SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 36
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
AVALIAÇÃO DE EXTRAORDINÁRIO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
RELATÓRIO TÉCNICO FINAL
Discente: Ezequias Nogueira Guimarães
Boa Vista, RR
2021
SUMÁRI
O
1 INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS
LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
MATERIAIS E METÓDOS
2 GEOLOGIA REGIONAL
CONTEXTO GEOTECTÔNICO
LITOESTRATIGRAFIA
3 RESULTADOS
INTRODUÇÃO
UNIDADES LITOLÓGICAS
Aspectos de Campo
Petrografia
GEOLOGIA ESTRUTURAL
4 DISCUSSÕES E EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
3
1.1 APRESENTAÇÃO
• O estado de Roraima desempenha papel importante no entendimento da evolução do Cráton e das principais
características geotectônicas do escudo das Guianas, sendo considerada uma região bem diversificada em
domínios litoestruturais e, por conseguinte em tipos litológicos - motivos suficientes para despertar o interesse
de estudo de geólogos do Brasil inteiro para a região (REIS et al., 2003);
• Ainda assim, a geologia do estado de Roraima carece de estudos mais minuciosos, afim de acurar os limites das
unidades e descrever melhor seus termos litológicos;
• Portanto, com esta atividade de mapeamento espera-se contribuir, ainda que de maneira modesta, a um
melhor entendimento das unidades litoestratigráficas de natureza sedimentar e cristalina que correspondem a
Bacia do Tacutu.
1.2.1 Objetivo geral
• Realizar um mapeamento geológico na região nordeste do estado de Roraima, especificamente no munícipio do
Bonfim, utilizando uma escala de mapeamento de 1:125.000, abrangendo domínios litológicos formados por rochas
sedimentares e cristalinas.
1.2.2. Objetivo específicos
I. Revisar a geologia da porção nordeste de Roraima e com foco no município do Bonfim;
II. Reconhecer as unidades litoestratigráficas da Bacia do Tacutu e seu embasamento cristalino;
III. Classificar macroscopicamente e microscopicamente as rochas dos diversos afloramentos visitados;
IV. Contribuir para o entendimento da geologia de Roraima.
4
1.2 OBJETIVOS
1.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
5
Figura 1: Mapa de localização da área de estudo.
Fonte: elaborado pelo autor.
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
CONFECÇÃO DE
MAPAS
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICAc
Localização da
área de estudo
Mapa
fotogeológico
Comparação com a
literatura
Mapa de afloramentos;
PESQUISA
DOCUMENTAL
CONFECÇÃO DO TRABALHO FINAL
EXCURSÃO À CAMPO
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICAc
Atividades laboratoriais
Descrição de afloramentos e
levantamento de perfis
Obtenção de medidas
estruturais e de imagens
Coleta de amostras
Descrição petrográfica
Confecção do mapa de
afloramentos visitados
GREPROCESSAMENTO
DE IMAGENS
INTEGRAÇÃO DOS DADOS
1.4 MATERIAIS E METÓDOS
17
2 GEOLOGIA REGIONAL
Figura 2: Principais feições geotectônicas da América do Sul. Fonte: Almeida e Hasui (1984) modificado por Fraga (2002).
2.1 CONTEXTO GEOTECTÔNICO
• Inserido ao norte do Cráton Amazonas;
• Porção central do Escudo das Guianas.
18
• Santos et al. (2000);
• Tapajós - Parima- 2.10-1.87 Ga, juvenil;
• Sunsás - 1,33-0,99 Ga, colisional (incluindo o
Cinturão de Cisalhamento K'Mudku - 1,10-
1,33 Ga).
Figura 3: Cráton Amazonas e sua subdivisão em províncias. Limites de idades de acordo com os dados disponíveis no princípio de 2006. Fonte: Santos et al. (2006).
Figura 4: Províncias gecronológicas do Cráton Amazônico e domínios
tectônicos. Fonte: Tassinari e Macambira (2004) modificado por
FRAGA et al. (2020).
19
• Tassinari e Macambira (1999);
• Ventuari-Tapajós;
• Através de sucessivos arcos magmáticos
produzindo acreções continentais a
partir de magmas derivados do manto
superior.
20
Figura 5: Províncias Geocronológicas do Cráton Amazônico segundo a concepção de Tassinari e Macambira (2004) e compartimentação
em domínios estruturais (REIS et al., 2003, 2006). Fonte: Almeida e Nascimento, 2020.
• Divisão em domínios
tectonoestratigráficos;
• Base em critérios litológicos e
estruturais;
• Domínio Guiana Central, no centro
do estado, intrudido por uma
associação AMG (anortosito/gabro-
mangerito-granito- rapakivi) e
afetado por cisalhamento de cerca
de 1,2 Ga (Evento K’Mudku);
• Assinala lineamentos estruturais
NE-SW, impressos em unidades
litológicas do Paleo e
Mesoproterozoico (REIS et al.,
2003).
21
Figura 6: Quadro correlativo entre os dominios litoestruturais de Roraima. Fonte: Reis et al., 2003.
2.1.1. Evolução
Geotectônica
Figura 7: Mapa geológico preliminar, com previsão de pontos de
afloramentos a serem visitados. Fonte : CPRM (2004).
2.2 LITOESTRATIGRAFIA
2.2.1 Grupo Cauarane - 2235 ± 19 Ma, Pb/Pb em zircão
Gnaisses kinzigíticos e intercalações de metacherts ferríferos,
anfibolitos e calcissilicáticas.
2.2.2 Suíte Metamórfica Murupu
Gnaisses kinzigíticos, calcissilicáticos e metacherts na fácies granulito.
2.2.3 Formação Apoteri - 135 Ma Ar-Ar
Basaltos com granulação muito fina a afanítica e ampla distribuição de
vesículas e amígdalas.
2.2.4 Formação Serra do Tucano
Quartzo-arenitos, arenitos arcoseanos róseos, e subordinados arenitos
conglomeráticos.
2.2.5 Formação Boa Vista
Sedimentação arenosa e ocorrência de concreções lateríticas, estando
sustentados por cascalhos. Ocorrência secundária de siltitos e argilitos.
2.2.6 Formação Areias Brancas
Depósitos arenosos de áreas alagadas e campos de dunas eólicas
ativas ou fósseis.
2.2.7 Depósitos Recentes
Areias bem selecionadas.
28
3 RESULTADOS
3.1 INTRODUÇÃO
Figura 8: Mapa geológico esquemático da região estudada. Fonte: CPRM (2004).
• Previamente mapeado pela CPRM (2004);
• Individualizadas unidades litológicas
paleoproterozoicas e mesozoicas, além de uma
extensa cobertura cenozoica;
• Documentação de ao menos dois eventos
deformacionais ocorridos na história geológica da
região;
• Estudo petrográfico permitiu a caracterização
textural e mineralógica das unidades mapeadas.
3.2 UNIDADES LITOLÓGICAS
Figura 9: Rochas da unidade Grupo Cauarane.
Afloramento P5: A) Quartizitos afloram na forma
de blocos rolados.; B) Aspectos macroscópico
dos quartzitos, quase inteiramente formados por
quartzo leitoso e muito fraturados.; C) Cristais de
quartzo, em uma matriz de composição
indefinida (Gravauca?).; D) Afloramento P6
(morro à direita) e P7 (morro à esquerda).; E)
Afloramento P6 e P7 afloram em forma de
lajedos. Fonte: o autor.
A
D
B
C E
3.2.1 Aspectos de Campo
3.2.1.1 Grupo Cauarane
• Afloram em diversos morros isolados pela cobertura
sedimentar cenozoica a noroeste da Serra do Tucano;
• As rochas variam de levemente a moderadamente alteradas,
entretanto a unidade é constituída de diferentes tipos
texturais;
• Região de lavrado, com espaçadas árvores de médio porte;
• Formada por colinas inteiramente cobertas por blocos e
lajedos, sem evidência de material in situ.
A
B
Figura 10: Rochas da unidade Formação Apoteri. A) Afloramento P4, Morro do Redondo.; B) Aspectos macroscópicos dos basaltos repletos de cavidades. Fonte: o autor.
• Aflora especificamente no Morro do Redondo. O relevo nas proximidades é sobretudo plano, e se encontrava
alagado em razão das recentes chuvas, ainda assim foi possível ter uma boa observação do afloramento;
• As exposições rochosas na encosta do morro correspondem a blocos rolados e matacões, altamente alterados.
Estes podem alcançar até 30 cm, e possuem forma bastante irregular e angular.
3.2.1.2 Formação Apoteri
A B
C D
Figura 11: Rochas da unidade Formação Serra do Tucano. Afloramento P1, Morro da Antena:
A) O relevo nesta região possui um padrão cuestiforme.; B) Arenito com estratificação
cruzada, plano horizontal.; C) Arenito com acamamento.; D) Vestígio fóssil do tipo impressão
vegetal, provavelmente de um tronco. Fonte: o autor.
Figura 12: Unidade Formação Serra do Tucano. Afloramento P2: A) Visão geral do
afloramento (visada SE-NW).; B) Croqui destacando diferentes camadas observadas.
Escala: 22 cm. Fonte: o autor.
3.2.1.3 Formação Serra do Tucano
Figura 14: Perfil litológico do afloramento P2. Fonte: o autor.
Figura 13: Unidade Formação Serra do Tucano. Afloramento P2, Murici II: A) Visão geral do afloramento (visada SE-NW).; B)
Croqui destacando diferentes camadas observadas. Escala: 1,7 m. Fonte: o autor.
A
B
C
Figura 15: Unidade Formação Serra do Tucano. A) Afloramento localizado em uma caixa de
empréstimo.; B) Arenito médio a grosso laterizado.; C) Fragmento de rocha de granulometria muito
fina. Fonte: o autor.
• A localidade é uma “caixa de empréstimo”
denominação dada as escavações de onde retiram
piçarra para a pavimentação de estradas;
• Corresponde a um arenito médio a grosso,
completamente alterado;
• Os blocos maiores apresentam grandes quantidades
de fragmentos rochosos incorporados, de composição
mais fina, possivelmente siltitos.
3.2.2 Petrografia
3.2.2.1 Grupo Cauarane
A
C
Figura 16: Rochas do embasamento paleoproterozoico. Afloramento P5: A) Amostra P5A1:
quartzito.; B) Amostra P6A2: metachert.; C) Amostra P6A3: brecha metamórfica. Fonte: o
autor.
• Amostra P5A1 = quartzito, rocha de granulação
fina, textura granoblástica e cor rosa
esbranquiçado. Apresenta composição quase
inteiramente formado por quartzo;
• Amostra P5A2 = um metachert, rocha de
granulação fina, textura granoblástica e cor cinza
esverdeado. Trata-se de uma rocha maciça, de
composição quartzo fumê e quartzo hialino, chert,
e possivelmente calcedônia;
• Amostra P5A3 = possivelmente uma brecha
metamórfica. Possui textura granoblástica,
granulação média, e cor vermelho esbranquiçado.
Rocha maciça, formada por minerais de quartzo,
além de fragmentos rochosos.
B
A
B
C
D
E
F
Figura 17: Rochas do embasamento paleoproterozoico. Afloramento P6: A) Amostra P6A1:
