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SALA DE AULA INVERTIDA
14 ▶ EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015
SALA DE AULA
INVERTIDA
O QUE É?
Sala de aula invertida, ou flipped classroom, é
uma estratégia que visa mudar os paradigmas
do ensino presencial, alterando sua lógica de or-
ganização tradicional. O principal objetivo dessa
abordagem, em linhas gerais, é que o aluno te-
nha prévio acesso ao material do curso – impres-
so ou on-line − e possa discutir o conteúdo com
o professor e os demais colegas. Nessa perspec-
tiva, a sala de aula se transforma em um espaço
ESTRATÉGIAS DE ENSINO
EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015 ▶ 15
dinâmico e interativo, permitindo a realização de
atividades em grupo, estimulando debates e dis-
cussões, e enriquecendo o aprendizado do estu-
dante a partir de diversos pontos de vista.
Assim, para a melhor fixação das informações
e conceitos apresentados na disciplina, é neces-
sário que o aluno reserve um tempo para estu-
dar o conteúdo antes da aula.
ADOTANDO A ESTRATÉGIA
Para a aplicação dessa abordagem, é neces-
sário que o docente prepare o material e o dis-
ponibilize aos alunos por meio de alguma pla-
taforma on-line (vídeos, áudios, games, textos e
afins) ou física (textos impressos) antes da aula,
de modo a tornar o debate presencial mais qua-
lificado devido à prévia reflexão dos estudantes
a respeito do tema que será abordado. Ocorre,
portanto, uma inversão no modelo tradicional:
as tarefas que costumavam ser destinadas à
lição de casa passam a ser realizadas em sala
de aula, aplicando-se o que foi estudado ante-
riormente por meio do material disponibiliza-
do pelo professor. Nesse contexto, a sala se tor-
na um ambiente rico em conhecimento, com
a adoção de exercícios, atividades em grupo
e discussões.
Além disso, a relação verticalizada − professor
transmite as informações e alunos absorvem −
dá lugar à troca de visões, em que o docente as-
sume o papel de condutor do ensino, tirando
dúvidas, aprofundando o tema e estimulando
o debate, de forma a proporcionar ao estudante
um aprendizado mais amplo e completo.
BENEFÍCIOS
Como mencionamos, a abordagem demanda
que o aluno estude o conteúdo em seu tempo
fora da classe, preferencialmente antes da aula
presencial, para que possa acompanhar as dis-
cussões e obter um melhor aproveitamento das
informações. Assim, considerando que o discente
administra a sua agenda de estudos, é possível
conferir a ele mais autonomia e ajudá-lo a desen-
volver um maior senso de responsabilidade so-
bre seu próprio processo de aprendizagem. Isso
possibilita que ele tenha um papel ativo nessa
trajetória e se envolva mais profundamente com
o assunto explorado.
Essa estratégia também permite que as la-
cunas na compreensão do conteúdo se tornem
mais visíveis, tanto por parte dos professores
como dos alunos, devido à constante interação
e orientação na aplicação do conhecimento.
Outro benefício, talvez um dos mais impor-
tantes dessa metodologia, é a possibilidade de
promover debates mais avançados em sala, uma
vez que o conteúdo foi previamente estudado
pelo aluno, proporcionando um nível de dis-
cussão mais elevado e um conhecimento mais
abrangente a todos os envolvidos.
DESAFIOS
Como a atual metodologia de ensino ainda
se vincula muito intimamente com o apren-
dizado por meio de aulas expositivas, alguns
alunos podem se sentir perdidos, desmotiva-
dos, ou até achar que o professor não está cum-
prindo o seu papel, uma vez que “não há aula”
em seu sentido tradicional. Por isso, é pos-
sível que esses estudantes tenham que passar
por uma adaptação até se sentirem confortá-
veis com a sala de aula invertida. Os confli-
tos e anseios por vezes gerados pela aplicação
dessa estratégia podem trazer consequências
CORRE UMA INVERSÃO NO
MODELO TRADICIONAL:
AS TAREFAS QUE ERAM
DESTINADAS À LIÇÃO DE CASA
PASSAM A SER REALIZADAS EM
SALA DE AULA, APLICANDO-
SE O QUE FOI ESTUDADO
ANTERIORMENTE POR MEIO DO MATERIAL
DISPONIBILIZADO PELO PROFESSOR.
O
SALA DE AULA INVERTIDA
16 ▶ EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015
SALA DE AULA INVERTIDA
para o aprendizado, bem como pressões e an-
gústias que nem professor nem aluno enfren-
tavam quando o modelo tradicional imperava
na atividade docente.
