SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
BOAS PRÁTICAS
de funcionamento para institutos e salões de
beleza, estética, cabeleireiro e similares
Apoio Realização
Belo Horizonte
2015
Elaboração
Célia Cristina Duarte Starling
Valéria de Lima Pulier
Revisão
Ana Cristina Brígido de Souza
Jaqueline Camilo de Sousa Felício
Maria Tereza da Costa Oliveira
Sônia Guedes Gomes da Costa
Cintia Silva
Edna Assis
Eliana Ribeiro
Vânia Lourdes da Silva
Projeto Gráfico
Produção Visual - Gerência de Comunicação Social
Secretaria Municipal de Saúde
BOAS PRÁTICAS
de funcionamento para institutos e salões de
beleza, estética, cabeleireiro e similares
3
1
2
Sumário INTRODUÇÃO
RISCOS À SAÚDE
O exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista,
Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador foi reconhecido pela Lei nº 12.592,
de 18 de janeiro de 2012 atestando a importância deste segmento para socie-
dade e sua interface com a saúde pública.
Esta cartilha tem como objetivo contribuir para as boas práticas desses pro-
fissionais que atuam nos institutos e salões de beleza, barbearias e similares,
de forma a garantir segurança ao profissional e a seus clientes e a qualidade
nos serviços prestados, evitando riscos à saúde. Para tanto, apresenta noções da
transmissão de doenças, riscos da atividade, medidas de segurança, normas da
Vigilância Sanitária para processos de trabalho, produtos, equipamentos, mate-
riais e instalações.
Apesar da indiscutível importância deste segmento para a sociedade, esta ativi-
dade não está isenta de riscos. Diversos estudos apontam o risco à saúde que pro-
fissionais e clientes estão sujeitos, em especial à transmissão de doenças e alergias.
Os profissionais deste ramo manuseiam áreas do corpo habitadas por micror-
ganismos que podem ser transmitidos pelas mãos do profissional, pelos utensílios
e produtos contaminados ou por acidentes com os materiais perfurocortantes
como lâmina de barbear, agulha, alicate.
As lesões na pele, visíveis ou não, são a principal porta de entrada de mi-
crorganismos como bactérias, fungos e vírus. Algumas bactérias e fungos estão
presentes no corpo humano sem causar doenças, entretanto quando ocorrem
lesões ou abrasões da pele estes microrganismos penetram em nosso corpo
podendo causar infecções bacterianas manifestadas como furúnculos ou abs-
cessos e infecções fúngicas conhecidas como micoses. Os vírus podem causar
verrugas, tumores na pele, hepatites B e C e infecções pelo vírus da imunodefici-
ência humana (HIV).Também pode ocorrer a transmissão de parasitas causando
escabiose (sarna) e pediculose (piolhos).
Alguns produtos utilizados nos clientes e nos processos de limpeza e desin-
fecção podem causar alergias, intoxicações e outros danos em profissionais e
usuários. Nos profissionais também são comuns lesões vasculares como varizes e
desordens músculo-esqueléticas da coluna, ombros, mãos e punhos ocasionados
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 3
2 RISCOS À SAÚDE................................................................................................... 3
3 MEDIDAS DE SEGURANÇA................................................................................ 4
3.1 Higiene e apresentação pessoal................................................................ 4
3.2 Higienização das mãos................................................................................. 5
3.2.1 Higienização das mãos com água e sabonete líquido..................... 6
3.2.2 Higienização das mãos com álcool 70% ............................................. 7
3.3 Vacinação.......................................................................................................... 8
3.4 Descarte de perfurocortantes.................................................................... 8
3.5 Cuidados quando ocorrem acidentes...................................................... 9
3.6 Uso de equipamentos de proteção individual- EPI............................. 9
3.6.1 Luvas de procedimentos........................................................................... 9
3.6.2 Luvas de auto proteção (luvas de “borracha”).................................10
3.6.3 Máscara, gorros ou tocas e óculos de proteção..............................10
3.6.4 Aventais impermeáveis...........................................................................10
3.7 Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios ...........................10
3.7.1 Limpeza.......................................................................................................11
3.7.2 Desinfecção................................................................................................11
3.7.3 Esterilização................................................................................................12
3.7.4 Armazenamento........................................................................................16
3.8 Limpeza e desinfecção de superfícies....................................................17
4 DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA............18
5 ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO...............................................18
6 CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS E PRODUTOS......................................19
6.1 Equipamentos...............................................................................................19
6.2 Cosméticos.....................................................................................................19
6.2.1 Escova progressiva, alisantes e formol...............................................20
6.3 Produtos de limpeza e desinfecção........................................................21
6.4 Mobiliários.....................................................................................................21
6.5 Toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis.........................................21
6.6 Materiais descartáveis.................................................................................21
7 CUIDADOS IMPORTANTES QUE DEVEM SER ADOTADOS
PELOS PROFISSIONAIS......................................................................................22
7.1 Cabeleireiro e barbeiro: cuidados importantes...................................22
7.2 Depilação: cuidados importantes............................................................23
7.3 Manicure, pedicuro e podólogo: cuidados importantes..................23
7.4 Serviços de estética: cuidados importantes.........................................23
8 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS E CAPACITAÇÃO..............24
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................24
4 5
por longos períodos na posição sentada ou em pé, pela postura e mobiliários
inadequados e longas jornadas de trabalho executando os mesmos movimentos
sem períodos de descanso.
3 MEDIDAS DE SEGURANÇA
Algumas medidas simples, abordadas nos tópicos a seguir, podem ser adota-
das para controlar o risco de disseminação de doenças:
•	Higiene	e	apresentação	pessoal;
•	Higienização	das	mãos;
•	Vacinação;
•	Descarte	adequado	de	perfurocortantes;
•	Cuidados	quando	ocorrem	acidentes;
•	Uso	de	equipamentos	de	proteção	individual	-	EPI;
•	Limpeza,	desinfecção	e	esterilização	de	utensílios;
•	Limpeza	e	desinfecção	de	superfícies.
Este conjunto de medidas deve ser seguido em todos os atendimentos, pois
muitas vezes é impossível saber só pela aparência se o cliente é portador de
algum microrganismo ou doença. Muitas vezes a pessoa nem sabe que está
doente, pois não apresenta nenhum sintoma.
3.1 Higiene e apresentação pessoal
Os profissionais devem manter rigorosa higiene pessoal, usar preferencial-
mente uniforme de cor clara e calçados fechados, manter as unhas curtas e lim-
pas e evitar o uso de adornos como anéis, pulseiras, relógios. Não é permitido
fumar nas dependências do salão.
As unhas longas e adornos dificultam a higienização das mãos
e servem de abrigo para microrganismos e outras sujidades.
Importante
3.2 Higienização das mãos
É uma das medidas mais importantes e simples para evitar a disseminação
de microrganismos. Tem como finalidade remover sujidades, suor, oleosidade,
microorganismos e células mortas.
A higienização pode ser feita com água e sabonete líquido ou com álcool 70%.
6 7
3.2.1 Higienização das mãos com água e sabonete líquido
Quando:
•	As mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou
secreções corporais;
•	Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; e antes e após cada atendimento;
•	Antes e após ir ao banheiro;
•	Antes e após colocar as luvas;
•	Antes e após as refeições;
•	Após manipular materiais de limpeza e desinfecção;
•	Após várias aplicações seguidas de álcool.
Como:
•	Molhar as mãos com água e aplicar sabonete líquido;
•	Friccionar todas as superfícies das mãos conforme figura abaixo;
•	Enxaguar as mãos e secar com papel toalha.
As toalhas de tecido e sabonetes em barra são reservatórios
de microrganismos sendo desaconselhado o seu uso.
Importante
PREVINA INFECÇÕES COM
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A higienização das mãos é o ato isolado mais importante para o controle de
infecções na assistência à saúde, segundo estudos científicos.
A Comissão Municipal de Controle de Infecção Relacionada à Assistência (COMCIRA)
recomenda a prática da higienização das mãos no exercício profissional.
• Mantenha as unhas limpas e curtas;
• Retire anéis, pulseiras e outros adornos;
• Molhe as mãos e aplique o sabonete líquido nas palmas;
• Ensaboe todas as faces por 40 a 60 segundos, conforme
figuras a seguir:
3.2.2 Higienização das mãos com álcool 70%
O álcool 70% reduz a quantidade de microrganismos, mas não remove sujidades.
Quando:
•	As mãos não estiverem visivelmente sujas;
•	Antes e após cada atendimento;
•	Ao trocar de área: da virilha para o buço, dos pés para as mãos;
•	Após contato com objetos (celular, maçanetas, etc) durante o atendimento.
Como:
•	Aplicar o álcool 70% nas mãos;
•	Friccionar todas as superfícies das mãos conforme figura abaixo;
•	Deixar o álcool secar naturalmente, sem uso de toalhas, tecidos ou papel.
Utilizar apenas álcool específico para higienização das mãos na concentração de 70%.
Dê preferência a produtos disponibilizados na forma de refil para evitar sua contaminação.
Importante
• Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas;
• Retire anéis, relógios, pulseiras e outros adornos;
• Aplique na palma da mão quantidade suficiente da preparação alcoólica a 70% para
cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante);
• Friccione todas as superfícies das mãos por 20 a 30 segundos, conforme passos 3 a 8;
• Não utilizar papel toalha. Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras.
SALVE VIDAS - HIGIENIZE SUAS MÃOS
Higienização das mãos com preparações alcoólicas a 70%
1
4
7
Retirar adornos
Dorsodasmãoseinterdigitais
Polpasdigitaiseunhas
2
5
8
Aplicar produto
Dorsodosdedosearticulações
Punho
3
6
9
Palma
Polegar
Secar naturalmente
A HIGIENE DAS MÃOS NO MOMENTO CERTO E DA MANEIRA CERTA PODE SALVAR VIDAS.
8 9
3.3 Vacinação
A vacinação tem a finalidade de criar imunidade protegendo nosso organis-
mo de alguns microrganismos.
Como existe possibilidade de contato com sangue, é fundamental que os profissio-
nais de beleza e estética façam uso da profilaxia por meio da vacinação para Hepatite
B, que é gratuita em todos os postos de saúde. São necessárias três doses da vacina.
Também a vacinação contra o tétano é importante, pois esta doença pode
ser transmitida por lesões na pele provocadas por quaisquer materiais: desde
queimaduras até cortes com metais, não necessariamente enferrujados.
3.4 Descarte de perfurocortantes
Os resíduos perfurocortantes (agulhas, lâminas, etc) deverão ser descartados imedia-
tamente após seu uso em recipientes rígidos e com tampa devidamente identificados.
