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6º Tópico
PEDAGOGIA
Objectivo geral:
❖Compreender as técnicas fundamentais da Pedagogia e as
metodológias para o sucesso da acção educativa como
resultado prático do processo de ensino – aprendizagem.
Objectivos específicos:
❖Identificar a especificidade (objecto de estudo) e as relações
da Pedagogia com outras ciências;
❖Realizar um processo de ensino-aprendizagem centrado
sobre o aluno;
❖Explicar as razões que justificam a necessidade de
realização, na sua integridade, das funções didácticas.
ORIGEM DA PEDAGOGIA
Assim, a pedagogia referir-se-ia apenas a
educação das crianças. Por essa razão é que
alguns autores preferem falar em andragogia (do
grego: andros - adulto e gogos - educar)=
“ensino para adultos” (Pileti, 2004, p.39).
A palavra Pedagogia tem origem etimológica, na
Grécia. vem das palavras: pais, paidós = criança;
agein = conduzir (Pileti, 2004, p.39).
Por pedagogia hoje entende-se como o
conjunto de princípios e métodos de
educação tanto da criança quanto do adulto.
Todavia, não há como deixar de reconhecer
que tradicionalmente a maioria dos estudos
e acções praticas neste campo eram dirigida
principalmente às crianças (Pileti, 2004,
p.39)..
 Na antiga Grécia, eram chamados de pedagogos os
escravos que acompanhavam as crianças que iam para
a escola.
 Hoje, pedagogo é especialista em assuntos
educacionais e pedagogia, o conjunto de
conhecimentos sistemáticos relativos ao fenómeno
educativo (Pileti, 2004, p.39).
CONCEITO DA PEDAGOGIA
 Pedagogia- é a ciência da educação. É a ciência e arte
de educar. É a reflexão metódica sobre a educação para
esclarecer e orientar a prática educativa (Pileti, 2004,
p.39).
CONT…
 Pedagogia- é a filosofia, a ciência e a técnica
da educação. Esse conceito é completo
porque abrange todos os aspectos
fundamentais da pedagogia (Fonseca, 2016,
p.53).
CONT…
 A pedagogia é um campo de conhecimento sobre a
problemática educativa na sua totalidade e ao mesmo
tempo uma directriz orientadora da acção educativa
(Tavares 2011, p.33).
 A pedagogia ocupa-se dos processos educativos,
métodos, maneiras de ensinar, ela tem um significado
bem mais amplo, bem mais globalizante (Tavares 2011,
p.33).
Aspectos fundamentais da pedagogia
Divisão da pedagogia
 A pedagogia, pelo conceito que vimos, apresenta
aspectos filosóficos, científicos e técnicos (Pileti,
2004, p.40)
 Aspecto filosófico - O aspecto filosófico procura
estabelecer as directrizes da educação, as filosofias,
políticas e finalidades da educação de acordo com os
valores de cada povo e de cada época.
Procura responder as seguintes questões:
 O que deve ser a educação.
 Para onde a educação deve conduzir as novas gerações.
 Disciplinas filosóficas: história da educação,
filosofia da educação, educação comparada, politica
educacional.
 Aspecto científico A pedagogia moderna apoia-se
nos dados apresentados por outras ciências,
procurando estabelecer o que é a educação. Ela se
apoia principalmente nos dados das ciências que
estudam o comportamento humano, tais como a
psicologia, sociologia, etc.
 Disciplinas Cientificas: Biologia Educacional,
Psicologia Educacional e Sociologia Educacional.
Aspecto técnico - refere-se a técnica educativa, ao
como educar. Sob o aspecto técnico estuda-se:
 Os métodos e processos educativos
 Os sistemas escolares
 Os métodos e as práticas de ensino
 As técnicas de trabalho escolar
 Disciplinas técnicas: didáctica geral e especial
administração escolar, organização escolar, orientação
educacional.
Pedagogia
Aspecto filosófico
O que deve ser e
para onde vai
Aspecto cientifico
(O que é)
Aspecto técnico
(Como)
Filosofia
Administração
escolar
Didáctica, etc
Psicologia
Sociologia da
educação
 A pedagogia busca em outras ciências os
conhecimentos teóricos e práticos que concorrem para
o esclarecimento do seu objecto, o fenómeno
educativo.
 O conjunto desses estudos permite aos futuros
professores uma compreensão global do fenómeno
educativo, especialmente de suas manifestações no
âmbito escolar.
Objecto de estudo da pedagogia
 Pedagogia é o campo de conhecimento que se ocupa do
estudo sistemático da educação, isto é, do acto
educativo. Portanto, o objecto de estudo da pedagogia
é a educação (Tavares 2011, p. 35).
 A pedagogia não é certamente a única área científica
que tem a educação como objecto de estudo.
 Também a psicologia, a sociologia da educação, a
filosofia da educação, etc estudam o fenómeno
educativo. Entretanto, cada uma dessas ciências
aborda o fenómeno educativo sob a perspectiva de seus
próprios conceitos e métodos de investigação
 Sendo a pedagogia uma das ciências da educação, ela
se distingue das outras ciências por estudar o
fenómeno educativo na sua globalidade.
 A pedagogia, com isso, é um campo de estudos com
identidade e problemáticas próprias. Seu campo
compreende os elementos da acção educativa e sua
contextualização, tais como:
o aluno como sujeito do processo de socialização e
aprendizagem, os agentes de formação( inclusive a
escola e o professor); as situações concretas em que se
dão os processos formativos (entre eles o ensino); o
saber como objecto de transmissão e assimilação; o
contexto socioinstitucional das instituições( entre elas
as escolas e salas de aula).
 Resumidamente, o objectivo do pedagógico se
configura na relação entre os elementos da pratica
educativa: o sujeito que se educa, o educador, o saber, e
os contextos em que ocorre.
Diferenças entre Educação e Pedagógia
 Inicialmente você precisa saber que a
palavra educação vem sendo usada, ao longo do
tempo, com dois sentidos: o social e o individual.
 Do ponto de vista social educação é um processo de
desenvolvimento, envolvendo a formação de
qualidades humanas (físicas, morais, intelectuais,
estéticas) na suas relações com o meio social (Libaneo,
2003, p.32).
CONT…
 Assim, a educação é uma instituição social que se ordena no
sistema educacional de um país, num determinado
momento histórico. No sentido social, o termo educação
significa alimentar, criar (Libaneo, 2003, p.32).
 A Pedagogia é um campo de conhecimentos que investiga a
natureza das finalidades da educação numa determinada
sociedade, bem como os meios apropriados para a formação
dos indivíduos. (Pileti, 2004, p.45).
 Logo, a Pedagogia, sendo ciência “da” e “para a” educação,
estuda o ensino a instrução e a educação.
A Pedagogia na antiguidade Oriental
 O processo de educação do homem foi fundamental
para o desenvolvimento dos grupos sociais e de suas
respectivas sociedades, razão pela qual o
conhecimento de sua história e experiências passadas é
essencial para a compreensão dos rumos tomados pela
educação no presente (Silveira, 2014, p.38).
