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CAPÍTULO 78
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE
MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSES DE BIOFERTILIZANTE
BOVINO
AGUIAR, Ana Verônica Menezes1; CAVALCANTE, Lourival Ferreira2; SILVA, Roseano
Medeiros1; DANTAS, Tony Andreson Guedes; SANTOS3, Elizangela Cabral1
1
Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), ana_aguiar_@live.com.br,
medeiros_ufersa@hotmail.com, elizangelacabral@ufersa.edu.br; 2
Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal da Paraíba (CCA/UFPB), lofeca@cca.ufpb.br; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Ceará (IFCE), tagdantas@yahoo.com.br
78.1 INTRODUÇÃO
O maracujazeiro é uma cultura bastante explorada no Brasil. O Estado da Paraíba é o
quinto produtor da Região Nordeste, mas apresenta produtividade baixa, quando comparada
ao potencial da cultura e a média nacional. Isso é resultado da falta de investimento, reduzido
emprego de tecnologia de produção e principalmente do cultivo em ambientes com severas
restrições hídricas e climáticas, como no Nordeste brasileiro (FREIRE et al., 2010).
Nas áreas semiáridas há uma grande preocupação mundial com a degradação dos
solos quanto à salinidade como resultado do excesso de sais resultantes da irrigação
(HOLANDA et al., 2010). Uma das tentativas de mitigar os efeitos da salinidade da água e do
solo às plantas é a utilização de compostos orgânicos como os biofertilizantes. Esses insumos
resultam em melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, dependendo da
forma e quantidade utilizada (ARAÚJO, 2006).
O biofertilizante é uma das alternativas utilizadas no meio agronômico para a produção
e utilização dos recursos naturais existentes na propriedade, que se refere ao efluente
resultante da fermentação aeróbica ou anaeróbica de produtos orgânicos puros ou
complementados com minerais, que podem ser usados na agricultura para vários fins
(LACERDA, et al., 2010).
737
Trabalhos avaliando a fertilidade do solo adubado com biofertilizantes e cultivados
com maracujazeiro amarelo são encontrados na literatura. Como o de Cavalcante et al. (2007),
que estudando os efeitos de dois biofertilizantes bovinos: comum e enriquecido com macro e
micronutrientes aplicados ao solo, sobre o crescimento do maracujazeiro amarelo e sobre a
fertilidade do solo, observaram que ambos os biofertilizantes elevaram os componentes da
fertilidade, pH e a condutividade elétrica do substrato nas covas.
Por apresentar viabilidade econômica há necessidade de elevar o rendimento e a
longevidade dos pomares. Nessa direção, o Brasil já possui genótipos de maracujazeiro
amarelo tais como os híbridos BRS Sol do Cerrado e BRS Gigante Amarelo, ambos com
potencial produtivo médio de 40 t ha-1 (IBRAF, 2010).
Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi avaliar a fertilidade do solo cultivado
com maracujazeiro amarelo sob doses de biofertilizante bovino.
78.2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no município de Nova Floresta (PB), situado nas
coordenadas geográficas 60°25’ 33”S, 36°012’18”W e altitude média de 661 m. O solo da área
experimental é um Latossolo Amarelo Distrófico, não salino, relevo suavemente plano
(SANTOS et al., 2006). Foi realizada uma caracterização química inicial quanto à fertilidade
solo na profundidade de 0-20 com (Tabela 1).
Tabela 1. Caracterização química inicial do solo da área experimental.
Atributos químicos
pH P K+ Na+ H++Al3+ Al3+ Ca2+ Mg2+ SB CTC V m MOS
(1:2,5) -- (mg dm-3 ) -- ----------------------- (cmolc dm-3 ) --------------------- (%) (g kg-1)
5,48 64,22 72,70 0,79 2,15 traço 1,65 1,20 3,83 5,98 64,05 -- 9,20
No preparo do solo foi realizada uma calagem em toda área experimental, com calcário
calcítico, incorporado na cova de plantio para elevar a saturação por bases trocáveis para 70%
(SÃO JOSÉ et al., 2000), e irrigada a cada dois dias, durante 30 dias.
As covas foram abertas e preparadas nas dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm e
preenchidas com material de solo dos primeiros 20 cm e acrescido de 10 L de esterco bovino
curtido de relação C/N = 18:1 e uma suplementação mineral com 100 g cova-1 de superfosfato
738
simples (20% de P2O5). Trinta dias após a preparação das covas o biofertilizante foi fornecido
nas respectivas doses e no dia seguinte efetuou-se o transplantio das mudas, com 60 dias da
semeadura.
As mudas foram produzidas em sacos de polietileno preto (1 litro), preenchidos com
substrato composto de uma mistura de solo dos primeiros 20 cm da área experimental e
esterco bovino curtido nas proporções de 3:1, semeando-se três sementes por saco.
