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Conhecer é inserir algo no real; é, portanto, deformar o real
— Carlo Emilio Gadda
O espaço-tempo
na experiência
das redes
HETEROTOPIAS
Lugares de acumulação do espaço e do tempo
L’hétérotopie a le pouvoir de juxtaposer en un seul lieu réel plusieurs espaces,
plusieurs emplacements qui sont en eux-mêmes incompatibles.
A heterotopia tem o poder de justapor em um único lugar real diversos
espaços, vários locais que são incompatíveis entre si.
— Michel Foucault
Utopias: espaços sem lugar real, irrealizados
Heterotopias: são como utopias realizadas que representam,
contestam, invertem todos os espaços reais que podemos encontrar
na cultura. Espaços que estão fora de todos os espaços, ainda que os
representem
Les hétérotopies sont liées, le plus souvent, à des découpages du temps, c’est-
à-dire qu’elles ouvrent sur ce qu’on pourrait appeler, par pure symétrie, des
hétérochronies; l’hétérotopie se met à fonctionner à plein lorsque les hommes
se trouvent dans une sorte de rupture absolue avec leur temps traditionnel.
As heterotopias são ligadas, muito frequentemente, às divisões do tempo,
quer dizer que elas abrem aquilo que podemos chamar, por pura simetria, de
heterocronias; a heterotopia começa a funcionar plenamente quando
os homens se encontram em uma sorte de ruptura absoluta com seu
tempo tradicional.
— Michel Foucault
Il y a d’abord les hétérotopies du temps qui s’accumule à l’infini, par exemple les
musées, les bibliothèques; musées et bibliothèques sont des hétérotopies dans
lesquelles le temps ne cesse de s’amonceler et de se jucher au sommet de lui-
même.
Primeiro houve heterotopias do tempo que se acumula ao infinito, por
exemplo os museus, as bibliotecas; museus e bibliotecas são heterotopias
em que o tempo continua a amontoar-se e empoleirar-se em cima de si
mesmo.
— Michel Foucault
UCRONISMO
Tempo sem fim nem origem, liberto de qualquer
orientação particular inscrita no tempo do mundo
O tempo u-crônico é o homólogo do espaço virtual no qual está mergulhado
o operador, o espaço u-tópico - este espaço sintetizado matematicamente,
que não pertence a nenhum lugar próprio, que se estende em todas
as dimensões, que obedece a todas as leis possíveis de associação, de
deslocamento, de translação, de projeção e que pode simular todas as
topologias concebíveis. O tempo ucrônico não é um tempo “imaginário”
como aquele da evocação da memória ou como o do sonho, mesmo que
o sonho provoque freqüentemente uma forte impressão de realidade. É
um tempo em potência, mas que se atualiza durante a interação
em instantes, durações, simultaneidades singulares; um tempo não
linear que se expande ou se contrai em inúmeros encadeamentos
ou bifurcações de causas e de efeitos. Sem fim nem origem, o tempo
ucrônico se libera de qualquer orientação particular, qualquer
presente, passado ou futuro, inscritos no tempo do mundo.
— Edmond Couchot
Dois espaços se combinam então: o espaço real onde se desloca o visitante
e o espaço utópico sintetizado pelo cálculo (edificações e personagens em
ação). Ao passo que várias temporalidades se fundem: a temporalidade
totalmente subjetiva que ele vive com seu próprio corpo mergulhado
no mundo real e o tempo próprio do mundo virtual e das imagens
sintéticas que ele faz surgir, enquanto passeia. Situação complexa onde o
visitante vive, ao mesmo tempo, acontecimentos reais e puras eventualidades
propostas pelo simulador das quais ele provoca o aparecimento. Na
realidade “aumentada”, o mundo virtual sobrepõe-se ao mundo real,
enquanto o tempo do mundo real continua a fazer pressão sobre o tempo
vivido pelo interator e o tempo próprio da máquina.
— Edmond Couchot
The internet produces a dense information landscape that shapes a particular
sensibility. On the Net one becomes capable of inhabiting multiple contexts
at once and of absorbing large amounts of sensory stimuli simultaneously.
On the Net one evolves strategies to manipulate large amounts of data and to
move through fields of information.