 Nas civilizações orientais, a educação era tradicional:
dividida em classes, opondo cultura e trabalho,
organizada em escolas fechadas e separadas para a
classe dirigente (Silveira, 2014, p.38).
A Influência e importância da escrita
 O conhecimento da escrita era restrito, devido ao seu
caráter esotérico. As preocupações com educação
apareceram nos livros sagrados, que ofereceram regras
ideais de conduta e enquadramento das pessoas nos
rígidos sistemas religiosos (Silveira, 2014, p.38).
 Nesse período surgiu o dualismo escolar, que destina
um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos
dos funcionários, ou seja, grande parte da comunidade
foi excluída da escola e restringida à educação familiar
informal.
Educação Egípcia
 As escolas funcionavam como templos e em algumas
casas foram frequentadas por pouco mais de vinte
alunos.
 A aprendizagem se fazia por transcrições de hinos,
livros sagrados, acompanhada de exortações morais e
de coerções físicas. Ao lado da escrita, ensinava-se
também aritmética, com sistemas de cálculo,
complicados problemas de geometria associados à
agrimensura, conhecimentos de botânica, zoologia,
mineralogia e geografia (Pimenta, 2010, p.56 ).
CONT…
 O primeiro instrumento do sacerdote-intelectual é a escrita,
que no Egito era hieroglífica (relacionada com o caráter
pictográfico das origens e depois estilizada em ideogramas
ligados por homofonia e por polifonia, em seguida por
contrações e junções, até atingir um cursivo chamado
hierático e de uso cotidiano, mais simples, e finalmente o
demótico, que era uma forma ainda mais abreviada e se
escrevia sobre folha de papiro com um cálamo embebido em
carbono) (Pimenta, 2010, p.56 ).
 Ao lado da educação escolar, havia a familiar (atribuída
primeira à mãe, depois ao pai) e a “dos ofícios”, que se fazia
nas oficinas artesanais e que atingia a maior parte da
população.
CONT…
 Este aprendizado não tinha nenhuma necessidade de
“processo institucionalizado de instrução” e “são os pais ou
os parentes artesãos que ensinavam a arte aos filhos”,
através do observar para depois reproduzir o processo
observado. Os populares eram também excluídos da
ginástica e da música, reservadas apenas a casta guerreira e
colocadas como adestramento para guerra (Pimenta, 2010,
p.56 ).
A educação da Índia e Babilónia
 A Índia herdou seu sistema educacional do Reino
Unido. Mas, à medida que o papel e o lugar da Índia no
mundo se desenvolveram e cresceram ao longo do
tempo, o sistema educacional mudou (Pimenta, 2010,
p.67).
 O ensino superior indiano está se expandindo
rapidamente. Hoje, existem mais de mil escolas
credenciadas na Índia. Cerca de cinquenta deles são
reconhecidos internacionalmente. Todas as
instituições são credenciadas e classificadas
pelo National Institute Ranking Framework (NIRF).
CONT…
 O ensino superior indiano passou por uma mudança
dramática durante este século. Deixou de ser um padrão
inferior para se tornar totalmente regulamentado. Como
resultado, algumas das melhores escolas da Índia estão
agora no mesmo nível de algumas escolas americanas em
alguns campos.
 Os programas de inglês são comuns na Índia e são amplos
em escopo e alcance. Quase todos os acadêmicos indianos
falam inglês perfeitamente. Muitas escolas oferecem
programas idênticos: um ensinado em inglês, o outro em
hindi. No entanto, o inglês está se tornando cada vez mais
dominante nas salas de aula do ensino superior na Índia.
 Durante o seu tempo em uma escola indiana, você
provavelmente será incentivado a aprender pelo menos
o hindi básico, pois isso é mais comum do que o inglês
na vida cotidiana.
 O bacharelado dura entre três e cinco anos,
dependendo da matéria e do tempo gasto no estudo
em intercâmbio. Um mestrado, também chamado de
grau profissional na Índia, normalmente leva um ano,
ou dois, se for na área médica. Já o doutorado leva o
tempo padrão internacional de três a cinco anos,
dependendo se você ensina ou não enquanto pesquisa.
A educação chinesa
 O sistema educacional chinês oferece bacharelado,
mestrado e doutorado em diversos campos e é
caracterizado por sua estrutura hierárquica. O ensino
superior na China é fornecido por universidades públicas
ou privadas e a autoridade governamental responsável pela
educação e pelos assuntos linguísticos é o Ministério da
Educação da República Popular da China (MOE).
 O sistema passou por grandes reformas e influências do
modelo educacional do Ocidente e da União Soviética, mas
durante a década de 1980 foi estabelecido em direção a um
modelo mais aprimorado, autônomo e ocidentalizado. O
sistema educacional chinês é o segundo mais popular do
mundo e o destino de estudos mais popular na Ásia para
estudantes internacionais.
A educação dos Hebreus
 O principal legado que os hebreus deixaram foi no
âmbito religioso. Eles foram os primeiros povos a
adotar o monoteísmo, ou seja, a crença em um único
Deus. Também de destacam na literatura, destacando
o Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia.
 Quanto aos profetas, eles eram os educadores de Israel,
inspirados por Deus e continuadores do espírito de sua
mensagem ao “povo eleito”: devem educar com dureza,
castigar e repreender também com violência, já que
sua denúncia é em razão de um retorno ao papel
atribuído por Deus a Israel.
 A escola em Israel organizava-se em torno da interpretação da Lei
dentro da sinagoga; à qual “era anexa uma escola exegese” que,
no período helenístico, se envolveu em sérios contrastes em torno,
justamente, da helenização da cultura hebraica.
 Aos saduceus (helenizantes) opuseram-se os fariseus (antigregos)
que remetiam à letra das Escrituras e à tradição interpretativa,
salvaguardada de modo formalista. Assim, além de centro de
oração e de vida religiosa e civil, a sinagoga se torna também
lugar de instrução. A instrução que se professava era religiosa,
voltada tanto para a “palavra” quanto para os “costumes”.
 Os conteúdos da instrução eram “trechos escolhidos da Torá”, a
partir daqueles usados nos ofícios religiosos cotidianos. Só mais
tarde (no século I d.C.) foi acrescentado o estudo da escrita e da
aritmética. Nos séculos sucessivos, os hebreus da diáspora
fixaram-se, em geral, sobre este modelo de formação (instrução
religiosa), atribuindo também a esta o papel de salvar sua
identidade cultural e sua tradição histórica.
O ideal da educação grega – Paidéa
 A partir do século V a. C., exige-se algo mais da educação.
Para além de formar o homem, a educação deve ainda
formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica,
na música e na gramática deixa de ser suficiente.
 Surge então o modelo ideal de educação grega, que aparece
como Paideia*, que tem como objetivo geral construir o
homem como homem e cidadão. Platão define Paideia da
seguinte maneira “(...) a essência de toda a verdadeira
educação ou Paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia
de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a
obedecer, tendo a justiça como fundamento”.