O biofertilizante bovino líquido foi obtido de acordo com metodologia proposta por
Silva et al. (2007). A caracterização dos teores de nutrientes na matéria seca está expressa na
Tabela 2, obtidos conforme metodologia da Embrapa (2011).
Tabela 2. Caracterização do biofertilizante bovino líquido puro para fins de irrigação e teores
de nutrientes na matéria seca.
pH
CE Ca2+ Mg2+ Na+ K+ SO4
2- CO3
2- HCO3
- Cl- RAS
dS m-1 ---------------------------------- mmolc L-1 ---------------------------------- (mmol L-1)1/2
7,28 15,90
19,0
0
28,50 68,26 47,75 13,77 0,33 17,30 126,17 14,01
N K P Ca Mg S Fe Mn Zn Cu B Mo Na Cl
------------------- g kg-1 -------------------- ----------------------------- mg kg-1 ------------------------ -
16,2
0
3,00 23,50
12,8
0
49,60 - 257,00 129,00 345,40 14,10 - - 241,26 -
O espaçamento adotado foi de 3,0 m entre plantas e 2,5 m entre as linhas, usando
espaldeira de fio único com um arame liso nº 12 com 2,0 m de altura.
Realizou-se adubação mineral de cobertura com base nos teores de nutrientes
previamente apresentados no solo e com base nas exigências da cultura, seguindo sugestão
proposta por São José et al. (2000).
Os tratamentos foram distribuídos em delineamento de blocos ao acaso em esquema
fatorial 3G x 5B, referente a três genótipos (Genótipo da Seleção Local - Guinezinho, BRS Sol
do Cerrado e BRS Gigante Amarelo) e cinco doses de biofertilizante bovino correspondentes
a 0 (água), 10, 20, 30 e 40% do volume de 5 litros de água aplicados mensalmente, até o início
da floração, em cada planta, totalizando 15 tratamentos. O experimento foi instalado com
três repetições e três plantas por parcela, totalizando 135 plantas, em área útil de 0,1 hectare.
Foram coletadas quatro amostras simples de solo, uma em cada quadrante da cova a
20 cm de distância do caule nas faixas de 0 - 20 e de 21 - 40 cm em cada tratamento, no início
739
da floração, cerca de 130 dias após o transplantio das mudas. Em seguida transformadas em
amostras compostas e acondicionadas em sacos plásticos com capacidade para 1 kg para
avaliação da fertilidade do solo (EMBRAPA, 2011).
Os dados foram submetidos à análise de variância para diagnóstico de efeitos
significativos e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade
para os genótipos e regressão polinomial para as doses de biofertilizante em cada variável
dependente.
78.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com a figura 1, ao comparar os resultados médios com o valor inicial do solo
do pH de 5,48 verifica-se uma elevação do pH para 5,93 e 5,95, nas duas profundidades
estudadas. Considerando-se que a cultura exige pH do solo entre 5,5 e 6,5 constata-se
situação adequada ao maracujazeiro amarelo. A elevação do pH é resultado da calagem
associada à ação do biofertilizante. No que se refere ao efeito do biofertilizante, a situação
está em acordo com Diniz (2009), ao constatar aumento do pH do solo de 6,34 e 6,74 com
aplicação de biofertilizante bovino no solo cultivado com maracujazeiro amarelo.
Quanto à matéria orgânica do solo (MOS) (Figura 1), comparando com o valor inicial de 9,2 g
kg-1, a adição do esterco bovino no preparo das covas e do biofertilizante até o período de
coleta do solo contribuíram para aumento do nível na superfície e na camada de 20 - 40 cm
do solo, variando entre 32,83 e 30,27 g kg-1, respectivamente. Os aumentos são superiores
aos 16,23 e 26,25 g kg-1, apresentados por Diniz (2009) e Freire (2011) em solos com
biofertilizante bovino cultivados com maracujazeiro amarelo.
Figura 1. Matéria orgânica no solo (MOS) em função da aplicação de biofertilizante
líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm.
740
O teor de fósforo no solo foi de 393,82 e 425, 27 mg dm-3, quando cultivado com o S.
Cerrado e G. Amarelo, e de 340,00 mg dm-3 no solo com o genótipo Local (Figura 2A). Em
ambas as profundidades (Figura 2B), o teor de fósforo é considerado muito alto, devido às
aplicações anteriores do elemento na área de cultivo.
O aumento no teor de fósforo no solo foi superior aos 139 mg dm-3 apresentados por
Pires et al. (2008) em solo tratado com matéria orgânica. Rodrigues (2007), aplicando o
biofertilizante supermagro com e sem K2O também observou o aumento dos teores de fósforo
para níveis muito altos, de 120 e 210 mg dm-3 nos tratamentos sem e co m K2O.
Figura 2. Teor de fósforo no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em
diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B).
Teor de potássio no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes
genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (C).