gnaisse bandado. Foliação S1 conferida pela orientação preferencial dos agregados máficos
e félsicos.; B) Amostra P6A2: gnaisse com feldspato potássico com feição oscelar.; C)
Amostra P6A2: Gnaisse com maior quantidade de feldspato alcalino.; Afloramento P7: D)
Rocha enriquecida em granada (granada-gnaisse?).; E) Migmatito?. F) Minerais de granada
na cor castanho avermelhado, com comprimento entre 1 e 2 cm. Fonte: o autor.
• Amostra P6A1 possui textura nematoblástica e
lepdoblástica, granulação fina com pórfiros de feldspato
alcalino. A foliação S1 é conferida pela orientação
preferencial de agregados máficos e agregados de minerais
félsicos;
• Amostra P6A2 possui textura granolepdoblástica, granulação
fina a média com pórfiros de feldspato alcalino. Apresenta
bandamento contínuo, e, representada principalmente por
minerais lamelares máficos;
• Amostra P7A1 possui textura lepdogranoblástica, granulação
fina a média com pórfiros de granada, estrutura foliada e
cor cinza enegrecido;
• Amostra P7A2 possui textura granoblástica, granulação
grossa, com destaque para pórfiroblastos de granada visíveis
em escala de afloramento.
A
B
1 mm
1 mm
mq
D
1 mm
Figura 18: Fotomicrografia da lâmina SST197: A) Foliação S1 marcada pela orientação preferencial de
agregados de biotita, de grãos de quartzo e de grãos e agregados de feldspatos.; B) Fenocristal de
feldspato potássico, e grãos de quartzo alongados.; C) Intercrescimento mimerquitico (mq) em cristal
de plagioclásio.; D) Intercrescimento mimerquitico em cristal de plagioclásio a nicóis cruzados.
Fonte: o autor.
C
1 mm
• A amostra P6A1 corresponde a lâmina polida SST197,
e diz respeito a um a gnaisse com biotita e horblenda
como minerais máficos mais abundantes;
• Apresenta granulação fina, com alguns fenocristais. A
foliação é contínua, suave e dividida em dois
domínios, cada qual com cerca de 3 mm;
• Assim, duas bandas são diferenciadas a partir da
mineralogia, onde uma banda é rica em biotita e outra
rica em feldspato;
Minerais Essenciais: Feldspato potássico (35%), quartzo
(20%) plagioclásio (10%), biotita (10%), hornblenda (10%)
e granada (5%),
Minerais Acessórios: minerais opacos (5%).
Minerais e Processos de Alteração: alteração do
feldspato potássico por sericitização (5%).
Nome da Rocha: hornblenda biotita gnaisse foliado.
A
B
C
1 mm
1 mm
D
1 mm
1 mm
Figura 19: Fotomicrografia da lâmina SST198: A) Plagioclásio mostrando contato
extremamente irregular, embaiando feldspato alcalino.; B) Grãos de biotita em forma de
lamelas.; C) Fibras de sillimanita substituindo grão de biotita.; D) Grão de feldspato potássico
com inclusão. Fonte: o autor.
• A amostra P6A2 corresponde a lâmina polida SST198,
e apresenta textura granoblástica, e secundariamente
lepdoblástica;
• A foliação S1 é marcada por cristais de quartzo, e uma
matriz muito fina - grãos de 0,5 mm - de material
cominuído (quartzo, feldspato, epídoto e sericita);
• A amostra é muito semelhante a lâmina SST197, com
variações quanto ao tamanho dos grãos, sobretudo os
de feldspato alcalino que alcançam maiores
dimensões, e a foliação. A amostra apresenta foliação,
porém pouco contínua;
Minerais Essenciais: Feldspato potássico (40%), quartzo
(10%) plagioclásio (10%), biotita (10%), hornblenda (5%).
Minerais Acessórios: Minerais opacos (10%), sillimanita
(5%).
Minerais e Processos de Alteração: Sericitização no
feldspato potássico e cloritização da biotita (10%).
Nome da Rocha: biotita gnaisse.
A B C
D
E F
1 mm
1 mm
1 mm
1 mm
1 mm
1 mm
• A lâmina SST199, oriunda da amostra P7A1 possui textura granoblástica, granulação fina a média, o tamanho dos grãos
varia sem qualquer padrão, porém sempre com feições anédricas;
• A biotita é encontrada em porções específicas da lâmina, na forma de agregados. Abundantes grãos de granada e
feldsptato potássico podem alcançar entre 8 e 10 mm.
Minerais Essenciais: Feldspato
potássico (35%), quartzo (20%),
plagioclásio (10%), granada
(10%), hornblenda (5%) e
biotita (5%).
Minerais Acessórios: Minerais
opacos, titanita e sillimanita
(10%).
Minerais e Processos de
Alteração: Cloritização da
biotita (5%).
Nome da Rocha: sillimanita
granada gnaisse.
Figura 20: Fotomicrografia da lâmina SST199: A)
Grãos de feldspato alcalino com limites
irregulares; B) Grão de feldspato potássico com
pertitas. C) Grão de granada, com inclusões de
mineral alterado.; D) Agregados de biotita
marrom.; E) Grão de quartzo com inclusão.; F)
Grãos de sillimanita em fibras.
A B
C D E
1 mm 1 mm
1 mm
1 mm
1 mm
Figura 21: Fotomicrografia da lâmina SST200:
A) Feldspato potássico com pertitas.; B)
Fenocristal de granada com inclusão de
mineral alterado.; C) Grãos de feldspato
alcalino com junção tríplice e limites
corroídos.; D) Agregados de biotita.; E) Biotita
anédrica, intersticial e sillimanita fibrosa.
Fonte: o autor.
Minerais Essenciais: Feldspato potássico (30%), quartzo, (15%)
plagioclásio (10%), biotita (10%), granada (10%) e hornblenda
(5%).
Minerais Acessórios: Minerais opacos (5%), sillimanita (5%).
Minerais e Processos de Alteração: Sericitização no feldspato
potássico e cloritização da biotita (10%).
Nome da Rocha: biotita granada gnaisse.
• A lâmina SST200, a amostra P7A2, exibe textura porfiroblástica, com bastante fenocristais de feldspato potássico e
granada. Estes geralmente mostram tamanhos entre 7 e 10 mm, ocasionalmente fraturados. No geral, a granulação é
grossa, apesar da grande presença de cristais diminutos (menores que 2 mm);
• O feldspato alcalino pode ocorrer muito alterado por sericitização e apresentar intercrescimento.
3.2.2.2 Formação Apoteri
A
B C
1 cm
Figura 22: Características macroscópicas das rochas da Formação Apoteri. Amostra P4A1: A)
Basalto de textura afanítica.; Amostra P4A2: B) Basalto com amígdalas preenchidas
principalmente por calcita e clorita.; C) Vesículas preenchidas por clorita, observadas na lupa
tipo microscópio estereoscópio binocular. Fonte: o autor.
A B
1 mm
1 mm
Figura 24: Fotomicrografia da lâmina SST196: A) Grão de calcita em meio a matriz de
granulação muito fina.; B) Calcita preenchendo vesícula no centro, e plagioclásio alterado
nas bordas. Fonte: o autor.
A B
1 mm
1 mm
Figura 23: Fotomicrografia da lâmina SST195: A) Destaque para a granulometria muito fina,
minerais opacos e minerais de alteração.; B) Minerais a nicóis cruzados, com grande presença
de cristais em forma de ripas. Fonte: o autor.
3.2.2.2 Formação Apoteri
3.2.2.3 Formação Serra do Tucano
A
B C
Figura 25: Descrição macroscópica das rochas da unidade Formação Serra do Tucano.
Afloramento P1: A) Amostra P1A1: arenito fino.; B) Amostra P1A2: de arenito fino.; C)
Amostra P1A3: arenito fino a médio. Fonte: o autor.
A B
C D
Figura 26: Descrição macroscópica das rochas da unidade Formação Serra do Tucano.
Aforamento P2: A) Amostra P2A1: arenito fino, friável e rico em caulinita.; B) Amostra
P2A2: arenito oxidado.; C) Amostra P2A3: Arenito fino com laminação plano paralela.; D)
Amostra P2A4: arenito argiloso de estrutura maciça.
3.3 GEOLOGIA ESTRUTURAL
3.3.1 Grupo Cauarane
A
B
Figura 27: A) Aspectos estruturais das rochas do
Grupo Cauarane. Afloramento P5: A) Veios de
quartzo extensionais.; B) Rocha fraturada e com
incipiente acamamento. Fonte: o autor.
• O Grupo Cauarane foi estudado a partir de três afloramentos;
• No afloramento P5 não foi possível obter medidas estruturais, pois se
tratava de blocos rolados.;
• Entretanto, observou-se que além do intenso fraturamento das rochas,
muitas ainda apresentam um acamamento bem preservado;
• Outra feição que merece destaque são os inúmeros veios de quartzo que
aparecem subconcordantes ao acamamento de algumas rochas.
A B
C D
Figura 28: Aspectos estruturais das rochas do Grupo Cauarane. Aforamento P6: A) veio de
quartzo subparalelo a foliação.; B) Veio de quartzo cortando a foliação. C) Gnaisse com
foliação S1 muito bem desenvolvida.; D) Gnaisse fraturado. Fonte: o autor.
• O afloramento P6 também apresenta grande
quantidade de veios de quartzo, ora concordante a
foliação S1, ora cortando-a a baixo grau;
• Nenhum tipo de medida estrutural foi coletada no
afloramento P6 por entender que o material não
estava in situ;
• As rochas mostram bandamento do tipo gnáissico;
• As bandas são milimétricas, além da presença
constante da foliação S1 penetrativa e definida pela
orientação preferencial da forma de lâminas de
agregados de feldspatos e de agregados máficos;
• Constantemente a rocha se apresenta fraturada.
A B
C D E
Figura 29: Aspectos estruturais das rochas do Grupo Cauarane. Afloramento P7: A)
Afloramento representativo, com gnaisse foliado e dobras ptigmáticas.; B) Megacristais de
granada (até 3 cm) e foliação S1 conferida pela orientação preferencial de forma dos agregados
máficos e félsicos.; C) Gnaisse mais fino, com foliação muito penetrativa.; D) Granada-Gnaisse
fraturado.; E) Dobras locais, sem raiz e veio quartzo-feldspático dobrado. Fonte: o autor.
• No afloramento P7 surgem bandas mais espessas
de feldspato alcalino, sem forma definida;
• O maior dos blocos, este com mais de 4 m,
possivelmente o único autóctone, a foliação S1
está a N48/25o SE, com as demais em paralelo em
com ângulos muito próximos;
• A foliação é muito bem penetrativa, observada
pela separação entre filmes descontínuos de
minerais máficos e félsicos;
• Neste mesmo bloco é possível observar uma
família de dobras ptigmáticas, ressaltada pelos
veios de quartzo e bandas de feldspato potássico
de forma sinuosa;
• Os blocos se encontram comumente fraturados.
3.3.2 Formação Serra do Tucano
A B
C
Figura 30: Aspectos estruturais das rochas da Formação
Serra do Tucano. Afloramento P1: A) Estratificação
cruzada, cortada por uma fratura.; B) Arenito
acamadado.; C) Fraturas no topo da camada 3. Fonte: o
autor,
.
A B
Figura 31: Aspectos estruturais das rochas da Formação Serra do Tucano.