A internet produz uma densa paisagem informacional que molda
uma sensibilidade particular. Na rede o indivíduo é capaz de habitar
múltiplos contextos ao mesmo tempo e de absorver grandes
quantidades de estímulos sensoriais simultaneamente. Na rede o
indivíduo desenvolve estratégias para manipular grandes quantidades
de dados e para se mover através de campos de informação.
— Eduardo Kac
A vivência do tempo ucrônico e do espaço heterotópico em ambientes
virtuais - e particularmente nas experiências em rede - se manifesta
em uma análise comportamental das ações e práticas dos indivíduos;
sua contraparte estrutural, como componente de sistema, é, ainda,
derivativa [programação é hierárquica, código é linear]:
• Multi-tasking
• Navegação não-linear e fragmentada entre tabs de um browser
• Uso de hiperlinks para escapar da linearidade do texto
• Citação, combinação, mixagem de mídias e textos - escritura semiológica
• Edição simultânea de documentos: escrita simultânea
...
E os usos do computador constituem ainda conexões suplementares,
estendendo mais longe o hipertexto, conectando-o a novos
agenciamentos, reinventando assim o significado dos elementos
conectados. O que é o uso? O prolongamento do caminho já traçado
pelas interpretações precedentes; ou, pelo contrário, a construção
de novos agenciamentos de sentido. Não há uso sem torção semântica
inventiva, quer ela seja minúscula ou essencial. (...) Toda criação equivale
a utilizar de maneira original elementos preexistentes. Todo uso criativo,
ao descobrir novas possibilidades, atinge o plano da criação. (...) Criação
e uso são, na verdade, dimensões complementares de uma mesma
operação elementar de conexão, com seus efeitos de reinterpretação
e construção de novos significados. Ao se prolongarem reciprocamente,
criação e uso contribuem alternadamente para fazer ramificar o hipertexto
sociotécnico.
— Pierre Lévy
(...) Se por um lado o texto é o mesmo para cada um, por outro o
hipertexto pode diferir completamente. O que conta é a rede de
relações pela qual a mensagem será capturada, a rede semiótica que o
interpretante usará para captá-la.
— Pierre Lévy
Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de
experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida
é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma
amostragem de estilos, onde tudo pode ser continuamente remexido e
reordenado de todas as maneiras possíveis.
— Ítalo Calvino
Navegar em um hipertexto significa portanto desenhar um percurso
em uma rede que pode ser tão complicada quanto possível. Porque
cada nó pode, por sua vez, conter uma rede inteira.
— Pierre Lévy
RIZOMA
Como sistema taxonômico:
revolução epistemológica
Um livro tampouco tem objeto. Considerado como agenciamento, ele está
somente em conexão com outros agenciamentos, em relação com outros
corpos sem órgãos. Não se perguntará nunca o que um livro quer dizer,
significado ou significante, não se buscará nada compreender num
livro, perguntar-se-á com o que ele funciona, em conexão com o que ele
faz ou não passar intensidades, em que multiplicidades ele se introduz
e metamorfoseia a sua, com que corpos sem órgãos ele faz convergir o
seu.
— Gilles Deleuze e Félix Guattari
Princípio do rizoma:
CONEXÃO
Princípios de conexão e de heterogeneidade: qualquer ponto de um
rizoma pode ser conectado a qualquer outro e deve sê-lo. É muito
diferente da árvore ou da raiz que fixam um ponto, uma ordem. (...)
Num rizoma, ao contrário, cada traço não remete necessariamente
a um traço lingüístico: cadeias semióticas de toda natureza são aí
conectadas a modos de codificação muito diversos, cadeias biológicas,
políticas, econômicas, etc., colocando em jogo não somente regimes de
signos diferentes, mas também estatutos de estados de coisas.
— Gilles Deleuze e Félix Guattari
Princípio do rizoma:
HETEROGENEIDADE
Um rizoma pode ser rompido, quebrado em um lugar qualquer, e
também retoma segundo uma ou outra de suas linhas e segundo
outras linhas. (...) Todo rizoma compreende linhas de segmentaridade
segundo as quais ele é estratificado, terrirorializado, organizado,
significado, atribuído, etc.; mas compreende também linhas de
desterritorialização pelas quais ele foge sem parar.
— Gilles Deleuze e Félix Guattari
Relações entre rizoma
e hipertexto
A operação elementar da atividade interpretativa é a associação; dar
sentido a um texto é o mesmo que ligá-lo, conectá-lo a outros textos, e
portanto é o mesmo que construir um hipertexto.
