercados vêm ganhando participação nas vendas de roupas no mercado doméstico. Em 2011, seu market sha- re sobre as vendas totais era de 7,7% em comparação com 7,1%, em 2007. Em volume de vendas, houve um aumento de 35,5% no mesmo período. “Os hipermercados ainda de- pendem muito das vendas de oportunidade, mas já ofere- cem concorrência para lojas especializadas em moda ínti- ma, por exemplo”, declara o diretor do IEMI. As lojas de departamento não especializadas em têxteis também tiveram crescimento significativo no volume de vendas, em torno de 54,5% no período. A participação de grandes redes de linha branca e marrom, principalmente no segmento de roupas, representou no ano passado 8,7% das vendas, contra 7% em 2007. As redes de pequenas lojas registraram participação de 15,7%, enquanto as redes de departamento especializa- do cresceram de 27,5% para 30,1% entre 2007 e 2011. O crescimento em volume de vendas foi de 32,6% e 36% no período, respectivamente. As lojas independentes tiveram redução de 43,8% para 37,8% em market share, com alta de 7,3% no volume vendido. Um dos fatores para o crescimento dos canais de vendas de vestuário, segundo Prado, deve-se à localização com exceção das lojas independentes: “Cerca de 35% das lojas de vestuário estão presentes em 434 shoppings do país. Esses locais têm atraído monomarcas e franquias, que pos- suem giro alto, mas as multimarcas de pequeno porte ain- da não são rentáveis em grandes centros comerciais como os shoppings”, explica. ASCENSÃO DAS CLASSES C E D Para o diretor do IEMI, o Brasil tem grande concentração de consumo nas classes B/C. Nos últimos anos, as classes de menor renda melhoraram seu poder aquisitivo e se junta- ram às classes B/C, aumentando o consumo de roupas e outros produtos. Esse fator vem gerando grandes oportu- nidades para o varejo, obrigando-o a aumentar a oferta de produtos e disponibilidade de marcas. Os consumidores das classes B1, B2 e C juntos somaram 79,3% da demanda interna por vestuário, em 2011. Os das classes A1 e A2 responderam por 14,9% do consumo no setor, enquanto as classes C e D consumiram 5,8%. “Es- ses números refletem a ascensão financeira do brasileiro, que com maior renda e emprego pode migrar de classe social”, disse Prado. “Não importa o poder de compra do consumidor: todos buscam experiências de compra ao adquirirem peças de vestuário - os consumidores de baixa renda buscam inclusão social e os de alta renda, exclusi- vidade”, conclui. Segundo Marcelo Prado, a maior disponibilidade de crédito, oferecida por grandes redes de varejo, com certeza contri- buiu para o aumento dessas vendas. ”Quando os consumi- dores das classes B e C passaram a poder e querer mais, abriu-se uma oportunidade de acesso às marcas de desejo. Então, grandes canais de varejo enxergaram isso e começa- ram a vender produtos que dependem do crédito, como os eletrônicos. Criaram uma inteligência na gestão do crédito e trouxeram isso para a moda, facilitando o pagamento, o que tornou mais fácil chegar às marcas mais conhecidas e desejadas”, complementou.
  • 17.
