SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
A
conversão da estocagem
convencional para a estoca-
gem com corredores estrei-
tos parece coisa simples. Afi-
nal de contas, uma operação
consegue estocar de 20% a 25% mais pro-
dutos no mesmo espaço usando corredo-
res estreitos. Ainda mais impressionante é
a mudança para um sistema de corredores
muito estreitos (VNA, “very narrow ais-
le”), que permite de 40% a 50% mais espa-
ço destinado a produtos. E com a redução
de custos sendo a prioridade número 1 das
empresas atualmente, podemos esperar
centros de distribuição com corredores de
estocagem mais estreitos do que nunca.
Tradicionalmente, o padrão de largu-
ra dos corredores estreitos é de 2,70 m.
Muitos profissionais da movimentação de
materiais ainda usam esse ponto de re-
ferência, o que pode criar problemas de
dimensionamento.
Escolha da empilhadeira
Otipodeempilhadeiraparacorredores
estreitos a ser escolhido depende de como
ela será usada. Existem duas funções pri-
márias de empilhadeiras para corredores
estreitos: interface com a estrutura porta-
paletes e separação de pedidos.
São essencialmente três os tipos de
empilhadeiras destinadas para aplicações
em corredores estreitos e muito estreitos
(VNA): as empilhadeiras de mastro retrá-
til e pantográficas, as empilhadeiras trila-
terais e as selecionadoras de pedidos.
As empilhadeiras de mastro retrá-
til e pantográficas são empilhadeiras de
Empilhadeiras
VS. corredoresAs configurações de estocagem atuais dependem mais
do que nunca da interação com as empilhadeiras
Selecionadora de pedidos
necessita pouco mais do
que sua própria largura
© IMAM Consultoria - Tel.: (11) 5575-1400 - Revista intraLOGÍSTICA
Com o corredor estreito
consegue-se estocar de
20 a 25% mais produtos
no mesmo espaço
interface com a estrutura porta-paletes.
Enviam ao estoque e separam cargas de
paletes completos em qualquer lado de
um corredor estreito de 2,7 m.
As empilhadeiras de mastro retrátil
e pantográficas são destinadas a lidar
com operações em grandes alturas,
além de oferecer manobrabilidade para
operar em corredor estreito e eventu-
almente até movimentar produtos em
distâncias mais longas.
As empilhadeiras trilaterais e as sele-
cionadoras de pedidos são consideradas
veículos para corredores muito estreitos.
As trilaterais geralmente possuem garfos
montados em uma torre que lhes possibi-
lita girar para acessar as baias de estoca-
gem em qualquer lado do corredor. A tor-
re pode ser erguida a até 15 m de altura.
As empilhadeiras trilaterais elevam
o operador e, portanto, são destinadas a
operar dentro de um corredor. As empilha-
deiras trilaterais VNA guiadas por trilho ou
por cabo podem elevar o operador e a car-
ga, por isso elas também podem ser usadas
para a separação de pedidos.
A capacidade de girar os garfos
em ângulo reto torna as empilhadeiras
trilaterais adequadas para a movimen-
tação de cargas de paletes dentro das
estruturas porta-paletes.
Já as selecionadoras de pedidos permi-
tem que o operador apanhe pequenas uni-
dades dos pedidos da estocagem e as leve
aonde for necessário. Esses veículos nor-
malmente são dirigidos automaticamente
ao longo de trilhos-guia, sistemas de guia
por fio ou transponders durante a opera-
ção dentro dos corredores de estocagem.
Empilhadeira articulada
Até os anos 1990, a maioria das ope-
rações de armazenagem usava uma
combinação de tipos de equipamentos
– tradicionalmente uma empilhadeira
contrabalançada para serviços externos,
normalmente na descarga do estoque;
uma empilhadeira de mastro retrátil ou
© IMAM Consultoria - Tel.: (11) 5575-1400 - Revista intraLOGÍSTICA
de estocagem sem sacrificar a seletivida-
de. Porém, se não aplicado com alguma
sabedoria e análise inicial, um sistema
de estocagem com VNA também pode se
tornar um gargalo inesperado, restringin-
do a operação de distribuição de atingir o
ganho que os clientes exigem.
O quanto deve ser estreito? A maio-
ria dos sistemas VNA tem corredores que
variam entre 1,8 m e 1,65 m. Existem siste-
mas mais estreitos, tais como os que apli-
