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Pesquisa e Conhecimento na Escola
EMEF Padre Avelino Canazza
Índice de desenvolvimento humano
da RMC e as características da
comunidade escolar do bairro Vila
Formosa
Profª Ana Cláudia Victor A.C. Santos
4º ano
Resumo
O Projeto de pesquisa na escola com a turma do 4º ano do ensino
fundamental da Escola de Educação Integral Padre Avelino Canazza visa ampliar os
horizontes dos alunos e professores envolvidos em relação ao Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e a
qualidade de vida da comunidade escolar.
Primeiramente, foram definidos e estabelecidos os parâmetros sobre esses
índices e entendendo as suas dimensões principais como renda, longevidade e
educação; depois, foram conhecidos os índices dos estados brasileiros e analisada a
classificação do estado de São Paulo neste ranking. Na sequência, foi feita a
pesquisa sobre os índices de outras regiões do estado de São Paulo, e por fim,
analisadas as cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas.
Assim sendo, os alunos começaram uma nova reflexão sobre outras
dimensões que indiretamente interferem no resultado desses índices e
estabeleceram uma comparação entre o IDH da RMC e a realidade em que vivem, a
partir de uma pesquisa com as famílias da comunidade escolar a fim de verificar a
qualidade de vida do bairro e as diferenças existentes em uma mesma cidade, no
caso, Campinas.
INTRODUÇÃO
Através do projeto Consumo Consciente, que estamos desenvolvendo
atualmente na escola, havia trabalhado na disciplina de português as
“Necessidades Humanas Básicas” segundo Maslow, onde refletimos se temos
essas necessidades supridas e o que consideramos como qualidade de vida.
Na aula de Geografia, voltamos a refletir sobre o assunto, focando nas
regiões brasileiras e suas adversidades. Buscamos então os meios de pesquisa
para conhecermos um pouco mais sobre a nossa região e para analisarmos o meio
em que estamos inseridos. Pensamos juntos sobre o que é, para que fazer uma
pesquisa e como realizá-la.
Iniciamos nossa pesquisa, conhecendo o material impresso do Geoatlas
da Região Metropolitana de Campinas. Observando a amplitude dos temas
abordados sobre a nossa região, definimos neste momento o tema a pesquisar que
tinha relação com o nosso projeto em desenvolvimento.
Foi definida a abertura do projeto de pesquisa sobre o Índice de
Desenvolvimento Humano da RMC e o conhecimento através de levantamentos de
dados da comunidade escolar em relação a algumas dimensões que afetam
indiretamente a qualidade de vida, citadas abaixo.
Foi visto que renda, longevidade e educação, são as principais dimensões
para se definir um IDH, porém, existem outras dimensões, como: discriminação,
segurança, lazer, saúde, esporte, viver em comunidade e incentivo para conhecer
novos lugares e que são fatores que indiretamente influenciam nos resultados
analisados para o estabelecimento do IDH.
Nossos questionamentos foram em relação a renda, escolaridade e suas
interferências na qualidade de vida das pessoas e sua longevidade. Será que a
renda apenas compõe parte das necessidades básicas? Quanto maior o nível de
escolaridade, maior a qualidade de vida? Quanto melhor a qualidade de vida,
maior será a expectativa de vida? Também interferem na qualidade de vida a
segurança, esportes, emprego, lazer e habitação?
Objetivos:
 Conhecer o meio em quem estão inseridos.
 Identificar e compreender as necessidades humanas e os fatores que
interferem para uma boa qualidade de vida.
 Promover pesquisa sobre o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), no município, região, estado e país.
 Desenvolver o hábito de pesquisa.
 Reconhecer como vivem.
 Desenvolver uma forma autônoma para pesquisar.
 Promover pesquisa com a comunidade escolar.
 Aperfeiçoar o entendimento sobre levantamentos de dados.
 Analisar tabelas e gráficos.
 Comparar a realidade local, com a realidade da região em que vivem.
 Conhecer ou aperfeiçoar o uso de novas tecnologias, como Google
Maps, Google Drive entre outros.
Justificativa:
A necessidade de envolver os alunos a conhecer as características para
pertencerem ao grupo no qual vivem, à sua região, ao seu estado e ao seu
país, é de fundamental importância.
Entender e realizar análises sobre as necessidades humanas básicas e
refletir sobre sua qualidade de vida, saber os fatores que determinam isso, e
como eles interferem nesse processo, faz com que a pesquisa sobre o ÍDH de
sua cidade, região, estado e país, seja extremamente importante.
Desenvolvimento/Metodologia
Iniciamos o projeto de pesquisa na aula de geografia. Com uma roda
na colcha de retalhos (como normalmente fazemos para o momento de leitura
ou assembleia de classe), conversamos sobre nossas necessidades básicas
analisando a pirâmide de Maslow, que já havia sido estudada na aula de
português.
Os alunos levantaram questões sobre o que era importante para uma
determinada família poderia não ser prioridade para outras. Mas todos
entenderam que para termos uma vida com qualidade, são necessários, para
todos, alguns fatores mínimos.
Em dialogo ainda com o grupo, pensamos em pesquisar sobre essa
qualidade de vida das pessoas. Mas como faríamos?
O que é pesquisar?
