E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
Biografia de Raoul Follereau
1. Escola E.B. 2,3 de Vila d´Este
RAOUL
FOLLEREAU
(O AMIGO DOS LEPROSOS)
Beatriz Silva (nº7) e Cátia Silva (nº8) – 8ºB
2. Raoul Follereau nasceu a 17 de Agosto de 1903,
em Nevers, França, numa família de industriais.
Jovem jornalista e poeta, anti-nazi e defensor de
uma França livre, viu-se perseguido, como tantos
outros, pela polícia militar nazi.
3. Em 1936, tinha então 33 anos, Follereau toma
contacto com os leprosos durante um safari em
África. A partir desse momento, a sua vida mudou.
No entanto, não foi fácil começar a manifestar essa
amizade pelos leprosos e a curá-los, pois logo
surgiu a II Guerra Mundial e teve de se esconder
num convento de religiosas em Lyon, onde fazia de
jardineiro, embora não soubesse nada de
jardinagem.
4. Um dia, a Madre Maria Eugénia, superiora do
convento, visitou uma ilha de leprosos na Costa do
Marfim e, impressionada com o que acabava de
ver, pensou em construir uma pequena cidade,
onde os leprosos pudessem viver e ser curados.
Mas era preciso dinheiro. Então Raoul disse à
religiosa: «Avance com o projecto, que no dinheiro
penso eu».
5. Decidiu percorrer o mundo inteiro a fazer
conferências para sensibilizar as pessoas para o
problema da lepra. O sonho das religiosas tornou-
se realidade. Em 1953 era inaugurada em Adzopé
uma cidade onde os leprosos podiam ser tratados
e curados. Quando Raoul se aproximava dos
leprosos, estes ficavam inicialmente um pouco
desconfiados. Mas depois compreendiam que era
apenas o amor dele que o levava junto deles.
Então gritavam de alegria: “Pai Raoul”.
6. Durante as suas viagens, contou sempre com o
apoio da sua mulher Madalena, para construir
aquilo a que ele chamava “ A civilização do Amor”.
Raoul Follereau morreu, em Paris, a 16 de
Dezembro de 1977. Dizia muitas vezes:
Ser feliz é fazer os outros felizes.
O tesouro que eu vos deixo é o bem que não fiz,
que teria querido fazer e que vós fareis depois de
mim.
7. No último domingo de Janeiro de cada ano celebra-
se o Dia Mundial dos Leprosos, instituído pela ONU
em 1954, a pedido de Raoul Follereau. É que a
lepra, sendo hoje em dia uma doença curável, nem
por isso deixou de ser perigosa já que há largos
milhares de doentes que, por falta de recursos
materiais e humanos, não têm acesso aos
tratamentos necessários.
A extrema pobreza e miséria em que muitos vivem
justifica que, por dia, surjam ainda 2.000 novos
casos de pessoas afectadas pela doença.