  • 18. 18 O mercado de varejo de nicho foi a opção para a abertura das lojas WQSurf e Board Session, com foco nos aficiona- dos pelos esportes radicais, a tribo dos surfistas e skatistas. Nas lojas, um repertório multimarcas reúne as principais gri- fes de surfe e skate, nacionais e internacionais, como Reef, Hang Loose, Rusty, Volcom, Quicksilver, Roxy, Rip Curl, MCD, Oakley, Vans, Lost, Globe e Hurley. “Variedade de produtos, design das lojas, ótimo relaciona- mento com colaboradores e excelência no atendimento a clientes fizeram com que as lojas se tornassem referência no segmento moda surfe e esportes radicais no Rio de Ja- neiro”, afirma o diretor das lojas, Marcelo Brígido Plaisant. Com longa experiência no setor de varejo, Plaisant iniciou sua carreira profissional como vendedor de loja esporti- va em um shopping da zona sul carioca, depois passou a gerente e em 2005 inaugurou a própria loja, no Madureira Shopping, zona norte. Estava dada a largada para realizar o grande sonho de ter uma rede de lojas de roupas focada em esportes radicais. Conhecedor do mercado, o empreendedor foi aos poucos construindo sua rede de lojas, tendo inaugurado, em sete anos, mais 21 lojas das marcas WQSurf e Board Session. A estratégia comercial do grupo baseou-se na abertura de lojas em shoppings da região norte da cidade, carente de um varejo especializado que oferecesse roupas de grifes famo- sas. Nos últimos anos, a rede tem expandido suas lojas tam- bém para as zonas sul e oeste, além de cidades como Niterói. Até o final de 2012, a rede planejava inaugurar mais uma loja, no Park Shopping Campo Grande, zona oeste carioca. A política de recursos humanos também é diferenciada no grupo. A contratação de jovens, que preferencialmente nunca tenham trabalhado, é um requisito importante para a formação da equipe de vendas, e o objetivo é que apren- dam sob a filosofia de trabalho da empresa. “Investimos muito em treinamento de nossa equipe de ven- das. Valorizamos cada um de nossos funcionários. E nossos vendedores são a alma de nosso negócio. Por isso, desen- volvemos treinamento para formar uma equipe de primei- ra, que tenha percepção de nossos clientes e da cultura da empresa”, declara Plaisant. VAREJO DE CONFECÇÃO NA ONDA DOS ESPORTES RADICAIS Especializadas em roupas para surfistas e skatistas, as lojas WQSurf e Board Session fa- zem moda no Rio de Janeiro e aderem às tecnologias de prevenção de perdas FOTO:DIVULGAÇÃO
  • 19. EDIÇÃO 05 19 Prevenção de perdas nas lojas Investimento em tecnologia também faz parte da estraté- gia administrativa do grupo. Desde a primeira loja, no Ma- dureira Shopping, a rede adota as soluções tecnológicas de prevenção de perdas da Plastrom Sensormatic. Atualmente, todas as 22 lojas da rede, das marcas WQSurf e Board Session, são equipadas com soluções de Vigilância Eletrônica de Mercadorias (VEM). A tecnologia VEM integra os pedestais de prevenção, geral- mente colocados nas portas de entrada e saída das lojas, as etiquetas Acusto-Magnéticas (AM) e os desativadores AMB, que podem ser instalados em qualquer superfície e junto aos caixas das lojas. “Estamos satisfeitos com a performance dos equipamentos da Plastrom Sensormatic e pretendemos continuar com a parceria tecnológica nas novas lojas da rede”, declara Mar- celo Plaisant. Para o empresário, assim como é importante equipar as lojas com tecnologia de prevenção, é imprescin- dível que a equipe esteja alerta e atenta à movimentação das pessoas nos espaços de loja. “Uma equipe bem treina- da, focada em atender bem o cliente e comprometida com o negócio faz a diferença e complementa a eficácia da per- formance das soluções tecnológicas da Plastrom Sensorma- tic”, conclui. Em sintonia com o mundo dos esportes radicais, o grupo man- tém uma escola de surfe no Recreio dos Bandeirantes, zona norte do Rio de Janeiro, patrocina três atletas de surfe e even- tos de esportes radicais, nas modalidades surfe e skate. FOTO:DIVULGAÇÃO
