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TOMO I
A História de
Adão e Eva
por Chan Thomas
Tradução e Adaptação:
Alessandro Loiola
3
SINOPSE
Se você acha que deveríamos estar preocupados, pense sobre o
seguinte: o Serviço Geológico dos Estados Unidos emitiu uma declaração
afirmando que a força do campo magnético da Terra está diminuindo de
maneira acelerada. Nos últimos 350 anos, nosso campo magnético perdeu 30
a 40% de sua força – uma queda tremenda! Para completar, o Sistema Solar
está se aproximando de uma zona neutra magnética na Via Láctea onde
nosso manto de 100 km de espessura e 1.300o
C de temperatura estará
novamente livre para agir como um líquido. As consequências das somas
destes fatores não deveriam ser menosprezadas ou ocultas da opinião
pública.
Nunca antes os fatos foram abordados de maneira tão inspirada e
renovadora, e nunca tantos segredos foram revelados em uma única obra.
Este é o tema mais estarrecedor de todos os tempos, abordado de maneira
intrigante como nunca visto antes em um livro que levou mais de 40 anos
para ser escrito.
Os cataclismos globais – inundações como o Dilúvio de Noé –, foram
descobertos no final dos anos 1770 por homens como André Deluc, Georges
Cuvier e Déodat de Dolomieu, mas as causas desses eventos permaneceram
um enigma durante seu tempo. Agora, Chan Thomas nos apresenta as
respostas para o grande mistério da Teoria Cataclísmica, incluindo seu
ciclo e seus princípios originadores.
Thomas descreve o próximo catalismo com um realismo chocante de
tirar o fôlego, adicionando uma revisão das informações contidas em
Gênesis, revelando como mamutes e dinossauros desapareceram, traduzindo
pela primeira vez as palavras de Jesus na cruz, e solucionando a Lei
Astronômica de Titius-Bode que define as distâncias planetárias na
estrutura do Sistema Solar.
“Um pouco de conhecimento
pode ser uma coisa perigosa,
ou pode ser uma semente vibrante
que produzirá florestas verdejantes
e acordará os gigantes adormecidos”.
4
Para
Minha querida esposa. Sem sua ajuda e fé ao longo de anos de noites
insones e infinitas horas de estudo, pesquisa, tradução e viagens este
livro jamais teria sido escrito.
Para
General Hal Grant e sua maravilhosa família.
Para
General LeMay e Almirante Taylor e sua equipe, por seu encorajamento
inspirador, sem o qual esta obra não existiria.
Para
Todos aqueles que ridiculizaram, menosprezaram e riram, relegando-me aos
“loucos” e até mesmo me despedindo de meu trabalho: por causa de vocês,
encontrei a motivação para perseguir, solucionar, encontrar e revelar a
verdade. Devo-lhes muito.
5
CONTEÚDO:
1. O Próximo Cataclismo
2. As Grandes Enchentes
3. A História
4. O Evento
5. Gênesis
6. Cataclismos Revisitados
7. Adendo
8. Conclusão
9. O Autor
6
1. O PRÓXIMO CATACLISMO
Com um estrondo inicialmente tão baixo ao ponto de ser inaudível,
então crescendo, pulsando e irrompendo em um rugido como um trovão, o
terremoto tem início. Mas este não é um terremoto como outros na
história: na região da Califórnia, as montanhas balançam como se fossem
samambaias ao vento. O poderoso oceano Pacífico recua, em seguida
soergue-se em uma montanha de água com mais de 3 km de altura e inicia
sua jornada para o leste. Com a força mil exércitos, o vento ataca,
arrancando tudo no caminho de seu bombardeio supersônico. Acompanhado da
monumental onda do Pacífico, ambos enterram Los Angeles e São Francisco
como se ambas as cidades não passassem de grãos de areia. Nada –
absolutamente nada! – pode impedir o ataque incansável e avassalador do
vento e do mar.
Pelo continente afora, o vento de mais de 1.000 km/h irrompe
furioso em toda parte, inclemente, incessante. Plantas e animais são
feitos em pedaços enquanto vão sendo fustigados – e os terremotos não
deixam pedra sobre pedra. Em muitos lugares, o manto rompe a crosta
terrestre, adicionando imensos volumes de magma incandescente ao
holocausto. Nas horas seguintes, o cenário de devastação será varrido
por um gigantesco vagalhão oceânico, enterrando os EUA de costa a costa
sob 4 km de sedimentos.
No intervalo de um único dia, todos os vestígios de civilização são
apagados da superfície. Todas as grandes cidades – Los Angeles, São
Francisco, Chicago, Dallas, Nova Iorque, Boston – se tornarão lendas e
mal sobrará um tijolo de pé no lugar onde milhões de pessoas caminhavam
poucas horas antes. Alguns conseguirão encontrar abrigo na encosta de
alguma grande montanha, enquanto observam o fogo líquido inundar os
vales logo abaixo. A enchente chegará em seguida, também em velocidade
supersônica, elevando-se cada vez mais, evaporando sobre o magma até
quase alcançar os pés dos sobreviventes. Apenas as cordilheiras mais
altas são capazes de resistir à investida cataclísmica.
A América do Norte não está sozinha em seu destino fatídico. A
América Central sofre a mesma ventura: vento, magma e inundação. Na
América do Sul, os Andes não são altos o suficiente para impedir a
violência impiedosa da natureza: em menos de um dia, Equador, Peru e
oeste do Brasil são chacoalhados pelo terremoto devastador. Os Andes são
açoitados pelo maremoto do Pacífico e vencidos pelas ondas em alguns
trechos. O continente inteiro é soterrado por magma, submerso por vários
quilômetros cúbicos de oceano e então congela-se. Tudo congela. Homens,
animais, plantas e tudo mais são petrificados em menos de quatro horas.
A Europa não escapa ao massacre: imensas ondas do Atlântico e
ventos avassaladores destroçam tudo, do oeste ao leste. Os Alpes, os
Pirineus, os Montes Urais e as montanhas da Escandinávia sacodem e se
erguem antes da chegada do maremoto.
O oeste da África e as areias do Saara sucumbem à fúria da
natureza, do vento e do oceano. As regiões do Zaire, da África do Sul e
do Quênia sofrem com pequenos terremotos e rajadas de vento – mas pouca
inundação. Nesses locais, os sobreviventes observam aturdidos o Sol que
se mantém imóvel no céu por quase doze horas.
No leste da Sibéria e no Oriente, a gigantesca foice subterrânea
excisa os pilares da terra, acompanhada do vento mortal em sua sinfonia
7
supersônica de brutalidade e destruição. À medida que o Ártico se
desloca de sua localização polar, o leste da Sibéria, a Manchúria, a
China e Myanmar amargam o mesmo destino da América do Sul: vento, magma,
inundação e congelamento. Os animais nas florestas são aniquilados,
formando amontoados de carnes e ossos, e então soterrados por aludes de
oceano e sedimentos. A temperatura cai 80o
C quase que instantaneamente.
Nenhum homem, animal, planta, terra ou água escapa do congelamento em
todo o leste Asiático, e boa parte da região termina abaixo do nível do
mar.
Antártica e Groenlândia rotacionam com suas calotas de gelo em
direção à Zona Tórrida (área da Terra entre o Trópico de Câncer e o
Trópico de Capricórnio, N. do T.), e a fúria do vento e da inundação
prosseguem por mais 6 dias. No 6o
dia, o oceano começa a escoar dos
terrenos mais elevados, assumindo sua nova configuração. No 7o
dia, toda
aquela agonia terrível termina: a Era do Gelo do Ártico chegou ao fim e
uma nova Idade da Pedra tem início. Os oceanos – os grandes
homogeneizadores do planeta – depositaram mais uma grossa camada de lama
sobre os estratos anteriores, como exposto no Grand Canyon e no Deserto
Pintado (ambos no Arizona), no Monument Valley (na divisa entre os
estados de Utah, Colorado, Novo México e Arizona) e no Parque Nacional
das Badlands (Dakota do Sul).
A Baía da Bengala, ao leste da Índia, torna-se o novo Polo Norte. O
oceano Pacífico, logo ao oeste do Peru, torna-se o novo Polo Sul.
Antártica e Groenlândia, agora posicionadas ao nível do equador,
derretem debaixo do calor tropical. Enormes Massas de água alcançam os
mares, varrendo tudo – de montanhas a planícies – enquanto criam grandes
variações sazonais. Em menos de 25 anos, as calotas de gelo dos antigos
polos terão desaparecido e os oceanos se elevarão mais de 100 metros
acima dos níveis anteriores. Durante gerações, a Zona Tórrida
permanecerá coberta pela névoa resultante da umidade que evaporou para a
atmosfera.
Novas calotas de gelo começam a se formar nos novos polos ao mesmo
tempo em que Groenlândia e Antártica se recobrem com folhagens
verdejantes. A Austrália se torna mais uma vez um continente inexplorado
na Zona Temperada, com pouquíssimos sobreviventes perambulando por sua
vastidão. Nova Iorque se encontra no fundo do Oceano Atlântico,
devastada, dissolvida, derretida pelo magma e coberta por quantidades
inacreditáveis de lama e lodo. Nenhum vestígio resta de São Francisco,
Los Angeles, Chicago, Dallas e Boston – todas estas cidades se uniram às
lendas das Sete Cidades de Cíbola. O que sobrou do Egito emerge da
inundação mediterrânea um pouco mais alto, mas os lugares comuns de
nossa Era se tornam tão misteriosos como as ruínas de Balbeque.
Uma nova era! Sim, o cataclismo fez bem o seu trabalho. Uma vez
mais, o maior regulador populacional de todos fez pela humanidade aquilo
que ela recusa a fazer por si mesma e pelo planeta que a abriga, e jogou
os poucos sobreviventes em uma nova Idade da Pedra. Após isto, nos
juntaremos a Noé, Adão e Eva, Atlântida, Mu e ao Olimpo – e Jesus se
juntará a Osíris, Ta´aroa, Zeus e Vishnu.
8
2. AS GRANDES ENCHENTES
Noé? Adão e Eva? Visnhu? Osíris? O que eles possuem em comum? Todos
representam ciclos culturais distantes entre si, mas, de alguma forma,
se unirão no próximo cataclismo e caminharão juntos para a extinção como
boa parte de nossa civilização. Outros também caminharão ao nosso lado:
homens há muito esquecidos que deduziram pela primeira vez que estas
catástrofes cataclísmicas (“evoluções da crosta terrestre”) aconteceram
antes por incontáveis vezes. Homens como Jean-Andre Deluc (geólogo
suíço, 1727-1817), Déodat de Dolomieu (mineralogista francês, 1750-
1801), Georges Cuvier (naturalista francês, 1769-1832) e Arnold Escher
von der Linth (geólogo suíço, 1807-1872), que inferiram que os
cataclismos eram causados por alterações súbitas nos eixos e na
configuração da superfície de nosso planeta.
Em sua Teoria da Terra (1812), Cuvier baseou suas conclusões em
extensas pesquisas envolvendo estratigrafia, anatomia comparativa e
paleontologia. A bem da verdade, Cuvier foi o fundador da anatomia
comparativa, além de um autodidata extraordinário. Na época, escreveu:
“cada parte da Terra, cada hemisfério, cada continente, exibe o mesmo
fenômeno. Houve, portando, uma sucessão de variações na natureza
orgânica da natureza, uma sucessão de catástrofes que perturbaram os
estratos geológicos dando origem às várias peculiaridades continentais.
É de grande importância registrar que estas repetidas elevações e
descensões dos oceanos não foram lentas ou graduais, pelo contrário: as
catástrofes que as ocasionaram foram súbitas e isso é fácil de ser
comprovado – especialmente com relação ao último evento. Por isso,
concordo com os Srs. Deluc e Dolomieu de que, se resta algo para ser
estabelecido pela geologia, é o fato de que nosso globo passou por
grandes revoluções repentinas, sendo que a mais recente não parece ter
menos de 5 ou 6 mil anos”.
“Essas alternâncias”, prossegue Cuvier, “parecem configurar um
problema na geologia cuja solução é de extrema relevância. Para que esta
solução seja satisfatória, seria necessário descobrir o que causou tais
eventos, e este questionamento tem me perseguido – eu diria até
atormentado-me – durante todas as minhas buscas por fósseis. Minhas
pesquisas abordam apenas uma parte ínfima do fenômeno, mas estou
convicto de que o último cataclismo global está intimamente ligado aos
anteriores e aos próximos”.
Muitas tentativas foram feitas para responder à incitação geológica
de Cuvier. Immanuel Velikovscky (1895-1979) procurou as respostas em
estudos sobre mitos e lendas; Charles Hapgood (1904-1982) também tentou,
assim como Hugh Brown (1883-1975). No processo, reuniram um conjunto
imenso de dados. Todavia, a cada vez que a Teoria Cataclísmica surgia, a
hipótese era apedrejada, rechaçada, desprezada e soterrada com
argumentos vingativos – mas seu cadáver parece recusar-se a permanecer
morto. A cada novo ataque, a Teoria levanta a tampa de seu caixão e, com
uma voz sombria, parece anunciar das profundezas de seu túmulo: “vocês
todos morrerão antes que eu morra”.
No livro The Lost Americans (1961), o arqueólogo Frank Cumming
Hibben (1910-2002) escreveu: “não se trata de uma extinção comum em um
período incerto, mas de um evento catastrófico e generalizado que casou
a morte de 40 milhões de animais – e o corpo delito deste mistério pode
9
ser encontrado em praticamente toda parte. Seus ossos estão nas areias
da Flórida, nos cascalhos de Nova Jersey, nos planaltos do Texas, nos
poços de alcatrão de Wilshire Boulervard... Os corpos das vítimas estão
em toda parte e encontramos literalmente milhares deles juntos: jovens e
velhos, potros com éguas, bezerros com vacas… Os lodaçais do Alasca
estão entupidos de evidências sinalizando uma rápida extinção em massa.
Qualquer que seja a causa, ela deve ser aplicável para a América do
Norte, Sibéria e Europa”.
“Mamutes e bisões foram dilacerados e torcidos como se tivessem
sido exterminados à mão por alguma ira divina.
Em muitos lugares do Alasca, as camadas de lodo estão salpicadas de
escombros e ossos de animais… mamutes, mastodontes, bisões, cavalos,
lobos, ursos e leões… toda uma população da fauna subitamente morta e
congelada no meio de uma catástrofe cataclísmica”.
Ventos sobrenaturais, vastos incêndios vulcânicos, inundação e
soterramento por lama, animais dilacerados preservados em lodo super
congelado. “Qualquer boa resposta para este mistério deve ser capaz de
explicar todos estes fatos”, sentenciou Hibben.
Como um fantasma em meu subconsciente, o desafio para descobrir a
resposta não me deixava em paz. Eu era capaz de ouvir a voz de Cuvier,
instigando-me: “descubra a causa desses eventos”. Eu sentia a provocação
de Hibben, dizendo: “descubra todos os fatos”. E decidi que a Teoria
Cataclísmica – o desfecho catastrófico que visita nosso planeta
periodicamente – necessitava de uma confirmação ou de uma refutação de
uma vez por todas. O primeiro passo foi reunir o maior número possível
de dados do maior número de ciências: estratigrafia, arqueologia,
radiologia, paleontologia e oceanografia, além de cosmologia,
astronomia, sismologia e paleolínguas como o Maia pré-histórico. Nem
mesmo a Evolução poderia ser ignorada. Além disso, a correlação dos
dados cruzados entre as diversas ciências deveria ser honesta. Todas
essas informações forneceram a resposta: apesar de existirem dados
suficientes na maioria das ciências para indicar que estes cataclismos
ocorreram, não havia o suficiente em cada uma das ciências isoladamente
para deduzir o evento ou provar o conceito da Teoria, mas a correlação
dos dados cruzados mostrou que o conceito era verdadeiro. Não apenas
confirmou que os eventos haviam ocorrido, mas revelou quando os últimos
cinco cataclismos aconteceram e em quais posições a crosta terrestre se
encontrava nos últimos 35 mil anos ou mais.
Finalmente, anos após as pesquisas iniciadas em 1949, o desafio de
Cuvier possuía uma resposta: sim, de fato os cataclismos ocorrem – mas
eu ainda não havia encontrado a resposta para a causa. Eu levaria mais
20 anos até conseguir descobrir o gatilho dos cataclismos. O que os
desencadeia? Exatamente o que ocorre uma vez que são desencadeados? Qual
é o processo envolvido? A partir dos dados, parecia óbvio que processo
não era linear, mas seria possível extrair alguma função matemática a
partir das informações? Ou os eventos eram aleatórios e imprevisíveis?
Quanto mais apendemos, mais se apresenta para ser descoberto e
aprendido.
Enquanto isso, que aventura! E quão dramática se descortinou a
narrativa da Terra: civilizações que existiram há mais de 20 mil anos
com tecnologias mais avançadas que nossa imaginação poderia conceber;
lendas pré-históricas da Grécia, Egito, Índia e América do Sul
converteram-se de mito em história; continentes perdidos no Atlântico e
10
no Pacífico se tornaram realidades datáveis, com motivos lógicos para
seu súbito desaparecimento.
Sim, Vishnu sobreviveu a um cataclismo muitos milhares de anos
atrás – na verdade, 10 cataclismos atrás! Agora, ele é conhecido como
deus hindu que renasceu 10 vezes das águas. Osíris foi redescoberto: ele
foi o Jesus de seu tempo – um homem do Egito, há cerca de 15 mil anos.
Noé sorriu para nós a partir das páginas da Epopeia de Gilgamesh – na
verdade, ele era Utnapishtim, um sumério que viveu há aproximadamente 7
mil anos. A arca que ele construiu é muito mais que apenas uma lenda.
O processo do cataclismo agora é conhecido.
Observe a figura da secção transversal da Terra apresentada logo
após a capa deste livro. Você verá duas camadas amarelas. A mais
importante é a fina camada que se inicia a 100 km de profundidade e se
estende até 200 km a partir da superfície da Terra. A camada mais
grossa, que se inicia a cerca de 3 mil km da superfície, no fundo do
Manto, e se estende por mais 2 mil km, é o Núcleo Externo. A sismologia
já provou que estas duas camadas são fundidas e ardem em temperaturas
acima de 1.300o
C. A camada mais externa de 100 km de espessura é a
responsável por fornecer aos vulcões a lava que eles expelem na
superfície terrestre.
Dentro da Terra, a atividade eletromagnética do núcleo faz com que
essas camadas se comportem quase como se fossem sólidas ou plásticas.
Enquanto a atividade da estrutura eletromagnética se mantiver estável, o
planeta guardará sua configuração e sua rotação habituais.
Se alguém duvida que a calota de gelo da Antártica está aumentando,
informo que está, ao ritmo de um Lago de Ontário por ano. O mesmo está
ocorrendo com o gelo da Groenlândia. Uma vez que ambas as calotas não
estão centradas ao eixo de rotação da Terra, elas exercem uma força
centrífuga entre si e em um vetor perpendicular ao eixo da Terra. Seria
como se você estivesse girando dois baldes com água, amarrados a uma
corda presa a cada um de seus braços. Enquanto gira, a água permanece
dentro dos baldes. Se você não tivesse as cordas, os baldes e a água
seriam arremessados para longe. No caso das calotas polares, a força de
“impedimento” (a “corda”) corresponde à gravidade, que mantém as calotas
presas à terra. Uma vez que essas calotas não são capazes de se
desprender da superfície e sumir pelo espaço, elas resolvem o problema
da tensão tentando puxar toda a crosta terrestre sobre a camada de 100
km logo abaixo delas. Enquanto as estruturas eletromagnéticas se
mantiverem estáveis no interior do planeta, as calotas não conseguirão
mover a crosta – e a rotação e os dias, os meses e os anos seguem do
modo ao qual estamos acostumados.
Neste exato momento, por motivos que desconhecemos, a cada punhado
de milhares de anos a organização eletromagnética da camada externa mais
fina é rompida – e não sabemos nem ao certo determinar o que significa
“rompida”. Acreditamos que isto envolva (de alguma forma) uma redução
tão imensa na energia eletromagnética que a fina camada externa passa a
se comportar como um líquido livre, servindo então como um lubrificante
para que as calotas polares consigam empurrar a crosta terrestre a ponto
de fazer os polos girarem 90 graus até a Zona Tórrida.
Em 6 ou 12 horas, os polos geográficos se movem para a Zona Tórrida
e o inferno acontece: como a atmosfera, os oceanos e os lagos não se
movem com a crosta, eles simplesmente continuam rodando do oeste para o
leste (no equador, esta velocidade é de cerca de 1.660 km/h). Então,
enquanto a crosta se move com os polos em direção ao equador, os ventos
11
e os oceanos continuam se dirigindo para leste, soprando e inundando em
velocidades supersônicas, submergindo continentes inteiros sob vários
quilômetros de água e destruindo tudo que o homem construiu – incluindo
ele mesmo. Este é um resumo do processo.
E quanto ao gatilho? Ele mostrou ser a peça mais capciosa de todo o
quebra-cabeças. Não poderíamos confiar em alguma força sobrenatural –
como algumas vezes ocorre nas lendas, onde uma entidade dos céus viola
as leis da física. Não, o gatilho deveria ser algo natural, uma parte
comum da estrutura da natureza capaz de violar a organização
eletromagnética interna da Terra toda vez que um cataclismo ocorresse.
Também deveria ser um tipo de evento que diminuísse a atividade
eletromagnética ao ponto de ambas não serem mais capazes de manter o
comportamento plástico ou quase sólido da fina camada mais externa.
Houve um tempo em que pensávamos que grandes tempestades solares
poderiam servir para esse papel – pois elas são capazes de perturbar a
estrutura eletromagnética interna da Terra –, mas estávamos errados.
O tempo gasto neste equívoco de juízo foi o preço pago por lidar
com suposições invés de fatos, mas esse foi um desvio necessário: com
isso, tivemos mais tempo para catalogar mais fatos e, principalmente,
apurar nossa capacidade de raciocínio analítico. Sabíamos que a intuição
correta – qualquer que fosse ela – uma hora nos alcançaria.
A dedução do processo forneceu uma compreensão mais ampla dos
eventos pré-históricos. Por exemplo: entendemos que as Eras do Gelo não
se tratam de um avanço e um retrocesso nas camadas de gelo, mas
simplesmente que áreas diferentes ocupam as regiões polares em tempos
diferentes e por diferentes períodos. As mudanças nas posições ocorrem
na fração de um dia, e os dilúvios supersônicos que acompanham esses
eventos depositam estratos imensos de terra, como aqueles que podemos
ver nas paredes do Grand Canyon, do Deserto Pintado e do Monument
Valley, além do Canyon de Chelly (no Arizona) e da Moqui Dugway (em
Utah).
A história ao redor do mundo oferece um testemunho silencioso da
Teoria Cataclísmica:
- O mamute de Bereskova, encontrado numa das margens do rio Beresovka
(Sibéria) em 1901, em excelente estado de conservação e com ranúnculos
botão-de-ouro em sua boca;
- A idade das gargantas sob as Cataratas do Niágara e de Saint Anthony,
ambas com cerca de 7 mil anos de idade;
- O súbito desaparecimento da calota de gelo na Baía Laurenciana
(Canadá), há cerca de 11.500 anos;
- A ininterrupta evolução de Galápagos ao longo de mais de 11 mil anos;
- As datações geológicas no estuário do rio Murrumbidgee (Austrália),
mostrando o fim de uma calota de gelo na região por volta de 11.500 anos
atrás;
- A idade dos fósseis retirados dos poços de alcatrão em Wilshire
Boulevard, datados de cerca de 11 mil anos atrás;
12
- O abrupto desaparecimento de atividades humanas na cidade pré-
histórica de Tiahuanaco (Bolívia) há 11.500 anos;
- O excepcional trabalho de Leonard Woolley, que datou o Grande Dilúvio
por volta de 6 mil anos atrás;
- O desaparecimento da calota de gelo do Wisconsin há cerca de 29 mil
anos;
- A súbita elevação dos oceanos em mais de 100 metros há 7 mil anos;
- A súbita elevação do leito do rio Saint Lawrence (região dos Grandes
Lagos), há 7 mil de anos;
- A mudança nos níveis da linha costeira da Baía de Hudson, no Canadá;
- Os imensos blocos de granito depositados nas encostas do Maciço do
Jura (Alpes Suíços) mais de mil metros acima do nível do mar;
- A lendária descoberta de Fraser de mais de 8 mil mitos independentes
de sobreviventes pós-diluvianos na região da península da Malásia;
- A região e Pejark Mash (Austrália), que mostra uma extinção súbita de
várias espécies - incluindo humanos – há cerca de 11.500 anos;
- O mapa do cartógrafo otomano Piri Reis (1513), mostrando o Polo Norte
no Egito e a costa da Antártica em detalhes, sem sua calota de gelo, e
com o continente ainda ligado à América do Sul;
- O relógio d´água egípcio em concordância com o mapa de Piri Reis;
- Os granitos depositados no topo das montanhas ao redor do Vale da
Morte (Califórnia);
- As estratificações homogêneas no Grand Canyon, no Deserto Pintado, no
Monument Valley e nas Badlands, com cada camada apresentando-se como se
tivesse sido depositada lá de maneira súbita por volumes inacreditáveis
(e super-rápidos) de água;
- O atual crescimento da calota de gelo da Antártica ao ritmo de
aproximadamente 470 metros cúbicos de gelo por ano;
- As lendas dos habitantes primitivos da Terra do Fogo que contam do dia
em que o Sol se pôs na direção errada;
- As lendas dos habitantes primitivos do Peru sobre o dia em que o Sol
permaneceu parado no céu;
- As lendas de tribos ancestrais da Malásia e de Sumatra sobre a “longa
noite”;
- Os estratos geológicos em Wrenshall (Minnesota) e Hackensack (Nova
Jérsei), que estão em conformidade uns com os outros;
13
- A prevalência de jade no Oriente, um material originado do manto e
exteriorizado próximo dos pontos equatoriais pivotais durante um
cataclismo;
- As evidências de vegetação tropical na Sibéria, no Alasca e na
Antártica, preservada por milhares de anos na fração de um dia durante
um cataclismo;
- As semelhanças das línguas faladas em diferentes partes do mundo, da
Polinésia à Grécia, ao Egito, ao Peru, ao Alasca, à Turquia e ao extremo
oriente e mais;
- As pegadas de dinossauros feitas na lama exposta de leitos de rios e
congeladas antes que fossem deterioradas, assim permanecendo por
milhares de anos até que a lama se fossilizasse e permitisse que nós,
hoje, as encontrássemos como pegadas de dinossauros impressas em leitos
de rocha;
- A correlação entre Era do Gelo, Idade da Pedra e o súbito
desaparecimento de quase todas as espécies de vida no mundo todo, ao
mesmo tempo;
- A sobrevivência de formas primitivas de vida em pontos equatoriais
como a Península da Malásia e o arquipélago de Galápagos (ambos
atualmente abundantes em lagartos);
- A existência de recifes de corais no assoalho do Oceano Ártico;
E mais e mais e mais e mais evidências que nos oferecem uma visão
das posições da crosta terrestre ao longo dos últimos 35 mil anos ou
mais.