 A noção de Paideia se afirma de modo orgânico e independente
na época dos sofistas e de Sócrates e assinala a passagem
explícita – da educação para a Pedagogia, de uma dimensão
teórica, que se delineia segundo as características universais e
necessárias da filosofia. Nasce a Pedagogia como saber
autônomo, sistemático, rigoroso; nasce o pensamento da
educação como episteme*, e não mais como éthos* e como
práxis* apenas.
 Paideia: nas suas origens e na sua acepção comum, indica o
tipo de formação da criança (pais), mais idôneo a fazê-lo
crescer e tornar-se homem, assume pouco a pouco nos filósofos
o significado de formação, de perfeição espiritual, ou seja, de
formação do homem no seu mais alto valor. Portanto, podemos
dizer que a Paideia, entendida ao modo grego, é a formação da
perfeição humana.
 Episteme: conhecimento verdadeiro, de natureza
científica, em oposição à opinião infundada ou irrefletida.
 Éthos: conjunto dos costumes e hábitos fundamentais, no
âmbito do comportamento e da cultura, característicos de
uma determinada época ou região.
 Práxis: prática.
A educação homérica
 A Grécia Antiga também era conhecida pelo nome
de Hélade, isto é, o conjunto de cidades-estado que se
desenvolveu entre os séculos VIII e V a.C, às margens do
Mar Egeu, em regiões como a Ática, a Península do
Peloponeso e a Anatólia (hoje extremo Oeste da Turquia).
 Cada pólis – cidade – possuía autonomia nos processos de
organização política, socioeconômica e cultural, incluindo
a forma de educação dos cidadãos. Entretanto, um fator
permeou a estrutura da educação em todas essas cidades-
estado: a poesia épica de Homero.
 O desenvolvimento das formas espirituais da educação
homérica da nobreza, através de Píndaro e até a filosofia de
Platão, é absolutamente orgânico, permanente e necessário.
Não é uma 'evolução' no sentido seminaturalista que a
investigação história costuma empregar, mas um
desenvolvimento essencial de uma forma original do espírito
grego, que, na sua estrutura fundamental, permanece idêntico
a si próprio através de todas as fases da sua história.
 a importância educadora de Homero é evidentemente mais
vasta. Não se limita à formulação expressa de problemas
pedagógicos nem a algumas passagens que aspirem a produzir
um determinado efeito moral. A poesia homérica é uma vasta
e complexa obra do espírito, que não se pode reduzir a uma
fórmula única. Ao lado de fragmentos relativamente recentes
que revelam um interesse pedagógico expresso, aparecem
outras passagens nas quais o interesse pelos objetos descritos
afasta a possibilidade de pensar uma segunda intenção moral
do poeta.
A educação espartana
 Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: um
baseado no conformismo e no estatismo, outro na concepção,
outro na concepção de Paideia, de formação humana livre e
nutrida de experiências diversas, sociais, alimentaram durante
séculos o debate pedagógico, sublinhando a riqueza e
fecundidade ora de um, ora de outro modelo.
 Foi o mítico Licurgo quem ditou as regras políticas de Esparta e
delineou seu sistema educativo, conforme o testemunho de
Plutarco. As crianças do sexo masculino, a partir dos sete anos,
eram retiradas da família e inseridas em escolas-ginásios onde
recebiam, até os 16 anos, uma formação de tipo militar, que
devia favorecer a aquisição da força e da coragem.
 O cidadão-guerreiro é formado pelo adestramento no uso das
armas, reunido em equipes sob o controle de jovens guerreiros
e, depois, de um superintendente geral (paidonomos). Levava-
se uma vida comum, favoreciam-se os vínculos de amizade,
valorizava-se em particular a obediência. Quanto à cultura – ler,
escrever -, pouco espaço era dado a ela na formação do
espartano – "o estritamente necessário", diz Plutarco -, embora
fizessem aprender de memória Homero e Hesíodo ou o poeta
Tirteo.
 Já em Atenas, após a adoção do alfabeto iônico, totalmente
fonético, que se tornou comum a toda Grécia, teve um
esplêndido florescimento em todos os campos: da poesia ao
teatro, da história à filosofia. No século V, Atenas exercia um
influxo sobre toda a Grécia: tinha necessidade de uma
burocracia culta, que conhecesse a escrita.
 Esta se difundiu a todo o povo e os cidadãos livres adquiriram o
hábito de dedicar-se à oratória, à filosofia, à literatura,
desprezando o trabalho manual e comercial.
 Todo o povo escrevia como atesta a prática do ostracismo.
Afirmou-se um ideal de formação mais culto e civil, ligado à
eloquência e à beleza, desinteressado e universal, capaz de
atingir os aspectos mais próprios e profundos da humanidade
de cada indivíduo e destinado a educar justamente este aspecto
de humanidade, que em particular a filosofia e as letras
conseguem nele fazer emergir e amadurecer.
 Assim, a educação assumia em Atenas um papel-chave e
complexo, tornava-se matéria de debate, tendia a universalizar-
se, superando os limites da polis.
 Numa primeira etapa, a educação era dada aos rapazes que
frequentavam a escola e a palestra, onde eram instruídos
através da leitura, da escrita, da música e da educação física,
sob a direção de três instrutores: o grammatistes (mestre), o
kitharistes (professor de música), o paidotribes (professor de
gramática).
 O rapaz era depois acompanhado por um escravo que o
controlava e guiava: o paidagogos. Depois de aprender o
alfabeto e a escrita, usando tabuinhas de madeira cobertas
de cera, liam-se versos ricos de ensinamentos, narrativas,
discursos, elogios de homens famosos, depois os poetas
líricos”que eram cantados.
 O cuidado com o corpo era muito valorizado, para torná-lo
sadio, forte e belo, realizado no gymnasia. Aos 18 anos, o
jovem era "efebo" *no auge da adolescência), inscrevia-se
no próprio demo (ou circunscrição), com uma cerimônia
entrava na vida de cidadão e depois prestava serviço militar
por dois anos.
 A particularidade da educação ateniense é indicada
pela ideia harmônica de formação que inspira ao
processo educativo e o lugar que nela ocupa a cultura
literária e musical, desprovida de valor prático, mas de
grande importância espiritual, ligada ao crescimento
da personalidade e humanidade do jovem.
A educação ateniense
 A educação em Atenas era direcionada somente aos
homens a partir dos sete anos de idade e visava o
desenvolvimento físico e intelectual do ser humano,
baseando-se em três pilares: a ginástica, a música e a
escrita.
 O primeiro pilar, a ginástica ou gymnastike, contemplava
atividades físicas com o objetivo de promover a saúde das
crianças. Já no aspecto intelectual - mousike - as aulas eram
focadas na apreciação da música, da dança e da poesia. Para
os gregos, o equilíbrio entre o corpo físico e a alma era o
modelo ideal para formar as virtudes da temperança e da
moderação nos jovens.
 Ao longo da sua jornada educacional, que se estendia até a
juventude, o menino era estimulado a exercer a liberdade
de pensamento, através de discussões que envolviam o
pensamento crítico e criativo, e a valorização da
sabedoria dos mais velhos.
