1. O documento discute cardioversores/desfibriladores implantáveis, que detectam arritmias cardíacas e revertem-nas por meio de estimulação elétrica ou choque, prevenindo morte súbita.
2. Esses dispositivos são indicados para taquiarritmias ventriculares intratáveis e sobreviventes de parada cardíaca por fibrilação ou taquicardia ventriculares.
3. O procedimento de implante envolve a colocação de cateteres no coração através de veias para cone
2. Introdução
• A morte súbita é uma ocorrência
freqüente e se constitui num importante
problema socio-economico, particularmente
quando atinge o adulto jovem ou o
indivíduo maduro numa fase da vida em que
o mesmo se encontra em plena capacidade
ativa.
3. • A melhor compreensão das diversas patologias
cardiovasculares, o aparecimento de novas drogas
(anti-arritmicos, tromboliticos e outros) e os
avanços tecnológicos, como as modernas unidades
de terapia intensiva, os marca-passos e, mais
recentemente, os desfibriladores implantáveis
fazem parte do arsenal terapêutico utilizado para
se tentar diminuir a incidência da morte súbita na
sociedade moderna.
4. Definição de Morte Súbita
• Aquela devida a causa ou mecanismo
cardíaco primário ocorrendo dentro de 24
horas do inicio de uma doença aguda num
indivíduo que era totalmente assintomático
ou oligossintomático (OMS).
5. Incidência de Morte Súbita
• No Brasil não dispomos de dados estatísticos
sobre a incidência de morte súbita. Entretanto,
esses não devem diferir muito daqueles
encontrados em outras partes do mundo.
• Segundo dados da American Heart
Association somente em 2005 todas as doenças
cardiovasculares combinadas tiraram a vida de
505.440 mulheres e 455.152 homens.
6. • Ainda neste estudo se constatou que 481.287 mortes foram
devidas a ataque cardíaco, morte súbita e outros eventos cardíacos.
• Vários estudos apontam a fibrilação ventricular como o
principal mecanismo de morte súbita, sendo varias as condições que
aumentam a vulnerabilidade ventricular, entre elas a necrose e
isquemia miocárdica, estimulação adrenérgica, distúrbios
eletroliticos como hipopotassemia e a utilização de certas drogas.
• Entre as medidas não farmacológicas para prevenção de morte
súbita de uma forma geral, o cardioversor-desfibrilador implantável
é a medida de maior impacto.
7. O que e cardioversor/desfibrilador implantável?
• É um dispositivo utilizado para controle de certas
arritmias especificas, refratárias, sem determinação de sua
origem.
• Ele detecta a arritmia cardíaca, revertendo-a por meio de
estímulos elétricos ou pela liberação de um choque elétrico
no coração. O sistema possui, ainda, um marcapasso
acoplado que ira estimular o coração caso a freqüência
cardíaca seja baixa.
• O potencial de carga elétrica é de 25 a 30 J, podendo chegar
no máximo a 100J.
8.
9. Quando está indicado?
• Está indicado em casos de taquiarritmias ventriculares
intratáveis por outros métodos e em pacientes recuperados de
parada cardíaca (morte súbita) por fibrilação ou taquicardia
ventriculares.
• Outras indicações incluem aquelas em que a arritmia não e
reprodutível em estudos eletrofisiológicos e nos casos reicidivantes
de taquicardia ventricular após ressecção cirúrgica de foco
arritmogenico.
• Os desfibriladores automáticos implantáveis não previnem as
arritmias malignas, e sim a morte delas decorrente.
10. Reversão de uma taquicardia ventricular por
cardioversor/desfibrilador implantável
11. Reversão de uma fibrilação ventricular por
cardioversor/desfibrilador implantável
12. Como é o implante?
• A semelhança do marcapasso, a unidade geradora pode ficar no
tórax ou no abdômen. Os cateteres especiais atualmente são
posicionados através do sistema venoso e conectados a unidade
geradora.
• O implante é realizado com anestesia geral e tem uma duração bem
maior do que para o marcapasso (1 hora ou mais), em função de
todos os testes que são realizados durante o implante.