Quando colocamos todas essas informações em ordem, obtemos um
quadro surpreendente sobre quais áreas estiveram no Polo Norte, quando
elas se moveram para lá, quando elas saíram de lá, e quanto tempo
permaneceram nesta posição (a tabela deses dados será apresentada a
seguir).
Observe que o fim de uma Era corresponde ao início de uma Nova Era.
Apesar de a tabela apresentar os períodos em termos de “anos atrás” e
“anos de duração”, lembre-se que a mudança de uma Era para outra ocorre
na fração de um único dia – rápido o suficiente para ser considerada
abrupta.
Sim, Noé, Adão e Eva, Osíris, Ta'aroa, Zeus e Vishnu possuem um
significado muito mais profundo agora. Enquanto eles se juntam para
caminhar conosco, escutamos Adão e Eva dizerem:
“Ouçam! Pois agora podemos compartilhar verdadeiramente nossa
história com vocês!”.
14
Tabela 1 – Eras e Áreas do Polo Norte
15
3. A HISTÓRIA
É engraçado como algumas coisas podem perseguir você da infância à
idade adulta. Não coisas necessariamente grandes, mas coisas muitas
vezes pequenas que grudam na sua mente e de vez em quando mandam um
“alô” para que você saiba que elas ainda estão lá. Se eu fizesse uma
lista de todas essas coisas que me seguiram durante a vida, escreveria
um livro inteiro a respeito. Gostaria de falar aqui sobre algumas delas.
A primeira vez que ouvi a história da Criação e de Adão e Eva,
ainda era uma criança e o relato me incomodou. Para mim, o incômodo não
se relacionava apenas às alternativas usuais – acreditar com grande fé
na história contada ou repudiá-la como um absoluto nonsense –, mas a
algo mais profundo: se aquilo que nos ensinaram uniformemente é uma
versão da verdade (a despeito de sua clara divergência com aquilo que
convencionamos como verdades científicas), então a verdade absoluta
deveria surgir em algum ponto nos relatos da história – o que, para mim,
consistiria em uma leitura mais honesta dela.
Minha busca por esta verdade aconteceu quase que por acidente. Anos
de dados correlacionados e estudos sobre cataclismologia mostravam que o
cataclismo mais recente havia ocorrido há cerca de 7.000 anos, e que Noé
– ou Utnapishtim ou qualquer que seja seu nome – realmente existiu e foi
capaz de sobreviver à devastação.
Um amigo havia sugerido que Gênesis I (Bíblia de King James)
apresentava uma descrição quase perfeita das condições em nosso planeta
logo após o cataclismo, incluindo os sete dias que o sucederam. Ao
reler, fui obrigado a concordar com ele. Gênesis II mencionava até mesmo
uma “névoa” (na tradução adequada: inundação) que surgiu das entranhas
da Terra e submergiu toda a superfície do planeta.
Bem, isto era algo que merecia ser ponderado. Se a interpretação
estivesse correta, então Gênesis II continha um relato do cataclismo que
precedeu Noé, há cerca de 11.500 anos – mais ou menos no período da
história de Adão e Eva.
A busca teve início. Se a história relatava aquele cataclismo, em
que língua foi escrita pela primeira vez? Certamente, não seria
hebraico ou grego, pois, até onde sabemos, essas línguas ainda não
existiam na época. Seria possível mergulhar nas páginas apagadas da pré-
história e encontrar tanto a língua quanto o relato como foi escrito
originalmente?
Se observarmos o trabalho de homens como Don Antonio Batres
Jaurequi (1847-1929) e James Churchward (1851-1936), talvez encontremos
esta resposta. O conhecimento de ambos sobre a linguagem pré-histórica
poderia ser uma chave para resolver o enigma. Mais adiante, discutiremos
o papel dos Naga e dos Maias na história de Adão e Eva. Contudo,
primeiro, vamos examinar a história em Gênesis I, II e III.
Existem muitas linhas de estudo sobre este tema, sendo a
predominante aquela que defende que Moisés foi o responsável pelo texto
original. Isso não parece errado, uma vez que Moisés foi criado na corte
real e, provavelmente, teve acesso a vários escritos e ensinamentos
contidos nos arquivos egípcios – conhecimentos perdidos nas
transferências desses arquivos para Alexandria, Heliópolis e Sais. Os
Dez Mandamentos são uma condensação dos 42 questionamentos de Osíris ao
entrar no reino dos céus. Se Moisés escreveu parte do Velho Testamento,
16
ele deve ter tido acesso às tabletas Naga, ou interpretações egípcias
dessas tabletas, repassadas aos egípcios ao longo de milhares de anos
através das castas reais. Ademais, os sacerdotes do Egito provavelmente
tinham conhecimento do cataclismo de 11.500 anos atrás. Supõe-se que
estes mesmos sacerdotes transmitiram para o legislador grego Sólon (630-
560 a.C.) informações sobre o cataclismo que afundou Atlântida no oceano
9 mil anos antes de seu tempo. Observe que 9.000 + 600 a.C. + 1.950 d.C.
= 11.550 anos atrás.
Aarão, irmão de Moisés, se tornou o primeiro chefe dos hebreus por
volta de 1.300 a.C. Em algum momento, entre 15 e 18 gerações mais tarde,
tendo o posto de sacerdote-mor sido passado de pai para filho ao longo
das gerações, Seraiah (ou Seraias) foi nomeado sacerdote-mor (ver Ezra,
e Ezdras 1 e 2). Mais tarde, em 586 a.C., no 19o
ano do reinado de
Nabucodonosor II, Seraiah foi executado e seu filho, Ezra, tornado
cativo na Pérsia (ver Reis 2, Bíblia de King James). Jerusalém foi
saqueada e todas as leis e registros hebraicos do Velho Testamento foram
queimadas no templo de Jerusalém por Nebuza-adan, capitão da guarda de
Nabucodonosor II.
Em 458 a.C., o 7o
ano do reinado de Artaxerxes I na Pérsia, Ezra
recebeu autorização para restabelecer a lei e a religião hebraicas. De
acordo com 2 Esdras (Bíblia de King James), Ezra reescreveu a história
dos hebreus desde o princípio, reconstituindo suas normas.
Ora, entre 586 e 458 a.C. existem 128 anos. O mais tarde que Ezra
poderia ter nascido teria sido poucos meses após a execução de seu pai,
Seraiah (ver história de Onan, Gênesis 38:8 a 10, Bíblia de King James).
Portanto, em 458 a.C., Ezra teria no mínimo 127 anos de idade,
significando que seu trabalho de reescrever as leis e a história
baseava-se – em nome do argumento – em uma memória bem distante.
Vamos analisar esta anomalia: como mencionado, a linhagem de Aarão
até Ezra contem 17 a 20 gerações, incluindo Aarão e Ezra. Se presumirmos
(1) 1.300 a.C. como sendo o início do sacerdócio de Aarão (1.290 a.C. é
um ajuste ao tempo do Êxodo); e (2) 458 a.C. como sendo próximo ao
término do sacerdócio de Ezra; temos que o tempo médio de sacerdócio por
geração seria entre 42,1 e 49,5 anos. À luz deste cálculo, teríamos que
acreditar que Ezra serviu seu sacerdócio por aproximadamente 130 anos?
Isso incluiria o tempo total de sua vida ou apenas um pedaço dela?
Parece mais plausível pressupor que foi o avô de Ezra, Azariah – e
não seu pai, Seraiah – que foi feito prisioneiro e executado pelos
homens de Nabucodonosor II em 586 a.C.. Dessa forma, Seraiah e Ezra
teriam ocupado o cargo de sacerdote-mor entre 586 e 458 a.C. – uma média
de 64 anos de serviços prestados para cada um. É igualmente plausível
considerar que o bisavô de Ezra, Helchiah, tenha sido a vítima em 586
a.C. Isso daria a Azariah, Seraiah e Ezra um total de 128 anos no cargo
de sacerdote-mor, ou 42 anos para cada um deles, o que é bem mais
próximo da média de 42,1 a 49,5 anos de serviços entre Aarão e Ezra ao
longo de um período de 845 anos.
Isso significa que a história escrita de Adão e Eva foi vista pela
última vez por Helchiah ou Azariah, transmitida verbalmente
(provavelmente) por Azariah e (certamente) por Seraiah e Ezra, e então,
finalmente, ditada por Ezra para seus cinco escribas. São os escritos
desses cinco escribas que temos hoje como sendo o trabalho realizado por
Ezra. E o inglês não é nem mesmo uma tradução literal do texto… Por
exemplo: “sem forma e vazia” pode ser traduzido, mais literalmente, como
sendo “inundações furiosas e ventos terríveis”…
17
Por meio de uma reconstrução mais correta do Gênesis de Ezra,
recebemos as seguintes informações:
1. Uma vez que termos como árvore, fruto, serpente, querubim, palavra de
fogo e outras palavras de Moisés eram glifos na linguagem pré-histórica,
as crônicas da Criação e de Adão e Eva provavelmente foram escritos em
Naga, a linguagem localmente predominante 11.500 anos atrás. O Naga é
quase idêntico ao Maia pré-histórico e deu origem a várias outras
línguas, incluindo idiomas orientais e polinésios, além do egípcio, do
grego e do yakut. Meu conhecimento dos glifos em Naga e Maia me permitem
ler muitos textos em cobertores indígenas no sudoeste dos EUA que
retratam em cores vívidas um cataclismo. Com frequência, me pergunto se
os nativos riem entre si enquanto veem os turistas comprando seus
cobertores achando que aqueles desenhos são apenas imagens bonitinhas.
Yakut é uma língua interessante, consistindo quase em um Naga puro
falado. A língua é utilizada por esquimós do Alasca e o termo Yakutat
(que serve de batismo para um dos 18 distritos do Alasca) significa
literalmente “o lugar onde yakut é falado”. O idioma também é falado por
tribos nativas na Turquia. A forma pré-história mais pura de Naga também
é utilizada por uma tribo no norte da Índia – e ele é puro Maia pré-
histórico.
2. Moisés (certamente) e Aarão (possivelmente) tinham acesso à
biblioteca real de pedras-glifos no Egito.
3. Nem Moisés, tampouco Aarão, sabiam como ler corretamente a linguagem
ancestral em Naga ou Maia e interpretaram os glifos literalmente.
4. Incapazes de traduzir com acurácia os simbolismos nos glifos, Moisés
e Aarão (e possivelmente Ezra) leram a história de Adão e Eva com as
atitudes sociais e religiosas de seus dias. Naqueles tempos, as mulheres
eram consideradas criaturas inferiores, a fonte de todos os pecados, e
seus nascimentos eram registrados apenas excepcionalmente. Em suma, elas
eram as responsáveis por cada um dos sofrimentos humanos. Incrivelmente,
esta atitude persiste de forma ainda pior em várias religiões atuais.
Seria de espantar que Eva seria responsabilizada pela queda de toda
a humanidade como resultado das interpretações dos glifos Naga feitas
por Moisés? E de Ezra lendo os escritos de Moisés? Talvez essa mensagem
tenha sido repassada entre os sacerdotes egípcios muitos anos antes de
Moisés, chegando até ele como uma história verbal. Se seu pai foi
realmente capturado e executado pelo Capitão da Guarda Nebuza-adan,
então provavelmente foi o avô de Moisés quem passou a história para ele
verbalmente.
Ao mesclarem as duas histórias em uma só para elaborar Gênesis I,
II e III, o termo “homem” pode ter sido confundido com “Adão”. É
possível que Adão, estando apenas a 9 gerações anteriores a Noé – e
considerando que a Era Polar do Sudão teve uma duração de 4.500 a 5.000
anos – não tenha sido o “homem” referido na Criação, mas seu nome e suas
experiências terminaram sendo mesclados com a história do “homem”.
Sem embargo, lembre-se que Ezra ditou a totalidade de sua história
de cabeça para cinco escribas e seu trabalho representa o Gênesis como o
conhecemos hoje. Ser capaz de recuperar dos arquivos de sua memória tudo
que ele fez – se é que ele fez – é um ato de inspiração da mais alta
ordem. Outrossim, parece ser evidente que Ezra desconhecia que 4.500
18
anos haviam transcorridos entre Gênesis I e o dilúvio de Noé. Está claro
em 2 Esdras 3:9 (Bíblia King James) que Gênesis I e o dilúvio de Noé
foram dois eventos separados. Ao descrever os dois eventos, lemos: “E
novamente no decorrer do tempo trouxeste o dilúvio sobre aqueles que
habitavam no mundo, e os destruíste”.
A linhagem dos altos sacerdotes entre Aarão e Ezra difere em número
de gerações (17 ou 20) e os nomes apresentados em 1 e 2 Esdras (Bíblia
King James); e ambos diferem em nomes no livro de Ezra. Também
encontramos diferenças nas linhagens entre Noé e Jesus (aproximadamente
51 gerações). Não é de se se pensar, por conseguinte, que algumas
gerações podem ter sido omitidas entre Adão e Noé? Para não mencionar
entre Noé e Jesus, e entre Aarão e Ezra?
Além dessas evidências, existem incontáveis lendas na região do
Pacífico Asiático sobre uma inundação ocorrida há 11.500 anos, e uma
“Criação” muito parecida com aquela descrita em Gênesis I e II. Não
seria possível que o “homem” da história de Gênesis poderia ter sido
confundido com Adão no decorrer dos milhares de anos, especialmente após
a história ter atravessado um cataclismo no tempo de Noé, 7 mil anos
atrás?
É um milagre que a história da Criação e de Adão e Eva, após
atravessar 11.500 anos e ter sofrido tantos debates e edições por seus
“guardiões” ao longo dos tempos, tenha chegado a nós com tão pouca
distorção.
Devido à ausência de informações mais claras, o “homem” e Adão
foram mantidos como sendo uma só pessoa na tradução / interpretação.
5. Os glifos do idioma Naga mais significativos entregues a nós sobre a
Criação incluem: querubins, costela, sono de Adão, homem, mulher,
árvore, fruto da árvore, serpente e espada flamejante.
O conhecimento dos glifos Naga informam que a árvore (ou vida)
simboliza um continente-mãe, uma civilização que durou milhares de anos
a mais que nossa civilização atual.
A serpente sem adorno representa água no seu estado natural – ou o
oceano. Uma serpente entrelaçada a uma árvore significava que o
continente-mãe estava circundado por água. Quando Gênesis 3:15 (Bíblia
King James) descreve o calcanhar de Eva sobre a cabeça da serpente, isso
representa a vitória de Eva sobre os oceanos (falaremos sobre isso mais
adiante).
Os querubins – que não eram os bebês fofinhos retratados hoje em
dia – consistiam em glifos híbridos entre homens e bestas e significavam
pernas ou fundações ou sustentáculos. Invés de os querubins estarem
localizados no Jardim do Éden, a leitura mais correta seria afirmar que
as fundações (querubins) foram levadas embora. A leitura Naga ou Maia do
Livro dos Mortos egípcio mostra que os querubins do norte, do sul, do
leste e do oeste foram varridos do mapa – significando que as fundações
do continente-mãe desmoronaram e/ou foram destruídas.
A espada flamejante simboliza o fogo e os terremotos. Por fogo,
entenda-se o que todas as lendas desses cataclismos chamavam de “fogo da
terra”: a exteriorização da camada fundida 100 km abaixo da superfície
da terra durante um cataclismo – um inferno literal. Até onde sou capaz
de determinar, esta é a origem do conceito humano que temos para
inferno.
Lembro-me de estar assistindo o funeral de John Fitzgerald Kennedy
(1917-1963) na televisão e ficar especialmente estupefacto com o
19
encantamento recitado pelo arcebispo para livrar JFK dos portões do
inferno. Suas palavras retrocediam à Roma pré-Cristã: em sua descrição
dos portões do inferno, o arcebispo pintou um quadro exatamente igual ao
do manto quando este rompe a crosta terrestre. Milhares de anos
separavam as palavras do arcebispo das pessoas que haviam efetivamente
testemunhado um evento assim. Tive calafrios em minha espinha e a
impressão daquela descrição jamais saiu de minha mente.
A fruta da árvore simboliza a humanidade que habitava os
continentes antes de Adão e Eva. Comer o fruto significava que eles
descendiam da humanidade original. O fato de Eva comer primeiro
significa que ela era a geração mais jovem. O fato de Adão comer depois
significa que ele era seu pai. Eva era filha de Adão? Sim, e esta é a
origem de uma das mais antigas leis hebraicas: se um homem e uma mulher
sobreviverem a uma catástrofe do nível de uma extinção em massa, eles
devem copular, a despeito de sua relação parental.
Se você quiser conferir isto, leia a história de Lot e suas duas
filhas. As filhas estavam simplesmente obedecendo a lei hebraica. Diz-se
que ele estava bêbado demais para saber o que estava fazendo… Hum, se
ele estivesse tão alcoolizado assim, sequer teria conseguido iniciar o
ato. Talvez ele fosse um ator muito bom, no final das contas.
O glifo da Criação é ainda mais revelador: existem 3 figuras
representadas na pedra. A figura do topo é a face de uma pessoa dormindo
ou morta (não existiam símbolos independentes para morte e sono na
linguagem Naga: ambos eram representados pelo mesmo glifo). A figura do
meio é um homem, e a figura da base é uma mulher, representada como
sendo a mãe de toda a humanidade. Além disso, existem linhas curvas
ligando a figura da pessoa dormindo ou morta e a figura do homem à
figura feminina na base.
Este glifo foi interpretado como se a figura do meio – o homem –
tivesse sido colocado para dormir, e uma costela (ou costelas) tivessem
sido removidas dele (as costelas sendo representadas pelas linhas
curvas) para dar forma à figura na base, a mãe feminina de toda a
humanidade. Isso se encaixa lindamente à história da criação de Eva,
sendo Adão, portanto, tanto a figura masculina no meio quanto a figura
da pessoa dormindo ou morta no topo.
Todavia, existe uma falha nessa história: a figura no topo –
dormindo ou morta – é ilustrada como sendo uma mulher! Como ela poderia
ser Adão dormindo, acordado, morto ou vivo?
Ademais, no idioma Naga, as linhas curvas denotam parentalidade,
não costelas. O mais razoável seria considerar que a figura do topo
representa uma mulher morta, cuja prole com a figura masculina do meio
(Adão) era representada pela figura da mulher na base (Eva), a mãe de
toda a humanidade.
Já fui indagado tantas vezes sobre como alguém pode afirmar com
tanta certeza que a figura do topo é uma mulher morta que acredito que
devo algumas explicações sobre isso.
No idioma Naga e no Maia pré-histórico, existe uma única deidade a
ser adorada e ela é retratada pelo glifo de um círculo representando o
Sol. Em qualquer trecho de uma tableta Naga onde consta um círculo, ele
representa esta deidade.
A tableta com o glifo da Criação apresenta dois círculos.
“Puristas” afirmaram que os escribas haviam pensado em mostrar a “dupla
intensidade” da deidade. Estranho… eu nunca havia visto em qualquer
lugar antes uma “dupla intensidade” de dois círculos – nem em Naga,
20
tampouco em Maia pré-histórico. O curioso sobre esses dois círculos é
que eles estão localizados precisamente onde os seios da figura feminina
deveriam estar na imagem do topo. Talvez, isso seja o que “dupla
intensidade” signifique!
A coisa mais curiosa sobre a tableta da Criação é que ela se
encaixa na lenda de Adão ser um viúvo e o nome de sua falecida esposa
ser Lilith. Se for verdade, isso significa que Lilith era a mãe de Eva.
* *
Essencialmente, portanto, a história contada nos glifos da Criação
seria que Adão e Eva, que viviam no Jardim do Éden do continente-mãe
(árvore), descendiam da humanidade original (fruto) daquela terra, que
incidentalmente encontrava-se circundada por água (serpente entrelaçada
na árvore). Eva era filha de Adão e Adão era um viúvo.
Pai e filha concluíram que, para sobreviver, deveriam sair daquele
lugar e nunca mais retornar, pois a terra-mãe estava destinada a ser
destruída por uma inundação cataclísmica. Eva percebeu a chegada do
evento e Adão lhe perguntou como havia previsto o acontecimento. Eva lhe
disse que havia herdado a inteligência (conhecimento) de seus
ancestrais. Como resultado de suas decisões, Eva obteve vitória sobre a
inundação (o calcanhar de Eva sobre a cabeça da serpente).
Eles deixaram a terra-mãe e, mais tarde, o continente (árvore)
sucumbiu a um terremoto terrível (espada flamejante) que destroçou suas
fundações (querubins), submergindo a vastidão sob o oceano (serpente)
que permaneceu para sempre encobrindo aquela terra (pela eternidade
“rastejarás sobre teu próprio ventre” – Gênesis 3:14, Bíblia de King
James).
A seguir, vamos rever o evento – 2 cataclismos atrás – aplicando o
conhecimento adquirido, e então realizar uma nova tradução-interpretação
de Gênesis I, II e III. Esta deverá ser a leitura mais acurada de uma
história escrita 11.500 anos atrás.
21
4. O EVENTO
11.500 anos atrás
Você já se sentou alguma vez sozinho na frente de uma mesa com um
quebra-cabeças de mil peças? São necessárias horas e horas para montá-
lo, com grandes doses de tentativa, erro e paciência.
Nós ainda estamos tentando encaixar algumas dessas peças do quebra-
cabeças mundial. Pessoalmente, estou nesta mesa desde 1949. Ainda que
não tenha terminado a tarefa, consegui obter uma representação
aproximada de como era a Terra 11.500 anos atrás.
Observe um globo do mundo. Identifique a longitude 90o
Oeste e a
latitude 60o
Norte. Este ponto localiza-se na parte oeste da Baía Hudson.
Agora, segure o globo de modo que o ponto 90o
W e 90o
N passe a ocupar
a região do Polo Norte no eixo do planeta. Esta era a configuração do
mundo entre 18.500 e 11.500 anos atrás, com a calota de gelo polar Norte
sendo formada pela Baía Laurentiana no Canadá.
Todavia, os continentes não eram os mesmos: um imenso continente no
Oceano Atlântico se estendia da Inglaterra até as Bahamas. O Mar do
Caribe – e possivelmente até mesmo o Golfo do México – não existiam
(existem evidências de que o Mar do Caribe era terra firme nesta época).
Uma calota de gelo ocupava o globo do lado oposto à Baía de Hudson,
cobrindo parte do oeste da Austrália, e o leste da Austrália estava
apinhado de humanos, animais, pássaros, vegetação e rios.
No Oceano Pacífico, um continente cobria a área agora formada pelo
arquipélago do Havaí, Galápagos, Ilha de Páscoa, Tahiti, ilhas Salomão e
ilhas Carolina. As pesadas estratificações sedimentárias que compõem a
metade de cima do topo da montanha Diamond Head (cone vulcânico
localizado no Havaí) apresentam as mesmas características dos estratos
expostos nas paredes do Grand Canyon, do Monument Valley e no misterioso
Canyon de Chelly (nordeste do Arizona).