Observou-se elevados teores de potássio (402,51 e 392,46 mg dm-3) no solo cultivado
o S. Cerrado e G. Amarelo, nas doses estimadas de 21,67 e 16,48 % (Figura 2C). Mas, no solo
com a S. Local, os valores decresceram com o aumento das doses de 766 mg dm-3, no solo sem
biofertilizante para até o menor valor de 246,73 mg dm-3 na dose mínima estimada do insumo
orgânico de 23%; a partir desse valor, os teores de K+ foram elevados com o aumento do
respectivo insumo fornecido ao solo.
Comportamento semelhante ao do genótipo S. Local foi observado também por Diniz
(2009), em que o aumento das doses de biofertilizante diminuiu os teores de potássio do solo
até uma dose mínima estimada. Apesar da redução com o aumento do insumo até a dose
mínima de 246,73 mg dm-3 esse teor, mesmo sendo o menor de todas as situações, representa
A B
C
741
teor elevado de K no solo. Resultados em acordo com Rodrigues et al. (2009) e Silva et al.
(2008) ao constatarem que os biofertilizantes supermagro e comum elevaram
significativamente os teores de potássio no solo. Entretanto, esses elevados teores não são
respostas apenas da adição do biofertilizante, uma vez que o solo foi fertilizado com adubação
potássica e pela adição do nutriente via água de irrigação.
Os teores de cálcio em ambas as camadas do solo, as doses de biofertilizante
promoveram um amento no teor de Ca2+ no solo, atingindo os maiores valores de 6,06, 4,63
e 6,58 cmolc dm-3 na maior dose, para S. Local, S. Cerrado e G. Amarelo, respectivamente na
profundidade de 0 - 20 cm. Na profundidade 20 - 40, o solo cultivado com a S. Local obteve
uma média de 6,20 cmolc dm-3, enquanto que para o S. Cerrado o maior teor do nutriente foi
proporcionado pelo tratamento sem o insumo com o valor de 2,85 cmolc dm-3 (Figura 3 A,B).
Figura 5. Teores de cálcio no solo, em função da aplicação de biofertilizante líquido em
diferentes genótipos de maracujazeiro nas profundidades de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B).
Os valores de Ca2+ obtidos superam os encontrados por Diniz (2009) e Rodolfo Junior
(2007), em solos cultivados com maracujazeiro amarelo tratados com biofertilizante comum
e supermagro, respectivamente. Ao considerar que o solo antes da instalação do experimento
estava deficiente em cálcio, com apenas 1,65 cmolc dm-3 os teores, principalmente na
superfície em função da calagem, biofertilizante e irrigação, foram elevados de nível baixo
para adequado.
Os teores de magnésio na camada de 0-20 foram elevados de 1,2 cmolc dm-3 antes da
instalação do experimento para até 3,44 e 5,29 cmolc dm-3 nos genótipos Local e G. Amarelo,
enquanto no solo com S.Cerrado a dose estimada de biofertilizante que promoveu o maior
teor do nutriente (2,12 cmolc dm-3) foi 18,51% (Figura 4A). Na profundidade de 21 - 40 os solos
cultivados com S. Cerrado e G. Amarelo apresentaram teores de magnésio superiores ao
A B
742
cultivado com S. Local, com 4.18 e 3,94 cmolc dm-3 para os híbridos, e 3,18 cmolc dm-3para a
Seleção Local (Figura 4B). Esses incrementos devem-se aos maiores teores do macronutriente
no biofertilizante e na água de irrigação.
Freire (2011) observou que o teor inicial de Mg²+ no solo foi elevado 43,6% e 65,4%
após a aplicação dos tratamentos no solo sem e com biofertilizante, e atribuiu os aumentos
às irrigações com água não salina e salina, que continha 0,81 e 13,75 mmolc L-1 de Mg+,
respectivamente, e ao biofertilizante. Rodrigues (2007), aplicando biofertilizante supermagro,
que contém sulfato de magnésio na usa composição e não registrou aumento do nutriente no
solo.
Figura 4. Teor de magnésio no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em
diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B).
As doses de biofertilizante promoveram uma redução na acidez potencial (H+ + Al3+),
comparada com o valor inicial do solo de 2,15 cmolc dm-3 para 1,56 cmolc dm-3 no solo com o
genótipo G. Amarelo e para 0,55 e 1,01 cmolc dm-3 na dose de 40% enquanto que no solo com
a S. Local e o S. Cerrado na maior dose do insumo orgânico aplicado (Figura 5 A,B). Na faixa de
20 - 40 cm, o solo por ocasião da amostragem estava com acidez potencial de 1,91, 2,08 e 1,54
cmolc dm-3 , respectivamente, nos tratamentos com a S. Local e S. Cerrado.