 Ao adquirir essa formação indispensável e atestar a sua
capacidade oratória, ele poderia começar a participar
ativamente das decisões políticas da pólis, ou seja, tornava-
se cidadão.
O ideal da educação romana – Humanitas
 O texto-base da educação romana-Humanitas como
atesta Cícero, foi por muito tempo o das Doze tábuas,
fixado em 451 a.C., no bronze e exposto publicamente no
fórum, para que todos pudessem vê-lo.
 Nelas, sublinhava-se o valor da tradição (o espírito, os
costumes, a disciplina dos pais) e delineava-se um código
civil, baseado na pátria potestas e caracterizado por
formas de relação social típicas de uma sociedade agrícola
atrasada.
 Como modelo educativo, as tábuas fixavam à dignidade, a
coragem, a firmeza como valores máximos, ao lado, porém,
da pietas e da parcimônia.
A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático,
familiar e civil, destinada a formar em particular o civis
romanus, superior aos outros povos pela consciência do
direito como fundamento da própria “romanidade”. Os civis
romanus era, porém, formado antes de tudo em família pelo
papel central do pai, mas também da mãe, por sua vez menos
submissa e menos marginal na vida da família em
comparação com a Grécia.
 A mulher em Roma era valorizada como mater famílias,
portanto reconhecida como sujeito educativo, que controlava
a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres.
Diferente, entretanto, é o papel do pai, cuja auctoritas,
destinada a formar o futuro cidadão, é colocada no centro da
vida familiar e por ele exercida com dureza, abarcando cada
aspecto da vida do filho (desde a moral até os estudos, as
letras, a vida social).
 Para as mulheres, porém, a educação era voltada a
preparar seu papel de esposas e mães, mesmo se depois,
gradativamente, a mulher tenha conquistado maior
autonomia na sociedade romana. O ideal romano da
mulher, fiel e operosa, atribui a ela, porém, um papel
familiar e educativo.
A educação heróica – patrística
 A Escola Patrística foi uma corrente filosófica cristã que
surgiu no século IV. Ela ocorreu nos primeiros séculos da
era cristã, onde o desenvolvimento filosófico foi realizado
por filósofos padres da Igreja Católica.
 O principal filósofo foi Agostinho de Hipona, que pensou
na racionalização da fé cristã. A Escola Patrística foi
também reação ao desenvolvimento filosófico e teológico
dos árabes, que se aproximavam da filosofia de
Aristóteles.
Características da Escola Patrística
 A Patrística é considerada a primeira fase da filosofia medieval.
Sua principal característica era a expansão do Cristianismo na
Europa, assim como o combate aos hereges.
 Essa doutrina filosófica foi representada pelo pensamento dos
Padres da Igreja, que trabalhavam na construção da teologia cristã.
 A racionalização da fé cristã também é uma característica dessa
escola, posto que foi se fundar na Filosofia Grega.
 Os filósofos desse período queriam compreender a relação entre a
fé divina e o racionalismo científico.
 Os principais temas abordados na Patrística eram a
criação do mundo, ressurreição, encarnação, o corpo e
a alma, pecados, livre arbítrio e predestinação divina.
As Escolas Patrística
 A Escola Patrística foi o período inicial da Filosofia
Medieval, posto que durou até o século VIII. Por sete
séculos essa Filosofia ensinou os teólogos, padres,
bispos da Igreja a se inspirar na Filosofia Grega e na
religião cristã.
 Seu método dialético de união de fé e razão tinha
como fim o crescimento humano.
 Os estudos de Aquino se inspiraram
no Realismo Aristotélico, no entanto os de Agostinho
se voltaram para o Idealismo de Platão.
 A Patrística disseminou os dogmas associados ao
Cristianismo, defendendo a religião cristã e negando o
paganismo.
 Por outro lado, a Escolástica, através do racionalismo,
explicou a existência de Deus, do céu e do inferno.
Abordou também as relações entre o homem, a razão e
a fé.
A educação no Império
 Este período histórico foi determinado pelas transformações
ocorridas no século XVIII desencadeadas a partir da Revolução
Francesa (1789) e da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra,
que abriram o caminho para o avanço do capitalismo para outros
paises. No início do século XIX, a hegemonia mundial inglesa na
área econômica amplia-se com a conquista de novos mercados.
 A presença do Estado na educação no período imperial era
quase imperceptível, pois estávamos diante de uma sociedade
escravagista, autoritária e formada para atender a uma minoria
encarregada do controle sobre as novas gerações. Ficava
evidenciada a contradição da lei que propugnava a educação
primária para todos, mas na prática não se concretizava. O
governo imperial atribuía às províncias.
 A responsabilidade direta pelo ensino primário e secundário,
através das leis e decretos que vão sendo criados e aprovados,
sem que seja aplicado, pois não existiam escolas e poucos
eram os professores.”(Nascimento,2004, p. 95).
 Em 1879, a reforma de Leôncio de Carvalho instituiu a
liberdade de ensino, o que possibilitou o surgimento de
colégios protestantes e positivistas.
 Em 1891, Benjamim Constant, baseado nos ensinamentos de
Augusto Comte, elaborou uma reforma de ensino de nítida
orientação positivista, defensora de uma ditadura republicana
dos cientistas e de uma educação como prática neutralizadora
das tensões sociais.
CONT…
 No final do Império, o quadro geral do ensino era de
poucas Instituições Escolares, com apenas alguns liceus
províncias nas capitais, colégios privados bem instalados
nas principais cidades, cursos normais em quantidade
insatisfatórias para as necessidades do país. Alguns cursos
superiores quem garantiam o projeto de formação
(médicos, advogados, de políticos e jornalistas).
Identificando o grande abismo educacional entre a
maioria da população brasileira que, quando muito,
tinham uma casa e uma escola, com uma professora leiga
para ensinar os pobres brasileiros excluídos do interesse
do governo Imperial.
REFENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Fonseca, J. J. S. (2016) Didáctica Geral. São Paulo, Brasil: Cortez
Editora.
 Libâneo, J.C. (2003). Didáctica Geral. São Paulo, Brasil: Cortez
Editora.
 Nascimento, M. I. M. (2004). A primeira escola de professores
dos campos gerais-pr, Tese (Doutorado), Universidade Estadual
de Campinas-UNICAMP- Faculdade de Educação.
 Piletti, C. (2004). Didáctica Geral. São Paulo, Brasil: Ática
Editora.
 Pimenta, S. G. (2010). Didáctica Geral – embates
contemporâneos. São Paulo, Brasil: Loyola Editora.
 Tavares, R. H. (2011). Didáctica Geral. Belo Horizonte, Brasil:
UFMG Editora.
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 Como referenciar: "História da Educação - Egito" em Só
Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022.
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 https://br.educations.com/study-guides/asia/study-in-
china/education-system-3968
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 Como referenciar: "História da Educação - Hebreus" em Só Pedagogia.
Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em
17/05/2022 às 13:23. Disponível na Internet
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 Como referenciar: "Paideia: o seu nascimento" em Só Pedagogia.
Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em
17/05/2022 às 13:34. Disponível na Internet
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 Como referenciar: "Esparta e Atenas - História da Educação" em Só
Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022.
Consultado em 17/05/2022 às 14:00. Disponível na Internet
em http://www.pedagogia.com.br/historia/grego2.php
 https://www.melhorescola.com.br/artigos/educacao-ateniense-uma-
formacao-voltada-para-o-individuo
 https://conhecimentocientifico.com/o-que-foi-a-escola-patristica-
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Origens da Pedagogia Antiga

  • 3. Objectivo geral: ❖Compreender as técnicas fundamentais da Pedagogia e as metodológias para o sucesso da acção educativa como resultado prático do processo de ensino – aprendizagem. Objectivos específicos: ❖Identificar a especificidade (objecto de estudo) e as relações da Pedagogia com outras ciências; ❖Realizar um processo de ensino-aprendizagem centrado sobre o aluno; ❖Explicar as razões que justificam a necessidade de realização, na sua integridade, das funções didácticas.
  • 4. ORIGEM DA PEDAGOGIA Assim, a pedagogia referir-se-ia apenas a educação das crianças. Por essa razão é que alguns autores preferem falar em andragogia (do grego: andros - adulto e gogos - educar)= “ensino para adultos” (Pileti, 2004, p.39). A palavra Pedagogia tem origem etimológica, na Grécia. vem das palavras: pais, paidós = criança; agein = conduzir (Pileti, 2004, p.39).
  • 5. Por pedagogia hoje entende-se como o conjunto de princípios e métodos de educação tanto da criança quanto do adulto. Todavia, não há como deixar de reconhecer que tradicionalmente a maioria dos estudos e acções praticas neste campo eram dirigida principalmente às crianças (Pileti, 2004, p.39)..
  • 6.  Na antiga Grécia, eram chamados de pedagogos os escravos que acompanhavam as crianças que iam para a escola.  Hoje, pedagogo é especialista em assuntos educacionais e pedagogia, o conjunto de conhecimentos sistemáticos relativos ao fenómeno educativo (Pileti, 2004, p.39).
  • 7. CONCEITO DA PEDAGOGIA  Pedagogia- é a ciência da educação. É a ciência e arte de educar. É a reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e orientar a prática educativa (Pileti, 2004, p.39).
  • 8. CONT…  Pedagogia- é a filosofia, a ciência e a técnica da educação. Esse conceito é completo porque abrange todos os aspectos fundamentais da pedagogia (Fonseca, 2016, p.53).
  • 9. CONT…  A pedagogia é um campo de conhecimento sobre a problemática educativa na sua totalidade e ao mesmo tempo uma directriz orientadora da acção educativa (Tavares 2011, p.33).  A pedagogia ocupa-se dos processos educativos, métodos, maneiras de ensinar, ela tem um significado bem mais amplo, bem mais globalizante (Tavares 2011, p.33).
  • 10. Aspectos fundamentais da pedagogia Divisão da pedagogia  A pedagogia, pelo conceito que vimos, apresenta aspectos filosóficos, científicos e técnicos (Pileti, 2004, p.40)
  • 11.  Aspecto filosófico - O aspecto filosófico procura estabelecer as directrizes da educação, as filosofias, políticas e finalidades da educação de acordo com os valores de cada povo e de cada época. Procura responder as seguintes questões:  O que deve ser a educação.  Para onde a educação deve conduzir as novas gerações.  Disciplinas filosóficas: história da educação, filosofia da educação, educação comparada, politica educacional.
  • 12.  Aspecto científico A pedagogia moderna apoia-se nos dados apresentados por outras ciências, procurando estabelecer o que é a educação. Ela se apoia principalmente nos dados das ciências que estudam o comportamento humano, tais como a psicologia, sociologia, etc.  Disciplinas Cientificas: Biologia Educacional, Psicologia Educacional e Sociologia Educacional.
  • 13. Aspecto técnico - refere-se a técnica educativa, ao como educar. Sob o aspecto técnico estuda-se:  Os métodos e processos educativos  Os sistemas escolares  Os métodos e as práticas de ensino  As técnicas de trabalho escolar  Disciplinas técnicas: didáctica geral e especial administração escolar, organização escolar, orientação educacional.
  • 14. Pedagogia Aspecto filosófico O que deve ser e para onde vai Aspecto cientifico (O que é) Aspecto técnico (Como) Filosofia Administração escolar Didáctica, etc Psicologia Sociologia da educação
  • 15.  A pedagogia busca em outras ciências os conhecimentos teóricos e práticos que concorrem para o esclarecimento do seu objecto, o fenómeno educativo.  O conjunto desses estudos permite aos futuros professores uma compreensão global do fenómeno educativo, especialmente de suas manifestações no âmbito escolar.
  • 16. Objecto de estudo da pedagogia  Pedagogia é o campo de conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do acto educativo. Portanto, o objecto de estudo da pedagogia é a educação (Tavares 2011, p. 35).
  • 17.  A pedagogia não é certamente a única área científica que tem a educação como objecto de estudo.  Também a psicologia, a sociologia da educação, a filosofia da educação, etc estudam o fenómeno educativo. Entretanto, cada uma dessas ciências aborda o fenómeno educativo sob a perspectiva de seus próprios conceitos e métodos de investigação
  • 18.  Sendo a pedagogia uma das ciências da educação, ela se distingue das outras ciências por estudar o fenómeno educativo na sua globalidade.
  • 19.  A pedagogia, com isso, é um campo de estudos com identidade e problemáticas próprias. Seu campo compreende os elementos da acção educativa e sua contextualização, tais como: o aluno como sujeito do processo de socialização e aprendizagem, os agentes de formação( inclusive a escola e o professor); as situações concretas em que se dão os processos formativos (entre eles o ensino); o saber como objecto de transmissão e assimilação; o contexto socioinstitucional das instituições( entre elas as escolas e salas de aula).
  • 20.  Resumidamente, o objectivo do pedagógico se configura na relação entre os elementos da pratica educativa: o sujeito que se educa, o educador, o saber, e os contextos em que ocorre.
  • 21. Diferenças entre Educação e Pedagógia  Inicialmente você precisa saber que a palavra educação vem sendo usada, ao longo do tempo, com dois sentidos: o social e o individual.  Do ponto de vista social educação é um processo de desenvolvimento, envolvendo a formação de qualidades humanas (físicas, morais, intelectuais, estéticas) na suas relações com o meio social (Libaneo, 2003, p.32).
  • 22. CONT…  Assim, a educação é uma instituição social que se ordena no sistema educacional de um país, num determinado momento histórico. No sentido social, o termo educação significa alimentar, criar (Libaneo, 2003, p.32).  A Pedagogia é um campo de conhecimentos que investiga a natureza das finalidades da educação numa determinada sociedade, bem como os meios apropriados para a formação dos indivíduos. (Pileti, 2004, p.45).  Logo, a Pedagogia, sendo ciência “da” e “para a” educação, estuda o ensino a instrução e a educação.