— Pierre Lévy
Um mundo molecular e conexionista resistirá melhor às maciças oposições
binárias entre substâncias: sujeito e objeto, homem e técnica, indivíduo
e sociedade, etc. Ora, são estas as grandes dicotomias que nos impedem
de reconhecer que todos os agenciamentos cognitivos concretos são,
ao contrário, constituídos por ligas, redes, concreções provisórias de
interfaces pertencendo geralmente aos dois lados das fronteiras ontológicas
tradicionais.
— Pierre Lévy
Assim, questiona-se as dicotomias e
oposições binárias tradicionais
A árvore impõe o verbo “ser”, mas o rizoma tem como tecido a
conjunção “e... e... e...”
— Gilles Deleuze e Félix Guattari
Árvore impõe o absoluto (fixo)
Rizoma é relativizar (fluxo)
VETORES CONTEXTUAL E TEMPORAL
Rizoma como processo, mais que
como estado ou estrutura: fazer
rizoma ≠ ser rizoma
Não somente cada palavra transforma, pela ativação que propaga ao
longo de certas vias, o estado de excitação da rede semântica, mas
também contribui para construir ou remodelar a própria topologia
da rede ou a composição de seus nós. (...) Em termos gerais, cada
vez que um caminho de ativação é percorrido, algumas conexões são
reforçadas, ao passo que outras caem aos poucos em desuso.
— Pierre Lévy
Esboço de funcionamento de uma rede neural [computação]
O caráter principal do sistema a-centrado é que as iniciativas locais são
coordenadas independentemente de uma instância central, fazendo-
se cálculo no conjunto da rede (multiplicidade). É por isto que o único
lugar onde pode ser construído um fichário possível das pessoas está entre
as próprias pessoas, a únicas capazes de serem portadores de sua descrição
e de mantê-la em dia: a sociedade é o único fichário de pessoas. Uma
sociedade a-centrada natural rejeita como intruso associal o autômato
centralizador.
— Pierre Rosenstiehl e Jean Petitot apud Deleuze e Guattari
Diferentes estruturas de sistema/rede
The creative use of networks makes them organisms.
O uso criativo das redes as transformam em organismos
— Roy Ascott
Organização e
visualização de dados:
evolução
Evolução da representação de árvores genealógicas
Principais personagens e instituições da
história cristã da salvação, 1202
Distribuição genealógica das ciências e
das artes, 1780
Thought map, Riccardo Mazza, 2009
Diagrama com a história da impressão
Profa. Dra. Maria do Carmo de Freitas
Veneroso, 2013
Fluxo de ideias, desejos e decepções íntimas;
Thought map, Jamie Marie Waelchli, 2007-2011
Gephi: visualização de rede no
Facebook; do autor, 2014
Os produtos da técnica moderna, longe de adequarem-se apenas a um
uso instrumental e calculável, são importantes fontes de imaginário,
entidades que participam plenamente da instituição de mundos
percebidos.
— Pierre Lévy
Modelos contemporâneos de visualização de dados
Nem a sociedade, nem a economia, nem a filosofia, nem a religião,
nem a língua, nem mesmo a ciência ou a técnica são forças reais, elas
são, repetimos, dimensões de análise, quer dizer, abstrações.
— Pierre Lévy
Ambientes virtuais:
máquinas de metáforas e
abstrações
Abstraction may be discovered or produced, may be material or immaterial, but
abstraction is what every hack produces and affirms. To abstract is to construct
a plane upon which otherwise different and unrelated matters may be brought
into many possible relations. To abstract is to express the virtuality of nature,
to make known some instance of its possibilities, to actualize a relation out of
infinite relationality, to manifest the manifold.
Abstrações podem ser descobertas ou produzidas, podem ser materiais
ou imateriais, todavia abstração é aquilo que todo hack produz e
afirma. Abstrair é construir um plano em que matérias diferentes e
não-relacionadas podem ser aproximadas em muitas relações. Abstrair
é expressar a virtualidade da natureza, tornar conhecidas algumas
instâncias de suas possibilidades, atualizar uma relação a partir de
infinitas relações, manifestar o múltiplo.