A Província de Ceilão abrigava a maior civilização da Índia, com a
capital do país – Ahoydia – localizando-se ao norte. Na época, a Índia
era chamada de Adjudia.
A Grécia – terra dos Helenos – era o lar de uma raça de humanos
altos, loiros e de olhos azuis ostentando um nível de ciência e lei que
permanecem inalcançáveis até os dias de hoje.
A Bacia Amazônica era um mar interior – as lendas o chamam de Mar
de Xarayes – e a foz do Rio Amazonas era então uma ampla conexão entre o
Atlântico e o Mar de Xarayes. A costa oeste da América do Sul não era
montanhosa – as indicações disto encontram-se no fato de que a cidade
pré-histórica de Tiahuanaco (Bolívia), agora a 3.800 metros de altura,
estava no nível do mar na época. Tiahuanaco era um porto metropolitano
com um sistema de canais tão grande quanto os de hoje, atravessando o
Pacífico em direção ao mar interior. Se você quiser mais detalhes sobre
isto, leia O Calendário de Tiahuanaco (1956) e O Grande Ídolo de
Tiahuanaco (1959), ambos de Hans Schindler Bellamy e Peter Allan. São
excelentes leituras.
Os astrônomos de Tiahuanaco utilizavam telescópicos e possuíam
inclusive um grande satélite orbitando a Terra de oeste para leste, 449
22
vezes por ano, que utilizavam como padrão de tempo tamanha a acurácia de
sua trajetória.
Ahoydia – hoje um subúrbio de Lucknow – era a capital da Índia, e
os grandes navegadores, os grandes cientistas e os grandes exploradores
do Ocidente eram os Maias de cabelos e olhos escuros. A Índia possuía
veículos de propulsão gravitacional e armas com a mesma tecnologia.
Cerca de 11.500 anos atrás – em 9.550 a.C., como datado por
astrônomos do Observatório Potsdam a partir de escritos encontrados nas
ruínas de Tiahuanaco – a crosta da Terra mais uma vez mudou de posição
no intervalo de 6 a 12 horas, mais ou menos como ocorrera 7 mil anos
antes. O Polo Norte moveu-se para o Sul e o Sudão (África) moveu-se para
o Polo Norte. Segundo o Talmude, esta foi a época onde as Plêiades
posicionaram-se abaixo da linha do horizonte e a “Terra Sagrada foi
deslocada para uma região de frio terrível” por muitas gerações – na
verdade, por cerca de 4.500 a 5.000 anos, até o Dilúvio de Noé, 7 mil
anos atrás.
Os pivôs equatoriais do cataclismo foram a costa média do Chile e a
parte média da China próxima ao rio Yang-Tsé(norte do Vietnã).
O grande continente no Pacífico desapareceu quase completamente: o
que agora é a Ilha de Páscoa (na época, na ponta do continente) afundou,
permanecendo no fundo do Pacífico por cerca de 5.000 anos – até ser
içada novamente para a superfície durante o evento que produziu o
Dilúvio de Noé. O que sobrou do vasto continente no Pacífico girou para
o Polo Sul, sendo mais tarde descoberto pelos exploradores Maias como os
últimos remanescentes de sua terra-mãe – um “depósito congelado de lama
no centro da Terra”, com milhões de quilômetros quadrados de território.
Hoje, percebemos os indícios deste continente nos estratos sedimentários
de Diamond Head, no arquipélago do Havaí – a mesma estratificação
presente na maioria das ilhas do Pacífico norte.
Do grande continente no Atlântico, sobrou apenas uma grande ilha no
oeste, enquanto o oceano entre o continente e Gibraltar (ao leste)
permaneceu raso, lamacento e inacessível para embarcações.
Uma pista do grande conhecimento daquele tempo surgiu quando o
Capitão Cook descobriu a tribo polinésia Maori na Nova Zelândia, no
século XVIII. Os membros da tribo lhe contaram de antigas lendas sobre
os anéis de Saturno – e eles jamais haviam ouvido falar de telescópios.
Tente enxergar esses anéis sem utilizar algum equipamento. Você verá que
é simplesmente impossível.
As evidências em Tiahuanaco mostram que sua incrível civilização
desapareceu tão rapidamente que as pessoas foram surpreendidas pela
inundação catastrófica no meio de suas atividades normais do dia a dia.
Ademais, as evidências mostram que esta fabulosa cidade sofreu o mesmo
destino da Ilha de Páscoa: enquanto as Montanhas Rochosas e os Andes
foram formados neste mesmo cataclismo, Tiahuanaco submergiu no Pacífico,
onde permaneceu por 5.000 anos até ser içada à sua altitude atual de
3.800 metros no cataclismo de 7 mil anos atrás.
Assim sendo, o cataclismo de 11.500 anos atrás testemunhou a Baía
de Hudson e o sudeste da Austrália girarem no equador em lados opostos
da Terra, e o Sudão girar para o Polo Norte, onde permaneceu nos 4.500-
5.000 anos seguintes. Enquanto essa mudança ocorria no intervalo de 6-8
horas, os oceanos e a atmosfera do planeta, em decorrência de seu
momentum angular, continuaram rotacionando na direção habitual durante
boa o evento, com os oceanos inundando violentamente boa parte das
terras em velocidades supersônicas, e a atmosfera gerando furacões
23
inimagináveis com ventos igualmente supersônicos. Continentes inteiros
foram massacrados por convulsões e terremotos. Grandes cadeias
montanhosas foram criadas. O manto rompeu a crosta terrestre em várias
lugares ao redor do mundo – o que foi mais tarde chamado de “fogo da
terra” pelos poucos sobreviventes que restaram.
Poucos sobreviventes? O planeta inteiro? As melhores estimativas
sugerem que menos de 1% de toda a vida na Terra conseguiu subsistir ao
cataclismo.
Os oceanos e os ventos levaram 6 dias até cessarem sua guerra
contra a superfície. No sétimo dia, começaram sua jornada de 5.000 anos
de “calmaria” e complacência. As calotas de gelo de 1 km de espessura na
Baía Laurentiana e no Oceano Índico, tendo saído de suas origens polares
e migrado equatorialmente, começaram a derreter com uma rapidez
tremenda, sulcando profundas fissuras nas montanhas à medida que seguiam
seu caminho para o mar. A imensa quantidade de umidade evaporada para a
atmosfera deixou a Zona Tórrida em uma neblina densa por muitos anos e
durante várias gerações. Com o súbito derretimento das calotas de gelo,
os oceanos subiram 60 a 100 metros – como sempre ocorre após cada
cataclismo.
O final da Era do Gelo Laurentiana e o início da “velha Idade da
Pedra” estava completo.
O idioma Maia remanesceu nos dialetos polinésios, grego, yakut
(língua turcomana), egípcio, esquimó, nômade, oriental, alemão,
americano – praticamente todas as línguas. A ressurreição a partir das
águas – Tau – persiste em vários mitos do Pacífico como a história de um
homem que sobreviveu, mais tarde chamado Ta´aroa, Tongaroa ou Taroa´a,
dependendo de qual tribo fornece o relato. Adão e Eva poderiam ter
brotado da mesma história. Quem sabe?
24
5. GÊNESIS
GÊNESIS: 4.500.000.000 ANOS ATRÁS
ESTE RE-GÊNESIS: 11.500 ANOS ATRÁS
Ambos na Bíblia
Neste capítulo, é apresentada a tradução-interpretação de Gênesis
I, II e III, não a partir da reconstrução do que chegou até nós por meio
de interpretações gregas e hebraicas do idioma Naga, mas fazendo-se uma
tradução direta do Naga para o Inglês.
O LIVRO DE GÊNESIS
(Capítulos I, II e III, conforme a Bíblia King James)
I.
1. No início (4,32 bilhões de anos atrás), o Universo foi criado segundo
o grande plano de Deus, incluindo nosso Sol e o planeta Terra.
2. Durante um dos vários cataclismos que ocorreram ao longo da história
do planeta (sendo este há 11.500 anos), as terras foram inundadas por
águas furiosas e varridas por ventos terríveis, e os oceanos tornaram-se
escuros e lamacentos, e o vento enfurecido trovejou sobre as águas
perturbadas.
3. Assim que as tempestades cederam, a luz do Sol retornou à superfície
da Terra, como Deus queria.
4. Enquanto o cataclismo desvanecia, mais uma vez a escuridão e a luz
foram restabelecidas e tornadas distintas, e era bom.
5. E a luz do Sol era novamente dia, e a escuridão era novamente noite,
em concordância com os desígnios de Deus, e a noite e a manhã formavam
um dia.
6. Novamente, o desígnio original de Deus era que houvesse um céu entre
as nuvens e os oceanos.
7. Em concordância com os desígnios de Deus, o firmamento foi
reestabelecido, e os céus se colocaram novamente entre as nuvens e os
oceanos quando o cataclismo refreou.
8. E o firmamento de Deus foi de fato restabelecido, e naquela noite e
naquela manhã iniciou-se o segundo dia.
25
9. Os desígnios de Deus era que as terras não fossem completamente
cobertas pelas águas como haviam sido imediatamente após o cataclismo,
então os oceanos agitados, agora calmos, escoaram das terras altas.
10. E, em concordância com os desígnios de Deus, a terra seca era solo,
e uma vez mais tudo estava restabelecido e era bom, como Deus queria.
11. E uma vez que os desígnios de Deus eram que crescessem grama e
plantas no solo, espalhando suas sementes, e as frutas produzissem
frutos contendo suas sementes, a terra foi novamente restabelecida.
12. Dessa forma, a terra restabelecida, gerou gramas e plantas,
espalhando suas sementes, e árvores frutíferas gerando frutos contendo
suas sementes, e isto era bom, como Deus queria.
13. E a noite e a manhã foram o início do terceiro dia.
14. Em concordância com os desígnios de Deus, as luzes se normalizaram
no firmamento, servindo para indicar meses e estações e dias e anos.
15. Elas também serviram para fornecer luz para a terra, como Deus
queria.
16. Enquanto a neblina se dissipava, e as nuvens se abriam, o Sol e a
Lua reapareceram, assim como as estrelas.
17. E uma vez mais, como Deus queria, eles brilharam no firmamento.
18. E o Sol e a Lua foram novamente capazes de separar a luz e a
escuridão, o que era bom.
19. E a noite e a manhã foram o início do quarto dia.
20. Foi da vontade de Deus que um punhado de cada criatura vivente, e
pássaros voando, sobrevivessem à inundação cataclísmica.
21. Sobreviveram as grandes baleias, e cada criatura vivente nos
oceanos, e cada tipo de criatura alada, como Deus queria, e foi bom.
22. E eles foram abençoados com os desígnios de Deus para serem férteis
e reproduzir e repovoar os oceanos com vida e os ares com asas.
23. E a noite e a manhã foram o início do quinto dia.
24. Era vontade de Deus que um punhado de cada criatura, gado e coisa
rastejante, e bestas da terra, sobrevivessem à inundação cataclísmica.
25. Sobreviveram então as bestas, o gado e cada coisa que rasteja sobre
a terra, como Deus queria, e foi bom.
26. Em concordância com os desígnios de Deus, os homens, que haviam sido
criados à imagem que Deus pretendia, também sobreviveram, e ganharam
domínio sobre as criaturas aladas, e sobre o gado, e sobre a terra, e
sobre cada coisa que rasteja na terra.
26
27. Era do desígnio de Deus que os homens, que havia sido criado à
imagem que Deus pretendia, tanto machos quanto fêmeas, sobrevivessem à
inundação cataclísmica.
28. E eles foram abençoados pelos desígnios originais de Deus para serem
férteis e multiplicar e repovoar a terra e controlá-la, e ter o domínio
sobre os peixes nos oceanos e sobre as aves no ar, e sobre cada coisa
que se move sobre a terra.
29. Nos desígnios de Deus estava que o homem, tendo recebido cada planta
produtora de sementes que está na superfície de toda a terra, e toda as
árvores cujos frutos produzissem sementes, os utilizasse como alimento.
30. E para cada besta da terra, e cada ave no ar, e cada coisa que
rasteja no solo, o desígnio de Deus era que as plantas verdes lhes
servisse de alimento, e tudo foi feito como Deus pretendia.
31. E cada coisa que sobreviveu o fez como Deus as havia criado
originalmente, e isso ainda estava nos desígnios de Deus, e era bom. E a
noite e a manhã foram o início do sexto dia.
II.
1. Assim, o firmamento e a terra foram restabelecidos em sua plenitude.
2. No sétimo dia da recuperação do cataclismo e da inundação, tudo
estava completo, e o sétimo dia apaziguou a luta pela sobrevivência
contra o cataclismo e suas consequências.
3. O sétimo dia trouxe a paz abençoada de Deus, com o fim do cataclismo,
deixando na terra aqueles de sua criação que haviam sobrevivido.
4. Essas foram as mesmas regenerações do firmamento e da terra ocorridas
após o cataclismo anterior a esta história, quando Deus restabeleceu a
terra e o firmamento.
5. E cada planta que estava no campo antes daquele cataclismo varrer a
terra e cada erva no campo cresceu novamente, pois Deus não havia
lançado demasiada chuva e não havia um homem para lavrar o solo.
6. Mas houve este cataclismo e grandes inundações sobre a terra.
7. Foi a vontade de Deus que o homem se erguesse da terra e mantivesse o
sopro da vida, permanecendo uma alma viva. Esta é sua história.
8. E foi a vontade de Deus que, após o cataclismo, o continente ao leste
se restabelecesse como o Éden, onde viveu o homem desta história.
9. Dessa terra cresceram outras civilizações, em outras terras, com a
terra-mãe no meio de tudo como o berço da sabedoria, de todo
conhecimento, bom e mau.
27
10. E a inundação destruiu o Éden, deixando apenas suas quatro terras
filhas.
(Nota: os quatro versos a seguir provavelmente estão incorretos ou
incompletos, com as descrições mais corretas estando contidas nas
traduções do Livro dos Mortos egípcio e no fragmento perdido do mapa de
Piri Reis).
11. A primeira terra está próxima do rio Pison, que inclui todo o
território de Havilah, onde existe ouro.
12. E o ouro daquela terra é bom, existe bdélio e pedra onix.
13. A segunda terra é próxima do rio Gihon, a mesma terra que inclui
todo o território da Etiópia.
14. A terceira terra é próxima do rio Hiddekel: aquela é a terra ao
leste da Assíria. E a quarta terra está próxima do rio Eufrates.
15. Foi segundo a providência de Deus que o homem viesse do Éden, onde
havia vivido e labutado.
16. E foram os descendentes da humanidade original que se assentaram
naquela terra-mãe.
17. O desígnio de Deus era que o homem fosse avisado: apesar de a terra-
mãe ser a fonte de todo o conhecimento, tanto o bom quanto o mau, se ele
lá permanecesse ele certamente morreria.
18. E era do desígnio de Deus que o homem não fosse só, e portanto uma
parceira deveria ser dele.
19. Uma vez que Deus havia originalmente criado cada besta nos campos, e
aves nos ares, Adão deu nomes a cada um deles em seu tempo.
20. E Adão deu nome a todo o gado, e às aves nos ares, e para cada besta
nos campos, mas, para Adão, não havia companhia.
21. Pois a esposa de Adão havia morrido após dar à luz a uma criança de
Adão.
22. E a criança do homem era uma fêmea, feita à imagem que Deus
pretendia.
23. E Adão disse: esta criança é osso dos meus ossos, e carne de minha
carne, e ela então cresceu até a feminilidade.
24. Dessa forma, o homem era tanto pai e mãe dela, e eles moraram juntos
e se tornaram uma única carne.
25. E o clima era ameno, exigindo pouca ou nenhuma roupa.
III
28
1. No momento do começo dessa história, os oceanos estavam em estado de
quietude, e era sabido pela mulher que ela não descendia de qualquer um
dos povos das terras que brotaram a partir do continente-mãe.
2. E o desígnio de Deus era que a mulher deveria aprender que os povos
das terras-filhas viveriam.
3. E que os povos das terra-mãe, dos quais ela descendia, certamente
morreriam.
4. E ela sabia que, a despeito da inundação iminente, ela não morreria.
5. Pois o desígnio de Deus era de que aquela mulher descendente da
humanidade original da terra-mãe estava destinada, desde o dia de seu
nascimento, a saber tudo e discernir tanto o que é bom quanto o que é
mau.
6. E a mulher, sendo da terra-mãe, e sendo sábia e boa, sabia que tanto
ela quanto seu pai descendiam da humanidade original da terra-mãe.
7. E ambos eram sábios e haviam vivido a boa vida, e foi neste tempo do
ano que alguma roupa se tornou necessária para aquecê-los.
8. No frio daqueles dias, quando eles estavam pensando para qual das
terras-filhas deveriam ir, e a presença de Deus era sentida fortemente
por eles,
9. Adão sentiu o chamado de Deus
10. E disse: eu tenho escutado Seus avisos desde o verão, e tenho
temido, pois não sabia onde encontrar refúgio.
11. O aviso de Deus havia sido dado a ele no verão, alertando-o para
deixar a terra de seus ancestrais.
12. O homem disse: a mulher que é minha filha e descendente de meus
ancestrais, deu-me este conhecimento.
13. E perguntou a ela: que conhecimento Deus lhe deu de presente? E a
mulher respondeu: dos ancestrais, herdei sua sabedoria, e as próximas
inundações dos oceanos se tornaram conhecidas por mim.
14. E o desígnio de Deus era de que os oceanos inundassem as terras, e
afogassem o gado e todas as bestas nos campos e enterrasse tudo sob pó.
15. E assim Deus concedeu-me vitória sobre os oceanos, de modo que as
sementes das próximas gerações fossem carregadas por eu e você, pois os
demais afogar-se-ão.
16. O desígnio de Deus era de que, apesar das inundações aumentarem os
pesares dela, ainda assim ela deveria gestar e parir crianças como uma
prova de seu amor por seu marido e de seu marido por ela.
29
17. E Deus fez saber a Adão que ele deveria escutar as palavras de sua
filha, e o aviso de Deus era de que, apesar deles serem descendentes da
humanidade original da terra-mãe, eles deveriam partir, pois o destino
daquela terra estava selado pela Natureza e, se ficassem por lá,
certamente se arrependeriam.
18. Para onde Adão deveria ir, a terra era difícil de cultivar, com
abundância de espinhos e cardos, e por isso as ervas dos campos deveriam
servir-lhes de alimento.
19. Por sua própria labuta e seu próprio suor, após a inundação ele
estava destinado a lutar pela sobrevivência até o fim de seus dias,
quando então poderia retornar para a mãe terra, pois do pó ele havia
vindo e ao pó ele deveria retornar.
20. E após o cataclismo, Adão fez da mulher sua esposa, e a chamou de
Eva, e ela estava destinada a ser a mãe de todos sobreviventes da terra-
mãe.
21. E, novamente, após a inundação, como eles estavam em um clima frio,
era parte dos desígnios de Deus para sua sobrevivência que fizessem
casacos de pele e se vestissem.
22. Era do desígnio de Deus que Adão deveria levar consigo o
conhecimento da terra-mãe sobre o que era bom e mau, para que seguisse
em frente e saísse de lá para viver.
23. Assim sendo, em concordância com a vontade de Deus, ele deixou o
Jardim do Éden para sobreviver e viver do solo para onde deveria ir.
24. Então o homem saiu, e o Jardim do Éden foi submetido a um cataclismo
de terremotos e fogo da terra, e a terra-mãe perdeu suas fundações e
desapareceu debaixo dos oceanos.
30
6. CATACLISMOS REVISITADOS
O último cataclismo, conhecido como o Dilúvio de Noé, é fácil de
ser estudado. Ele marcou o início da Nova Idade da Pedra, quando a
satisfação de necessidades básicas de vida tornou-se uma tarefa árdua.
Desde então, a Natureza permitiu que a geologia que seguisse seu caminho
sem novas interrupções – e milhares de lendas surgiram.
Dois cataclismos atrás (há aproximadamente 10.500 anos), que
conhecemos como sendo o cataclismo de Adão e Eva, deu início à Velha
Idade da Pedra. Você consegue encontrar referências às duas últimas
Idades da Pedra em praticamente qualquer livro escolar. Em cada uma
delas, constatamos uma imensa dificuldade para suprir as necessidades
básicas para a vida. É extremamente difícil encontrar dados da era entre
estes dois cataclismos, mas os dados existem. Ademais, obviamente, a
geologia seguiu seu caminho usual entre os cataclismos. A história das
“Eras” é nada além de uma lenda.
Três cataclismos atrás (há aproximadamente 18.500 anos), os dados
são escassos. O evento é mencionado em Gênesis II:4 (Bíblia King James),
mas a caverna Shanidar, no Iraque, forneceu informações melhores a
respeito deste cataclismo específico.
Quatro cataclismos atrás (há aproximadamente 29.000 anos), foi o
fim da era de Winsconsin, e é possível encontrar mais dados sobre este
período que sobre o terceiro cataclismo.
Cinco cataclismos atrás, aproximadamente 43.800 anos atrás, foi um
evento deduzido por Jess Hale, um supermatemático.
Lentamente e dolorosamente, ainda estamos montando o quebra-
cabeças. Quanto mais peças encontramos que se encaixam na figura, mais
peças são jogadas na mesa à nossa frente, e mais vívida e dramática a
figura se torna.
Você entende que existem três cataclismos registrados na Bíblia? O
de Noé, o de Adão e Eva e o cataclismo anterior? Se não percebeu isso,
leia novamente Gênesis II (Bíblia King James).
Quisera eu possuir os fundos necessários para escavar e realizar
pesquisas durante três anos em Tiahuanaco. Um pequeno vislumbre do que
poderia ser descoberto nesta cidade pré-histórica da América do Sul está
em dois livros mencionados anteriormente – O Calendário de Tiahuanaco e
O Grande Ídolo de Tiahuanaco, ambos escritos por dois pesquisadores
incríveis, Hans Schindler Bellamy e Peter Allan. As conclusões de
Bellamy e Allan são incrivelmente semelhantes às minhas: a cidade
existiu por pelo menos três épocas entre os cataclismos, a mais antiga
terminando no cataclismo de cerca de 11.500 anos atrás; passando por um
período de aproximadamente 5.000 anos, durante o qual permaneceu no
fundo do oceano Pacífico; e então ressurgindo durante o cataclismo de
7.000 anos atrás, quando, junto com seu leito oceânico, Tiahuanaco foi
elevada à altitude atual de 3.800 metros. O cataclismo que produziu o
Dilúvio de Noé também produziu as Cataratas do Niágara; fez com que o
rio Ohio fluísse para o Mississipi; deu início ao Neolítico. elevou os
níveis dos oceanos em mais de 90 metros ao redor do mundo; iniciou a era
da história moderna em nosso planeta – tais como Grécia, Índia e Egito
–, e gerou a Epopeia de Gilgamesh, contendo a história do Dilúvio de Noé
31
registrada por um sumério milhares de anos antes de os hebreus terem
escrito a respeito em Gênesis.
Cada cataclismo é como uma grande mão limpando a terra, deixando
impressões digitais para serem encontradas pela ciência em nossa busca
pela solução de um mistério extenuante.
Um dos princípios basilares da geologia é o uniformitarismo,
segundo o qual “o presente é a chave do passado”. As impressões digitais
dos cataclismos estão bem escondidas entre as pesadas evidências
uniformitárias. Isso não coloca a geologia e a cataclismologia em rota
de colisão: cada uma tem seu próprio lugar na ciência, pois
complementam-se. Na verdade, um casamento entre as duas está em curso.
Algumas das impressões digitais os cataclismos foram mencionadas no
Capítulo 2. Agora, vamos discuti-las com mais detalhes.
A história dos mamutes congelados é especialmente intrigante.
Nenhum mamute congelado jamais foi descoberto em gelo: todos eles foram
descobertos em camadas homogêneas de lama congelada. Houve um tempo em
que era possível comprar bifes de mamute congelado em restaurantes no
Alasca, tamanho o grau de preservação da carne após o animal ter sido
rapidamente afogado, sufocado e permanecido congelado no lodo por quase
7 mil anos.
Talvez o exemplar mais famoso seja o mamute de Bereskova,
encontrado em 1901 pelo paleontólogo Eugene Pfizenmayer próximo ao rio
Bereskova, no norte da Sibéria. Alguns comentários sobre o achado
incluíam a observação de que seu crânio apresentava pontos de coloração
rosada sugerindo hemorragia, além do fato de que apresentava uma ereção
peniana – evidências suficientes para provar que o animal havia sufocado
até a morte na lama. Ele foi congelado tão rapidamente que, mesmo após 7
mil anos, sua ereção foi mantida intacta até a descoberta.
Desde a descoberta em Bereskova, inúmeros dados científicos foram
ajuntados sobre aquele animal, dando início a uma coleção de
controvérsias científicas. Do meu ponto de vista, o trabalho de um homem
destacou-se entre os demais: o biólogo Ivan T. Sanderson (1911-1973).