Para evitar acidentes:
•	Descartar	os	perfurocortantes	no	recipiente	correto	imediatamente	após	o	uso;
•	Nunca	reencapar	agulhas;
•	Manter	o	recipiente	em	suporte	exclusivo	e	em	altura	que	permita	a	visu-
alização	da	abertura	para	descarte;
•	O recolhimento do recipiente de descarte deve ser realizado apenas por em-
presas licenciadas para transporte e destinação final de perfurocortantes.
3.5 Cuidados quando ocorrem acidentes
3.6 Uso de equipamentos de proteção individual- EPI
Lesões decorrentes de acidentes com materiais perfurocortantes como
agulhas, lâminas de barbear, alicates, potencialmente contaminadas deve ser
imediatamente lavadas com água corrente em abundância e sabão. Não usar
substâncias químicas como água sanitária e outros desinfetantes, pois eles au-
mentam a área lesada e conseqüentemente a exposição ao material infectante.
Nos acidentes envolvendo mucosas, como a dos olhos, deve-se lavar o local
imediatamente com água corrente em abundância.
Nas reações alérgicas e intoxicações por produtos químicos devem ser segui-
das as instruções dos fabricantes.
•	As pessoas acidentadas ou com manifestação de reação alérgica devem ser encami-
nhadas	imediatamente	para	a	UPA	(Unidade	de	Pronto	Atendimento)	mais	próxima;
•	Caso	ocorra	sangramento	do	cliente	durante	atendimento,	o	profissional	nunca	
deve estancar sangramento fazendo pressão com os dedos.
Os EPI são dispositivos ou produtos de uso individual utilizados pelo pro-
fissional para prevenção de riscos que ameaçam a sua segurança e saúde no
trabalho. Seu uso é necessário em alguns momentos do atendimento, ao manu-
sear os produtos de limpeza e desinfecção, cosméticos e alguns instrumentais.
3.6.1 Luvas de procedimentos
São descartáveis e devem ser utilizadas quando houver risco de contato com
sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e ar-
tigos, superfícies ou equipamentos contaminados.
Alguns cuidados devem ser tomados ao utilizar as luvas:
•	Não	tocar	superfícies	e	materiais	com	as	mãos	enluvadas	(telefone,	maça-
neta,	porta,	caneta,	etc);
•	trocar	as	luvas	ao	mudar	de	procedimento	contaminado	para	outro	limpo;
•	Desprezar	as	luvas	após	cada	atendimento	e	durante	um	mesmo	atendi-
mento se estiver danificada.
10 11
3.6.2 Luvas de auto proteção (luvas de“borracha”)
3.6.3 Máscara, gorros ou tocas e óculos de proteção
3.6.4 Aventais impermeáveis
São de uso individual e devem ser utilizadas para proteção das mãos e ante-
braços durante as atividades de limpeza e desinfecção.
Devem ser utilizadas nas tarefas onde há possibilidade de projeção de frag-
mentos, partículas e respingos de líquidos diversos atingirem o profissional.
São necessários nas tarefas em que exista risco de umidade e respingo de
líquidos diversos no corpo ou roupa do profissional.
3.7	 Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios
Os utensílios podem ser contaminados durante o atendimento e servir como
fonte de transmissão, por isso eles têm que ser adequadamente processados.
O processamento é um conjunto de ações relacionadas à limpeza, secagem,
embalagem, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição. Os
utensílios devem estar em bom estado de conservação a fim de atender sua
função com segurança e facilitar seu processamento. Durante todo o processo
os profissionais devem seguir as medidas de segurança para evitar acidentes.
A limpeza bem feita é capaz de reduzir a quantidade de microrganismos dos
utensílios, mas não de eliminá-los. Por isso necessita ser seguida de desinfecção
ou esterilização dependendo das características e uso dos utensílios. É preciso
que cada etapa seja executada de maneira correta e cuidadosa para garantir
produtos seguros para os clientes e profissionais. Produtos como cubas e bacias,
pentes, escovas, presilhas, bobies, tesouras, pinças devem ser desinfetados após a
limpeza. Espátulas, alicates, instrumentais de podólogos ou qualquer instrumen-
tal de metal que podem perfurar a pele devem ser esterilizados após a limpeza.
3.7.1 Limpeza
É o processo mecânico de remoção de sujidade e de redução da quantida-
de de microrganismos dos utensílios mediante o uso de água e detergente, de
forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção
ou esterilização. É a primeira e mais importante etapa para eficácia dos proce-
dimentos de desinfecção e esterilização, pois a presença de sujidade protege
os microrganismos do contato com agentes desinfetantes e esterilizantes. Ne-
nhum processo substitui a limpeza, mesmo os de desinfecção e de esterilização.
Para segurança do profissional que realiza a limpeza é fundamental a utiliza-
ção de calçados fechados, uniforme e dos equipamentos de proteção individual
- EPI: óculos de proteção, máscara, avental impermeável e luvas de segurança
(“luvas de borracha”).
O profissional deve ficar atento no manuseio
dos alicates e espátulas para evitar acidentes.
Deixar os utensílios em recipientes com água até iniciar o processo de lim-
peza, que deverá ser feita com água corrente e detergente líquido por meio de
fricção utilizando escovas com cerdas de nylon resistentes.
A escolha do detergente para limpeza deve ser criteriosa para não danificar
os utensílios. Estes produtos devem estar regularizados na ANVISA e serem de
uso institucional.
O enxágue abundante com água corrente é importante para remover sujida-
des e resíduos do detergente e outros produtos químicos. A secagem deve ser
feita imediatamente. Evitar secagem espontânea, pois sais minerais contidos na
água podem aderir ao material provocando manchas e danos após a esterilização.
Ao final, uma inspeção visual cuidadosa deve ser feita para verificar se os
utensílios ficaram limpos, se estão íntegros e funcionando bem.
3.7.2 Desinfecção
É o processo químico que elimina de objetos e superfícies a maioria dos mi-
crorganismos que causam doenças. Existem no mercado diversos produtos de-
sinfetantes, os mais utilizados são:
12 13
Álcool etílico 70%
•	Usar após a limpeza com água e detergente;
•	Friccionar a área aplicada; o produto age por fricção;
•	Manter os recipientes fechados, pois o álcool evapora.
Como utilizar:
•	Limpar;
•	Secar;
•	Embeber pano seco com o produto;
•	Friccionar a superfície desejada, esperar secar e repetir três vezes a aplicação.
Hipoclorito de sódio 1%
•	Deve ser usado após a limpeza com água e detergente;
•	Não age como desinfetante na presença de sujidade;
•	É contra-indicado para metais, devido ação corrosiva. Possui ação descolorante;
•	As soluções devem ser estocadas em recipientes fechados e opacos;
•	Sua ação como desinfetante ficará comprometida caso seja misturado com
detergente ou outros produtos químicos, podendo inclusive se tornar tóxico.
Como utilizar:
•	Limpar;
•	Secar;
•	Imergir os utensílios na solução de Hipoclorito de Sódio 1% por 30 minutos;
•	Enxaguar;
•	Secar.
Na desinfecção os profissionais deverão adotar os mesmos
cuidados de segurança recomendados na limpeza.
Os registros do monitoramento devem ser mantidos arquivados.
3.7.3 Esterilização
É o processo que utiliza agentes físicos para destruir todas as formas de vida
microbiana. No Brasil a esterilização de utensílios utilizados no atendimento ao
clientes é obrigatória conforme a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012.
Nos salões de beleza e estética o método de esterilização indicado é o vapor
saturado sob pressão, realizado em autoclaves. O calor úmido é mais eficiente
que o calor seco (estufa) porque a presença de água afeta significativamente a
temperatura na qual os microrganismos são destruídos.
As autoclaves mais modernas possuem ciclos de esterilização programados
que não permitem a interrupção do processo. O seu uso deve ser de acordo
com recomendações do fabricante.
Os utensílios devem ser embalados para protegê-los de contaminação du-
rante o transporte e armazenamento, mantendo-os esterilizado até o uso. As
embalagens devem estar devidamente regularizadas na ANVISA e a mais utili-
zada é o papel grau cirúrgico. Os utensílios devem ser embalados em kits indi-
vidualizados.
A segurança do processo de esterilização depende de todas as fases do pro-
cessamento dos utensílios. A sobrevivência dos microrganismos ao processo de
esterilização pode decorrer de falhas humanas como limpeza e preparo inade-
quado do material e de falhas mecânicas como a falta de manutenção e defeitos
da autoclave.
O controle de qualidade da esterilização inclui:
•	Monitoramento mecânico: manutenção preventiva periódica e manu-
tenção corretiva da autoclave;
•	Monitoramento físico: acompanhamento frequente do tempo, tempe-
ratura e pressão dos ciclos para verificar se os parâmetros da autoclave
estão em conformidade com o que foi preconizado;
•	Monitoramento químico: utilização de indicadores em cada embalagem
(fita zebrada) para identificar os kits que já foram esterilizados e utilização
de integradores químicos periodicamente;
•	Monitoramento biológico: deve ser realizado periodicamente.
14 15
Instrumentos Contaminados
1
1
2
3
6
7
7
6
4
5
5
4
3
3
2 Instrumentos Limpos
Armazenamento
Autoclave Profissional protegido para limpeza
Utensílios no papel grau cirúrgico
Esterilização
Os utensílios podem ser contaminados durante o
atendimento e servir como fonte de transmissão,
por isso eles têm que ser adequadamente limpos.
A limpeza deve ser feita com água corrente e deter-
gentelíquidopormeiodefricçãoutilizandoescovas
comcerdasdenylonresistentes.Secarosutensílios.
Os utensílios devem ser estocados em local seco,
arejado e protegido de umidade e sujidades, de
preferência em caixas plásticas com tampa.
Nossalõesdebelezaeestéticaométodode
esterilização indicado é o vapor saturado
sob pressão, realizado em autoclaves.
Os utensílios devem ser embalados para protegê-
-losdecontaminaçãoduranteotransporteearma-
zenamento, mantendo-os esterilizado até o uso.
Comparado com outros métodos de esterilização, o vapor
tem rápido aquecimento e penetração destruindo os mi-
crorganismosemcurtotempodeexposição,nãodeixaresí-
duos tóxicos nos materiais submetidos ao processo.
Para segurança do profissional que realiza a limpeza é
fundamentalautilizaçãodecalçadosfechados,unifor-
me e dos equipamentos de proteção individual - EPI
16 17
O serviço que não estiver apto a esterilizar os instrumentais, nos termos desta carti-
lha, deverá orientar os clientes a trazer seu próprio material de manicure (espátulas,
alicates, instrumentais de podólogos ou qualquer instrumental de metal que pode
perfurar a pele), sendo VEDADO a este estabelecimento manter em suas dependên-
cias qualquer utensílio que precise ser esterilizado.
Os clientes que optarem por utilizar seu próprio material deverão ser orientados a
mantê-los limpos e desinfetados.
3.7.4 Armazenamento
O profissional deve manusear e armazenar os utensílios processados com cui-
dado para não contaminá-los. Os utensílios devem ser estocados em local seco,
arejado e protegido de umidade e sujidades, de preferência em caixas plásticas
com tampa. Devem ser manipulados o mínimo possível e com mãos limpas.
3.8 Limpeza e desinfecção de superfícies
A limpeza e desinfecção das superfícies é uma atividade essencial para ma-
nutenção e conservação das instalações e equipamentos e para organização
do processo de trabalho. As superfícies compreendem as paredes, piso, teto,
sanitários, mobiliários, portas, janelas, equipamentos. Falhas neste processo po-
dem ter como consequências a disseminação e transferência de microrganis-
mos para as pessoas, ambiente e utensílios, colocando em risco a segurança dos
clientes e dos profissionais.
•	Realizar	a	limpeza	e	organização	diária	do	estabelecimento;
•	Providenciar	a	retirada	imediata	dos	cabelos	decorrentes	do	corte;
•	Limpar	o	banheiro	com	água	e	detergente	e	desinfetar	o	vaso	sanitário	
com	hipoclorito	de	sódio	a	1%;
•	Limpar	as	macas	com	água	e	detergente	periodicamente	e	desinfetar	
com	álcool	70%	após	cada	atendimento;
•	Utilizar	sempre	luvas	de	borracha	e	calçados	fechados	nos	procedimen-
