O estudo de ASM nas principais fácies do granito Madeira permitiu identificar uma relação petrogenetica dessas unidades com os diferentes processos magmáticos e hidrotermais que
ocorreram no granito. Além disso, apoiados nas análises de magnetotramas foi possivel postular os mecanismos de
posicionamento crustal do corpo intrusivo em estudo.
1. Fig 2. Microestruturas de óxidos de Fe-Ti nas fácies Rapakivi granito e subfácies de núcleo e de borda do Albita granito.
0
100
200
300
400
Site 17
kbulk = 11,3 mSI
-100 0 100 300 500 700
kn
0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0
5
10
15
20
25
-100 0 100 300 500 700
0
100
200
300
400
500
Site 40
kbulk = 21,1 mSI
kn
0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0
5
10
15
20
25
IRM (A/m)A
B
heating
cooling
0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0
10
20
30
40
50
0
50
100
150
200
250
-100 0 100 300 500 700
Site 1C
kbulk = 2,62 mSI
kn
0
20
40
60
80
100
120
-100 0 100 300 500 700
140
Site 4E
kbulk = 10,5 mSI
kn
0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0
10
20
30
40
C
D
0
10
30
50
70
-100 0 100 300 500 700
Site 19
kbulk = 1,29 mSI
kn
90
0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0
2
4
6
8
10
0
10
20
30
40
50
-100 0 100 300 500 700
Site 24
kbulk = 0,22 mSI
kn
0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
H (Tesla) Temperature (°C)
E
F
Ti
2 3 4 5 6 7 keV
Spectrum 1
Fe
Ti
FeMn
D
IIllmm
MMtt
BBtt
CChhll
110000 µµmm
MMtt
IIllmm
HHbbll
MMtt
BBtt
CChhll
550000 µµmm
MMtt ++ IIllmm
SSpphh
PPyy
440000 µµmm
SSppeeccttrruumm 11
440000 µµmm
PPyy
PPyy
IIllmm
IIllmm
IIllmm
PPyy
PPyy
A
HHbbll
HHeemm
220000 µµmm
FFll
HHeemm
HHeemm
HHeemm
SSppeeccttrruumm 33
J
HHeemm
550000 µµmm
I
PPyy
220000 µµmm
H
MMtt
MMtt
CCsstt
330000 µµmm
SSppeeccttrruumm 22
E
Spectrum 2
Fe
Fe
Fe
O
O
2 4 6 keV8
F
Ca
keV6 82 4
Spectrum 3
Ca
F
F
K
MMIINNEERRAALLOOGGIIAA MMAAGGNNÉÉTTIICCAA
RRaappaakkiivvii ggrraanniittoo AAllbbiittaa ggrraanniittoo NNúúcclleeoo AAllbbiittaa ggrraanniittoo BBoorrddaa
Fig 3. Curvas de IRM e termomagnéticas da fácies Rapakivi granito e subfácies de núcleo e de borda do Albita granito.
O estudo microtextural dos óxidos de Fe-Ti mostrou predominância de cristais de magnetita e ilmenita na fácies
Rapakivi granito; de magnetita na subfácies de núcleo e de hematita na subfácies de borda (Fig. 2). Esses
resultados foram confirmados quando comparados diagramas de IRM com curvas termomagnéticas (Fig. 3).
B
C G
- Bastos Neto, A.C., Ferron, J.M.TM., Chauvet, A., Chemale Jr, F., Lima, E.F., Barbansone, L., Costa, C.F.M. 2014. U–Pb dating of the Madeira Suite and structural control of
the albite-enriched granite at Pitinga (Amazonia, Brazil): Evolution of the A-type magmatism and implications for the genesis of the Madeira Sn–Ta–Nb (REE, cryolite)
world-class deposit. Journal of South American Earth Sciences, vol. 243, p.182-196.
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASSAAggrraaddeecciimmeennttooss
- Costi, H.T. 2000. Petrologia de granitos alcalinos com alto Flúor mineralizados em metais raros: o exemplo do albita granito da mina Pitinga, Amazonas, Brazil. Tese de
Doutorado (Unpub), Universidade Federal do Pará. Belém. Centro de Geociências, p.345.
Astrid Siachoque Velandia1, Carlos Alejandro Salazar1,
1Programa de Pós-graduação em Geociências. Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil.
MMIINNEERRAALLOOGGÍÍAA MMAAGGNNÉÉTTIICCAA EE AASSMM DDAASS FFÁÁCCIIEESS RRAAPPAAKKIIVVII EE
AALLBBIITTAA GGRRAANNIITTOO DDOO PPLLÚÚTTOONN MMAADDEEIIRRAA,, PPRROOVVÍÍNNCCIIAA
MMIINNEERRAALL DDEE PPIITTIINNGGAA,, AAMM--BBRRAASSIILL..