Houve algumas colocações como: "Pesquisa é quando quero saber de
alguma coisa e vou procurar no Google"; "Pesquiso quando a professora pede
para procurar no dicionário e encontrar a palavra e seu significado"; "Quando
tem lição de casa para pesquisar alguma coisa e meus pais me ajudam".
Foi muito interessante perceber essa familiaridade com o termo pesquisar.
Apresentei aos alunos o Geoatlas da RMC impresso, onde todos
puderam observar a amplitude de assuntos abordados.
Em outra aula, foi apresentado o Geoatlas, no telão, através de projetor
da escola. Novamente, observaram as imagens e os assuntos abordados.
Ficaram encantados com as imagens feitas por satélites e queriam tocar no telão.
Conversamos sobre as curiosidades em relação às imagens e voltamos a
focalizar o assunto sobre qualidade de vida. Realizamos leitura sobre o IDH da
Região Metropolitana de Campinas, e estabelecemos que esse assunto
abordado no Geoatlas nos daria condições para entendermos melhor sobre o que
estávamos estudando.
Definimos então, um tema para nossa pesquisa, nas aulas de Geografia,
fazendo pontes com as aulas de Português. Seria o IDH da RMC e a qualidade
de vida da comunidade escolar da Vila Formosa.
Analisamos as dimensões renda, longevidade e educação.
Conversamos sobre suas inter-relações e as ligações diretas com a
qualidade de vida.
Os alunos levantaram questões sobre a relação do estudo com a renda,
e também da renda com a expectativa de vida. E chegaram à conclusão de que a
renda é importante para uma qualidade de vida, mas não sem a educação, pois a
educação nos dá condições para analisarmos melhor o que queremos e o que
deve ser prioridade em nossa vida. Já o dinheiro compra as coisas, mas não nos
dá a consciência de cuidarmos de nós mesmos, dos outros e do meio em que
vivemos.
Seguimos em frente, estudando o IDH dos estados brasileiros, através
de texto retirado do site do IBGE. Pudemos observar a classificação do estado de
São Paulo em relação aos outros estados. E disseram “nossa professora, a gente
está bem hein?”. Ficaram impressionados com as diferenças existentes entre as
regiões brasileiras.
Demos início à análise mais detalhada do IDH da RMC, utilizando
novamente a projeção de imagens para observação da tabela com os índices das
cidades da RMC. Eles queriam comparar a cidade de Campinas com todas as
outras, e concluíram que nossa cidade está bem, mas precisa melhorar na
educação.
Em outro momento, fizemos essa análise novamente. Mas agora, na
sala de informática com um computador para cada dupla, onde pudemos entrar
no site da Embrapa e encontrar o Geoatlas para estudo. Novas observações
foram feitas por alunos diferentes, pois cada um tem uma maneira de sentir em
relação às formas de apresentações dos assuntos estudados. Mas, no geral,
continuaram questionando a educação, por não estar classificada na cor verde
(especificar quais mapas se refere – de tal página, por exemplo, ou ilustrá-los a
seguir no texto), como está classificada em renda e longevidade.
Com o livro impresso, em sala de aula, um aluno realizou leitura de
outras dimensões que interferem indiretamente nos IDH.
Então discutimos sobre cada item citado: discriminação, segurança,
habitação, lazer, prática esportiva, participações em manifestações culturais, saúde,
incentivo para conhecer lugares novos. A partir dessa discussão definimos os
subtemas de nossa pesquisa na escola.
Para entendermos melhor sobre discriminação, assistimos ao vídeo “Vista
minha pele” que tem por tema a discriminação racial no Brasil. Após o vídeo,
refletimos sobre essas ações que tanto prejudicam nossa qualidade de vida, nos
afastando de nossos amigos, familiares e comunidade, assim como, nos afastando
de nossos direitos. Os alunos manifestaram muitas críticas a esse tipo de ação, e
alguns relataram que já sofreram na escola e no bairro durante brincadeiras na rua
ou na praça.
Também refletimos sobre outros tipos de discriminação, como religiosa e
socioeconômica.
Produziram na aula de português, posteriormente, um texto sobre esse
assunto.
Com os subtemas bem definidos e entendidos pela turma, definimos que o
próximo passo seria elaborarmos um questionário para conhecermos a comunidade
escolar, utilizando os subtemas para caracterizar a comunidade.
A sala foi dividida em grupos. Os subtemas, ficaram em cartazes na lousa
e cada grupo escolhia o seu cartaz para elaboração de perguntas, referentes ao
subtema escolhido.
Alguns alunos tiveram dificuldade para entender sobre a participação nas
manifestações culturais da comunidade, então, utilizei o exemplo da festa anual
que ocorre no bairro. Trata-se de uma festa de rua, organizada pelos próprios
moradores e pelo vereador representante do bairro, que acontece no mês de
junho, tipicamente “festa junina”. Surgiram também exemplos de festas nas
escolas de educação infantil e fundamental do bairro.
Fizeram em média três perguntas para cada subtema e as expuseram
para os demais da sala.
Então, com as perguntas elaboradas de forma dissertativa pelos alunos,
combinei com eles que iria digitar essas perguntas no Google Drive, para inserir
perguntas de múltiplas escolhas e que futuramente, eles iriam digitar as respostas
obtidas na sala de informática, para assim, conhecerem melhor esse recurso
tecnológico.
Após as perguntas estarem inseridas no Google Drive, apresentei a
formatação do questionário à turma e todos concordaram com ela.