Figura 5. Acidez potencial (H++Al3+) do solo em função da aplicação de biofertilizante líquido
em diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (A) 21 - 40 cm (B).
A B
743
O comportamento dos dados diverge de Rodrigues et al. (2009) ao constatarem que
os teores de H+ + Al3+ não sofreram interferência das doses de supermagro, aplicação de K2O
e nem da interação entre ambos. Mas os valores comparados ao que o solo possuía
inicialmente foram elevados de 1,23 cmolc dm-3 para até 1,92 cmolc dm-3, das doses de
supermagro aplicadas.
As doses de biofertilizante de 29,84% e 40% promoveram menores teores de Na+, no
solo com a S. Local e o S. Cerrado, (Figura 6 A). Na profundidade 21 - 40 cm, os menores teores
de sódio foram registrados nas doses de 31,48% no solo com S. Local e de 40% para os o G.
Amarelo e S. Serrado, entretanto, no solo sem biofertilizante os teores de sódio foram
superiores (Figura 6 B).
Figura 6. Teores de sódio no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em
diferentes genótipos de maracujazeiro nas profundidades de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B).
O aumento no teor de Na+ causado pela aplicação de biofertilizante no solo é relatado
por vários autores, como Freire (2011), que observou nos tratamentos irrigados com água não
salina, que o biofertilizante incrementou o teor de sódio no solo sem cobertura morta em
12,8%. Diniz (2009) também verificou que em função da aplicação de matéria orgânica, houve
uma elevação de 50% no teor do elemento quando comparado ao solo sem o insumo
A
B
A
B
744
orgânico. Entretanto, Alves et al. (2009), cultivando pimentão no solo tratado com diferentes
biofertilizante, constataram que os biofertilizantes puros e agrobio aplicados ao solo na forma
líquida não elevaram a concentração de sódio do solo.
78.4 CONCLUSÕES
O biofertilizante bovino aplicado ao solo na forma líquida, mesmo elevando o
conteúdo de sódio, promoveu melhorias na fertilidade do solo, relacionadas ao aumento do
teor da matéria orgânica, manutenção do pH na faixa exigida pela cultura, elevação dos teores
de fósforo, potássio, cálcio e redução da acidez potencial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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cultivado com pimentão sob aplicação de diferentes tipos de biofertilizantes. Revista Verde
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adubação mineral sobre atributos químicos de um Latossolo Bruno. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, Viçosa, v.32, p. 2563 - 2572, 2008.
TOMÉ JÚNIOR, J. B. Manual para interpretação de análise de solo. Guaíba: Editora
Agropecuária. 247p. 1997.

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FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSES DE BIOFERTILIZANTE BOVINO

  • 1. 736 CAPÍTULO 78 FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSES DE BIOFERTILIZANTE BOVINO AGUIAR, Ana Verônica Menezes1; CAVALCANTE, Lourival Ferreira2; SILVA, Roseano Medeiros1; DANTAS, Tony Andreson Guedes; SANTOS3, Elizangela Cabral1 1 Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), ana_aguiar_@live.com.br, medeiros_ufersa@hotmail.com, elizangelacabral@ufersa.edu.br; 2 Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB), lofeca@cca.ufpb.br; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), tagdantas@yahoo.com.br 78.1 INTRODUÇÃO O maracujazeiro é uma cultura bastante explorada no Brasil. O Estado da Paraíba é o quinto produtor da Região Nordeste, mas apresenta produtividade baixa, quando comparada ao potencial da cultura e a média nacional. Isso é resultado da falta de investimento, reduzido emprego de tecnologia de produção e principalmente do cultivo em ambientes com severas restrições hídricas e climáticas, como no Nordeste brasileiro (FREIRE et al., 2010). Nas áreas semiáridas há uma grande preocupação mundial com a degradação dos solos quanto à salinidade como resultado do excesso de sais resultantes da irrigação (HOLANDA et al., 2010). Uma das tentativas de mitigar os efeitos da salinidade da água e do solo às plantas é a utilização de compostos orgânicos como os biofertilizantes. Esses insumos resultam em melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, dependendo da forma e quantidade utilizada (ARAÚJO, 2006). O biofertilizante é uma das alternativas utilizadas no meio agronômico para a produção e utilização dos recursos naturais existentes na propriedade, que se refere ao efluente resultante da fermentação aeróbica ou anaeróbica de produtos orgânicos puros ou complementados com minerais, que podem ser usados na agricultura para vários fins (LACERDA, et al., 2010).
