O documento descreve um novo dispositivo intraoral para tratamento da dor orofacial e disfunção temporomandibular (DTM) baseado no mecanismo de ação do biofeedback. Relata oito casos clínicos de pacientes que não tiveram melhora significativa com placas de Michigan e apresentaram melhoria substancial dos sintomas após uso do novo dispositivo vibratório.
2. 2
CAPÍTULO II
O intuito deste capítulo é apresentar uma revi-
são dos dispositivos intraorais utilizados no tra-
tamento das disfunções temporomandibulares
(DTM), introduzindo um novo conceito vibratório
baseado no mecanismo de ação do biofeedback.
Uma breve revisão de literatura foi realizada,
mostrando a evolução ao longo da história. A
princípio, foram criados dispositivos intraorais
parciais – jig, front-plateau e placa de mordida
posterior - que deram origem aos dispositivos
com cobertura total de arcada – placa de michi-
gan, resiliente e reposicionadora - todos base-
ados no princípio da estabilização oclusal. A
placa de michigan é considerada o padrão ouro
para o tratamento da DTM.
Marcelo Costa Bolzan | Andréa Lusvarghi Witzel | Emílio Satoshi Hara
Martha Aparecida Rodrigues Bolzan | Marina Lara de Carli
Thaís Borguezan Nunes | Carlos Eduardo Pitta De Luca
Novo dispositivo
intraoral
tratamento da dor
orofacial e disfunção
temporomandibular (DTM)
Introdução
Disfunção Temporomandibular (DTM) é um ter-
mo que abrange várias doenças, envolvendo os
músculos da mastigação, a articulação tempo-
romandibular (ATM) e as estruturas associadas.
O sintoma mais frequente é a dor, em geral lo-
calizada nos músculos da mastigação, na área
pré-auricular e/ou na ATM. Além da dor, os pa-
cientes com DTM podem apresentar movimen-
tos mandibulares limitados ou assimétricos e
sons na ATM (estalos ou crepitações) (OKESON,
2000). Nos últimos 30 anos, vários autores têm
buscado determinar a etiologia, a fisiopatologia
e, consequentemente, a terapia e o manejo de pa-
cientes com DTM. No entanto, muitos aspectos
permanecem obscuros (FANTONI et al., 2010).
Não há uma única causa que justifique todos
os sinais e sintomas. Existem inúmeros fatores
que contribuem para a DTM: condição oclusal,
Entretanto, há relatos na literatura indicando que
uma porcentagem de pacientes submetidos a
essa terapêutica não apresenta melhora dos sin-
tomas. Devido aos casos de insucesso, procurou-
-se criar um novo dispositivo intraoral de ação
vibratória baseado no princípio de biofeedback.
São relatados oito casos clínicos de pacientes
tratados inicialmente com a placa de michigan,
sem que mostrassem melhora significativa, e
que foram submetidos a essa nova terapêutica,
evidenciando-se, em todos eles, melhora substan-
cial dos sintomas.
Descritores: Estimulação vibratória, placa oclusal,
biofeedback, dor, disfunção temporomandibular.
Relevância clínica: Saber abordar e aplicar os
diversos tipos de placas oclusais nos pacientes
portadores de disfunção temporomandibular e
dor orofacial.
CAPÍTULO II
3. 4
CAPÍTULO II
3
ReabilitaçãoEstética-NovasTendências
trauma, estresse emocional, fontes de estímulo de
dor profunda, hábitos parafuncionais (apertamento
e bruxismo), hiperatividade muscular e fatores sis-
têmicos (OKESON, 2000), como doenças degenera-
tivas, infecciosas, metabólicas, neoplásicas, reuma-
tológicas, vasculares e endócrinas (LEEUW, 2010).