Iniciaremos agora, a distribuição do questionário aos alunos da escola e
aguardaremos as respostas, para então tabularmos com ajuda da professora de
matemática.
Enquanto a escola faz cópias do questionário para todos, fomos
pesquisar na sala de informática o bairro Vila Formosa, utilizando o Google Maps,
a fim de observarmos as imagens captadas por sensoriamento remoto e também
observarmos a escola e as ruas do bairro com um olhar diferenciado, através
desse recurso.
Eles ficaram encantados. Puderam observar a paisagem e relataram sobre
a falta de locais para lazer no bairro.
Na semana seguinte organizaram as cópias, formaram grupos para a
distribuição dos questionários por turma, onde cada grupo pôde explicar suas
intenções com a pesquisa e estabelecer o período de recolhimento da mesma.
Quando receberam os questionários respondidos, iniciaram o lançamento
das respostas no Google Drive. Foi um processo lento, pois uma dupla por vez,
com meu acompanhamento, realizava o lançamento. Também lancei vários, para
acelerar o processo. Mas os alunos entenderam a seriedade da pesquisa, o
processo para entrar no formulário Google, e como obter as respostas em gráficos.
Realizamos, uma caminhada no entorno da escola, para observar a
arborização. Foi conosco a professora de Ciências, Adriana Goi, que explicava
sobre os tipos de vegetação encontrados pelo caminho. A caminhada foi muito
eficaz no que diz respeito às observações dos alunos, pois muitos residem no
bairro há muito tempo e faziam rotineiramente o percurso, não tendo notado a falta
de árvores, os terrenos baldios, a vegetação em geral, os lixos e entulhos ao redor
da escola.
De volta à sala, discutimos sobre a realidade que encontramos ao nosso redor, e o
que precisaria mudar para melhorar o aspecto do bairro e proporcionar melhores
condições de vida.
Fizeram uma produção de texto e ilustraram o que mais chamou a
atenção nesse percurso.
A professora de ciências trabalhou a vegetação que, mesmo diante das
dificuldades encontradas, resiste e mantem-se viva.
Chegou o momento de elencar os indicadores que a comunidade da
escola Padre Avelino Canazza apontou para melhorias no bairro Vila Formosa.
Os alunos sentaram em grupo, leram a questão de número vinte e um do
questionário, onde pergunta: “O que gostaria que melhorasse em seu bairro?”.
Analisaram as respostas e definiram os setores que a população mais
pede melhorias. São eles em ordem decrescente: Lazer, segurança, saúde,
educação, transporte e sinalização de transito, moradia, limpeza e manutenção
dos locais públicos, e melhorias na entrada da escola.
Em seguida, a professora de matemática, Adriana Correia, construiu
uma tabela e um gráfico para sinalizar os indicadores de melhoria no bairro
através da pesquisa realizada. Também, com essa parceria, analisaremos os
gráficos emitidos pelo Google Drive, em relação a todo o questionário.
Voltando à aula de Geografia, após interpretação de tabelas e gráficos,
é o momento de registrarmos as conclusões referentes à qualidade de vida da
comunidade escolar, e fazer um paralelo com o IDH do município de Campinas
e Região Metropolitana.
O resultado da pesquisa será apresentado para todas as turmas e
ficará no mural da escola, para toda comunidade conferir. Serão expostos
relatórios, fotos, tabelas e gráficos.
Avaliação do processo de pesquisa
O “Projeto Conhecimento e Pesquisa na Escola”, nos trouxe uma
importantíssima contribuição. Os alunos puderam compreender um pouco sobre o
que é pesquisar e o trajeto para se chegar a uma conclusão de um determinado
assunto em questão.
Ao definirem o tema e seus subtemas, muitas oportunidades de reflexão,
busca e aprendizagem foram estabelecidas. A turma sempre muito curiosa para
entender e conhecer melhor o meio no qual estão inseridos, foi fundamental para
o desenvolvimento do processo.
Conseguiram uma melhor compreensão do que é essencial para se ter
qualidade de vida e as dimensões que são analisadas para se ter um parâmetro
sobre o desenvolvimento humano; e as interferências diretas e indiretas que
afetam os resultados desse índice. Puderam conhecer meios de pesquisa, e
pesquisar de forma autônoma com os recursos tecnológicos atuais, de acordo
com a faixa etária da turma.
Construíram saberes sobre levantamento de dados, tabelas e gráficos.
Identificaram problemas sociais, como falta de moradia, baixa renda, falta de lazer,
atendimento de saúde precário, pouca escolaridade dos adultos entre outros.
Reconheceram a importância da educação para ampliar possibilidades,
aumentando o horizonte com reflexões e posturas políticas, para uma luta por
condições de vida melhores.
Enfim, a pesquisa sobre IDH da RMC e as características da
comunidade escolar Padre Avelino Canazza, proporcionou um novo olhar sobre
as diferenças sociais, econômicas e culturais de uma mesma região. E suas
interferências diretas na qualidade de vida.
Algumas dificuldades foram encontradas no caminho, como por
exemplo, a demora para regularizar a internet na sala de informática da escola e
sua liberação para os alunos. A falta de mais livros Geoatlas, pois tínhamos um
exemplar apenas, para escola toda.
Resultados e discussões
Foram distribuídos 92 questionários aos alunos (1º ano ao 5º ano) para
que seus pais ou responsáveis pudessem responder. Foram devolvidos ao 4º
ano, 78 formulários.