  • 23. A Pedagogia na antiguidade Oriental  O processo de educação do homem foi fundamental para o desenvolvimento dos grupos sociais e de suas respectivas sociedades, razão pela qual o conhecimento de sua história e experiências passadas é essencial para a compreensão dos rumos tomados pela educação no presente (Silveira, 2014, p.38).  Nas civilizações orientais, a educação era tradicional: dividida em classes, opondo cultura e trabalho, organizada em escolas fechadas e separadas para a classe dirigente (Silveira, 2014, p.38).
  • 24. A Influência e importância da escrita  O conhecimento da escrita era restrito, devido ao seu caráter esotérico. As preocupações com educação apareceram nos livros sagrados, que ofereceram regras ideais de conduta e enquadramento das pessoas nos rígidos sistemas religiosos (Silveira, 2014, p.38).  Nesse período surgiu o dualismo escolar, que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos funcionários, ou seja, grande parte da comunidade foi excluída da escola e restringida à educação familiar informal.
  • 25. Educação Egípcia  As escolas funcionavam como templos e em algumas casas foram frequentadas por pouco mais de vinte alunos.  A aprendizagem se fazia por transcrições de hinos, livros sagrados, acompanhada de exortações morais e de coerções físicas. Ao lado da escrita, ensinava-se também aritmética, com sistemas de cálculo, complicados problemas de geometria associados à agrimensura, conhecimentos de botânica, zoologia, mineralogia e geografia (Pimenta, 2010, p.56 ).
  • 26. CONT…  O primeiro instrumento do sacerdote-intelectual é a escrita, que no Egito era hieroglífica (relacionada com o caráter pictográfico das origens e depois estilizada em ideogramas ligados por homofonia e por polifonia, em seguida por contrações e junções, até atingir um cursivo chamado hierático e de uso cotidiano, mais simples, e finalmente o demótico, que era uma forma ainda mais abreviada e se escrevia sobre folha de papiro com um cálamo embebido em carbono) (Pimenta, 2010, p.56 ).  Ao lado da educação escolar, havia a familiar (atribuída primeira à mãe, depois ao pai) e a “dos ofícios”, que se fazia nas oficinas artesanais e que atingia a maior parte da população.
  • 27. CONT…  Este aprendizado não tinha nenhuma necessidade de “processo institucionalizado de instrução” e “são os pais ou os parentes artesãos que ensinavam a arte aos filhos”, através do observar para depois reproduzir o processo observado. Os populares eram também excluídos da ginástica e da música, reservadas apenas a casta guerreira e colocadas como adestramento para guerra (Pimenta, 2010, p.56 ).
  • 28. A educação da Índia e Babilónia  A Índia herdou seu sistema educacional do Reino Unido. Mas, à medida que o papel e o lugar da Índia no mundo se desenvolveram e cresceram ao longo do tempo, o sistema educacional mudou (Pimenta, 2010, p.67).  O ensino superior indiano está se expandindo rapidamente. Hoje, existem mais de mil escolas credenciadas na Índia. Cerca de cinquenta deles são reconhecidos internacionalmente. Todas as instituições são credenciadas e classificadas pelo National Institute Ranking Framework (NIRF).
  • 29. CONT…  O ensino superior indiano passou por uma mudança dramática durante este século. Deixou de ser um padrão inferior para se tornar totalmente regulamentado. Como resultado, algumas das melhores escolas da Índia estão agora no mesmo nível de algumas escolas americanas em alguns campos.  Os programas de inglês são comuns na Índia e são amplos em escopo e alcance. Quase todos os acadêmicos indianos falam inglês perfeitamente. Muitas escolas oferecem programas idênticos: um ensinado em inglês, o outro em hindi. No entanto, o inglês está se tornando cada vez mais dominante nas salas de aula do ensino superior na Índia.
  • 30.  Durante o seu tempo em uma escola indiana, você provavelmente será incentivado a aprender pelo menos o hindi básico, pois isso é mais comum do que o inglês na vida cotidiana.  O bacharelado dura entre três e cinco anos, dependendo da matéria e do tempo gasto no estudo em intercâmbio. Um mestrado, também chamado de grau profissional na Índia, normalmente leva um ano, ou dois, se for na área médica. Já o doutorado leva o tempo padrão internacional de três a cinco anos, dependendo se você ensina ou não enquanto pesquisa.
  • 31. A educação chinesa  O sistema educacional chinês oferece bacharelado, mestrado e doutorado em diversos campos e é caracterizado por sua estrutura hierárquica. O ensino superior na China é fornecido por universidades públicas ou privadas e a autoridade governamental responsável pela educação e pelos assuntos linguísticos é o Ministério da Educação da República Popular da China (MOE).  O sistema passou por grandes reformas e influências do modelo educacional do Ocidente e da União Soviética, mas durante a década de 1980 foi estabelecido em direção a um modelo mais aprimorado, autônomo e ocidentalizado. O sistema educacional chinês é o segundo mais popular do mundo e o destino de estudos mais popular na Ásia para estudantes internacionais.
  • 32. A educação dos Hebreus  O principal legado que os hebreus deixaram foi no âmbito religioso. Eles foram os primeiros povos a adotar o monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus. Também de destacam na literatura, destacando o Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia.  Quanto aos profetas, eles eram os educadores de Israel, inspirados por Deus e continuadores do espírito de sua mensagem ao “povo eleito”: devem educar com dureza, castigar e repreender também com violência, já que sua denúncia é em razão de um retorno ao papel atribuído por Deus a Israel.
  • 33.  A escola em Israel organizava-se em torno da interpretação da Lei dentro da sinagoga; à qual “era anexa uma escola exegese” que, no período helenístico, se envolveu em sérios contrastes em torno, justamente, da helenização da cultura hebraica.  Aos saduceus (helenizantes) opuseram-se os fariseus (antigregos) que remetiam à letra das Escrituras e à tradição interpretativa, salvaguardada de modo formalista. Assim, além de centro de oração e de vida religiosa e civil, a sinagoga se torna também lugar de instrução. A instrução que se professava era religiosa, voltada tanto para a “palavra” quanto para os “costumes”.  Os conteúdos da instrução eram “trechos escolhidos da Torá”, a partir daqueles usados nos ofícios religiosos cotidianos. Só mais tarde (no século I d.C.) foi acrescentado o estudo da escrita e da aritmética. Nos séculos sucessivos, os hebreus da diáspora fixaram-se, em geral, sobre este modelo de formação (instrução religiosa), atribuindo também a esta o papel de salvar sua identidade cultural e sua tradição histórica.
  • 34. O ideal da educação grega – Paidéa  A partir do século V a. C., exige-se algo mais da educação. Para além de formar o homem, a educação deve ainda formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica, na música e na gramática deixa de ser suficiente.  Surge então o modelo ideal de educação grega, que aparece como Paideia*, que tem como objetivo geral construir o homem como homem e cidadão. Platão define Paideia da seguinte maneira “(...) a essência de toda a verdadeira educação ou Paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento”.