— McKenzie Wark
Un número n de lenguajes posibles usa el mismo vocabulario; en algunos, el
símbolo biblioteca admite la correcta definición «ubicuo y perdurable sistema
de galerías hexagonales», pero biblioteca es «pan» o «pirámide» o cualquier
otra cosa, y las siete palabras que la definen tienen otro valor. Tú, que me lees,
¿estás seguro de entender mi lenguaje?
Um número n de linguagens possíveis usa o mesmo vocabulário; em
alguns, o símbolo biblioteca contém a definição correta «sistema
ubíquo e perdurável de galerias hexagonais», todavia biblioteca é
«pão» ou «pirâmide» ou qualquer outra coisa, e as sete palavras que
a definem têm outro valor. Você, que me lê, tem certeza que entende
minha língua?
— Jorge Luis Borges
Uniscope, planilha em interface de linha de comando, 1964
Primeira interface gráfica de usuário (GUI)
Xerox Alto, 1973
Como a luneta astronômica, o microscópio ou os raios X, a interface
digital alarga o campo do visível. Ela permite ver modelos abstratos de
fenômenos físicos ou outros, visualizar dados numéricos que, sem isso,
permaneceriam soterrados em toneladas de listagens.
— Pierre Lévy
Xerox Star, 1981
Apple Macintosh, 1984
Windows 1.0, 1985
Windows 3.11, 1993
Todo vestígio escrito se precipita como um elemento químico
inicialmente transparente, inocente e neutro, no qual a simples
duração faz aparecer, pouco a pouco, todo um passado em suspensão,
toda uma criptografia cada vez mais densa.
— Roland Barthes
Arqueologias
He (Larry Page, Google) reasoned that the entire Web was loosely based on the
premise of citation - after all, what is a link but a citation?
Ele (Larry Page, Google) argumentou que toda a rede era vagamente
baseada na premissa da citação - afinal, o que é um link se não uma
citação?
— John Battalle
Os dispositivos materiais são formas de memória. Inteligência,
conceitos e até mesmo visão do mundo não se encontram apenas
congelados nas línguas, encontram-se também cristalizados nos
instrumentos de trabalho, nas máquinas, nos métodos. Uma
modificação técnica é ipso facto uma modificação da coletividade
cognitiva, implicando novas analogias e classificações, novos mundos
práticos, sociais e cognitivos.
— Pierre Lévy
Nós, seres humanos, jamais pensamos sozinhos ou sem ferramentas.
As instituições, as línguas, os sistemas de signos, as técnicas de
comunicação, de representação e de registro informam profundamente
nossas atividades cognitivas: toda uma sociedade cosmopolita pensa
dentro de nós.
— Pierre Lévy
Os seres humanos podem se desligar parcialmente da experiência
corrente e recordar, evocar, imaginar, jogar, simular. Assim eles
decolam para outros lugares, outros momentos e outros mundos. Não
devemos esses poderes apenas às línguas, como o francês, o inglês ou
o wolof, mas igualmente às linguagens plásticas, visuais, musicais,
matemáticas etc. Quanto mais as linguagens se enriquecem e se
estendem, maiores são as possibilidades de simular, imaginar, fazer
imaginar um alhures ou uma alteridade.
— Pierre Lévy
Em minha conferência anterior, a propósito da leveza, havia
citado Lucrécio, que via na combinatória do alfabeto o modelo da
impalpável estrutura atômica da matéria; hoje cito Galileu, que via na
combinatória alfabética (“as combinações variáveis de vinte pequenos
caracteres”) o instrumento insuperável da comunicação. Comunicação
entre pessoas distantes no espaço e no tempo, dizia Galileu; mas
ocorre acrescentar igualmente a comunicação imediata que a escrita
estabelece entre todos os seres existentes ou possíveis.
— Ítalo Calvino
Adentra-se o breu
da abstração: uma
arqueologia do futuro
The world already possesses the dream of a time whose consciousness it must
now posses in order to actually live it.
O mundo já possui o sonho de um tempo cuja consciência ele deve,
agora, possuir de modo a de fato vivê-lo.
— Guy Debord
... vivemos hoje em uma destas épocas limítrofes na qual toda a
antiga ordem das representações e dos saberes oscila para dar lugar
a imaginários, modos de conhecimento e estilos de regulação social
ainda pouco estabilizados. Vivemos um destes raros momentos
em que, a partir de uma nova configuração técnica, quer dizer, de
uma nova relação com o cosmos, um novo estilo de humanidade é
inventado.
