Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Intervalos material complementar
1. Intervalos – Material Complementar
Primeiramente precisamos ter em mente que temos intervalos que podem ser
maiores ou menores e intervalos que podem ser justos. Um intervalo maior/menor
nunca poderá ser justo, e vice-versa.
Importante saber que:
1ªs, 4ªs, 5ªs e 8ªs são intervalos JUSTOS.
2ªs, 3ªs, 6ªs e 7ªs são intervalos MAIORES ou MENORES.
Se nós acrescentamos 1 semitom a um intervalo justo, ele se torna aumentado.
Se retiramos 1 semitom de 1 intervalo justo, ele se torna diminuto.
Se acrescentamos 1 semitom a um intervalo maior ele se torna aumentado, se
retiramos 1 semitom ele se torna menor.
Se acrescentamos 1 semitom a um intervalo menor ele se torna maior, se
retiramos 1 semitom ele se torna diminuto.
Então:
Intervalo + 1 semitom - 1 semitom
JUSTO AUMENTADO DIMINUTO
MAIOR AUMENTADO MENOR
MENOR MAIOR DIMINUTO
Tendo em mente essa tabelinha, precisamos lembrar de um importante
conceito: Todos os intervalos ascendentes formados com a tônica de uma escala
diatônica MAIOR são sempre maiores ou justos. E como vamos saber se ele é maior ou
justo? Simples! Se for uma 2ª, 3ª, 6ª ou 7ª só pode ser maior! Se for 1ª, 4ª, 5ª ou 8ª só
pode ser justo.
Vamos pensar na escala de dó maior. Ela não tem acidentes, então facilita o
raciocínio! Mas qualquer escala diatônica maior seria válida para exemplo.
Vamos deixar para o fim o intervalo de 1ª, porque ele é um intervalo bem atípico
em relação a todos os demais. Vejamos então os intervalos de 2ª a 8ª. Vamos pensar
nas notas da escala de Dó Maior:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
Dó – Ré é uma 2ª (tem duas notas em sua formação). Como vimos que intervalos
ascendentes formados com a tônica de uma escala diatônica MAIOR são sempre maiores
ou justos e também vimos que intervalos de 2ª não podem ser justos, apenas maiores
ou menores, já sabemos que Dó – Ré é uma 2ª maior.
2. O mesmo raciocínio deve ser usado para todos os intervalos ascendentes
formados com a tônica (Dó). Desta forma
DÓ – RÉ = 2ª MAIOR
DÓ – MI = 3ª MAIOR
DÓ – FÁ = 4ª JUSTA
DÓ – SOL = 5ª JUSTA
DÓ – LÁ = 6ª MAIOR
DÓ – SI = 7ª MAIOR
DÓ – DÓ = 8ª JUSTA
E como vamos saber o tamanho destes intervalos (quantos tons e semitons ele
tem)? É só usar um teclado e contar os tons e semitons! Um semitom equivale a duas
teclas vizinhas em um teclado, então:
DÓ – RÉ = 2ª MAIOR (1 TOM)
DÓ – MI = 3ª MAIOR (2 TONS)
DÓ – FÁ = 4ª JUSTA (2 TONS E 1 SEMITOM)
3. DÓ – SOL = 5ª JUSTA (3 TONS E 1 SEMITOM)
DÓ – LÁ = 6ª MAIOR (4 TONS E 1 SEMITOM)
DÓ – SI = 7ª MAIOR (5 TONS E 1 SEMITOM)
DÓ – DÓ = 8ª JUSTA (5 TONS E 2 SEMITONS)
Então, vamos observar um intervalo justo como exemplo:
Uma 4ª justa, como vimos, tem 2 tons e 1 semitom (dó – fá, por exemplo).