tos de limpeza e desinfecção.
Para maiores informações consultar a Cartilha Diretrizes para Limpeza e De-
sinfecção de Superfícies, disponível no site:
www.pbh.gov.br/saude/vigilanciasanitaria/publicacoes
18 19
4
5
DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PELA VIGILÂNCIA
SANITÁRIA
ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO
•	Alvará de Localização e Funcionamento;
•	Alvará de Autorização Sanitária;
•	Manual de boas práticas;
•	Registro de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos;
•	Registro de monitoramento da esterilização;
•	Comprovante de recolhimento dos resíduos perfurocortantes.
•	Piso, paredes e teto de material resistente a limpeza com água e sabão
e desinfetantes, de cor clara, liso, sem trincas, rachaduras, buracos, vaza-
mentos, infiltrações, bolor;
•	Ralos com sistema de fechamento;
•	Água encanada potável;
•	Ligação do esgoto na rede pública;
•	Divisórias entre macas nas áreas de massagem e tratamentos do corpo,
de forma a garantir a privacidade dos clientes;
•	Iluminação natural ou artificial que permita a realização das atividades
com segurança;
•	Ventilação natural ou artificial adequada que garanta ambientes arejados;
•	Instalação elétrica sem fiação exposta e compatível com o número de
equipamentos (para evitar sobrecargas evite extensões ou benjamins);
•	Bancadas de material resistente a limpeza e desinfecção e em bom esta-
do de conservação;
•	Armários para guarda de pertences dos profissionais;
•	Banheiro com vaso sanitário com tampa, descarga funcionando, lixeira, pia
com água corrente, suportes abastecidos com sabonete líquido e papel toalha;
•	Dispensadores de álcool 70% ou pia com dispensadores de sabonete lí-
quido e papel toalha para higienização das mãos em todos os recintos
onde são realizados procedimentos em clientes;
•	Área de limpeza, desinfecção e esterilização com: bancada com pia para limpe-
za de material, bancada seca, autoclave e armário ou recipientes com tampa de
material resistente à limpeza e desinfecção para guarda de material esterilizado;
6 CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS E PRODUTOS
•	Recinto ou armário para guarda de materiais de limpeza;
•	O estabelecimento deve ser mantido em boas condições de limpeza, hi-
gienização e conservação geral, retirando os materiais alheios;
•	O estabelecimento deve possuir dimensionamento adequado, compatível
com as atividades realizadas, não possuindo ligação direta com residências.
Caso o serviço permita alimentação dos profissionais em suas instalações deverá
haver um local exclusivo para refeições, sem comunicação direta com postos de tra-
balho, instalações sanitárias ou locais insalubres. Sugere-se que este local seja pro-
vido de pia com bancada, armário para guarda de alimentos e utensílios, geladeira
exclusiva para guarda de alimentos e equipamento para aquecimento de alimentos.
6.1	 Equipamentos
Os equipamentos utilizados nos procedimentos de estética e beleza e os de
esterilização devem possuir número de registro na Agência Nacional de Vigilân-
cia Sanitária (ANVISA). O serviço deverá manter manual técnico do equipamen-
to em português e registros de manutenção preventiva e corretiva realizada
conforme orientação do fabricante.
6.2	 Cosméticos
Os produtos utilizados para embelezamento pertencem à categoria dos cosmé-
ticos e são regulamentados pela ANVISA. Ao adquirir os produtos verifique no rótulo:
•	Nome do produto;
•	Marca;
•	Lote;
•	Prazo de validade;
•	Conteúdo;
•	País de origem;
•	Fabricante/importador;
•	Composição do produto;
20 21
Os produtos devem ser guardados e protegidos da luz, calor e umidade, separados
de alimentos e produtos de limpeza.
Antes de aplicar qualquer produto sobre a pele, cabelos ou unhas, perguntar ao
cliente se ele (a) tem algum tipo de alergia aos componentes químicos do produto
a ser utilizado.
Não	deve	haver	fracionamento	e/ou	mistura	tecnicamente	inaceitável	dos	produtos	
químicos utilizados.
6.2.1 Escova progressiva, alisantes e formol
Adicionar formol, glutaraldeído ou qualquer outra substância a produtos sujei-
tos à vigilância sanitária é infração sanitária (adulteração ou falsificação) e crime
hediondo pela legislação brasileira, de acordo com o artigo 273 do Código Penal.
O formol só pode ser usado na fórmula de cosméticos como conservante ou
agente endurecedor de unhas pelas fábricas e apenas nas quantidades determi-
nadas pela vigilância sanitária.
Seu uso como alisante capilar é ilegal e pode causar, em quem aplica ou rece-
be o tratamento, problemas de saúde, como queimaduras no couro cabeludo,
queda de cabelo e sérios problemas respiratórios.
6.3 Produtos de limpeza e desinfecção
•	Os	produtos	utilizados	para	limpeza	e	desinfecção	devem	estar	regulariza-
dos	na	ANVISA	como	produtos	para	uso	institucional;
•	Os	produtos	devem	ser	utilizados	conforme	das	instruções	do	fabricante;
•	A	ação	dos	desinfetantes	fica	comprometida	caso	ocorra	mistura	com	
água,	detergente	ou	outros	produtos	químicos;
•	As	embalagens	dos	produtos	químicos	não	podem	ser	reutilizadas;
•	Os	profissionais	devem	conhecer	e	seguir	as	instruções	de	segurança	dos	
produtos utilizados.
6.4 Mobiliários
•	Os	colchonetes	das	macas	e	demais	mobiliários	almofadados	devem	sem	
revestidos de material lavável e impermeável, e mantidos sem furos, ras-
gos,	sulcos	ou	reentrâncias;
•	Os	mobiliários	devem	ser	de	material	resistente	a	limpeza	e	desinfecção	e	
mantidos	em	bom	estado	de	conservação;
•	É	proibido	o	uso	dos	lavatórios	de	cabelos	para	lavar	utensílios,	pano	de	
chão, etc.
•	Finalidade	de	uso	do	produto;
•	Instruções	em	língua	portuguesa;
•	Autorização	de	Funcionamento	da	indústria	na	ANVISA;
•	Número	de	registro	ou	notificação	no	Ministério	da	Saúde/	ANVISA.
6.5 Toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis
•	todas	as	macas	devem	ser	protegidas	com	lençóis	descartáveis	ou	os	len-
çóis	devem	ser	trocados	a	cada	cliente;
•	As	toalhas	devem	ser	trocadas	a	cada	cliente.	Deve	ser	utilizada	uma	toa-
lha	para	cada	procedimento,	independente	de	ser	o	mesmo	cliente;
•	As	toalhas	e	lençóis	de	tecido	ou	descartáveis	devem	estar	limpos;
•	Não	é	recomendada	a	lavagem	manual	de	roupas	utilizadas	por	clientes.	
O	processamento	destas	roupas	deverá	ser	feito	em	máquina	de	lavar;
•	As	toalhas	e	lençóis	descartáveis	ou	de	tecido	devem	ser	guardados	de	
forma	organizada	em	local	limpo,	seco	e	arejado;
•	As	roupas	sujas	devem	ser	acondicionadas	em	recipientes	de	fácil	limpe-
za	e	desinfecção	identificados	com	a	inscrição:	ROUPA	SUJA.
6.6 Materiais descartáveis
•	Lixas	de	unha	e	de	pé;
•	Pauzinho	de	laranjeira;
•	Invólucros	das	bacias	e	cubas	de	manicure	e	pedicuro;
22 23
7.1	 Cabeleireiro e barbeiro: cuidados importantes
7 CUIDADOS IMPORTANTES QUE DEVEM SER
ADOTADOS PELOS PROFISSIONAIS
•	Higienizar as mãos de maneira correta e nos momentos indicados no item 3.2;
•	Perguntar ao cliente se possui alguma alergia aos produtos que vai utilizar;
•	Utilizar toalhas individuais limpas e trocá-las na frente do cliente;
•	Não utilizar ou recomendar para os clientes pomadas ou outros medicamentos;
•	Utilizar sempre produtos e equipamentos regularizados na ANVISA.
Se identificar alteração na pele ou no couro cabeludo
do (a) cliente, orientar para que procure um médico.
•	Abrir lâminas novas a cada cliente e descartá-las após o uso em recipiente
rígido;
•	Proteger-se com luvas e máscara ao fazer uso de química;
•	Manter as escovas e pentes em recipientes limpos e organizados;
•	Limpar escovas, pentes e demais utensílios, removendo os cabelos e pro-
dutos químicos. Lavar com água e sabão líquido e desinfetar após o uso
em cada cliente;
•	Luvas e botas com ou sem creme (manicure e pedicuro);
•	Cera e espátulas de depilação;
•	Lâminas;
•	Agulhas;
•	Esponjas para higienização ou esfoliação da pele.
É proibida a reutilização de sobras de ceras 
ou de qualquer outro produto químico.
7.2	 Depilação: cuidados importantes
7.3	 Manicure, pedicuro e podólogo: cuidados importantes
7.4	 Serviços de estética: cuidados importantes
• Fracionar a cera quente em porções suficientes para cada cliente;
• Descartar as sobras de cera, se houver;
• Utilizar espátulas descartáveis;
• Limpar e desinfetar as pinças após o uso em cada cliente.
•	Manter o material de trabalho como algodão, esmaltes, removedor de
esmalte e lixas, em maletas ou gavetas organizadas e limpas;
•	Manter o algodão em pote com tampa;
•	Utilizar material descartável para proteção de cubas e bacias ou utilizar
luvas e botas descartáveis;
•	Utilizar pauzinho de laranjeira, lixas de unha e de pé descartáveis;
•	Manusear com cuidado os produtos de forma a não contaminá-los. Usar
espátulas descartáveis ou dosadores para retirar a quantidade que será
utilizada. Manter os recipientes fechados;
•	Utilizar apenas alicates, espátulas, instrumentais de podólogos ou quais-
quer instrumentos de metal que podem perfurar a pele lavados, esterili-
zados e que estejam com a embalagem íntegra;
•	Abrir a embalagem na frente do cliente;
•	Lavar, embalar e esterilizar os instrumentais cujas embalagens foram violadas;
•	Lavar e desinfetar as bacias e cubas após cada uso.
•	Manter em local visível certificado de qualificação profissional;
•	Usar produtos manipulados em farmácias apenas quando devidamente
prescrito por médico, especificamente para o cliente.
•	Manter máquina de cortar cabelo, tesoura, presilhas, bobies, toucas lim-
pos e desinfetados após o uso em cada cliente;
•	Retirar do chão os cabelos decorrentes do corte.
24
8 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS E
CAPACITAÇÃO
Todo serviço deve ter um Manual de Rotinas e Procedimentos onde estarão
descritos, para cada serviço prestado, o passo a passo e as recomendações so-
bre as atividades executadas. Todos os profissionais devem ser capacitados para
executar as rotinas pertinentes às atividades que desempenha.
BIBLIOGRAFIA
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ouvidoria / Assunto de Interesse / Fique de
Olho: Salões de beleza e similares. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Ouvidoria/
Assunto+de+Interesse/Fique+de+Olho/Saloes+de+beleza+e+similares
Belo Horizonte. Comissão Municipal de Controle de infecções Relacionadas à Assistên-
cia (COMCIRA). Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Saúde. Diretrizes para Lim-
peza e Desinfecção de Superfícies. 2013. 36p.
Brasil. Ministério da Saúde. Exposição a Materiais Biológicos. Brasília. 2006. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_expos_mat_biologicos.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo para prática de Higiene das Mãos em Serviços de
Saúde. Brasília. 2013. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/PROTO-
COLO%20HIGIENE%20DAS%20M%C3%83OS.pdf
Garbaccio, JL, Oliveira, AC Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde em Serviços de Estética e Beleza. In: Epidemiologia, Prevenção e Controle de
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Belo Horizonte: Coopmed; 2013. p. 411-431.
Oliveira, AC, Garbaccio, JL. Manual de biossegurança para Manicures, Pedicures e Podó-
logos. Núcleo de estudos e Pesquisa em Infecções Relacionadas ao Cuidar em Saúde
(NEPIRCS). Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte, 2013.23p.
São Paulo. Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA). Prefeitura de São Paulo. Be-
leza com Segurança, guia técnico para profissionais. 2009. 12p. Disponível em: http://
www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/beleza_com_seguranca_atuali-
zado_1259679281.pdf
SEBRAE Minas. Saiba como montar Salão de Beleza. Belo Horizonte, 2012. 3 p. Dispo-
nível em: https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/
Cartilha-Manual-ou-Livro/Como-abrir-um-Salao-de-Beleza
SEBRAE SP. Comece certo Salão de Beleza. São Paulo, 2013. 50p. Disponível em: http://
www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/ComeceCerto/Salao_Beleza.pdf
Apoio Realização

