Confiabilidade de processos e a gestão de riscos ambientais
1. 10/03/2012
Confiabilidade de Processos e
a Gestão de Riscos Ambientais
2004
Análise e Gestão de Custos
Ambientais
Engº Antonio Fernando Navarro, M.Sc.
Engenheiro Civil
Especialista em Gerenciamento de Riscos
navarro@vm.uff.br; afnavarro@terra.com.br
Conceito de Riscos
“Riscos são todos os insucessos
ocorridos em uma determinada fase ou
época e não de todo esperados”.
“Riscos ambientais são todos aqueles
que têm potencial de causar danos ao
Meio Ambiente”.
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Conceitos de Riscos
Risco não é somente o que está para acontecer ou
o que temos receio de que aconteça:
Hoje teremos o risco de um temporal; Levem os
seus casacos; Não cheguem tarde da noite;
Há risco de vocês serem assaltados, portanto,
não cheguem tarde; Não andem por ruas
escuras;
Se vocês não estudarem correrão o risco de não
tirar boas notas;
Não tente consertar o chuveiro para não ter o
risco de levar um choque.
Onde se encontram Riscos
Os riscos podem vir a ser encontrados em
várias atividades, como:
procedimentos cirúrgicos;
operações financeiras;
construções civis;
montagens industriais;
implantação de empreendimentos, etc.
Qualificação e Quantificação de Riscos
Qualificação - identificação do tipo de risco
(trata-se de um risco de incêndio, de um risco
de explosão, de um risco de danos elétricos,
etc.).
Quantificação - determinação do valor da
perda, expressa em percentual do valor dos
bens ou em valores absolutos, ou do tamanho
do prejuízo a se verificar no futuro (P.Ex. o
risco, se ocorrer, poderá gerar uma perda que
irá afetar 48% do patrimônio da indústria).
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Custos versus Riscos
Quando o risco se materializa tem-se o
dano. Quase sempre o dano está
associado a uma perda material, humana,
patrimonial ou de responsabilidades.
Todavia ...
Estudos de Confiabilidade
Os estudos de confiabilidade, hoje
traduzidos pela aplicação de softwares
específicos possibilitam que se tenha, de
antemão, uma idéia do que pode ocorrer
se houver um acidente ambiental. Há mais
de 25 anos já se empregava softwares,
simplificados, que avaliavam o grau de
perdas materiais causadas por eventos
envolvendo explosão.
Estudos de Confiabilidade
As análises até então, restringiam-se a se
equiparar as perdas sofridas, com o rompimento
de um vaso de pressão de um processo, ao
equivalente a uma detonação de uma carga de
TNT. A partir daí, simulava-se o impacto expansivo
horizontal da explosão sobre as edificações,
plotadas em um desenho, e definidas previamente
de acordo com suas características. Durante anos,
o Extool foi uma das ferramentas mais utilizadas
no mercado de seguros para a avaliação das
perdas máximas admíssíveis.
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4. 10/03/2012
Estudos de Confiabilidade
As construções existentes no “caminho” das ondas
de explosão eram classificadas conforme sua
resistência estrutural. Ao final, o software
apresentava os círculos de perdas, onde os limites
extremos eram a quebra de vidros das janelas, ou
seja, os impactos de menor importância. A partir
daí eram tomadas as medidas de prevenção
necessárias, quase sempre de reposicionamento
dos equipamentos ou do reforço das estruturas,
com o objetivo de redução das perdas.
Estudos de Confiabilidade
Entende-se o Grau de Confiabilidade como o
inverso do Grau de probabilidade de Falha. Assim,
quanto maior é o grau de confiabilidade menor é o
grau de falha. Um sistema altamente confiável
apresenta um baixo nível de falha.
Nas questões envolvendo o meio ambiente tem-se
situações onde os problemas decorrem de ações
humanas e outros de ações naturais. As ações
humanas não são tão simples assim de serem
analisadas, já que podem estar associadas a
inúmeras variáveis.
Estudos de Confiabilidade
As ações naturais também são associadas a
inúmeras variáveis.
Em ambos os casos, de ações humanas e de
ações naturais costuma-se praticar regras de
regressões lineares, objetivando-se reduzir os
graus de liberdade assumidas pelas funções.
Nesta apresentação vamos nos ater aos acidentes
ambientais de forma genérica.
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Risco
Risco
O risco aqui representado é o do tombamento
de uma carreta, contendo um produto perigoso.
O tombamento pode ter sido provocado por
falha do veículo ou pelo operador. Em ambos
os casos o produto transportado pode vazar
para um córrego e causar acidentes
ambientais. Alguns desses acidentes são
controláveis e outros não, dependendo das
características e locais de vazamentos.
