1. EMEF Prof Fernando Pantaleão
Língua Portuguesa - LEITURA E ANÁLISE TEXTUAL
6o ano Turma ______
Aluno......................................................Nº.............
3o Bimestre de 2019. Data: ____ / ____ / ______
Leia o texto e responda às questões 1 e 2.
O queijoe a lua
O queijo ea lua seencontraramnuma
noite escura, quando a lua parecia um
pedaço de queijo e o queijo parecia uma lua
cheia. Ao olhar para o queijo pensou: “Nós
nos completamos”. Mas aí alguém chegou
perto do queijo e nhoct!, tirou um pedaço!
A lua não gostoudaquela intimidade: estava
com ciúmes! Apaixonada pelo pedaço de
queijo, ela foi mudando. Quanto mais o
tempo passava, ela assumia a forma dele e
ele a forma dela: a lua ia ficando gordinha,
e o queijo... fininho! O tempo passou, até
que a lua cheia chegou e iluminou a última
fatia do queijo. Naquela noite, ela não
resistiu,olhoupara elecompaixão, enhoct!,
devorou-o, lambendo os beiços. No dia
seguinte, a dona da casa onde morava o
queijo comprou uma ratoeira. A lua riu que
riu, esperando pelo próximo queijo.
FRATE, Diléa. O queijo e a lua. In: Histórias para acordar. 7.
Reimpressão. São Paulo: Companhiadas Letrinhas. 1996. p.
35.
Questão 1
Os dois-pontos utilizados em “Quanto mais
o tempo passava, ela assumia a forma dele
e ele a formadela: a lua ia ficandogordinha,
e o queijo... fininho!” indicam uma
(A) enumeração. (B) citação.
(C) explicação. (D) dúvida.
Questão 2
No final, a lua ficou feliz porque
(A) o rato comeu um pedaço do queijo.
(B) conseguiu enganar a dona de casa.
(C) poderia apreciar a ratoeira toda noite.
(D) o queijo foi se encontrar com ela.
Leia o texto e responda à questão 3.
[...]Vocêsabea história dosseuspais?E dos
seus avós? E dos seus bisavós?Eu também
não sei muito não. Mas quando não sei
invento.
[...] Por isso não sou muito boa contadeira
de histórias. Fico misturando as coisas que
aconteceram com as inventadas. E quando
começo a conversar vou lembrando de
outros assuntos, e misturando mais ainda.
Fica uma história grande e principal, toda
cheia de historinhas pequenas penduradas
nela.
Tem gente que gosta, acha divertido. Tem
gente que só quer saber de histórias muito
exatas e muito bem arrumadinhas–então é
melhor mudar de história, porqueesta aqui
é meio atrapalhada mesmo e toda ao
contrário.
[...] MACHADO. Ana Maria.il.Guimarães,Humberto.
História meio ao contrário.3. ed. São Paulo:Ática,1981.p. 5.
Questão 3
Gostar de pendurar histórias é uma ação
praticada
(A) pelos pais. (B) pelos avós.
(C) pela bisavó. (D) pela narradora.
2. Leia o texto e responda às questões 4 e 5.
As pérolas
Carlos Drummond de Andrade
Dentro do pacote de açúcar, Renata
encontrou uma pérola. A pérola era
evidentemente para Renata, que sempre
desejou possuir um colar de pérolas, mas
sua profissão dedoceira não dava para isto.
— Agora vou esperar que cheguem
outras pérolas — disse Renata, confiante.
E ativou a fabricação de doces, para
esvaziar mais pacotes deaçúcar. Os clientes
queixavam-se que os doces de Renata
estavam demasiado doces, e muitos
devolviam as encomendas. Por que não
aparecia outra pérola? Renata deixou de ser
doceira qualificada, e ultimamente só fazia
arroz-doce. Envelheceu.
A menina que provou o arroz doce,
aquele dia, quasejá ia quebrandoum dente,
ao mastigar um pedaço encaroçado. O
caroço era uma pérola. A mãe não quis
devolvê-la a Renata, e disse:
— Quem sabe se não aparecerão
outras, e eu farei com elas um colar de
pérolas? Vou encomendar arroz-doce toda
semana.
ANDRADE. Carlos Drummond de. il. Maria Eugênia. As
pérolas.In:Rick e a girafa.1.ed. São Paulo:Ática,2001.p. 70-
71. Série Para Gostar de Ler júnior.
Questão 4
A palavra “Envelheceu”, na história, indica:
(A) O tempo que passou para Renata.
(B) O lugar dos fatos da vida da Renata.
(C) As ações praticadas pela Renata.
(D) A fala da Renata com os clientes.
Questão 5
“A mãe não quis devolvê-la a Renata”. O
termo sublinhado está substituindo
a palavra
(A) menina. (B) pérola. (C) doceira. (D)
fabricação.
Leia o texto abaixo e responda às questões
6 e 7.
Raul no ônibus1
Ana Maria Machado
[...]
De tanto prestar atenção em tudo,
nos outros, na vida de cada um, Raul se
distraiu. Até esqueceu que tinha resolvido
pensar. Já estava quase chegando em casa.
Um pouco antes de saltar, viu que a
lavadeira tinha tocado a campainha para
descer. E bem na hora em que ela ia
descendo os degraus,carregando aquela
trouxa [de roupa] pesada, o motorista
acelerou o motor, fazendo um barulhão e
reclamando porque ela estava demorando:
— Como é dona Maria? Vai ficar a
vida toda aí, é? Pensa que tá todo mundo à
toa?
Ela começou a pedir desculpas, toda
atrapalhada.