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Treinamento de política de higienização das mãos
Treinamento de política de higienização das mãos Treinamento de política de higienização das mãos
Treinamento de política de higienização das mãos Fonte Medicina Diagnóstica
 
Código de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagemCódigo de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagemCentro Universitário Ages
 
Palestra: Prevenção de Acidentes de Trabalho
Palestra: Prevenção de Acidentes de TrabalhoPalestra: Prevenção de Acidentes de Trabalho
Palestra: Prevenção de Acidentes de TrabalhoHP Safety Engenharia
 
Aula 3 doenças ocupacionais
Aula 3   doenças ocupacionaisAula 3   doenças ocupacionais
Aula 3 doenças ocupacionaisDaniel Moura
 
Aula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptx
Aula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptxAula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptx
Aula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptxJoaoVictorAlencarSan
 
História da enfermagem do trabalho
História da enfermagem do trabalhoHistória da enfermagem do trabalho
História da enfermagem do trabalhoMarcos da Silva
 
Aula biossegurança dna
Aula biossegurança   dnaAula biossegurança   dna
Aula biossegurança dnaanadeiva
 
Aula 5 necessidades humanas básicas
Aula 5 necessidades humanas básicasAula 5 necessidades humanas básicas
Aula 5 necessidades humanas básicasJesiele Spindler
 
Lei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalLei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalanapatricialima
 

Mais procurados (20)

Cartilha I Saúde na Escola
Cartilha I Saúde na EscolaCartilha I Saúde na Escola
Cartilha I Saúde na Escola
 
PCMSO - NR 07
PCMSO - NR 07PCMSO - NR 07
PCMSO - NR 07
 
Treinamento de política de higienização das mãos
Treinamento de política de higienização das mãos Treinamento de política de higienização das mãos
Treinamento de política de higienização das mãos
 
éTica e enfermagem
éTica e enfermageméTica e enfermagem
éTica e enfermagem
 
Livreto nr32 Coren
Livreto nr32 CorenLivreto nr32 Coren
Livreto nr32 Coren
 
Ética Profissional na Enfermagem
Ética Profissional na EnfermagemÉtica Profissional na Enfermagem
Ética Profissional na Enfermagem
 
Código de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagemCódigo de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagem
 
Hanseniase
HanseniaseHanseniase
Hanseniase
 
Cartilha saúde trabalhador
Cartilha saúde trabalhadorCartilha saúde trabalhador
Cartilha saúde trabalhador
 
Palestra: Prevenção de Acidentes de Trabalho
Palestra: Prevenção de Acidentes de TrabalhoPalestra: Prevenção de Acidentes de Trabalho
Palestra: Prevenção de Acidentes de Trabalho
 