— Pierre Lévy
The best way to predict the future is to invent it.
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  • 1. Conhecer é inserir algo no real; é, portanto, deformar o real — Carlo Emilio Gadda
  • 3. HETEROTOPIAS Lugares de acumulação do espaço e do tempo
  • 4. L’hétérotopie a le pouvoir de juxtaposer en un seul lieu réel plusieurs espaces, plusieurs emplacements qui sont en eux-mêmes incompatibles. A heterotopia tem o poder de justapor em um único lugar real diversos espaços, vários locais que são incompatíveis entre si. — Michel Foucault
  • 5. Utopias: espaços sem lugar real, irrealizados Heterotopias: são como utopias realizadas que representam, contestam, invertem todos os espaços reais que podemos encontrar na cultura. Espaços que estão fora de todos os espaços, ainda que os representem
  • 6.
  • 7. Les hétérotopies sont liées, le plus souvent, à des découpages du temps, c’est- à-dire qu’elles ouvrent sur ce qu’on pourrait appeler, par pure symétrie, des hétérochronies; l’hétérotopie se met à fonctionner à plein lorsque les hommes se trouvent dans une sorte de rupture absolue avec leur temps traditionnel. As heterotopias são ligadas, muito frequentemente, às divisões do tempo, quer dizer que elas abrem aquilo que podemos chamar, por pura simetria, de heterocronias; a heterotopia começa a funcionar plenamente quando os homens se encontram em uma sorte de ruptura absoluta com seu tempo tradicional. — Michel Foucault
  • 8.
  • 9. Il y a d’abord les hétérotopies du temps qui s’accumule à l’infini, par exemple les musées, les bibliothèques; musées et bibliothèques sont des hétérotopies dans lesquelles le temps ne cesse de s’amonceler et de se jucher au sommet de lui- même. Primeiro houve heterotopias do tempo que se acumula ao infinito, por exemplo os museus, as bibliotecas; museus e bibliotecas são heterotopias em que o tempo continua a amontoar-se e empoleirar-se em cima de si mesmo. — Michel Foucault
  • 10. UCRONISMO Tempo sem fim nem origem, liberto de qualquer orientação particular inscrita no tempo do mundo
  • 11. O tempo u-crônico é o homólogo do espaço virtual no qual está mergulhado o operador, o espaço u-tópico - este espaço sintetizado matematicamente, que não pertence a nenhum lugar próprio, que se estende em todas as dimensões, que obedece a todas as leis possíveis de associação, de deslocamento, de translação, de projeção e que pode simular todas as topologias concebíveis. O tempo ucrônico não é um tempo “imaginário” como aquele da evocação da memória ou como o do sonho, mesmo que o sonho provoque freqüentemente uma forte impressão de realidade. É um tempo em potência, mas que se atualiza durante a interação em instantes, durações, simultaneidades singulares; um tempo não linear que se expande ou se contrai em inúmeros encadeamentos ou bifurcações de causas e de efeitos. Sem fim nem origem, o tempo ucrônico se libera de qualquer orientação particular, qualquer presente, passado ou futuro, inscritos no tempo do mundo. — Edmond Couchot
  • 12.
  • 13. Dois espaços se combinam então: o espaço real onde se desloca o visitante e o espaço utópico sintetizado pelo cálculo (edificações e personagens em ação). Ao passo que várias temporalidades se fundem: a temporalidade totalmente subjetiva que ele vive com seu próprio corpo mergulhado no mundo real e o tempo próprio do mundo virtual e das imagens sintéticas que ele faz surgir, enquanto passeia. Situação complexa onde o visitante vive, ao mesmo tempo, acontecimentos reais e puras eventualidades propostas pelo simulador das quais ele provoca o aparecimento. Na realidade “aumentada”, o mundo virtual sobrepõe-se ao mundo real, enquanto o tempo do mundo real continua a fazer pressão sobre o tempo vivido pelo interator e o tempo próprio da máquina. — Edmond Couchot
  • 14.
