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História
Pré-história e Roma antiga
Entre os diversos povos da Antiguidade destacam-se os lígures, os vénetos e os celtas
no norte, os latinos e os etruscos samnitas no centro, enquanto no sul prosperaram
colónias gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o segundo milénio a.C. floresceu
a antiga civilização dos sardos.
Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a
etrusca (a partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua
civilização, na qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática
encontraram a mais original e duradoura síntese política, económica e cultural. Nascida
na península Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e
culturas, a civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos
etruscos e de outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo
Oriental (Palestina - o berço do cristianismo - Síria, Fenícia e Egito). Graças ao seu
império, Roma difundiu a cultura heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que
foram os limites de sua civilização.
Idade média
Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em
vários estados, alguns independentes, alguns parte de estados maiores (inclusive fora
da península Itálica). O mais duradouro entre eles foram os Estados Pontifícios, que
resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído
como o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador
romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos hérulos e, em seguida, dos ostrogodos.
A reanexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano I, em
virtude das Guerras Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já
entre 568 e 570, os lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam
parte do país, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a
garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos.
Renascença
Durante a época das cidades-estado começaram o Humanismo e o Renascimento,
caracterizados por um grande renascimento das artes, o que teve grande influência no
resto da Europa. A ocupação estrangeira e as diversas transformações dos estados que
tinham se formado continuaram até a primeira metade do século XIX, quando se
desenvolveu, influenciados pela Revolução Francesa e as Guerras Napoleónicas, uma
série de movimentos a favor da criação de uma Itália independente e unificada; este
período é chamado de Risorgimento.
Unificação
A Itália contemporânea nasceu como um Estado unitário, quando em 17 de março de
1861, a maioria dos estados da península e as duas principais ilhas foram unidas sob o
comando do rei da Sardenha Vitor Emanuel II da casa de Saboia. O arquiteto da
unificação da Itália era o primeiro-ministro da Sardenha, conde Camillo Benso de
Cavour, que apoiou (embora não reconhecendo diretamente) Giuseppe Garibaldi,
permitindo a anexação do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha-Piemonte.
O processo de unificação teve a ajuda da França, que - juntamente com o Reino
Unido - tinha um interesse em criar um estado anti-Habsburgo comandado por uma
dinastia amiga (Sabóia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e
democrático na Itália (desejada por alguns "patriotas", como Mazzini e como já tinha
acontecido em parte, em Roma, Milão, Florença e Veneza durante o movimento
revolucionário de 1848).
A primeira capital do reino foi Turim, a antiga capital do Reino de Sardenha e ponto
de partida do processo de unificação da Itália. Depois da convenção de setembro de
1864, a capital foi transferida para Florença.
Conclusão
Em 1866, a Itália adquiriu do Império Austríaco o Vêneto, após a guerra, na qual a Itália
era aliada à Prússia de Bismarck. Na unificação, permaneceram excluídos a Córsega e a
região de Nice, cidade natal de Garibaldi, assim como Roma e os territórios vizinhos que
estavam sob o controle do Papa e protegido por Napoleão III. Graças à derrota da
França pelos prussianos, após uma rápida ação militar em 20 de setembro de 1870,
também fora anexada Roma e proclamada a capital do reino. Mais tarde, com o Tratado
de Latrão em 1929, o Papa obteve a soberania da Cidade do Vaticano. Outra entidade
autônoma dentro das fronteiras italianas é a República de San Marino.
Mas mesmo após a conquista de Roma em 1870, a Unificação da Itália ainda não
estava completa, pois faltavam ainda as chamadas "terras irredentas": o Trentino,
Trieste, a Ístria e a Dalmácia, que os nacionalistas clamavam como pertencentes à Itália.
O Trentino, Trieste, a Ístria e Fiume foram anexados depois dos tratados de paz, após a
Primeira Guerra Mundial, impostos pela França, Reino Unido e Estados Unidos aos
Impérios Centrais, perdedores da guerra.
Fascismo
A turbulência que se seguiu à devastação da Primeira Guerra Mundial, inspirado pela
Revolução Russa de 1917, levou à turbulência e anarquia. O governo liberal, temendo
uma revolução socialista, começou a endossar o pequeno Partido Nacional Fascista,
liderada por Benito Mussolini. Em outubro de 1922, os fascistas tentaram um golpe de
Estado (a "Marcha sobre Roma"), apoiado pelo rei Victor Emmanuel III. Nos anos
seguintes, Mussolini proibiu todos os partidos políticos e liberdades pessoais, formando
assim uma ditadura.