Afloramento P2: A) Arenito fino com acamamento plano paralelo.; B) Arenito
fraturado. Fonte: o autor.
• O acamamento é próximo de N204/ 28o NW, enquanto as estratificações variam para N250/18° NNW. Duas famílias de
fraturas se cruzam, as de menor ângulo de azimute entre 66 e 86° e as com ângulo de azimute entre 175 e 270°;
• Arenitos demostram acamamento direcionados entre 102 e 154 graus com ângulo de mergulho entre 15 e 30 graus
apontando para SW. Fraturas com valores azimutais entre 120 e 130 graus.
4 DISCUSSÕES E EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA
• Os gnaisses kinzigíticos descritos por diversos autores como principais litotipos do Grupo Cauarane coincidem
parcialmente com o que foi descrito para as rochas dos afloramentos P6 e P7;
• Com relação as rochas do afloramento P5, tem-se descrições próximas ao que CPRM (1999) coloca como quartzito,
metachert, e uma brecha metamórfica;
• Mineralogia principal = feldspato alaranjado em amostra de mão, quartzo, plagioclásio, biotita e granada em
quantidades muito próximas, hornblenda, e uma grande quantidade de sillimanita. Como minerais acessórios
ocorrem minerais opacos, zircão, titanita e epídoto. Sericitização é o principal tipo de alteração registrado;
• Aspectos microscópicos = granada ocorre com inclusões de quartzo, e outros minerais já alterados. Quartzo forma
grãos muitos pequenos (menores que 1 mm) e feldspato alcalino, além de abundante pode acontecer com textura
mimerquítica;
• Aspectos microtectônicas = marcante grau de fraturamento dos minerais, a pouca presença de grãos bem
formados, em contraste com o grande número de cristais de quartzo, feldspato alcalino e plagioclásio fraturados e
fragmentados em matriz fina indeterminada, e biotita frequentemente alterando para sillimanita;
• Barrow (1912 apud WINGE, 1996): zonas de metamorfismo progressivo identificadas pelo aparecimento
de minerais-índices de grau metamórfico = clorita-biotita-granada-estaurolita-cianita-sillimanita;
• Biotita alterando para sillimanita e granada, tem-se uma feição mais próxima de um metamorfismo de alto grau.
Em conformidade, por exemplo com Riker et al. (1999) que caracterizaram a presença de rochas supracrustais
polidobradas sob condições da fácies anfibolito a granulito, com retrometamorfismo na fácies xisto-verde no
domínio Guiana Central;
• Uma paragênese comum em rochas de alto grau metamórfico para o Grupo Cauarane é a associação mineralógica
entre biotita ±muscovita ±cordierita ±silimanita ±granada, em paragnaisses, definindo o que CPRM (2010)
denomina de fase metamórfica M1, rochas metamorfizadas no fácies anfibolito superior a granulito.
• Possivelmente esse metamorfismo resulta da estruturação do Cinturão Cauarane–Curuni, datada de 1.985 Ma
(CPRM, 2010);
• Enquanto isso, as rochas do afloramento P5, quartzito, metachert e a possível brecha metamórfica, afloram em
uma região onde abunda material rochoso fraturado e bastante fragmentado e remete a um momento onde
houve a trituração da rocha;
• Provavelmente no Mesozoico, com a instalação do Gráben do Tacutu que causou o fraturamento do material, à
medida que a bacia evoluía.
• A camada do topo do afloramento P2 apresenta um conglomerado formado por litoclastos, provavelmente
retrabalhado das outras formações da Bacia do Tacutu e das rochas do embasamento;
• Outros fragmentos de composição mais fina, possivelmente siltitos, estão presentes em grandes quantidades
nas rochas do afloramento P3;
• Conforme Reis; Nunes e Pinheiro (1994), as principais feições sedimentares observadas na Formação Serra do
Tucano relacionam-se a estratificações cruzadas acanaladas que remetem ao afloramento P1. Já o afloramento
P2 se relaciona melhor com a sequência de arenitos finos, creme a amarelados, e siltitos avermelhados, via de
regra oxidados e com laminação plano paralela;
• A origem das rochas extrusivas da Formação Apoteri, afloramento P4, remonta ao Mesozoico e correspondem a
fase efusiva pré-rifte da bacia, que aconteceu na forma de fissuras, e serviram de condutos para sucessivos
derrames (EIRAS; KINOSHITA; FEIJÓ, 1994);
• A descrição das amostras P4A1 e P4A2 está de acordo com o que é tipicamente colocada para as rochas dessa
unidade (ex.: GIBBS; BARRON, 1993; CPRM, 1999). Além de estar em conformidade com a descrição de Vaz,
Wanderley Filho e Bueno (2007);
• Por fim, sugere-se direções estruturais próximas as obtidas durante a etapa de fotointerpretação, e que
coincidem com a macroestruturação do Cinturão Guiana Central (CGC) na direção principal NE-SW.
• Sugere-se que a Formação Serra do Tucano possui uma maior extensão, que aquela indicada por CPRM (2004).
Diversos morros que despontam em meio a planura da Formação Areais Brancas, a leste da área, tratam-se da
unidade Formação Serra do Tucano. Em toda a extensão norte da região há uma continuação dos tipos litológicos
que compõem a Serra do Tucano, apesar do alto grau de alteração das rochas;
• No tocante, todos os limites e extensão da Formação Areias Brancas devem ser revisados. Apesar da falta de
afloramentos, a região central da área mapeada, levando em consideração dados de sensoriamento remoto,
apresenta um padrão de drenagem mais compatível com a Formação Boa Vista. Portanto, grande parte do que é
colocado pela CPRM (2004) como Formação Areias Brancas, trata-se na verdade da Formação Boa Vista;
• À continuidade, o afloramento P5, notadamente composto por rochas do Grupo Cauarane, aparece em uma área
como pertencente a Formação Areias Brancas. Não somente o afloramento, mas o solo próximo aos morros
mantém uma coloração bem vermelho alaranjado, possível produto da pedogênese das rochas do Grupo
Cauarane e que se estende até o limite sul da área. O solo mais avermelhado nesta região dá lugar a uma
vegetação diferente, com árvores de porte médio em contraste com as gramíneas da Formação Areias Brancas;
• No que diz respeito a Formação Apoteri, sua extensão é restrita ao afloramento P4, Morro do Redondo, quase de
forma circular;
• A Formação Areais Brancas, de maneira contínua, está restrita apenas a porção sudeste da área mapeada.
5 CONCLUSÕES
.
Figura 32: Mapa geológico final.
Fonte: o autor.
• ALMEIDA, M. E.; NASCIMENTO, R. S. C. Geologia e Evolução Crustal do centro-norte do Cráton Amazônico e correlações com as Províncias Geocronológicas. Geocronologia e
Evolução Tectônica do Continente Sul-Americano: a contribuição de Umberto Giuseppe Cordani. 1ª ed. Orgs.: BARTORELLI, Andrea; TEIXEIRA, Wilson; BRITO-NEVES, Benjamim
Bley. São Paulo: Solaris Edições Culturais, p. 111-121. 2020.
• CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Roraima Central, Folhas NA.20-X-B e NA.20-X-D (inteiras), NA.20-
X-A, NA.20- X-C, NA.21-V-A e NA.21-V-C (parciais). Escala 1:500.000. Estado de Roraima. Superintendência Regional de Manaus, 1999, 166 p.
• CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Projeto GIS do Brasil - Sistemas de Informações geográficas do Brasil. Carta Geológica do Brasil ao milionésimo. Mapa
geológico do Estado de Roraima Escala 1:1000.000. Brasília: CPRM, 2004.
• EIRAS, J. F.; KINOSHITA, E. M. Geologia e Perspectivas Petrolíferas da Bacia do Tacutu: Origem e evolução de Bacias Sedimentares. 2ª ed. Coord. Raja Gabaglia, G. P.; MILANI, E.
J. Rio de Janeiro: Petrobras, 1990. 403 p.
• FRAGA, L. M. B. Associação Anortosito-Mangerito-Granito Rapakivi (AMG) do cinturão Guiana central, Roraima e suas encaixantes paleoproterozóicas: evolução estrutural,
geocronologia e petrologia. Belém, 2002. 363p. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Centro de Geociências. Universidade Federal do Pará, Belém, 2002.
• FRAGA, L. M. B., LAFON, J. M., TASSINARI, C. C. G. Geologia e evolução tectônica das porções central e nordeste do Escudo das Guianas e sua estruturação em cinturões eo-
orosirianos. In: Geocronologia e Evolução Tectônica do Continente Sul-Americano: a contribuição de Umberto Giuseppe Cordani. 1ª ed. Orgs.: BARTORELLI, Andrea; TEIXEIRA,
Wilson; BRITO-NEVES, Benjamim Bley. São Paulo: Solaris Edições Culturais, p. 92-110. 2020.
• GIBBS, A. K.; BARRON, C.N. The Geology of Guiana Shield. Oxford University Press. New York. 1993. 245 p.
• REIS N. J.; FARIA, M. S. G.; MAIA, M. A. M. O Quadro Cenozoico da Porção Norte-Oriental do Estado de Roraima. In: SBG, SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001,
Belém-PA. Resumos Expandidos... Belém-PA: 2001.
• REIS, N. J.; FRAGA, L. M.; FARIA, M. S. G.; ALMEIDA, M. E. Geologia do Estado de Roraima. Géologie de la France, v. 2, n. 3. p. 71-84, 2003.
• REIS, N. J.; NUNES, N. S. V.; PINHEIRO, S. S. A cobertura Mesozoica do hemigráben Tacutu - Estado de Roraima. Uma abordagem ao paleoambiente da Formação Serra do
Tucano, 1994.
• SANTOS, J. O. S.; HARTMANN, L. A.; FARIA, M. S. G.; RIKER, S. R. L.; SOUZA, M. M.; ALMEIDA, M. E.; MCNAUGHTON, N. J. A Compartimentação do Cráton Amazonas em
Províncias: Avanços ocorridos no período 2000-2006. In: SBG, 9º Simpósio de Geologia da Amazônia. Belém, 2006.
• TASSINARI, C. C. G.; MACAMBIRA M. J. B. A evolução tectônica do Cráton Amazônico. In: Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques
de Almeida. Beca, São Paulo, 2004. p.471-485.
• TASSINARI, C. C. G.; MACAMBIRA, M. J. B. Geochronological Provinces of the Amazonian Craton. Episodes, v. 22, n. 3, p. 174-182, 1999.
• VAZ, P. T.; WANDERLEY FILHO, J. R.; BUENO, G. V.; Bacia do Tacutu. Geociências. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 289-297. 2007.
• WINGE, M. Petrologia metamórfica - Notas de aula. Consultado em: <https://mw.eco.br/ig/cursos/met1/index.htm>. Universidade de Brasília. Instituto de Geociências. 1996.
Não paginado.
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS
30