13. Conduta de enfermagem para o procedimento
Avaliar condições hemodinâmicas do paciente
Esclarecer o paciente e sua família sobre o
procedimento
Garantir acesso venoso antes do procedimento
Garantir monitorização cardíaco e oximetria de
pulso durante todo o procedimento
Deixar a mão material necessário para reanimação
cardiopulmonar
14. Contra-indicações para o implante de
cardioversor/desfibrilador implantável
• Paciente apresentando quadro de TV ou FV
secundaria a isquemia miocárdica aguda, a
infarto agudo do miocardio ou a outras
condições toxicas ou metabólicas
reversíveis
Paciente apresentando sincope recorrente de
etiologia indeterminada, que não se mostra
induzível por qualquer arritmia ventricular
15. Paciente apresentando TV ou FV incessante que não
pode ser controlada com agentes antiarritmicos, de
forma que as descargas provenientes do
cardioversor/desfibrilador implantável poderão ser
freqüentes
Paciente apresentando contra-indicações médicas,
cirúrgicas ou psiquiátricas
16. Conduta de enfermagem para o pós-
procedimento
Paciente permanece internado por alguns
dias para reavaliação do sistema antes da
alta hospitalar
Minimizar o desconforto resultante do
procedimento
Manter monitorização cardíaca/sistema
Holter
Esclarecer possíveis dúvidas em função do
uso do aparelho
17. Orientações necessárias ao paciente com
cardioversor/desfibrilador implantado
• Ao retornar para casa ele deve reassumir suas atividades
gradativamente, não se canse muito. Uma pequena caminhada
algumas vezes ao dia irá ajudá-lo a fortalecer-se gradualmente.
Depois de alguns dias em casa ele deverá fazer uma visita ao seu
cardiologista. O CDI deverá ser testado a cada três meses para se
avaliar seu correto funcionamento. A avaliação é indolor.
Se tiver qualquer sinal de taquicardia ou fibrilação ventricular
(desmaio, náuseas, fraqueza, batimentos rápidos, ausências ) ou
qualquer problema com sua medicação, não deixar de relatá-los ao
médico.
18. Se o ritmo alterado do coração não cessar naturalmente o CDI irá
aplicar um choque no coração para tentar corrigir o ritmo.
Durante o choque uma tensão elétrica estará presente no tórax e
costas. Esta tensão poderá ser sentida por outra pessoa desde que
esteja em contato com ele. Procurar prevenir seus familiares e as
pessoas mais chegadas sobre esta tensão, evitando que elas fiquem
surpresas se isto ocorrer.
Se receber um choque do CDI, ou alguém que o esteja ajudando
deve telefonar para o médico e avisar do choque.
19. É importante relatar todos os choques do CDI. É possível que o
paciente receba um choque do CDI sem ter tido qualquer sintoma de
taquicardia ou fibrilação ventricular. É importante que o médico ou a
enfermeira saibam do choque dado pelo CDI e do ritmo alterado do
coração. E preciso ter a certeza de que os sintomas do ritmo alterado
do coração já tenham.
É possível também, que o paciente tenha sintomas de ritmo alterado
do seu coração e não receba um choque do CDI. Por exemplo, isto
pode ocorrer se os batimentos do coração estiverem muito lentos
para serem reconhecidos pelo CDI. Sintomas de ritmo alterado do
coração devem sempre ser comunicados.
20. Depois de 400 semanas deve-se proceder a avaliações mais
freqüentes do CDI. A avaliação do CDI pode ser feita no
consultório médico, na emergência ou na clínica e, normalmente,
leva 30 minutos ou menos.
O tempo exato que o CDI irá durar dependerá do número de
choques que o paciente venha a receber.
Se tiver uma alteração significante no ritmo ou se o CDI não
funcionar corretamente, precisará fazer uma troca de gerador
rapidamente.
21. • Para fazer a troca do gerador de pulsos, terá que se
submeter a uma pequena cirurgia para remover o gerador
antigo e colocar o novo no mesmo lugar. Na maioria dos
casos não há necessidade de se trocar os eletrodos.
• A cirurgia requer uma nova incisão por sobre a antiga
cicatriz do abdome ou tórax e a retirada do gerador de
pulsos de sua "loja". O gerador velho é desconectado dos
eletrodos e o novo é conectado em seu lugar.
22. Depois que o paciente se recuperar e retornar às suas
atividades normais, o que ser evitado?
• 1. Qualquer atividade que envolva contato severo com o
gerador de pulsos ou com os eletrodos.
• 2. Campos magnéticos fortes próximos ao gerador de
pulsos. Isto poderá levar o gerador a funcionar como se
estivesse sendo avaliado, ou pode realmente desligar o
gerador. Ao ouvir sons de bips do gerador de pulsos, devera
sair do local onde estiver parado e procurar o médico o mais
rápido possível.
• 3. Imãs sobre ou perto do gerador de pulsos.
• 4. Tratamentos ou cirurgias envolvendo uso de
eletrobisturí.
• 5. Usar cintos ou roupas apertados sobre o gerador.
23. O paciente deverá entrar em contato com o médico ou
enfermeira sempre que
• 1. Receber em casa algum choque elétrico do CDI;
• 2. A região onde está o gerador de pulsos no seu abdome
apresentar qualquer modificação;
• 3. Tiver febre acima de 37,5º C e que se prolongue por alguns
dias (2 ou 3 dias);
• 4. Toda vez que sentir qualquer tipo de palpitação;
• 5. Quando for viajar ou tiver que se mudar;
• 6. Quando ouvir bips do gerador de pulsos no seu abdome;
• 7. Quando tiver dúvidas a respeito da unidade implantada ou
sobre os remédios;
• 8. Quando observar algo fora do normal ou inesperado,
especialmente o que lhe foi passado como advertência.