Em 1935, Mussolini invadiu a Etiópia, resultando em uma alienação internacional e
levando à retirada da Itália da Liga das Nações. Consequentemente, a Itália aliada com
a Alemanha nazista e o Império do Japão e dando forte apoio à Francisco Franco na
Guerra Civil Espanhola. Em 1939, a Itália ocupou a Albânia, um protetorado de facto
durante décadas, e entrou na Segunda Guerra Mundial em junho de 1940 ao lado das
potências do Eixo.
Mussolini, querendo uma vitória rápida como a blitzkriegs de Adolf Hitler na Polónia e
na França, invadiu a Grécia em outubro de 1940, mas foi forçado a aceitar um empate
humilhante depois de alguns meses. Ao mesmo tempo, a Itália, depois de inicialmente
conquistar a Somalilândia Britânica e partes do Egito, sofreu um contra-ataque Aliado
que acabou com todas as suas possessões no Corno de África e no Norte da África.
Conclusão
Itália foi então invadida pelos Aliados em julho de 1943, levando ao colapso do regime
fascista e à queda de Mussolini. Em setembro de 1943, a Itália se rendeu. O país
manteve-se em campo de batalha durante o resto da guerra, enquanto os aliados
estavam se movendo a partir do sul e o norte era a base para italiano leais ao regime
fascista e forças nazistas alemães, lutando também através do movimento de resistência
italiano.
As hostilidades terminaram em 2 de maio de 1945. Quase meio milhão de italianos
(incluindo civis) morreram no conflito e a economia italiana tinha sido completamente
destruída; a renda per capita em 1944 estava em seu ponto mais baixo desde o início do
século XX.
República
A Itália se tornou uma república, após um referendo realizado em 2 de junho de 1946,
um dia comemorado desde então como o Dia da República. Esta foi também a primeira
vez que as mulheres italianas tiveram direito ao voto.O filho de Vítor Emmanuel III,
Humberto II, foi forçado a abdicar e foi exilado. A constituição republicana entrou em
vigor em 1 de janeiro de 1948. Nos termos dos Tratados de Paz de Paris de 1947, a área
da fronteira oriental foi perdida para a Iugoslávia e, mais tarde, o Território Livre de
Trieste foi dividido entre os dois Estados. O medo no eleitorado italiano de uma possível
tomada comunista provou ser crucial para o resultado da primeira eleição com sufrágio
universal em 18 de abril de 1948, quando os democratas-cristãos, sob a liderança de
Alcide De Gasperi, obtiveram uma vitória esmagadora. Consequentemente, em 1949, a
Itália tornou-se membro da OTAN. O Plano Marshall ajudou a reavivar a economia
italiana, que, até final dos anos 1960, desfrutou de um período de crescimento
económico sustentado, o que foi comumente chamado de "Milagre Económico". Em
1957, a Itália foi um membro fundador da Comunidade Económica Europeia (CEE), que
posteriormente se tornou a União Europeia (UE) em 1993.
Do final dos anos 1960 até o início dos anos 1980, o país experimentou os "Anos de
Chumbo", um período caracterizado pela crise económica (especialmente após a crise
do petróleo de 1973), generalizados conflitos sociais e massacres terroristas realizados
por grupos extremistas opostos, com o suposto envolvimento da inteligência dos
Estados Unidos. A Itália é um dos membros fundadores da União Europeia.
Os Anos de Chumbo culminaram com o assassinato do líder democrata-cristão Aldo
Moro em 1978, um evento que afetou profundamente todo o país. Na década de 1980,
pela primeira vez desde 1945, dois governos foram conduzidos por primeiros-ministros
que não eram democratas-cristãos: um liberal (Giovanni Spadolini) e um socialista
(Bettino Craxi), o Partido Democrata Cristão permaneceu, no entanto, como o principal
partido do governo. Durante o governo Craxi, a economia se recuperou e a Itália se
tornou a quinta maior nação industrial do mundo, ganhando ingresso no G7. No entanto,
como resultado de suas políticas de gastos, a dívida nacional italiana disparou durante a
era Craxi, logo passando de 100% do Produto interno bruto (PIB).
Conclusão
No início de 1990, a Itália enfrentou desafios significativos, com eleitores -
desencantados com a paralisia política, a dívida pública enorme e extensa corrupção do
sistema (conhecida como Tangentopoli) descoberto pela "Operação Mãos Limpas" -
exigindo reformas radicais. Os escândalos envolveram todos os principais partidos, mas
especialmente os da coalizão de governo: os democratas-cristãos, que governaram o
país por quase 50 anos, sofreram uma grave crise e, eventualmente dissolvidos,
dividiram-se em várias facções. Os comunistas reorganizam-se como uma força social-
democrata. Durante os anos 1990 e 2000, a centro-direita (dominada pelo magnata da
mídia Silvio Berlusconi) e coalizões de centro-esquerda alternativamente governaram o
país, que entrou em um período prolongado de estagnação económica.