  • 2. 737 Trabalhos avaliando a fertilidade do solo adubado com biofertilizantes e cultivados com maracujazeiro amarelo são encontrados na literatura. Como o de Cavalcante et al. (2007), que estudando os efeitos de dois biofertilizantes bovinos: comum e enriquecido com macro e micronutrientes aplicados ao solo, sobre o crescimento do maracujazeiro amarelo e sobre a fertilidade do solo, observaram que ambos os biofertilizantes elevaram os componentes da fertilidade, pH e a condutividade elétrica do substrato nas covas. Por apresentar viabilidade econômica há necessidade de elevar o rendimento e a longevidade dos pomares. Nessa direção, o Brasil já possui genótipos de maracujazeiro amarelo tais como os híbridos BRS Sol do Cerrado e BRS Gigante Amarelo, ambos com potencial produtivo médio de 40 t ha-1 (IBRAF, 2010). Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi avaliar a fertilidade do solo cultivado com maracujazeiro amarelo sob doses de biofertilizante bovino. 78.2 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado no município de Nova Floresta (PB), situado nas coordenadas geográficas 60°25’ 33”S, 36°012’18”W e altitude média de 661 m. O solo da área experimental é um Latossolo Amarelo Distrófico, não salino, relevo suavemente plano (SANTOS et al., 2006). Foi realizada uma caracterização química inicial quanto à fertilidade solo na profundidade de 0-20 com (Tabela 1). Tabela 1. Caracterização química inicial do solo da área experimental. Atributos químicos pH P K+ Na+ H++Al3+ Al3+ Ca2+ Mg2+ SB CTC V m MOS (1:2,5) -- (mg dm-3 ) -- ----------------------- (cmolc dm-3 ) --------------------- (%) (g kg-1) 5,48 64,22 72,70 0,79 2,15 traço 1,65 1,20 3,83 5,98 64,05 -- 9,20 No preparo do solo foi realizada uma calagem em toda área experimental, com calcário calcítico, incorporado na cova de plantio para elevar a saturação por bases trocáveis para 70% (SÃO JOSÉ et al., 2000), e irrigada a cada dois dias, durante 30 dias. As covas foram abertas e preparadas nas dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm e preenchidas com material de solo dos primeiros 20 cm e acrescido de 10 L de esterco bovino curtido de relação C/N = 18:1 e uma suplementação mineral com 100 g cova-1 de superfosfato
  • 3. 738 simples (20% de P2O5). Trinta dias após a preparação das covas o biofertilizante foi fornecido nas respectivas doses e no dia seguinte efetuou-se o transplantio das mudas, com 60 dias da semeadura. As mudas foram produzidas em sacos de polietileno preto (1 litro), preenchidos com substrato composto de uma mistura de solo dos primeiros 20 cm da área experimental e esterco bovino curtido nas proporções de 3:1, semeando-se três sementes por saco. O biofertilizante bovino líquido foi obtido de acordo com metodologia proposta por Silva et al. (2007). A caracterização dos teores de nutrientes na matéria seca está expressa na Tabela 2, obtidos conforme metodologia da Embrapa (2011). Tabela 2. Caracterização do biofertilizante bovino líquido puro para fins de irrigação e teores de nutrientes na matéria seca. pH CE Ca2+ Mg2+ Na+ K+ SO4 2- CO3 2- HCO3 - Cl- RAS dS m-1 ---------------------------------- mmolc L-1 ---------------------------------- (mmol L-1)1/2 7,28 15,90 19,0 0 28,50 68,26 47,75 13,77 0,33 17,30 126,17 14,01 N K P Ca Mg S Fe Mn Zn Cu B Mo Na Cl ------------------- g kg-1 -------------------- ----------------------------- mg kg-1 ------------------------ - 16,2 0 3,00 23,50 12,8 0 49,60 - 257,00 129,00 345,40 14,10 - - 241,26 - O espaçamento adotado foi de 3,0 m entre plantas e 2,5 m entre as linhas, usando espaldeira de fio único com um arame liso nº 12 com 2,0 m de altura. Realizou-se adubação mineral de cobertura com base nos teores de nutrientes previamente apresentados no solo e com base nas exigências da cultura, seguindo sugestão proposta por São José et al. (2000). Os tratamentos foram distribuídos em delineamento de blocos ao acaso em esquema fatorial 3G x 5B, referente a três genótipos (Genótipo da Seleção Local - Guinezinho, BRS Sol do Cerrado e BRS Gigante Amarelo) e cinco doses de biofertilizante bovino correspondentes a 0 (água), 10, 20, 30 e 40% do volume de 5 litros de água aplicados mensalmente, até o início da floração, em cada planta, totalizando 15 tratamentos. O experimento foi instalado com três repetições e três plantas por parcela, totalizando 135 plantas, em área útil de 0,1 hectare. Foram coletadas quatro amostras simples de solo, uma em cada quadrante da cova a 20 cm de distância do caule nas faixas de 0 - 20 e de 21 - 40 cm em cada tratamento, no início