cam garfos vai-vém onde um palete-padrão
(1.000 x 1.200 mm) é carregado no corredor
com sua dimensão de 1.200 mm perpendi-
cular à direção do percurso.
Os arranjos físicos comuns de VNA
usam empilhadeiras trilaterais ou de
mastro retrátil giratório.
Um sistema de trilhos fixos ou um
sistema de guia por cabos embutidos
no piso permite que as empilhadeiras
se movimentem com rapidez e segu-
rança no corredor sem bater nas es-
truturas porta-paletes. A empilhadeira
se movimenta apenas para a frente e
para trás em um VNA que é pelo me-
nos 91,4 cm mais estreito do que o cor-
redor mais estreito para empilhadeiras
de mastro retrátil.
Balanceando as demandas
Embora existam vantagens de den-
sidade significativas nos sistemas de
estocagem para VNA, a aplicação ade-
quada depende de um balanço delicado
entre as demandas de estocagem ope-
racional e as limitações do VNA. A
atenção às necessidades de ganho, ao
balanceamento do volume ao longo dos
corredores, ao planejamento das atri-
buições do pessoal para abastecimento
e alívio das posições de coleta e entre-
ga e à avaliação das capacidades de
suporte do WMS garantirá que a ope-
ração ganhe vantagens de densidade
de um sistema de estocagem VNA sem
as restrições de ganho. A densidade
tem desvantagens, porém quando uma
estratégia de VNA é executada de for-
ma adequada, os benefícios de longo
prazo superam de longe os custos.
trilateral dentro do armazém para empi-
lhamento dos paletes e uma selecionadora
de pedidos para a coleta das unidades de
estoque e entrega até a linha de produção
ou até um ponto de transferência.
Essa combinação é usada em muitas
operações de armazenagem nos dias atu-
ais, pois a configuração eficiente de esto-
cagem ainda depende em grande parte da
interação das empilhadeiras. Entretanto,
essas combinações com muitos equipa-
mentos estão ficando caras e nem sempre
são as mais eficientes.
Em 1990, Fred Brown, da Translift,
projetou uma empilhadeira articulada que
mudou a face da movimentação em cor-
redores estreitos. Logo depois, vários fa-
bricantes projetaram máquinas híbridas
que podem executar o trabalho de uma
empilhadeira contrabalançada e de uma
empilhadeira de mastro retrátil. Empilha-
deiras articuladas, tais como a Bendi da
Translift, a Flexi e a Aisle-Master, podem
operar em corredores estreitos com me-
nos de 2 m, elevar cargas de paletes em
alturas de até 12,5 m e descarregar o esto-
que no pátio de carga.
O modelo articulado permite ao ope-
rador ir até o centro do palete, esterçar a
direção e o mastro a 90 graus e em segui-
da ir diretamente ao palete. Feito isso, o
operador sai de ré e desesterça a direção.
Avanços recentes
Atualmente, mais empilhadeiras para
aplicações em corredores estreitos estão
sendo equipadas com energia CA, e novos
modelos oferecem maiores velocidades
de percurso e de elevação, tecnologia de
diagnóstico e de gerenciamento de frota
integrada na empilhadeira, além do con-
trole de tração, e chaves de segurança.
Embora os modelos de equipamen-
tos variem por fabricante de empilhadei-
ras, uma constante permanece: o enigma
da largura dos corredores atuais é uma
questão de escolher o equipamento de
movimentação de materiais correto e não
apenas economia de espaço.
Gargalos
Uma estratégia de VNA pode aumen-
tar o espaço de estocagem e economizar
capital, mas também pode gerar gargalos.
Os armazéns e centros de distribui-
ção ocupam amplo espaço e precisam
de muito terreno ao redor para apoiar as
carretas que entram e saem. Qualquer
estratégia para reduzir o tamanho de um
centro de distribuição reduz seu custo e
também os custos indiretos fixos da em-
presa que o utiliza.
Uma vez que o espaço é tão valioso,
quem planeja os arranjos físicos dos cen-
tros de distribuição muitas vezes analisa
os sistemas de estocagem com corredores
muito estreitos (VNA). A estocagem com
VNA pode aumentar muito a densidade
Empilhadeiras articuladas podem operar
em corredores com menos de 2 m
© IMAM Consultoria - Tel.: (11) 5575-1400 - Revista intraLOGÍSTICA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Paletes
PaletesPaletes
Paletes
 