Os alunos puderam observar que 61% das famílias são compostas por
2 adultos e que 42% destes, possuem 2 crianças e/ou adolescentes.
Que o nível de escolaridade da comunidade escolar entre os adultos da casa, é
de 32,9% com ensino médio completo; 26,5% com ensino fundamental
incompleto; 15,6% com ensino fundamental completo; 11,5% ensino médio
incompleto; 7,4% com superior completo; 1,7% nunca frequentaram escola.
Que 100% das famílias possuem atendimento médico, porém, 42,9%
considera o mesmo, ruim ou regular. E quando necessitam de serviços
hospitalares, procuram na maioria, o Hospital Mario Gatti e Santa Casa de
Valinhos.
Em relação a moradia, 51,4% moram em casas alugadas ou cedidas.
Os adultos trabalham em sua maioria no comércio, correspondendo a
28%. Com 21% ficou o prestador de serviço autônomo. Em outras funções, 17%.
Ainda foi notificado, que 14% dos adultos estão na indústria, 10%
desempregados, 8% funcionário público e 1% na agricultura. E a maioria
trabalha com carteira assinada.
As rendas definidas pelas famílias foram de 68,6% recebendo 1 a 3
salários mínimos por mês e 31,4% recebendo 4 ou mais salários mínimos mensais.
A maioria dos adultos não praticam atividade física e não participam das
festas promovidas pela própria comunidade do bairro, como por exemplo,
quermesses ou festas de rua. Porém, 76,6% frequentam os bosques, praças e
parques da cidade, como um lazer.
Em relação a discriminação, 12,6% responderam que já sofreram ou
sofrem discriminação religiosa; 8,1% discriminação racial; 6,6% discriminação
socioeconômica; 6,8% outros tipos de discriminação.
bairro possui 100% de saneamento básico. Porém, em relação a coleta de materiais
reciclados, 21,1% dizem não ocorrer no bairro.
A limpeza dos logradouros e espaços públicos ficaram com 57,1% de
satisfação, contra 42,9% de insatisfeitos.
O indicador segurança, ficou com 67,5% de aprovação, contra 32,5% de
reprovação.
Foi perguntado à comunidade o que gostariam que melhorassem no bairro
Vila Formosa e em sua maioria optaram por melhores condições de lazer no bairro,
com praças, parques, área de ginastica ao ar livre, e manutenção dos mesmos. Em
seguida, por ordem decrescente, vieram os indicadores de segurança, saúde,
educação, transporte coletivo em melhores condições, sinais de transito e moradia.
De acordo com os resultados obtidos através desta pesquisa, a turma do 4º
ano, conclui que as diferenças sociais são bem evidentes entre alguns bairros do
próprio município. Mas em relação às outras cidades do Estado de São Paulo e
outras regiões brasileiras, o bairro possui melhores condições de vida, uma vez que
ficou evidenciado 100% de saneamento básico e atendimento à saúde. Também
com a maioria dos adultos com ensino médio completo, evidenciando o acesso e
permanência na educação básica como um bom indicador de desenvolvimento
humano.
A comunidade escolar da Vila Formosa, considera o bairro como um local
seguro e com boas escolas. Mas necessitam de melhorias, principalmente, de lazer.
A praça de esportes que foi citada nos questionários, está em reforma e é o
único lugar para toda a população do bairro. Necessitando de maiores investimentos
para o local, beneficiando assim, muitas famílias, principalmente as crianças e
jovens.
Foi discutido e apontado pelos alunos, que a comunidade não tem o hábito
de atividades físicas. Pensamos que um dos motivos seria pela falta de praças e
calçadas em boas condições para o incentivo a caminhada diária. Esse indicador
interfere diretamente na saúde das pessoas e na longevidade.
Aula de matemática :
construção do gráfico
referente a pesquisa “ O que
você gostaria que
melhorasse no bairro Vila
Formosa?”
Gráfico de barras construído
pelos alunos com a professora
de Matemática Adriana Correia
Considerações Finais
A partir da pesquisa realizada podemos chegar à conclusão que a
qualidade de vida é algo complexo de ser mensurado, não sendo possível levar
em consideração apenas um fator isolado para determina-la.
De qualquer forma, através da pesquisa realizada podemos observar um
retrato, ainda que não totalmente nítido, das características e peculiaridades da
comunidade escolar da EMEF Padre Avelino Canazza.
Notamos uma grande diversidade em todos os aspectos abordados na
pesquisa. A comunidade é bastante heterogênea em alguns quesitos chaves
quando pesquisamos a qualidade de vida: Escolaridade e renda por exemplo.
Fica evidente a discrepância entre alguns itens. Enquanto toda a
população pesquisada afirma ter acesso à água tratada e coleta de esgoto, o
mesmo não acontece com relação ao lazer, onde há uma ausência significativa
de espaços próprios para isto.
Outro resultado interessante foi a ciência de que a população
pesquisada não participa ativamente das atividades culturais proporcionadas
na/pela comunidade local.
Também ficou evidente a falta de intimidade da população com a
realização de pesquisas do gênero, e a necessidade de modificações e
adequações no questionário para torna-lo mais compreensível e objetivo.
