1. Vale do Paraíba
O Vale do Paraíba é um acidente geográfico natural que abrange as Mesorregiões:
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, no estado de São Paulo e
Mesorregião do Sul Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, que se destaca por
concentrar uma parcela considerável do PIB do Brasil.
O nome deve-se ao fato de que a região é parte da bacia hidrográfica do rio
Paraíba do Sul, já que esse rio se estende por parte do estado de São Paulo e ao longo de
quase todo o comprimento do estado do Rio de Janeiro e parte do estado de Minas
Gerais.
Deve-se ressaltar que em sentido estrito, o nome "vale do Paraíba" deve ser
utilizado apenas para se referir a uma região com certa característica geográfica. Não se
tratando portanto de uma Região, Mesorregião ou Microrregião oficial do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística.
Localização
Localiza-se nas margens da rodovia Presidente Dutra (BR-116), exatamente entre
as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, dentro do complexo metropolitano formado
pelas duas capitais e com seu principal eixo urbano seguindo o traçado da Via Dutra.
Apesar de altamente urbanizada e industrializada, a região também tem reservas naturais
importantes, como a Serra da Mantiqueira, na divisa com Minas Gerais, um dos pontos
mais altos do Brasil, e a da Bocaina, reduto de Mata Atlântica que também inclui
pequenas cidades e fazendas de interesse histórico e arquitetônico.
2. Municípios da região
A Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista e a Microrregião do Vale do Paraíba
Fluminense.
A população somada de todos os municípios da região é de quase 3,3 milhões de
habitantes, equivalente à população do estado do Rio Grande do Norte.
As cidades mais importantes da região são:
No lado fluminense: Porto Real, Volta Redonda, Resende, Barra Mansa e Barra do
3. Piraí;
No lado paulista: São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba,
Guaratinguetá, Lorena, Caraguatatuba e Cruzeiro. Além destas, Aparecida e Cachoeira
Paulista, possuem grande destaque nacional graças ao turismo religioso.
Outras cidades da região são:
No lado fluminense: Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Quatis, Rio Claro, Valença, Rio das
Flores e Paraíba do Sul.
No lado paulista: Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Canas, Cunha, Igaratá,
Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna,
Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, São José do Barreiro,
São Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Tremembé e Ubatuba.
História
Embraer e CSN são as maiores empresas com origem no Vale do Paraíba, ambas
privatizadas na década de 90.
A história do Vale do Paraíba está intimamente ligada ao ciclo econômico do café,
período de opulência que deu prestígio e poder político à região. A despeito da cidade de
Lorena que começou seu desenvolvimento com o ciclo do ouro nos idos de 1700 devido à
passagem pelo Rio Paraíba do Sul.
No início do século XX, um grupo de religiosos da ordem trapista se instalou na
fazenda Maristela, em Tremembé, e introduziu a cultura do arroz nas várzeas do rio
Paraíba do Sul, além de novas técnicas de plantio e irrigação.
A produção de leite foi introduzida com a decadência do café, ocorrida a partir da
crise econômica mundial de 1929.
A industrialização do Vale do Paraíba iniciou-se na década de 1940, durante o
Estado Novo, após um acordo diplomático feito entre Brasil e Estados Unidos, que previa
um projeto ambicioso: a construção de uma usina siderúrgica que suprisse a demanda por
aço dos "países aliados" durante a Segunda Guerra Mundial e ajudasse no
desenvolvimento do Brasil. No ano de 1946, foi inaugurado um dos maiores complexos
siderúrgicos do mundo e o maior da América Latina, a Companhia Siderúrgica Nacional -
CSN, instalada em Volta Redonda. O início da produção de aço na CSN serviu de base
para a industrialização do país e, especialmente, do Vale do Paraíba, com a chegada de
empresas ligadas a siderurgia na região, assim como a indústria automotiva e
aeroespacial.
Economia
Agropecuária
4. Plantação de arroz em Pindamonhangaba.
A agropecuária ainda é de grande importância para vários municípios dessa
região.
O Vale do Paraíba é o segundo maior polo produtor de leite do país. Por questões
conjunturais, a produção de leite se encontra em decadência, mas ainda sustenta boa parte
da população rural dos pequenos municípios.
O arroz é um dos mais importantes produtos agrícolas da região atingindo na safra
de 2002/2003, a marca de 850 mil sacas de 60 kg.
Outras culturas diversificadas vêm sendo experimentadas por alguns produtores
nessas várzeas.
A atual estrutura fundiária do Vale do Paraíba é fruto de mudanças significativas
na forma de distribuição das terras ocorridas a partir da decadência do café, quando as
grandes fazendas passaram a ser retalhadas em partilhas e heranças familiares. Esse
processo se multiplicou à medida que as gerações foram se sucedendo, o que resultou
numa região pontuada por pequenas propriedades e produção agropecuária
marcadamente familiar.
Indústria
Embraer 190 no seu roll-out em São José dos Campos. Em rápido crescimento, a
cidade é vista informalmente como capital do Vale do Paraíba, por sua influência,
tamanho e dinamismo econômico.
Autos Fornos da CSN operando. A maior siderúrgica do hemisfério sul trouxe
riqueza para Volta Redonda, marcando-a como "Cidade do Aço", além de melhor cidade
para se viver no Estado do Rio de Janeiro, segundo o IBGE.