Ele tratou o problema a partir de uma abordagem sobre alimentos
congelados – e foi o único a fazer isto. Este é o seu relato:
Quando congelamos uma carne, o problema consiste em congelá-la
rápido o bastante de modo que a umidade em seu interior não tenha tempo
para formar cristais grandes durante o processo. Quanto mais rápido o
congelamento, menores são os cristais. Se você congelar uma carne muito
lentamente, os grandes cristais formados pela umidade destruirão a
estrutura fibrosa dos músculos. Ao descongelá-la, ela será uma massa
gosmenta imprópria para cozinhar ou comer. Quando maior o pedaço de
carne, mais difícil para congelá-lo rápido o suficiente para impedir a
formação dos cristais, pois o calor deve ser removido no mesmo ritmo,
independente se o pedaço de carne é um único bife ou um porco inteiro.
Agora, considere que um mamute pesa cinco toneladas. Os mamutes
encontrados na Sibéria são um pouco menores que isso, mas ainda assim
são animais de várias toneladas. Quando o mamute de Bereskova foi
dissecado por cientistas russos, observou-se que a camada muscular de
seu estômago estava perfeitamente preservada, indicando que o calor de
seu corpo havia sido removido de alguma maneira super prodigiosa na
natureza.
Atentando especialmente para esta observação, Sanderson apresentou
o problema ao Instituto Americano de Alimentos Congelados: o que seria
necessário para congelar um mamute inteiro de maneira que a umidade
32
contida até mesmo nas partes mais internas de seu corpo – cono a camada
muscular da parede gástrica – não tivesse tempo para formar cristais
grandes capazes de destruir a estrutura fibrosa da carne?
O Instituto abordou a questão com seriedade: congelar metade de um
boi já era um problema e tanto. Imagine congelar um mamute inteiro!
Algumas semanas mais tarde, o Instituto contatou Sanderson com a
resposta: seria virtualmente impossível fazer isso. Mesmo com todo nosso
conhecimento de engenharia e ciência, ainda não sabemos como retirar
todo o calor corporal de uma carcaça tão grande quanto um mamute rápido
o suficiente para congelá-la sem que grandes cristais de umidade se
formem entre as fibras musculares. Além disso, após exaurir todas as
possibilidades científicas e de engenharia, os técnicos do Instituto
concluíram que não havia um processo natural capaz de levar a tarefa a
cabo. Alguns afirmaram que o mamute de Bereskova havia “caído em uma
fenda” ou “caído no gelo” ou alguma bobagem similar. Não existe
explicação “natural” plausível que esclareça como o mamute de Bereskova
foi congelado tão rapidamente ao mesmo tempo em que se afogava e
sufocava na lama.
Todavia, o Instituto comunicou Sanderson sobre o que seria
necessário para realizar o trabalho: a temperatura corporal do mamute
deveria baixar 78o
C e isto deveria ser feito em aproximadamente 4 horas.
No caso específico, o trabalho de congelamento completo deveria ser
feito dentro de um intervalo de apenas duas horas.
O Instituto não levou em consideração o efeito de sua conclusão
sobre outros dois fatores importantes: primeiro, o fato de que todo o
estrato de lama ao redor congelou-se ao mesmo tempo que o mamute;
segundo, o fato de que a ereção do animal havia sido preservada pelo
congelamento rápido. Este segundo fator reduz o tempo disponível para o
congelamento total a um intervalo bem menor que duas horas. O que duas
ou quatro horas representam é nada além do limite máximo de tempo dentro
do qual o processo de congelamento deveria ocorrer para evitar a
formação de cristais de umidade no interior da carne. O segundo fato nos
informa que o tempo de congelamento, pelo menos para todo o estrato de
lama e as partes externas do mamute, deve ter sido menor que 1 minuto –
ou talvez, mais provavelmente, de cerca de 30 segundos.
O processo inteiro denota uma violência quase sobrenatural: uma
coxa, algumas costelas e o quadril do mamute estavam fraturados.
(Imagine a força necessária para quebrar uma coxa e a pelve e um
mamute!). Ele foi soterrado em um mar de lama formado por água movendo-
se a velocidades supersônicas, que agregou que homogeneizou a lama. Em
seguida, foi sufocado no lodo e rapidamente congelado em uma sequência
de eventos quase impossíveis – mas, ainda assim, o processo todo foi
realizado – e então permaneceu congelado e preservado por quase 7 mil
anos.
Agradeçamos aos céus pela curiosidade intelectual do Czar russo que
indicou o time de pesquisadores responsável pela expedição aos confins
do leste da Sibéria e que retornou com uma análise científica detalhada
do mamute do rio Bereskova. Atualmente, o mamute se encontra
reconstituído em um museu em Moscou. Eu acredito que esta foi a primeira
vez que um animal tão grande foi montado por um taxidermista (ou uma
equipe de taxidermistas).
De onde veio a lama que enterrou o mamute de Bereskova vivo? Esse
tipo de lama congelada pode ser encontrada em toda parte do norte da
Sibéria e no Alasca. No Alasca, essas camadas apresentam uma espessura
33
de 6 a 27 metros. Onde foi possível estudar a tundra congelada com mais
detalhes, as evidências mostram que a fúria sobrenatural envolveu ventos
supersônicos, erupção vulcânica, inundação rápida (que criou a lama),
uma mudança súbita de temperatura (bem abaixo do subzero congelante) e
uma alteração climática vertiginosa. A lama se originou de uma enchente
movendo-se tão velozmente e carregando consigo volumes tão fantásticos
que a água coletou vários tipos de solo, misturou-os até a
homogeneização, e então depositou-se em uma única camada uniforme.
Descrições mais vívidas desta lama congelada foram fornecidas pelo Prof.
Frank C. Hibben em seu livro Os Americanos Perdidos.
Um dos melhores lugares para estudar as várias camadas de lama
depositadas por cataclismos em sucessão encontra-se nas paredes do Grand
Canyon e nas Badlands de Dakota do Norte. Posicione-se na ponta norte do
Grand Canyon, escolha um dos estratos e acompanhe-o com seus olhos até
onde conseguir, em todas as direções. Em toda parte, você verá camadas
homogêneas do topo ao fundo, depositadas com espessuras uniformes e bem
demarcadas entre si. Além disso, se escolher uma camada que contem uma
mistura de cascalho, rochas e pedregulhos, observará que estes estão
distribuídos da mesma forma ao longo daquela camada, em todas as
direções.
Existe apenas uma única maneira para fazer com que cada camada seja
depositada em cima da outra de maneira tão organizada, homogênea e
simultânea. Todas as demais hipóteses caem em descrédito quando
consideramos o fator homogeneidade. A conclusão da brusquidão dos
depósitos, com base no fator homogeneidade, é reforçada ainda pela
planicidade, a uniformidade de espessura, as características
independentes de cada camada e os limites bem visíveis entre quaisquer
camadas adjacentes.
Qualquer pessoa que trabalhe com movimentação de solos e observe
estes estratos perceberá imediatamente que não existem maneiras
conhecidas de obter um resultado daqueles utilizando nossas técnicas de
engenharia, tampouco existem processos comuns na natureza capazes de
fazer o mesmo: mover quantidades tão imensas de terra, homogeneizá-la –
até mesmo com rochas e pedregulhos, se necessário – e então depositar
tudo de uma só vez por vários quilômetros quadrados em uma única camada
plana, homogênea e com uma espessura uniforme. A única maneira possível
de realizar isso seria utilizando milhares de metros cúbicos de água
movendo-se a rapidamente sobre os continentes, arrastando consigo terra,
rochas, pedras, cascalhos e pedregulhos em quantidades inacreditáveis,
fundindo tudo na forma de lama, e então depositando a mistura de uma só
vez em imensas extensões, formando uma camada homogeneizada que mais
tarde secará e, ao longo das eras, fossilizará – como ocorre nos
continentes congelados nas regiões polares.
Por muitos anos, pesquisei por evidências daquilo que batizei como
“chapinhado” – uma lama deslocando-se velozmente que se torna
aprisionada em grandes baías ou estuários. No final dos anos 1980,
encontrei um tesouro de evidências em uma parte dos estados do Arizona e
Utah conhecida como Monument Valley. Nunca antes havia ficado tão
impressionado com a natureza como quando da primeira vez em que
contemplei o Valley. É difícil acreditar que um lugar de tamanha beleza
tenha se originado de tantas sequências cataclísmicas violentas, cada
uma contribuindo para montar as estruturas que vemos hoje: camadas
grossas sobre outras camadas mais grossas ou mais finas, cada uma
34
ostentando suas próprias características e cores tão bem demarcadas
entre si.
Existem camadas similares no Canyon de Chelly, poucos quilômetros
ao sudeste de Momument Valley.
As camadas mais grossas, com aproximadamente 20-25 metros de
espessura, fornecem a evidência do chapinhado. Ainda que cada uma dessas
camadas apresente sinais de ter sido depositada ao mesmo tempo, com sua
própria cor e aparência, existe uma subcamada diagonal depositada a 20o
do plano horizontal com uma subcamada adjacente inclinada na direção
oposta logo acima e abaixo dela. Estas camadas “torcidas”, algumas delas
bem grossas, foram empilhadas uma sobre as outras em 15 camadas, todas
com a mesma espessura, e então inclinadas em direções opostas às camadas
subjacentes.
Estas evidências oferecem as provas necessárias para mostrar que
“chapinhados” ocorrem em cataclismos: à medida que a lama se moveu
rapidamente para frente e para trás ao longo do vale, ela depositou-se
em cada estrato, porém de maneira tão homogeneizada que cada subcamada
compartilha características semelhantes com aquelas acima e abaixo. A
única diferença está na variação de suas estruturas granuladas. Este
padrão é evidente ao longo de vários quilômetros das paredes do Valley e
nos monumentos de pedra que o compõe.
Antes de sairmos do Monument Valley, gostaria de lhe falar sobre um
lugar especial na parte leste da região: o Chapéu Mexicano. Trata-se de
uma pequena localidade próxima ao rio San Juan, em Utah. Do outro lado
do platô existe uma das formações rochosas mais peculiares do mundo e
que atraiu a atenção de cientistas das mais diversas nacionalidades. Com
uma altura de quase 600 metros, a formação inteira ergue-se com toda a
grandiosidade de suas estratificações sedimentares bem evidentes – sendo
que a formação conhecida especificamente pelo nome de Chapéu Mexicano
tem quase 100 metros de altura. O aspecto mais singular da região está
em que as camadas sedimentares se inclinam todas na direção do rio, com
se estivessem tentando fluir para ele. Milhares e milhares de metros de
estratos sedimentares estão inclinados desse jeito.
Este é um dos cenários mais dramáticos que já vi, demonstrando toda
a superviolência que ocorre durante um cataclismo. A fissura aberta na
terra, por onde o rio agora corre, é ampla o suficiente para se
assemelhar a uma imensa mandíbula aberta quase exteriorizando o manto
incandescente 100 km abaixo. Obviamente, se a fissura atual possuísse
100 km de profundidade, o manto se exteriorizaria em sua garganta – o
que não ocorre, pois os 100 km de espessura da crosta terrestre
pressionaram o terreno inteiro para baixo.
Ainda assim, o conjunto das formações oferece um panorama bizarro e
terrível da colisão brutal das forças da natureza bem na superfície e
nosso planeta – algo que vai além da capacidade de sua imaginação até
que você se coloque ao lado do Chapéu Mexicano, tendo a encosta da
montanha à sua frente como uma testemunha do vigor mortal do cataclismo.
Neste ponto, imagine a fúria de oceanos e ventos movendo-se a
velocidades supersônicas. Temos então um terremoto tão poderoso a ponto
de abrir uma fissura na crosta terrestre, expondo o manto incandescente,
que invade a cena derretendo rochas. Quase ao mesmo tempo, ondas
deslocando-se a mais de 3 mil km/h acertam o lado da montanha – que
perdeu suas fundações –, arrastando-a para dentro da fissura e do
caldeirão de lava. Quando a água do oceano solidifica a lava, a encosta
35
para de inclinar-se na direção da garganta. Assim que todo frenesi se
aquiesce, restam os belíssimos monumentos geológicos que vemos hoje.
Em outras partes do Valley, temos estratos sedimentares com grandes
estruturas apontando para cima e rochas chamuscadas em vários trechos –
muitas vezes, chamuscadas até próximo de sua base.
Eu li muitos artigos de geologia e ouvi de Wayne, um dos guias
turísticos do Monument Valleu Lodge, sobre estudos relatando fluxos de
lava no local. Por vários anos, viajei diversas vezes para o Momument em
busca de alguma evidência de lava. Nunca encontrei qualquer evidência em
qualquer parte – nem mesmo de uma sugestão de lava. Tudo que consegui
encontrar foram pedras sedimentares chamuscadas, que, à distância,
poderiam enganar alguém dada sua semelhança a pedras de lava. Eu vi
pedras escuras tostadas em minas de ouro abandonadas em Pike´s Peak,
chamuscadas durante um cataclismo quando o calor do manto de 100 km
rompeu a crosta terrestre, queimando tudo naquele local.
Considerando a mistura de terra e rochas e os depósitos chapinhados
nas subcamadas de sedimentos, podemos ter uma boa medida da velocidade
que a água deveria atingir analisando os blocos de granito nos declives
ao leste da Cordilheira do Jura, na França. Deluc, Von Buch, Deluc Jr. e
DeSaussure deram informações importantes a partir de suas observações
acerca da dispersão dos blocos de granito alpino nas montanhas, vales e
lagos da Itália, da Suíça e da França. Até mesmo Blakewell, por meio de
suas discordâncias preliminares, balizou as conclusões de movimentos
rápidos de água – pois os argumentos de Blakewell eram ilógicos.
O geólogo suíço Escher forneceu ainda mais fundamentações para o
argumento das águas velozes, apoiando os conceitos expostos por J. Andre
Deluc Jr nos anos 1820.
Vamos imaginar a Cordilheira do Juro como se a estivéssemos
contemplando de um helicóptero. Primeiro, constatamos o quão similares
elas são às montanhas Allegheny, na Pensilvânia: ambas se parecem com um
grande carpete enrugado, com cumes arredondados indo do nordeste para o
sudeste (a fronteira Franco-Suíça segue a mesma direção no meio do
curso). Também podemos ver que os cumes apresentam passos (intervalos)
entre si.
A Cordilheira do Jura é não-granítica e essencialmente calcárea.
Qualquer granito que exista naquelas montanhas ainda está enterrado em
suas profundidades. Entretanto, nos declives sudeste dos cumes, vários
blocos de granito podem ser encontrados na superfície. Esses blocos
(alguns pesado várias toneladas) tiveram origem nos Alpes Suíços,
atravessando o vale ao sudeste. Se você analisar alguns cumes no
nordeste do Jura, observará que os blocos estão presentes apenas as
encostas voltadas para o sudeste. Após atravessarem 80 a 130 km ao longo
do vale, esses blocos foram assentados nos declives da Cordilheira a uma
altitude semelhante àquela de onde se originaram nos Alpes da Itália e
da Suíça.
Para que estes blocos tenham sido depositados nos declives do Jura,
deve ter ocorrido uma perturbação cataclísmica tremenda nos leitos de
granito nos Alpes Ítalo-Suíços, seguido de uma grande movimentação de
água a uma velocidade imensa capaz de carregar pedaços de granito por
mais de 100 km através da Suíça, por cima do Jura, através dos passos e
então depositá-los em agrupamentos na face sudeste dos cumes da
cordilheira.
Um evento dessa magnitude encontra-se perfeitamente alinhado à
violência sobrenatural descrita pelo Prof. Frank C. Hibben em seus
36
estudos sobre animais destroçados e desmembrados no Alasca, soterrados e
congelados num átimo sob a lama, juntamente a árvores torcidas,
queimadas e igualmente congeladas. Hibbem afirma que, dentre os fatores
contribuintes para realizar a tarefa, deveríamos contabilizar a presença
de ventos supersônicos. A única maneira de gerar tais ventos em áreas
tão vastas seria mover a terra de tal forma a separá-la de sua rotação
diária normal de oeste para leste, de maneira que a atmosfera, mantendo
sua rotação habitual, mover-se-ia em velocidades supersônicas em relação
à superfície terrestre.
Quando o planeta está em rotação, os oceanos também giram do oeste
para o leste à velocidade de uma revolução por dia. Quando um cataclismo
ocorre, a crosta de 100 km de espessura da Terra “escorrega” em uma
direção diferente daquela da rotação normal – contudo, a atmosfera
continua rotacionando como antes e os oceanos também se recusam a mudar
sua direção rotacional. Dessarte, a atmosfera e os oceanos começam a se
mover sobre as massas de terra que passam debaixo deles em uma nova
direção, fazendo com que os oceanos e a atmosfera atinjam velocidades
supersônicas em relação às demais superfícies terrestres. Com os oceanos
avançando sobre as massas de terra em tais velocidades, é fácil
compreender como os imensos blocos de granito foram movidos dos Alpes
até a Cordilheira do Jura perdendo pouca ou nenhuma altitude, e como
vários quilômetros cúbicos de terra puderam ser retirados do lugar,
misturados com água, homogeneizados e então depositados em camadas
planas e independentes como aquelas presentes nas paredes do Grand
Canyon, Monument Valley e Canyon de Chelly.
Além disso, podemos compreender como a força surpreendente das
águas, movendo-se em velocidades inacreditáveis em um piscar de olhos,
podem obliterar civilizações inteiras e desaparecer com qualquer
vestígio de sua existência. Mesmo nos dias atuais, tivemos ocasiões onde
o simples rompimento de uma represa liberou um certo volume sobre alguma
cidade, literalmente eliminando as evidências de qual algum dia tenham
existido construções e pessoas naquele local.
Uma das impressões digitais que os grandes cataclismos deixam para
trás como uma informação de sua violência sobrenatural está na
quantidade de dentes de várias espécies de mamíferos encontrada nos
limites entre as camadas sedimentares – como ocorre no Grand Canyon, por
exemplo. Isso mostra como a vida naquele local foi pulverizada, deixando
como vestígio apenas os dentes dos animais, feitos de uma substância
dura o suficiente para suportar o massacre.
Durante os eventos, alguns lugares são submetidos a ventos e
inundações menos violentas. Nesses pontos, podemos encontrar traços de
civilizações pré-históricas cujos avanços tecnológicos só seriam vistos
novamente muitos anos mais tarde. Voltemos para Tiahuanaco, na América
do Sul, para ver um exemplo disso.
Os Incas descobriram Tiahuanaco – a 3.800 metros de altitude, nas
margens do Lago Titicaca – por volta do século II d.C. Apesar de terem
vivido naquela região por várias gerações, eles deixaram o sítio
intocado durante séculos. Qualquer um que esteja em procura de ouro ou
tesouros nas montanhas – eu já fiz isso no Novo México – conhece o
mantra indígena: “o que está na montanha, pertence à montanha”. Isso
significa que qualquer coisa que os Incas tivessem descoberto eles não
deveriam perturbar nem destruir, mover ou remover.
Você pode ler sobre isto, ver isto retratado em filmes ou ouvir a
respeito, mas nada se compara a testemunhar in loco quando a febre do
37
ouro assume o controle sobre as ações de alguém. É como se a ganância
mudasse um pacato aposentado em um aventureiro selvagem e ambicioso
capaz de levar a si mesmo e a outros à destruição e à morte para
satisfazer seu ímpeto. Eu já vi isso pessoalmente.
Tiahuanaco foi descoberta por Pizarro e seu bando de saqueadores
nos anos 1520. Tomados pela febre do ouro, Pizarro e sua expedição de
13-16 homens passaram a vandalizar tudo que encontravam pela frente,
inclusive partirndo ao meio milhares de estátuas procurando pelo metal.
Havia cinturões de prata de várias toneladas ao redor de monolitos
maciços de pedra. Os “colonizadores” quebraram os monolitos sem a menor
cerimônia para remover os cinturões.
Dentre os descobridores, havia um membro da expedição – um padre
espanhol, chamado Diego de Alcabaso – que escreveu o que viu:
“Eu vi um amplo hall com inscrições no teto representando palha.
Havia também o desenho de um lago banhando as paredes de uma esplêndida
corte nesta cidade dos mortos e, no meio da corte, nas águas rasas,
sobre a plataforma de uma maravilhosa coluna, várias estátuas bem
elaboradas de homens e mulheres – tão reais que pareciam estar vivas.
Algumas seguravam cálices e erguiam seus copos. Outras estavam sentadas,
ou reclinadas, como em vida. Algumas caminhavam na corrente que fluía
das paredes. Mulheres talhadas em pedra, com bebês em seus colos ou
segurando-os em suas costas. Em milhares de poses naturais, as pessoas
estavam lá, de pé ou reclinadas”.
Nenhuma dessas estátuas chegou aos dias atuais. A ganância da
civilização literalmente devastou Tiahuanaco com depredações e furtos.
Os vândalos que visitam esse fabuloso local pré-histórico ao longo
dos séculos fizeram aquilo que toda pessoa acometida pela febre do ouro
faz: ignoraram os valores intelectuais à sua frente, pois eles eram
menos óbvios. O grande portão de pedra no Templo de Kalasasaya possui
inscrições em seus arcos e pilares que, para os olhos menos treinados,
podem parecer apenas figuras sem sentido. Coube ao austríaco Arthur
Posnanski (1873-1946) compreender a importância daquelas inscrições, no
que foi seguindo por Wendell Bennett e John Philips, e então Hans
Schindler e Peter Allan – que completaram o quadro com sua brilhante
tradução das figuras na obra O Calendário de Tiahuanaco. Em seu livro
seguinte – O Grande Ídolo de Tiahuanaco –, Schindler e Allan apresentam
ainda a tradução das inscrições encontradas em uma estátua monolítica
descoberta em um templo soterrado. O livro não apenas explica seu método
de decifração e tradução, mas também mostra o trabalho penoso realizado
para preservar o monolito. A única coisa que eles não conseguiram
explicar foi porque a estátua possuía duas mãos esquerdas e nenhuma mão
direita!
Os trabalhos de Bellamy e Allan mostram vários aspectos
relacionados ao calendário e ao padrão de tempo utilizado em Tiahuanaco
em duas épocas diferentes – provavelmente a era do Mar Cáspio e a era da
Baía de Hudson. Deixarei uma descrição mais pormenorizada obre os
detalhes e as diferenças entre horas, dias e anos para aqueles que se
interessarem em ler os livros O Calendário de Tiahuanaco e O Grande
Ídolo de Tiahuanaco. O principal ponto de discussão a ser observado aqui
é que tanto o Ídolo quanto o Calendário registram que, durante ambas as
Eras, uma lua-satélite orbitava a terra de modo retrógrado. Durante a
Era do Ídolo – provavelmente entre 29.000 e 18.500 anos atrás –, o
satélite localizava-se a uma distância de aproximadamente 38.865 km da
Terra. Durante a era do Calendário – provavelmente entre 18.500 e 11.500
38
anos atrás –, o satélite localizava-se a uma distância de
aproximadamente 37.594 km da Terra.
A lua-satélite estava bem mais próxima de nosso planeta que a Lua
que conhecemos. Obviamente, o corpo celeste terminou ultrapassando o
limite de Roche e desintegrou-se na atmosfera – o que responderia por
algumas lendas pré-históricas de terríveis impactos envolvendo
asteroides ou cometas.
De onde a lua-satélite veio? Como nosso planeta a capturou? E,
claro, de onde nossa Lua atual veio e como nosso planeta a capturou? Se
Tiahuanaco e sua lua-satélite devem fazer algum sentido para nós, essas
perguntas devem ser respondidas.
A relação de Bode-Titius pode nos dar uma chave para esclarecer
isto. Titius e Bode, dois astrônomos alemães, descobriram
individualmente (porém quase ao mesmo tempo) esta relação no século
XVIII: tome os números das órbitas – ou números de círculos – dos
planetas a partir de Saturno como sendo 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32.
Multiplique cada número por 3, adicione 4 a cada resultado, divida por
10, e a série se tornará: 0.4, 0.7, 1.0, 1.6, 2.8, 5.2 e 10.0. Estes
números – com exceção de 2.8 – representam as distâncias relativas entre
os planetas conhecidos (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, 2.8, Júpiter e
Saturno) e o Sol, com 2.8 representando nenhum planeta identificado
naquela órbita específica.
Quando Urano foi descoberto em 1781, encaixava-se perfeitamente na
série com 19.6. A “lei” parecia estar mais certa que nunca e um intenso
debate teve início para descobrir o que deveria estar ocupando a
distância 2.8. Em 1801, o planeta anão Ceres foi descoberto em 2.8. Por
volta de 1945, mais de 1.500 outros corpos celestes foram encontrados na
mesma órbita. Desde então, aquele “círculo” é descrito como o Cinturão
de Asteroides.