Através dessa pesquisa, os alunos do 4º ano puderam compreender o significado
de desenvolvimento humano e conhecer melhor a comunidade na qual estão
inseridos. O aprofundamento/aprimoramento da pesquisa possibilitará a ampliação
desse horizonte.
IDH da RMC e caracteristicas da comunidade escolar Padre Avelino Canazza.

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IDH da RMC e caracteristicas da comunidade escolar Padre Avelino Canazza.

  • 1. Pesquisa e Conhecimento na Escola EMEF Padre Avelino Canazza Índice de desenvolvimento humano da RMC e as características da comunidade escolar do bairro Vila Formosa Profª Ana Cláudia Victor A.C. Santos 4º ano
  • 2. Resumo O Projeto de pesquisa na escola com a turma do 4º ano do ensino fundamental da Escola de Educação Integral Padre Avelino Canazza visa ampliar os horizontes dos alunos e professores envolvidos em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e a qualidade de vida da comunidade escolar. Primeiramente, foram definidos e estabelecidos os parâmetros sobre esses índices e entendendo as suas dimensões principais como renda, longevidade e educação; depois, foram conhecidos os índices dos estados brasileiros e analisada a classificação do estado de São Paulo neste ranking. Na sequência, foi feita a pesquisa sobre os índices de outras regiões do estado de São Paulo, e por fim, analisadas as cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas. Assim sendo, os alunos começaram uma nova reflexão sobre outras dimensões que indiretamente interferem no resultado desses índices e estabeleceram uma comparação entre o IDH da RMC e a realidade em que vivem, a partir de uma pesquisa com as famílias da comunidade escolar a fim de verificar a qualidade de vida do bairro e as diferenças existentes em uma mesma cidade, no caso, Campinas.
  • 3. INTRODUÇÃO Através do projeto Consumo Consciente, que estamos desenvolvendo atualmente na escola, havia trabalhado na disciplina de português as “Necessidades Humanas Básicas” segundo Maslow, onde refletimos se temos essas necessidades supridas e o que consideramos como qualidade de vida. Na aula de Geografia, voltamos a refletir sobre o assunto, focando nas regiões brasileiras e suas adversidades. Buscamos então os meios de pesquisa para conhecermos um pouco mais sobre a nossa região e para analisarmos o meio em que estamos inseridos. Pensamos juntos sobre o que é, para que fazer uma pesquisa e como realizá-la. Iniciamos nossa pesquisa, conhecendo o material impresso do Geoatlas da Região Metropolitana de Campinas. Observando a amplitude dos temas abordados sobre a nossa região, definimos neste momento o tema a pesquisar que tinha relação com o nosso projeto em desenvolvimento. Foi definida a abertura do projeto de pesquisa sobre o Índice de Desenvolvimento Humano da RMC e o conhecimento através de levantamentos de dados da comunidade escolar em relação a algumas dimensões que afetam indiretamente a qualidade de vida, citadas abaixo.
  • 4. Foi visto que renda, longevidade e educação, são as principais dimensões para se definir um IDH, porém, existem outras dimensões, como: discriminação, segurança, lazer, saúde, esporte, viver em comunidade e incentivo para conhecer novos lugares e que são fatores que indiretamente influenciam nos resultados analisados para o estabelecimento do IDH. Nossos questionamentos foram em relação a renda, escolaridade e suas interferências na qualidade de vida das pessoas e sua longevidade. Será que a renda apenas compõe parte das necessidades básicas? Quanto maior o nível de escolaridade, maior a qualidade de vida? Quanto melhor a qualidade de vida, maior será a expectativa de vida? Também interferem na qualidade de vida a segurança, esportes, emprego, lazer e habitação?
  • 5. Objetivos:  Conhecer o meio em quem estão inseridos.  Identificar e compreender as necessidades humanas e os fatores que interferem para uma boa qualidade de vida.  Promover pesquisa sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no município, região, estado e país.  Desenvolver o hábito de pesquisa.  Reconhecer como vivem.  Desenvolver uma forma autônoma para pesquisar.  Promover pesquisa com a comunidade escolar.  Aperfeiçoar o entendimento sobre levantamentos de dados.  Analisar tabelas e gráficos.  Comparar a realidade local, com a realidade da região em que vivem.  Conhecer ou aperfeiçoar o uso de novas tecnologias, como Google Maps, Google Drive entre outros.
  • 6. Justificativa: A necessidade de envolver os alunos a conhecer as características para pertencerem ao grupo no qual vivem, à sua região, ao seu estado e ao seu país, é de fundamental importância. Entender e realizar análises sobre as necessidades humanas básicas e refletir sobre sua qualidade de vida, saber os fatores que determinam isso, e como eles interferem nesse processo, faz com que a pesquisa sobre o ÍDH de sua cidade, região, estado e país, seja extremamente importante.
  • 7. Desenvolvimento/Metodologia Iniciamos o projeto de pesquisa na aula de geografia. Com uma roda na colcha de retalhos (como normalmente fazemos para o momento de leitura ou assembleia de classe), conversamos sobre nossas necessidades básicas analisando a pirâmide de Maslow, que já havia sido estudada na aula de português. Os alunos levantaram questões sobre o que era importante para uma determinada família poderia não ser prioridade para outras. Mas todos entenderam que para termos uma vida com qualidade, são necessários, para todos, alguns fatores mínimos. Em dialogo ainda com o grupo, pensamos em pesquisar sobre essa qualidade de vida das pessoas. Mas como faríamos? O que é pesquisar? Houve algumas colocações como: "Pesquisa é quando quero saber de alguma coisa e vou procurar no Google"; "Pesquiso quando a professora pede para procurar no dicionário e encontrar a palavra e seu significado"; "Quando tem lição de casa para pesquisar alguma coisa e meus pais me ajudam". Foi muito interessante perceber essa familiaridade com o termo pesquisar.