  • 15. The internet produces a dense information landscape that shapes a particular sensibility. On the Net one becomes capable of inhabiting multiple contexts at once and of absorbing large amounts of sensory stimuli simultaneously. On the Net one evolves strategies to manipulate large amounts of data and to move through fields of information. A internet produz uma densa paisagem informacional que molda uma sensibilidade particular. Na rede o indivíduo é capaz de habitar múltiplos contextos ao mesmo tempo e de absorver grandes quantidades de estímulos sensoriais simultaneamente. Na rede o indivíduo desenvolve estratégias para manipular grandes quantidades de dados e para se mover através de campos de informação. — Eduardo Kac
  • 16. A vivência do tempo ucrônico e do espaço heterotópico em ambientes virtuais - e particularmente nas experiências em rede - se manifesta em uma análise comportamental das ações e práticas dos indivíduos; sua contraparte estrutural, como componente de sistema, é, ainda, derivativa [programação é hierárquica, código é linear]: • Multi-tasking • Navegação não-linear e fragmentada entre tabs de um browser • Uso de hiperlinks para escapar da linearidade do texto • Citação, combinação, mixagem de mídias e textos - escritura semiológica • Edição simultânea de documentos: escrita simultânea ...
  • 17. E os usos do computador constituem ainda conexões suplementares, estendendo mais longe o hipertexto, conectando-o a novos agenciamentos, reinventando assim o significado dos elementos conectados. O que é o uso? O prolongamento do caminho já traçado pelas interpretações precedentes; ou, pelo contrário, a construção de novos agenciamentos de sentido. Não há uso sem torção semântica inventiva, quer ela seja minúscula ou essencial. (...) Toda criação equivale a utilizar de maneira original elementos preexistentes. Todo uso criativo, ao descobrir novas possibilidades, atinge o plano da criação. (...) Criação e uso são, na verdade, dimensões complementares de uma mesma operação elementar de conexão, com seus efeitos de reinterpretação e construção de novos significados. Ao se prolongarem reciprocamente, criação e uso contribuem alternadamente para fazer ramificar o hipertexto sociotécnico. — Pierre Lévy
  • 18. (...) Se por um lado o texto é o mesmo para cada um, por outro o hipertexto pode diferir completamente. O que conta é a rede de relações pela qual a mensagem será capturada, a rede semiótica que o interpretante usará para captá-la. — Pierre Lévy
  • 19. Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser continuamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis. — Ítalo Calvino
  • 20. Navegar em um hipertexto significa portanto desenhar um percurso em uma rede que pode ser tão complicada quanto possível. Porque cada nó pode, por sua vez, conter uma rede inteira. — Pierre Lévy
  • 22. Um livro tampouco tem objeto. Considerado como agenciamento, ele está somente em conexão com outros agenciamentos, em relação com outros corpos sem órgãos. Não se perguntará nunca o que um livro quer dizer, significado ou significante, não se buscará nada compreender num livro, perguntar-se-á com o que ele funciona, em conexão com o que ele faz ou não passar intensidades, em que multiplicidades ele se introduz e metamorfoseia a sua, com que corpos sem órgãos ele faz convergir o seu. — Gilles Deleuze e Félix Guattari
  • 24. Princípios de conexão e de heterogeneidade: qualquer ponto de um rizoma pode ser conectado a qualquer outro e deve sê-lo. É muito diferente da árvore ou da raiz que fixam um ponto, uma ordem. (...) Num rizoma, ao contrário, cada traço não remete necessariamente a um traço lingüístico: cadeias semióticas de toda natureza são aí conectadas a modos de codificação muito diversos, cadeias biológicas, políticas, econômicas, etc., colocando em jogo não somente regimes de signos diferentes, mas também estatutos de estados de coisas. — Gilles Deleuze e Félix Guattari
  • 26. Um rizoma pode ser rompido, quebrado em um lugar qualquer, e também retoma segundo uma ou outra de suas linhas e segundo outras linhas. (...) Todo rizoma compreende linhas de segmentaridade segundo as quais ele é estratificado, terrirorializado, organizado, significado, atribuído, etc.; mas compreende também linhas de desterritorialização pelas quais ele foge sem parar. — Gilles Deleuze e Félix Guattari