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

ORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO A
ORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO AORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO A
ORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO AAstrid Siachoque
 
Intemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solosIntemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solosGiovanna Martins
 
Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr
Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr
Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr Jeovaci Martins Da Rocha Júnior
 
Relevo brasileiro
Relevo brasileiroRelevo brasileiro
Relevo brasileirokarolpoa
 
Estrutura geológica, relevo e riquezas minerais da Amazônia
Estrutura geológica, relevo e riquezas minerais da AmazôniaEstrutura geológica, relevo e riquezas minerais da Amazônia
Estrutura geológica, relevo e riquezas minerais da AmazôniaPortal do Vestibulando
 
Tipos de solos
Tipos de solosTipos de solos
Tipos de solosdela28
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIARELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIAEzequias Guimaraes
 
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica   Distribuição dos elementos químicosGeoquímica   Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica Distribuição dos elementos químicosmarciotecsoma
 
Geologia estrutural lineações em rocha
Geologia estrutural   lineações em rochaGeologia estrutural   lineações em rocha
Geologia estrutural lineações em rochamarciotecsoma
 
Os depósitos minerais
Os depósitos mineraisOs depósitos minerais
Os depósitos mineraisMarcio Santos
 
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)Pedro Wallace
 
Manual de Geomorfologia - IBGE
Manual de Geomorfologia - IBGEManual de Geomorfologia - IBGE
Manual de Geomorfologia - IBGEGabriela Leal
 
Tipos de Rochas - Magmática, Sedimentares e Metamórficas
Tipos de Rochas  -  Magmática, Sedimentares e MetamórficasTipos de Rochas  -  Magmática, Sedimentares e Metamórficas
Tipos de Rochas - Magmática, Sedimentares e MetamórficasLinguagem Geográfica
 

Mais procurados (20)

ORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO A
ORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO AORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO A
ORIGENS E AMBIENTES TECTÔNICOS DE GRANITOS TIPO A
 
Textura Inequigranular
Textura InequigranularTextura Inequigranular
Textura Inequigranular
 
Bacia sedimentar
Bacia sedimentarBacia sedimentar
Bacia sedimentar
 
Aula minerais
Aula mineraisAula minerais
Aula minerais
 
Intemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solosIntemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solos
 
Bacia Potiguar
Bacia PotiguarBacia Potiguar
Bacia Potiguar
 
Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr
Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr
Mapeamento geológico na região de Itupiranga PA - TCC Jeovaci Jr
 
Relevo brasileiro
Relevo brasileiroRelevo brasileiro
Relevo brasileiro
 
Estrutura geológica, relevo e riquezas minerais da Amazônia
Estrutura geológica, relevo e riquezas minerais da AmazôniaEstrutura geológica, relevo e riquezas minerais da Amazônia
Estrutura geológica, relevo e riquezas minerais da Amazônia
 
Tipos de solos
Tipos de solosTipos de solos
Tipos de solos
 
Dinâmica interna e externa do relevo
Dinâmica interna e externa do relevoDinâmica interna e externa do relevo
Dinâmica interna e externa do relevo
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIARELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
 
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica   Distribuição dos elementos químicosGeoquímica   Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
 
Geologia estrutural lineações em rocha
Geologia estrutural   lineações em rochaGeologia estrutural   lineações em rocha
Geologia estrutural lineações em rocha
 
Os depósitos minerais
Os depósitos mineraisOs depósitos minerais
Os depósitos minerais
 
Texturas magmaticas
Texturas magmaticasTexturas magmaticas
Texturas magmaticas
 
Mapeamento de geossistemas
Mapeamento de geossistemasMapeamento de geossistemas
Mapeamento de geossistemas
 
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
 
Manual de Geomorfologia - IBGE
Manual de Geomorfologia - IBGEManual de Geomorfologia - IBGE
Manual de Geomorfologia - IBGE
 
Tipos de Rochas - Magmática, Sedimentares e Metamórficas
Tipos de Rochas  -  Magmática, Sedimentares e MetamórficasTipos de Rochas  -  Magmática, Sedimentares e Metamórficas
Tipos de Rochas - Magmática, Sedimentares e Metamórficas
 

Semelhante a Geologia de Roraima

RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...Diego Timoteo
 
Prospecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rr
Prospecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rrProspecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rr
Prospecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rrEzequias Guimaraes
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...Ezequias Guimaraes
 
Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2Laudo Santos
 
Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...
Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...
Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...Astrid Siachoque
 
Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...
Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...
Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...Roberto Cambruzzi
 
relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2Ricardo Fasolo
 
Capitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgeraisCapitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgeraisAna Vieira
 
Diagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptx
Diagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptxDiagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptx
Diagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptxPedro Mateus Procedino
 
Caracterização ambiental paracatu - scribd
Caracterização ambiental   paracatu - scribdCaracterização ambiental   paracatu - scribd
Caracterização ambiental paracatu - scribdProjeto_SACD
 
Ficha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-converted
Ficha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-convertedFicha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-converted
Ficha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-convertedSandra Semedo
 
Apresentação final Geologia UFPR 2010
Apresentação final Geologia UFPR 2010Apresentação final Geologia UFPR 2010
Apresentação final Geologia UFPR 2010Roberto Cambruzzi
 
Teste 11 c de 15 maio versão 1
Teste 11 c de 15 maio versão 1Teste 11 c de 15 maio versão 1
Teste 11 c de 15 maio versão 1Estela Costa
 
Perfil de namorado na02
Perfil de namorado na02Perfil de namorado na02
Perfil de namorado na02REAL
 
Questões Marco Aurelio
Questões Marco AurelioQuestões Marco Aurelio
Questões Marco Aureliosylviasantana
 

Semelhante a Geologia de Roraima (20)

RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
 
Prospecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rr
Prospecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rrProspecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rr
Prospecção de au aluvionar em diques de lamprófiro, tepequém rr
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS ...
 
Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2
 
Geo – geomorfologia do brasil 01 – 2013
Geo – geomorfologia do brasil 01 – 2013Geo – geomorfologia do brasil 01 – 2013
Geo – geomorfologia do brasil 01 – 2013
 
Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...
Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...
Mecanismos de Alojamiento do Pluton Madeira a partir de tramas minerais, Piti...
 
Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...
Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...
Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Micro...
 
relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2
 
Capitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgeraisCapitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgerais
 
Aula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformados
Aula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformadosAula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformados
Aula 8 Uso de imagens no estudo de ambientes transformados
 
Diagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptx
Diagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptxDiagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptx
Diagnóstico Ambiental do Sítio Arqueológico GO-JA-02.pptx
 
Caracterização ambiental paracatu - scribd
Caracterização ambiental   paracatu - scribdCaracterização ambiental   paracatu - scribd
Caracterização ambiental paracatu - scribd
 
Ficha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-converted
Ficha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-convertedFicha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-converted
Ficha8 de-trabalho-metodos-estudo-interior-geosfera-converted
 
Apresentação final Geologia UFPR 2010
Apresentação final Geologia UFPR 2010Apresentação final Geologia UFPR 2010
Apresentação final Geologia UFPR 2010
 
Teste 11 c de 15 maio versão 1
Teste 11 c de 15 maio versão 1Teste 11 c de 15 maio versão 1
Teste 11 c de 15 maio versão 1
 
Teste 1 cn7 2018-2019_final
Teste 1 cn7 2018-2019_finalTeste 1 cn7 2018-2019_final
Teste 1 cn7 2018-2019_final
 
Ficha Formativa - Rochas
Ficha Formativa - RochasFicha Formativa - Rochas
Ficha Formativa - Rochas
 
Perfil de namorado na02
Perfil de namorado na02Perfil de namorado na02
Perfil de namorado na02
 
Questões Marco Aurelio
Questões Marco AurelioQuestões Marco Aurelio
Questões Marco Aurelio
 
Processo 15960 2014 eimcal
Processo 15960 2014 eimcalProcesso 15960 2014 eimcal
Processo 15960 2014 eimcal
 

Mais de Ezequias Guimaraes

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...Ezequias Guimaraes
 
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSMAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSEzequias Guimaraes
 
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasA Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasEzequias Guimaraes
 
TV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishTV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishEzequias Guimaraes
 
Movie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleMovie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleEzequias Guimaraes
 
Proyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoProyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoEzequias Guimaraes
 
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAPLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAEzequias Guimaraes
 
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA Ezequias Guimaraes
 
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037Ezequias Guimaraes
 
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALMETODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALEzequias Guimaraes
 
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSCONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSEzequias Guimaraes
 
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNFundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNEzequias Guimaraes
 
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓNFundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓNEzequias Guimaraes
 

Mais de Ezequias Guimaraes (20)

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
 
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSMAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
 
Interface homem-maquina
Interface  homem-maquinaInterface  homem-maquina
Interface homem-maquina
 
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasA Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
 
TV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishTV Series to improve your English
TV Series to improve your English
 
Movie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleMovie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color Purple
 
Political system of the USA
Political system of the USAPolitical system of the USA
Political system of the USA
 
TV Series Outlander
TV Series OutlanderTV Series Outlander
TV Series Outlander
 
Proyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoProyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudo
 
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
 
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAPLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
 
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
 
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
 
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALMETODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
 
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSCONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
 
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTOLICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
 
Vertederos Trapezoidales
Vertederos TrapezoidalesVertederos Trapezoidales
Vertederos Trapezoidales
 
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNFundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
 
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓNFundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
 
Remediación de Suelos
Remediación de SuelosRemediación de Suelos
Remediación de Suelos
 