  • 8. Apresentei aos alunos o Geoatlas da RMC impresso, onde todos puderam observar a amplitude de assuntos abordados. Em outra aula, foi apresentado o Geoatlas, no telão, através de projetor da escola. Novamente, observaram as imagens e os assuntos abordados. Ficaram encantados com as imagens feitas por satélites e queriam tocar no telão. Conversamos sobre as curiosidades em relação às imagens e voltamos a focalizar o assunto sobre qualidade de vida. Realizamos leitura sobre o IDH da Região Metropolitana de Campinas, e estabelecemos que esse assunto abordado no Geoatlas nos daria condições para entendermos melhor sobre o que estávamos estudando. Definimos então, um tema para nossa pesquisa, nas aulas de Geografia, fazendo pontes com as aulas de Português. Seria o IDH da RMC e a qualidade de vida da comunidade escolar da Vila Formosa. Analisamos as dimensões renda, longevidade e educação. Conversamos sobre suas inter-relações e as ligações diretas com a qualidade de vida. Os alunos levantaram questões sobre a relação do estudo com a renda, e também da renda com a expectativa de vida. E chegaram à conclusão de que a renda é importante para uma qualidade de vida, mas não sem a educação, pois a educação nos dá condições para analisarmos melhor o que queremos e o que deve ser prioridade em nossa vida. Já o dinheiro compra as coisas, mas não nos dá a consciência de cuidarmos de nós mesmos, dos outros e do meio em que vivemos.
  • 9. Seguimos em frente, estudando o IDH dos estados brasileiros, através de texto retirado do site do IBGE. Pudemos observar a classificação do estado de São Paulo em relação aos outros estados. E disseram “nossa professora, a gente está bem hein?”. Ficaram impressionados com as diferenças existentes entre as regiões brasileiras. Demos início à análise mais detalhada do IDH da RMC, utilizando novamente a projeção de imagens para observação da tabela com os índices das cidades da RMC. Eles queriam comparar a cidade de Campinas com todas as outras, e concluíram que nossa cidade está bem, mas precisa melhorar na educação. Em outro momento, fizemos essa análise novamente. Mas agora, na sala de informática com um computador para cada dupla, onde pudemos entrar no site da Embrapa e encontrar o Geoatlas para estudo. Novas observações foram feitas por alunos diferentes, pois cada um tem uma maneira de sentir em relação às formas de apresentações dos assuntos estudados. Mas, no geral, continuaram questionando a educação, por não estar classificada na cor verde (especificar quais mapas se refere – de tal página, por exemplo, ou ilustrá-los a seguir no texto), como está classificada em renda e longevidade. Com o livro impresso, em sala de aula, um aluno realizou leitura de outras dimensões que interferem indiretamente nos IDH.
  • 10. Então discutimos sobre cada item citado: discriminação, segurança, habitação, lazer, prática esportiva, participações em manifestações culturais, saúde, incentivo para conhecer lugares novos. A partir dessa discussão definimos os subtemas de nossa pesquisa na escola. Para entendermos melhor sobre discriminação, assistimos ao vídeo “Vista minha pele” que tem por tema a discriminação racial no Brasil. Após o vídeo, refletimos sobre essas ações que tanto prejudicam nossa qualidade de vida, nos afastando de nossos amigos, familiares e comunidade, assim como, nos afastando de nossos direitos. Os alunos manifestaram muitas críticas a esse tipo de ação, e alguns relataram que já sofreram na escola e no bairro durante brincadeiras na rua ou na praça. Também refletimos sobre outros tipos de discriminação, como religiosa e socioeconômica. Produziram na aula de português, posteriormente, um texto sobre esse assunto. Com os subtemas bem definidos e entendidos pela turma, definimos que o próximo passo seria elaborarmos um questionário para conhecermos a comunidade escolar, utilizando os subtemas para caracterizar a comunidade. A sala foi dividida em grupos. Os subtemas, ficaram em cartazes na lousa e cada grupo escolhia o seu cartaz para elaboração de perguntas, referentes ao subtema escolhido.
  • 11. Alguns alunos tiveram dificuldade para entender sobre a participação nas manifestações culturais da comunidade, então, utilizei o exemplo da festa anual que ocorre no bairro. Trata-se de uma festa de rua, organizada pelos próprios moradores e pelo vereador representante do bairro, que acontece no mês de junho, tipicamente “festa junina”. Surgiram também exemplos de festas nas escolas de educação infantil e fundamental do bairro. Fizeram em média três perguntas para cada subtema e as expuseram para os demais da sala. Então, com as perguntas elaboradas de forma dissertativa pelos alunos, combinei com eles que iria digitar essas perguntas no Google Drive, para inserir perguntas de múltiplas escolhas e que futuramente, eles iriam digitar as respostas obtidas na sala de informática, para assim, conhecerem melhor esse recurso tecnológico. Após as perguntas estarem inseridas no Google Drive, apresentei a formatação do questionário à turma e todos concordaram com ela. Iniciaremos agora, a distribuição do questionário aos alunos da escola e aguardaremos as respostas, para então tabularmos com ajuda da professora de matemática. Enquanto a escola faz cópias do questionário para todos, fomos pesquisar na sala de informática o bairro Vila Formosa, utilizando o Google Maps, a fim de observarmos as imagens captadas por sensoriamento remoto e também observarmos a escola e as ruas do bairro com um olhar diferenciado, através desse recurso.