Biossegurança
BiossegurançaBiossegurança
Biossegurança
 
Aula 3 doenças ocupacionais
Aula 3   doenças ocupacionaisAula 3   doenças ocupacionais
Aula 3 doenças ocupacionais
 
Dst/aids
Dst/aidsDst/aids
Dst/aids
 
Aula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptx
Aula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptxAula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptx
Aula-de-Primeiros-Socorros-SENAC.pptx
 
História da enfermagem do trabalho
História da enfermagem do trabalhoHistória da enfermagem do trabalho
História da enfermagem do trabalho
 
Aula biossegurança dna
Aula biossegurança   dnaAula biossegurança   dna
Aula biossegurança dna
 
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICABIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
 
Aula 5 necessidades humanas básicas
Aula 5 necessidades humanas básicasAula 5 necessidades humanas básicas
Aula 5 necessidades humanas básicas
 
Manicure e pedicure
Manicure e pedicureManicure e pedicure
Manicure e pedicure
 
Lei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalLei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissional
 

Semelhante a Boas Práticas em Salões de Beleza

Guia Técnico para Profissionais
Guia Técnico para ProfissionaisGuia Técnico para Profissionais
Guia Técnico para ProfissionaisCerapura
 
Manual estética cvs
Manual estética cvsManual estética cvs
Manual estética cvsLinekac
 
Manual estética revisado 11set13
Manual estética revisado 11set13Manual estética revisado 11set13
Manual estética revisado 11set13DAYANE SANTOS
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...Cínthia Lima
 
26938681 manual-procedimentos-adcos
26938681 manual-procedimentos-adcos26938681 manual-procedimentos-adcos
26938681 manual-procedimentos-adcosAmanda Vasconcellos
 
Higiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismoHigiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismoR C
 
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILLetícia Spina Tapia
 
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILCreche Segura
 
Manual alimentos seguros
Manual alimentos segurosManual alimentos seguros
Manual alimentos segurosPaula Mello
 
REVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptx
REVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptxREVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptx
REVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptxThiagoSerpa11
 
Higiene cabina e segurança2
Higiene cabina e segurança2Higiene cabina e segurança2
Higiene cabina e segurança2jjgoncalves
 
UFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índice
UFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índiceUFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índice
UFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índiceManuais Formação
 
2ªaula - biossegurana.ppt
2ªaula  -  biossegurana.ppt2ªaula  -  biossegurana.ppt
2ªaula - biossegurana.pptmonicamamedes1
 
Beauty Shape - Criolipolise de contraste - Manual
Beauty Shape - Criolipolise de contraste - ManualBeauty Shape - Criolipolise de contraste - Manual
Beauty Shape - Criolipolise de contraste - ManualAmericanFisio
 
Biosegurança em imobilização ortopédica
Biosegurança em imobilização ortopédicaBiosegurança em imobilização ortopédica
Biosegurança em imobilização ortopédicafoconavida
 
Exercicio higiene.docx
Exercicio higiene.docxExercicio higiene.docx
Exercicio higiene.docxSimoneRamos55
 

Semelhante a Boas Práticas em Salões de Beleza (20)

Guia Técnico para Profissionais
Guia Técnico para ProfissionaisGuia Técnico para Profissionais
Guia Técnico para Profissionais
 
Manual estética cvs
Manual estética cvsManual estética cvs
Manual estética cvs
 
Manual estética revisado 11set13
Manual estética revisado 11set13Manual estética revisado 11set13
Manual estética revisado 11set13
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
 
26938681 manual-procedimentos-adcos
26938681 manual-procedimentos-adcos26938681 manual-procedimentos-adcos
26938681 manual-procedimentos-adcos
 
Higiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismoHigiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismo
 
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
 
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Manual alimentos seguros
Manual alimentos segurosManual alimentos seguros
Manual alimentos seguros
 
REVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptx
REVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptxREVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptx
REVISADO_Manual-de-Biossegurança-enfrentamento-da-COVID-19-2022.pptx
 
Higiene cabina e segurança2
Higiene cabina e segurança2Higiene cabina e segurança2
Higiene cabina e segurança2
 
UFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índice
UFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índiceUFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índice
UFCD_3626_Ergonomia, higiene e segurança - cuidados de beleza_índice
 
2ªaula - biossegurana.ppt
2ªaula  -  biossegurana.ppt2ªaula  -  biossegurana.ppt
2ªaula - biossegurana.ppt
 
ICAEPS - PROTOCOLOS DE RETOMADA ICAEPS.pdf
ICAEPS - PROTOCOLOS DE RETOMADA ICAEPS.pdfICAEPS - PROTOCOLOS DE RETOMADA ICAEPS.pdf
ICAEPS - PROTOCOLOS DE RETOMADA ICAEPS.pdf
 
Biossegurana 2012
Biossegurana 2012Biossegurana 2012
Biossegurana 2012
 
Biosseguranca 2012
Biosseguranca 2012Biosseguranca 2012
Biosseguranca 2012
 
Biossegurana 2012
Biossegurana 2012Biossegurana 2012
Biossegurana 2012
 
Beauty Shape - Criolipolise de contraste - Manual
Beauty Shape - Criolipolise de contraste - ManualBeauty Shape - Criolipolise de contraste - Manual
Beauty Shape - Criolipolise de contraste - Manual
 
Biosegurança em imobilização ortopédica
Biosegurança em imobilização ortopédicaBiosegurança em imobilização ortopédica
Biosegurança em imobilização ortopédica
 
Exercicio higiene.docx
Exercicio higiene.docxExercicio higiene.docx
Exercicio higiene.docx
 