Na década de 1950, a região industrializou-se rapidamente. Nesta época destacou-
se, no lado paulista, a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, a consequente
instalação da indústria aeronáutica com a EMBRAER, o maior complexo aeroespacial da
América Latina, além das montadoras Volkswagen, Ford e de eletrônicos LG. No lado
fluminense, destaque para Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), as
montadoras PSA Peugeot Citroën, Volkswagen Caminhões e Ônibus (a maior fábrica de
caminhões do Brasil), Guardian do Brasil, Votorantim (Siderúrgica Barra Mansa), as
Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Michelin, White Martins, a Industria Nacional de
Aços Laminados (INAL), a Companhia Estanífera Brasileira (CESBRA) e da S/A
Tubonal (fabricante de tubos de aço), Saint-Gobain Canalização, entre outras. Há também
montadoras em construção na região, como a Chery em Jacareí, a Nissan em Resende, a
Land Rover e a Hyundai Heavy Industries, em Itatiaia.
Educação
Ensino Médio e Técnico
5. O Vale do Paraíba é uma região que conta com várias ETECs, presentes nas
seguintes cidades ETEC Machado de Assis (Caçapava), ETEC Prof. Marcos Uchôas dos
Santos Penchel (Cachoeira Paulista), ETEC Professor José Santana de Castro (Cruzeiro),
ETEC Professor Alfredo de Barros Santos (Guaratinguetá), ETEC Cônego José Bento
(Jacareí), ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva (Lorena), ETEC João Gomes de Araújo
(Pindamonhangaba), ETEC São José dos Campos (São José dos Campos), e ETEC
Doutor Geraldo José Rodrigues Alckmin (Taubaté).
Todas as cidades do Vale do Paraíba contam com no mínimo uma escola do
Sistema S de Ensino SENAR, SENAC, SESC, SESCOOP, SENAI, SESI, SEST, SENAT,
SEBRAE, entre outros.
São José dos Campos possuí o colégio Embraer Juarez Wanderley, que apesar de
ser uma escola considerada particular é totalmente gratuita, ela atendendo a 600 alunos
nas três séries do ensino médio, em regime de tempo integral ( 10 horas/dia - 6.000 horas-
aula em 3 anos).
As cidades de Lorena e Guaratinguetá também possuem colégios técnicos,
oferecendo também o Ensino Médio, vinculados às universidades. Em Lorena, é o
Colégio Técnico de Lorena "Professor Nelson Pesciotta" (COTEL), que é vinculado à
USP e oferece curso de Química com aulas durante período integral. Já em
Guaratinguetá, o Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá "Prof. Carlos Augusto
Patrício Amorim" (CTIG), vinculado à UNESP, oferece 4 cursos, Eletrônica,
Eletroeletrônica, Mecânica e Informática, todos em período integral. Em ambos os
colégios, para que o aluno receba o diploma de técnico, é necessário que ele faça um
estágio supervisionado.
Ensino superior
Instituições federais de ensino superior de renome estão presentes no Vale do
Paraíba, como a Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, e a Universidade Federal
Fluminense - UFF.
O Vale do Paraíba é uma região com grande concentração de instituições de
ensino superior. Entre as públicas, estão: FATEC (Cruzeiro, Guaratinguetá,
Pindamonhangaba, Taubaté, Jacareí e São José dos Campos), ITA (em São José dos
Campos), UERJ (campus em Resende), UFF (campus em Volta Redonda), Unesp
(campus em São José dos Campos - Odontologia e Engenharia Ambiental e campus em
Guaratinguetá), Unifesp (campus em São José dos Campos), USP (campus em Lorena) e
UNITAU (campus em Taubaté).
Na região também estão situadas a Escola de Engenharia da UFF (em Volta
Redonda), o Instituto Nacional de Pós-graduação (INPG), um campus da UNIP, a
Universidade do Vale do Paraíba (Univap, em São José dos Campos), unidades da
Anhanguera Educacional (Taubaté, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Jacareí,
Pólo presencial em Roseira), um campus da Unisal (em Lorena), a Fatea também em
6. Lorena, a FARO (Faculdade de Roseira), a FAPI (Faculdade de Pindamonhangaba),
UNESA e Faculdades Dom Bosco em Resende, pólos do CEDERJ, pólos da ETEP
Faculdades (São José dos Campos e Taubaté), Faculdade Bilac, a FACIC(Faculdade de
Ciências Humanas de Cruzeiro), UBM (Universidade de Barra Mansa), UNIFOA, Centro
Universitário Geraldo Di Biase (UGB) e a FASF (Faculdade Sul Fluminense) em Volta
Redonda.
7. Lorena, a FARO (Faculdade de Roseira), a FAPI (Faculdade de Pindamonhangaba),
UNESA e Faculdades Dom Bosco em Resende, pólos do CEDERJ, pólos da ETEP
Faculdades (São José dos Campos e Taubaté), Faculdade Bilac, a FACIC(Faculdade de
Ciências Humanas de Cruzeiro), UBM (Universidade de Barra Mansa), UNIFOA, Centro
Universitário Geraldo Di Biase (UGB) e a FASF (Faculdade Sul Fluminense) em Volta
Redonda.