A doença mais prevalente na DTM é a capsulite,
inflamação da cápsula da ATM (MURAKAMI et al.,
1991; ISRAEL et al., 1998). A terapêutica de escolha
para o tratamento dos casos de capsulite é o uso de
placas oclusais (EKBERG & NILNER, 2002), pois é
bem tolerada pelos pacientes (FISCHER et al., 2008)
e representa um tratamento conservador e reversí-
vel (JERJES et al., 2008).
Tipos de Dispositivos Oclusais
Ao longo da história, vários dispositivos oclusais fo-
ram desenvolvidos. O primeiro deles foi o JIG, criado
por Lucia, que corresponde a um batente anterior
para ajudar a encontrar a posição mandibular de re-
lação cêntrica (Figura 01). Seu mecanismo de ação
consiste em desocluir os dentes posteriores, elimi-
nando interferências oclusais que poderiam guiar a
mandíbula numa posição de máxima intercuspida-
ção (KARL & FOLEY, 1999) (Figura 02).
Seu uso tem sido proposto para se realizar
ajuste oclusal, registro da relação cranioman-
dibular e tratamento de várias formas de DTM
(SHANKLAND, 2002). A literatura mostra que
a indicação do JIG para pacientes com DTM
e dor orofacial é controversa. A fisiologia dos
músculos da mandíbula tem demonstrado
que o JIG reduz o nível da força de mordida
e altera a atividade eletromiográfica durante
o fechamento mandibular (SANTOSA et al.,
2006). O uso do JIG diminuiu o tônus dos
músculos mastigatórios em pacientes com
dor miofascial. Entretanto, essa redução não
foi contínua e o tônus muscular se elevou
novamente. Dessa forma, o JIG não pode ser
considerado favorável para o tratamento da
DTM (BODERE & WODA, 2008).
Além do JIG, outros dispositivos anteriores
com o mesmo princípio de desoclusão dos
dentes posteriores foram desenvolvidos.
Dentre eles, um dos mais utilizados é o
front-plateau ou a placa oclusal anterior, que
possui cobertura palatina em forma de ferra-
dura com uma plataforma oclusal, cobrindo
os dentes anteriores superiores (Figura 03).
01 · JIG - vista intraoral.
02 · JIG em posição com desoclu-
são dos dentes posteriores.
03 · Front-plateau superior em po-
sição com desoclusão dos dentes
posteriores.
4. 5 6
ReabilitaçãoEstética-NovasTendências
CAPÍTULO II
Pesquisadores que utilizam esse dispositivo para tra-
tar a DTM argumentam que ele previne o apertamen-
to porque os dentes posteriores não estão envolvidos
no fechamento e hábitos parafuncionais. Entretanto,
outros pesquisadores argumentam que esse disposi-
tivo pode conduzir a extrusão dos dentes posteriores,
e outros se preocupam com o fato das ATMs serem
sobrecarregadas sem o apoio posterior (KLASSER e
GREENE, 2009).
Outra opção de tratamento disponível é a placa de
mordida posterior, usualmente confeccionada em re-
sina acrílica que recobre a oclusal dos dentes inferio-
res posteriores e na porção anterior, é conectada por
uma barra lingual metálica (Figuras 04 e 05).
É indicada nos casos de perda severa de dimensão
vertical ou quando há uma necessidade de se fazer
um reposicionamento da mandíbula. A maior preo-
cupação com esse tipo de dispositivo é que ele oclui
apenas com parte do arco dental e, por este motivo,
existe o potencial de extrusões nos dentes anteriores
sem contato. O uso constante e de longa duração
deve ser evitado (OKESON, 1992).
A placa oclusal com cobertura total é uma das terapias
mais frequentemente utilizadas no tratamento da DTM.
Há dois tipos de materiais para a confecção
da placa oclusal, os quais são baseados na
consistência. Primeiramente, há as placas
oclusais de resina acrílica, que são ativadas
quimicamente ou por calor/pressão, resul-
tando em superfícies oclusais duras, rígidas,
apoiadas em todos os dentes de uma das ar-
cadas. Uma alternativa são as placas macias,
confeccionadas a partir de plásticos ou polí-
meros, produzindo uma placa com a superfí-
cie oclusal flexível, maleável e também apoia-
da em todos os dentes de uma das arcadas.