Geologia de Roraima

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA AVALIAÇÃO DE EXTRAORDINÁRIO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS RELATÓRIO TÉCNICO FINAL Discente: Ezequias Nogueira Guimarães Boa Vista, RR 2021
  • 2. SUMÁRI O 1 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO OBJETIVOS LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO MATERIAIS E METÓDOS 2 GEOLOGIA REGIONAL CONTEXTO GEOTECTÔNICO LITOESTRATIGRAFIA 3 RESULTADOS INTRODUÇÃO UNIDADES LITOLÓGICAS Aspectos de Campo Petrografia GEOLOGIA ESTRUTURAL 4 DISCUSSÕES E EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA 5 CONCLUSÕES REFERÊNCIAS
  • 3. 1. INTRODUÇÃO 3 1.1 APRESENTAÇÃO • O estado de Roraima desempenha papel importante no entendimento da evolução do Cráton e das principais características geotectônicas do escudo das Guianas, sendo considerada uma região bem diversificada em domínios litoestruturais e, por conseguinte em tipos litológicos - motivos suficientes para despertar o interesse de estudo de geólogos do Brasil inteiro para a região (REIS et al., 2003); • Ainda assim, a geologia do estado de Roraima carece de estudos mais minuciosos, afim de acurar os limites das unidades e descrever melhor seus termos litológicos; • Portanto, com esta atividade de mapeamento espera-se contribuir, ainda que de maneira modesta, a um melhor entendimento das unidades litoestratigráficas de natureza sedimentar e cristalina que correspondem a Bacia do Tacutu.
  • 4. 1.2.1 Objetivo geral • Realizar um mapeamento geológico na região nordeste do estado de Roraima, especificamente no munícipio do Bonfim, utilizando uma escala de mapeamento de 1:125.000, abrangendo domínios litológicos formados por rochas sedimentares e cristalinas. 1.2.2. Objetivo específicos I. Revisar a geologia da porção nordeste de Roraima e com foco no município do Bonfim; II. Reconhecer as unidades litoestratigráficas da Bacia do Tacutu e seu embasamento cristalino; III. Classificar macroscopicamente e microscopicamente as rochas dos diversos afloramentos visitados; IV. Contribuir para o entendimento da geologia de Roraima. 4 1.2 OBJETIVOS
  • 5. 1.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 5 Figura 1: Mapa de localização da área de estudo. Fonte: elaborado pelo autor.
  • 6. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO CONFECÇÃO DE MAPAS DESCRIÇÃO MICROSCÓPICAc Localização da área de estudo Mapa fotogeológico Comparação com a literatura Mapa de afloramentos; PESQUISA DOCUMENTAL CONFECÇÃO DO TRABALHO FINAL EXCURSÃO À CAMPO DESCRIÇÃO MACROSCÓPICAc Atividades laboratoriais Descrição de afloramentos e levantamento de perfis Obtenção de medidas estruturais e de imagens Coleta de amostras Descrição petrográfica Confecção do mapa de afloramentos visitados GREPROCESSAMENTO DE IMAGENS INTEGRAÇÃO DOS DADOS 1.4 MATERIAIS E METÓDOS
  • 7. 17 2 GEOLOGIA REGIONAL Figura 2: Principais feições geotectônicas da América do Sul. Fonte: Almeida e Hasui (1984) modificado por Fraga (2002). 2.1 CONTEXTO GEOTECTÔNICO • Inserido ao norte do Cráton Amazonas; • Porção central do Escudo das Guianas.
  • 8. 18 • Santos et al. (2000); • Tapajós - Parima- 2.10-1.87 Ga, juvenil; • Sunsás - 1,33-0,99 Ga, colisional (incluindo o Cinturão de Cisalhamento K'Mudku - 1,10- 1,33 Ga). Figura 3: Cráton Amazonas e sua subdivisão em províncias. Limites de idades de acordo com os dados disponíveis no princípio de 2006. Fonte: Santos et al. (2006).
  • 9. Figura 4: Províncias gecronológicas do Cráton Amazônico e domínios tectônicos. Fonte: Tassinari e Macambira (2004) modificado por FRAGA et al. (2020). 19 • Tassinari e Macambira (1999); • Ventuari-Tapajós; • Através de sucessivos arcos magmáticos produzindo acreções continentais a partir de magmas derivados do manto superior.
  • 10. 20 Figura 5: Províncias Geocronológicas do Cráton Amazônico segundo a concepção de Tassinari e Macambira (2004) e compartimentação em domínios estruturais (REIS et al., 2003, 2006). Fonte: Almeida e Nascimento, 2020. • Divisão em domínios tectonoestratigráficos; • Base em critérios litológicos e estruturais; • Domínio Guiana Central, no centro do estado, intrudido por uma associação AMG (anortosito/gabro- mangerito-granito- rapakivi) e afetado por cisalhamento de cerca de 1,2 Ga (Evento K’Mudku); • Assinala lineamentos estruturais NE-SW, impressos em unidades litológicas do Paleo e Mesoproterozoico (REIS et al., 2003).
  • 11. 21 Figura 6: Quadro correlativo entre os dominios litoestruturais de Roraima. Fonte: Reis et al., 2003. 2.1.1. Evolução Geotectônica
  • 12. Figura 7: Mapa geológico preliminar, com previsão de pontos de afloramentos a serem visitados. Fonte : CPRM (2004). 2.2 LITOESTRATIGRAFIA 2.2.1 Grupo Cauarane - 2235 ± 19 Ma, Pb/Pb em zircão Gnaisses kinzigíticos e intercalações de metacherts ferríferos, anfibolitos e calcissilicáticas. 2.2.2 Suíte Metamórfica Murupu Gnaisses kinzigíticos, calcissilicáticos e metacherts na fácies granulito. 2.2.3 Formação Apoteri - 135 Ma Ar-Ar Basaltos com granulação muito fina a afanítica e ampla distribuição de vesículas e amígdalas. 2.2.4 Formação Serra do Tucano Quartzo-arenitos, arenitos arcoseanos róseos, e subordinados arenitos conglomeráticos. 2.2.5 Formação Boa Vista Sedimentação arenosa e ocorrência de concreções lateríticas, estando sustentados por cascalhos. Ocorrência secundária de siltitos e argilitos. 2.2.6 Formação Areias Brancas Depósitos arenosos de áreas alagadas e campos de dunas eólicas ativas ou fósseis. 2.2.7 Depósitos Recentes Areias bem selecionadas.
  • 13. 28 3 RESULTADOS 3.1 INTRODUÇÃO Figura 8: Mapa geológico esquemático da região estudada. Fonte: CPRM (2004). • Previamente mapeado pela CPRM (2004); • Individualizadas unidades litológicas paleoproterozoicas e mesozoicas, além de uma extensa cobertura cenozoica; • Documentação de ao menos dois eventos deformacionais ocorridos na história geológica da região; • Estudo petrográfico permitiu a caracterização textural e mineralógica das unidades mapeadas. 3.2 UNIDADES LITOLÓGICAS
  • 14. Figura 9: Rochas da unidade Grupo Cauarane. Afloramento P5: A) Quartizitos afloram na forma de blocos rolados.; B) Aspectos macroscópico dos quartzitos, quase inteiramente formados por quartzo leitoso e muito fraturados.; C) Cristais de quartzo, em uma matriz de composição indefinida (Gravauca?).; D) Afloramento P6 (morro à direita) e P7 (morro à esquerda).; E) Afloramento P6 e P7 afloram em forma de lajedos. Fonte: o autor. A D B C E 3.2.1 Aspectos de Campo 3.2.1.1 Grupo Cauarane • Afloram em diversos morros isolados pela cobertura sedimentar cenozoica a noroeste da Serra do Tucano; • As rochas variam de levemente a moderadamente alteradas, entretanto a unidade é constituída de diferentes tipos texturais; • Região de lavrado, com espaçadas árvores de médio porte; • Formada por colinas inteiramente cobertas por blocos e lajedos, sem evidência de material in situ.
  • 15. A B Figura 10: Rochas da unidade Formação Apoteri. A) Afloramento P4, Morro do Redondo.; B) Aspectos macroscópicos dos basaltos repletos de cavidades. Fonte: o autor. • Aflora especificamente no Morro do Redondo. O relevo nas proximidades é sobretudo plano, e se encontrava alagado em razão das recentes chuvas, ainda assim foi possível ter uma boa observação do afloramento; • As exposições rochosas na encosta do morro correspondem a blocos rolados e matacões, altamente alterados. Estes podem alcançar até 30 cm, e possuem forma bastante irregular e angular. 3.2.1.2 Formação Apoteri
  • 16. A B C D Figura 11: Rochas da unidade Formação Serra do Tucano. Afloramento P1, Morro da Antena: A) O relevo nesta região possui um padrão cuestiforme.; B) Arenito com estratificação cruzada, plano horizontal.; C) Arenito com acamamento.; D) Vestígio fóssil do tipo impressão vegetal, provavelmente de um tronco. Fonte: o autor. Figura 12: Unidade Formação Serra do Tucano. Afloramento P2: A) Visão geral do afloramento (visada SE-NW).; B) Croqui destacando diferentes camadas observadas. Escala: 22 cm. Fonte: o autor. 3.2.1.3 Formação Serra do Tucano
  • 17. Figura 14: Perfil litológico do afloramento P2. Fonte: o autor. Figura 13: Unidade Formação Serra do Tucano. Afloramento P2, Murici II: A) Visão geral do afloramento (visada SE-NW).; B) Croqui destacando diferentes camadas observadas. Escala: 1,7 m. Fonte: o autor.
  • 18. A B C Figura 15: Unidade Formação Serra do Tucano. A) Afloramento localizado em uma caixa de empréstimo.; B) Arenito médio a grosso laterizado.; C) Fragmento de rocha de granulometria muito fina. Fonte: o autor. • A localidade é uma “caixa de empréstimo” denominação dada as escavações de onde retiram piçarra para a pavimentação de estradas; • Corresponde a um arenito médio a grosso, completamente alterado; • Os blocos maiores apresentam grandes quantidades de fragmentos rochosos incorporados, de composição mais fina, possivelmente siltitos.
  • 19. 3.2.2 Petrografia 3.2.2.1 Grupo Cauarane A C Figura 16: Rochas do embasamento paleoproterozoico. Afloramento P5: A) Amostra P5A1: quartzito.; B) Amostra P6A2: metachert.; C) Amostra P6A3: brecha metamórfica. Fonte: o autor. • Amostra P5A1 = quartzito, rocha de granulação fina, textura granoblástica e cor rosa esbranquiçado. Apresenta composição quase inteiramente formado por quartzo; • Amostra P5A2 = um metachert, rocha de granulação fina, textura granoblástica e cor cinza esverdeado. Trata-se de uma rocha maciça, de composição quartzo fumê e quartzo hialino, chert, e possivelmente calcedônia; • Amostra P5A3 = possivelmente uma brecha metamórfica. Possui textura granoblástica, granulação média, e cor vermelho esbranquiçado. Rocha maciça, formada por minerais de quartzo, além de fragmentos rochosos. B