  • 28. A operação elementar da atividade interpretativa é a associação; dar sentido a um texto é o mesmo que ligá-lo, conectá-lo a outros textos, e portanto é o mesmo que construir um hipertexto. — Pierre Lévy
  • 29. Um mundo molecular e conexionista resistirá melhor às maciças oposições binárias entre substâncias: sujeito e objeto, homem e técnica, indivíduo e sociedade, etc. Ora, são estas as grandes dicotomias que nos impedem de reconhecer que todos os agenciamentos cognitivos concretos são, ao contrário, constituídos por ligas, redes, concreções provisórias de interfaces pertencendo geralmente aos dois lados das fronteiras ontológicas tradicionais. — Pierre Lévy Assim, questiona-se as dicotomias e oposições binárias tradicionais
  • 30. A árvore impõe o verbo “ser”, mas o rizoma tem como tecido a conjunção “e... e... e...” — Gilles Deleuze e Félix Guattari
  • 31. Árvore impõe o absoluto (fixo) Rizoma é relativizar (fluxo) VETORES CONTEXTUAL E TEMPORAL
  • 32. Rizoma como processo, mais que como estado ou estrutura: fazer rizoma ≠ ser rizoma
  • 33. Não somente cada palavra transforma, pela ativação que propaga ao longo de certas vias, o estado de excitação da rede semântica, mas também contribui para construir ou remodelar a própria topologia da rede ou a composição de seus nós. (...) Em termos gerais, cada vez que um caminho de ativação é percorrido, algumas conexões são reforçadas, ao passo que outras caem aos poucos em desuso. — Pierre Lévy
  • 34. Esboço de funcionamento de uma rede neural [computação]
  • 35.
  • 36. O caráter principal do sistema a-centrado é que as iniciativas locais são coordenadas independentemente de uma instância central, fazendo- se cálculo no conjunto da rede (multiplicidade). É por isto que o único lugar onde pode ser construído um fichário possível das pessoas está entre as próprias pessoas, a únicas capazes de serem portadores de sua descrição e de mantê-la em dia: a sociedade é o único fichário de pessoas. Uma sociedade a-centrada natural rejeita como intruso associal o autômato centralizador. — Pierre Rosenstiehl e Jean Petitot apud Deleuze e Guattari
  • 37. Diferentes estruturas de sistema/rede
  • 38. The creative use of networks makes them organisms. O uso criativo das redes as transformam em organismos — Roy Ascott
  • 40. Evolução da representação de árvores genealógicas
  • 41. Principais personagens e instituições da história cristã da salvação, 1202
  • 42. Distribuição genealógica das ciências e das artes, 1780
  • 43. Thought map, Riccardo Mazza, 2009
  • 44. Diagrama com a história da impressão Profa. Dra. Maria do Carmo de Freitas Veneroso, 2013
  • 45.
  • 46. Fluxo de ideias, desejos e decepções íntimas; Thought map, Jamie Marie Waelchli, 2007-2011
  • 47.
  • 48. Gephi: visualização de rede no Facebook; do autor, 2014
  • 49. Os produtos da técnica moderna, longe de adequarem-se apenas a um uso instrumental e calculável, são importantes fontes de imaginário, entidades que participam plenamente da instituição de mundos percebidos. — Pierre Lévy
  • 50. Modelos contemporâneos de visualização de dados
  • 51. Nem a sociedade, nem a economia, nem a filosofia, nem a religião, nem a língua, nem mesmo a ciência ou a técnica são forças reais, elas são, repetimos, dimensões de análise, quer dizer, abstrações. — Pierre Lévy
  • 52. Ambientes virtuais: máquinas de metáforas e abstrações
  • 53. Abstraction may be discovered or produced, may be material or immaterial, but abstraction is what every hack produces and affirms. To abstract is to construct a plane upon which otherwise different and unrelated matters may be brought into many possible relations. To abstract is to express the virtuality of nature, to make known some instance of its possibilities, to actualize a relation out of infinite relationality, to manifest the manifold. Abstrações podem ser descobertas ou produzidas, podem ser materiais ou imateriais, todavia abstração é aquilo que todo hack produz e afirma. Abstrair é construir um plano em que matérias diferentes e não-relacionadas podem ser aproximadas em muitas relações. Abstrair é expressar a virtualidade da natureza, tornar conhecidas algumas instâncias de suas possibilidades, atualizar uma relação a partir de infinitas relações, manifestar o múltiplo. — McKenzie Wark
  • 54.