Acidente ambiental - Bhopal, Índia
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Causa do acidente
Bophal, na Índia
Em dezembro de 1984, vazou uma nuvem de
isocianato de metila da fábrica de defensivos agrícolas
da Union Carbide, causando pelo menos 3.800 mortes,
além de centenas de incapacitados e gerando
complicações diplomáticas entre a Índia e os Estados
Unidos. Até hoje os reflexos genéticos de Bophal são
sentidos entre os atingidos e seus descendentes. Este
evento gerou nos Estados Unidos o surgimento ou
recrudecimento de várias leis ambientais, favorecendo
inclusive no fortalecimento da FDA (Food and Drug
Administration) e da EPA (Environment Protection
Agency), além da criação do Superfund (Fundo Federal
para Acidentes Ambientais).
Acidentes causados pela poluição atmosférica
Acidentes causados pela poluição atmosférica
Os acidentes causados pela poluição atmosférica
são imprevisíveis, já que dependem da altura das
chaminés em que são lançados, do volume
vazado, das forças dos ventos, do relevo e
topografia da região, entre outros aspectos,
incluindo aqui o gradiente de temperatura entre o
solo e a atmosfera. EM processos simplificados
pode-se aplicar modelos de dispersão de plumas e
verificar o tempo em que essas demoram a atingir
o solo e a distância em que isso ocorre, tomando-
se por base a fonte do vazamento.
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Acidentes causados pela poluição atmosférica
Força do vento
Empuxo
Queda da Pluma
Ação da gravidade
Distância atingida
Acidente na cidade do México
Um exemplo, fora da área química, porém igualmente
catastrófico, ocorreu em um subúrbio da cidade do
México, San Juanico (1984), quando vazou GLP de
um tanque de uma empresa distribuidora. Uma
enorme nuvem de gás não confinada de GLP (mais
pesado do que o ar) foi se formando ao rés do chão
até que se inflamou e em um efeito reverso atingiu as
fontes de vazamento, gerando uma série de grandes
explosões. Cilindros de GLP voaram como se fossem
foguetes balísticos. Houve uma destruição tremenda
atingindo toda a comunidade vizinha da empresa. As
chamas foram tão intensas que os pilotos de um avião
comercial que sobrevoava o local naquele momento
acharam que o céu tinha se incendiado.
Estatísticas de Acidentes Ambientais
Informações sobre grandes acidentes ambientais ocorridos no
mundo foram determinantes para a formação de uma opinião
pública sensível à questão ambiental.
Até 1.986 ocorreram 2.500 acidentes industriais no mundo
(Major Hazard Incident Data Service), mais da metade (1.419)
em apenas cinco anos (1981 a 1986).
Grandes acidentes ambientais, que envolveram maior número
de mortes e milhões de dólares de indenização, num total de
233 acidentes, ocorreram no período de 1970 a 1989.
A divulgação em escala mundial desses fatos contribuiu para
sensibilizar a opinião pública e para fortalecer os movimentos
ambientalistas, que se multiplicaram nesse período, além de
gerar um conjunto de leis ambientais e de órgãos de controle
que não existiam antes de 1970.
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Risco
Risco
Rompimento do casco de um petroleiro. Neste
caso, generalizando, se não ocorreu colisão com
objeto fixo, a causa pode estar relacionada a
explosão produzida por equipamento interno.
Explosão é um fenômeno bem simples de ser
explicado. É o aumento súbito do volume interno
de um recipiente, sem que esse esteja preparado
para tal reação. Neste caso, há o vazamento do
óleo e o afundamento da embarcação.
Uma gota de óleo contamina uma superfície de um
metro quadrado de superfície de mar.
Riscos Puros
Os riscos puros são aqueles onde há
somente duas possibilidades: perder ou
não perder. Não existe a chance de
nada acontecer, ou seja, quase que o
risco materializou-se.
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Riscos Especulativos
Nos riscos especulativos há possibilidade, além da
perda ou da não perda, do ganho. O componente
adicional desse enquadramento é o do ganho, que até
então não era abordado. Em um jogo, qualquer que
seja ele, pode-se perder, pode-se ganhar e pode-se
não perder se não houver a participação do jogador.
Em estudos de confiabilidade não se trata das
questões de riscos especulativos, pois que as
variáveis a que estão expostos são enormes e, muitas
vezes, dependentes dos envolvidos (seres humanos).
Riscos Voluntários
Riscos voluntários são todos aqueles incorridos
conscientemente pela empresa ou por seus
funcionários. A morte de soldados durante uma
guerra travada entre dois países é um risco
voluntário do país invasor. A navegação em um
mar revolto é um risco voluntário do comandante
da embarcação. Atravessar a pé uma grande
avenida com o sinal de pedestres fechado é um
risco voluntário do próprio pedestre.
Riscos Acidentais
Riscos acidentais são aqueles sem que tenha
havido contribuição voluntária para tal.
O desabamento de um prédio, o alagamento de
um pátio de estocagem, os riscos a que estão
sujeitos os construtores são também riscos
acidentais. Os riscos acidentais podem ser
enquadrados dentro das características
daqueles decorrentes das atividades normais de
uma empresa, gerados acidentalmente. Da
mesma forma como nos riscos voluntários, os
riscos acidentais também são riscos puros.
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Riscos Acidentais
Os riscos acidentais podem ser
previsíveis, já que em todas as atividades
há uma possibilidade de acidente. O
levantamento dessas possibilidades
depende das atividades, ambiente onde
essas se desenvolvem, equipamentos
empregados, enfim, tudo aquilo que se
utiliza para que um fim seja atingido.