Raul ficou uma fera. E começou a
falar:
— Moço, o senhor não está vendo
que ela está descendo e carregando peso?
Faça o favor de esperar.
O motorista respondeu:
— A conversa não chegou na cozinha.
Cala a boca, pirralho.
Sem pensar, Raul respondeu:
3. —
_ Cala a boca já morreu. Quem manda em
mim sou eu.
[...]
MACHADO. Ana Maria. Raul da ferrugem azul. 40. ed. Rio de Janeiro:
Salamandra; Brasília: INL,1979. p. 44. (adaptado)
Questão 6
No texto, o motorista reclamou porque a
lavadeira estava
(A) conversando distraída com o Raul.
(B) demorando para descer os degraus.
(C) prestando atenção em tudo, na vida.
(D) pensando em chegar logo em casa.
Questão 7
As palavras sublinhadas no texto têm a
finalidade de indicar
(A) qualidades. (B) lugares. (C) nomes.
(D) ações.
Leia o texto e responda às questões 8, 9 e
10.
A melhor opção
Todos começaram a dizer que o ouro
é a melhor opção de investimento. Fernão
Soropita deixou-se convencer e, não tendo
recursos bastantes para investir na bolsa de
Zurique, mandou fazer uma dentadura de
ouro maciço.
Substituir sua dentadura convencional
por outra, preciosa e ridícula, valeu-lhe
aborrecimentos. O protético não queria
aceitar a encomenda;mesmo seesforçando
por executá-la com perfeição, o resultado
foi insatisfatório. O aparelho não aderia à
boca. Seu peso era demasiado. A cada
correção diminuía o valor em ouro. E
o ouro subindo de cotação no mercado
internacional.
[...]
ANDRADE. Carlos Drummond de. A melhor opção. In: O
sorvete e outras histórias. São Paulo: Ática... 1993. p. 19.
Questão 8
Em: “O aparelho não aderia à boca.” (2º
parágrafo), o termo grifado substitui a
palavra
(A) ouro.
(B) protético.
(C) dentadura.
(D) bolsa.
Questão 9
O aparelho não se encaixava na boca de
Fernão Soropita porque era
(A) pesado.
(B) precioso.
(C) maciço.
(D) ridículo.
Questão 10
As palavras que caracterizam a nova
dentadura são:
(A) Ridícula e insatisfatória
(B) Preciosa e convencional.
(C) Convencionale insatisfatória.
(D) Preciosa e ridícula.
Leia o texto e responda à questão 11.
A mulher e a galinha
Uma viúva tinha uma galinha quepunha um
ovo por dia. Imaginando que, se desse à
galinha mais cevada, ela poria dois ovos por
dia, passou a fazer isso. Mas a galinha ficou
gorda e já não podia botar nem mesmo um
ovo por dia.
4. ESOPO. Tradutor SMOKA, Neide. Fábulas Completas. 2. ed.
São Paulo: Moderna. 2004. p. 59. (Coleção travessias)
Questão 11
A moral dessa fábula é:
(A) Nada é tão perfeito que não possa ser
criticado.
(B) Quem tem cabeça oca, alegra-se com
qualquer coisa.
(C) A insistência é útil para os momentos
incertos.
(D)Osque muito querem, perdematé o que
já têm.
Leia o trecho retirado do romanceO caneco
de prata para responder à questão 12.
O professor Giovanni desceu do poste e
encomendou um cientista famoso que
tinha fugido da prisão de Nuremberg.
[...]
Giovanni pediu que ele fizesse uma bomba
bacteriológica a fim de não deixar o Três
Bandeiras jogar domingo.
[...]
A bomba tinha bactéria de sarampo,
catapora, mononucleose, tossecomprida,
giárdia3, cachumba, bicho geográfico e
gripe asiática.
SILVA, João Carlos Marinho.O caneco de prata.6. ed. São
Paulo:Obelisco.s/d.p. 76 e 77.
Questão 12
As vírgulas utilizadas no terceiro parágrafo
do texto indicam uma
(A) enumeração. (B) citação.
(C) explicação. (D) substituição.
Leia o texto para responder às questões 13
e 14.
Tenho boas lembranças da minha mãe
nessa época. Era carinhosa, magra,
morena, e se vestia bem mesmo em casa,
com roupa que ela mesma costurava.
Forrava as gavetas com toalhas de renda,
fazia as panelas brilharem e, quando me via
sujo na rua, chamava para que eu me
lavasse. Todos diziam que era uma mulher
prestimosa; eu achava linda essa palavra.
À tarde, com minha irmã na escola, íamos
ver meu irmão na rua João Teodoro.
Ela subia devagar as escadas do sobrado e
sentava na cadeira de balanço do meu avô,
para descansar do esforço. Depois, punham
meu irmão no colo dela e ela o cobria de
beijos. Eu não tinha ciúme, achava bonito
vê-la rindo com meu irmão pequeno no
colo.
[...]
VARELLA, Drauzio.Os balões.In: Nas ruas do Brás.São
Paulo:Companhia das Letrinhas,2000.p. 33.
(Coleção Memória e História).
Questão13
O trecho “Forrava as gavetas com toalhas
de renda, fazia as panelas brilharem
[...]” é um exemplo de que a mãe era uma
mulher
(A) vagarosa. (B) afetuosa.
(C) carinhosa. (D) prestimosa.
Questão14
O texto revela ações que
(A) ainda acontecerão, mas um dia serão
esquecidas pelo narrador.
(B) já ocorreram, mas continuam presentes
na lembrança do narrador.
(C) serão recuperadas, mesmo que o
narrador queira esquecê-las.
(D) voltarão a acontecer, mesmo que o
narrador as esqueça.