As placas de resina acrílica dura apresentam
várias vantagens sobre as flexíveis, são geral-
mente mais estáveis e retentivas devido ao
material utilizado e possuem método de fabri-
cação mais preciso, consistente e confiável.
Além disso, o ajuste da superfície oclusal é re-
alizado de modo fácil, rápido e eficiente devi-
do à dureza e à resistência da resina acrílica,
quando comparado ao material flexível. Essas
propriedades proporcionam tendência menor
à mudança da cor original e acúmulo de res-
tos alimentares e mau cheiros resultantes,
além de maior longevidade e durabilidade e
reparo realizado com maior facilidade (KLAS-
SER & GREENE, 2009).
04 · Placa de apoio posterior vista
da barra lingual.
05 · Placa de apoio posterior pro-
porcionando desoclusão dos den-
tes anteriores.
5. 7 8
ReabilitaçãoEstética-NovasTendências
CAPÍTULO II
A maioria das evidências científicas mos-
trou apoio mais consistente para a utiliza-
ção de placas de resina acrílica ao invés de
flexível para a redução de sintomas de DTM.
A placa de resina acrílica mais utilizada é a
placa estabilizadora com superfície plana,
também denominada placa de Michigan,
placa relaxante muscular ou placa gnatoló-
gica. Esta placa pode ser utilizada tanto na
arcada dentária superior (Figura 06) como
na inferior (Figura 07), obtendo o mesmo
resultado na redução dos sintomas (KLAS-
SER & GREENE, 2009).
O aumento de dimensão vertical, a incorpo-
ração de um padrão de oclusão ideal, o rela-
xamento muscular e o ganho de consciência
cognitiva são algumas das possíveis explica-
ções para a eficácia do tratamento com pla-
cas estabilizadoras (DAO & LAVIGNE, 1998).
Uma revisão sistemática recente concluiu
que as placas estabilizadoras são benéficas
para a redução de dor quando comparadas
com nenhum tratamento (AL-ANI et al., 1998).
A porcentagem de pacientes que não respondem à
terapia convencional com placa oclusal estabiliza-
dora varia de acordo com a metodologia aplicada,
podendo chegar a 18,2% dos pacientes avaliados
(NILMER et al., 2008). Alguns autores encontraram
resultados positivos após 10 semanas de tratamen-
to com o uso da placa oclusal, entretanto, 8% dos
pacientes não relataram melhora dos sintomas
mensurados através de uma escala verbal (DOE-
PEL et al., 2009).
Nestes casos, os efeitos da placa estabilizadora oclu-
sal são mais ortopédicos, de proteção dental e articu-
lar, não evitando a contração muscular involuntária
e, consequentemente, os sintomas musculares da
DTM podem persistir mesmo com o uso contínuo da
placa (DAO, LUND & LAVIGNE, 1994; DAO, REYNOL-
DS & TENENBAUM, 1997).
Outro tipo de placa confeccionada com resina acríli-
ca é a placa reposicionadora anterior, cujo princípio
de ação consiste em alterar a relação maxilomandi-
bular para que a mandíbula assuma uma posição
mais anterior (protruída) (Figura 08).
06 · Placa estabilizadora oclusal su-
perior com contatos em todos os
dentes posteriores e guia canina.
07 · Placa estabilizadora oclusal
inferior com contatos em todos os
dentes posteriores e guia canina.
08 · Placa reposicionadora inferior
edentada para manutenção da
mandíbula em posição protruída.