Risco
Riscos Aleatórios
Riscos aleatórios são os eventos
ocorridos sem a participação humana:
terremotos, maremotos, vendavais,
furacões, enchentes, inundações. São
considerados os eventos de causa
externa, também conhecidos como riscos
da natureza. A aleatoriedade dos riscos
indica que não podem ser previstos.
Podem ocorrer a qualquer momento.
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Riscos Aleatórios
Durante décadas os riscos aleatórios eram
imprevisíveis, já que não eram do conhecimento
humano, mas faziam parte de um conjunto de
riscos naturais. A partir desse conhecimento o
Homem passou a determiná-los com uma
pequena margem de incerteza. Os fenômenos
vulcânicos, por exemplo, são previsíveis quanto ao
tempo, porém ainda imprevisíveis quando à
capacidade destrutiva.
Riscos Dinâmicos
São os derivados da atividade financeira
especulativa. O risco do sucesso de um
lançamento imobiliário é um risco
dinâmico, da mesma forma que o
lançamento de um novo produto no
mercado consumidor.
Riscos Dinâmicos
Normalmente não são riscos sujeitos a
processos de Gestão de Riscos. Os
fatores que impedem a avaliação mais
criteriosa são:
dependência de fatores externos ao
processo (p.ex. conjunturas econômicas);
execução inadequada do projeto ou da
execução desse por não se ter levado em
consideração parâmetros importantes.
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Riscos Estáticos
Riscos nos quais a efetivação do evento pode ou deve
pressupor uma perda ou uma redução do patrimônio
humano ou material da empresa. Um incêndio ou um
alagamento são riscos estáticos.
A determinação da magnitude ou da gravidade dos
riscos estáticos deve ser feita partindo-se dos seguintes
dados:
aleatoriedade das ocorrências de perdas;
freqüência das ocorrências;
valores médios das perdas;
valores acumulados de perdas previsíveis e esperadas;
perda máxima possível, e outros dados estatísticos.
Acidente Industrial
Acidente Industrial
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14. 10/03/2012
Acidente Industrial
Acidente com plataforma
Acidentes Industriais
Os acidentes industriais, da mesma maneira que no
exemplo do acidente com uma plataforma dependem
de análises muitas vezes complexas. Parte-se, quase
sempre, de uma causa principal. A partir daí, elencam-
se as causas associadas ou contribuintes, formando-
se as árvores de falhas. Através da álgebra Booleana
consegue-se identificar os percentuais de falhas
ocorridas, com base em um bando de dados e, a partir
daí, traçam-se os caminhos críticos. Com pequena
margem de incerteza pode-se ter a causa raiz das
ocorrências.
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15. 10/03/2012
Elementos pesquisados no Gerenciamento de
Riscos
Riscos que têm maior probabilidade
de ocorrência;
Freqüência de ocorrência dos riscos;
Causas e conseqüências das
ocorrências;
Perdas usualmente verificadas;
Processos de prevenção existentes
que venham a inibir as ocorrências.
Acidente Ambiental
Evento inesperado e indesejável que
afeta, diretamente ou indiretamente, a
saúde e a segurança da população, ou
que causa impactos agudos ao meio
ambiente.
Conseqüências dos acidentes ambientais
Perda de vidas humanas;
Impactos ambientais;
Danos à saúde humana;
Prejuízos econômicos;
Efeitos psicológicos na população;
Comprometimento d imagem da indústria e
do governo.
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16. 10/03/2012
Vazamento de óleo combustível por duto - Campinas (1990).
Acidentes ambientais por dutos, registrados
pela CETESB – 1980/2002
Acidentes ambientais por duto, de acordo com tipo
de produto transportado (1980 a 2002)
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17. 10/03/2012
Acidentes industriais (83/03)
Acidentes industriais
A relação dos acidentes industriais é conhecida, em
função das perdas reclamadas. O mercado segurador
possui essas informações. Entretanto, o mesmo
mercado não identifica a causa raíz e muito menos a
ou as causas básicas. Assim, as taxas são
quantitativas e não qualitativas, já que as empresas
mais seguras e melhor preparadas terminam por pagar
as mesmas taxas do que as empresas não tão
preparadas assim. Desta maneira, percebe-se que a
aplicação dos conceitos de confiabilidade seriam muito
úteis para que se obtivessem as taxas mais indicadas.
Acidente Químico
Acontecimento ou situação perigosa que
resulta na liberação de uma substância ou
substâncias perigosas para a saúde
humana e/ou ao meio ambiente, a curto ou
grande prazo.
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19. 10/03/2012
Acidentes maiores envolvendo substâncias químicas
16/4/47, Cidade do Texas, EUA: barco; explosão; 552
mortos e 3000 feridos.
4/1/66, Feyzin, Francia: armazenagem; explosão; 18 mortos
e 81 feridos.
21/9/72, Rio de Janeiro, Brasil: explosão/fogo; 37 mortos y
53 feridos.