  • 20. A B C D E F Figura 17: Rochas do embasamento paleoproterozoico. Afloramento P6: A) Amostra P6A1: gnaisse bandado. Foliação S1 conferida pela orientação preferencial dos agregados máficos e félsicos.; B) Amostra P6A2: gnaisse com feldspato potássico com feição oscelar.; C) Amostra P6A2: Gnaisse com maior quantidade de feldspato alcalino.; Afloramento P7: D) Rocha enriquecida em granada (granada-gnaisse?).; E) Migmatito?. F) Minerais de granada na cor castanho avermelhado, com comprimento entre 1 e 2 cm. Fonte: o autor. • Amostra P6A1 possui textura nematoblástica e lepdoblástica, granulação fina com pórfiros de feldspato alcalino. A foliação S1 é conferida pela orientação preferencial de agregados máficos e agregados de minerais félsicos; • Amostra P6A2 possui textura granolepdoblástica, granulação fina a média com pórfiros de feldspato alcalino. Apresenta bandamento contínuo, e, representada principalmente por minerais lamelares máficos; • Amostra P7A1 possui textura lepdogranoblástica, granulação fina a média com pórfiros de granada, estrutura foliada e cor cinza enegrecido; • Amostra P7A2 possui textura granoblástica, granulação grossa, com destaque para pórfiroblastos de granada visíveis em escala de afloramento.
  • 21. A B 1 mm 1 mm mq D 1 mm Figura 18: Fotomicrografia da lâmina SST197: A) Foliação S1 marcada pela orientação preferencial de agregados de biotita, de grãos de quartzo e de grãos e agregados de feldspatos.; B) Fenocristal de feldspato potássico, e grãos de quartzo alongados.; C) Intercrescimento mimerquitico (mq) em cristal de plagioclásio.; D) Intercrescimento mimerquitico em cristal de plagioclásio a nicóis cruzados. Fonte: o autor. C 1 mm • A amostra P6A1 corresponde a lâmina polida SST197, e diz respeito a um a gnaisse com biotita e horblenda como minerais máficos mais abundantes; • Apresenta granulação fina, com alguns fenocristais. A foliação é contínua, suave e dividida em dois domínios, cada qual com cerca de 3 mm; • Assim, duas bandas são diferenciadas a partir da mineralogia, onde uma banda é rica em biotita e outra rica em feldspato; Minerais Essenciais: Feldspato potássico (35%), quartzo (20%) plagioclásio (10%), biotita (10%), hornblenda (10%) e granada (5%), Minerais Acessórios: minerais opacos (5%). Minerais e Processos de Alteração: alteração do feldspato potássico por sericitização (5%). Nome da Rocha: hornblenda biotita gnaisse foliado.
  • 22. A B C 1 mm 1 mm D 1 mm 1 mm Figura 19: Fotomicrografia da lâmina SST198: A) Plagioclásio mostrando contato extremamente irregular, embaiando feldspato alcalino.; B) Grãos de biotita em forma de lamelas.; C) Fibras de sillimanita substituindo grão de biotita.; D) Grão de feldspato potássico com inclusão. Fonte: o autor. • A amostra P6A2 corresponde a lâmina polida SST198, e apresenta textura granoblástica, e secundariamente lepdoblástica; • A foliação S1 é marcada por cristais de quartzo, e uma matriz muito fina - grãos de 0,5 mm - de material cominuído (quartzo, feldspato, epídoto e sericita); • A amostra é muito semelhante a lâmina SST197, com variações quanto ao tamanho dos grãos, sobretudo os de feldspato alcalino que alcançam maiores dimensões, e a foliação. A amostra apresenta foliação, porém pouco contínua; Minerais Essenciais: Feldspato potássico (40%), quartzo (10%) plagioclásio (10%), biotita (10%), hornblenda (5%). Minerais Acessórios: Minerais opacos (10%), sillimanita (5%). Minerais e Processos de Alteração: Sericitização no feldspato potássico e cloritização da biotita (10%). Nome da Rocha: biotita gnaisse.
  • 23. A B C D E F 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm • A lâmina SST199, oriunda da amostra P7A1 possui textura granoblástica, granulação fina a média, o tamanho dos grãos varia sem qualquer padrão, porém sempre com feições anédricas; • A biotita é encontrada em porções específicas da lâmina, na forma de agregados. Abundantes grãos de granada e feldsptato potássico podem alcançar entre 8 e 10 mm. Minerais Essenciais: Feldspato potássico (35%), quartzo (20%), plagioclásio (10%), granada (10%), hornblenda (5%) e biotita (5%). Minerais Acessórios: Minerais opacos, titanita e sillimanita (10%). Minerais e Processos de Alteração: Cloritização da biotita (5%). Nome da Rocha: sillimanita granada gnaisse. Figura 20: Fotomicrografia da lâmina SST199: A) Grãos de feldspato alcalino com limites irregulares; B) Grão de feldspato potássico com pertitas. C) Grão de granada, com inclusões de mineral alterado.; D) Agregados de biotita marrom.; E) Grão de quartzo com inclusão.; F) Grãos de sillimanita em fibras.
  • 24. A B C D E 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 1 mm Figura 21: Fotomicrografia da lâmina SST200: A) Feldspato potássico com pertitas.; B) Fenocristal de granada com inclusão de mineral alterado.; C) Grãos de feldspato alcalino com junção tríplice e limites corroídos.; D) Agregados de biotita.; E) Biotita anédrica, intersticial e sillimanita fibrosa. Fonte: o autor. Minerais Essenciais: Feldspato potássico (30%), quartzo, (15%) plagioclásio (10%), biotita (10%), granada (10%) e hornblenda (5%). Minerais Acessórios: Minerais opacos (5%), sillimanita (5%). Minerais e Processos de Alteração: Sericitização no feldspato potássico e cloritização da biotita (10%). Nome da Rocha: biotita granada gnaisse. • A lâmina SST200, a amostra P7A2, exibe textura porfiroblástica, com bastante fenocristais de feldspato potássico e granada. Estes geralmente mostram tamanhos entre 7 e 10 mm, ocasionalmente fraturados. No geral, a granulação é grossa, apesar da grande presença de cristais diminutos (menores que 2 mm); • O feldspato alcalino pode ocorrer muito alterado por sericitização e apresentar intercrescimento.
  • 25. 3.2.2.2 Formação Apoteri A B C 1 cm Figura 22: Características macroscópicas das rochas da Formação Apoteri. Amostra P4A1: A) Basalto de textura afanítica.; Amostra P4A2: B) Basalto com amígdalas preenchidas principalmente por calcita e clorita.; C) Vesículas preenchidas por clorita, observadas na lupa tipo microscópio estereoscópio binocular. Fonte: o autor. A B 1 mm 1 mm Figura 24: Fotomicrografia da lâmina SST196: A) Grão de calcita em meio a matriz de granulação muito fina.; B) Calcita preenchendo vesícula no centro, e plagioclásio alterado nas bordas. Fonte: o autor. A B 1 mm 1 mm Figura 23: Fotomicrografia da lâmina SST195: A) Destaque para a granulometria muito fina, minerais opacos e minerais de alteração.; B) Minerais a nicóis cruzados, com grande presença de cristais em forma de ripas. Fonte: o autor. 3.2.2.2 Formação Apoteri
  • 26. 3.2.2.3 Formação Serra do Tucano A B C Figura 25: Descrição macroscópica das rochas da unidade Formação Serra do Tucano. Afloramento P1: A) Amostra P1A1: arenito fino.; B) Amostra P1A2: de arenito fino.; C) Amostra P1A3: arenito fino a médio. Fonte: o autor. A B C D Figura 26: Descrição macroscópica das rochas da unidade Formação Serra do Tucano. Aforamento P2: A) Amostra P2A1: arenito fino, friável e rico em caulinita.; B) Amostra P2A2: arenito oxidado.; C) Amostra P2A3: Arenito fino com laminação plano paralela.; D) Amostra P2A4: arenito argiloso de estrutura maciça.
  • 27. 3.3 GEOLOGIA ESTRUTURAL 3.3.1 Grupo Cauarane A B Figura 27: A) Aspectos estruturais das rochas do Grupo Cauarane. Afloramento P5: A) Veios de quartzo extensionais.; B) Rocha fraturada e com incipiente acamamento. Fonte: o autor. • O Grupo Cauarane foi estudado a partir de três afloramentos; • No afloramento P5 não foi possível obter medidas estruturais, pois se tratava de blocos rolados.; • Entretanto, observou-se que além do intenso fraturamento das rochas, muitas ainda apresentam um acamamento bem preservado; • Outra feição que merece destaque são os inúmeros veios de quartzo que aparecem subconcordantes ao acamamento de algumas rochas.
  • 28. A B C D Figura 28: Aspectos estruturais das rochas do Grupo Cauarane. Aforamento P6: A) veio de quartzo subparalelo a foliação.; B) Veio de quartzo cortando a foliação. C) Gnaisse com foliação S1 muito bem desenvolvida.; D) Gnaisse fraturado. Fonte: o autor. • O afloramento P6 também apresenta grande quantidade de veios de quartzo, ora concordante a foliação S1, ora cortando-a a baixo grau; • Nenhum tipo de medida estrutural foi coletada no afloramento P6 por entender que o material não estava in situ; • As rochas mostram bandamento do tipo gnáissico; • As bandas são milimétricas, além da presença constante da foliação S1 penetrativa e definida pela orientação preferencial da forma de lâminas de agregados de feldspatos e de agregados máficos; • Constantemente a rocha se apresenta fraturada.
  • 29. A B C D E Figura 29: Aspectos estruturais das rochas do Grupo Cauarane. Afloramento P7: A) Afloramento representativo, com gnaisse foliado e dobras ptigmáticas.; B) Megacristais de granada (até 3 cm) e foliação S1 conferida pela orientação preferencial de forma dos agregados máficos e félsicos.; C) Gnaisse mais fino, com foliação muito penetrativa.; D) Granada-Gnaisse fraturado.; E) Dobras locais, sem raiz e veio quartzo-feldspático dobrado. Fonte: o autor. • No afloramento P7 surgem bandas mais espessas de feldspato alcalino, sem forma definida; • O maior dos blocos, este com mais de 4 m, possivelmente o único autóctone, a foliação S1 está a N48/25o SE, com as demais em paralelo em com ângulos muito próximos; • A foliação é muito bem penetrativa, observada pela separação entre filmes descontínuos de minerais máficos e félsicos; • Neste mesmo bloco é possível observar uma família de dobras ptigmáticas, ressaltada pelos veios de quartzo e bandas de feldspato potássico de forma sinuosa; • Os blocos se encontram comumente fraturados.
