O poema descreve a diversidade da herança familiar do autor, com ancestrais de vários estados brasileiros. O autor celebra a diversidade cultural do Brasil através de referências a importantes artistas e estilos musicais de diferentes regiões. Apesar de sua herança multifacetada, o autor se vê como um "artista brasileiro", destacando a união encontrada na diversidade do país.
Um olhar de estranhamento em relação a diversidade social brasileira
1. Diversidade brasileira Paratodos
Chico Buarque
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
4. Diversidade
social
• Acesso aos bens sociais como:
Água
Escola
Segurança
Moradia
Alimentos
Lazer
Trabalho
Profissões
OPORTUNIDADES!!!!
Você conhece o seu bairro?
E a sua cidade?
Seu estado?
Você conhece os Brasis?!!!
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11. Brasil e Grandes
Regiões
Até 1/4 SM²
Mais de
1/4 a 1/2 SM
Mais de
1/2 a 1 SM
Mais de
1 a 2 SM
Mais de
2 a 3 SM
Mais de
3 a 5 SM
Mais de
5 SM
Sem
Rendimento
Brasil 6,7 14,1 27 25,8 8,6 5,7 4,9 2,2
Norte 12,1 21 28,7 18,7 5,3 3,7 2,7 3,3
Nordeste 15,4 22,7 29,9 16 4 2,5 2,3 2,9
Sudeste 2,5 10 25,3 30 10,6 6,9 6,2 1,9
Sul 2,4 8,7 25,4 32,6 12,3 8,2 5,9 1,6
Centro-Oeste 2,8 11,6 28,6 29,3 9,2 6,7 7,2 2,2
Famílias residentes em domicílios particulares, por Grandes Regiões,
segundo as classes de rendimento médio famailiar per capita(%) – 2011¹
¹ - As porcentagens apresentadas não somam 100% pois a coluna “sem declaração” não foi utilizada na análise. A
tabela completa pode ser acessada na página do IBGE:
ftp://ftp.ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_
Sociais_2012/pdf/padrao_vida_pdf.pdf>. Acesso em: 7 ago. 2013.
² - SM: salários mínimos.
Fonte de dados: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação e
Rendimento.
12.
13. Até 2011, quase metade (47,8%) das famílias no Brasil tinha rendimentos médios
mensais per capita até 1 SM. Mais da metade (52,8%) possuíam entre 1/2 e 2 SM.
Somente 4,9% das famílias tinham rendimentos médios mensais per capita acima de
5 SM;
As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam as piores situações, pois
possuem 12,1% e 15,4% de suas famílias, respectivamente, com rendimentos médios
mensais per capita com até 1/4 de SM, ao passo que a média brasileira para essa
faixa de renda é 6,7%. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentam menos de
3% de suas famílias nessa faixa;
Quando são somadas as duas faixas mais pobres (até 1/4 e mais de 1/4 a 1/2 SM),
as disparidades se mantêm. Enquanto a média nacional é de 20,8%, no Nordeste a
proporção sobe para 38,1%, ou seja, quase o dobro da média nacional. Já a região
Sul, com 11,1% das famílias nessa situação, é aquela que possui a menor proporção
de famílias com rendimentos médios mensais per capita nos estratos mais baixos;
14. •Emigrar: Deixar um país para estabelecer-se em
outro. Sair (da pátria) para residir em outro país.
•Imigrar: Entrar (num país estranho) para nele viver.
•Migrar: Mudar periodicamente ou passar de uma
região para outra, de um país para outro.
• Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5. ed. Versão eletrônica. Curitiba: Positivo, 2010.
15. O ESTRANGEIRO
• Primeiro é que é preciso distinguir o viajante do estrangeiro. O
estrangeiro, para Georg Simmel, é aquele que chega e não vai embora.
Logo, não é um mero viajante. É a figura que se muda de um lugar para
outro, para ali residir, e não o turista;
• Como estrangeiro, sua posição em relação ao grupo é marcada pelo
fato de não pertencer ao grupo desde o início do mesmo ou desde que
nasceu.
• Destaca-se ainda a ambiguidade do estrangeiro em relação ao grupo.
Ele é um elemento do grupo, mesmo que não se veja como um, ou que
não seja visto como parte dele pelos demais membros