6. 9 10
ReabilitaçãoEstética-NovasTendências
CAPÍTULO II
Originalmente, esse tipo de dispositivo de-
veria ser usado para tratar pacientes com
desarranjos internos (geralmente desloca-
mento anterior de disco com redução). Isso
possibilitaria que os discos deslocados an-
teriormente fossem recuperados para sua
posição anatômica original. Atualmente, a
placa reposicionadora é recomendada para
uso temporário no controle sintomático da
dor devido a desarranjos internos, mas não
para permanentemente recapturar o disco
deslocado. Os danos potenciais com o uso
em longo prazo deste aparelho oclusal são
permanentes e irreversíveis, podendo pro-
vocar até mesmo alterações esqueléticas.
Portanto, este tipo de aparelho deve ser
usado com critério e somente por curtos
períodos (KLASSER & GREENE, 2009).
O acompanhamento em longo prazo dos
pacientes com DTM mostra que 90% deles
apresentam pouco ou nenhum sintoma após
tratamento conservador, mas alguns pacien-
tes apresentam persistência dos sintomas
de DTM, como dor articular e muscular após
o tratamento convencional com placa oclu-
sal. Para esses pacientes, o desenvolvimento
ou a continuação de dor muscular pela ma-
nhã requer uma mudança de estratégia tera-
pêutica (KLASSER & GREENE, 2009).
A utilização de aparelhos baseados no uso de biofeed-
back pode ser uma alternativa válida no tratamento da
DTM, visto que estes aparelhos exercem uma ação re-
flexa imediata quando a força de contração do múscu-
lo ultrapassa um limite preestabelecido, impedindo a
hiperatividade muscular contínua (CRIDER, GLAROS
& GEVIRTZ, 2005; MEDLICOTT & HARRIS, 2006).
Um artigo de revisão de literatura e outro de meta-aná-
lise mostraram haver uma eficácia no uso de dispo-
sitivos baseados em biofeedback eletromiográfico no
alívio dos sintomas de DTM de forma semelhante ao
alívio oferecido pela placa estabilizadora oclusal, em
cerca de 70% dos casos, sem recidiva aparente dos
sintomas após avaliações subsequentes (CRIDER,
GLAROS & GEVIRTZ, 2005; CRIDER & GLAROS, 1999).
Os atuais dispositivos extraorais disponíveis detec-
tam atividade de contração muscular através de
micro-sensores eletromiográficos e emitem um alar-
me (GrindAlertTM
/ SleepGuardTM
) ou estímulo elétrico
(GrindCare®
, Medotech) quando a força da mordida
ultrapassa 30% do nível máximo. Ambos os instru-
mentos são recomendados para uso durante o perío-
do de sono. No entanto, a principal desvantagem dos
dispositivos baseados em estímulos auditivos (Grin-
dAlertTM
) é a notável interferência nos estágios e na
qualidade do sono do indivíduo (CASSISI, McGLYNN
& BELLES, 1987), enquanto que aqueles baseados no
estímulo elétrico (GrindCare®
), embora tenham sua
eficácia comprovada sem perturbar a qualidade de
sono dos pacientes, não possuem seus reais efeitos
completamente esclarecidos, ou seja, o estímulo elé-
trico tem sido considerado excessivamente invasivo,
especialmente por serem aplicados na região da ca-
beça (JADIDI, CASTRILLON & SVENSSON, 2008).
Outros autores propuseram uma placa oclusal de
acrílico contendo sensores conectados a um apare-
lho extraoral de vibração na região do lábio, que se
mostrou eficiente por produzir uma diminuição sig-
nificativa do número e da duração das ativações do
sensor depois de quatro semanas de tratamento, o
que poderia indicar que a hiperatividade muscular
noturna também foi reduzida. Apesar dos resultados
promissores, estudos subsequentes para quantificar
a sua eficácia no alívio da dor muscular mastigatória
ou na supressão do apertamento e bruxismo noturno
são necessários (WATANABE et al., 2001).