  • 35.  A noção de Paideia se afirma de modo orgânico e independente na época dos sofistas e de Sócrates e assinala a passagem explícita – da educação para a Pedagogia, de uma dimensão teórica, que se delineia segundo as características universais e necessárias da filosofia. Nasce a Pedagogia como saber autônomo, sistemático, rigoroso; nasce o pensamento da educação como episteme*, e não mais como éthos* e como práxis* apenas.  Paideia: nas suas origens e na sua acepção comum, indica o tipo de formação da criança (pais), mais idôneo a fazê-lo crescer e tornar-se homem, assume pouco a pouco nos filósofos o significado de formação, de perfeição espiritual, ou seja, de formação do homem no seu mais alto valor. Portanto, podemos dizer que a Paideia, entendida ao modo grego, é a formação da perfeição humana.
  • 36.  Episteme: conhecimento verdadeiro, de natureza científica, em oposição à opinião infundada ou irrefletida.  Éthos: conjunto dos costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento e da cultura, característicos de uma determinada época ou região.  Práxis: prática.
  • 37. A educação homérica  A Grécia Antiga também era conhecida pelo nome de Hélade, isto é, o conjunto de cidades-estado que se desenvolveu entre os séculos VIII e V a.C, às margens do Mar Egeu, em regiões como a Ática, a Península do Peloponeso e a Anatólia (hoje extremo Oeste da Turquia).  Cada pólis – cidade – possuía autonomia nos processos de organização política, socioeconômica e cultural, incluindo a forma de educação dos cidadãos. Entretanto, um fator permeou a estrutura da educação em todas essas cidades- estado: a poesia épica de Homero.
  • 38.  O desenvolvimento das formas espirituais da educação homérica da nobreza, através de Píndaro e até a filosofia de Platão, é absolutamente orgânico, permanente e necessário. Não é uma 'evolução' no sentido seminaturalista que a investigação história costuma empregar, mas um desenvolvimento essencial de uma forma original do espírito grego, que, na sua estrutura fundamental, permanece idêntico a si próprio através de todas as fases da sua história.  a importância educadora de Homero é evidentemente mais vasta. Não se limita à formulação expressa de problemas pedagógicos nem a algumas passagens que aspirem a produzir um determinado efeito moral. A poesia homérica é uma vasta e complexa obra do espírito, que não se pode reduzir a uma fórmula única. Ao lado de fragmentos relativamente recentes que revelam um interesse pedagógico expresso, aparecem outras passagens nas quais o interesse pelos objetos descritos afasta a possibilidade de pensar uma segunda intenção moral do poeta.
  • 39. A educação espartana  Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: um baseado no conformismo e no estatismo, outro na concepção, outro na concepção de Paideia, de formação humana livre e nutrida de experiências diversas, sociais, alimentaram durante séculos o debate pedagógico, sublinhando a riqueza e fecundidade ora de um, ora de outro modelo.  Foi o mítico Licurgo quem ditou as regras políticas de Esparta e delineou seu sistema educativo, conforme o testemunho de Plutarco. As crianças do sexo masculino, a partir dos sete anos, eram retiradas da família e inseridas em escolas-ginásios onde recebiam, até os 16 anos, uma formação de tipo militar, que devia favorecer a aquisição da força e da coragem.
  • 40.  O cidadão-guerreiro é formado pelo adestramento no uso das armas, reunido em equipes sob o controle de jovens guerreiros e, depois, de um superintendente geral (paidonomos). Levava- se uma vida comum, favoreciam-se os vínculos de amizade, valorizava-se em particular a obediência. Quanto à cultura – ler, escrever -, pouco espaço era dado a ela na formação do espartano – "o estritamente necessário", diz Plutarco -, embora fizessem aprender de memória Homero e Hesíodo ou o poeta Tirteo.  Já em Atenas, após a adoção do alfabeto iônico, totalmente fonético, que se tornou comum a toda Grécia, teve um esplêndido florescimento em todos os campos: da poesia ao teatro, da história à filosofia. No século V, Atenas exercia um influxo sobre toda a Grécia: tinha necessidade de uma burocracia culta, que conhecesse a escrita.  Esta se difundiu a todo o povo e os cidadãos livres adquiriram o hábito de dedicar-se à oratória, à filosofia, à literatura, desprezando o trabalho manual e comercial.
  • 41.  Todo o povo escrevia como atesta a prática do ostracismo. Afirmou-se um ideal de formação mais culto e civil, ligado à eloquência e à beleza, desinteressado e universal, capaz de atingir os aspectos mais próprios e profundos da humanidade de cada indivíduo e destinado a educar justamente este aspecto de humanidade, que em particular a filosofia e as letras conseguem nele fazer emergir e amadurecer.  Assim, a educação assumia em Atenas um papel-chave e complexo, tornava-se matéria de debate, tendia a universalizar- se, superando os limites da polis.  Numa primeira etapa, a educação era dada aos rapazes que frequentavam a escola e a palestra, onde eram instruídos através da leitura, da escrita, da música e da educação física, sob a direção de três instrutores: o grammatistes (mestre), o kitharistes (professor de música), o paidotribes (professor de gramática).
  • 42.  O rapaz era depois acompanhado por um escravo que o controlava e guiava: o paidagogos. Depois de aprender o alfabeto e a escrita, usando tabuinhas de madeira cobertas de cera, liam-se versos ricos de ensinamentos, narrativas, discursos, elogios de homens famosos, depois os poetas líricos”que eram cantados.  O cuidado com o corpo era muito valorizado, para torná-lo sadio, forte e belo, realizado no gymnasia. Aos 18 anos, o jovem era "efebo" *no auge da adolescência), inscrevia-se no próprio demo (ou circunscrição), com uma cerimônia entrava na vida de cidadão e depois prestava serviço militar por dois anos.
  • 43.  A particularidade da educação ateniense é indicada pela ideia harmônica de formação que inspira ao processo educativo e o lugar que nela ocupa a cultura literária e musical, desprovida de valor prático, mas de grande importância espiritual, ligada ao crescimento da personalidade e humanidade do jovem.
  • 44. A educação ateniense  A educação em Atenas era direcionada somente aos homens a partir dos sete anos de idade e visava o desenvolvimento físico e intelectual do ser humano, baseando-se em três pilares: a ginástica, a música e a escrita.  O primeiro pilar, a ginástica ou gymnastike, contemplava atividades físicas com o objetivo de promover a saúde das crianças. Já no aspecto intelectual - mousike - as aulas eram focadas na apreciação da música, da dança e da poesia. Para os gregos, o equilíbrio entre o corpo físico e a alma era o modelo ideal para formar as virtudes da temperança e da moderação nos jovens.
  • 45.  Ao longo da sua jornada educacional, que se estendia até a juventude, o menino era estimulado a exercer a liberdade de pensamento, através de discussões que envolviam o pensamento crítico e criativo, e a valorização da sabedoria dos mais velhos.  Ao adquirir essa formação indispensável e atestar a sua capacidade oratória, ele poderia começar a participar ativamente das decisões políticas da pólis, ou seja, tornava- se cidadão.