1/6/74, Flixborough, UK: industria; explosão/fogo; 28
mortos y 104 feridos.
10/7/76, Seveso, Itália: industria; liberação tóxica;
contaminação da região.
9/1/78, São Sebastião, Brasil: barco; derrame de 6000 ton de
cru.
Acidentes maiores envolvendo substâncias químicas
11/7/78, San Carlos, Espanha: caminhão; explosão;
216 mortos e 200 feridos.
25/2/84, Cubatão, Brasil: ducto; fogo; 93 mortos e
500 evacuados.
19/11/84, Cidade do México: armazenamento;
explosão / fogo; 650 mortos e 6400 feridos.
3/12/84, Bhopal, Índia: industria; emissão tóxica;
4000 mortos e 200.000 intoxicados.
24/3/89, Alasca, EUA: barco; derrame de 40.000
ton de cru; 100.000 pássaros mortos.
Diretrizes Internacionais
Diretriz de Seveso, CEE;
CAER - Community Awareness and Emergency
Response, CMA, USA;
The Emergency Planning and Community Right-to-
know, EPA, USA;
APELL - Awareness and Preparedness for
Emergency at Local Level, UNEP;
Responsible Care, ICCA;
Convención 174, OIL.
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20. 10/03/2012
Acidentes ambientais - Gerenciamento
Prevenção Intervenção
Identificação de perigos Avaliação do acidente
Avaliação dos riscos Comunicação
Redução dos riscos Mobilização
Plano de emergência Resposta
Treinamento Recuperação
Gerenciamento dos riscos
Acidente
Redução das Redução das
freqüências conseqüências
Prevenção Proteção
Gerenciamento
dos riscos
Acidentes ambientais
Infra-estrutura
Recursos humanos:
- peritos;
- Treinamento.
Recursos materiais:
- comunicação;
- equipamentos de proteção;
- equipos de combate a liberações.
Manutenção do sistema.
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21. 10/03/2012
Gerenciamento de acidentes ambientais
Comunidade
Indústria Meio
ambiente
Defesa
Civil
Polícia Saúde
Bombeiros
Principais causas dos acidentes
Desastre
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22. 10/03/2012
Nível de risco / necessidade de controle
TRIVIAL
Não é requerida nenhuma ação e não é
necessário conservar registros documentados
TOLERÁVEL
Não são requeridos controles adicionais. Devem
ser feitas considerações sobre uma solução de
custo mais eficaz ou melhorias que não
imponham uma carga de custos adicionais. É
requerido monitoramento para assegurar que os
controles são mantidos
Nível de risco / necessidade de controle
MODERADO
Devem ser feitos esforços para reduzir o risco.
Os custos de prevenção devem ser
cuidadosamente medidos e limitados. As
medidas para a redução do risco devem ser
implementadas dentro de um período definido.
Quando o risco moderado está associado a
conseqüências altamente prejudiciais, pode ser
necessária uma avaliação adicional para
estabelecer mais precisamente a probabilidade
do dano, como base para determinar a
necessidade de melhores medidas de controle.
Nível de risco / necessidade de controle
SUBSTANCIAL
O trabalho não deve ser iniciado até que o risco
tenha sido reduzido. Recursos consideráveis podem
ter que ser alocados para reduzir o risco. Se o risco
envolve trabalho em desenvolvimento, deve ser
tomada uma ação urgente
INTOLERÁVEL
O trabalho não deve ser iniciado ou continuado até
que o risco tenha sido reduzido. Se não é possível
reduzir o risco, mesmo com recursos ilimitados, o
trabalho tem que permanecer proibido.
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23. 10/03/2012
Materialização das perdas
Para que se possa quantificar ou materializar as
perdas, causadas pelos danos, torna-se
necessário saber como apurá-las.
Atitudes pró-ativas recomendam que o mais
importante, quando se trata do risco ambiental,
é se trabalhar preventivamente à ocorrência dos
acidentes. Para uma eficiente gestão de custos
torna-se necessário conhecer os riscos
envolvidos. Uma das maneiras é através do
emprego de “ferramentas” de análise.
Conceito de Risco
Gestão de Risco
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24. 10/03/2012
Entendendo as questões
Muitas empresas despertaram para a questão ambiental
somente após a ocorrência de desastres ecológicos que
deixam marcas profundas em sua imagem, algumas definitivas
e irreparáveis.
Corrigir os danos causados ao meio ambiente custa muito mais
caro do que evitá-los, quando se põe em prática um plano
eficiente para gerenciamento dos riscos inerentes ao negócio.
Não basta, entretanto, fazer uma Análise de Riscos, ferramenta
de trabalho muito difundida, mas que apenas alerta para as
condições que podem afetar as instalações e os negócios da
empresa. Treinar Brigadas de Incêndio também não é
suficiente, pois o verdadeiro objetivo a alcançar é evitar que os
acidentes aconteçam, implantando um eficaz Programa de
Gerenciamento de Riscos.
Custos, não tão visíveis assim...