Novo Dispositivo Intraoral
Diante das evidências relatadas, foi desenvolvi-
do um protótipo de placa vibratória para testar
a eficácia da vibração como um meca-
nismo de biofeedback na tentativa de
reduzir a frequência das parafunções e,
consequentemente, a dor resultante des-
se hábito em pacientes que ainda apre-
sentavam sintomatologia dolorosa após
o uso da placa oclusal estabilizadora. A
placa vibratória utilizada foi composta de
silicone prensado a vácuo (Whiteness®
,
FGM), com recobrimento de cúspides,
utilizada na arcada inferior, tendo a uni-
dade vibratória instalada totalmente em
seu interior, localizada próxima à região
de fundo de sulco na altura do primeiro
molar inferior direito (Figura 09).
O sistema vibratório usado foi composto
por duas pequenas baterias em série (1.55V,
60mA, SR927W, Maxwell®
), um microvibra-
dor (8000 rpm, 60 mA, Lufa®
, Hong Kong) e
um sensor metálico posicionado na oclusal
dos molares do lado direito. Para a união do
sistema foram utilizados fios de cobre uni-
dos com solda eletrônica a frio.
09 · Placa vibratória inferior - vista
intraoral.
7. 11 12
ReabilitaçãoEstética-NovasTendências
CAPÍTULO II
Foi utilizado um medidor de pressão Kratus®
modelo
DDK (Dinamômetro eletrônico) para ensaios de tra-
ção e compressão, precisão de 0,5%, para calibrar
o sensor, de forma que o medidor só seria ativado
quando uma força oclusal superior a 40N fosse apli-
cada sobre ele. Na região de molares do lado esquerdo,
foi posicionada uma tira de silicone para equilibrar a oclu-
são com o sensor do lado direito (Figura 10).
Foram analisados oito pacientes do sexo feminino
(Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pes-
quisa da FO-USP no. 185/2007), com idade entre
20 e 56 anos, média de 33,8 anos, que, embora ti-
vessem usado a placa de Michigan por pelo me-
nos seis meses, ainda apresentavam sintomas de
DTM. Em razão disso, foram submetidos ao uso de
um protótipo de placa vibratória pelo período de 01
(um) mês. A sintomatologia dolorosa foi avaliada
através da Escala Visual Analógica (EVA) de dor,
composta por uma reta de 100 milímetros, em que
o início representa ausência de dor e o final repre-
senta a pior dor possível. A média inicial de dor foi
de 56,25 milímetros e a média final de dor foi de
15,5 milímetros. Verificou-se que todos os pacien-
tes apresentaram melhora significativa, média de
64,8%, tendo inclusive um dos pacientes apresen-
tado remissão total dos sintomas após este perío-
do de utilização (Tabela 01).
Tabela 01 · Marcação de dor em
milímetros na Escala Visual Analó-
gica (EVA) realizada por pacientes
com DTM antes da instalação da
placa vibratória e após um mês de
sua utilização.
10 · Placa vibratória com o sensor
do lado direito e a fita de silicone
do lado esquerdo.
Paciente Sexo Idade
EVA inicial
(mm)
EVA final
(mm)
Melhora
(%)
1 F 33 84 0 100
2 F 30 43 13 69
3 F 52 71 22 69
4 F 27 47 35 25
5 F 20 41 2 95
6 F 29 93 5 95
7 F 23 39 20 49
8 F 56 32 27 16
8. 14
CAPÍTULO II
13
ReabilitaçãoEstética-NovasTendências
Um novo modelo de placa vibratória foi
confeccionado para estudos posteriores
(Figuras 11, 12 e 13).
Conclusão
Dentre as terapêuticas para tratamento da
DTM com uso de placa oclusal, a placa de
Michigan ainda é considerada o padrão ouro.
O uso da vibração como mecanismo de controle da
dor orofacial foi eficaz.