A busca pela mudança de mentalidade em re-
lação ao que esperar de uma “aula” é um dos
principais desafios a serem enfrentados no pro-
cesso de inovação no ensino. E engana-se quem
pensa que ele recai apenas sobre o estudante,
porque o professor também precisa aprender a
lidar com essas expectativas. Do ponto de vis-
ta do docente, pode-se encontrar barreiras espe-
cialmente no que diz respeito à perda de parte
de sua autoridade em sala, na medida em que
ele não é mais o único a ditar o ritmo das inte-
rações e a deter o poder do conhecimento. Isto
é, ao se adotar essa estratégia, a interação entre
professor e aluno é bem diferente das relações
Professor
Professor
Detentor do
conhecimento
Condutor
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• Transmissão
de informação
e conhecimento
• Exercícios
• Projetos
• Trabalhos
• Solução de
problemas
• Exercícios
• Projetos
• Trabalhos
• Solução de
problemas
• Leituras
• Vídeos
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Beginning to flip/enhance your classroom with screencasting: goo.gl/WDaOZy
FERRAMENTAS PARA INVERTER A SALA DE AULA
MÉTODO TRADICIONAL
INSTITUIÇÃO DE ENSINO CASA
ESTRATÉGIAS DE ENSINO
EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015 ▶ 17
que se estabeleciam quando da utilização do
método tradicional.
Além disso, essa metodologia exige uma
brusca mudança de comportamento do discen-
te, tanto dentro quanto fora da sala de aula, já
que ele passa a ter maior autonomia, uma par-
ticipação mais ativa e desenvolve novas ha-
bilidades. Para isso, a atuação do professor é
extremamente importante, porque, dentre di-
versas ações, ele precisa refletir melhor sobre
suas condutas caso os alunos não realizem o
estudo prévio necessário e encontrem dificul-
dades de acompanhar a interação em classe,
o que pode gerar desmotivação e desinteres-
se pelo conteúdo, interferindo negativamente
no aprendizado.
Diante do exposto, fica claro que essa estraté-
gia não diminui o trabalho ou a relevância do
professor, tampouco significa “não lecionar”.
Ao contrário, inverter a sala de aula requer gran-
de esforço do docente. Não é à toa que o maior
desafio dessa abordagem é o tempo necessário
para a preparação de sua implementação, tanto
em relação à elaboração do conteúdo a ser dis-
ponibilizado aos alunos, quanto à reflexão sobre
as dinâmicas e exercícios a serem utilizados em
classe. É necessário um bom planejamento dos
objetivos de ensino e uma programação detalha-
da do que será lecionado, o que irá subsidiar a
escolha dos conteúdos a serem estudados pre-
viamente e das atividades mais adequadas para
aplicação em sala de aula.
Outro ponto desafiador é o aumento da carga
de trabalho, não só do professor, mas também
do estudante. Preparar-se ou se acostumar a re-
alizar trabalhos antes da aula não é tarefa co-
mum para muitos alunos, uma vez que prova-
velmente não cursam apenas uma, mas várias
disciplinas ao mesmo tempo, sendo necessário
administrar bem o tempo e dividir suas horas
de estudo entre elas. Assim, é preciso que o do-
cente reflita sobre a relação de sua matéria com
as demais que compõem o curso, como foi des-
tacado no primeiro artigo.
A interação dentro e fora de sala deve ser
muito bem elaborada e implementada, evitan-
do o pensamento de que o conteúdo já foi pas-
sado ao aluno e o encontro presencial é apenas
um adendo. O material on-line e a interação
em classe devem ser complementares. Desse
modo, percebe-se que a sala de aula invertida
também pode ser entendida como uma forma
de ensino híbrido, estratégia apresentada na
matéria anterior.
Sala de aula invertida: por que não reagem os peda-
gogos brasileiros ao neocolonialismo pedagógico? José
Pacheco. Revista Educação. Disponível em:
http://revistaeducacao.com.br/textos/205/sala-de-
aula-invertidapor-que-nao-reagem-os-pedagogos-
brasileiros-311344-1.asp
Flipped classroom: invertendo a maneira de ensinar.
Revista TecEduc. Seção “Na frente”. Disponível em:
positivoteceduc.com.br/na-frente/flipped-classroom-
invertendo-a-maneira-de-ensinar
Flipped learning network. Disponível em:
flippedlearning.org
Repositório flipped classroom. Disponível em:
flippedclassroom.org
What we´re watching: what a flipped classroom looks like.
EducationNext. Disponível em: educationnext.org/what-
were-watching-what-a-flipped-classroom-looks-like
Behind the headline: flipped classrooms give every stu-
dent a chance to succeed. EducationNext. Disponível
em: educationnext.org/behind-the-headline-flipped-
classrooms-give-every-student-a-chance-to-succeed
Saiba mais
É interessante incluir conteúdo
sobre problemas da atualidade no
material disponibilizado aos alu-
nos. Vídeos de plataformas como
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funcionam muito bem.