  • 12. Eles ficaram encantados. Puderam observar a paisagem e relataram sobre a falta de locais para lazer no bairro. Na semana seguinte organizaram as cópias, formaram grupos para a distribuição dos questionários por turma, onde cada grupo pôde explicar suas intenções com a pesquisa e estabelecer o período de recolhimento da mesma. Quando receberam os questionários respondidos, iniciaram o lançamento das respostas no Google Drive. Foi um processo lento, pois uma dupla por vez, com meu acompanhamento, realizava o lançamento. Também lancei vários, para acelerar o processo. Mas os alunos entenderam a seriedade da pesquisa, o processo para entrar no formulário Google, e como obter as respostas em gráficos. Realizamos, uma caminhada no entorno da escola, para observar a arborização. Foi conosco a professora de Ciências, Adriana Goi, que explicava sobre os tipos de vegetação encontrados pelo caminho. A caminhada foi muito eficaz no que diz respeito às observações dos alunos, pois muitos residem no bairro há muito tempo e faziam rotineiramente o percurso, não tendo notado a falta de árvores, os terrenos baldios, a vegetação em geral, os lixos e entulhos ao redor da escola. De volta à sala, discutimos sobre a realidade que encontramos ao nosso redor, e o que precisaria mudar para melhorar o aspecto do bairro e proporcionar melhores condições de vida.
  • 13. Fizeram uma produção de texto e ilustraram o que mais chamou a atenção nesse percurso. A professora de ciências trabalhou a vegetação que, mesmo diante das dificuldades encontradas, resiste e mantem-se viva. Chegou o momento de elencar os indicadores que a comunidade da escola Padre Avelino Canazza apontou para melhorias no bairro Vila Formosa. Os alunos sentaram em grupo, leram a questão de número vinte e um do questionário, onde pergunta: “O que gostaria que melhorasse em seu bairro?”. Analisaram as respostas e definiram os setores que a população mais pede melhorias. São eles em ordem decrescente: Lazer, segurança, saúde, educação, transporte e sinalização de transito, moradia, limpeza e manutenção dos locais públicos, e melhorias na entrada da escola. Em seguida, a professora de matemática, Adriana Correia, construiu uma tabela e um gráfico para sinalizar os indicadores de melhoria no bairro através da pesquisa realizada. Também, com essa parceria, analisaremos os gráficos emitidos pelo Google Drive, em relação a todo o questionário. Voltando à aula de Geografia, após interpretação de tabelas e gráficos, é o momento de registrarmos as conclusões referentes à qualidade de vida da comunidade escolar, e fazer um paralelo com o IDH do município de Campinas e Região Metropolitana. O resultado da pesquisa será apresentado para todas as turmas e ficará no mural da escola, para toda comunidade conferir. Serão expostos relatórios, fotos, tabelas e gráficos.
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  • 20. Avaliação do processo de pesquisa O “Projeto Conhecimento e Pesquisa na Escola”, nos trouxe uma importantíssima contribuição. Os alunos puderam compreender um pouco sobre o que é pesquisar e o trajeto para se chegar a uma conclusão de um determinado assunto em questão. Ao definirem o tema e seus subtemas, muitas oportunidades de reflexão, busca e aprendizagem foram estabelecidas. A turma sempre muito curiosa para entender e conhecer melhor o meio no qual estão inseridos, foi fundamental para o desenvolvimento do processo. Conseguiram uma melhor compreensão do que é essencial para se ter qualidade de vida e as dimensões que são analisadas para se ter um parâmetro sobre o desenvolvimento humano; e as interferências diretas e indiretas que afetam os resultados desse índice. Puderam conhecer meios de pesquisa, e pesquisar de forma autônoma com os recursos tecnológicos atuais, de acordo com a faixa etária da turma. Construíram saberes sobre levantamento de dados, tabelas e gráficos. Identificaram problemas sociais, como falta de moradia, baixa renda, falta de lazer, atendimento de saúde precário, pouca escolaridade dos adultos entre outros. Reconheceram a importância da educação para ampliar possibilidades, aumentando o horizonte com reflexões e posturas políticas, para uma luta por condições de vida melhores.
  • 21. Enfim, a pesquisa sobre IDH da RMC e as características da comunidade escolar Padre Avelino Canazza, proporcionou um novo olhar sobre as diferenças sociais, econômicas e culturais de uma mesma região. E suas interferências diretas na qualidade de vida. Algumas dificuldades foram encontradas no caminho, como por exemplo, a demora para regularizar a internet na sala de informática da escola e sua liberação para os alunos. A falta de mais livros Geoatlas, pois tínhamos um exemplar apenas, para escola toda.