Estudos futuros com um número maior de pa-
cientes e feitos de forma mais estruturada serão
necessários para validar ou não a teoria da ação
da placa vibratória sobre as dores crônicas ou
agudas de origem mioesquelética, causadas pelo
apertamento dental.
11 · Novo modelo de placa vibratória
com dois sensores.
12 · Novo modelo de placa vibratória.
Vista inferior.
13 · Novo modelo de placa vibratória.
Vista intraoral.
TITLE
New intraoral device for the treatment of orofacial pain and TMD.
Abstract
The purpose of this study is to present a review of intraoral devices used in the treatment of
temporomandibular disorders (TMD), and the introduction of a new concept based on the
vibrating mechanism using the biofeedback action. A brief review of the literature was per-
formed, showing the evolution throughout history. At first, partial intraoral devices have been
created - jig, front-plateau and posterior bite splint - that evolved to full-coverage splint - Michi-
gan, resilient and repositioning splint - all based on the principle of occlusal stabilization. The
Michigan’s splint is considered the gold standard for treatment of TMD. However, there are re-
ports in the literature indicating that a percentage of patients, receiving this treatment, haven’t
had any symptoms improvement. Because of the non improvement cases, a new intraoral
vibratory device was created with an action based on the principle of biofeedback. We studied
eight clinical cases initially treated with the Michigan’s splint with no significant symptoms
improvement, after they have been submitted to this new therapy, substantial improvement of
symptoms was demonstrated in all subjects.
Descriptors: Vibratory stimulation, occlusal splint, biofeedback, pain, temporomandibular
disorder.
9. 16
CAPÍTULO II
15
ReabilitaçãoEstética-NovasTendências
Referências Bibliográficas
1. Okeson JP. Tratamento das desordens temporomandi-
bulares e oclusão. 4a ed. São Paulo: Artes Médicas; 2000.
2. Fantoni F, Chiappe G, Landi N, Romagnoli M, Bosco
M. A stepwise multiple regression model to assess the
odds ratio between myofascial pain and 13 occlusal fea-
tures in 238 Italian women. Quintessence Int. 2010. Mar:
41(3):e54-61.
3. Leeuw R. Dor Orofacial Guia de Avaliação, Diagnós-
tico e Tratamento. 4a ed. São Paulo: Quintessence; 2010.
4. Murakami K, Segami N, Fujimura K, Iizuka T. Correla-
tion between pain and synovitis in patients with internal
derangement of the temporomandibular joint. J Oral Ma-
xillofac Surg. 1991 Nov: 49(11):1159-61; discussion 62.
5. Israel HA, Diamond B, Saed-Nejad F, Ratcliffe A. Os-
teoarthritis and synovitis as major pathoses of the tem-
poromandibular joint: comparison of clinical diagnosis
with arthroscopic morphology. J Oral Maxillofac Surg.
1998 Sep: 56(9):1023-7; discussion 8.
6. Ekberg E, Nilner M. A 6- and 12-month follow-up of ap-
pliance therapy in TMD patients: a follow-up of a controlled
trial. Int J Prost. 2002 Nov-Dec: 15(6):564-70.
7. Fischer MJ, Reiners A, Kohnen R, Bernateck M, Gu-
tenbrunner C, Fink M, et al. Do occlusal splints have an
effect on complex regional pain syndrome? A randomi-
zed, controlled proof-of-concept trial. Clin J Pain. 2008
Nov-Dec: 24(9):776-83.
8. Jerjes W, Upile T, Abbas S, Kafas P, Vour-
vachis M, Rob J, et al. Muscle disorders and
dentition-related aspects in temporomandibular
disorders: controversies in the most commonly
used treatment modalities. International archi-
ves of medicine. 2008: 1(1):23.
9. Karl PJ, Foley TF. The use of a deprogram-
ming appliance to obtain centric relation recor-
ds. The Angle orthodontist. 1999 Apr: 69(2):117-
24; discussion 24-5.