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Italiaparte2

  • 2. Pré-história e Roma antiga Entre os diversos povos da Antiguidade destacam-se os lígures, os vénetos e os celtas no norte, os latinos e os etruscos samnitas no centro, enquanto no sul prosperaram colónias gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o segundo milénio a.C. floresceu a antiga civilização dos sardos. Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a etrusca (a partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática encontraram a mais original e duradoura síntese política, económica e cultural. Nascida na península Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina - o berço do cristianismo - Síria, Fenícia e Egito). Graças ao seu império, Roma difundiu a cultura heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que foram os limites de sua civilização.
  • 3. Idade média Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em vários estados, alguns independentes, alguns parte de estados maiores (inclusive fora da península Itálica). O mais duradouro entre eles foram os Estados Pontifícios, que resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído como o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos hérulos e, em seguida, dos ostrogodos. A reanexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano I, em virtude das Guerras Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já entre 568 e 570, os lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam parte do país, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos.
  • 4. Renascença Durante a época das cidades-estado começaram o Humanismo e o Renascimento, caracterizados por um grande renascimento das artes, o que teve grande influência no resto da Europa. A ocupação estrangeira e as diversas transformações dos estados que tinham se formado continuaram até a primeira metade do século XIX, quando se desenvolveu, influenciados pela Revolução Francesa e as Guerras Napoleónicas, uma série de movimentos a favor da criação de uma Itália independente e unificada; este período é chamado de Risorgimento.
  • 5. Unificação A Itália contemporânea nasceu como um Estado unitário, quando em 17 de março de 1861, a maioria dos estados da península e as duas principais ilhas foram unidas sob o comando do rei da Sardenha Vitor Emanuel II da casa de Saboia. O arquiteto da unificação da Itália era o primeiro-ministro da Sardenha, conde Camillo Benso de Cavour, que apoiou (embora não reconhecendo diretamente) Giuseppe Garibaldi, permitindo a anexação do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha-Piemonte. O processo de unificação teve a ajuda da França, que - juntamente com o Reino Unido - tinha um interesse em criar um estado anti-Habsburgo comandado por uma dinastia amiga (Sabóia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e democrático na Itália (desejada por alguns "patriotas", como Mazzini e como já tinha acontecido em parte, em Roma, Milão, Florença e Veneza durante o movimento revolucionário de 1848). A primeira capital do reino foi Turim, a antiga capital do Reino de Sardenha e ponto de partida do processo de unificação da Itália. Depois da convenção de setembro de 1864, a capital foi transferida para Florença.
  • 6. Conclusão Em 1866, a Itália adquiriu do Império Austríaco o Vêneto, após a guerra, na qual a Itália era aliada à Prússia de Bismarck. Na unificação, permaneceram excluídos a Córsega e a região de Nice, cidade natal de Garibaldi, assim como Roma e os territórios vizinhos que estavam sob o controle do Papa e protegido por Napoleão III. Graças à derrota da França pelos prussianos, após uma rápida ação militar em 20 de setembro de 1870, também fora anexada Roma e proclamada a capital do reino. Mais tarde, com o Tratado de Latrão em 1929, o Papa obteve a soberania da Cidade do Vaticano. Outra entidade autônoma dentro das fronteiras italianas é a República de San Marino. Mas mesmo após a conquista de Roma em 1870, a Unificação da Itália ainda não estava completa, pois faltavam ainda as chamadas "terras irredentas": o Trentino, Trieste, a Ístria e a Dalmácia, que os nacionalistas clamavam como pertencentes à Itália. O Trentino, Trieste, a Ístria e Fiume foram anexados depois dos tratados de paz, após a Primeira Guerra Mundial, impostos pela França, Reino Unido e Estados Unidos aos Impérios Centrais, perdedores da guerra.
  • 7. Fascismo A turbulência que se seguiu à devastação da Primeira Guerra Mundial, inspirado pela Revolução Russa de 1917, levou à turbulência e anarquia. O governo liberal, temendo uma revolução socialista, começou a endossar o pequeno Partido Nacional Fascista, liderada por Benito Mussolini. Em outubro de 1922, os fascistas tentaram um golpe de Estado (a "Marcha sobre Roma"), apoiado pelo rei Victor Emmanuel III. Nos anos seguintes, Mussolini proibiu todos os partidos políticos e liberdades pessoais, formando assim uma ditadura. Em 1935, Mussolini invadiu a Etiópia, resultando em uma alienação internacional e levando à retirada da Itália da Liga das Nações. Consequentemente, a Itália aliada com a Alemanha nazista e o Império do Japão e dando forte apoio à Francisco Franco na Guerra Civil Espanhola. Em 1939, a Itália ocupou a Albânia, um protetorado de facto durante décadas, e entrou na Segunda Guerra Mundial em junho de 1940 ao lado das potências do Eixo. Mussolini, querendo uma vitória rápida como a blitzkriegs de Adolf Hitler na Polónia e na França, invadiu a Grécia em outubro de 1940, mas foi forçado a aceitar um empate humilhante depois de alguns meses. Ao mesmo tempo, a Itália, depois de inicialmente conquistar a Somalilândia Britânica e partes do Egito, sofreu um contra-ataque Aliado que acabou com todas as suas possessões no Corno de África e no Norte da África.