Boas Práticas em Salões de Beleza

  • 1. BOAS PRÁTICAS de funcionamento para institutos e salões de beleza, estética, cabeleireiro e similares Apoio Realização
  • 2. Belo Horizonte 2015 Elaboração Célia Cristina Duarte Starling Valéria de Lima Pulier Revisão Ana Cristina Brígido de Souza Jaqueline Camilo de Sousa Felício Maria Tereza da Costa Oliveira Sônia Guedes Gomes da Costa Cintia Silva Edna Assis Eliana Ribeiro Vânia Lourdes da Silva Projeto Gráfico Produção Visual - Gerência de Comunicação Social Secretaria Municipal de Saúde BOAS PRÁTICAS de funcionamento para institutos e salões de beleza, estética, cabeleireiro e similares
  • 3. 3 1 2 Sumário INTRODUÇÃO RISCOS À SAÚDE O exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador foi reconhecido pela Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012 atestando a importância deste segmento para socie- dade e sua interface com a saúde pública. Esta cartilha tem como objetivo contribuir para as boas práticas desses pro- fissionais que atuam nos institutos e salões de beleza, barbearias e similares, de forma a garantir segurança ao profissional e a seus clientes e a qualidade nos serviços prestados, evitando riscos à saúde. Para tanto, apresenta noções da transmissão de doenças, riscos da atividade, medidas de segurança, normas da Vigilância Sanitária para processos de trabalho, produtos, equipamentos, mate- riais e instalações. Apesar da indiscutível importância deste segmento para a sociedade, esta ativi- dade não está isenta de riscos. Diversos estudos apontam o risco à saúde que pro- fissionais e clientes estão sujeitos, em especial à transmissão de doenças e alergias. Os profissionais deste ramo manuseiam áreas do corpo habitadas por micror- ganismos que podem ser transmitidos pelas mãos do profissional, pelos utensílios e produtos contaminados ou por acidentes com os materiais perfurocortantes como lâmina de barbear, agulha, alicate. As lesões na pele, visíveis ou não, são a principal porta de entrada de mi- crorganismos como bactérias, fungos e vírus. Algumas bactérias e fungos estão presentes no corpo humano sem causar doenças, entretanto quando ocorrem lesões ou abrasões da pele estes microrganismos penetram em nosso corpo podendo causar infecções bacterianas manifestadas como furúnculos ou abs- cessos e infecções fúngicas conhecidas como micoses. Os vírus podem causar verrugas, tumores na pele, hepatites B e C e infecções pelo vírus da imunodefici- ência humana (HIV).Também pode ocorrer a transmissão de parasitas causando escabiose (sarna) e pediculose (piolhos). Alguns produtos utilizados nos clientes e nos processos de limpeza e desin- fecção podem causar alergias, intoxicações e outros danos em profissionais e usuários. Nos profissionais também são comuns lesões vasculares como varizes e desordens músculo-esqueléticas da coluna, ombros, mãos e punhos ocasionados 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 3 2 RISCOS À SAÚDE................................................................................................... 3 3 MEDIDAS DE SEGURANÇA................................................................................ 4 3.1 Higiene e apresentação pessoal................................................................ 4 3.2 Higienização das mãos................................................................................. 5 3.2.1 Higienização das mãos com água e sabonete líquido..................... 6 3.2.2 Higienização das mãos com álcool 70% ............................................. 7 3.3 Vacinação.......................................................................................................... 8 3.4 Descarte de perfurocortantes.................................................................... 8 3.5 Cuidados quando ocorrem acidentes...................................................... 9 3.6 Uso de equipamentos de proteção individual- EPI............................. 9 3.6.1 Luvas de procedimentos........................................................................... 9 3.6.2 Luvas de auto proteção (luvas de “borracha”).................................10 3.6.3 Máscara, gorros ou tocas e óculos de proteção..............................10 3.6.4 Aventais impermeáveis...........................................................................10 3.7 Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios ...........................10 3.7.1 Limpeza.......................................................................................................11 3.7.2 Desinfecção................................................................................................11 3.7.3 Esterilização................................................................................................12 3.7.4 Armazenamento........................................................................................16 3.8 Limpeza e desinfecção de superfícies....................................................17 4 DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA............18 5 ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO...............................................18 6 CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS E PRODUTOS......................................19 6.1 Equipamentos...............................................................................................19 6.2 Cosméticos.....................................................................................................19 6.2.1 Escova progressiva, alisantes e formol...............................................20 6.3 Produtos de limpeza e desinfecção........................................................21 6.4 Mobiliários.....................................................................................................21 6.5 Toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis.........................................21 6.6 Materiais descartáveis.................................................................................21 7 CUIDADOS IMPORTANTES QUE DEVEM SER ADOTADOS PELOS PROFISSIONAIS......................................................................................22 7.1 Cabeleireiro e barbeiro: cuidados importantes...................................22 7.2 Depilação: cuidados importantes............................................................23 7.3 Manicure, pedicuro e podólogo: cuidados importantes..................23 7.4 Serviços de estética: cuidados importantes.........................................23 8 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS E CAPACITAÇÃO..............24 BIBLIOGRAFIA......................................................................................................24
  • 4. 4 5 por longos períodos na posição sentada ou em pé, pela postura e mobiliários inadequados e longas jornadas de trabalho executando os mesmos movimentos sem períodos de descanso. 3 MEDIDAS DE SEGURANÇA Algumas medidas simples, abordadas nos tópicos a seguir, podem ser adota- das para controlar o risco de disseminação de doenças: • Higiene e apresentação pessoal; • Higienização das mãos; • Vacinação; • Descarte adequado de perfurocortantes; • Cuidados quando ocorrem acidentes; • Uso de equipamentos de proteção individual - EPI; • Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios; • Limpeza e desinfecção de superfícies. Este conjunto de medidas deve ser seguido em todos os atendimentos, pois muitas vezes é impossível saber só pela aparência se o cliente é portador de algum microrganismo ou doença. Muitas vezes a pessoa nem sabe que está doente, pois não apresenta nenhum sintoma. 3.1 Higiene e apresentação pessoal Os profissionais devem manter rigorosa higiene pessoal, usar preferencial- mente uniforme de cor clara e calçados fechados, manter as unhas curtas e lim- pas e evitar o uso de adornos como anéis, pulseiras, relógios. Não é permitido fumar nas dependências do salão. As unhas longas e adornos dificultam a higienização das mãos e servem de abrigo para microrganismos e outras sujidades. Importante 3.2 Higienização das mãos É uma das medidas mais importantes e simples para evitar a disseminação de microrganismos. Tem como finalidade remover sujidades, suor, oleosidade, microorganismos e células mortas. A higienização pode ser feita com água e sabonete líquido ou com álcool 70%.
  • 5. 6 7 3.2.1 Higienização das mãos com água e sabonete líquido Quando: • As mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou secreções corporais; • Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; e antes e após cada atendimento; • Antes e após ir ao banheiro; • Antes e após colocar as luvas; • Antes e após as refeições; • Após manipular materiais de limpeza e desinfecção; • Após várias aplicações seguidas de álcool. Como: • Molhar as mãos com água e aplicar sabonete líquido; • Friccionar todas as superfícies das mãos conforme figura abaixo; • Enxaguar as mãos e secar com papel toalha. As toalhas de tecido e sabonetes em barra são reservatórios de microrganismos sendo desaconselhado o seu uso. Importante PREVINA INFECÇÕES COM HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A higienização das mãos é o ato isolado mais importante para o controle de infecções na assistência à saúde, segundo estudos científicos. A Comissão Municipal de Controle de Infecção Relacionada à Assistência (COMCIRA) recomenda a prática da higienização das mãos no exercício profissional. • Mantenha as unhas limpas e curtas; • Retire anéis, pulseiras e outros adornos; • Molhe as mãos e aplique o sabonete líquido nas palmas; • Ensaboe todas as faces por 40 a 60 segundos, conforme figuras a seguir: 3.2.2 Higienização das mãos com álcool 70% O álcool 70% reduz a quantidade de microrganismos, mas não remove sujidades. Quando: • As mãos não estiverem visivelmente sujas; • Antes e após cada atendimento; • Ao trocar de área: da virilha para o buço, dos pés para as mãos; • Após contato com objetos (celular, maçanetas, etc) durante o atendimento. Como: • Aplicar o álcool 70% nas mãos; • Friccionar todas as superfícies das mãos conforme figura abaixo; • Deixar o álcool secar naturalmente, sem uso de toalhas, tecidos ou papel. Utilizar apenas álcool específico para higienização das mãos na concentração de 70%. Dê preferência a produtos disponibilizados na forma de refil para evitar sua contaminação. Importante • Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas; • Retire anéis, relógios, pulseiras e outros adornos; • Aplique na palma da mão quantidade suficiente da preparação alcoólica a 70% para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante); • Friccione todas as superfícies das mãos por 20 a 30 segundos, conforme passos 3 a 8; • Não utilizar papel toalha. Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras. SALVE VIDAS - HIGIENIZE SUAS MÃOS Higienização das mãos com preparações alcoólicas a 70% 1 4 7 Retirar adornos Dorsodasmãoseinterdigitais Polpasdigitaiseunhas 2 5 8 Aplicar produto Dorsodosdedosearticulações Punho 3 6 9 Palma Polegar Secar naturalmente A HIGIENE DAS MÃOS NO MOMENTO CERTO E DA MANEIRA CERTA PODE SALVAR VIDAS.