24. Considerações finais
• Diante do avanço tecnológico na cardiologia
hemodinâmica que, sem dúvidas, traz alternativas e
esperanças tanto no campo diagnóstico quanto no campo
terapêutico, a possibilidade da enfermagem em lidar com
pacientes submetidos ao cardioversor/desfibrilador
implantável em freqüência cada vez maior é uma realidade.
• Somente através do conhecimento e acompanhamento
deste avanço seremos capazes de atender tanto a demanda
de cuidados fisiológicos quanto sociais e emocionais desses
pacientes.
25. MARCAPASSO CARDIACO
• E um dispositivo, implantado sob a pele, que
libera impulsos elétricos ao coração através de
cateteres especiais. Tais impulsos promovem a
estimulação elétrica do músculo cardíaco,
fazendo-o contrair-se.
• Esta indicado quando o coração tiver uma
freqüência baixa e que seja insuficiente para
manter as necessidades metabólicas do organismo.
• Nesta situação aparecem sintomas como:
tonteiras, sincope, cansaço agravamento de
insuficiência cardíaca, entre outros.
26. Os marcapassos podem ser:
• De uso externo ou temporário
• Implantáveis ou definitivos, para uso definitivo
Os marcapassos definitivos podem ser atriais,
ventriculares ou atrioventriculares, conforme a
cavidade estimulada (átrio, ventrículo ou ambas).
Nesta ultima situação são utilizados dois cabos (ou
cateteres) eletrodos.
27.
28.
29. • Existem diversos modelos de marcapassos
(unidade geradora), desde formas mais
simples como os denominados de
freqüência fixa ate os mais sofisticados,
cuja liberação de estímulos podem variar
conforme a respiração, o movimento do
corpo, a temperatura, ou outro parâmetro
que reflita as necessidades fisiológicas do
organismo.
30. • O sistema de marcapasso e composto de
uma unidade geradora que fica sob a pele
(no tórax ou no abdomen), e do(s)
cateter(es) que e (são) introduzido(s) ate o
coração através de uma veia (denominado
de via endocárdica), oi e(são) fixado(s)
diretamente na parte externa do músculo
cardíaco (via epimiocardica) por meio de
uma abertura no torax.
31. • Na maioria dos casos (via endocárdica)
o procedimento demora em torno de 1 hora.
E realizado em salas especiais equipadas
com aparelho intensificador de imagens
(radioscopia), monitores cardíacos,
desfibriladores e toda a infra-estrutura
necessária para a realização de
procedimento cirúrgico.
32. • O procedimento é realizado com o
paciente acordado e sob ação de anestesia
local. O cateter e introduzido em uma veia e
posicionado no ventrículo ou no átrio
direito ou em ambos, e conectado a unidade
geradora que será alojada na parte superior
do tórax, abaixo da clavícula.
33.
34. • O paciente permanecerá internado por
24 horas e terá um retorno gradativo a vida
normal dentro de uma semana.
• O paciente pode levar uma vida
completamente normal, trabalhando e
exercitando-se, geralmente de forma melhor
do antes do implante.
35. • Devera realizar periodicamente uma avaliação
para acompanhamento do marcapasso, ajustando-o se
necessário, através de programadores externos
(alguns com auxilio de ima), e monitorar o gasto de
energia da bateria.
• A bateria do maracapasso tem uma duração
longa, em geral superior a 6, 8 ou 10 anos. Na medida
que haja necessidade de troca de bateria, em função
do desgaste, apenas será trocada a unidade geradora e
a cirurgia será bem mais rápida.
36. ABALACAO POR CATETER
• É um procedimento terapêutico cujo objetivo é
tratar, de forma definitiva, muitas das arritmias
cardíacas. Geralmente o procedimento da ablação
por cateter é realizado durante a mesma sessão do
estudo eletrofisiologico.
• A ablação por cateter estará indicada diante de
uma arritmia refrataria, e sua origem determinada
a partir do estudo eletrofisiologico.
37. • O cateter é guiado até o sitio de origem da
arritmia, previamente determinado pelo estudo
eletrofisiologico. Neste ponto é feito um mapeamento
minucioso da região para que se obtenha a localização
precisa da zona produtora da arritmia, que será o alvo
da ablação.
• Neste local é liberada, através de um dispositivo
especial, uma energia térmica denominada
radiofreqüência. Após alguns segundos da liberação da
energia a arritmia e interrompida.
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39.
40. Cuidados
• Jejum
• ECG prévio
• Tempo de coagulação e PTT
• Acesso venoso
• Carrinho de parada e marca-passo
• Material para ventilação
• Monitorização contínua
• Cuidados com os sítios de acesso venoso e arterial