  • 4. 739 da floração, cerca de 130 dias após o transplantio das mudas. Em seguida transformadas em amostras compostas e acondicionadas em sacos plásticos com capacidade para 1 kg para avaliação da fertilidade do solo (EMBRAPA, 2011). Os dados foram submetidos à análise de variância para diagnóstico de efeitos significativos e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade para os genótipos e regressão polinomial para as doses de biofertilizante em cada variável dependente. 78.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a figura 1, ao comparar os resultados médios com o valor inicial do solo do pH de 5,48 verifica-se uma elevação do pH para 5,93 e 5,95, nas duas profundidades estudadas. Considerando-se que a cultura exige pH do solo entre 5,5 e 6,5 constata-se situação adequada ao maracujazeiro amarelo. A elevação do pH é resultado da calagem associada à ação do biofertilizante. No que se refere ao efeito do biofertilizante, a situação está em acordo com Diniz (2009), ao constatar aumento do pH do solo de 6,34 e 6,74 com aplicação de biofertilizante bovino no solo cultivado com maracujazeiro amarelo. Quanto à matéria orgânica do solo (MOS) (Figura 1), comparando com o valor inicial de 9,2 g kg-1, a adição do esterco bovino no preparo das covas e do biofertilizante até o período de coleta do solo contribuíram para aumento do nível na superfície e na camada de 20 - 40 cm do solo, variando entre 32,83 e 30,27 g kg-1, respectivamente. Os aumentos são superiores aos 16,23 e 26,25 g kg-1, apresentados por Diniz (2009) e Freire (2011) em solos com biofertilizante bovino cultivados com maracujazeiro amarelo. Figura 1. Matéria orgânica no solo (MOS) em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm.
  • 5. 740 O teor de fósforo no solo foi de 393,82 e 425, 27 mg dm-3, quando cultivado com o S. Cerrado e G. Amarelo, e de 340,00 mg dm-3 no solo com o genótipo Local (Figura 2A). Em ambas as profundidades (Figura 2B), o teor de fósforo é considerado muito alto, devido às aplicações anteriores do elemento na área de cultivo. O aumento no teor de fósforo no solo foi superior aos 139 mg dm-3 apresentados por Pires et al. (2008) em solo tratado com matéria orgânica. Rodrigues (2007), aplicando o biofertilizante supermagro com e sem K2O também observou o aumento dos teores de fósforo para níveis muito altos, de 120 e 210 mg dm-3 nos tratamentos sem e co m K2O. Figura 2. Teor de fósforo no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B). Teor de potássio no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (C). Observou-se elevados teores de potássio (402,51 e 392,46 mg dm-3) no solo cultivado o S. Cerrado e G. Amarelo, nas doses estimadas de 21,67 e 16,48 % (Figura 2C). Mas, no solo com a S. Local, os valores decresceram com o aumento das doses de 766 mg dm-3, no solo sem biofertilizante para até o menor valor de 246,73 mg dm-3 na dose mínima estimada do insumo orgânico de 23%; a partir desse valor, os teores de K+ foram elevados com o aumento do respectivo insumo fornecido ao solo. Comportamento semelhante ao do genótipo S. Local foi observado também por Diniz (2009), em que o aumento das doses de biofertilizante diminuiu os teores de potássio do solo até uma dose mínima estimada. Apesar da redução com o aumento do insumo até a dose mínima de 246,73 mg dm-3 esse teor, mesmo sendo o menor de todas as situações, representa A B C
  • 6. 741 teor elevado de K no solo. Resultados em acordo com Rodrigues et al. (2009) e Silva et al. (2008) ao constatarem que os biofertilizantes supermagro e comum elevaram significativamente os teores de potássio no solo. Entretanto, esses elevados teores não são respostas apenas da adição do biofertilizante, uma vez que o solo foi fertilizado com adubação potássica e pela adição do nutriente via água de irrigação. Os teores de cálcio em ambas as camadas do solo, as doses de biofertilizante promoveram um amento no teor de Ca2+ no solo, atingindo os maiores valores de 6,06, 4,63 e 6,58 cmolc dm-3 na maior dose, para S. Local, S. Cerrado e G. Amarelo, respectivamente na profundidade de 0 - 20 cm. Na profundidade 20 - 40, o solo cultivado com a S. Local obteve uma média de 6,20 cmolc dm-3, enquanto que para o S. Cerrado o maior teor do nutriente foi proporcionado pelo tratamento sem o insumo com o valor de 2,85 cmolc dm-3 (Figura 3 A,B). Figura 5. Teores de cálcio no solo, em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro nas profundidades de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B). Os valores de Ca2+ obtidos superam os encontrados por Diniz (2009) e Rodolfo Junior (2007), em solos cultivados com maracujazeiro amarelo tratados com biofertilizante comum e supermagro, respectivamente. Ao considerar que o solo antes da instalação do experimento estava deficiente em cálcio, com apenas 1,65 cmolc dm-3 os teores, principalmente na superfície em função da calagem, biofertilizante e irrigação, foram elevados de nível baixo para adequado. Os teores de magnésio na camada de 0-20 foram elevados de 1,2 cmolc dm-3 antes da instalação do experimento para até 3,44 e 5,29 cmolc dm-3 nos genótipos Local e G. Amarelo, enquanto no solo com S.Cerrado a dose estimada de biofertilizante que promoveu o maior teor do nutriente (2,12 cmolc dm-3) foi 18,51% (Figura 4A). Na profundidade de 21 - 40 os solos cultivados com S. Cerrado e G. Amarelo apresentaram teores de magnésio superiores ao A B