Armazenamento
ArmazenamentoArmazenamento
Armazenamento
 
AparecidaAulaLogistica-Armazenagem
AparecidaAulaLogistica-ArmazenagemAparecidaAulaLogistica-Armazenagem
AparecidaAulaLogistica-Armazenagem
 
Armazenagem
Armazenagem   Armazenagem
Armazenagem
 
Aula 03 5S alterada
Aula 03 5S alteradaAula 03 5S alterada
Aula 03 5S alterada
 
Movimentação de Materiais
Movimentação de MateriaisMovimentação de Materiais
Movimentação de Materiais
 
TCC - Esteira Transportadora
TCC - Esteira TransportadoraTCC - Esteira Transportadora
TCC - Esteira Transportadora
 
Armazenagem Estratégica de CDs
Armazenagem Estratégica de CDsArmazenagem Estratégica de CDs
Armazenagem Estratégica de CDs
 
Unidade ii.2 estratégia de distribuição
Unidade ii.2   estratégia de distribuiçãoUnidade ii.2   estratégia de distribuição
Unidade ii.2 estratégia de distribuição
 
Gestão de Armazens
Gestão de ArmazensGestão de Armazens
Gestão de Armazens
 
Equipamentos de Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação de Materiais Equipamentos de Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação de Materiais
 
Armazenagem
Armazenagem  Armazenagem
Armazenagem
 
Equipamentos para manuseio de materiais
Equipamentos  para manuseio de materiaisEquipamentos  para manuseio de materiais
Equipamentos para manuseio de materiais
 
Aula med01
Aula med01Aula med01
Aula med01
 
Armazenamento, transporte e movimentação de cargas
Armazenamento, transporte  e movimentação de cargasArmazenamento, transporte  e movimentação de cargas
Armazenamento, transporte e movimentação de cargas
 
Unidade iv armazenagem
Unidade iv  armazenagemUnidade iv  armazenagem
Unidade iv armazenagem
 
Pontes Rolantes
Pontes Rolantes Pontes Rolantes
Pontes Rolantes
 
Apostila de ponte rolante
Apostila de ponte rolanteApostila de ponte rolante
Apostila de ponte rolante
 
Armazenagem de cargas
Armazenagem de cargasArmazenagem de cargas
Armazenagem de cargas
 
Bordo de linha
Bordo de linhaBordo de linha
Bordo de linha
 

Semelhante a Como escolher a empilhadeira certa para corredores estreitos e VNA

3. npc armaz. movim.entacao e_localizacao
3. npc armaz. movim.entacao e_localizacao3. npc armaz. movim.entacao e_localizacao
3. npc armaz. movim.entacao e_localizacaolourinha321
 
Agilidade no fluxo de materiais
Agilidade no fluxo de materiaisAgilidade no fluxo de materiais
Agilidade no fluxo de materiaisfabioavela
 
Curso Fundamentos de Logística
Curso Fundamentos de LogísticaCurso Fundamentos de Logística
Curso Fundamentos de LogísticaGrade TI
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptsistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptRobertoFailache1
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptsistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptCláudio Almeida
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte.ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte.pptsistemas_de_movimentação_e_transporte.ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte.pptCristianodoCarmodeOl
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptsistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptLuciaGuiomarBasto
 
Aula logistica armazenagem
Aula logistica armazenagemAula logistica armazenagem
Aula logistica armazenagemkellinyy
 
Aula de Logística - Armazenagem
Aula de Logística - ArmazenagemAula de Logística - Armazenagem
Aula de Logística - Armazenagemisaiartelli
 