Em 1846, o planeta Netuno foi descoberto e parecia desobedecer a
Lei da Relação de Bode-Titius: ele deveria estar a 38.8 na escala de
distâncias relativas, mas estava a apenas 29.2.
Em 1930, o planeta Plutão foi descoberto – e ele também parecia
desobedecer a Lei. Plutão foi encontrado próximo de 38.8 – onde Netuno
deveria estar – mas, segundo a “lei”, Plutão deveria estar em 77.2.
Desde então, a escala popularizada sob o nome de Lei de Bode foi
colocada de lado pela astronomia e considerada nada além de uma
curiosidade insignificante.
Talvez devêssemos abordar a Lei de Bode por outro ângulo. Se ela
está correta em tantos pontos, então a parte que parece estar errada
talvez decorra de erros na compreensão da física básica envolvida.
Invés de usar números relativos, vamos trabalhar com os números dos
círculos – ou números das órbitas. A primeira versão proposta para
progressão (0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, etc) representa estes números.
Todavia, invés de seguir a progressão – que é geométrica, exceto pelo
zero –, vamos listar todos os números, tornando a escala uma progressão
verdadeiramente aritmética. Os números, portanto, serão 0, 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8 e daí em diante, até 256.
Nesta nova escala, os círculos de número 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64,
128 e 256 podem ser considerados – cada um – um círculo fundamental.
Todos os outros círculos podem ser considerados como círculos
harmônicos. O círculo posicionado na metade do caminho entre dois
círculos fundamentais é considerado um primeiro harmônico. O círculo que
está na metade do caminho entre o primeiro harmônico e o círculo
39
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A História de Adão e Eva e o Próximo Cataclismo Global

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  • 3. TOMO I A História de Adão e Eva por Chan Thomas Tradução e Adaptação: Alessandro Loiola 3
  • 4. SINOPSE Se você acha que deveríamos estar preocupados, pense sobre o seguinte: o Serviço Geológico dos Estados Unidos emitiu uma declaração afirmando que a força do campo magnético da Terra está diminuindo de maneira acelerada. Nos últimos 350 anos, nosso campo magnético perdeu 30 a 40% de sua força – uma queda tremenda! Para completar, o Sistema Solar está se aproximando de uma zona neutra magnética na Via Láctea onde nosso manto de 100 km de espessura e 1.300o C de temperatura estará novamente livre para agir como um líquido. As consequências das somas destes fatores não deveriam ser menosprezadas ou ocultas da opinião pública. Nunca antes os fatos foram abordados de maneira tão inspirada e renovadora, e nunca tantos segredos foram revelados em uma única obra. Este é o tema mais estarrecedor de todos os tempos, abordado de maneira intrigante como nunca visto antes em um livro que levou mais de 40 anos para ser escrito. Os cataclismos globais – inundações como o Dilúvio de Noé –, foram descobertos no final dos anos 1770 por homens como André Deluc, Georges Cuvier e Déodat de Dolomieu, mas as causas desses eventos permaneceram um enigma durante seu tempo. Agora, Chan Thomas nos apresenta as respostas para o grande mistério da Teoria Cataclísmica, incluindo seu ciclo e seus princípios originadores. Thomas descreve o próximo catalismo com um realismo chocante de tirar o fôlego, adicionando uma revisão das informações contidas em Gênesis, revelando como mamutes e dinossauros desapareceram, traduzindo pela primeira vez as palavras de Jesus na cruz, e solucionando a Lei Astronômica de Titius-Bode que define as distâncias planetárias na estrutura do Sistema Solar. “Um pouco de conhecimento pode ser uma coisa perigosa, ou pode ser uma semente vibrante que produzirá florestas verdejantes e acordará os gigantes adormecidos”. 4
  • 5. Para Minha querida esposa. Sem sua ajuda e fé ao longo de anos de noites insones e infinitas horas de estudo, pesquisa, tradução e viagens este livro jamais teria sido escrito. Para General Hal Grant e sua maravilhosa família. Para General LeMay e Almirante Taylor e sua equipe, por seu encorajamento inspirador, sem o qual esta obra não existiria. Para Todos aqueles que ridiculizaram, menosprezaram e riram, relegando-me aos “loucos” e até mesmo me despedindo de meu trabalho: por causa de vocês, encontrei a motivação para perseguir, solucionar, encontrar e revelar a verdade. Devo-lhes muito. 5
  • 6. CONTEÚDO: 1. O Próximo Cataclismo 2. As Grandes Enchentes 3. A História 4. O Evento 5. Gênesis 6. Cataclismos Revisitados 7. Adendo 8. Conclusão 9. O Autor 6
  • 7. 1. O PRÓXIMO CATACLISMO Com um estrondo inicialmente tão baixo ao ponto de ser inaudível, então crescendo, pulsando e irrompendo em um rugido como um trovão, o terremoto tem início. Mas este não é um terremoto como outros na história: na região da Califórnia, as montanhas balançam como se fossem samambaias ao vento. O poderoso oceano Pacífico recua, em seguida soergue-se em uma montanha de água com mais de 3 km de altura e inicia sua jornada para o leste. Com a força mil exércitos, o vento ataca, arrancando tudo no caminho de seu bombardeio supersônico. Acompanhado da monumental onda do Pacífico, ambos enterram Los Angeles e São Francisco como se ambas as cidades não passassem de grãos de areia. Nada – absolutamente nada! – pode impedir o ataque incansável e avassalador do vento e do mar. Pelo continente afora, o vento de mais de 1.000 km/h irrompe furioso em toda parte, inclemente, incessante. Plantas e animais são feitos em pedaços enquanto vão sendo fustigados – e os terremotos não deixam pedra sobre pedra. Em muitos lugares, o manto rompe a crosta terrestre, adicionando imensos volumes de magma incandescente ao holocausto. Nas horas seguintes, o cenário de devastação será varrido por um gigantesco vagalhão oceânico, enterrando os EUA de costa a costa sob 4 km de sedimentos. No intervalo de um único dia, todos os vestígios de civilização são apagados da superfície. Todas as grandes cidades – Los Angeles, São Francisco, Chicago, Dallas, Nova Iorque, Boston – se tornarão lendas e mal sobrará um tijolo de pé no lugar onde milhões de pessoas caminhavam poucas horas antes. Alguns conseguirão encontrar abrigo na encosta de alguma grande montanha, enquanto observam o fogo líquido inundar os vales logo abaixo. A enchente chegará em seguida, também em velocidade supersônica, elevando-se cada vez mais, evaporando sobre o magma até quase alcançar os pés dos sobreviventes. Apenas as cordilheiras mais altas são capazes de resistir à investida cataclísmica. A América do Norte não está sozinha em seu destino fatídico. A América Central sofre a mesma ventura: vento, magma e inundação. Na América do Sul, os Andes não são altos o suficiente para impedir a violência impiedosa da natureza: em menos de um dia, Equador, Peru e oeste do Brasil são chacoalhados pelo terremoto devastador. Os Andes são açoitados pelo maremoto do Pacífico e vencidos pelas ondas em alguns trechos. O continente inteiro é soterrado por magma, submerso por vários quilômetros cúbicos de oceano e então congela-se. Tudo congela. Homens, animais, plantas e tudo mais são petrificados em menos de quatro horas. A Europa não escapa ao massacre: imensas ondas do Atlântico e ventos avassaladores destroçam tudo, do oeste ao leste. Os Alpes, os Pirineus, os Montes Urais e as montanhas da Escandinávia sacodem e se erguem antes da chegada do maremoto. O oeste da África e as areias do Saara sucumbem à fúria da natureza, do vento e do oceano. As regiões do Zaire, da África do Sul e do Quênia sofrem com pequenos terremotos e rajadas de vento – mas pouca inundação. Nesses locais, os sobreviventes observam aturdidos o Sol que se mantém imóvel no céu por quase doze horas. No leste da Sibéria e no Oriente, a gigantesca foice subterrânea excisa os pilares da terra, acompanhada do vento mortal em sua sinfonia 7
  • 8. supersônica de brutalidade e destruição. À medida que o Ártico se desloca de sua localização polar, o leste da Sibéria, a Manchúria, a China e Myanmar amargam o mesmo destino da América do Sul: vento, magma, inundação e congelamento. Os animais nas florestas são aniquilados, formando amontoados de carnes e ossos, e então soterrados por aludes de oceano e sedimentos. A temperatura cai 80o C quase que instantaneamente. Nenhum homem, animal, planta, terra ou água escapa do congelamento em todo o leste Asiático, e boa parte da região termina abaixo do nível do mar. Antártica e Groenlândia rotacionam com suas calotas de gelo em direção à Zona Tórrida (área da Terra entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio, N. do T.), e a fúria do vento e da inundação prosseguem por mais 6 dias. No 6o dia, o oceano começa a escoar dos terrenos mais elevados, assumindo sua nova configuração. No 7o dia, toda aquela agonia terrível termina: a Era do Gelo do Ártico chegou ao fim e uma nova Idade da Pedra tem início. Os oceanos – os grandes homogeneizadores do planeta – depositaram mais uma grossa camada de lama sobre os estratos anteriores, como exposto no Grand Canyon e no Deserto Pintado (ambos no Arizona), no Monument Valley (na divisa entre os estados de Utah, Colorado, Novo México e Arizona) e no Parque Nacional das Badlands (Dakota do Sul). A Baía da Bengala, ao leste da Índia, torna-se o novo Polo Norte. O oceano Pacífico, logo ao oeste do Peru, torna-se o novo Polo Sul. Antártica e Groenlândia, agora posicionadas ao nível do equador, derretem debaixo do calor tropical. Enormes Massas de água alcançam os mares, varrendo tudo – de montanhas a planícies – enquanto criam grandes variações sazonais. Em menos de 25 anos, as calotas de gelo dos antigos polos terão desaparecido e os oceanos se elevarão mais de 100 metros acima dos níveis anteriores. Durante gerações, a Zona Tórrida permanecerá coberta pela névoa resultante da umidade que evaporou para a atmosfera. Novas calotas de gelo começam a se formar nos novos polos ao mesmo tempo em que Groenlândia e Antártica se recobrem com folhagens verdejantes. A Austrália se torna mais uma vez um continente inexplorado na Zona Temperada, com pouquíssimos sobreviventes perambulando por sua vastidão. Nova Iorque se encontra no fundo do Oceano Atlântico, devastada, dissolvida, derretida pelo magma e coberta por quantidades inacreditáveis de lama e lodo. Nenhum vestígio resta de São Francisco, Los Angeles, Chicago, Dallas e Boston – todas estas cidades se uniram às lendas das Sete Cidades de Cíbola. O que sobrou do Egito emerge da inundação mediterrânea um pouco mais alto, mas os lugares comuns de nossa Era se tornam tão misteriosos como as ruínas de Balbeque. Uma nova era! Sim, o cataclismo fez bem o seu trabalho. Uma vez mais, o maior regulador populacional de todos fez pela humanidade aquilo que ela recusa a fazer por si mesma e pelo planeta que a abriga, e jogou os poucos sobreviventes em uma nova Idade da Pedra. Após isto, nos juntaremos a Noé, Adão e Eva, Atlântida, Mu e ao Olimpo – e Jesus se juntará a Osíris, Ta´aroa, Zeus e Vishnu. 8
  • 9. 2. AS GRANDES ENCHENTES Noé? Adão e Eva? Visnhu? Osíris? O que eles possuem em comum? Todos representam ciclos culturais distantes entre si, mas, de alguma forma, se unirão no próximo cataclismo e caminharão juntos para a extinção como boa parte de nossa civilização. Outros também caminharão ao nosso lado: homens há muito esquecidos que deduziram pela primeira vez que estas catástrofes cataclísmicas (“evoluções da crosta terrestre”) aconteceram antes por incontáveis vezes. Homens como Jean-Andre Deluc (geólogo suíço, 1727-1817), Déodat de Dolomieu (mineralogista francês, 1750- 1801), Georges Cuvier (naturalista francês, 1769-1832) e Arnold Escher von der Linth (geólogo suíço, 1807-1872), que inferiram que os cataclismos eram causados por alterações súbitas nos eixos e na configuração da superfície de nosso planeta. Em sua Teoria da Terra (1812), Cuvier baseou suas conclusões em extensas pesquisas envolvendo estratigrafia, anatomia comparativa e paleontologia. A bem da verdade, Cuvier foi o fundador da anatomia comparativa, além de um autodidata extraordinário. Na época, escreveu: “cada parte da Terra, cada hemisfério, cada continente, exibe o mesmo fenômeno. Houve, portando, uma sucessão de variações na natureza orgânica da natureza, uma sucessão de catástrofes que perturbaram os estratos geológicos dando origem às várias peculiaridades continentais. É de grande importância registrar que estas repetidas elevações e descensões dos oceanos não foram lentas ou graduais, pelo contrário: as catástrofes que as ocasionaram foram súbitas e isso é fácil de ser comprovado – especialmente com relação ao último evento. Por isso, concordo com os Srs. Deluc e Dolomieu de que, se resta algo para ser estabelecido pela geologia, é o fato de que nosso globo passou por grandes revoluções repentinas, sendo que a mais recente não parece ter menos de 5 ou 6 mil anos”. “Essas alternâncias”, prossegue Cuvier, “parecem configurar um problema na geologia cuja solução é de extrema relevância. Para que esta solução seja satisfatória, seria necessário descobrir o que causou tais eventos, e este questionamento tem me perseguido – eu diria até atormentado-me – durante todas as minhas buscas por fósseis. Minhas pesquisas abordam apenas uma parte ínfima do fenômeno, mas estou convicto de que o último cataclismo global está intimamente ligado aos anteriores e aos próximos”. Muitas tentativas foram feitas para responder à incitação geológica de Cuvier. Immanuel Velikovscky (1895-1979) procurou as respostas em estudos sobre mitos e lendas; Charles Hapgood (1904-1982) também tentou, assim como Hugh Brown (1883-1975). No processo, reuniram um conjunto imenso de dados. Todavia, a cada vez que a Teoria Cataclísmica surgia, a hipótese era apedrejada, rechaçada, desprezada e soterrada com argumentos vingativos – mas seu cadáver parece recusar-se a permanecer morto. A cada novo ataque, a Teoria levanta a tampa de seu caixão e, com uma voz sombria, parece anunciar das profundezas de seu túmulo: “vocês todos morrerão antes que eu morra”. No livro The Lost Americans (1961), o arqueólogo Frank Cumming Hibben (1910-2002) escreveu: “não se trata de uma extinção comum em um período incerto, mas de um evento catastrófico e generalizado que casou a morte de 40 milhões de animais – e o corpo delito deste mistério pode 9
  • 10. ser encontrado em praticamente toda parte. Seus ossos estão nas areias da Flórida, nos cascalhos de Nova Jersey, nos planaltos do Texas, nos poços de alcatrão de Wilshire Boulervard... Os corpos das vítimas estão em toda parte e encontramos literalmente milhares deles juntos: jovens e velhos, potros com éguas, bezerros com vacas… Os lodaçais do Alasca estão entupidos de evidências sinalizando uma rápida extinção em massa. Qualquer que seja a causa, ela deve ser aplicável para a América do Norte, Sibéria e Europa”. “Mamutes e bisões foram dilacerados e torcidos como se tivessem sido exterminados à mão por alguma ira divina. Em muitos lugares do Alasca, as camadas de lodo estão salpicadas de escombros e ossos de animais… mamutes, mastodontes, bisões, cavalos, lobos, ursos e leões… toda uma população da fauna subitamente morta e congelada no meio de uma catástrofe cataclísmica”. Ventos sobrenaturais, vastos incêndios vulcânicos, inundação e soterramento por lama, animais dilacerados preservados em lodo super congelado. “Qualquer boa resposta para este mistério deve ser capaz de explicar todos estes fatos”, sentenciou Hibben. Como um fantasma em meu subconsciente, o desafio para descobrir a resposta não me deixava em paz. Eu era capaz de ouvir a voz de Cuvier, instigando-me: “descubra a causa desses eventos”. Eu sentia a provocação de Hibben, dizendo: “descubra todos os fatos”. E decidi que a Teoria Cataclísmica – o desfecho catastrófico que visita nosso planeta periodicamente – necessitava de uma confirmação ou de uma refutação de uma vez por todas. O primeiro passo foi reunir o maior número possível de dados do maior número de ciências: estratigrafia, arqueologia, radiologia, paleontologia e oceanografia, além de cosmologia, astronomia, sismologia e paleolínguas como o Maia pré-histórico. Nem mesmo a Evolução poderia ser ignorada. Além disso, a correlação dos dados cruzados entre as diversas ciências deveria ser honesta. Todas essas informações forneceram a resposta: apesar de existirem dados suficientes na maioria das ciências para indicar que estes cataclismos ocorreram, não havia o suficiente em cada uma das ciências isoladamente para deduzir o evento ou provar o conceito da Teoria, mas a correlação dos dados cruzados mostrou que o conceito era verdadeiro. Não apenas confirmou que os eventos haviam ocorrido, mas revelou quando os últimos cinco cataclismos aconteceram e em quais posições a crosta terrestre se encontrava nos últimos 35 mil anos ou mais. Finalmente, anos após as pesquisas iniciadas em 1949, o desafio de Cuvier possuía uma resposta: sim, de fato os cataclismos ocorrem – mas eu ainda não havia encontrado a resposta para a causa. Eu levaria mais 20 anos até conseguir descobrir o gatilho dos cataclismos. O que os desencadeia? Exatamente o que ocorre uma vez que são desencadeados? Qual é o processo envolvido? A partir dos dados, parecia óbvio que processo não era linear, mas seria possível extrair alguma função matemática a partir das informações? Ou os eventos eram aleatórios e imprevisíveis? Quanto mais apendemos, mais se apresenta para ser descoberto e aprendido. Enquanto isso, que aventura! E quão dramática se descortinou a narrativa da Terra: civilizações que existiram há mais de 20 mil anos com tecnologias mais avançadas que nossa imaginação poderia conceber; lendas pré-históricas da Grécia, Egito, Índia e América do Sul converteram-se de mito em história; continentes perdidos no Atlântico e 10
  • 11. no Pacífico se tornaram realidades datáveis, com motivos lógicos para seu súbito desaparecimento. Sim, Vishnu sobreviveu a um cataclismo muitos milhares de anos atrás – na verdade, 10 cataclismos atrás! Agora, ele é conhecido como deus hindu que renasceu 10 vezes das águas. Osíris foi redescoberto: ele foi o Jesus de seu tempo – um homem do Egito, há cerca de 15 mil anos. Noé sorriu para nós a partir das páginas da Epopeia de Gilgamesh – na verdade, ele era Utnapishtim, um sumério que viveu há aproximadamente 7 mil anos. A arca que ele construiu é muito mais que apenas uma lenda. O processo do cataclismo agora é conhecido. Observe a figura da secção transversal da Terra apresentada logo após a capa deste livro. Você verá duas camadas amarelas. A mais importante é a fina camada que se inicia a 100 km de profundidade e se estende até 200 km a partir da superfície da Terra. A camada mais grossa, que se inicia a cerca de 3 mil km da superfície, no fundo do Manto, e se estende por mais 2 mil km, é o Núcleo Externo. A sismologia já provou que estas duas camadas são fundidas e ardem em temperaturas acima de 1.300o C. A camada mais externa de 100 km de espessura é a responsável por fornecer aos vulcões a lava que eles expelem na superfície terrestre. Dentro da Terra, a atividade eletromagnética do núcleo faz com que essas camadas se comportem quase como se fossem sólidas ou plásticas. Enquanto a atividade da estrutura eletromagnética se mantiver estável, o planeta guardará sua configuração e sua rotação habituais. Se alguém duvida que a calota de gelo da Antártica está aumentando, informo que está, ao ritmo de um Lago de Ontário por ano. O mesmo está ocorrendo com o gelo da Groenlândia. Uma vez que ambas as calotas não estão centradas ao eixo de rotação da Terra, elas exercem uma força centrífuga entre si e em um vetor perpendicular ao eixo da Terra. Seria como se você estivesse girando dois baldes com água, amarrados a uma corda presa a cada um de seus braços. Enquanto gira, a água permanece dentro dos baldes. Se você não tivesse as cordas, os baldes e a água seriam arremessados para longe. No caso das calotas polares, a força de “impedimento” (a “corda”) corresponde à gravidade, que mantém as calotas presas à terra. Uma vez que essas calotas não são capazes de se desprender da superfície e sumir pelo espaço, elas resolvem o problema da tensão tentando puxar toda a crosta terrestre sobre a camada de 100 km logo abaixo delas. Enquanto as estruturas eletromagnéticas se mantiverem estáveis no interior do planeta, as calotas não conseguirão mover a crosta – e a rotação e os dias, os meses e os anos seguem do modo ao qual estamos acostumados. Neste exato momento, por motivos que desconhecemos, a cada punhado de milhares de anos a organização eletromagnética da camada externa mais fina é rompida – e não sabemos nem ao certo determinar o que significa “rompida”. Acreditamos que isto envolva (de alguma forma) uma redução tão imensa na energia eletromagnética que a fina camada externa passa a se comportar como um líquido livre, servindo então como um lubrificante para que as calotas polares consigam empurrar a crosta terrestre a ponto de fazer os polos girarem 90 graus até a Zona Tórrida. Em 6 ou 12 horas, os polos geográficos se movem para a Zona Tórrida e o inferno acontece: como a atmosfera, os oceanos e os lagos não se movem com a crosta, eles simplesmente continuam rodando do oeste para o leste (no equador, esta velocidade é de cerca de 1.660 km/h). Então, enquanto a crosta se move com os polos em direção ao equador, os ventos 11
  • 12. e os oceanos continuam se dirigindo para leste, soprando e inundando em velocidades supersônicas, submergindo continentes inteiros sob vários quilômetros de água e destruindo tudo que o homem construiu – incluindo ele mesmo. Este é um resumo do processo. E quanto ao gatilho? Ele mostrou ser a peça mais capciosa de todo o quebra-cabeças. Não poderíamos confiar em alguma força sobrenatural – como algumas vezes ocorre nas lendas, onde uma entidade dos céus viola as leis da física. Não, o gatilho deveria ser algo natural, uma parte comum da estrutura da natureza capaz de violar a organização eletromagnética interna da Terra toda vez que um cataclismo ocorresse. Também deveria ser um tipo de evento que diminuísse a atividade eletromagnética ao ponto de ambas não serem mais capazes de manter o comportamento plástico ou quase sólido da fina camada mais externa. Houve um tempo em que pensávamos que grandes tempestades solares poderiam servir para esse papel – pois elas são capazes de perturbar a estrutura eletromagnética interna da Terra –, mas estávamos errados. O tempo gasto neste equívoco de juízo foi o preço pago por lidar com suposições invés de fatos, mas esse foi um desvio necessário: com isso, tivemos mais tempo para catalogar mais fatos e, principalmente, apurar nossa capacidade de raciocínio analítico. Sabíamos que a intuição correta – qualquer que fosse ela – uma hora nos alcançaria. A dedução do processo forneceu uma compreensão mais ampla dos eventos pré-históricos. Por exemplo: entendemos que as Eras do Gelo não se tratam de um avanço e um retrocesso nas camadas de gelo, mas simplesmente que áreas diferentes ocupam as regiões polares em tempos diferentes e por diferentes períodos. As mudanças nas posições ocorrem na fração de um dia, e os dilúvios supersônicos que acompanham esses eventos depositam estratos imensos de terra, como aqueles que podemos ver nas paredes do Grand Canyon, do Deserto Pintado e do Monument Valley, além do Canyon de Chelly (no Arizona) e da Moqui Dugway (em Utah). A história ao redor do mundo oferece um testemunho silencioso da Teoria Cataclísmica: - O mamute de Bereskova, encontrado numa das margens do rio Beresovka (Sibéria) em 1901, em excelente estado de conservação e com ranúnculos botão-de-ouro em sua boca; - A idade das gargantas sob as Cataratas do Niágara e de Saint Anthony, ambas com cerca de 7 mil anos de idade; - O súbito desaparecimento da calota de gelo na Baía Laurenciana (Canadá), há cerca de 11.500 anos; - A ininterrupta evolução de Galápagos ao longo de mais de 11 mil anos; - As datações geológicas no estuário do rio Murrumbidgee (Austrália), mostrando o fim de uma calota de gelo na região por volta de 11.500 anos atrás; - A idade dos fósseis retirados dos poços de alcatrão em Wilshire Boulevard, datados de cerca de 11 mil anos atrás; 12