  • 20. 20 PARCEIROS Digitalização de imagens ajuda varejistas a administrar melhor a equipe Imagine entrar numa loja interessado em obter mais deta- lhes sobre um produto e não aparecer nenhum vendedor para atendê-lo porque a loja está cheia demais. Ou ainda, em situação oposta, os vendedores (vários deles) disputa- rem sua atenção em uma loja vazia. Ambos os casos são constrangedores, certo? No entanto, existe uma maneira de ajudar varejistas a driblar situações como essas, utilizando a tecnologia para digitalização de imagens do fluxo de clien- tes de uma loja. É simples. Por meio das informações obtidas pelo sistema de câmeras instaladas nas lojas (video-analytics), é possível garantir me- lhor gestão de todos os processos, como definir a escala de funcionários em horários de maior ou menor fluxo, enten- dendo, por exemplo, quantos são necessários para garantir um bom atendimento na linha de frente, bem como quan- tos caixas deverão ser abertos, evitando, assim, maior tempo em filas. Ou, ainda, se há muita ociosidade e em que perío- dos do dia ou da semana ela ocorre. As mesmas informações de fluxo de clientes podem ser utilizadas para treinamento da equipe de vendas, ações de marketing e administrativas. A Virtual Gate, uma empresa que há dez anos usa a tec- nologia de captura de informações por meio de câmeras para oferecer serviços e soluções diferenciadas, possibilita aos seus clientes varejistas obter uma análise especializada das informações apuradas pelos sistemas. “O detalhamento sobre a quantidade de clientes que entraram na loja ver- sus taxa de conversão (tíquetes emitidos) é um deles, que é bastante utilizado para definir métricas de crescimento e capacitação da equipe”, explica a diretora-geral da Virtual Gate, Heloísa Cranchi. “Com a utilização da solução da Vir- tual Gate, as informações podem ser convertidas em ações estratégicas de acordo com a sazonalidade dos PDVs, permi- tindo melhor administração das lojas, bem como de suas es- tratégias de marketing e de planejamento operacional”, diz. A Virtual Gate, que pertence ao Grupo Plastrom, mantém um serviço proativo de monitoramento de toda a rede de câ- meras instaladas, detectando qualquer falha de transmissão ou de geração de dados e corrigindo-a antes mesmo que o cliente tenha conhecimento da ocorrência. Seu processo de gerenciamento de dados é completo e confiável e vai des- de a transmissão, validação, correlação e armazenamento de dados até a análise e disponibilização em um ambiente web amigável e de fácil navegação. Varejistas como C&A, Per- nambucanas, Vivo, Telhanorte, Leroy Merlin, Livraria Cultura, Cybelar, Shoestock, Nokia, Via Uno, Reebok, Cantão, Redley, L’Occitane, Lacoste, Kate Spade estão entre seus clientes. Com a análise do fluxo de clientes, é possível traçar estratégias de vendas e ações moti- vacionais mais assertivas para funcionários e ainda potencializar ganhos FOTO:SHUTTERSTOCK
  • 21. EDIÇÃO 05 21 MERCADO As perdas no varejo brasileiro de supermercados represen- taram, em média, 1,96% da receita operacional das empre- sas em 2011. Em 2010 esse índice tinha chegado a 2,26% da receita. Esses dados constam da última pesquisa do Pro- grama de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), realizada em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Nielsen e o Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar), divul- gada em setembro de 2012. Ainda segundo o levantamento, que foi realizado junto a 262 organizações brasileiras de autosserviço, as maiores perdas são decorrentes de quebras operacionais (33%). Em seguida aparecem furto externo (19%), erros administrativos (16%), furto interno (15%), fornecedores e outros ajustes (10% ). Conforme observa Carlos Eduardo Santos, presidente do Comitê de Prevenção de Perdas do Ibevar, entre as causas que mais contribuíram para as quebras operacionais, estão os produtos com validade expirada, produtos danificados por colaboradores, produtos danificados por clientes e em- balagens vazias com produtos furtados. “O gerenciamento adequado dessas perdas, depende muito do nível de ma- turidade dos varejistas para a adoção de boas práticas de prevenção de perdas”. Segundo a pesquisa, a redução no índice de perdas é resul- tado do aumento dos investimentos das empresas de au- tosserviço em tecnologias de prevenção e também da me- lhora na execução dos processos internos que vem sendo implementados pelos varejistas, nos últimos anos. Apesar disso, no entanto, os investimentos com vistas à redução e prevenção de perdas, no Brasil, ainda são muito peque- nos quando comparados aos de outros países. “Os Estados Unidos, por exemplo, que adotaram pioneiramente tais sis- temas, possuem um modelo diferenciado e perdas muito menores”, pondera Santos. PERDAS ELEVADAS CONTINUAM EM DESTAQUE O índice de perdas nos supermercados brasileiros apresentou melhora no ano de 2011 em relação a 2010. Mesmo assim o percentual é alto, principalmente considerando-se as margens apertadas de lucro do setor CAUSAS DAS PERDAS 10% 16% 19% Furto externo 15%33% 10% Furto interno Erros administrativos Fornecedores Quebras operacionais Outros ajustes Fonte: PROVAR/FIA