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
0 4 km
60°07'30'‘W
0°45'S
Mina de Pitinga
Rapakivi granito
Biotita granito
Albita granito
de núcleo
Granito Hipersolvus
Albita granito
de borda
PALEOPROTEROZOICO
GRANITO MADEIRA
Fácies
Albita
granito
Brasil
AM
A) B)N
FIG 1. A) Localização da area de estudo. B) Mapa Litológico do granito Madeira (Costi, 2000)
A mina Pitinga, maior produtora de minério de Sn do Brasil, localiza-se na região NE do estado do Amazonas (Fig. 1A).
A mineralização está associada ao Granito Madeira (Costi, 2000), sendo concentrada em sua fácies mais evoluída
Albita granito (Fig. 1B, ~1820 Ma, Bastos Neto et al. 2014). Esta fácies é subdivida em subfácies de núcleo e de borda.
O estudo de ASM na fácies Rapakivi granito (mais precoce), assim como nas duas subfácies do Albita granito, permitiu
identificar uma relação petrogenetica dessas unidades com os diferentes processos magmáticos e hidrotermais que
ocorreram no granito. Além disso, apoiados nas análises de magnetotramas foi possivel postular os mecanismos de
posicionamento crustal do corpo intrusivo em estudo.
As magnetotramas registradas nestes granitos são interpretadas como relacionadas a processos de
cristalização durante a colocação plutônica de varios pulsos magmáticos. Assim a cristalização de
magnetita na fácies Rapakivi granito representaria o estágio mais precoce do alojamento
plutônico, as paragêneses minerais magnetita-hematita e de magnetita-fluorita-clorita-sulfetos,
das subfácies de núcleo e de borda, os estágios mais avançados de cristalização magmática,
respetivamente. Entende-se que as magnetotramas nestas rochas, resultaram de transporte de
massa condicionado por um vetor de encurtamento orientado NW-SE, que gerou uma foliação S0
orientada SW-NE com alto ângulo de inclinação. Seguidamente, uma deformação dúctil-rúptil
caracterizada pela ocorrência de veios hidrotermais e falhas normais formados na orientação do
vector de encurtamento, assim como, diques pegmatíticos e zonas de cisalhamento paralelas à
componente tensiva do campo de esforços, sugere que o posicionamento destas rochas esteve
controlado por um campo de deformação regional que se manteve na mesma posição durante a
evolução da deformação e completa cristalização deste granito.
CCOONNCCLLUUSSÕÕEESS
1.07
1.06
1.05
1.04
1.03
1.01
1.02
Log10 k (mSI)
0.01 0.1 1 10 100
Pjk
bulk (mSI)
Albita granito
núcleo
Albita granito
borda
Rapakivi granito
n = 6 n = 11 n = 22
25
20
15
10
5
0
0.6
0.4
0.2
-0.2
-0.4
-0.8
-0.6
0.8
0
Albita granito núcleo
Albita granito borda
Rapakivi granito
1.02 1.03 1.04 1.05 1.06 1.07
Pj
T
AASSMM
A susceptibilidade magnética (kbulk) medida nestas rochas apresenta valores muito baixos Fig 4. No geral, 85%
das amostras analisadas tem valores de kbulk < 5 mSI (marcador paramagnético) e o 15% faltante apresentam
valores de kbulk > 5mSI (marcador ferromagnético).
Fig 4. Gráficos de susceptiblidade e anisotropia magnética das fácies Rapakivi e subfácies de núcleo e de borda do albita granito.
0
90270
180
Site 26
N = 26
Site 12
N = 25
180
0
90270
Site 25
N = 20
0
90
180
270
Site 8
N = 20
0
90
180
270
Site 2
N = 22
0
90
180
270
Site 5
N = 16
0
90
180
270
Fig 5. Parâmetros direcionais da ASM na fácies Rapakivi granito e subfácies do Albita granito.
RRaappaakkiivvii ggrraanniittoo AAllbbiittaa ggrraanniittoo NNúúcclleeoo AAllbbiittaa ggrraanniittoo BBoorrddaa
k1
k2
k3
k1
k2
k3
MMAAGGNNEETTOOTTRRAAMMAASS
823000
99145000
< 30°
30° - 60°
> 60°
B
75
71
72
70
67
76
80
84
84
82
69
81
85
85
85
86
88
69
50
50
83
63
70 79
58
64
71
63
39
80
9
82
77
821000
9917500
500 m0
82
88
73
A N
88
88
88
88
85
89
78
58
87
81
80
82
58
89 87
64
72
50
89
87
85
89
81
71
82
78
84
85
89 45
Fig 6. Mapas da A) Foliação magnética e B) Lineação magnética para cada fácies na área de estudo.