  • 55. Un número n de lenguajes posibles usa el mismo vocabulario; en algunos, el símbolo biblioteca admite la correcta definición «ubicuo y perdurable sistema de galerías hexagonales», pero biblioteca es «pan» o «pirámide» o cualquier otra cosa, y las siete palabras que la definen tienen otro valor. Tú, que me lees, ¿estás seguro de entender mi lenguaje? Um número n de linguagens possíveis usa o mesmo vocabulário; em alguns, o símbolo biblioteca contém a definição correta «sistema ubíquo e perdurável de galerias hexagonais», todavia biblioteca é «pão» ou «pirâmide» ou qualquer outra coisa, e as sete palavras que a definem têm outro valor. Você, que me lê, tem certeza que entende minha língua? — Jorge Luis Borges
  • 56. Uniscope, planilha em interface de linha de comando, 1964
  • 57. Primeira interface gráfica de usuário (GUI) Xerox Alto, 1973
  • 58. Como a luneta astronômica, o microscópio ou os raios X, a interface digital alarga o campo do visível. Ela permite ver modelos abstratos de fenômenos físicos ou outros, visualizar dados numéricos que, sem isso, permaneceriam soterrados em toneladas de listagens. — Pierre Lévy
  • 63. Todo vestígio escrito se precipita como um elemento químico inicialmente transparente, inocente e neutro, no qual a simples duração faz aparecer, pouco a pouco, todo um passado em suspensão, toda uma criptografia cada vez mais densa. — Roland Barthes
  • 65.
  • 66.
  • 67. He (Larry Page, Google) reasoned that the entire Web was loosely based on the premise of citation - after all, what is a link but a citation? Ele (Larry Page, Google) argumentou que toda a rede era vagamente baseada na premissa da citação - afinal, o que é um link se não uma citação? — John Battalle
  • 68. Os dispositivos materiais são formas de memória. Inteligência, conceitos e até mesmo visão do mundo não se encontram apenas congelados nas línguas, encontram-se também cristalizados nos instrumentos de trabalho, nas máquinas, nos métodos. Uma modificação técnica é ipso facto uma modificação da coletividade cognitiva, implicando novas analogias e classificações, novos mundos práticos, sociais e cognitivos. — Pierre Lévy
  • 69.
  • 70. Nós, seres humanos, jamais pensamos sozinhos ou sem ferramentas. As instituições, as línguas, os sistemas de signos, as técnicas de comunicação, de representação e de registro informam profundamente nossas atividades cognitivas: toda uma sociedade cosmopolita pensa dentro de nós. — Pierre Lévy
  • 71. Os seres humanos podem se desligar parcialmente da experiência corrente e recordar, evocar, imaginar, jogar, simular. Assim eles decolam para outros lugares, outros momentos e outros mundos. Não devemos esses poderes apenas às línguas, como o francês, o inglês ou o wolof, mas igualmente às linguagens plásticas, visuais, musicais, matemáticas etc. Quanto mais as linguagens se enriquecem e se estendem, maiores são as possibilidades de simular, imaginar, fazer imaginar um alhures ou uma alteridade. — Pierre Lévy
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75. Em minha conferência anterior, a propósito da leveza, havia citado Lucrécio, que via na combinatória do alfabeto o modelo da impalpável estrutura atômica da matéria; hoje cito Galileu, que via na combinatória alfabética (“as combinações variáveis de vinte pequenos caracteres”) o instrumento insuperável da comunicação. Comunicação entre pessoas distantes no espaço e no tempo, dizia Galileu; mas ocorre acrescentar igualmente a comunicação imediata que a escrita estabelece entre todos os seres existentes ou possíveis. — Ítalo Calvino
  • 76. Adentra-se o breu da abstração: uma arqueologia do futuro
  • 77. The world already possesses the dream of a time whose consciousness it must now posses in order to actually live it. O mundo já possui o sonho de um tempo cuja consciência ele deve, agora, possuir de modo a de fato vivê-lo. — Guy Debord
  • 78. ... vivemos hoje em uma destas épocas limítrofes na qual toda a antiga ordem das representações e dos saberes oscila para dar lugar a imaginários, modos de conhecimento e estilos de regulação social ainda pouco estabilizados. Vivemos um destes raros momentos em que, a partir de uma nova configuração técnica, quer dizer, de uma nova relação com o cosmos, um novo estilo de humanidade é inventado. — Pierre Lévy
  • 79. The best way to predict the future is to invent it. A melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo. – informal PARC slogan
  • 80.