  • 7. 742 cultivado com S. Local, com 4.18 e 3,94 cmolc dm-3 para os híbridos, e 3,18 cmolc dm-3para a Seleção Local (Figura 4B). Esses incrementos devem-se aos maiores teores do macronutriente no biofertilizante e na água de irrigação. Freire (2011) observou que o teor inicial de Mg²+ no solo foi elevado 43,6% e 65,4% após a aplicação dos tratamentos no solo sem e com biofertilizante, e atribuiu os aumentos às irrigações com água não salina e salina, que continha 0,81 e 13,75 mmolc L-1 de Mg+, respectivamente, e ao biofertilizante. Rodrigues (2007), aplicando biofertilizante supermagro, que contém sulfato de magnésio na usa composição e não registrou aumento do nutriente no solo. Figura 4. Teor de magnésio no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B). As doses de biofertilizante promoveram uma redução na acidez potencial (H+ + Al3+), comparada com o valor inicial do solo de 2,15 cmolc dm-3 para 1,56 cmolc dm-3 no solo com o genótipo G. Amarelo e para 0,55 e 1,01 cmolc dm-3 na dose de 40% enquanto que no solo com a S. Local e o S. Cerrado na maior dose do insumo orgânico aplicado (Figura 5 A,B). Na faixa de 20 - 40 cm, o solo por ocasião da amostragem estava com acidez potencial de 1,91, 2,08 e 1,54 cmolc dm-3 , respectivamente, nos tratamentos com a S. Local e S. Cerrado. Figura 5. Acidez potencial (H++Al3+) do solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro na profundidade de 0 - 20 cm (A) 21 - 40 cm (B). A B
  • 8. 743 O comportamento dos dados diverge de Rodrigues et al. (2009) ao constatarem que os teores de H+ + Al3+ não sofreram interferência das doses de supermagro, aplicação de K2O e nem da interação entre ambos. Mas os valores comparados ao que o solo possuía inicialmente foram elevados de 1,23 cmolc dm-3 para até 1,92 cmolc dm-3, das doses de supermagro aplicadas. As doses de biofertilizante de 29,84% e 40% promoveram menores teores de Na+, no solo com a S. Local e o S. Cerrado, (Figura 6 A). Na profundidade 21 - 40 cm, os menores teores de sódio foram registrados nas doses de 31,48% no solo com S. Local e de 40% para os o G. Amarelo e S. Serrado, entretanto, no solo sem biofertilizante os teores de sódio foram superiores (Figura 6 B). Figura 6. Teores de sódio no solo em função da aplicação de biofertilizante líquido em diferentes genótipos de maracujazeiro nas profundidades de 0 - 20 cm (A) e 21 - 40 cm (B). O aumento no teor de Na+ causado pela aplicação de biofertilizante no solo é relatado por vários autores, como Freire (2011), que observou nos tratamentos irrigados com água não salina, que o biofertilizante incrementou o teor de sódio no solo sem cobertura morta em 12,8%. Diniz (2009) também verificou que em função da aplicação de matéria orgânica, houve uma elevação de 50% no teor do elemento quando comparado ao solo sem o insumo A B A B
  • 9. 744 orgânico. Entretanto, Alves et al. (2009), cultivando pimentão no solo tratado com diferentes biofertilizante, constataram que os biofertilizantes puros e agrobio aplicados ao solo na forma líquida não elevaram a concentração de sódio do solo. 78.4 CONCLUSÕES O biofertilizante bovino aplicado ao solo na forma líquida, mesmo elevando o conteúdo de sódio, promoveu melhorias na fertilidade do solo, relacionadas ao aumento do teor da matéria orgânica, manutenção do pH na faixa exigida pela cultura, elevação dos teores de fósforo, potássio, cálcio e redução da acidez potencial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, G. S.; NASCIMENTO, J. A. M.; SANTOS, D.; ALVES, S. S. V.; SILVA, J. A. Fertilidade do solo cultivado com pimentão sob aplicação de diferentes tipos de biofertilizantes. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v.4, n.4, p.33-41, 2009. ARAUJO, F. F. de. Horta orgânica, implantação e manejo. Presidente Prudente: UNOESTE, 84p, 2006. CAVALCANTE, L. F.; SANTOS, G. D. DOS; OLIVEIRA, F. A.; CAVALCANTE, I. H. L.; GONDIM, S. C.; BECKMAN-CAVALCANTE, M. Z. Crescimento e produção do maracujazeiro-amarelo em solo de baixa fertilidade tratado com biofertilizantes líquidos. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v.2,n.1, p.15-19, 2007. DINIZ, A. A. Aplicação de condicionantes orgânicos do solo e nitrogênio na produção e qualidade do maracujazeiro amarelo. 98f. 2009. Tese (Doutorado) - Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2009. EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solos. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2011. 230 p. (Embrapa Solos. Documentos, 132). FREIRE, J. L. O. Crescimento e desenvolvimento de maracujazeiro amarelo sob salinidade e uso de biofertilizante e cobertura. 185f., 2011. Tese (Doutorado) - Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2011. FREIRE, J. L. O.; CAVALCANTE, L. F.; REBEQUI, A. M.; DIAS, T. J.; NUNES, J. C.; CAVALCANTE, I. H. L. Atributos qualitativos do maracujá amarelo produzido com água salina, biofertilizante e cobertura morta no solo. Revista Brasileira de Ciências Agrárias. v. 05, n. 01, p. 102-110, 2010.