  • 13. - O abrupto desaparecimento de atividades humanas na cidade pré- histórica de Tiahuanaco (Bolívia) há 11.500 anos; - O excepcional trabalho de Leonard Woolley, que datou o Grande Dilúvio por volta de 6 mil anos atrás; - O desaparecimento da calota de gelo do Wisconsin há cerca de 29 mil anos; - A súbita elevação dos oceanos em mais de 100 metros há 7 mil anos; - A súbita elevação do leito do rio Saint Lawrence (região dos Grandes Lagos), há 7 mil de anos; - A mudança nos níveis da linha costeira da Baía de Hudson, no Canadá; - Os imensos blocos de granito depositados nas encostas do Maciço do Jura (Alpes Suíços) mais de mil metros acima do nível do mar; - A lendária descoberta de Fraser de mais de 8 mil mitos independentes de sobreviventes pós-diluvianos na região da península da Malásia; - A região e Pejark Mash (Austrália), que mostra uma extinção súbita de várias espécies - incluindo humanos – há cerca de 11.500 anos; - O mapa do cartógrafo otomano Piri Reis (1513), mostrando o Polo Norte no Egito e a costa da Antártica em detalhes, sem sua calota de gelo, e com o continente ainda ligado à América do Sul; - O relógio d´água egípcio em concordância com o mapa de Piri Reis; - Os granitos depositados no topo das montanhas ao redor do Vale da Morte (Califórnia); - As estratificações homogêneas no Grand Canyon, no Deserto Pintado, no Monument Valley e nas Badlands, com cada camada apresentando-se como se tivesse sido depositada lá de maneira súbita por volumes inacreditáveis (e super-rápidos) de água; - O atual crescimento da calota de gelo da Antártica ao ritmo de aproximadamente 470 metros cúbicos de gelo por ano; - As lendas dos habitantes primitivos da Terra do Fogo que contam do dia em que o Sol se pôs na direção errada; - As lendas dos habitantes primitivos do Peru sobre o dia em que o Sol permaneceu parado no céu; - As lendas de tribos ancestrais da Malásia e de Sumatra sobre a “longa noite”; - Os estratos geológicos em Wrenshall (Minnesota) e Hackensack (Nova Jérsei), que estão em conformidade uns com os outros; 13
  • 14. - A prevalência de jade no Oriente, um material originado do manto e exteriorizado próximo dos pontos equatoriais pivotais durante um cataclismo; - As evidências de vegetação tropical na Sibéria, no Alasca e na Antártica, preservada por milhares de anos na fração de um dia durante um cataclismo; - As semelhanças das línguas faladas em diferentes partes do mundo, da Polinésia à Grécia, ao Egito, ao Peru, ao Alasca, à Turquia e ao extremo oriente e mais; - As pegadas de dinossauros feitas na lama exposta de leitos de rios e congeladas antes que fossem deterioradas, assim permanecendo por milhares de anos até que a lama se fossilizasse e permitisse que nós, hoje, as encontrássemos como pegadas de dinossauros impressas em leitos de rocha; - A correlação entre Era do Gelo, Idade da Pedra e o súbito desaparecimento de quase todas as espécies de vida no mundo todo, ao mesmo tempo; - A sobrevivência de formas primitivas de vida em pontos equatoriais como a Península da Malásia e o arquipélago de Galápagos (ambos atualmente abundantes em lagartos); - A existência de recifes de corais no assoalho do Oceano Ártico; E mais e mais e mais e mais evidências que nos oferecem uma visão das posições da crosta terrestre ao longo dos últimos 35 mil anos ou mais. Quando colocamos todas essas informações em ordem, obtemos um quadro surpreendente sobre quais áreas estiveram no Polo Norte, quando elas se moveram para lá, quando elas saíram de lá, e quanto tempo permaneceram nesta posição (a tabela deses dados será apresentada a seguir). Observe que o fim de uma Era corresponde ao início de uma Nova Era. Apesar de a tabela apresentar os períodos em termos de “anos atrás” e “anos de duração”, lembre-se que a mudança de uma Era para outra ocorre na fração de um único dia – rápido o suficiente para ser considerada abrupta. Sim, Noé, Adão e Eva, Osíris, Ta'aroa, Zeus e Vishnu possuem um significado muito mais profundo agora. Enquanto eles se juntam para caminhar conosco, escutamos Adão e Eva dizerem: “Ouçam! Pois agora podemos compartilhar verdadeiramente nossa história com vocês!”. 14
  • 15. Tabela 1 – Eras e Áreas do Polo Norte 15
  • 16. 3. A HISTÓRIA É engraçado como algumas coisas podem perseguir você da infância à idade adulta. Não coisas necessariamente grandes, mas coisas muitas vezes pequenas que grudam na sua mente e de vez em quando mandam um “alô” para que você saiba que elas ainda estão lá. Se eu fizesse uma lista de todas essas coisas que me seguiram durante a vida, escreveria um livro inteiro a respeito. Gostaria de falar aqui sobre algumas delas. A primeira vez que ouvi a história da Criação e de Adão e Eva, ainda era uma criança e o relato me incomodou. Para mim, o incômodo não se relacionava apenas às alternativas usuais – acreditar com grande fé na história contada ou repudiá-la como um absoluto nonsense –, mas a algo mais profundo: se aquilo que nos ensinaram uniformemente é uma versão da verdade (a despeito de sua clara divergência com aquilo que convencionamos como verdades científicas), então a verdade absoluta deveria surgir em algum ponto nos relatos da história – o que, para mim, consistiria em uma leitura mais honesta dela. Minha busca por esta verdade aconteceu quase que por acidente. Anos de dados correlacionados e estudos sobre cataclismologia mostravam que o cataclismo mais recente havia ocorrido há cerca de 7.000 anos, e que Noé – ou Utnapishtim ou qualquer que seja seu nome – realmente existiu e foi capaz de sobreviver à devastação. Um amigo havia sugerido que Gênesis I (Bíblia de King James) apresentava uma descrição quase perfeita das condições em nosso planeta logo após o cataclismo, incluindo os sete dias que o sucederam. Ao reler, fui obrigado a concordar com ele. Gênesis II mencionava até mesmo uma “névoa” (na tradução adequada: inundação) que surgiu das entranhas da Terra e submergiu toda a superfície do planeta. Bem, isto era algo que merecia ser ponderado. Se a interpretação estivesse correta, então Gênesis II continha um relato do cataclismo que precedeu Noé, há cerca de 11.500 anos – mais ou menos no período da história de Adão e Eva. A busca teve início. Se a história relatava aquele cataclismo, em que língua foi escrita pela primeira vez? Certamente, não seria hebraico ou grego, pois, até onde sabemos, essas línguas ainda não existiam na época. Seria possível mergulhar nas páginas apagadas da pré- história e encontrar tanto a língua quanto o relato como foi escrito originalmente? Se observarmos o trabalho de homens como Don Antonio Batres Jaurequi (1847-1929) e James Churchward (1851-1936), talvez encontremos esta resposta. O conhecimento de ambos sobre a linguagem pré-histórica poderia ser uma chave para resolver o enigma. Mais adiante, discutiremos o papel dos Naga e dos Maias na história de Adão e Eva. Contudo, primeiro, vamos examinar a história em Gênesis I, II e III. Existem muitas linhas de estudo sobre este tema, sendo a predominante aquela que defende que Moisés foi o responsável pelo texto original. Isso não parece errado, uma vez que Moisés foi criado na corte real e, provavelmente, teve acesso a vários escritos e ensinamentos contidos nos arquivos egípcios – conhecimentos perdidos nas transferências desses arquivos para Alexandria, Heliópolis e Sais. Os Dez Mandamentos são uma condensação dos 42 questionamentos de Osíris ao entrar no reino dos céus. Se Moisés escreveu parte do Velho Testamento, 16
  • 17. ele deve ter tido acesso às tabletas Naga, ou interpretações egípcias dessas tabletas, repassadas aos egípcios ao longo de milhares de anos através das castas reais. Ademais, os sacerdotes do Egito provavelmente tinham conhecimento do cataclismo de 11.500 anos atrás. Supõe-se que estes mesmos sacerdotes transmitiram para o legislador grego Sólon (630- 560 a.C.) informações sobre o cataclismo que afundou Atlântida no oceano 9 mil anos antes de seu tempo. Observe que 9.000 + 600 a.C. + 1.950 d.C. = 11.550 anos atrás. Aarão, irmão de Moisés, se tornou o primeiro chefe dos hebreus por volta de 1.300 a.C. Em algum momento, entre 15 e 18 gerações mais tarde, tendo o posto de sacerdote-mor sido passado de pai para filho ao longo das gerações, Seraiah (ou Seraias) foi nomeado sacerdote-mor (ver Ezra, e Ezdras 1 e 2). Mais tarde, em 586 a.C., no 19o ano do reinado de Nabucodonosor II, Seraiah foi executado e seu filho, Ezra, tornado cativo na Pérsia (ver Reis 2, Bíblia de King James). Jerusalém foi saqueada e todas as leis e registros hebraicos do Velho Testamento foram queimadas no templo de Jerusalém por Nebuza-adan, capitão da guarda de Nabucodonosor II. Em 458 a.C., o 7o ano do reinado de Artaxerxes I na Pérsia, Ezra recebeu autorização para restabelecer a lei e a religião hebraicas. De acordo com 2 Esdras (Bíblia de King James), Ezra reescreveu a história dos hebreus desde o princípio, reconstituindo suas normas. Ora, entre 586 e 458 a.C. existem 128 anos. O mais tarde que Ezra poderia ter nascido teria sido poucos meses após a execução de seu pai, Seraiah (ver história de Onan, Gênesis 38:8 a 10, Bíblia de King James). Portanto, em 458 a.C., Ezra teria no mínimo 127 anos de idade, significando que seu trabalho de reescrever as leis e a história baseava-se – em nome do argumento – em uma memória bem distante. Vamos analisar esta anomalia: como mencionado, a linhagem de Aarão até Ezra contem 17 a 20 gerações, incluindo Aarão e Ezra. Se presumirmos (1) 1.300 a.C. como sendo o início do sacerdócio de Aarão (1.290 a.C. é um ajuste ao tempo do Êxodo); e (2) 458 a.C. como sendo próximo ao término do sacerdócio de Ezra; temos que o tempo médio de sacerdócio por geração seria entre 42,1 e 49,5 anos. À luz deste cálculo, teríamos que acreditar que Ezra serviu seu sacerdócio por aproximadamente 130 anos? Isso incluiria o tempo total de sua vida ou apenas um pedaço dela? Parece mais plausível pressupor que foi o avô de Ezra, Azariah – e não seu pai, Seraiah – que foi feito prisioneiro e executado pelos homens de Nabucodonosor II em 586 a.C.. Dessa forma, Seraiah e Ezra teriam ocupado o cargo de sacerdote-mor entre 586 e 458 a.C. – uma média de 64 anos de serviços prestados para cada um. É igualmente plausível considerar que o bisavô de Ezra, Helchiah, tenha sido a vítima em 586 a.C. Isso daria a Azariah, Seraiah e Ezra um total de 128 anos no cargo de sacerdote-mor, ou 42 anos para cada um deles, o que é bem mais próximo da média de 42,1 a 49,5 anos de serviços entre Aarão e Ezra ao longo de um período de 845 anos. Isso significa que a história escrita de Adão e Eva foi vista pela última vez por Helchiah ou Azariah, transmitida verbalmente (provavelmente) por Azariah e (certamente) por Seraiah e Ezra, e então, finalmente, ditada por Ezra para seus cinco escribas. São os escritos desses cinco escribas que temos hoje como sendo o trabalho realizado por Ezra. E o inglês não é nem mesmo uma tradução literal do texto… Por exemplo: “sem forma e vazia” pode ser traduzido, mais literalmente, como sendo “inundações furiosas e ventos terríveis”… 17
  • 18. Por meio de uma reconstrução mais correta do Gênesis de Ezra, recebemos as seguintes informações: 1. Uma vez que termos como árvore, fruto, serpente, querubim, palavra de fogo e outras palavras de Moisés eram glifos na linguagem pré-histórica, as crônicas da Criação e de Adão e Eva provavelmente foram escritos em Naga, a linguagem localmente predominante 11.500 anos atrás. O Naga é quase idêntico ao Maia pré-histórico e deu origem a várias outras línguas, incluindo idiomas orientais e polinésios, além do egípcio, do grego e do yakut. Meu conhecimento dos glifos em Naga e Maia me permitem ler muitos textos em cobertores indígenas no sudoeste dos EUA que retratam em cores vívidas um cataclismo. Com frequência, me pergunto se os nativos riem entre si enquanto veem os turistas comprando seus cobertores achando que aqueles desenhos são apenas imagens bonitinhas. Yakut é uma língua interessante, consistindo quase em um Naga puro falado. A língua é utilizada por esquimós do Alasca e o termo Yakutat (que serve de batismo para um dos 18 distritos do Alasca) significa literalmente “o lugar onde yakut é falado”. O idioma também é falado por tribos nativas na Turquia. A forma pré-história mais pura de Naga também é utilizada por uma tribo no norte da Índia – e ele é puro Maia pré- histórico. 2. Moisés (certamente) e Aarão (possivelmente) tinham acesso à biblioteca real de pedras-glifos no Egito. 3. Nem Moisés, tampouco Aarão, sabiam como ler corretamente a linguagem ancestral em Naga ou Maia e interpretaram os glifos literalmente. 4. Incapazes de traduzir com acurácia os simbolismos nos glifos, Moisés e Aarão (e possivelmente Ezra) leram a história de Adão e Eva com as atitudes sociais e religiosas de seus dias. Naqueles tempos, as mulheres eram consideradas criaturas inferiores, a fonte de todos os pecados, e seus nascimentos eram registrados apenas excepcionalmente. Em suma, elas eram as responsáveis por cada um dos sofrimentos humanos. Incrivelmente, esta atitude persiste de forma ainda pior em várias religiões atuais. Seria de espantar que Eva seria responsabilizada pela queda de toda a humanidade como resultado das interpretações dos glifos Naga feitas por Moisés? E de Ezra lendo os escritos de Moisés? Talvez essa mensagem tenha sido repassada entre os sacerdotes egípcios muitos anos antes de Moisés, chegando até ele como uma história verbal. Se seu pai foi realmente capturado e executado pelo Capitão da Guarda Nebuza-adan, então provavelmente foi o avô de Moisés quem passou a história para ele verbalmente. Ao mesclarem as duas histórias em uma só para elaborar Gênesis I, II e III, o termo “homem” pode ter sido confundido com “Adão”. É possível que Adão, estando apenas a 9 gerações anteriores a Noé – e considerando que a Era Polar do Sudão teve uma duração de 4.500 a 5.000 anos – não tenha sido o “homem” referido na Criação, mas seu nome e suas experiências terminaram sendo mesclados com a história do “homem”. Sem embargo, lembre-se que Ezra ditou a totalidade de sua história de cabeça para cinco escribas e seu trabalho representa o Gênesis como o conhecemos hoje. Ser capaz de recuperar dos arquivos de sua memória tudo que ele fez – se é que ele fez – é um ato de inspiração da mais alta ordem. Outrossim, parece ser evidente que Ezra desconhecia que 4.500 18
  • 19. anos haviam transcorridos entre Gênesis I e o dilúvio de Noé. Está claro em 2 Esdras 3:9 (Bíblia King James) que Gênesis I e o dilúvio de Noé foram dois eventos separados. Ao descrever os dois eventos, lemos: “E novamente no decorrer do tempo trouxeste o dilúvio sobre aqueles que habitavam no mundo, e os destruíste”. A linhagem dos altos sacerdotes entre Aarão e Ezra difere em número de gerações (17 ou 20) e os nomes apresentados em 1 e 2 Esdras (Bíblia King James); e ambos diferem em nomes no livro de Ezra. Também encontramos diferenças nas linhagens entre Noé e Jesus (aproximadamente 51 gerações). Não é de se se pensar, por conseguinte, que algumas gerações podem ter sido omitidas entre Adão e Noé? Para não mencionar entre Noé e Jesus, e entre Aarão e Ezra? Além dessas evidências, existem incontáveis lendas na região do Pacífico Asiático sobre uma inundação ocorrida há 11.500 anos, e uma “Criação” muito parecida com aquela descrita em Gênesis I e II. Não seria possível que o “homem” da história de Gênesis poderia ter sido confundido com Adão no decorrer dos milhares de anos, especialmente após a história ter atravessado um cataclismo no tempo de Noé, 7 mil anos atrás? É um milagre que a história da Criação e de Adão e Eva, após atravessar 11.500 anos e ter sofrido tantos debates e edições por seus “guardiões” ao longo dos tempos, tenha chegado a nós com tão pouca distorção. Devido à ausência de informações mais claras, o “homem” e Adão foram mantidos como sendo uma só pessoa na tradução / interpretação. 5. Os glifos do idioma Naga mais significativos entregues a nós sobre a Criação incluem: querubins, costela, sono de Adão, homem, mulher, árvore, fruto da árvore, serpente e espada flamejante. O conhecimento dos glifos Naga informam que a árvore (ou vida) simboliza um continente-mãe, uma civilização que durou milhares de anos a mais que nossa civilização atual. A serpente sem adorno representa água no seu estado natural – ou o oceano. Uma serpente entrelaçada a uma árvore significava que o continente-mãe estava circundado por água. Quando Gênesis 3:15 (Bíblia King James) descreve o calcanhar de Eva sobre a cabeça da serpente, isso representa a vitória de Eva sobre os oceanos (falaremos sobre isso mais adiante). Os querubins – que não eram os bebês fofinhos retratados hoje em dia – consistiam em glifos híbridos entre homens e bestas e significavam pernas ou fundações ou sustentáculos. Invés de os querubins estarem localizados no Jardim do Éden, a leitura mais correta seria afirmar que as fundações (querubins) foram levadas embora. A leitura Naga ou Maia do Livro dos Mortos egípcio mostra que os querubins do norte, do sul, do leste e do oeste foram varridos do mapa – significando que as fundações do continente-mãe desmoronaram e/ou foram destruídas. A espada flamejante simboliza o fogo e os terremotos. Por fogo, entenda-se o que todas as lendas desses cataclismos chamavam de “fogo da terra”: a exteriorização da camada fundida 100 km abaixo da superfície da terra durante um cataclismo – um inferno literal. Até onde sou capaz de determinar, esta é a origem do conceito humano que temos para inferno. Lembro-me de estar assistindo o funeral de John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) na televisão e ficar especialmente estupefacto com o 19
  • 20. encantamento recitado pelo arcebispo para livrar JFK dos portões do inferno. Suas palavras retrocediam à Roma pré-Cristã: em sua descrição dos portões do inferno, o arcebispo pintou um quadro exatamente igual ao do manto quando este rompe a crosta terrestre. Milhares de anos separavam as palavras do arcebispo das pessoas que haviam efetivamente testemunhado um evento assim. Tive calafrios em minha espinha e a impressão daquela descrição jamais saiu de minha mente. A fruta da árvore simboliza a humanidade que habitava os continentes antes de Adão e Eva. Comer o fruto significava que eles descendiam da humanidade original. O fato de Eva comer primeiro significa que ela era a geração mais jovem. O fato de Adão comer depois significa que ele era seu pai. Eva era filha de Adão? Sim, e esta é a origem de uma das mais antigas leis hebraicas: se um homem e uma mulher sobreviverem a uma catástrofe do nível de uma extinção em massa, eles devem copular, a despeito de sua relação parental. Se você quiser conferir isto, leia a história de Lot e suas duas filhas. As filhas estavam simplesmente obedecendo a lei hebraica. Diz-se que ele estava bêbado demais para saber o que estava fazendo… Hum, se ele estivesse tão alcoolizado assim, sequer teria conseguido iniciar o ato. Talvez ele fosse um ator muito bom, no final das contas. O glifo da Criação é ainda mais revelador: existem 3 figuras representadas na pedra. A figura do topo é a face de uma pessoa dormindo ou morta (não existiam símbolos independentes para morte e sono na linguagem Naga: ambos eram representados pelo mesmo glifo). A figura do meio é um homem, e a figura da base é uma mulher, representada como sendo a mãe de toda a humanidade. Além disso, existem linhas curvas ligando a figura da pessoa dormindo ou morta e a figura do homem à figura feminina na base. Este glifo foi interpretado como se a figura do meio – o homem – tivesse sido colocado para dormir, e uma costela (ou costelas) tivessem sido removidas dele (as costelas sendo representadas pelas linhas curvas) para dar forma à figura na base, a mãe feminina de toda a humanidade. Isso se encaixa lindamente à história da criação de Eva, sendo Adão, portanto, tanto a figura masculina no meio quanto a figura da pessoa dormindo ou morta no topo. Todavia, existe uma falha nessa história: a figura no topo – dormindo ou morta – é ilustrada como sendo uma mulher! Como ela poderia ser Adão dormindo, acordado, morto ou vivo? Ademais, no idioma Naga, as linhas curvas denotam parentalidade, não costelas. O mais razoável seria considerar que a figura do topo representa uma mulher morta, cuja prole com a figura masculina do meio (Adão) era representada pela figura da mulher na base (Eva), a mãe de toda a humanidade. Já fui indagado tantas vezes sobre como alguém pode afirmar com tanta certeza que a figura do topo é uma mulher morta que acredito que devo algumas explicações sobre isso. No idioma Naga e no Maia pré-histórico, existe uma única deidade a ser adorada e ela é retratada pelo glifo de um círculo representando o Sol. Em qualquer trecho de uma tableta Naga onde consta um círculo, ele representa esta deidade. A tableta com o glifo da Criação apresenta dois círculos. “Puristas” afirmaram que os escribas haviam pensado em mostrar a “dupla intensidade” da deidade. Estranho… eu nunca havia visto em qualquer lugar antes uma “dupla intensidade” de dois círculos – nem em Naga, 20
  • 21. tampouco em Maia pré-histórico. O curioso sobre esses dois círculos é que eles estão localizados precisamente onde os seios da figura feminina deveriam estar na imagem do topo. Talvez, isso seja o que “dupla intensidade” signifique! A coisa mais curiosa sobre a tableta da Criação é que ela se encaixa na lenda de Adão ser um viúvo e o nome de sua falecida esposa ser Lilith. Se for verdade, isso significa que Lilith era a mãe de Eva. * * Essencialmente, portanto, a história contada nos glifos da Criação seria que Adão e Eva, que viviam no Jardim do Éden do continente-mãe (árvore), descendiam da humanidade original (fruto) daquela terra, que incidentalmente encontrava-se circundada por água (serpente entrelaçada na árvore). Eva era filha de Adão e Adão era um viúvo. Pai e filha concluíram que, para sobreviver, deveriam sair daquele lugar e nunca mais retornar, pois a terra-mãe estava destinada a ser destruída por uma inundação cataclísmica. Eva percebeu a chegada do evento e Adão lhe perguntou como havia previsto o acontecimento. Eva lhe disse que havia herdado a inteligência (conhecimento) de seus ancestrais. Como resultado de suas decisões, Eva obteve vitória sobre a inundação (o calcanhar de Eva sobre a cabeça da serpente). Eles deixaram a terra-mãe e, mais tarde, o continente (árvore) sucumbiu a um terremoto terrível (espada flamejante) que destroçou suas fundações (querubins), submergindo a vastidão sob o oceano (serpente) que permaneceu para sempre encobrindo aquela terra (pela eternidade “rastejarás sobre teu próprio ventre” – Gênesis 3:14, Bíblia de King James). A seguir, vamos rever o evento – 2 cataclismos atrás – aplicando o conhecimento adquirido, e então realizar uma nova tradução-interpretação de Gênesis I, II e III. Esta deverá ser a leitura mais acurada de uma história escrita 11.500 anos atrás. 21
  • 22. 4. O EVENTO 11.500 anos atrás Você já se sentou alguma vez sozinho na frente de uma mesa com um quebra-cabeças de mil peças? São necessárias horas e horas para montá- lo, com grandes doses de tentativa, erro e paciência. Nós ainda estamos tentando encaixar algumas dessas peças do quebra- cabeças mundial. Pessoalmente, estou nesta mesa desde 1949. Ainda que não tenha terminado a tarefa, consegui obter uma representação aproximada de como era a Terra 11.500 anos atrás. Observe um globo do mundo. Identifique a longitude 90o Oeste e a latitude 60o Norte. Este ponto localiza-se na parte oeste da Baía Hudson. Agora, segure o globo de modo que o ponto 90o W e 90o N passe a ocupar a região do Polo Norte no eixo do planeta. Esta era a configuração do mundo entre 18.500 e 11.500 anos atrás, com a calota de gelo polar Norte sendo formada pela Baía Laurentiana no Canadá. Todavia, os continentes não eram os mesmos: um imenso continente no Oceano Atlântico se estendia da Inglaterra até as Bahamas. O Mar do Caribe – e possivelmente até mesmo o Golfo do México – não existiam (existem evidências de que o Mar do Caribe era terra firme nesta época). Uma calota de gelo ocupava o globo do lado oposto à Baía de Hudson, cobrindo parte do oeste da Austrália, e o leste da Austrália estava apinhado de humanos, animais, pássaros, vegetação e rios. No Oceano Pacífico, um continente cobria a área agora formada pelo arquipélago do Havaí, Galápagos, Ilha de Páscoa, Tahiti, ilhas Salomão e ilhas Carolina. As pesadas estratificações sedimentárias que compõem a metade de cima do topo da montanha Diamond Head (cone vulcânico localizado no Havaí) apresentam as mesmas características dos estratos expostos nas paredes do Grand Canyon, do Monument Valley e no misterioso Canyon de Chelly (nordeste do Arizona). A Província de Ceilão abrigava a maior civilização da Índia, com a capital do país – Ahoydia – localizando-se ao norte. Na época, a Índia era chamada de Adjudia. A Grécia – terra dos Helenos – era o lar de uma raça de humanos altos, loiros e de olhos azuis ostentando um nível de ciência e lei que permanecem inalcançáveis até os dias de hoje. A Bacia Amazônica era um mar interior – as lendas o chamam de Mar de Xarayes – e a foz do Rio Amazonas era então uma ampla conexão entre o Atlântico e o Mar de Xarayes. A costa oeste da América do Sul não era montanhosa – as indicações disto encontram-se no fato de que a cidade pré-histórica de Tiahuanaco (Bolívia), agora a 3.800 metros de altura, estava no nível do mar na época. Tiahuanaco era um porto metropolitano com um sistema de canais tão grande quanto os de hoje, atravessando o Pacífico em direção ao mar interior. Se você quiser mais detalhes sobre isto, leia O Calendário de Tiahuanaco (1956) e O Grande Ídolo de Tiahuanaco (1959), ambos de Hans Schindler Bellamy e Peter Allan. São excelentes leituras. Os astrônomos de Tiahuanaco utilizavam telescópicos e possuíam inclusive um grande satélite orbitando a Terra de oeste para leste, 449 22