  • 22. Resultados e discussões Foram distribuídos 92 questionários aos alunos (1º ano ao 5º ano) para que seus pais ou responsáveis pudessem responder. Foram devolvidos ao 4º ano, 78 formulários. Os alunos puderam observar que 61% das famílias são compostas por 2 adultos e que 42% destes, possuem 2 crianças e/ou adolescentes. Que o nível de escolaridade da comunidade escolar entre os adultos da casa, é de 32,9% com ensino médio completo; 26,5% com ensino fundamental incompleto; 15,6% com ensino fundamental completo; 11,5% ensino médio incompleto; 7,4% com superior completo; 1,7% nunca frequentaram escola. Que 100% das famílias possuem atendimento médico, porém, 42,9% considera o mesmo, ruim ou regular. E quando necessitam de serviços hospitalares, procuram na maioria, o Hospital Mario Gatti e Santa Casa de Valinhos. Em relação a moradia, 51,4% moram em casas alugadas ou cedidas. Os adultos trabalham em sua maioria no comércio, correspondendo a 28%. Com 21% ficou o prestador de serviço autônomo. Em outras funções, 17%. Ainda foi notificado, que 14% dos adultos estão na indústria, 10% desempregados, 8% funcionário público e 1% na agricultura. E a maioria trabalha com carteira assinada.
  • 23. As rendas definidas pelas famílias foram de 68,6% recebendo 1 a 3 salários mínimos por mês e 31,4% recebendo 4 ou mais salários mínimos mensais. A maioria dos adultos não praticam atividade física e não participam das festas promovidas pela própria comunidade do bairro, como por exemplo, quermesses ou festas de rua. Porém, 76,6% frequentam os bosques, praças e parques da cidade, como um lazer. Em relação a discriminação, 12,6% responderam que já sofreram ou sofrem discriminação religiosa; 8,1% discriminação racial; 6,6% discriminação socioeconômica; 6,8% outros tipos de discriminação. bairro possui 100% de saneamento básico. Porém, em relação a coleta de materiais reciclados, 21,1% dizem não ocorrer no bairro. A limpeza dos logradouros e espaços públicos ficaram com 57,1% de satisfação, contra 42,9% de insatisfeitos. O indicador segurança, ficou com 67,5% de aprovação, contra 32,5% de reprovação. Foi perguntado à comunidade o que gostariam que melhorassem no bairro Vila Formosa e em sua maioria optaram por melhores condições de lazer no bairro, com praças, parques, área de ginastica ao ar livre, e manutenção dos mesmos. Em seguida, por ordem decrescente, vieram os indicadores de segurança, saúde, educação, transporte coletivo em melhores condições, sinais de transito e moradia.
  • 24. De acordo com os resultados obtidos através desta pesquisa, a turma do 4º ano, conclui que as diferenças sociais são bem evidentes entre alguns bairros do próprio município. Mas em relação às outras cidades do Estado de São Paulo e outras regiões brasileiras, o bairro possui melhores condições de vida, uma vez que ficou evidenciado 100% de saneamento básico e atendimento à saúde. Também com a maioria dos adultos com ensino médio completo, evidenciando o acesso e permanência na educação básica como um bom indicador de desenvolvimento humano. A comunidade escolar da Vila Formosa, considera o bairro como um local seguro e com boas escolas. Mas necessitam de melhorias, principalmente, de lazer. A praça de esportes que foi citada nos questionários, está em reforma e é o único lugar para toda a população do bairro. Necessitando de maiores investimentos para o local, beneficiando assim, muitas famílias, principalmente as crianças e jovens. Foi discutido e apontado pelos alunos, que a comunidade não tem o hábito de atividades físicas. Pensamos que um dos motivos seria pela falta de praças e calçadas em boas condições para o incentivo a caminhada diária. Esse indicador interfere diretamente na saúde das pessoas e na longevidade.
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  • 34. Aula de matemática : construção do gráfico referente a pesquisa “ O que você gostaria que melhorasse no bairro Vila Formosa?”
  • 35. Gráfico de barras construído pelos alunos com a professora de Matemática Adriana Correia
  • 36. Considerações Finais A partir da pesquisa realizada podemos chegar à conclusão que a qualidade de vida é algo complexo de ser mensurado, não sendo possível levar em consideração apenas um fator isolado para determina-la. De qualquer forma, através da pesquisa realizada podemos observar um retrato, ainda que não totalmente nítido, das características e peculiaridades da comunidade escolar da EMEF Padre Avelino Canazza. Notamos uma grande diversidade em todos os aspectos abordados na pesquisa. A comunidade é bastante heterogênea em alguns quesitos chaves quando pesquisamos a qualidade de vida: Escolaridade e renda por exemplo. Fica evidente a discrepância entre alguns itens. Enquanto toda a população pesquisada afirma ter acesso à água tratada e coleta de esgoto, o mesmo não acontece com relação ao lazer, onde há uma ausência significativa de espaços próprios para isto. Outro resultado interessante foi a ciência de que a população pesquisada não participa ativamente das atividades culturais proporcionadas na/pela comunidade local. Também ficou evidente a falta de intimidade da população com a realização de pesquisas do gênero, e a necessidade de modificações e adequações no questionário para torna-lo mais compreensível e objetivo.
  • 37. Através dessa pesquisa, os alunos do 4º ano puderam compreender o significado de desenvolvimento humano e conhecer melhor a comunidade na qual estão inseridos. O aprofundamento/aprimoramento da pesquisa possibilitará a ampliação desse horizonte.