  • 22. 22 GIRO PELAS ASSOCIAÇÕES Apas apresenta nova diretoria A Associação Paulista de Supermercados (Apas) anunciou seus novos diretores para o biênio 2013/2014. João Galassi ganhou um novo mandato e seguirá na presidência da entidade. As primeiras ações da nova diretoria foram a assinatura de um convênio com a Desenvolve SP para oferecer linha de crédito aos associados que buscam tornar seus estabelecimentos mais sustentáveis e uma parceria com o Via Rápida Emprego, programa do governo do estado que auxiliará na indicação de cursos de qualificação para atender à demanda de mão de obra no setor. A entidade também anunciou a data da Feira Apas 2013, que trará o tema “Capitalismo consciente”. O evento será realizado entre os dias 6 e 9 de maio de 2013 no Expo Center Norte. Informa- ções e inscrições: www.feiraapas.com.br. ABRAS TEM NOVO PRESIDENTE PARA 2013-1014 A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) empossou novo presidente para o biênio 2013-2014. Fernando Yama- da, ex-presidente da Associação Paraense de Supermercado (Aspas) foi eleito por unanimidade, para presidir a Abras nos próximos dois anos, em substituição a Sussumu Honda, que esteve à frente da entidade de 2007 a 2012. Honda assume a presidência do Conselho Consultivo da Abras na nova ges- tão. O vice-presidente da rede de Supermercados Yamada, tem uma longa trajetória como representante do setor su- permercadista no Brasil. Participa da diretoria da Abras há 15 anos e no biênio passado ocupou a primeira vice-presidência da associação. Fundada em 1968, a Abras tem sede na capital paulista, São Paulo, e escritório em Brasília, Distrito Federal. Representa o setor de autosserviço no Brasil, que responde por cerca de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Super Rio Expofood 2013 Maior encontro dos setores de supermercado, panificação, hotelaria, franchising, conveniência e restaurante do Rio de Janeiro, a Super Rio Expofood abordará em sua 25ª edição o tema“Varejo sustentável”. Organizado pela Associação de Su- permercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), o evento apresentará aos varejistas referências para que o segmento possa desenvolver práticas sustentáveis genuínas e, desse modo, obter a preferência dos consumidores. A Super Rio Ex- pofood 2013 será realizada de 19 a 21 de março no Riocentro – Pavilhão 4. Informações e inscrições: www.superrio.com.br. Seminário aborda relações de trabalho Em uma ação conjunta da Associação Paranaense de Su- permercados (Apras) e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Paraná (SRTE/PR), foi realizado o Se- minário de Sensibilização do Setor Supermercadista. A ini- ciativa, inédita no país, tinha como objetivo buscar avanços nas relações entre funcionários e empregadores. Com o tema “Gestão eficaz das relações de trabalho”, o se- minário contou com mais de 100 participantes, entre em- presários, líderes e gestores supermercadistas. No encontro, foram abordadas as leis trabalhistas vigentes no Brasil, bem como as leis que regem a contratação dos trabalhadores do setor. As condições de saúde do colaborador, recrutamento e seleção e as vantagens de um ambiente de trabalho geri- do por um líder qualificado foram os tópicos das palestras. FOTO:SHUTTERSTOCK
  • 23. EDIÇÃO 05 23 Pesquisa Anamaco apresenta novidade A Associação Nacional dos Comer- ciantes de Material de Construção (Anamaco) anunciou Katia Ratnieks como diretora do Instituto de Pesqui- sa Anamaco. Ratnieks trabalhou por dez anos no Ibope como diretora de Pesquisas de Mercado e era respon- sável pela Pesquisa Anamaco. Realiza- da desde 1991, a Pesquisa Anamaco é um dos principais estudos sobre a indústria da construção. Feita a partir da avaliação dos lojistas, a pesquisa serve também como referência para o Prêmio Anamaco, que indica os me- lhores do ano no setor. Acaps completa 40 anos Em 2012, a confraternização de final de ano da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) também celebrou as quatro décadas de história da entidade. A festa, realizada no Centro de Convenções de Vitória, reuniu 800 pessoas e contou com coquetel, homenagens e uma apresentação do cantor Emmerson Nogueira. Fundada em 1972 a partir de uma reunião entre 19 empresários para discutir o se- tor de supermercados no Espírito Santo, conta hoje com mais de 500 associados. Agas investe em programas de capacitação Com o intuito de formar e fornecer mão de obra qualificada para o varejo do estado, a Associação Gaúcha de Supermerca- dos (Agas) promove ações de capacitação