  • 6. 8 9 3.3 Vacinação A vacinação tem a finalidade de criar imunidade protegendo nosso organis- mo de alguns microrganismos. Como existe possibilidade de contato com sangue, é fundamental que os profissio- nais de beleza e estética façam uso da profilaxia por meio da vacinação para Hepatite B, que é gratuita em todos os postos de saúde. São necessárias três doses da vacina. Também a vacinação contra o tétano é importante, pois esta doença pode ser transmitida por lesões na pele provocadas por quaisquer materiais: desde queimaduras até cortes com metais, não necessariamente enferrujados. 3.4 Descarte de perfurocortantes Os resíduos perfurocortantes (agulhas, lâminas, etc) deverão ser descartados imedia- tamente após seu uso em recipientes rígidos e com tampa devidamente identificados. Para evitar acidentes: • Descartar os perfurocortantes no recipiente correto imediatamente após o uso; • Nunca reencapar agulhas; • Manter o recipiente em suporte exclusivo e em altura que permita a visu- alização da abertura para descarte; • O recolhimento do recipiente de descarte deve ser realizado apenas por em- presas licenciadas para transporte e destinação final de perfurocortantes. 3.5 Cuidados quando ocorrem acidentes 3.6 Uso de equipamentos de proteção individual- EPI Lesões decorrentes de acidentes com materiais perfurocortantes como agulhas, lâminas de barbear, alicates, potencialmente contaminadas deve ser imediatamente lavadas com água corrente em abundância e sabão. Não usar substâncias químicas como água sanitária e outros desinfetantes, pois eles au- mentam a área lesada e conseqüentemente a exposição ao material infectante. Nos acidentes envolvendo mucosas, como a dos olhos, deve-se lavar o local imediatamente com água corrente em abundância. Nas reações alérgicas e intoxicações por produtos químicos devem ser segui- das as instruções dos fabricantes. • As pessoas acidentadas ou com manifestação de reação alérgica devem ser encami- nhadas imediatamente para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) mais próxima; • Caso ocorra sangramento do cliente durante atendimento, o profissional nunca deve estancar sangramento fazendo pressão com os dedos. Os EPI são dispositivos ou produtos de uso individual utilizados pelo pro- fissional para prevenção de riscos que ameaçam a sua segurança e saúde no trabalho. Seu uso é necessário em alguns momentos do atendimento, ao manu- sear os produtos de limpeza e desinfecção, cosméticos e alguns instrumentais. 3.6.1 Luvas de procedimentos São descartáveis e devem ser utilizadas quando houver risco de contato com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e ar- tigos, superfícies ou equipamentos contaminados. Alguns cuidados devem ser tomados ao utilizar as luvas: • Não tocar superfícies e materiais com as mãos enluvadas (telefone, maça- neta, porta, caneta, etc); • trocar as luvas ao mudar de procedimento contaminado para outro limpo; • Desprezar as luvas após cada atendimento e durante um mesmo atendi- mento se estiver danificada.
  • 7. 10 11 3.6.2 Luvas de auto proteção (luvas de“borracha”) 3.6.3 Máscara, gorros ou tocas e óculos de proteção 3.6.4 Aventais impermeáveis São de uso individual e devem ser utilizadas para proteção das mãos e ante- braços durante as atividades de limpeza e desinfecção. Devem ser utilizadas nas tarefas onde há possibilidade de projeção de frag- mentos, partículas e respingos de líquidos diversos atingirem o profissional. São necessários nas tarefas em que exista risco de umidade e respingo de líquidos diversos no corpo ou roupa do profissional. 3.7 Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios Os utensílios podem ser contaminados durante o atendimento e servir como fonte de transmissão, por isso eles têm que ser adequadamente processados. O processamento é um conjunto de ações relacionadas à limpeza, secagem, embalagem, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição. Os utensílios devem estar em bom estado de conservação a fim de atender sua função com segurança e facilitar seu processamento. Durante todo o processo os profissionais devem seguir as medidas de segurança para evitar acidentes. A limpeza bem feita é capaz de reduzir a quantidade de microrganismos dos utensílios, mas não de eliminá-los. Por isso necessita ser seguida de desinfecção ou esterilização dependendo das características e uso dos utensílios. É preciso que cada etapa seja executada de maneira correta e cuidadosa para garantir produtos seguros para os clientes e profissionais. Produtos como cubas e bacias, pentes, escovas, presilhas, bobies, tesouras, pinças devem ser desinfetados após a limpeza. Espátulas, alicates, instrumentais de podólogos ou qualquer instrumen- tal de metal que podem perfurar a pele devem ser esterilizados após a limpeza. 3.7.1 Limpeza É o processo mecânico de remoção de sujidade e de redução da quantida- de de microrganismos dos utensílios mediante o uso de água e detergente, de forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização. É a primeira e mais importante etapa para eficácia dos proce- dimentos de desinfecção e esterilização, pois a presença de sujidade protege os microrganismos do contato com agentes desinfetantes e esterilizantes. Ne- nhum processo substitui a limpeza, mesmo os de desinfecção e de esterilização. Para segurança do profissional que realiza a limpeza é fundamental a utiliza- ção de calçados fechados, uniforme e dos equipamentos de proteção individual - EPI: óculos de proteção, máscara, avental impermeável e luvas de segurança (“luvas de borracha”). O profissional deve ficar atento no manuseio dos alicates e espátulas para evitar acidentes. Deixar os utensílios em recipientes com água até iniciar o processo de lim- peza, que deverá ser feita com água corrente e detergente líquido por meio de fricção utilizando escovas com cerdas de nylon resistentes. A escolha do detergente para limpeza deve ser criteriosa para não danificar os utensílios. Estes produtos devem estar regularizados na ANVISA e serem de uso institucional. O enxágue abundante com água corrente é importante para remover sujida- des e resíduos do detergente e outros produtos químicos. A secagem deve ser feita imediatamente. Evitar secagem espontânea, pois sais minerais contidos na água podem aderir ao material provocando manchas e danos após a esterilização. Ao final, uma inspeção visual cuidadosa deve ser feita para verificar se os utensílios ficaram limpos, se estão íntegros e funcionando bem. 3.7.2 Desinfecção É o processo químico que elimina de objetos e superfícies a maioria dos mi- crorganismos que causam doenças. Existem no mercado diversos produtos de- sinfetantes, os mais utilizados são:
  • 8. 12 13 Álcool etílico 70% • Usar após a limpeza com água e detergente; • Friccionar a área aplicada; o produto age por fricção; • Manter os recipientes fechados, pois o álcool evapora. Como utilizar: • Limpar; • Secar; • Embeber pano seco com o produto; • Friccionar a superfície desejada, esperar secar e repetir três vezes a aplicação. Hipoclorito de sódio 1% • Deve ser usado após a limpeza com água e detergente; • Não age como desinfetante na presença de sujidade; • É contra-indicado para metais, devido ação corrosiva. Possui ação descolorante; • As soluções devem ser estocadas em recipientes fechados e opacos; • Sua ação como desinfetante ficará comprometida caso seja misturado com detergente ou outros produtos químicos, podendo inclusive se tornar tóxico. Como utilizar: • Limpar; • Secar; • Imergir os utensílios na solução de Hipoclorito de Sódio 1% por 30 minutos; • Enxaguar; • Secar. Na desinfecção os profissionais deverão adotar os mesmos cuidados de segurança recomendados na limpeza. Os registros do monitoramento devem ser mantidos arquivados. 3.7.3 Esterilização É o processo que utiliza agentes físicos para destruir todas as formas de vida microbiana. No Brasil a esterilização de utensílios utilizados no atendimento ao clientes é obrigatória conforme a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012. Nos salões de beleza e estética o método de esterilização indicado é o vapor saturado sob pressão, realizado em autoclaves. O calor úmido é mais eficiente que o calor seco (estufa) porque a presença de água afeta significativamente a temperatura na qual os microrganismos são destruídos. As autoclaves mais modernas possuem ciclos de esterilização programados que não permitem a interrupção do processo. O seu uso deve ser de acordo com recomendações do fabricante. Os utensílios devem ser embalados para protegê-los de contaminação du- rante o transporte e armazenamento, mantendo-os esterilizado até o uso. As embalagens devem estar devidamente regularizadas na ANVISA e a mais utili- zada é o papel grau cirúrgico. Os utensílios devem ser embalados em kits indi- vidualizados. A segurança do processo de esterilização depende de todas as fases do pro- cessamento dos utensílios. A sobrevivência dos microrganismos ao processo de esterilização pode decorrer de falhas humanas como limpeza e preparo inade- quado do material e de falhas mecânicas como a falta de manutenção e defeitos da autoclave. O controle de qualidade da esterilização inclui: • Monitoramento mecânico: manutenção preventiva periódica e manu- tenção corretiva da autoclave; • Monitoramento físico: acompanhamento frequente do tempo, tempe- ratura e pressão dos ciclos para verificar se os parâmetros da autoclave estão em conformidade com o que foi preconizado; • Monitoramento químico: utilização de indicadores em cada embalagem (fita zebrada) para identificar os kits que já foram esterilizados e utilização de integradores químicos periodicamente; • Monitoramento biológico: deve ser realizado periodicamente.
  • 9. 14 15 Instrumentos Contaminados 1 1 2 3 6 7 7 6 4 5 5 4 3 3 2 Instrumentos Limpos Armazenamento Autoclave Profissional protegido para limpeza Utensílios no papel grau cirúrgico Esterilização Os utensílios podem ser contaminados durante o atendimento e servir como fonte de transmissão, por isso eles têm que ser adequadamente limpos. A limpeza deve ser feita com água corrente e deter- gentelíquidopormeiodefricçãoutilizandoescovas comcerdasdenylonresistentes.Secarosutensílios. Os utensílios devem ser estocados em local seco, arejado e protegido de umidade e sujidades, de preferência em caixas plásticas com tampa. Nossalõesdebelezaeestéticaométodode esterilização indicado é o vapor saturado sob pressão, realizado em autoclaves. Os utensílios devem ser embalados para protegê- -losdecontaminaçãoduranteotransporteearma- zenamento, mantendo-os esterilizado até o uso. Comparado com outros métodos de esterilização, o vapor tem rápido aquecimento e penetração destruindo os mi- crorganismosemcurtotempodeexposição,nãodeixaresí- duos tóxicos nos materiais submetidos ao processo. Para segurança do profissional que realiza a limpeza é fundamentalautilizaçãodecalçadosfechados,unifor- me e dos equipamentos de proteção individual - EPI
  • 10. 16 17 O serviço que não estiver apto a esterilizar os instrumentais, nos termos desta carti- lha, deverá orientar os clientes a trazer seu próprio material de manicure (espátulas, alicates, instrumentais de podólogos ou qualquer instrumental de metal que pode perfurar a pele), sendo VEDADO a este estabelecimento manter em suas dependên- cias qualquer utensílio que precise ser esterilizado. Os clientes que optarem por utilizar seu próprio material deverão ser orientados a mantê-los limpos e desinfetados. 3.7.4 Armazenamento O profissional deve manusear e armazenar os utensílios processados com cui- dado para não contaminá-los. Os utensílios devem ser estocados em local seco, arejado e protegido de umidade e sujidades, de preferência em caixas plásticas com tampa. Devem ser manipulados o mínimo possível e com mãos limpas. 3.8 Limpeza e desinfecção de superfícies A limpeza e desinfecção das superfícies é uma atividade essencial para ma- nutenção e conservação das instalações e equipamentos e para organização do processo de trabalho. As superfícies compreendem as paredes, piso, teto, sanitários, mobiliários, portas, janelas, equipamentos. Falhas neste processo po- dem ter como consequências a disseminação e transferência de microrganis- mos para as pessoas, ambiente e utensílios, colocando em risco a segurança dos clientes e dos profissionais. • Realizar a limpeza e organização diária do estabelecimento; • Providenciar a retirada imediata dos cabelos decorrentes do corte; • Limpar o banheiro com água e detergente e desinfetar o vaso sanitário com hipoclorito de sódio a 1%; • Limpar as macas com água e detergente periodicamente e desinfetar com álcool 70% após cada atendimento; • Utilizar sempre luvas de borracha e calçados fechados nos procedimen- tos de limpeza e desinfecção. Para maiores informações consultar a Cartilha Diretrizes para Limpeza e De- sinfecção de Superfícies, disponível no site: www.pbh.gov.br/saude/vigilanciasanitaria/publicacoes