10. Shankland WE. Nociceptive trigeminal
inhibition--tension suppression system: a me-
thod of preventing migraine and tension heada-
ches. Compend Contin Educ Dent. 2002 Feb:
23(2):105-8, 10, 12-3; quiz 14.
11. Santosa RE, Azizi M, Whittle T, Wanigaratrne
K, Klineberg IJ. The influence of the leaf gauge
and anterior jig on jaw muscle electromyogra-
phy and condylar head displacement: a pilot stu-
dy. Aust Dent J. 2006 Mar: 51(1):33-41.
12. Bodere C, Woda A. Effect of a jig on EMG
activity in different orofacial pain conditions.
Int J Prost. 2008 May-Jun: 21(3):253-8.
13. Klasser GD, Greene CS. Oral appliances in
the management of temporomandibular disor-
ders. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Ra-
diol Endod. 2009 Feb: 107(2):212-23.
14. Okeson JP. Fundamentos de oclusão e desordens tem-
poromandibulares. 2a ed. São Paulo: Artes Médicas; 1992.
15. Dao TT, Lavigne GJ. Oral splints: the crutches for tem-
poromandibular disorders and bruxism? Crit Rev Oral Biol
Med. 1998: 9(3):345-61.
16. Al-Ani Z, Gray RJ, Davies SJ, Sloan P, Glenny AM.
Stabilization splint therapy for the treatment of temporo-
mandibular myofascial pain: a systematic review. J Dent
Educ. 2005 Nov: 69(11):1242-50.
17. Nilner M, Ekberg E, Doepel M, Andersson J, Selovuo
K, Le Bell Y. Short-term effectiveness of a prefabricated
occlusal appliance in patients with myofascial pain. J
Oro Pain. 2008 Summer: 22(3):209-18.
18. Doepel M, Soderling E, Ekberg EL, Nilner M, Le Bell Y. Sali-
vary cortisol and IgA levels in patients with myofascial pain tre-
ated with occlusal appliances in the short term. J Oral Rehab.
2009 Mar: 36(3):210-6.
19. Dao TT, Lund JP, Lavigne GJ. Comparison of pain
and quality of life in bruxers and patients with myofas-
cial pain of the masticatory muscles. J Oro Pain. 1994
Fall: 8(4):350-6.
20. Dao TT, Reynolds WJ, Tenenbaum HC. Comorbidity
between myofascial pain of the masticatory muscles and
fibromyalgia. J Oro Pain. 1997 Summer: 11(3):232-41.
21. Crider A, Glaros AG, Gevirtz RN. Efficacy of
biofeedback-based treatments for temporoman-
dibular disorders. Applied psychophysiology
and biofeedback. 2005 Dec: 30(4):333-45.
22. Medlicott MS, Harris SR. A systematic review
of the effectiveness of exercise, manual therapy,
electrotherapy, relaxation training, and biofeed-
back in the management of temporomandibular
disorder. Physical therapy. 2006 Jul: 86(7):955-73.
23. Crider AB, Glaros AG. A meta-analysis of EMG
biofeedback treatment of temporomandibular di-
sorders. J Oro Pain. 1999 Winter: 13(1):29-37.
24. Cassisi JE, McGlynn FD, Belles DR. EMG-
-activated feedback alarms for the treatment of
nocturnal bruxism: current status and future di-
rections. Biofeedback and self-regulation. 1987
Mar: 12(1):13-30.
25. Jadidi F, Castrillon E, Svensson P. Effect of
conditioning electrical stimuli on temporalis
electromyographic activity during sleep. J Oral
Rehab. 2008 Mar: 35(3):171-83.
26. Watanabe T, Baba K, Yamagata K, Ohyama T,
Clark GT. A vibratory stimulation-based inhibition
system for nocturnal bruxism: a clinical report. J
Prost Dent. 2001 Mar: 85(3):233-5.