Retomando a tabelinha da primeira página, usando o intervalo exemplo (dó – fá),
podemos chegar aos intervalos aumentados e diminutos da seguinte forma:
4. Intervalo + 1 semitom - 1 semitom
JUSTO AUMENTADO DIMINUTO
4ª justa
(2 tons e 1 st)
4ª aumentada
(3 tons)
4ª diminuta
(2 tons)
Exemplo:
DÓ – FÁ DÓ – FÁ# DÓ – FÁb
Podemos usar outros exemplos para chegar aos intervalos aumentados e
diminutos, usando alterações na nota mais grave, por exemplo:
Intervalo + 1 semitom - 1 semitom
JUSTO AUMENTADO DIMINUTO
4ª justa
(2 tons e 1 st)
4ª aumentada
(3 tons)
4ª diminuta
(2 tons)
Exemplos:
DÓ – FÁ DÓ – FÁ# DÓ – FÁb
DÓ – FÁ DÓb – FÁ DÓ# - FÁ
Lembrando sempre que:
# na nota mais aguda aumenta o intervalo.
# na nota mais grave diminui o intervalo.
b na nota mais aguda diminui o intervalo.
b na nota mais grave aumenta o intervalo.
Veja um exemplo, visualizando no teclado:
Mi – Si (traço preto) é uma 5ª justa
Mi# – Si (traço azul) é uma 5ª diminuta
Mib – Si (traço verde) é uma 5ª aumentada
O mesmo raciocínio serve para todos os intervalos justos. Quando aumentamos
um semitom, ele se torna aumentado, e quando retiramos um semitom, ele se torna
diminuto. Podemos então formar a seguinte tabela:
5. Intervalos Justos Aumentados
(+ 1 semitom)
Diminutos
(- 1 semitom)
4ª 2 tons e 1 semitom 3 tons 2 tons
5ª 3 tons e 1 semitom 4 tons 3 tons
8ª 5 tons e 2 semitons
(ou 6 tons)
5 tons e 3 semitons
(ou 6 tons e 1 semitom)
5 tons e 1 semitom
O intervalo de 1ª é uma grande exceção entre os intervalos. Antigamente ele
nem era classificado como intervalo, porque são duas notas iguais: dó – dó, por
exemplo. Então, não tem dimensão neste intervalo, ele é um uníssono (notas iguais -
mesmo som). Se tivermos por exemplo Dó – Dó#, teremos uma 1ª aumentada
(aumentamos 1 semitom na dimensão do intervalo). Se tivermos Dó – Dó bemol,
também teremos uma 1ª aumentada, porque de qualquer forma, aumentamos 1
semitom na dimensão do intervalo. Então, não importa se a alteração será ascendente
ou descendente, no caso do intervalo de 1ª a alteração sempre irá aumentar o intervalo.
Não existe 1ª diminuta porque não podemos retirar 1 semitom de um uníssono.
Agora vamos observar um intervalo maior como exemplo:
Uma 3ª maior, como vimos, tem 2 tons (dó – mi, por exemplo). Retomando a
tabelinha da primeira página, usando o intervalo exemplo (dó – mi), podemos chegar
aos intervalos menores, aumentados e diminutos da seguinte forma:
Intervalo + 1 semitom - 1 semitom - 2 semitons
MAIOR AUMENTADO MENOR DIMINUTO
3ª maior
(2 tons)
3ª aumentada
(2 tons e 1 semitom)
3ª menor
(1 tom e 1 semitom)
3ª diminuta
(1 tom)
Exemplo:
DÓ – MI DÓ – MI# DÓ – MIb DÓ – MIbb
O mesmo raciocínio serve para todos os intervalos maiores e menores. Quando
aumentamos um semitom, ele se torna aumentado, e quando retiramos um semitom,
ele se torna menor. Se retiramos mais um semitom do intervalo menor, ele se torna
diminuto. Podemos então formar a seguinte tabela:
Intervalos Maiores Aumentados
+ 1 semitom
Menores
-1 semitom
Diminutos
- 2 semitons
2ª 1 tom 1 tom e 1
semitom
1 semitom Uníssono
3ª 2 tons 2 tons e 1
semitom
1 tom e 1
semitom
1 tom
6ª 4 tons e 1
semitom
5 tons 4 tons 3 tons e 1
semitom
7ª 5 tons e 1
semitom
6 tons 5 tons 4 tons e 1
semitom