  • 30. 3.3.2 Formação Serra do Tucano A B C Figura 30: Aspectos estruturais das rochas da Formação Serra do Tucano. Afloramento P1: A) Estratificação cruzada, cortada por uma fratura.; B) Arenito acamadado.; C) Fraturas no topo da camada 3. Fonte: o autor, . A B Figura 31: Aspectos estruturais das rochas da Formação Serra do Tucano. Afloramento P2: A) Arenito fino com acamamento plano paralelo.; B) Arenito fraturado. Fonte: o autor. • O acamamento é próximo de N204/ 28o NW, enquanto as estratificações variam para N250/18° NNW. Duas famílias de fraturas se cruzam, as de menor ângulo de azimute entre 66 e 86° e as com ângulo de azimute entre 175 e 270°; • Arenitos demostram acamamento direcionados entre 102 e 154 graus com ângulo de mergulho entre 15 e 30 graus apontando para SW. Fraturas com valores azimutais entre 120 e 130 graus.
  • 31. 4 DISCUSSÕES E EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA • Os gnaisses kinzigíticos descritos por diversos autores como principais litotipos do Grupo Cauarane coincidem parcialmente com o que foi descrito para as rochas dos afloramentos P6 e P7; • Com relação as rochas do afloramento P5, tem-se descrições próximas ao que CPRM (1999) coloca como quartzito, metachert, e uma brecha metamórfica; • Mineralogia principal = feldspato alaranjado em amostra de mão, quartzo, plagioclásio, biotita e granada em quantidades muito próximas, hornblenda, e uma grande quantidade de sillimanita. Como minerais acessórios ocorrem minerais opacos, zircão, titanita e epídoto. Sericitização é o principal tipo de alteração registrado; • Aspectos microscópicos = granada ocorre com inclusões de quartzo, e outros minerais já alterados. Quartzo forma grãos muitos pequenos (menores que 1 mm) e feldspato alcalino, além de abundante pode acontecer com textura mimerquítica; • Aspectos microtectônicas = marcante grau de fraturamento dos minerais, a pouca presença de grãos bem formados, em contraste com o grande número de cristais de quartzo, feldspato alcalino e plagioclásio fraturados e fragmentados em matriz fina indeterminada, e biotita frequentemente alterando para sillimanita;
  • 32. • Barrow (1912 apud WINGE, 1996): zonas de metamorfismo progressivo identificadas pelo aparecimento de minerais-índices de grau metamórfico = clorita-biotita-granada-estaurolita-cianita-sillimanita; • Biotita alterando para sillimanita e granada, tem-se uma feição mais próxima de um metamorfismo de alto grau. Em conformidade, por exemplo com Riker et al. (1999) que caracterizaram a presença de rochas supracrustais polidobradas sob condições da fácies anfibolito a granulito, com retrometamorfismo na fácies xisto-verde no domínio Guiana Central; • Uma paragênese comum em rochas de alto grau metamórfico para o Grupo Cauarane é a associação mineralógica entre biotita ±muscovita ±cordierita ±silimanita ±granada, em paragnaisses, definindo o que CPRM (2010) denomina de fase metamórfica M1, rochas metamorfizadas no fácies anfibolito superior a granulito. • Possivelmente esse metamorfismo resulta da estruturação do Cinturão Cauarane–Curuni, datada de 1.985 Ma (CPRM, 2010); • Enquanto isso, as rochas do afloramento P5, quartzito, metachert e a possível brecha metamórfica, afloram em uma região onde abunda material rochoso fraturado e bastante fragmentado e remete a um momento onde houve a trituração da rocha; • Provavelmente no Mesozoico, com a instalação do Gráben do Tacutu que causou o fraturamento do material, à medida que a bacia evoluía.
  • 33. • A camada do topo do afloramento P2 apresenta um conglomerado formado por litoclastos, provavelmente retrabalhado das outras formações da Bacia do Tacutu e das rochas do embasamento; • Outros fragmentos de composição mais fina, possivelmente siltitos, estão presentes em grandes quantidades nas rochas do afloramento P3; • Conforme Reis; Nunes e Pinheiro (1994), as principais feições sedimentares observadas na Formação Serra do Tucano relacionam-se a estratificações cruzadas acanaladas que remetem ao afloramento P1. Já o afloramento P2 se relaciona melhor com a sequência de arenitos finos, creme a amarelados, e siltitos avermelhados, via de regra oxidados e com laminação plano paralela; • A origem das rochas extrusivas da Formação Apoteri, afloramento P4, remonta ao Mesozoico e correspondem a fase efusiva pré-rifte da bacia, que aconteceu na forma de fissuras, e serviram de condutos para sucessivos derrames (EIRAS; KINOSHITA; FEIJÓ, 1994); • A descrição das amostras P4A1 e P4A2 está de acordo com o que é tipicamente colocada para as rochas dessa unidade (ex.: GIBBS; BARRON, 1993; CPRM, 1999). Além de estar em conformidade com a descrição de Vaz, Wanderley Filho e Bueno (2007); • Por fim, sugere-se direções estruturais próximas as obtidas durante a etapa de fotointerpretação, e que coincidem com a macroestruturação do Cinturão Guiana Central (CGC) na direção principal NE-SW.
  • 34. • Sugere-se que a Formação Serra do Tucano possui uma maior extensão, que aquela indicada por CPRM (2004). Diversos morros que despontam em meio a planura da Formação Areais Brancas, a leste da área, tratam-se da unidade Formação Serra do Tucano. Em toda a extensão norte da região há uma continuação dos tipos litológicos que compõem a Serra do Tucano, apesar do alto grau de alteração das rochas; • No tocante, todos os limites e extensão da Formação Areias Brancas devem ser revisados. Apesar da falta de afloramentos, a região central da área mapeada, levando em consideração dados de sensoriamento remoto, apresenta um padrão de drenagem mais compatível com a Formação Boa Vista. Portanto, grande parte do que é colocado pela CPRM (2004) como Formação Areias Brancas, trata-se na verdade da Formação Boa Vista; • À continuidade, o afloramento P5, notadamente composto por rochas do Grupo Cauarane, aparece em uma área como pertencente a Formação Areias Brancas. Não somente o afloramento, mas o solo próximo aos morros mantém uma coloração bem vermelho alaranjado, possível produto da pedogênese das rochas do Grupo Cauarane e que se estende até o limite sul da área. O solo mais avermelhado nesta região dá lugar a uma vegetação diferente, com árvores de porte médio em contraste com as gramíneas da Formação Areias Brancas; • No que diz respeito a Formação Apoteri, sua extensão é restrita ao afloramento P4, Morro do Redondo, quase de forma circular; • A Formação Areais Brancas, de maneira contínua, está restrita apenas a porção sudeste da área mapeada. 5 CONCLUSÕES
  • 35. . Figura 32: Mapa geológico final. Fonte: o autor.
  • 36. • ALMEIDA, M. E.; NASCIMENTO, R. S. C. Geologia e Evolução Crustal do centro-norte do Cráton Amazônico e correlações com as Províncias Geocronológicas. Geocronologia e Evolução Tectônica do Continente Sul-Americano: a contribuição de Umberto Giuseppe Cordani. 1ª ed. Orgs.: BARTORELLI, Andrea; TEIXEIRA, Wilson; BRITO-NEVES, Benjamim Bley. São Paulo: Solaris Edições Culturais, p. 111-121. 2020. • CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Roraima Central, Folhas NA.20-X-B e NA.20-X-D (inteiras), NA.20- X-A, NA.20- X-C, NA.21-V-A e NA.21-V-C (parciais). Escala 1:500.000. Estado de Roraima. Superintendência Regional de Manaus, 1999, 166 p. • CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Projeto GIS do Brasil - Sistemas de Informações geográficas do Brasil. Carta Geológica do Brasil ao milionésimo. Mapa geológico do Estado de Roraima Escala 1:1000.000. Brasília: CPRM, 2004. • EIRAS, J. F.; KINOSHITA, E. M. Geologia e Perspectivas Petrolíferas da Bacia do Tacutu: Origem e evolução de Bacias Sedimentares. 2ª ed. Coord. Raja Gabaglia, G. P.; MILANI, E. J. Rio de Janeiro: Petrobras, 1990. 403 p. • FRAGA, L. M. B. Associação Anortosito-Mangerito-Granito Rapakivi (AMG) do cinturão Guiana central, Roraima e suas encaixantes paleoproterozóicas: evolução estrutural, geocronologia e petrologia. Belém, 2002. 363p. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Centro de Geociências. Universidade Federal do Pará, Belém, 2002. • FRAGA, L. M. B., LAFON, J. M., TASSINARI, C. C. G. Geologia e evolução tectônica das porções central e nordeste do Escudo das Guianas e sua estruturação em cinturões eo- orosirianos. In: Geocronologia e Evolução Tectônica do Continente Sul-Americano: a contribuição de Umberto Giuseppe Cordani. 1ª ed. Orgs.: BARTORELLI, Andrea; TEIXEIRA, Wilson; BRITO-NEVES, Benjamim Bley. São Paulo: Solaris Edições Culturais, p. 92-110. 2020. • GIBBS, A. K.; BARRON, C.N. The Geology of Guiana Shield. Oxford University Press. New York. 1993. 245 p. • REIS N. J.; FARIA, M. S. G.; MAIA, M. A. M. O Quadro Cenozoico da Porção Norte-Oriental do Estado de Roraima. In: SBG, SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 7, 2001, Belém-PA. Resumos Expandidos... Belém-PA: 2001. • REIS, N. J.; FRAGA, L. M.; FARIA, M. S. G.; ALMEIDA, M. E. Geologia do Estado de Roraima. Géologie de la France, v. 2, n. 3. p. 71-84, 2003. • REIS, N. J.; NUNES, N. S. V.; PINHEIRO, S. S. A cobertura Mesozoica do hemigráben Tacutu - Estado de Roraima. Uma abordagem ao paleoambiente da Formação Serra do Tucano, 1994. • SANTOS, J. O. S.; HARTMANN, L. A.; FARIA, M. S. G.; RIKER, S. R. L.; SOUZA, M. M.; ALMEIDA, M. E.; MCNAUGHTON, N. J. A Compartimentação do Cráton Amazonas em Províncias: Avanços ocorridos no período 2000-2006. In: SBG, 9º Simpósio de Geologia da Amazônia. Belém, 2006. • TASSINARI, C. C. G.; MACAMBIRA M. J. B. A evolução tectônica do Cráton Amazônico. In: Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. Beca, São Paulo, 2004. p.471-485. • TASSINARI, C. C. G.; MACAMBIRA, M. J. B. Geochronological Provinces of the Amazonian Craton. Episodes, v. 22, n. 3, p. 174-182, 1999. • VAZ, P. T.; WANDERLEY FILHO, J. R.; BUENO, G. V.; Bacia do Tacutu. Geociências. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 289-297. 2007. • WINGE, M. Petrologia metamórfica - Notas de aula. Consultado em: <https://mw.eco.br/ig/cursos/met1/index.htm>. Universidade de Brasília. Instituto de Geociências. 1996. Não paginado. PRINCIPAIS REFERÊNCIAS 30