DICA

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Sala de Aula Invertida: Ensino Interativo

  • 1. SALA DE AULA INVERTIDA 14 ▶ EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015 SALA DE AULA INVERTIDA O QUE É? Sala de aula invertida, ou flipped classroom, é uma estratégia que visa mudar os paradigmas do ensino presencial, alterando sua lógica de or- ganização tradicional. O principal objetivo dessa abordagem, em linhas gerais, é que o aluno te- nha prévio acesso ao material do curso – impres- so ou on-line − e possa discutir o conteúdo com o professor e os demais colegas. Nessa perspec- tiva, a sala de aula se transforma em um espaço
  • 2. ESTRATÉGIAS DE ENSINO EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015 ▶ 15 dinâmico e interativo, permitindo a realização de atividades em grupo, estimulando debates e dis- cussões, e enriquecendo o aprendizado do estu- dante a partir de diversos pontos de vista. Assim, para a melhor fixação das informações e conceitos apresentados na disciplina, é neces- sário que o aluno reserve um tempo para estu- dar o conteúdo antes da aula. ADOTANDO A ESTRATÉGIA Para a aplicação dessa abordagem, é neces- sário que o docente prepare o material e o dis- ponibilize aos alunos por meio de alguma pla- taforma on-line (vídeos, áudios, games, textos e afins) ou física (textos impressos) antes da aula, de modo a tornar o debate presencial mais qua- lificado devido à prévia reflexão dos estudantes a respeito do tema que será abordado. Ocorre, portanto, uma inversão no modelo tradicional: as tarefas que costumavam ser destinadas à lição de casa passam a ser realizadas em sala de aula, aplicando-se o que foi estudado ante- riormente por meio do material disponibiliza- do pelo professor. Nesse contexto, a sala se tor- na um ambiente rico em conhecimento, com a adoção de exercícios, atividades em grupo e discussões. Além disso, a relação verticalizada − professor transmite as informações e alunos absorvem − dá lugar à troca de visões, em que o docente as- sume o papel de condutor do ensino, tirando dúvidas, aprofundando o tema e estimulando o debate, de forma a proporcionar ao estudante um aprendizado mais amplo e completo. BENEFÍCIOS Como mencionamos, a abordagem demanda que o aluno estude o conteúdo em seu tempo fora da classe, preferencialmente antes da aula presencial, para que possa acompanhar as dis- cussões e obter um melhor aproveitamento das informações. Assim, considerando que o discente administra a sua agenda de estudos, é possível conferir a ele mais autonomia e ajudá-lo a desen- volver um maior senso de responsabilidade so- bre seu próprio processo de aprendizagem. Isso possibilita que ele tenha um papel ativo nessa trajetória e se envolva mais profundamente com o assunto explorado. Essa estratégia também permite que as la- cunas na compreensão do conteúdo se tornem mais visíveis, tanto por parte dos professores como dos alunos, devido à constante interação e orientação na aplicação do conhecimento. Outro benefício, talvez um dos mais impor- tantes dessa metodologia, é a possibilidade de promover debates mais avançados em sala, uma vez que o conteúdo foi previamente estudado pelo aluno, proporcionando um nível de dis- cussão mais elevado e um conhecimento mais abrangente a todos os envolvidos. DESAFIOS Como a atual metodologia de ensino ainda se vincula muito intimamente com o apren- dizado por meio de aulas expositivas, alguns alunos podem se sentir perdidos, desmotiva- dos, ou até achar que o professor não está cum- prindo o seu papel, uma vez que “não há aula” em seu sentido tradicional. Por isso, é pos- sível que esses estudantes tenham que passar por uma adaptação até se sentirem confortá- veis com a sala de aula invertida. Os confli- tos e anseios por vezes gerados pela aplicação dessa estratégia podem trazer consequências CORRE UMA INVERSÃO NO MODELO TRADICIONAL: AS TAREFAS QUE ERAM DESTINADAS À LIÇÃO DE CASA PASSAM A SER REALIZADAS EM SALA DE AULA, APLICANDO- SE O QUE FOI ESTUDADO ANTERIORMENTE POR MEIO DO MATERIAL DISPONIBILIZADO PELO PROFESSOR. O