  • 8. Conclusão Itália foi então invadida pelos Aliados em julho de 1943, levando ao colapso do regime fascista e à queda de Mussolini. Em setembro de 1943, a Itália se rendeu. O país manteve-se em campo de batalha durante o resto da guerra, enquanto os aliados estavam se movendo a partir do sul e o norte era a base para italiano leais ao regime fascista e forças nazistas alemães, lutando também através do movimento de resistência italiano. As hostilidades terminaram em 2 de maio de 1945. Quase meio milhão de italianos (incluindo civis) morreram no conflito e a economia italiana tinha sido completamente destruída; a renda per capita em 1944 estava em seu ponto mais baixo desde o início do século XX.
  • 9. República A Itália se tornou uma república, após um referendo realizado em 2 de junho de 1946, um dia comemorado desde então como o Dia da República. Esta foi também a primeira vez que as mulheres italianas tiveram direito ao voto.O filho de Vítor Emmanuel III, Humberto II, foi forçado a abdicar e foi exilado. A constituição republicana entrou em vigor em 1 de janeiro de 1948. Nos termos dos Tratados de Paz de Paris de 1947, a área da fronteira oriental foi perdida para a Iugoslávia e, mais tarde, o Território Livre de Trieste foi dividido entre os dois Estados. O medo no eleitorado italiano de uma possível tomada comunista provou ser crucial para o resultado da primeira eleição com sufrágio universal em 18 de abril de 1948, quando os democratas-cristãos, sob a liderança de Alcide De Gasperi, obtiveram uma vitória esmagadora. Consequentemente, em 1949, a Itália tornou-se membro da OTAN. O Plano Marshall ajudou a reavivar a economia italiana, que, até final dos anos 1960, desfrutou de um período de crescimento económico sustentado, o que foi comumente chamado de "Milagre Económico". Em 1957, a Itália foi um membro fundador da Comunidade Económica Europeia (CEE), que posteriormente se tornou a União Europeia (UE) em 1993.
  • 10. Do final dos anos 1960 até o início dos anos 1980, o país experimentou os "Anos de Chumbo", um período caracterizado pela crise económica (especialmente após a crise do petróleo de 1973), generalizados conflitos sociais e massacres terroristas realizados por grupos extremistas opostos, com o suposto envolvimento da inteligência dos Estados Unidos. A Itália é um dos membros fundadores da União Europeia. Os Anos de Chumbo culminaram com o assassinato do líder democrata-cristão Aldo Moro em 1978, um evento que afetou profundamente todo o país. Na década de 1980, pela primeira vez desde 1945, dois governos foram conduzidos por primeiros-ministros que não eram democratas-cristãos: um liberal (Giovanni Spadolini) e um socialista (Bettino Craxi), o Partido Democrata Cristão permaneceu, no entanto, como o principal partido do governo. Durante o governo Craxi, a economia se recuperou e a Itália se tornou a quinta maior nação industrial do mundo, ganhando ingresso no G7. No entanto, como resultado de suas políticas de gastos, a dívida nacional italiana disparou durante a era Craxi, logo passando de 100% do Produto interno bruto (PIB).
  • 11. Conclusão No início de 1990, a Itália enfrentou desafios significativos, com eleitores - desencantados com a paralisia política, a dívida pública enorme e extensa corrupção do sistema (conhecida como Tangentopoli) descoberto pela "Operação Mãos Limpas" - exigindo reformas radicais. Os escândalos envolveram todos os principais partidos, mas especialmente os da coalizão de governo: os democratas-cristãos, que governaram o país por quase 50 anos, sofreram uma grave crise e, eventualmente dissolvidos, dividiram-se em várias facções. Os comunistas reorganizam-se como uma força social- democrata. Durante os anos 1990 e 2000, a centro-direita (dominada pelo magnata da mídia Silvio Berlusconi) e coalizões de centro-esquerda alternativamente governaram o país, que entrou em um período prolongado de estagnação económica.