  • 11. 18 19 4 5 DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO • Alvará de Localização e Funcionamento; • Alvará de Autorização Sanitária; • Manual de boas práticas; • Registro de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; • Registro de monitoramento da esterilização; • Comprovante de recolhimento dos resíduos perfurocortantes. • Piso, paredes e teto de material resistente a limpeza com água e sabão e desinfetantes, de cor clara, liso, sem trincas, rachaduras, buracos, vaza- mentos, infiltrações, bolor; • Ralos com sistema de fechamento; • Água encanada potável; • Ligação do esgoto na rede pública; • Divisórias entre macas nas áreas de massagem e tratamentos do corpo, de forma a garantir a privacidade dos clientes; • Iluminação natural ou artificial que permita a realização das atividades com segurança; • Ventilação natural ou artificial adequada que garanta ambientes arejados; • Instalação elétrica sem fiação exposta e compatível com o número de equipamentos (para evitar sobrecargas evite extensões ou benjamins); • Bancadas de material resistente a limpeza e desinfecção e em bom esta- do de conservação; • Armários para guarda de pertences dos profissionais; • Banheiro com vaso sanitário com tampa, descarga funcionando, lixeira, pia com água corrente, suportes abastecidos com sabonete líquido e papel toalha; • Dispensadores de álcool 70% ou pia com dispensadores de sabonete lí- quido e papel toalha para higienização das mãos em todos os recintos onde são realizados procedimentos em clientes; • Área de limpeza, desinfecção e esterilização com: bancada com pia para limpe- za de material, bancada seca, autoclave e armário ou recipientes com tampa de material resistente à limpeza e desinfecção para guarda de material esterilizado; 6 CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS E PRODUTOS • Recinto ou armário para guarda de materiais de limpeza; • O estabelecimento deve ser mantido em boas condições de limpeza, hi- gienização e conservação geral, retirando os materiais alheios; • O estabelecimento deve possuir dimensionamento adequado, compatível com as atividades realizadas, não possuindo ligação direta com residências. Caso o serviço permita alimentação dos profissionais em suas instalações deverá haver um local exclusivo para refeições, sem comunicação direta com postos de tra- balho, instalações sanitárias ou locais insalubres. Sugere-se que este local seja pro- vido de pia com bancada, armário para guarda de alimentos e utensílios, geladeira exclusiva para guarda de alimentos e equipamento para aquecimento de alimentos. 6.1 Equipamentos Os equipamentos utilizados nos procedimentos de estética e beleza e os de esterilização devem possuir número de registro na Agência Nacional de Vigilân- cia Sanitária (ANVISA). O serviço deverá manter manual técnico do equipamen- to em português e registros de manutenção preventiva e corretiva realizada conforme orientação do fabricante. 6.2 Cosméticos Os produtos utilizados para embelezamento pertencem à categoria dos cosmé- ticos e são regulamentados pela ANVISA. Ao adquirir os produtos verifique no rótulo: • Nome do produto; • Marca; • Lote; • Prazo de validade; • Conteúdo; • País de origem; • Fabricante/importador; • Composição do produto;
  • 12. 20 21 Os produtos devem ser guardados e protegidos da luz, calor e umidade, separados de alimentos e produtos de limpeza. Antes de aplicar qualquer produto sobre a pele, cabelos ou unhas, perguntar ao cliente se ele (a) tem algum tipo de alergia aos componentes químicos do produto a ser utilizado. Não deve haver fracionamento e/ou mistura tecnicamente inaceitável dos produtos químicos utilizados. 6.2.1 Escova progressiva, alisantes e formol Adicionar formol, glutaraldeído ou qualquer outra substância a produtos sujei- tos à vigilância sanitária é infração sanitária (adulteração ou falsificação) e crime hediondo pela legislação brasileira, de acordo com o artigo 273 do Código Penal. O formol só pode ser usado na fórmula de cosméticos como conservante ou agente endurecedor de unhas pelas fábricas e apenas nas quantidades determi- nadas pela vigilância sanitária. Seu uso como alisante capilar é ilegal e pode causar, em quem aplica ou rece- be o tratamento, problemas de saúde, como queimaduras no couro cabeludo, queda de cabelo e sérios problemas respiratórios. 6.3 Produtos de limpeza e desinfecção • Os produtos utilizados para limpeza e desinfecção devem estar regulariza- dos na ANVISA como produtos para uso institucional; • Os produtos devem ser utilizados conforme das instruções do fabricante; • A ação dos desinfetantes fica comprometida caso ocorra mistura com água, detergente ou outros produtos químicos; • As embalagens dos produtos químicos não podem ser reutilizadas; • Os profissionais devem conhecer e seguir as instruções de segurança dos produtos utilizados. 6.4 Mobiliários • Os colchonetes das macas e demais mobiliários almofadados devem sem revestidos de material lavável e impermeável, e mantidos sem furos, ras- gos, sulcos ou reentrâncias; • Os mobiliários devem ser de material resistente a limpeza e desinfecção e mantidos em bom estado de conservação; • É proibido o uso dos lavatórios de cabelos para lavar utensílios, pano de chão, etc. • Finalidade de uso do produto; • Instruções em língua portuguesa; • Autorização de Funcionamento da indústria na ANVISA; • Número de registro ou notificação no Ministério da Saúde/ ANVISA. 6.5 Toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis • todas as macas devem ser protegidas com lençóis descartáveis ou os len- çóis devem ser trocados a cada cliente; • As toalhas devem ser trocadas a cada cliente. Deve ser utilizada uma toa- lha para cada procedimento, independente de ser o mesmo cliente; • As toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis devem estar limpos; • Não é recomendada a lavagem manual de roupas utilizadas por clientes. O processamento destas roupas deverá ser feito em máquina de lavar; • As toalhas e lençóis descartáveis ou de tecido devem ser guardados de forma organizada em local limpo, seco e arejado; • As roupas sujas devem ser acondicionadas em recipientes de fácil limpe- za e desinfecção identificados com a inscrição: ROUPA SUJA. 6.6 Materiais descartáveis • Lixas de unha e de pé; • Pauzinho de laranjeira; • Invólucros das bacias e cubas de manicure e pedicuro;
  • 13. 22 23 7.1 Cabeleireiro e barbeiro: cuidados importantes 7 CUIDADOS IMPORTANTES QUE DEVEM SER ADOTADOS PELOS PROFISSIONAIS • Higienizar as mãos de maneira correta e nos momentos indicados no item 3.2; • Perguntar ao cliente se possui alguma alergia aos produtos que vai utilizar; • Utilizar toalhas individuais limpas e trocá-las na frente do cliente; • Não utilizar ou recomendar para os clientes pomadas ou outros medicamentos; • Utilizar sempre produtos e equipamentos regularizados na ANVISA. Se identificar alteração na pele ou no couro cabeludo do (a) cliente, orientar para que procure um médico. • Abrir lâminas novas a cada cliente e descartá-las após o uso em recipiente rígido; • Proteger-se com luvas e máscara ao fazer uso de química; • Manter as escovas e pentes em recipientes limpos e organizados; • Limpar escovas, pentes e demais utensílios, removendo os cabelos e pro- dutos químicos. Lavar com água e sabão líquido e desinfetar após o uso em cada cliente; • Luvas e botas com ou sem creme (manicure e pedicuro); • Cera e espátulas de depilação; • Lâminas; • Agulhas; • Esponjas para higienização ou esfoliação da pele. É proibida a reutilização de sobras de ceras ou de qualquer outro produto químico. 7.2 Depilação: cuidados importantes 7.3 Manicure, pedicuro e podólogo: cuidados importantes 7.4 Serviços de estética: cuidados importantes • Fracionar a cera quente em porções suficientes para cada cliente; • Descartar as sobras de cera, se houver; • Utilizar espátulas descartáveis; • Limpar e desinfetar as pinças após o uso em cada cliente. • Manter o material de trabalho como algodão, esmaltes, removedor de esmalte e lixas, em maletas ou gavetas organizadas e limpas; • Manter o algodão em pote com tampa; • Utilizar material descartável para proteção de cubas e bacias ou utilizar luvas e botas descartáveis; • Utilizar pauzinho de laranjeira, lixas de unha e de pé descartáveis; • Manusear com cuidado os produtos de forma a não contaminá-los. Usar espátulas descartáveis ou dosadores para retirar a quantidade que será utilizada. Manter os recipientes fechados; • Utilizar apenas alicates, espátulas, instrumentais de podólogos ou quais- quer instrumentos de metal que podem perfurar a pele lavados, esterili- zados e que estejam com a embalagem íntegra; • Abrir a embalagem na frente do cliente; • Lavar, embalar e esterilizar os instrumentais cujas embalagens foram violadas; • Lavar e desinfetar as bacias e cubas após cada uso. • Manter em local visível certificado de qualificação profissional; • Usar produtos manipulados em farmácias apenas quando devidamente prescrito por médico, especificamente para o cliente. • Manter máquina de cortar cabelo, tesoura, presilhas, bobies, toucas lim- pos e desinfetados após o uso em cada cliente; • Retirar do chão os cabelos decorrentes do corte.
  • 14. 24 8 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS E CAPACITAÇÃO Todo serviço deve ter um Manual de Rotinas e Procedimentos onde estarão descritos, para cada serviço prestado, o passo a passo e as recomendações so- bre as atividades executadas. Todos os profissionais devem ser capacitados para executar as rotinas pertinentes às atividades que desempenha. BIBLIOGRAFIA Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ouvidoria / Assunto de Interesse / Fique de Olho: Salões de beleza e similares. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Ouvidoria/ Assunto+de+Interesse/Fique+de+Olho/Saloes+de+beleza+e+similares Belo Horizonte. Comissão Municipal de Controle de infecções Relacionadas à Assistên- cia (COMCIRA). Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Saúde. Diretrizes para Lim- peza e Desinfecção de Superfícies. 2013. 36p. Brasil. Ministério da Saúde. Exposição a Materiais Biológicos. Brasília. 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_expos_mat_biologicos.pdf Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo para prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília. 2013. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/PROTO- COLO%20HIGIENE%20DAS%20M%C3%83OS.pdf Garbaccio, JL, Oliveira, AC Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em Serviços de Estética e Beleza. In: Epidemiologia, Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Belo Horizonte: Coopmed; 2013. p. 411-431. Oliveira, AC, Garbaccio, JL. Manual de biossegurança para Manicures, Pedicures e Podó- logos. Núcleo de estudos e Pesquisa em Infecções Relacionadas ao Cuidar em Saúde (NEPIRCS). Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte, 2013.23p. São Paulo. Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA). Prefeitura de São Paulo. Be- leza com Segurança, guia técnico para profissionais. 2009. 12p. Disponível em: http:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/beleza_com_seguranca_atuali- zado_1259679281.pdf SEBRAE Minas. Saiba como montar Salão de Beleza. Belo Horizonte, 2012. 3 p. Dispo- nível em: https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/ Cartilha-Manual-ou-Livro/Como-abrir-um-Salao-de-Beleza SEBRAE SP. Comece certo Salão de Beleza. São Paulo, 2013. 50p. Disponível em: http:// www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/ComeceCerto/Salao_Beleza.pdf