PÁ CARREGADEIRA CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!
PÁ CARREGADEIRA  CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!PÁ CARREGADEIRA  CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!
PÁ CARREGADEIRA CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!Daniel Andrade
 
Catálogo Guias de precisão SKF
Catálogo Guias de precisão SKFCatálogo Guias de precisão SKF
Catálogo Guias de precisão SKFCelso LS
 
Parte 3 -sistemas_de_armazenagem
Parte 3 -sistemas_de_armazenagemParte 3 -sistemas_de_armazenagem
Parte 3 -sistemas_de_armazenagemWallace Rodrigues
 
Logística -Sistemas de armazenagem de material
Logística -Sistemas de armazenagem de materialLogística -Sistemas de armazenagem de material
Logística -Sistemas de armazenagem de materialMarcelo Aparecido Sampaio
 
Logística - princípios básicos
Logística - princípios básicosLogística - princípios básicos
Logística - princípios básicosNara Oliveira
 
Armazenagem3º trabalho
Armazenagem3º trabalhoArmazenagem3º trabalho
Armazenagem3º trabalhojorgecs6
 

Semelhante a Como escolher a empilhadeira certa para corredores estreitos e VNA (20)

Movimentação de Materiais
Movimentação de MateriaisMovimentação de Materiais
Movimentação de Materiais
 
3. npc armaz. movim.entacao e_localizacao
3. npc armaz. movim.entacao e_localizacao3. npc armaz. movim.entacao e_localizacao
3. npc armaz. movim.entacao e_localizacao
 
Agilidade no fluxo de materiais
Agilidade no fluxo de materiaisAgilidade no fluxo de materiais
Agilidade no fluxo de materiais
 
Curso Fundamentos de Logística
Curso Fundamentos de LogísticaCurso Fundamentos de Logística
Curso Fundamentos de Logística
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptsistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptsistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte.ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte.pptsistemas_de_movimentação_e_transporte.ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte.ppt
 
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).pptsistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
sistemas_de_movimentação_e_transporte (1).ppt
 
Atividades Básicas (Primárias), de Apoio (intermediárias) e Sofisticadas da L...
Atividades Básicas (Primárias), de Apoio (intermediárias) e Sofisticadas da L...Atividades Básicas (Primárias), de Apoio (intermediárias) e Sofisticadas da L...
Atividades Básicas (Primárias), de Apoio (intermediárias) e Sofisticadas da L...
 
Gestão de Armazéns
Gestão de ArmazénsGestão de Armazéns
Gestão de Armazéns
 
Aula logistica armazenagem
Aula logistica armazenagemAula logistica armazenagem
Aula logistica armazenagem
 
Aula de Logística - Armazenagem
Aula de Logística - ArmazenagemAula de Logística - Armazenagem
Aula de Logística - Armazenagem
 
PÁ CARREGADEIRA CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!
PÁ CARREGADEIRA  CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!PÁ CARREGADEIRA  CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!
PÁ CARREGADEIRA CATERPILLAR 924H - MANUAL DE ESPECIFICAÇÕES DA MÁQUINA!
 
Catálogo Guias de precisão SKF
Catálogo Guias de precisão SKFCatálogo Guias de precisão SKF
Catálogo Guias de precisão SKF
 
Parte 3 -sistemas_de_armazenagem
Parte 3 -sistemas_de_armazenagemParte 3 -sistemas_de_armazenagem
Parte 3 -sistemas_de_armazenagem
 
Logística -Sistemas de armazenagem de material
Logística -Sistemas de armazenagem de materialLogística -Sistemas de armazenagem de material
Logística -Sistemas de armazenagem de material
 
Sala de baterias
Sala de bateriasSala de baterias
Sala de baterias
 
Logística - princípios básicos
Logística - princípios básicosLogística - princípios básicos
Logística - princípios básicos
 
Tst aula 05
Tst   aula 05Tst   aula 05
Tst aula 05
 
Armazenagem3º trabalho
Armazenagem3º trabalhoArmazenagem3º trabalho
Armazenagem3º trabalho
 