Perda ou Dano
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25. 10/03/2012
Dano
O Dano pode significar a eliminação ou a
redução da capacidade de produção de
um equipamento ou sistema. Um Dano
ambiental é a inutilização de uma área
devido a um acidente, podendo essa ser
reversível ou não. Se reversível quase
sempre encontram-se associadas
despesas de recuperação da área
degradada pelo sinistro.
Perda
A Perda, a exemplo do Dano, é decorrente de
um evento – sinistro – que afeta uma área ou
região. Difere do Dano por ser mais relacionada
a despesas financeiras ou decorrentes da falta
de obtenção de um lucro esperado. Um
vazamento de óleo pode causar um Dano
Ambiental e, em decorrência disso os
pescadores terão uma perda financeira, pois
não terão o pescado para os sustentar durante
certo tempo.
Custos da prevenção de Perdas
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26. 10/03/2012
Calculando os Custos
Perda de Paralisação
Custos de Pessoal
Multas
Perda de Imagem
Danos a terceiros
Perda de Clientes
Danos Materiais
Danos de Responsabilidade Civil
Calculando-se os Custos
Pode-se calcular os custos de um
acidente ambiental?
Pode-se calcular o valor de uma multa
ambiental?
Pode-se calcular o valor de uma
reclamação de terceiros?
Pode-se calcular o valor da perda de
imagem junto aos clientes?
Causas das Perdas
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27. 10/03/2012
Ferramentas de Análise de Riscos
As ferramentas de Análise de Riscos
foram criadas com o objetivo de
subsidiar a tomada de decisões acerca
do levantamento da freqüência, e
gravidade ou severidade dos riscos, a
fim de evitar o seu impacto negativo
sobre pessoas, equipamentos,
instalações ou processos.
Severidade dos Riscos
A Severidade, também chamada de Gravidade,
indica o quanto existe de exposição ao Risco. A
severidade é normalmente expressa em
percentual do bem, sistema ou dispositivo
perdido ou danificado com o evento ocorrido.
“O alagamento conduziu a uma perda de 70%
da lavoura de trigo”
“A queda do raio provocou um incêndio de
grandes proporções no parque”.
Freqüência dos Riscos
A freqüência indica a periodicidade com
que o risco pode se manifestar.
“A onda centenária atinge altura de 6
metros”.
“As estatísticas demonstram que há uma
morte para cada 1.000.000 de pessoas,
devido a queda de raios”.
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28. 10/03/2012
Freqüência X Severidade
O produto da freqüência pela severidade
indica o Risco calculado ou assumido.
FXS=R
De posse do Risco, materializando-o
temos como saber os custos envolvidos.
Quantificação de Riscos
Uma das maneiras de se quantificar um risco é
através do emprego de “ferramentas” ou
processos de mensuração. Muitas dessas
informam apenas o tipo de risco. Outras
informam o “tamanho” dos riscos. Finalmente
existem aquelas que qualificam e quantificam os
riscos. A associação da qualificação com a
quantificação nos dá a idéia do tamanho do
risco.
Ferramentas para a Análise de Riscos
•Série de Riscos (SR);
•Série de Eventos (SE);
•Check List (CL);
•Técnica de Incidentes Críticos (TIC);
•Técnica de Entrevistas (TE);
•What If,
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29. 10/03/2012
Ferramentas para a Análise de Riscos
Análise de Árvore de Falha (AAF);
Análise Preliminar de Riscos (APR);
Análise dos Modos de Falha e Efeitos
(AMFE ou FMEA);
Análise dos Modos de Falha e Efeitos
com Criticalidade (AMFEC ou FMECA);
Análise de Procedimentos (AP);
Análise dos Riscos de Operação
(HAZOP).
Série de Riscos
A SR é uma técnica de identificação de
riscos que leva em consideração, a
partir de um risco inicial, todos os
demais riscos associados que
conduzem ao possível dano ou perda.
Série de Riscos
Tanque de alta pressão (aço carbono) +
umidade = corrosão perda de material ►
explosão danos ambientais
risco inicial: umidade
risco principal: ruptura do tanque
risco contribuinte: corrosão
Risco conseqüente: danos ambientais
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30. 10/03/2012
Série de Riscos
Exercícios
Série de Eventos
Um prédio de armazenamento de materiais
encontra-se sujeito a um incêndio. No
interior do prédio há um tanque de alta
pressão. O incêndio pode causar explosão.
Essa pode causar desabamento do prédio e,
finalmente, esse pode estar associado a
outro tipo de evento.
risco principal ou fundamental: explosão
risco inicial: incêndio
risco contribuinte: desabamento
Série de Eventos
Exercícios
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31. 10/03/2012
Check List
Trata-se de um método de caráter geral,
com abordagens qualitativas, que se
propõe a diagnosticar situações de
riscos a partir de determinado cenário,
avaliado por intermédio de perguntas
previamente estabelecidas.
Check List
Check List é um método é de caráter
geral, com abordagens qualitativas, ou
seja, diagnostica situações de riscos a
partir de um certo cenário, avaliado por
intermédio de perguntas previamente
estabelecidas
Check List
Exercícios
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32. 10/03/2012
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)
Técnica operacional, qualitativa, que busca
obter informações relevantes de incidentes
ocorridos, relatadas por testemunhas.