  • 3. SALA DE AULA INVERTIDA 16 ▶ EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015 SALA DE AULA INVERTIDA para o aprendizado, bem como pressões e an- gústias que nem professor nem aluno enfren- tavam quando o modelo tradicional imperava na atividade docente. A busca pela mudança de mentalidade em re- lação ao que esperar de uma “aula” é um dos principais desafios a serem enfrentados no pro- cesso de inovação no ensino. E engana-se quem pensa que ele recai apenas sobre o estudante, porque o professor também precisa aprender a lidar com essas expectativas. Do ponto de vis- ta do docente, pode-se encontrar barreiras espe- cialmente no que diz respeito à perda de parte de sua autoridade em sala, na medida em que ele não é mais o único a ditar o ritmo das inte- rações e a deter o poder do conhecimento. Isto é, ao se adotar essa estratégia, a interação entre professor e aluno é bem diferente das relações Professor Professor Detentor do conhecimento Condutor e facilitador • Transmissão de informação e conhecimento • Exercícios • Projetos • Trabalhos • Solução de problemas • Exercícios • Projetos • Trabalhos • Solução de problemas • Leituras • Vídeos • Pesquisas Beginning to flip/enhance your classroom with screencasting: goo.gl/WDaOZy FERRAMENTAS PARA INVERTER A SALA DE AULA MÉTODO TRADICIONAL INSTITUIÇÃO DE ENSINO CASA
  • 4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO EI! ENSINO INOVATIVO ▶ VOLUME ESPECIAL ▶ 2015 ▶ 17 que se estabeleciam quando da utilização do método tradicional. Além disso, essa metodologia exige uma brusca mudança de comportamento do discen- te, tanto dentro quanto fora da sala de aula, já que ele passa a ter maior autonomia, uma par- ticipação mais ativa e desenvolve novas ha- bilidades. Para isso, a atuação do professor é extremamente importante, porque, dentre di- versas ações, ele precisa refletir melhor sobre suas condutas caso os alunos não realizem o estudo prévio necessário e encontrem dificul- dades de acompanhar a interação em classe, o que pode gerar desmotivação e desinteres- se pelo conteúdo, interferindo negativamente no aprendizado. Diante do exposto, fica claro que essa estraté- gia não diminui o trabalho ou a relevância do professor, tampouco significa “não lecionar”. Ao contrário, inverter a sala de aula requer gran- de esforço do docente. Não é à toa que o maior desafio dessa abordagem é o tempo necessário para a preparação de sua implementação, tanto em relação à elaboração do conteúdo a ser dis- ponibilizado aos alunos, quanto à reflexão sobre as dinâmicas e exercícios a serem utilizados em classe. É necessário um bom planejamento dos objetivos de ensino e uma programação detalha- da do que será lecionado, o que irá subsidiar a escolha dos conteúdos a serem estudados pre- viamente e das atividades mais adequadas para aplicação em sala de aula. Outro ponto desafiador é o aumento da carga de trabalho, não só do professor, mas também do estudante. Preparar-se ou se acostumar a re- alizar trabalhos antes da aula não é tarefa co- mum para muitos alunos, uma vez que prova- velmente não cursam apenas uma, mas várias disciplinas ao mesmo tempo, sendo necessário administrar bem o tempo e dividir suas horas de estudo entre elas. Assim, é preciso que o do- cente reflita sobre a relação de sua matéria com as demais que compõem o curso, como foi des- tacado no primeiro artigo. A interação dentro e fora de sala deve ser muito bem elaborada e implementada, evitan- do o pensamento de que o conteúdo já foi pas- sado ao aluno e o encontro presencial é apenas um adendo. O material on-line e a interação em classe devem ser complementares. Desse modo, percebe-se que a sala de aula invertida também pode ser entendida como uma forma de ensino híbrido, estratégia apresentada na matéria anterior. Sala de aula invertida: por que não reagem os peda- gogos brasileiros ao neocolonialismo pedagógico? José Pacheco. Revista Educação. Disponível em: http://revistaeducacao.com.br/textos/205/sala-de- aula-invertidapor-que-nao-reagem-os-pedagogos- brasileiros-311344-1.asp Flipped classroom: invertendo a maneira de ensinar. Revista TecEduc. Seção “Na frente”. Disponível em: positivoteceduc.com.br/na-frente/flipped-classroom- invertendo-a-maneira-de-ensinar Flipped learning network. Disponível em: flippedlearning.org Repositório flipped classroom. Disponível em: flippedclassroom.org What we´re watching: what a flipped classroom looks like. EducationNext. Disponível em: educationnext.org/what- were-watching-what-a-flipped-classroom-looks-like Behind the headline: flipped classrooms give every stu- dent a chance to succeed. EducationNext. Disponível em: educationnext.org/behind-the-headline-flipped- classrooms-give-every-student-a-chance-to-succeed Saiba mais É interessante incluir conteúdo sobre problemas da atualidade no material disponibilizado aos alu- nos. Vídeos de plataformas como TED, YouTube e Open Culture funcionam muito bem. DICA