  • 46. O ideal da educação romana – Humanitas  O texto-base da educação romana-Humanitas como atesta Cícero, foi por muito tempo o das Doze tábuas, fixado em 451 a.C., no bronze e exposto publicamente no fórum, para que todos pudessem vê-lo.  Nelas, sublinhava-se o valor da tradição (o espírito, os costumes, a disciplina dos pais) e delineava-se um código civil, baseado na pátria potestas e caracterizado por formas de relação social típicas de uma sociedade agrícola atrasada.
  • 47.  Como modelo educativo, as tábuas fixavam à dignidade, a coragem, a firmeza como valores máximos, ao lado, porém, da pietas e da parcimônia. A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a formar em particular o civis romanus, superior aos outros povos pela consciência do direito como fundamento da própria “romanidade”. Os civis romanus era, porém, formado antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe, por sua vez menos submissa e menos marginal na vida da família em comparação com a Grécia.
  • 48.  A mulher em Roma era valorizada como mater famílias, portanto reconhecida como sujeito educativo, que controlava a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres. Diferente, entretanto, é o papel do pai, cuja auctoritas, destinada a formar o futuro cidadão, é colocada no centro da vida familiar e por ele exercida com dureza, abarcando cada aspecto da vida do filho (desde a moral até os estudos, as letras, a vida social).  Para as mulheres, porém, a educação era voltada a preparar seu papel de esposas e mães, mesmo se depois, gradativamente, a mulher tenha conquistado maior autonomia na sociedade romana. O ideal romano da mulher, fiel e operosa, atribui a ela, porém, um papel familiar e educativo.
  • 49. A educação heróica – patrística  A Escola Patrística foi uma corrente filosófica cristã que surgiu no século IV. Ela ocorreu nos primeiros séculos da era cristã, onde o desenvolvimento filosófico foi realizado por filósofos padres da Igreja Católica.  O principal filósofo foi Agostinho de Hipona, que pensou na racionalização da fé cristã. A Escola Patrística foi também reação ao desenvolvimento filosófico e teológico dos árabes, que se aproximavam da filosofia de Aristóteles.
  • 50. Características da Escola Patrística  A Patrística é considerada a primeira fase da filosofia medieval. Sua principal característica era a expansão do Cristianismo na Europa, assim como o combate aos hereges.  Essa doutrina filosófica foi representada pelo pensamento dos Padres da Igreja, que trabalhavam na construção da teologia cristã.  A racionalização da fé cristã também é uma característica dessa escola, posto que foi se fundar na Filosofia Grega.  Os filósofos desse período queriam compreender a relação entre a fé divina e o racionalismo científico.
  • 51.  Os principais temas abordados na Patrística eram a criação do mundo, ressurreição, encarnação, o corpo e a alma, pecados, livre arbítrio e predestinação divina. As Escolas Patrística  A Escola Patrística foi o período inicial da Filosofia Medieval, posto que durou até o século VIII. Por sete séculos essa Filosofia ensinou os teólogos, padres, bispos da Igreja a se inspirar na Filosofia Grega e na religião cristã.  Seu método dialético de união de fé e razão tinha como fim o crescimento humano.
  • 52.  Os estudos de Aquino se inspiraram no Realismo Aristotélico, no entanto os de Agostinho se voltaram para o Idealismo de Platão.  A Patrística disseminou os dogmas associados ao Cristianismo, defendendo a religião cristã e negando o paganismo.  Por outro lado, a Escolástica, através do racionalismo, explicou a existência de Deus, do céu e do inferno. Abordou também as relações entre o homem, a razão e a fé.
  • 53. A educação no Império  Este período histórico foi determinado pelas transformações ocorridas no século XVIII desencadeadas a partir da Revolução Francesa (1789) e da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, que abriram o caminho para o avanço do capitalismo para outros paises. No início do século XIX, a hegemonia mundial inglesa na área econômica amplia-se com a conquista de novos mercados.  A presença do Estado na educação no período imperial era quase imperceptível, pois estávamos diante de uma sociedade escravagista, autoritária e formada para atender a uma minoria encarregada do controle sobre as novas gerações. Ficava evidenciada a contradição da lei que propugnava a educação primária para todos, mas na prática não se concretizava. O governo imperial atribuía às províncias.
  • 54.  A responsabilidade direta pelo ensino primário e secundário, através das leis e decretos que vão sendo criados e aprovados, sem que seja aplicado, pois não existiam escolas e poucos eram os professores.”(Nascimento,2004, p. 95).  Em 1879, a reforma de Leôncio de Carvalho instituiu a liberdade de ensino, o que possibilitou o surgimento de colégios protestantes e positivistas.  Em 1891, Benjamim Constant, baseado nos ensinamentos de Augusto Comte, elaborou uma reforma de ensino de nítida orientação positivista, defensora de uma ditadura republicana dos cientistas e de uma educação como prática neutralizadora das tensões sociais.
  • 55. CONT…  No final do Império, o quadro geral do ensino era de poucas Instituições Escolares, com apenas alguns liceus províncias nas capitais, colégios privados bem instalados nas principais cidades, cursos normais em quantidade insatisfatórias para as necessidades do país. Alguns cursos superiores quem garantiam o projeto de formação (médicos, advogados, de políticos e jornalistas). Identificando o grande abismo educacional entre a maioria da população brasileira que, quando muito, tinham uma casa e uma escola, com uma professora leiga para ensinar os pobres brasileiros excluídos do interesse do governo Imperial.
  • 56. REFENCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Fonseca, J. J. S. (2016) Didáctica Geral. São Paulo, Brasil: Cortez Editora.  Libâneo, J.C. (2003). Didáctica Geral. São Paulo, Brasil: Cortez Editora.  Nascimento, M. I. M. (2004). A primeira escola de professores dos campos gerais-pr, Tese (Doutorado), Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP- Faculdade de Educação.  Piletti, C. (2004). Didáctica Geral. São Paulo, Brasil: Ática Editora.  Pimenta, S. G. (2010). Didáctica Geral – embates contemporâneos. São Paulo, Brasil: Loyola Editora.  Tavares, R. H. (2011). Didáctica Geral. Belo Horizonte, Brasil: UFMG Editora.
  • 57.  Como referenciar: "História da Educação - Período Oriental" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008- 2022. Consultado em 17/05/2022 às 12:30. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/historia/oriental.php  Como referenciar: "História da Educação - Egito" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 17/05/2022 às 12:45. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/historia/oriental2.php  https://br.educations.com/study-guides/asia/study-in- china/education-system-3968  https://www.pedagogia.com.br/historia/oriental5.php
  • 58.  Como referenciar: "História da Educação - Hebreus" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 17/05/2022 às 13:23. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/historia/oriental5.php  Como referenciar: "Paideia: o seu nascimento" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 17/05/2022 às 13:34. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/historia/grego3.php  Como referenciar: "Esparta e Atenas - História da Educação" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 17/05/2022 às 14:00. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/historia/grego2.php  https://www.melhorescola.com.br/artigos/educacao-ateniense-uma- formacao-voltada-para-o-individuo  https://conhecimentocientifico.com/o-que-foi-a-escola-patristica- conheca-a-corrente-filosofica-crista/