Com base em bancos de dados específicos
correlacionam-se os incidentes com as
freqüências, montando-se uma pirâmide de
ocorrências, utilizadas nas avaliações dos
riscos.
Um dos bancos de dados mais empregados é
o WOAD Worldwide Offshore Accident
Databank.
Pirâmide de Frank Bird
“Desastre Ambiental” – Impacto externo
Impacto Ambiental contido na Unidade,
Vazamento controlado
Pequeno Vazamento ou Emissão
Incidentes com Potencial de
Contaminação Ambiental
Desvios
AÇÕES
SISTÊMICAS
Análise da Pirâmide
Uma análise primeira da Pirâmide
possibilita reconhecer que antes que um
acidente ambiental tenha ocorrido muitos
desvios podem ter sido cometidos. Muitos
incidentes com potencial de contaminação
podem ter sido mascarados. Muitos
pequenos vazamentos podem ter sido
ignorados.
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33. 10/03/2012
Classificação da Técnica de Incidentes Críticos
Incidentes = quase acidentes
A metodologia emprega, principalmente, entrevistas com os
operadores dos sistemas, somando-se a isso bancos de dados, com
os incidentes relacionados por tipo de ocorrência.
Para a classificação tem-se:
Classe I: Aqueles que provocam alterações no planejamento ou
na produção.
Classe II: Aqueles que provocam atrasos no planejamento ou na
produção;
Classe III: Aqueles que provocam ficam contidos no interior da
unidade;
Classe IV: Aqueles que afetam o Meio Ambiente.
Classificação da Técnica de Incidentes Críticos
Que tipo de acidente pode ocorrer com este
equipamento?
Como?
Em que circunstâncias?
Qual foi o resultado?
Como foi controlado?
Houve uma extensão dos danos a outros
ambientes?
Quanto tempo durou a paralisação?
A recuperação das áreas foi imediata?
Classificação da Técnica de Incidentes Críticos
Já ocorreu algum tipo de vazamento?
De que ordem?
Quanto tempo a unidade ficou parada?
Houve parada de produção?
Quantos acidentes ocorreram?
Em que época?
Com que freqüência?
Quais foram os tipos de vazamentos verificados e de que ordem?
Quantas horas a unidade ficou parada?
Qual ou quais foram as razões dessas paralisações?
Como se deu o reinicio das operações?
Quais foram as medidas tomadas durante a paralisação e após o
reinicio das atividades?
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34. 10/03/2012
Classificação da Técnica de Incidentes Críticos
Exercícios
Técnica de Entrevistas
A Técnica de Entrevistas assemelha-se
à TIC, diferenciando-se apenas no
aspecto da abordagem. Por intermédio
de entrevistas com os operadores dos
equipamentos avaliam-se os riscos
existentes, projetando-os como se
fossem incidentes ou quase acidentes.
What ... If
Essa ferramenta, bastante singular, é
desenvolvida com o suporte do
operador ou responsável pelo
equipamento, utilizando a técnica do
questionamento: E ... Se? Através das
respostas monta-se um quadro com os
principais perigos e os desvios de
operação que o conduzem. Tanto o
operador tem que ter grande experiência
quanto o avaliador.
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35. 10/03/2012
What If
Trata-se de um método qualitativo, ou
seja, um método que permite se chegar ao
tipo e ao tamanho de risco que se tem
empregado em discussões de caráter
geral acerca de um sistema, empregado
normalmente para a abordagem.
What If - Aplicação
Separa-se sempre as causas das conseqüências.
Causas são fatos geradores (razões da deflagração do
evento).
Conseqüências são resultados.
Perguntas clássicas que podem ser feitas:
E se de repente houver um vazamento?
E se a caldeira vier a explodir?
E se a drenagem não conter o produto?
O mais interessante da metodologia é que para cada
pergunta há várias respostas. Por meio dessas
identifica-se o problema e as prováveis soluções.
What ... If
Exercícios
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36. 10/03/2012
Análise de Árvore de Falha
Processo de avaliação no qual é
determinado um evento principal,
indesejado. A partir desse, verificam-se
as causas prováveis. A seguir, através
de um tratamento matemático com
álgebra booleana, verificam-se os
caminhos críticos e as maiores
probabilidades de falhas.
Análise de Árvore de Falha
Exercícios
Análise Preliminar de Riscos - APR
Técnica de inspeção que avalia os possíveis
riscos, as causas e conseqüências,
sugerindo ações corretivas ou preditivas.
A APR refere-se a um determinado processo,
executado de uma determinada forma e em
determinada região, ou seja, é muito
específica, necessitando, para o sucesso de
sua análise, da experiência profissional dos
envolvidos no processo.
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37. 10/03/2012
Análise Preliminar de Riscos - APR
A APR é uma ferramenta de análise de riscos que
emprega a associação de conceitos (Eventos,
Causas e Efeitos), atribuindo a cada um deles
notas que se somam. Ao resultado final dessa
soma são atribuídas medidas preventivas ou
mitigadoras.