Como escolher a empilhadeira certa para corredores estreitos e VNA

  • 1. A conversão da estocagem convencional para a estoca- gem com corredores estrei- tos parece coisa simples. Afi- nal de contas, uma operação consegue estocar de 20% a 25% mais pro- dutos no mesmo espaço usando corredo- res estreitos. Ainda mais impressionante é a mudança para um sistema de corredores muito estreitos (VNA, “very narrow ais- le”), que permite de 40% a 50% mais espa- ço destinado a produtos. E com a redução de custos sendo a prioridade número 1 das empresas atualmente, podemos esperar centros de distribuição com corredores de estocagem mais estreitos do que nunca. Tradicionalmente, o padrão de largu- ra dos corredores estreitos é de 2,70 m. Muitos profissionais da movimentação de materiais ainda usam esse ponto de re- ferência, o que pode criar problemas de dimensionamento. Escolha da empilhadeira Otipodeempilhadeiraparacorredores estreitos a ser escolhido depende de como ela será usada. Existem duas funções pri- márias de empilhadeiras para corredores estreitos: interface com a estrutura porta- paletes e separação de pedidos. São essencialmente três os tipos de empilhadeiras destinadas para aplicações em corredores estreitos e muito estreitos (VNA): as empilhadeiras de mastro retrá- til e pantográficas, as empilhadeiras trila- terais e as selecionadoras de pedidos. As empilhadeiras de mastro retrá- til e pantográficas são empilhadeiras de Empilhadeiras VS. corredoresAs configurações de estocagem atuais dependem mais do que nunca da interação com as empilhadeiras Selecionadora de pedidos necessita pouco mais do que sua própria largura © IMAM Consultoria - Tel.: (11) 5575-1400 - Revista intraLOGÍSTICA
  • 2. Com o corredor estreito consegue-se estocar de 20 a 25% mais produtos no mesmo espaço interface com a estrutura porta-paletes. Enviam ao estoque e separam cargas de paletes completos em qualquer lado de um corredor estreito de 2,7 m. As empilhadeiras de mastro retrátil e pantográficas são destinadas a lidar com operações em grandes alturas, além de oferecer manobrabilidade para operar em corredor estreito e eventu- almente até movimentar produtos em distâncias mais longas. As empilhadeiras trilaterais e as sele- cionadoras de pedidos são consideradas veículos para corredores muito estreitos. As trilaterais geralmente possuem garfos montados em uma torre que lhes possibi- lita girar para acessar as baias de estoca- gem em qualquer lado do corredor. A tor- re pode ser erguida a até 15 m de altura. As empilhadeiras trilaterais elevam o operador e, portanto, são destinadas a operar dentro de um corredor. As empilha- deiras trilaterais VNA guiadas por trilho ou por cabo podem elevar o operador e a car- ga, por isso elas também podem ser usadas para a separação de pedidos. A capacidade de girar os garfos em ângulo reto torna as empilhadeiras trilaterais adequadas para a movimen- tação de cargas de paletes dentro das estruturas porta-paletes. Já as selecionadoras de pedidos permi- tem que o operador apanhe pequenas uni- dades dos pedidos da estocagem e as leve aonde for necessário. Esses veículos nor- malmente são dirigidos automaticamente ao longo de trilhos-guia, sistemas de guia por fio ou transponders durante a opera- ção dentro dos corredores de estocagem. Empilhadeira articulada Até os anos 1990, a maioria das ope- rações de armazenagem usava uma combinação de tipos de equipamentos – tradicionalmente uma empilhadeira contrabalançada para serviços externos, normalmente na descarga do estoque; uma empilhadeira de mastro retrátil ou © IMAM Consultoria - Tel.: (11) 5575-1400 - Revista intraLOGÍSTICA