  • 23. vezes por ano, que utilizavam como padrão de tempo tamanha a acurácia de sua trajetória. Ahoydia – hoje um subúrbio de Lucknow – era a capital da Índia, e os grandes navegadores, os grandes cientistas e os grandes exploradores do Ocidente eram os Maias de cabelos e olhos escuros. A Índia possuía veículos de propulsão gravitacional e armas com a mesma tecnologia. Cerca de 11.500 anos atrás – em 9.550 a.C., como datado por astrônomos do Observatório Potsdam a partir de escritos encontrados nas ruínas de Tiahuanaco – a crosta da Terra mais uma vez mudou de posição no intervalo de 6 a 12 horas, mais ou menos como ocorrera 7 mil anos antes. O Polo Norte moveu-se para o Sul e o Sudão (África) moveu-se para o Polo Norte. Segundo o Talmude, esta foi a época onde as Plêiades posicionaram-se abaixo da linha do horizonte e a “Terra Sagrada foi deslocada para uma região de frio terrível” por muitas gerações – na verdade, por cerca de 4.500 a 5.000 anos, até o Dilúvio de Noé, 7 mil anos atrás. Os pivôs equatoriais do cataclismo foram a costa média do Chile e a parte média da China próxima ao rio Yang-Tsé(norte do Vietnã). O grande continente no Pacífico desapareceu quase completamente: o que agora é a Ilha de Páscoa (na época, na ponta do continente) afundou, permanecendo no fundo do Pacífico por cerca de 5.000 anos – até ser içada novamente para a superfície durante o evento que produziu o Dilúvio de Noé. O que sobrou do vasto continente no Pacífico girou para o Polo Sul, sendo mais tarde descoberto pelos exploradores Maias como os últimos remanescentes de sua terra-mãe – um “depósito congelado de lama no centro da Terra”, com milhões de quilômetros quadrados de território. Hoje, percebemos os indícios deste continente nos estratos sedimentários de Diamond Head, no arquipélago do Havaí – a mesma estratificação presente na maioria das ilhas do Pacífico norte. Do grande continente no Atlântico, sobrou apenas uma grande ilha no oeste, enquanto o oceano entre o continente e Gibraltar (ao leste) permaneceu raso, lamacento e inacessível para embarcações. Uma pista do grande conhecimento daquele tempo surgiu quando o Capitão Cook descobriu a tribo polinésia Maori na Nova Zelândia, no século XVIII. Os membros da tribo lhe contaram de antigas lendas sobre os anéis de Saturno – e eles jamais haviam ouvido falar de telescópios. Tente enxergar esses anéis sem utilizar algum equipamento. Você verá que é simplesmente impossível. As evidências em Tiahuanaco mostram que sua incrível civilização desapareceu tão rapidamente que as pessoas foram surpreendidas pela inundação catastrófica no meio de suas atividades normais do dia a dia. Ademais, as evidências mostram que esta fabulosa cidade sofreu o mesmo destino da Ilha de Páscoa: enquanto as Montanhas Rochosas e os Andes foram formados neste mesmo cataclismo, Tiahuanaco submergiu no Pacífico, onde permaneceu por 5.000 anos até ser içada à sua altitude atual de 3.800 metros no cataclismo de 7 mil anos atrás. Assim sendo, o cataclismo de 11.500 anos atrás testemunhou a Baía de Hudson e o sudeste da Austrália girarem no equador em lados opostos da Terra, e o Sudão girar para o Polo Norte, onde permaneceu nos 4.500- 5.000 anos seguintes. Enquanto essa mudança ocorria no intervalo de 6-8 horas, os oceanos e a atmosfera do planeta, em decorrência de seu momentum angular, continuaram rotacionando na direção habitual durante boa o evento, com os oceanos inundando violentamente boa parte das terras em velocidades supersônicas, e a atmosfera gerando furacões 23
  • 24. inimagináveis com ventos igualmente supersônicos. Continentes inteiros foram massacrados por convulsões e terremotos. Grandes cadeias montanhosas foram criadas. O manto rompeu a crosta terrestre em várias lugares ao redor do mundo – o que foi mais tarde chamado de “fogo da terra” pelos poucos sobreviventes que restaram. Poucos sobreviventes? O planeta inteiro? As melhores estimativas sugerem que menos de 1% de toda a vida na Terra conseguiu subsistir ao cataclismo. Os oceanos e os ventos levaram 6 dias até cessarem sua guerra contra a superfície. No sétimo dia, começaram sua jornada de 5.000 anos de “calmaria” e complacência. As calotas de gelo de 1 km de espessura na Baía Laurentiana e no Oceano Índico, tendo saído de suas origens polares e migrado equatorialmente, começaram a derreter com uma rapidez tremenda, sulcando profundas fissuras nas montanhas à medida que seguiam seu caminho para o mar. A imensa quantidade de umidade evaporada para a atmosfera deixou a Zona Tórrida em uma neblina densa por muitos anos e durante várias gerações. Com o súbito derretimento das calotas de gelo, os oceanos subiram 60 a 100 metros – como sempre ocorre após cada cataclismo. O final da Era do Gelo Laurentiana e o início da “velha Idade da Pedra” estava completo. O idioma Maia remanesceu nos dialetos polinésios, grego, yakut (língua turcomana), egípcio, esquimó, nômade, oriental, alemão, americano – praticamente todas as línguas. A ressurreição a partir das águas – Tau – persiste em vários mitos do Pacífico como a história de um homem que sobreviveu, mais tarde chamado Ta´aroa, Tongaroa ou Taroa´a, dependendo de qual tribo fornece o relato. Adão e Eva poderiam ter brotado da mesma história. Quem sabe? 24
  • 25. 5. GÊNESIS GÊNESIS: 4.500.000.000 ANOS ATRÁS ESTE RE-GÊNESIS: 11.500 ANOS ATRÁS Ambos na Bíblia Neste capítulo, é apresentada a tradução-interpretação de Gênesis I, II e III, não a partir da reconstrução do que chegou até nós por meio de interpretações gregas e hebraicas do idioma Naga, mas fazendo-se uma tradução direta do Naga para o Inglês. O LIVRO DE GÊNESIS (Capítulos I, II e III, conforme a Bíblia King James) I. 1. No início (4,32 bilhões de anos atrás), o Universo foi criado segundo o grande plano de Deus, incluindo nosso Sol e o planeta Terra. 2. Durante um dos vários cataclismos que ocorreram ao longo da história do planeta (sendo este há 11.500 anos), as terras foram inundadas por águas furiosas e varridas por ventos terríveis, e os oceanos tornaram-se escuros e lamacentos, e o vento enfurecido trovejou sobre as águas perturbadas. 3. Assim que as tempestades cederam, a luz do Sol retornou à superfície da Terra, como Deus queria. 4. Enquanto o cataclismo desvanecia, mais uma vez a escuridão e a luz foram restabelecidas e tornadas distintas, e era bom. 5. E a luz do Sol era novamente dia, e a escuridão era novamente noite, em concordância com os desígnios de Deus, e a noite e a manhã formavam um dia. 6. Novamente, o desígnio original de Deus era que houvesse um céu entre as nuvens e os oceanos. 7. Em concordância com os desígnios de Deus, o firmamento foi reestabelecido, e os céus se colocaram novamente entre as nuvens e os oceanos quando o cataclismo refreou. 8. E o firmamento de Deus foi de fato restabelecido, e naquela noite e naquela manhã iniciou-se o segundo dia. 25
  • 26. 9. Os desígnios de Deus era que as terras não fossem completamente cobertas pelas águas como haviam sido imediatamente após o cataclismo, então os oceanos agitados, agora calmos, escoaram das terras altas. 10. E, em concordância com os desígnios de Deus, a terra seca era solo, e uma vez mais tudo estava restabelecido e era bom, como Deus queria. 11. E uma vez que os desígnios de Deus eram que crescessem grama e plantas no solo, espalhando suas sementes, e as frutas produzissem frutos contendo suas sementes, a terra foi novamente restabelecida. 12. Dessa forma, a terra restabelecida, gerou gramas e plantas, espalhando suas sementes, e árvores frutíferas gerando frutos contendo suas sementes, e isto era bom, como Deus queria. 13. E a noite e a manhã foram o início do terceiro dia. 14. Em concordância com os desígnios de Deus, as luzes se normalizaram no firmamento, servindo para indicar meses e estações e dias e anos. 15. Elas também serviram para fornecer luz para a terra, como Deus queria. 16. Enquanto a neblina se dissipava, e as nuvens se abriam, o Sol e a Lua reapareceram, assim como as estrelas. 17. E uma vez mais, como Deus queria, eles brilharam no firmamento. 18. E o Sol e a Lua foram novamente capazes de separar a luz e a escuridão, o que era bom. 19. E a noite e a manhã foram o início do quarto dia. 20. Foi da vontade de Deus que um punhado de cada criatura vivente, e pássaros voando, sobrevivessem à inundação cataclísmica. 21. Sobreviveram as grandes baleias, e cada criatura vivente nos oceanos, e cada tipo de criatura alada, como Deus queria, e foi bom. 22. E eles foram abençoados com os desígnios de Deus para serem férteis e reproduzir e repovoar os oceanos com vida e os ares com asas. 23. E a noite e a manhã foram o início do quinto dia. 24. Era vontade de Deus que um punhado de cada criatura, gado e coisa rastejante, e bestas da terra, sobrevivessem à inundação cataclísmica. 25. Sobreviveram então as bestas, o gado e cada coisa que rasteja sobre a terra, como Deus queria, e foi bom. 26. Em concordância com os desígnios de Deus, os homens, que haviam sido criados à imagem que Deus pretendia, também sobreviveram, e ganharam domínio sobre as criaturas aladas, e sobre o gado, e sobre a terra, e sobre cada coisa que rasteja na terra. 26
  • 27. 27. Era do desígnio de Deus que os homens, que havia sido criado à imagem que Deus pretendia, tanto machos quanto fêmeas, sobrevivessem à inundação cataclísmica. 28. E eles foram abençoados pelos desígnios originais de Deus para serem férteis e multiplicar e repovoar a terra e controlá-la, e ter o domínio sobre os peixes nos oceanos e sobre as aves no ar, e sobre cada coisa que se move sobre a terra. 29. Nos desígnios de Deus estava que o homem, tendo recebido cada planta produtora de sementes que está na superfície de toda a terra, e toda as árvores cujos frutos produzissem sementes, os utilizasse como alimento. 30. E para cada besta da terra, e cada ave no ar, e cada coisa que rasteja no solo, o desígnio de Deus era que as plantas verdes lhes servisse de alimento, e tudo foi feito como Deus pretendia. 31. E cada coisa que sobreviveu o fez como Deus as havia criado originalmente, e isso ainda estava nos desígnios de Deus, e era bom. E a noite e a manhã foram o início do sexto dia. II. 1. Assim, o firmamento e a terra foram restabelecidos em sua plenitude. 2. No sétimo dia da recuperação do cataclismo e da inundação, tudo estava completo, e o sétimo dia apaziguou a luta pela sobrevivência contra o cataclismo e suas consequências. 3. O sétimo dia trouxe a paz abençoada de Deus, com o fim do cataclismo, deixando na terra aqueles de sua criação que haviam sobrevivido. 4. Essas foram as mesmas regenerações do firmamento e da terra ocorridas após o cataclismo anterior a esta história, quando Deus restabeleceu a terra e o firmamento. 5. E cada planta que estava no campo antes daquele cataclismo varrer a terra e cada erva no campo cresceu novamente, pois Deus não havia lançado demasiada chuva e não havia um homem para lavrar o solo. 6. Mas houve este cataclismo e grandes inundações sobre a terra. 7. Foi a vontade de Deus que o homem se erguesse da terra e mantivesse o sopro da vida, permanecendo uma alma viva. Esta é sua história. 8. E foi a vontade de Deus que, após o cataclismo, o continente ao leste se restabelecesse como o Éden, onde viveu o homem desta história. 9. Dessa terra cresceram outras civilizações, em outras terras, com a terra-mãe no meio de tudo como o berço da sabedoria, de todo conhecimento, bom e mau. 27
  • 28. 10. E a inundação destruiu o Éden, deixando apenas suas quatro terras filhas. (Nota: os quatro versos a seguir provavelmente estão incorretos ou incompletos, com as descrições mais corretas estando contidas nas traduções do Livro dos Mortos egípcio e no fragmento perdido do mapa de Piri Reis). 11. A primeira terra está próxima do rio Pison, que inclui todo o território de Havilah, onde existe ouro. 12. E o ouro daquela terra é bom, existe bdélio e pedra onix. 13. A segunda terra é próxima do rio Gihon, a mesma terra que inclui todo o território da Etiópia. 14. A terceira terra é próxima do rio Hiddekel: aquela é a terra ao leste da Assíria. E a quarta terra está próxima do rio Eufrates. 15. Foi segundo a providência de Deus que o homem viesse do Éden, onde havia vivido e labutado. 16. E foram os descendentes da humanidade original que se assentaram naquela terra-mãe. 17. O desígnio de Deus era que o homem fosse avisado: apesar de a terra- mãe ser a fonte de todo o conhecimento, tanto o bom quanto o mau, se ele lá permanecesse ele certamente morreria. 18. E era do desígnio de Deus que o homem não fosse só, e portanto uma parceira deveria ser dele. 19. Uma vez que Deus havia originalmente criado cada besta nos campos, e aves nos ares, Adão deu nomes a cada um deles em seu tempo. 20. E Adão deu nome a todo o gado, e às aves nos ares, e para cada besta nos campos, mas, para Adão, não havia companhia. 21. Pois a esposa de Adão havia morrido após dar à luz a uma criança de Adão. 22. E a criança do homem era uma fêmea, feita à imagem que Deus pretendia. 23. E Adão disse: esta criança é osso dos meus ossos, e carne de minha carne, e ela então cresceu até a feminilidade. 24. Dessa forma, o homem era tanto pai e mãe dela, e eles moraram juntos e se tornaram uma única carne. 25. E o clima era ameno, exigindo pouca ou nenhuma roupa. III 28
  • 29. 1. No momento do começo dessa história, os oceanos estavam em estado de quietude, e era sabido pela mulher que ela não descendia de qualquer um dos povos das terras que brotaram a partir do continente-mãe. 2. E o desígnio de Deus era que a mulher deveria aprender que os povos das terras-filhas viveriam. 3. E que os povos das terra-mãe, dos quais ela descendia, certamente morreriam. 4. E ela sabia que, a despeito da inundação iminente, ela não morreria. 5. Pois o desígnio de Deus era de que aquela mulher descendente da humanidade original da terra-mãe estava destinada, desde o dia de seu nascimento, a saber tudo e discernir tanto o que é bom quanto o que é mau. 6. E a mulher, sendo da terra-mãe, e sendo sábia e boa, sabia que tanto ela quanto seu pai descendiam da humanidade original da terra-mãe. 7. E ambos eram sábios e haviam vivido a boa vida, e foi neste tempo do ano que alguma roupa se tornou necessária para aquecê-los. 8. No frio daqueles dias, quando eles estavam pensando para qual das terras-filhas deveriam ir, e a presença de Deus era sentida fortemente por eles, 9. Adão sentiu o chamado de Deus 10. E disse: eu tenho escutado Seus avisos desde o verão, e tenho temido, pois não sabia onde encontrar refúgio. 11. O aviso de Deus havia sido dado a ele no verão, alertando-o para deixar a terra de seus ancestrais. 12. O homem disse: a mulher que é minha filha e descendente de meus ancestrais, deu-me este conhecimento. 13. E perguntou a ela: que conhecimento Deus lhe deu de presente? E a mulher respondeu: dos ancestrais, herdei sua sabedoria, e as próximas inundações dos oceanos se tornaram conhecidas por mim. 14. E o desígnio de Deus era de que os oceanos inundassem as terras, e afogassem o gado e todas as bestas nos campos e enterrasse tudo sob pó. 15. E assim Deus concedeu-me vitória sobre os oceanos, de modo que as sementes das próximas gerações fossem carregadas por eu e você, pois os demais afogar-se-ão. 16. O desígnio de Deus era de que, apesar das inundações aumentarem os pesares dela, ainda assim ela deveria gestar e parir crianças como uma prova de seu amor por seu marido e de seu marido por ela. 29
  • 30. 17. E Deus fez saber a Adão que ele deveria escutar as palavras de sua filha, e o aviso de Deus era de que, apesar deles serem descendentes da humanidade original da terra-mãe, eles deveriam partir, pois o destino daquela terra estava selado pela Natureza e, se ficassem por lá, certamente se arrependeriam. 18. Para onde Adão deveria ir, a terra era difícil de cultivar, com abundância de espinhos e cardos, e por isso as ervas dos campos deveriam servir-lhes de alimento. 19. Por sua própria labuta e seu próprio suor, após a inundação ele estava destinado a lutar pela sobrevivência até o fim de seus dias, quando então poderia retornar para a mãe terra, pois do pó ele havia vindo e ao pó ele deveria retornar. 20. E após o cataclismo, Adão fez da mulher sua esposa, e a chamou de Eva, e ela estava destinada a ser a mãe de todos sobreviventes da terra- mãe. 21. E, novamente, após a inundação, como eles estavam em um clima frio, era parte dos desígnios de Deus para sua sobrevivência que fizessem casacos de pele e se vestissem. 22. Era do desígnio de Deus que Adão deveria levar consigo o conhecimento da terra-mãe sobre o que era bom e mau, para que seguisse em frente e saísse de lá para viver. 23. Assim sendo, em concordância com a vontade de Deus, ele deixou o Jardim do Éden para sobreviver e viver do solo para onde deveria ir. 24. Então o homem saiu, e o Jardim do Éden foi submetido a um cataclismo de terremotos e fogo da terra, e a terra-mãe perdeu suas fundações e desapareceu debaixo dos oceanos. 30
  • 31. 6. CATACLISMOS REVISITADOS O último cataclismo, conhecido como o Dilúvio de Noé, é fácil de ser estudado. Ele marcou o início da Nova Idade da Pedra, quando a satisfação de necessidades básicas de vida tornou-se uma tarefa árdua. Desde então, a Natureza permitiu que a geologia que seguisse seu caminho sem novas interrupções – e milhares de lendas surgiram. Dois cataclismos atrás (há aproximadamente 10.500 anos), que conhecemos como sendo o cataclismo de Adão e Eva, deu início à Velha Idade da Pedra. Você consegue encontrar referências às duas últimas Idades da Pedra em praticamente qualquer livro escolar. Em cada uma delas, constatamos uma imensa dificuldade para suprir as necessidades básicas para a vida. É extremamente difícil encontrar dados da era entre estes dois cataclismos, mas os dados existem. Ademais, obviamente, a geologia seguiu seu caminho usual entre os cataclismos. A história das “Eras” é nada além de uma lenda. Três cataclismos atrás (há aproximadamente 18.500 anos), os dados são escassos. O evento é mencionado em Gênesis II:4 (Bíblia King James), mas a caverna Shanidar, no Iraque, forneceu informações melhores a respeito deste cataclismo específico. Quatro cataclismos atrás (há aproximadamente 29.000 anos), foi o fim da era de Winsconsin, e é possível encontrar mais dados sobre este período que sobre o terceiro cataclismo. Cinco cataclismos atrás, aproximadamente 43.800 anos atrás, foi um evento deduzido por Jess Hale, um supermatemático. Lentamente e dolorosamente, ainda estamos montando o quebra- cabeças. Quanto mais peças encontramos que se encaixam na figura, mais peças são jogadas na mesa à nossa frente, e mais vívida e dramática a figura se torna. Você entende que existem três cataclismos registrados na Bíblia? O de Noé, o de Adão e Eva e o cataclismo anterior? Se não percebeu isso, leia novamente Gênesis II (Bíblia King James). Quisera eu possuir os fundos necessários para escavar e realizar pesquisas durante três anos em Tiahuanaco. Um pequeno vislumbre do que poderia ser descoberto nesta cidade pré-histórica da América do Sul está em dois livros mencionados anteriormente – O Calendário de Tiahuanaco e O Grande Ídolo de Tiahuanaco, ambos escritos por dois pesquisadores incríveis, Hans Schindler Bellamy e Peter Allan. As conclusões de Bellamy e Allan são incrivelmente semelhantes às minhas: a cidade existiu por pelo menos três épocas entre os cataclismos, a mais antiga terminando no cataclismo de cerca de 11.500 anos atrás; passando por um período de aproximadamente 5.000 anos, durante o qual permaneceu no fundo do oceano Pacífico; e então ressurgindo durante o cataclismo de 7.000 anos atrás, quando, junto com seu leito oceânico, Tiahuanaco foi elevada à altitude atual de 3.800 metros. O cataclismo que produziu o Dilúvio de Noé também produziu as Cataratas do Niágara; fez com que o rio Ohio fluísse para o Mississipi; deu início ao Neolítico. elevou os níveis dos oceanos em mais de 90 metros ao redor do mundo; iniciou a era da história moderna em nosso planeta – tais como Grécia, Índia e Egito –, e gerou a Epopeia de Gilgamesh, contendo a história do Dilúvio de Noé 31
  • 32. registrada por um sumério milhares de anos antes de os hebreus terem escrito a respeito em Gênesis. Cada cataclismo é como uma grande mão limpando a terra, deixando impressões digitais para serem encontradas pela ciência em nossa busca pela solução de um mistério extenuante. Um dos princípios basilares da geologia é o uniformitarismo, segundo o qual “o presente é a chave do passado”. As impressões digitais dos cataclismos estão bem escondidas entre as pesadas evidências uniformitárias. Isso não coloca a geologia e a cataclismologia em rota de colisão: cada uma tem seu próprio lugar na ciência, pois complementam-se. Na verdade, um casamento entre as duas está em curso. Algumas das impressões digitais os cataclismos foram mencionadas no Capítulo 2. Agora, vamos discuti-las com mais detalhes. A história dos mamutes congelados é especialmente intrigante. Nenhum mamute congelado jamais foi descoberto em gelo: todos eles foram descobertos em camadas homogêneas de lama congelada. Houve um tempo em que era possível comprar bifes de mamute congelado em restaurantes no Alasca, tamanho o grau de preservação da carne após o animal ter sido rapidamente afogado, sufocado e permanecido congelado no lodo por quase 7 mil anos. Talvez o exemplar mais famoso seja o mamute de Bereskova, encontrado em 1901 pelo paleontólogo Eugene Pfizenmayer próximo ao rio Bereskova, no norte da Sibéria. Alguns comentários sobre o achado incluíam a observação de que seu crânio apresentava pontos de coloração rosada sugerindo hemorragia, além do fato de que apresentava uma ereção peniana – evidências suficientes para provar que o animal havia sufocado até a morte na lama. Ele foi congelado tão rapidamente que, mesmo após 7 mil anos, sua ereção foi mantida intacta até a descoberta. Desde a descoberta em Bereskova, inúmeros dados científicos foram ajuntados sobre aquele animal, dando início a uma coleção de controvérsias científicas. Do meu ponto de vista, o trabalho de um homem destacou-se entre os demais: o biólogo Ivan T. Sanderson (1911-1973). Ele tratou o problema a partir de uma abordagem sobre alimentos congelados – e foi o único a fazer isto. Este é o seu relato: Quando congelamos uma carne, o problema consiste em congelá-la rápido o bastante de modo que a umidade em seu interior não tenha tempo para formar cristais grandes durante o processo. Quanto mais rápido o congelamento, menores são os cristais. Se você congelar uma carne muito lentamente, os grandes cristais formados pela umidade destruirão a estrutura fibrosa dos músculos. Ao descongelá-la, ela será uma massa gosmenta imprópria para cozinhar ou comer. Quando maior o pedaço de carne, mais difícil para congelá-lo rápido o suficiente para impedir a formação dos cristais, pois o calor deve ser removido no mesmo ritmo, independente se o pedaço de carne é um único bife ou um porco inteiro. Agora, considere que um mamute pesa cinco toneladas. Os mamutes encontrados na Sibéria são um pouco menores que isso, mas ainda assim são animais de várias toneladas. Quando o mamute de Bereskova foi dissecado por cientistas russos, observou-se que a camada muscular de seu estômago estava perfeitamente preservada, indicando que o calor de seu corpo havia sido removido de alguma maneira super prodigiosa na natureza. Atentando especialmente para esta observação, Sanderson apresentou o problema ao Instituto Americano de Alimentos Congelados: o que seria necessário para congelar um mamute inteiro de maneira que a umidade 32