Definições Básicas - Eventos
Evento – Risco iniciador capaz de gerar causas
indesejáveis. O evento também pode ser conhecido como
PERIGO, ou seja, aquilo que não queremos que ocorra.
São exemplos de Eventos ou Perigos:
Desabamentos Rompimentos de
Desmoronamentos; barragens;
Danos materiais; Interrupção das
Incêndios; atividades;
Explosões; Vazamentos de
Umidade; produtos;
Intoxicação; Infiltrações de
produtos no solo.
Definições Básicas - Causas
Causa pode ser entendida como tudo aquilo que possibilite
que o evento indesejável venha a ocorrer ou se alastrar.
Podem ser causas de acidentes:
Falta de proteção ambiente; Inexistência de rotinas ou
Falta de sinalização; procedimentos;
Falta de proteção ambiente; Falta de Treinamento;
Falta ou falha de Falta de instrumentos de
manutenção; medição ou controle;
Falta de calibração de
Falta de limpeza
instrumentos;
Erro de medição ou de
avaliação. Falta de limpeza;
Falta de supervisão.
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38. 10/03/2012
Definições básicas - Efeitos
Os efeitos são as conseqüências dos acidentes
indesejáveis. Assim, podem ser considerados
como efeitos:
Contaminação do meio ambiente;
Lesões pessoais;
Perda de materiais;
Perda de produtos;
Interrupção das atividades;
Interrupção da produção.
Definições básicas – Medidas Mitigadoras
Consideram-se medidas mitigadoras ou
preventivas todas aquelas que venham a atenuar
os efeitos dos riscos. Se há possibilidade de
queda de pessoas em função de piso
escorregadio, capaz de causar lesões pessoais
deve-se atuar preventivamente sobre o piso
escorregadio. Assim, todas as orientações devem
ser feitas com vistas a reduzir ou eliminar o evento
indesejável.
Definições básicas - Probabilidade
Probabilidade é a possibilidade da ocorrência de
um evento indesejável. A probabilidade costuma
estar relacionada com a quantidade de vezes em
que um evento costuma ocorrer durante
determinado período, também dito tempo médio
entre falhas.
Um evento que pode ocorrer 10 vezes por ano é,
em princípio, bem pior do que outro que ocorra 5
vezes por ano.
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39. 10/03/2012
Definições básicas - Severidade
Severidade ou gravidade
do acidente é a extensão
da perda sofrida. Quase
sempre a severidade está
associada ao Dano
Máximo Provável. Um
evento que causa uma
perda de 60% apresenta
uma severidade muito
maior do que outro que
cause uma perda de 30%.
Definições básicas - Correlações
Sistema Causa Efeito
Rompimento de Projeto inadequado Dano Ambiental
barragem Material inadequado
Falha na especificação de materiais
Falta de proteção ambiente
Fenômenos atmosférifos não
previstos
Falta de organização ambiente
Geração de Falta de supervisão Perda de
Material Inexistência de rotinas materiais ou de
Particulado Falta de proteção específica produtos
Falha de projeto Interrupção das
atividades
Quebra acidental de equipamentos
Falta de Normas Falha de projeto
Falta de Planejamento
Falta de controle
Risco Defeito de material
Falta de regras Falta de treinamento Falha de execução
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40. 10/03/2012
Etapas básicas de uma APR
Rever problemas conhecidos
Revisar a missão
Determinar os riscos principais
Determinar os riscos iniciais e contribuintes
Revisar os meios de eliminação ou controle dos
riscos
Analisar os métodos de restrição dos danos
Indicar quem levará a cabo as ações corretivas
Etapas básicas de uma APR
Problemas conhecidos:
Revisar a experiência passada em
sistemas similares ou análogos, para a
determinação de riscos que poderão estar
presentes no sistema que está sendo
desenvolvido.
Etapas básicas de uma APR
Missão:
Revisar a missão é rever: objetivos,
exigências de desempenho, principais
funções e procedimentos, ambientes
onde se darão as operações, condições
e ritmo de trabalho.
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41. 10/03/2012
Etapas básicas de uma APR
Riscos principais:
Informar quais serão os riscos principais
com potencial para causar, direta ou
indiretamente, lesões, perda de função,
danos a equipamentos, perda de
materiais, interrupção de atividades e
outras.
Etapas básicas de uma APR
Riscos iniciais e contribuintes:
Deve-se elaborar, para cada risco principal
detectado, as séries de riscos,
determinando-se os riscos iniciais
contribuintes.
Etapas básicas de uma APR
Meios de eliminação e controle de
riscos:
Deve-se elaborar a revisão dos meios
possíveis de eliminação e controle de
riscos, procurando as melhores opções
compatíveis com as exigências do
sistema.
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42. 10/03/2012
Etapas básicas de uma APR
Métodos de restrição de danos:
Devem ser considerados os métodos
possíveis mais específicos ou mais
eficazes para a restrição geral dos danos
emergenciais e/ou latentes, no caso de
perda de controle sobre os riscos
estudados.