profissional, ofere- cendo cursos – muitos gratuitos – na capital e no interior. Uma das iniciativas é o Projeto Empregar, que ministra cursos bási- cos de empacotamento, atendimento, operação de caixa e su- primento. Outro programa da entidade, voltado para quem já atua no setor, mas também aberto a quem busca vaga no mer- cado de trabalho, é o Escola Móvel, uma carreta adaptada que reproduz o ambiente de alguns setores de um supermercado, como padaria e açougue, e tem capacidade para atender até 50 alunos. Para mais informações, acesse: www.agas.com.br. Brasilshop em Brasília A capital federal recebeu a última edição do ano do Brasil- shop – Congresso Internacional de Varejo, evento promo- vido pela Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop) e realizado no Centro de Convenções Brasil 21. O encontro, voltado para a indústria varejista de shopping centers da região, discutiu o atual cenário econômico, as perspectivas para o setor, os desafios das franquias no Brasil e as novas formas de se relacionar com o consumidor em tempos de redes sociais. Em 2012, o Brasilshop também passou por Goiânia, São Paulo e Fortaleza. Almoço beneficente da Amas ajuda trabalhos sociais No final de 2012, a tradicional feijoada promovida pela As- sociação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas), em sua décima edição, repetiu o sucesso dos anos an- teriores e arrecadou fundos para duas entidades assis- tenciais do estado. Dessa vez, foram beneficiados o asilo Recanto São João Bosco, de Campo Grande, que recebeu R$ 15.555,00, e a Associação de Pais e Amigos dos Excep- cionais (Apae) de Sidrolândia, que recebeu R$ 6.666,00, totalizando uma ajuda de R$ 22.221,00. A Feijoadamas é um evento organizado pela Comissão Feminina da Amas. FOTO:SHUTTERSTOCK
  • 24. 24 GESTÃO DE RISCOS, AUDITORIA E PREVENÇÃO DE PERDAS NO VAREJO ARTIGO Tenho observado, em algumas estruturas organizacionais do varejo de médio e grande portes, diferentes papéis de- sempenhados pelas áreas de Prevenção de Perdas, Gestão de Riscos e Auditoria. Este artigo tem como objetivo traçar um paralelo de conceitos, sinergias e conflitos entre essas três áreas, que, embora representem funções diferentes, atuam em busca dos mesmos objetivos. Enumero alguns conceitos sobre as áreas: GESTÃO DE RISCOS Ciência que objetiva conhecer os riscos a que as empre- sas estão expostas, por meio de análises detalhadas dos ambientes interno e externo da organização, nos aspectos estratégico, operacional e financeiro, para que a empresa possa tomar decisões no presente que venham a trazer re- sultados mais satisfatórios no futuro, desde que as ações tomadas sejam viáveis dos pontos de vista operacional e fi- nanceiro. Essas decisões (planos de ação) têm como objeti- vo a mitigação, o gerenciamento ou a eliminação dos riscos. A Gestão de Riscos tem sua aplicação baseada em normas internacionais e nacionais, além de ser uma boa prática de Governança Corporativa, processo ao qual as empre- sas de capital aberto e que estão no novo mercado de- vem e precisam se adequar. Além dos aspectos legais e formais, a Gestão de Riscos permite à empresa uma administração transparente, tanto FOTO:SHUTTERSTOCK
  • 25. EDIÇÃO 05 25 dos resultados financeiros quanto dos controles internos, diminuindo as incertezas e surpresas que podem afetar os negócios e levar a resultados indesejados, como o fecha- mento da empresa. Pelo aspecto legal, a área deve possuir diretoria independen- te, reportando-se ao Presidente, Conselho de Administração e/ou Comitê de Auditoria. Tem atividade de staff e, portanto, não deve fazer parte do processo interno da organização, sendo responsável pelas seguintes atividades internas: • Auxílio na identificação de riscos inerentes às operações • Definição de metodologia para mensuração e sistemáti- ca de acompanhamento • Acompanhamento das operações de forma independente • Avaliação do grau de exposição e garantia de que os li- mites estabelecidos sejam observados • Comunicação dos resultados para a alta administração AUDITORIA Área que tem como responsabilidade auxiliar a alta admi- nistração a alcançar seus objetivos estratégicos e operacio- nais por meio do acompanhamento e revisão das atividades internas da empresa, objetivando avaliar se es- tão em conformidade com as políti- cas internas, resoluções e legislação. Assim como a Gestão de Riscos, a Auditoria Interna é mais uma função assessorial que de linha e, principal- mente, independente, para que te- nha liberdade para revisar e avaliar as normas, os planos, procedimentos, registros