  • 33. contida até mesmo nas partes mais internas de seu corpo – cono a camada muscular da parede gástrica – não tivesse tempo para formar cristais grandes capazes de destruir a estrutura fibrosa da carne? O Instituto abordou a questão com seriedade: congelar metade de um boi já era um problema e tanto. Imagine congelar um mamute inteiro! Algumas semanas mais tarde, o Instituto contatou Sanderson com a resposta: seria virtualmente impossível fazer isso. Mesmo com todo nosso conhecimento de engenharia e ciência, ainda não sabemos como retirar todo o calor corporal de uma carcaça tão grande quanto um mamute rápido o suficiente para congelá-la sem que grandes cristais de umidade se formem entre as fibras musculares. Além disso, após exaurir todas as possibilidades científicas e de engenharia, os técnicos do Instituto concluíram que não havia um processo natural capaz de levar a tarefa a cabo. Alguns afirmaram que o mamute de Bereskova havia “caído em uma fenda” ou “caído no gelo” ou alguma bobagem similar. Não existe explicação “natural” plausível que esclareça como o mamute de Bereskova foi congelado tão rapidamente ao mesmo tempo em que se afogava e sufocava na lama. Todavia, o Instituto comunicou Sanderson sobre o que seria necessário para realizar o trabalho: a temperatura corporal do mamute deveria baixar 78o C e isto deveria ser feito em aproximadamente 4 horas. No caso específico, o trabalho de congelamento completo deveria ser feito dentro de um intervalo de apenas duas horas. O Instituto não levou em consideração o efeito de sua conclusão sobre outros dois fatores importantes: primeiro, o fato de que todo o estrato de lama ao redor congelou-se ao mesmo tempo que o mamute; segundo, o fato de que a ereção do animal havia sido preservada pelo congelamento rápido. Este segundo fator reduz o tempo disponível para o congelamento total a um intervalo bem menor que duas horas. O que duas ou quatro horas representam é nada além do limite máximo de tempo dentro do qual o processo de congelamento deveria ocorrer para evitar a formação de cristais de umidade no interior da carne. O segundo fato nos informa que o tempo de congelamento, pelo menos para todo o estrato de lama e as partes externas do mamute, deve ter sido menor que 1 minuto – ou talvez, mais provavelmente, de cerca de 30 segundos. O processo inteiro denota uma violência quase sobrenatural: uma coxa, algumas costelas e o quadril do mamute estavam fraturados. (Imagine a força necessária para quebrar uma coxa e a pelve e um mamute!). Ele foi soterrado em um mar de lama formado por água movendo- se a velocidades supersônicas, que agregou que homogeneizou a lama. Em seguida, foi sufocado no lodo e rapidamente congelado em uma sequência de eventos quase impossíveis – mas, ainda assim, o processo todo foi realizado – e então permaneceu congelado e preservado por quase 7 mil anos. Agradeçamos aos céus pela curiosidade intelectual do Czar russo que indicou o time de pesquisadores responsável pela expedição aos confins do leste da Sibéria e que retornou com uma análise científica detalhada do mamute do rio Bereskova. Atualmente, o mamute se encontra reconstituído em um museu em Moscou. Eu acredito que esta foi a primeira vez que um animal tão grande foi montado por um taxidermista (ou uma equipe de taxidermistas). De onde veio a lama que enterrou o mamute de Bereskova vivo? Esse tipo de lama congelada pode ser encontrada em toda parte do norte da Sibéria e no Alasca. No Alasca, essas camadas apresentam uma espessura 33
  • 34. de 6 a 27 metros. Onde foi possível estudar a tundra congelada com mais detalhes, as evidências mostram que a fúria sobrenatural envolveu ventos supersônicos, erupção vulcânica, inundação rápida (que criou a lama), uma mudança súbita de temperatura (bem abaixo do subzero congelante) e uma alteração climática vertiginosa. A lama se originou de uma enchente movendo-se tão velozmente e carregando consigo volumes tão fantásticos que a água coletou vários tipos de solo, misturou-os até a homogeneização, e então depositou-se em uma única camada uniforme. Descrições mais vívidas desta lama congelada foram fornecidas pelo Prof. Frank C. Hibben em seu livro Os Americanos Perdidos. Um dos melhores lugares para estudar as várias camadas de lama depositadas por cataclismos em sucessão encontra-se nas paredes do Grand Canyon e nas Badlands de Dakota do Norte. Posicione-se na ponta norte do Grand Canyon, escolha um dos estratos e acompanhe-o com seus olhos até onde conseguir, em todas as direções. Em toda parte, você verá camadas homogêneas do topo ao fundo, depositadas com espessuras uniformes e bem demarcadas entre si. Além disso, se escolher uma camada que contem uma mistura de cascalho, rochas e pedregulhos, observará que estes estão distribuídos da mesma forma ao longo daquela camada, em todas as direções. Existe apenas uma única maneira para fazer com que cada camada seja depositada em cima da outra de maneira tão organizada, homogênea e simultânea. Todas as demais hipóteses caem em descrédito quando consideramos o fator homogeneidade. A conclusão da brusquidão dos depósitos, com base no fator homogeneidade, é reforçada ainda pela planicidade, a uniformidade de espessura, as características independentes de cada camada e os limites bem visíveis entre quaisquer camadas adjacentes. Qualquer pessoa que trabalhe com movimentação de solos e observe estes estratos perceberá imediatamente que não existem maneiras conhecidas de obter um resultado daqueles utilizando nossas técnicas de engenharia, tampouco existem processos comuns na natureza capazes de fazer o mesmo: mover quantidades tão imensas de terra, homogeneizá-la – até mesmo com rochas e pedregulhos, se necessário – e então depositar tudo de uma só vez por vários quilômetros quadrados em uma única camada plana, homogênea e com uma espessura uniforme. A única maneira possível de realizar isso seria utilizando milhares de metros cúbicos de água movendo-se a rapidamente sobre os continentes, arrastando consigo terra, rochas, pedras, cascalhos e pedregulhos em quantidades inacreditáveis, fundindo tudo na forma de lama, e então depositando a mistura de uma só vez em imensas extensões, formando uma camada homogeneizada que mais tarde secará e, ao longo das eras, fossilizará – como ocorre nos continentes congelados nas regiões polares. Por muitos anos, pesquisei por evidências daquilo que batizei como “chapinhado” – uma lama deslocando-se velozmente que se torna aprisionada em grandes baías ou estuários. No final dos anos 1980, encontrei um tesouro de evidências em uma parte dos estados do Arizona e Utah conhecida como Monument Valley. Nunca antes havia ficado tão impressionado com a natureza como quando da primeira vez em que contemplei o Valley. É difícil acreditar que um lugar de tamanha beleza tenha se originado de tantas sequências cataclísmicas violentas, cada uma contribuindo para montar as estruturas que vemos hoje: camadas grossas sobre outras camadas mais grossas ou mais finas, cada uma 34
  • 35. ostentando suas próprias características e cores tão bem demarcadas entre si. Existem camadas similares no Canyon de Chelly, poucos quilômetros ao sudeste de Momument Valley. As camadas mais grossas, com aproximadamente 20-25 metros de espessura, fornecem a evidência do chapinhado. Ainda que cada uma dessas camadas apresente sinais de ter sido depositada ao mesmo tempo, com sua própria cor e aparência, existe uma subcamada diagonal depositada a 20o do plano horizontal com uma subcamada adjacente inclinada na direção oposta logo acima e abaixo dela. Estas camadas “torcidas”, algumas delas bem grossas, foram empilhadas uma sobre as outras em 15 camadas, todas com a mesma espessura, e então inclinadas em direções opostas às camadas subjacentes. Estas evidências oferecem as provas necessárias para mostrar que “chapinhados” ocorrem em cataclismos: à medida que a lama se moveu rapidamente para frente e para trás ao longo do vale, ela depositou-se em cada estrato, porém de maneira tão homogeneizada que cada subcamada compartilha características semelhantes com aquelas acima e abaixo. A única diferença está na variação de suas estruturas granuladas. Este padrão é evidente ao longo de vários quilômetros das paredes do Valley e nos monumentos de pedra que o compõe. Antes de sairmos do Monument Valley, gostaria de lhe falar sobre um lugar especial na parte leste da região: o Chapéu Mexicano. Trata-se de uma pequena localidade próxima ao rio San Juan, em Utah. Do outro lado do platô existe uma das formações rochosas mais peculiares do mundo e que atraiu a atenção de cientistas das mais diversas nacionalidades. Com uma altura de quase 600 metros, a formação inteira ergue-se com toda a grandiosidade de suas estratificações sedimentares bem evidentes – sendo que a formação conhecida especificamente pelo nome de Chapéu Mexicano tem quase 100 metros de altura. O aspecto mais singular da região está em que as camadas sedimentares se inclinam todas na direção do rio, com se estivessem tentando fluir para ele. Milhares e milhares de metros de estratos sedimentares estão inclinados desse jeito. Este é um dos cenários mais dramáticos que já vi, demonstrando toda a superviolência que ocorre durante um cataclismo. A fissura aberta na terra, por onde o rio agora corre, é ampla o suficiente para se assemelhar a uma imensa mandíbula aberta quase exteriorizando o manto incandescente 100 km abaixo. Obviamente, se a fissura atual possuísse 100 km de profundidade, o manto se exteriorizaria em sua garganta – o que não ocorre, pois os 100 km de espessura da crosta terrestre pressionaram o terreno inteiro para baixo. Ainda assim, o conjunto das formações oferece um panorama bizarro e terrível da colisão brutal das forças da natureza bem na superfície e nosso planeta – algo que vai além da capacidade de sua imaginação até que você se coloque ao lado do Chapéu Mexicano, tendo a encosta da montanha à sua frente como uma testemunha do vigor mortal do cataclismo. Neste ponto, imagine a fúria de oceanos e ventos movendo-se a velocidades supersônicas. Temos então um terremoto tão poderoso a ponto de abrir uma fissura na crosta terrestre, expondo o manto incandescente, que invade a cena derretendo rochas. Quase ao mesmo tempo, ondas deslocando-se a mais de 3 mil km/h acertam o lado da montanha – que perdeu suas fundações –, arrastando-a para dentro da fissura e do caldeirão de lava. Quando a água do oceano solidifica a lava, a encosta 35
  • 36. para de inclinar-se na direção da garganta. Assim que todo frenesi se aquiesce, restam os belíssimos monumentos geológicos que vemos hoje. Em outras partes do Valley, temos estratos sedimentares com grandes estruturas apontando para cima e rochas chamuscadas em vários trechos – muitas vezes, chamuscadas até próximo de sua base. Eu li muitos artigos de geologia e ouvi de Wayne, um dos guias turísticos do Monument Valleu Lodge, sobre estudos relatando fluxos de lava no local. Por vários anos, viajei diversas vezes para o Momument em busca de alguma evidência de lava. Nunca encontrei qualquer evidência em qualquer parte – nem mesmo de uma sugestão de lava. Tudo que consegui encontrar foram pedras sedimentares chamuscadas, que, à distância, poderiam enganar alguém dada sua semelhança a pedras de lava. Eu vi pedras escuras tostadas em minas de ouro abandonadas em Pike´s Peak, chamuscadas durante um cataclismo quando o calor do manto de 100 km rompeu a crosta terrestre, queimando tudo naquele local. Considerando a mistura de terra e rochas e os depósitos chapinhados nas subcamadas de sedimentos, podemos ter uma boa medida da velocidade que a água deveria atingir analisando os blocos de granito nos declives ao leste da Cordilheira do Jura, na França. Deluc, Von Buch, Deluc Jr. e DeSaussure deram informações importantes a partir de suas observações acerca da dispersão dos blocos de granito alpino nas montanhas, vales e lagos da Itália, da Suíça e da França. Até mesmo Blakewell, por meio de suas discordâncias preliminares, balizou as conclusões de movimentos rápidos de água – pois os argumentos de Blakewell eram ilógicos. O geólogo suíço Escher forneceu ainda mais fundamentações para o argumento das águas velozes, apoiando os conceitos expostos por J. Andre Deluc Jr nos anos 1820. Vamos imaginar a Cordilheira do Juro como se a estivéssemos contemplando de um helicóptero. Primeiro, constatamos o quão similares elas são às montanhas Allegheny, na Pensilvânia: ambas se parecem com um grande carpete enrugado, com cumes arredondados indo do nordeste para o sudeste (a fronteira Franco-Suíça segue a mesma direção no meio do curso). Também podemos ver que os cumes apresentam passos (intervalos) entre si. A Cordilheira do Jura é não-granítica e essencialmente calcárea. Qualquer granito que exista naquelas montanhas ainda está enterrado em suas profundidades. Entretanto, nos declives sudeste dos cumes, vários blocos de granito podem ser encontrados na superfície. Esses blocos (alguns pesado várias toneladas) tiveram origem nos Alpes Suíços, atravessando o vale ao sudeste. Se você analisar alguns cumes no nordeste do Jura, observará que os blocos estão presentes apenas as encostas voltadas para o sudeste. Após atravessarem 80 a 130 km ao longo do vale, esses blocos foram assentados nos declives da Cordilheira a uma altitude semelhante àquela de onde se originaram nos Alpes da Itália e da Suíça. Para que estes blocos tenham sido depositados nos declives do Jura, deve ter ocorrido uma perturbação cataclísmica tremenda nos leitos de granito nos Alpes Ítalo-Suíços, seguido de uma grande movimentação de água a uma velocidade imensa capaz de carregar pedaços de granito por mais de 100 km através da Suíça, por cima do Jura, através dos passos e então depositá-los em agrupamentos na face sudeste dos cumes da cordilheira. Um evento dessa magnitude encontra-se perfeitamente alinhado à violência sobrenatural descrita pelo Prof. Frank C. Hibben em seus 36
  • 37. estudos sobre animais destroçados e desmembrados no Alasca, soterrados e congelados num átimo sob a lama, juntamente a árvores torcidas, queimadas e igualmente congeladas. Hibbem afirma que, dentre os fatores contribuintes para realizar a tarefa, deveríamos contabilizar a presença de ventos supersônicos. A única maneira de gerar tais ventos em áreas tão vastas seria mover a terra de tal forma a separá-la de sua rotação diária normal de oeste para leste, de maneira que a atmosfera, mantendo sua rotação habitual, mover-se-ia em velocidades supersônicas em relação à superfície terrestre. Quando o planeta está em rotação, os oceanos também giram do oeste para o leste à velocidade de uma revolução por dia. Quando um cataclismo ocorre, a crosta de 100 km de espessura da Terra “escorrega” em uma direção diferente daquela da rotação normal – contudo, a atmosfera continua rotacionando como antes e os oceanos também se recusam a mudar sua direção rotacional. Dessarte, a atmosfera e os oceanos começam a se mover sobre as massas de terra que passam debaixo deles em uma nova direção, fazendo com que os oceanos e a atmosfera atinjam velocidades supersônicas em relação às demais superfícies terrestres. Com os oceanos avançando sobre as massas de terra em tais velocidades, é fácil compreender como os imensos blocos de granito foram movidos dos Alpes até a Cordilheira do Jura perdendo pouca ou nenhuma altitude, e como vários quilômetros cúbicos de terra puderam ser retirados do lugar, misturados com água, homogeneizados e então depositados em camadas planas e independentes como aquelas presentes nas paredes do Grand Canyon, Monument Valley e Canyon de Chelly. Além disso, podemos compreender como a força surpreendente das águas, movendo-se em velocidades inacreditáveis em um piscar de olhos, podem obliterar civilizações inteiras e desaparecer com qualquer vestígio de sua existência. Mesmo nos dias atuais, tivemos ocasiões onde o simples rompimento de uma represa liberou um certo volume sobre alguma cidade, literalmente eliminando as evidências de qual algum dia tenham existido construções e pessoas naquele local. Uma das impressões digitais que os grandes cataclismos deixam para trás como uma informação de sua violência sobrenatural está na quantidade de dentes de várias espécies de mamíferos encontrada nos limites entre as camadas sedimentares – como ocorre no Grand Canyon, por exemplo. Isso mostra como a vida naquele local foi pulverizada, deixando como vestígio apenas os dentes dos animais, feitos de uma substância dura o suficiente para suportar o massacre. Durante os eventos, alguns lugares são submetidos a ventos e inundações menos violentas. Nesses pontos, podemos encontrar traços de civilizações pré-históricas cujos avanços tecnológicos só seriam vistos novamente muitos anos mais tarde. Voltemos para Tiahuanaco, na América do Sul, para ver um exemplo disso. Os Incas descobriram Tiahuanaco – a 3.800 metros de altitude, nas margens do Lago Titicaca – por volta do século II d.C. Apesar de terem vivido naquela região por várias gerações, eles deixaram o sítio intocado durante séculos. Qualquer um que esteja em procura de ouro ou tesouros nas montanhas – eu já fiz isso no Novo México – conhece o mantra indígena: “o que está na montanha, pertence à montanha”. Isso significa que qualquer coisa que os Incas tivessem descoberto eles não deveriam perturbar nem destruir, mover ou remover. Você pode ler sobre isto, ver isto retratado em filmes ou ouvir a respeito, mas nada se compara a testemunhar in loco quando a febre do 37
  • 38. ouro assume o controle sobre as ações de alguém. É como se a ganância mudasse um pacato aposentado em um aventureiro selvagem e ambicioso capaz de levar a si mesmo e a outros à destruição e à morte para satisfazer seu ímpeto. Eu já vi isso pessoalmente. Tiahuanaco foi descoberta por Pizarro e seu bando de saqueadores nos anos 1520. Tomados pela febre do ouro, Pizarro e sua expedição de 13-16 homens passaram a vandalizar tudo que encontravam pela frente, inclusive partirndo ao meio milhares de estátuas procurando pelo metal. Havia cinturões de prata de várias toneladas ao redor de monolitos maciços de pedra. Os “colonizadores” quebraram os monolitos sem a menor cerimônia para remover os cinturões. Dentre os descobridores, havia um membro da expedição – um padre espanhol, chamado Diego de Alcabaso – que escreveu o que viu: “Eu vi um amplo hall com inscrições no teto representando palha. Havia também o desenho de um lago banhando as paredes de uma esplêndida corte nesta cidade dos mortos e, no meio da corte, nas águas rasas, sobre a plataforma de uma maravilhosa coluna, várias estátuas bem elaboradas de homens e mulheres – tão reais que pareciam estar vivas. Algumas seguravam cálices e erguiam seus copos. Outras estavam sentadas, ou reclinadas, como em vida. Algumas caminhavam na corrente que fluía das paredes. Mulheres talhadas em pedra, com bebês em seus colos ou segurando-os em suas costas. Em milhares de poses naturais, as pessoas estavam lá, de pé ou reclinadas”. Nenhuma dessas estátuas chegou aos dias atuais. A ganância da civilização literalmente devastou Tiahuanaco com depredações e furtos. Os vândalos que visitam esse fabuloso local pré-histórico ao longo dos séculos fizeram aquilo que toda pessoa acometida pela febre do ouro faz: ignoraram os valores intelectuais à sua frente, pois eles eram menos óbvios. O grande portão de pedra no Templo de Kalasasaya possui inscrições em seus arcos e pilares que, para os olhos menos treinados, podem parecer apenas figuras sem sentido. Coube ao austríaco Arthur Posnanski (1873-1946) compreender a importância daquelas inscrições, no que foi seguindo por Wendell Bennett e John Philips, e então Hans Schindler e Peter Allan – que completaram o quadro com sua brilhante tradução das figuras na obra O Calendário de Tiahuanaco. Em seu livro seguinte – O Grande Ídolo de Tiahuanaco –, Schindler e Allan apresentam ainda a tradução das inscrições encontradas em uma estátua monolítica descoberta em um templo soterrado. O livro não apenas explica seu método de decifração e tradução, mas também mostra o trabalho penoso realizado para preservar o monolito. A única coisa que eles não conseguiram explicar foi porque a estátua possuía duas mãos esquerdas e nenhuma mão direita! Os trabalhos de Bellamy e Allan mostram vários aspectos relacionados ao calendário e ao padrão de tempo utilizado em Tiahuanaco em duas épocas diferentes – provavelmente a era do Mar Cáspio e a era da Baía de Hudson. Deixarei uma descrição mais pormenorizada obre os detalhes e as diferenças entre horas, dias e anos para aqueles que se interessarem em ler os livros O Calendário de Tiahuanaco e O Grande Ídolo de Tiahuanaco. O principal ponto de discussão a ser observado aqui é que tanto o Ídolo quanto o Calendário registram que, durante ambas as Eras, uma lua-satélite orbitava a terra de modo retrógrado. Durante a Era do Ídolo – provavelmente entre 29.000 e 18.500 anos atrás –, o satélite localizava-se a uma distância de aproximadamente 38.865 km da Terra. Durante a era do Calendário – provavelmente entre 18.500 e 11.500 38
  • 39. anos atrás –, o satélite localizava-se a uma distância de aproximadamente 37.594 km da Terra. A lua-satélite estava bem mais próxima de nosso planeta que a Lua que conhecemos. Obviamente, o corpo celeste terminou ultrapassando o limite de Roche e desintegrou-se na atmosfera – o que responderia por algumas lendas pré-históricas de terríveis impactos envolvendo asteroides ou cometas. De onde a lua-satélite veio? Como nosso planeta a capturou? E, claro, de onde nossa Lua atual veio e como nosso planeta a capturou? Se Tiahuanaco e sua lua-satélite devem fazer algum sentido para nós, essas perguntas devem ser respondidas. A relação de Bode-Titius pode nos dar uma chave para esclarecer isto. Titius e Bode, dois astrônomos alemães, descobriram individualmente (porém quase ao mesmo tempo) esta relação no século XVIII: tome os números das órbitas – ou números de círculos – dos planetas a partir de Saturno como sendo 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32. Multiplique cada número por 3, adicione 4 a cada resultado, divida por 10, e a série se tornará: 0.4, 0.7, 1.0, 1.6, 2.8, 5.2 e 10.0. Estes números – com exceção de 2.8 – representam as distâncias relativas entre os planetas conhecidos (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, 2.8, Júpiter e Saturno) e o Sol, com 2.8 representando nenhum planeta identificado naquela órbita específica. Quando Urano foi descoberto em 1781, encaixava-se perfeitamente na série com 19.6. A “lei” parecia estar mais certa que nunca e um intenso debate teve início para descobrir o que deveria estar ocupando a distância 2.8. Em 1801, o planeta anão Ceres foi descoberto em 2.8. Por volta de 1945, mais de 1.500 outros corpos celestes foram encontrados na mesma órbita. Desde então, aquele “círculo” é descrito como o Cinturão de Asteroides. Em 1846, o planeta Netuno foi descoberto e parecia desobedecer a Lei da Relação de Bode-Titius: ele deveria estar a 38.8 na escala de distâncias relativas, mas estava a apenas 29.2. Em 1930, o planeta Plutão foi descoberto – e ele também parecia desobedecer a Lei. Plutão foi encontrado próximo de 38.8 – onde Netuno deveria estar – mas, segundo a “lei”, Plutão deveria estar em 77.2. Desde então, a escala popularizada sob o nome de Lei de Bode foi colocada de lado pela astronomia e considerada nada além de uma curiosidade insignificante. Talvez devêssemos abordar a Lei de Bode por outro ângulo. Se ela está correta em tantos pontos, então a parte que parece estar errada talvez decorra de erros na compreensão da física básica envolvida. Invés de usar números relativos, vamos trabalhar com os números dos círculos – ou números das órbitas. A primeira versão proposta para progressão (0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, etc) representa estes números. Todavia, invés de seguir a progressão – que é geométrica, exceto pelo zero –, vamos listar todos os números, tornando a escala uma progressão verdadeiramente aritmética. Os números, portanto, serão 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e daí em diante, até 256. Nesta nova escala, os círculos de número 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128 e 256 podem ser considerados – cada um – um círculo fundamental. Todos os outros círculos podem ser considerados como círculos harmônicos. O círculo posicionado na metade do caminho entre dois círculos fundamentais é considerado um primeiro harmônico. O círculo que está na metade do caminho entre o primeiro harmônico e o círculo 39