  • 10. 745 GONDIM, S. C.; CAVALCANTE, L. F.; CAMPOS, V. B.; MESQUITA, E. F.; GONDIM, P. C. Produção e composição foliar do maracujazeiro amarelo sob lâminas de irrigação. Caatinga, v.22, p.100- 107, 2009. HOLANDA, J. S.; AMORIM, J. R. A.; FERREIRA NETO, M. HOLAMDA, A. C. Qualidade de água para irrigação. In: GHEI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza, INCTSal, 2010. 472p. IBRAF. Instituto Brasileiro de Frutas. Supermaracujá. http://www.ibraf.org.br/news/news_item.asp?NewsID=7566. Acesso em: 22 de agosto de 2013. LACERDA, C. F.; COSTA, R. N.; BEZERRA, M. A.; GHEYI, H. R. Estratégias de manejo para uso de água salina na agricultura. p. 303 - 317, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal, 472p, 2010. PIRES, A. A.; MONNERAT, H. P.; MARCIANO, C. R.; PINHO, L. G. R.; ZAMPIROLLI, P. D.; ROSA, R. C.; MUNIZ, R. A. Efeito da adubação alternativa do maracujazeiro amarelo nas características químicas e físicas do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 32, p. 1997-2005, 2008. RODOLFO JUNIOR, F. respostas do maracujazeiro-amarelo e da fertilidade do solo com biofertilizantes e adubação mineral com NPK. 2007. 82f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2007. RODRIGUES, A. C. Biofertilizante supermagro: efeitos no crescimento, produção, qualidade de frutos de maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa deg.) e na fertilidade do solo. 2007. 95f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2007. RODRIGUES, A. C.; CAVALCANTE, L. F.; DINIZ, A. A.; CAMPOS, V. B.; DANTAS, T. A. G.; CAVALCANTE, I. H. L. Biofertilizante supermagro e potássio na fertilidade de um solo cultivado com maracujazeiro amarelo. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v.4, n.1, p.76-84, 2009. RODRIGUES, A.C.; CAVALCANTE, L. F.; DANTAS, T. A. G.; CAMPOS, V. B.; DINIZ, A. A. Caracterização de frutos de maracujazeiro amarelo em solo tratado com biofertilizante supermagro. Magistra, v.20, p.264-272, 2008. SANTOS, H. G. dos; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C. dos; OLIVEIRA, V. A. de OLIVEIRA, J. B. de; COELHO, M. R.; LUMBRERAS, J. F.; CUNHA, T. J. F. (Ed.). Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 306 p, 2006. SÃO JOSÉ, A. R.; REBOUCAS, T. N. H.; PIRES, M. M. Maracujá: práticas de cultivo e comercialização. Vitória da Conquista: UESB, 2000. 72p
  • 11. 746 SILVA, A. F., PINTO, J. M., FRANÇA, C. R. R. S., FERNANDES, S. C., GOMES, T. C de A., SILVA, M. S. L. da e MATOS, A. N. B. Preparo e Uso de Biofertilizantes Líquidos. Comunicado Técnico130. 2007. (Embrapa Semi-Árido). SILVA, J. C. P. M.; MOTTA, A. C. V.; PAULETTI, V.; FAVARETTO, N.; BARCELLOS, M.; OLIVEIRA, A. S.; VELOSO, C. M.; SILVA, L. F. C. Esterco líquido de bovinos leiteiros combinado com adubação mineral sobre atributos químicos de um Latossolo Bruno. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.32, p. 2563 - 2572, 2008. TOMÉ JÚNIOR, J. B. Manual para interpretação de análise de solo. Guaíba: Editora Agropecuária. 247p. 1997.