Etapas básicas de uma APR
Responsável pelas ações corretivas:
Devem ser indicados os responsáveis
pelas ações requeridas, corretivas ou
mitigadoras, que devem ser levadas à
cabo em cada unidade estudada.
Classificação de Riscos de APR
Desprezível ou Negligenciável (Classe I)
Risco que gera efeitos imperceptíveis, não
conduzindo a degradações físicas ou ambientais
que não sejam facilmente recompostas. Esses
riscos são perfeitamente absorvidos pela empresa,
juntamente com os custos de manutenção ou
revisão;
Marginal ou Limítrofe (Classe II)
Risco que gera ocorrências moderadas,
controláveis, necessitando, porém, de ações
saneadoras a médio prazo. São riscos que podem
surpreender em termos de perdas;
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43. 10/03/2012
Classificação de Riscos de APR
Crítica (Classe III)
Ocorrência que afeta substancialmente o meio
ambiente, o patrimônio ou pessoas,
necessitando de ações corretivas imediatas;
Catastróficas (Classe IV)
Ocorrência normalmente geradora de efeitos
irreversíveis, afetando pessoas, sistemas,
patrimônios ou ambientes. Quase todos os
Gerentes de Risco recomendam, como técnica
de tratamento de riscos o afastamento, ou seja,
a empresa deve renunciar a essa atividade ou a
esse risco.
Análise dos Modos de Falha e Efeitos (FMEA)
Consiste na identificação e mensuração dos
modos de falha dos equipamentos, componentes
e sistemas, com estimativa da freqüência das
ocorrências e determinação dos efeitos.
Avalia os riscos não em um único sistema, mas
sim em sistema que interage com outros, daí a
razão de ser mais completa e precisa.
Exige dos profissionais uma formação mais
aprimorada e um maior tempo de análise.
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45. 10/03/2012
AMFE
Método de análise que gera resultados
qualitativos e quantitativos, ou seja,
identifica o risco ao mesmo tempo em que
o mensura. A AMFE permite a análise dos
modos de falha com estimativas de
freqüência de ocorrências (taxa de falhas)
e a determinação dos efeitos ou
conseqüências dessas mesmas falhas.
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46. 10/03/2012
AMFE – Classes de Gravidade
Classe I: Falha resultando em
excessiva manutenção do sistema;
Classe II: Falha resultando potencial
atraso ou perda de disponibilidade
imediata;
Classe III: Falha resultando potencial
ameaça ao sistema ou às pessoas;
Classe IV: Falha resultando potencial
perda do sistema e/ou de vidas
humanas ou degradação ambiental;
FMEA
FMEA - UNIDADE DE CARBONATAÇÃO
Modo de Efeitos Sistema Método de Medidas Compensa
Descrição Fase Função Causa Local Classe
Falha Próximo nível detecão de falha tórias
Operação Controla o Desligamen Vasamento de Atuação Desligamento Parada da Visual no painel de 2 Revisão dos
normal funciona to do painel corrente da do compressor unidade controle dispositivos de
mento do proteção proteção
compressor
de CO2
Falha Atuação Desligamen to Parada da Visual no painel de 2 Revisão dos
acidental da do compressor unidade controle dispositivos de
Painel de proteção proteção
alimentação
elétrica PUE 8 Desligamen Não há Parada da Parada da Supervisão, 3 Supervisão
to proposital fornecime unidade fábrica controle e
nto de manutenção
energia
Curto circui to Não há Parada da Parada da Revisão dos 3 Controle
fornecime unidade fábrica dispositivos de
n to de proteção
energia
Análise de Procedimentos
Trata-se mais de uma análise
comportamental do que uma inspeção de
riscos ou uma análise de documental.
Procura-se averiguar se os procedimentos
adotados são os mais corretos e se o
pessoal que opera as instalações está
qualificado para isso. Entende-se que se o
operador estiver treinado os riscos
potenciais e/ou latentes serão menores.
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47. 10/03/2012
Confiabilidade e gerenciamento de Riscos
O gerenciamento de riscos é uma técnica de identificação, ou melhor,
da associação de perdas e ou danos a eventos que os causaram.
Conhecidos os eventos tem-se grande probabilidade de não ocorrerem
novas perdas e ou danos.
A Confiabilidade, também a exemplo das técnicas de Gerenciamento
de Riscos, é um conjunto de procedimentos e formas de mensuração
de probabilidades de ocorrências de perdas e ou danos. Por intermédio
do Gerenciamento de Riscos pode-se identificar que tipo de evento
pode ocorrer. Quando aplicados os estudos de Confiabilidade, pode-se
determinar o quanto pode ser perdido.
Essa é uma das interpretações da associação de gerenciamento de
riscos a estudos de confiabilidade.
Podem ser aplicadas distintamente as técnicas e chegar-se aos
mesmos resultados, vez que uma não surgiu de outra, mas sim da
evolução de conceitos matemáticos e de sistemas computacionais.
Conclusão
Alguns custos podem ser estimados e
nunca calculados com precisão.
O mais recomendado é o investimento na
prevenção das perdas.
Modelo de Administração de Custos
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