  • 3. de estocagem sem sacrificar a seletivida- de. Porém, se não aplicado com alguma sabedoria e análise inicial, um sistema de estocagem com VNA também pode se tornar um gargalo inesperado, restringin- do a operação de distribuição de atingir o ganho que os clientes exigem. O quanto deve ser estreito? A maio- ria dos sistemas VNA tem corredores que variam entre 1,8 m e 1,65 m. Existem siste- mas mais estreitos, tais como os que apli- cam garfos vai-vém onde um palete-padrão (1.000 x 1.200 mm) é carregado no corredor com sua dimensão de 1.200 mm perpendi- cular à direção do percurso. Os arranjos físicos comuns de VNA usam empilhadeiras trilaterais ou de mastro retrátil giratório. Um sistema de trilhos fixos ou um sistema de guia por cabos embutidos no piso permite que as empilhadeiras se movimentem com rapidez e segu- rança no corredor sem bater nas es- truturas porta-paletes. A empilhadeira se movimenta apenas para a frente e para trás em um VNA que é pelo me- nos 91,4 cm mais estreito do que o cor- redor mais estreito para empilhadeiras de mastro retrátil. Balanceando as demandas Embora existam vantagens de den- sidade significativas nos sistemas de estocagem para VNA, a aplicação ade- quada depende de um balanço delicado entre as demandas de estocagem ope- racional e as limitações do VNA. A atenção às necessidades de ganho, ao balanceamento do volume ao longo dos corredores, ao planejamento das atri- buições do pessoal para abastecimento e alívio das posições de coleta e entre- ga e à avaliação das capacidades de suporte do WMS garantirá que a ope- ração ganhe vantagens de densidade de um sistema de estocagem VNA sem as restrições de ganho. A densidade tem desvantagens, porém quando uma estratégia de VNA é executada de for- ma adequada, os benefícios de longo prazo superam de longe os custos. trilateral dentro do armazém para empi- lhamento dos paletes e uma selecionadora de pedidos para a coleta das unidades de estoque e entrega até a linha de produção ou até um ponto de transferência. Essa combinação é usada em muitas operações de armazenagem nos dias atu- ais, pois a configuração eficiente de esto- cagem ainda depende em grande parte da interação das empilhadeiras. Entretanto, essas combinações com muitos equipa- mentos estão ficando caras e nem sempre são as mais eficientes. Em 1990, Fred Brown, da Translift, projetou uma empilhadeira articulada que mudou a face da movimentação em cor- redores estreitos. Logo depois, vários fa- bricantes projetaram máquinas híbridas que podem executar o trabalho de uma empilhadeira contrabalançada e de uma empilhadeira de mastro retrátil. Empilha- deiras articuladas, tais como a Bendi da Translift, a Flexi e a Aisle-Master, podem operar em corredores estreitos com me- nos de 2 m, elevar cargas de paletes em alturas de até 12,5 m e descarregar o esto- que no pátio de carga. O modelo articulado permite ao ope- rador ir até o centro do palete, esterçar a direção e o mastro a 90 graus e em segui- da ir diretamente ao palete. Feito isso, o operador sai de ré e desesterça a direção. Avanços recentes Atualmente, mais empilhadeiras para aplicações em corredores estreitos estão sendo equipadas com energia CA, e novos modelos oferecem maiores velocidades de percurso e de elevação, tecnologia de diagnóstico e de gerenciamento de frota integrada na empilhadeira, além do con- trole de tração, e chaves de segurança. Embora os modelos de equipamen- tos variem por fabricante de empilhadei- ras, uma constante permanece: o enigma da largura dos corredores atuais é uma questão de escolher o equipamento de movimentação de materiais correto e não apenas economia de espaço. Gargalos Uma estratégia de VNA pode aumen- tar o espaço de estocagem e economizar capital, mas também pode gerar gargalos. Os armazéns e centros de distribui- ção ocupam amplo espaço e precisam de muito terreno ao redor para apoiar as carretas que entram e saem. Qualquer estratégia para reduzir o tamanho de um centro de distribuição reduz seu custo e também os custos indiretos fixos da em- presa que o utiliza. Uma vez que o espaço é tão valioso, quem planeja os arranjos físicos dos cen- tros de distribuição muitas vezes analisa os sistemas de estocagem com corredores muito estreitos (VNA). A estocagem com VNA pode aumentar muito a densidade Empilhadeiras articuladas podem operar em corredores com menos de 2 m © IMAM Consultoria - Tel.: (11) 5575-1400 - Revista intraLOGÍSTICA