e recomendar melhorias. As atividades da área de Auditoria são: • Revisão, avaliação da eficácia, suficiência e aplicação dos controles contábeis, financeiros e operacionais • Determinação da extensão do cumprimento das nor- mas, dos planos e procedimentos vigentes • Determinação da extensão dos controles sobre a exis- tência dos ativos da empresa e da sua proteção contra todo tipo de perda • Determinação do grau de confiança das informações e dados contábeis e de outra natureza, preparados den- tro da empresa • Avaliação da qualidade alcançada na execução de tare- fas determinadas para o cumprimento das respectivas responsabilidades • Avaliação dos riscos estratégicos e de negócio da or- ganização • Auxílio para a companhia melhorar seus processos de negócio Pela independência, a Auditoria Interna não deve plane- jar nem implantar procedimentos, escriturar registros ou ter participação em atividades que, normalmente, deve revisar e avaliar. PREVENÇÃO DE PERDAS Área responsável pelo gerenciamento e monitoramento das atividades corporativas geradoras das perdas físicas, finan- ceiras, rupturas e quebras operacionais. Possui papel seme- lhante à área de Controles Internos, pois implementa pro- cessos para garantir que as perdas tenham o menor impacto possível sobre os negócios. Suas principais atividades são: • Mapeamento, revisão e implementação dos processos geradores de perdas • Criação e monitoramento dos indicadores de perdas • Realização de treinamentos dos processos internos • Avaliação de investimentos em tecnologias • Realização de auditorias preventivas nos processos ge- radores de perdas PONTOS SIMILARES ENTRE AS ÁREAS As três são áreas de staff, isto é, que não fazem parte de for- ma direta da operação, embora a Prevenção de Perdas pos- sua algumas atividades operacionais dentro das lojas, como a participação no processo de recebimento de mercadorias. Também realizam testes nos controles, objetivando a iden- tificação de não conformidades. Para tanto, geralmente utilizam a mesma metodologia de auditoria, por meio da Assim como a Gestão de Riscos, a Auditoria Interna é mais uma função assessorial que de linha e, principalmente, independente, para que tenha liberdade para revisar e avaliar as normas, os planos, procedimentos, registros e recomendar melhorias
  • 26. 26 definição de uma amostra, walkthrough, formalização dos testes e geração de relatórios. Outro ponto em comum está relacionado à melhoria dos processos. As três áreas se preocupam com a conformidade dos processos internos em relação às políticas da empresa, realizando mapeamentos e avaliações de forma permanen- te. E sempre que possível recomendam mudanças com base nas boas práticas, riscos identificados e oportunidades. PONTOS DIVERGENTES E CONFLITANTES O âmbito de controle da Prevenção de Perdas é mais limita- do que o da área de Gestão de Riscos, que tem uma função mais corporativa, embora algumas empresas tenham uma estrutura única para o gerenciamento dessas áreas. A Prevenção de Perdas tem como foco a gestão sobre as perdas físicas nas lojas e centros de distribuição, já a Gestão de Riscos é responsável pelos riscos relacionados aos pro- cessos logísticos, de segurança, de crédito e de governança, além de poder assumir a gestão sobre as perdas físicas. Já a Auditoria possui uma função mais abrangente e inde- pendente. Tem o objetivo de auditar todas as áreas da em- presa, inclusive a Gestão de Riscos e a Prevenção de Perdas. Um exemplo perfeito dessa segregação está relacionado com a Auditoria de Estoques, por meio do processo de inventário. Como indicador principal, a área de Prevenção de Perdas é medida pela redução das perdas. E o principal instrumento para a identificação desse índice é o proces- so de inventário. Sendo diretamente responsável pelo resultado do inventá- rio, não é recomendado que a execução seja realizada pela área de Prevenção de Perdas. Nesse contexto a Auditoria é a área mais indicada para a realização desse trabalho. Embora os papéis possam conflitar, muitas empresas pos- suem em sua estrutura organizacional o compartilhamen- to dessas atividades em uma única área, em razão da matu- ridade, do apetite para investimentos e principalmente do porte da empresa. Uma política bem estruturada, definin- do papéis e responsabilidades, pode diminuir o impacto desses conflitos. Por outro lado, am- bientes informais podem comprome- ter resultados e objetivos traçados. Artigo escrito por Carlos Eduardo Santos, diretor de Soluções e Store Performance da Plastrom Sensormatic. FOTO:SHUTTERSTOCK