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Sindicato Estadual dos Profissionais
da Educação do Rio de Janeiro
Fundado em 16 de julho de 1977
R. Evaristo da Veiga, 55, 7o
/8o
andares
Centro - Rio de Janeiro - CEP 20031-040
Novo tel.: 2195-0450
Home page: www.sepe-rj.org.br
MAIS UM PESADELOMAIS UM PESADELO
DO PROFISSIONALDO PROFISSIONAL
DA EDUCAÇÃODA EDUCAÇÃO
NAS ESCOLAS
ASSÉDIO MORAL
2
Esta cartilha foi elaborada pela SAESAE -
Secretaria de Assuntos Educacionais do
Sepe/RJ, em março de 2005
Baseada na cartilha do SintuperjSintuperj- Sin-
dicato Estadual dos Trabalhadores das
Universidades Públicas Estaduais e na
Cartilha de Saúde elaborada pela SAE
em 2004.
11
Em 23 de agosto de 2002, foi aprovada a Lei Estadual no
3921,
que veda o assédio moral no trabalho, no âmbito dos órgãos, repar-
tições ou entidades da administração centralizada, autarquias, fun-
dações, empresas públicas e sociedades de economia mista, do po-
der legislativo, executivo ou judiciário do Estado do Rio de Janeiro,
inclusive concessionárias e permissionárias de serviços estaduais de
utilidade ou interesse público, e dá outras providências.
Mas afinal, o que é assédio moral?assédio moral?
. A discussão sobre o assédio moral ganhou visibilidade no Brasil
após a divulgação da pesquisa da Dra
Margarida Barreto que apre-
sentou dissertação de mestrado na PUC/SP com o título “Uma jor-Uma jor-
nada de humilhações”.nada de humilhações”.
. O assédio moral traduz-se por ações e situações no ambi-O assédio moral traduz-se por ações e situações no ambi-
ente de trabalho que humilham, desrespeitam e constrangemente de trabalho que humilham, desrespeitam e constrangem
o trabalhador.o trabalhador.
. O assédio moral, assim como os baixos. O assédio moral, assim como os baixos
salários, as precárias condições de trabalho ,salários, as precárias condições de trabalho ,
o autoritarismo e outras mazelas que vive-o autoritarismo e outras mazelas que vive-
mos nas escolas públicas, sejam elas de qual-mos nas escolas públicas, sejam elas de qual-
quer rede, somam-se para tornar nosso tra-quer rede, somam-se para tornar nosso tra-
balho um fardo difícil de ser levado. Isso ter-balho um fardo difícil de ser levado. Isso ter-
mina por nos causar sérios problemas de saú-mina por nos causar sérios problemas de saú-
de . Inclusive temos ade . Inclusive temos a SÍNDROME DE BUR-SÍNDROME DE BUR-
NOUT (*)NOUT (*), como doença própria da categoria., como doença própria da categoria.
COMO SE DÁ A HUMILHAÇÃO NO TRABALHO?COMO SE DÁ A HUMILHAÇÃO NO TRABALHO?
Ela se dá de forma:
VERTICAL -VERTICAL - relações autoritárias, desumanas e aéticas onde pre-
dominam os desmandos , a manipulação do medo, a competitivida-
de, programas e projetos que estimulam a competitividade e a pro-
dutividade.
(*) Especialistas da medicina moderna denominaram de Síndrome
de Burnout a que é produzida pelas condições de vida e trabalho. É
um estado de exaustão resultante de trabalho extenuante, sem sa-
tisfação . Perda de motivação por conta de falta de políticas públi-
cas; carência de sonhos; violência generalizada; administração in-
sensível aos problemas; pais omissos; turmas superlotadas; falta
de autonomia; salários inadequados; falta de perspectivas. São es-
pecificidades da categoria que levam ao AUTO-ABANDONO, ALHE-
AMENTO, ROBOTIZAÇÃO E, EM CASOS EXTREMOS, AO SUICÍDIO.
senvolvimento funcional e profissional, no serviço ou através de
cursos profissionalizantes.
Art. 8º -Art. 8º - A receita proveniente das multas impostas e arrecada-
das nos termos do artigo 4.º desta Lei será revertida e aplicada ex-
clusivamente em programa de aprimoramento e aperfeiçoamento
funcional do servidores.
Art. 9º -Art. 9º - Esta Lei será regulamentada pelo Executivo no prazo de
60 (sessenta) dias.
Art. 10 -Art. 10 - As despesas decorrentes da execução orçamentária da
presente Lei correrão por conta das dotações próprias do orçamen-
to, suplementadas se necessário.
Art. 11 -Art. 11 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
Art. 12 -Art. 12 - Ficam revogadas as disposições em contrário.
Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 23 de
agosto de 2002.
Republicada no D.O. - P.II, de 27.08.2002Republicada no D.O. - P.II, de 27.08.2002
10
HORIZONTALHORIZONTAL - As reformas do estado ditadas pela globaliza-
ção da economia provocam maior arrocho salarial no funcionalis-
mo, o que leva ao aumento da jornada de trabalho através de horas-
extras. Essa necessidade do profissional da educação muitas vezes
gera comportamentos agressivos e de indiferença ás necessidades e
sofrimento dos outros. Destrói laços de solidariedade e companhei-
rismo e a perspectiva de trabalho coletivo, fundamental no proces-
so pedagógico. É a terra da “farinha pouca, meu pirão primeiro!”
COMO AGEM OS AGRESSORES(AS)?COMO AGEM OS AGRESSORES(AS)?
. Escolhem a vítima e a isolam do grupo, impedem-na de se ex-
pressar e não explicam porquê, fragilizam-na, ridicularizam-na,
menosprezam-na diante dos outros, responsabilizam-na publica-
mente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, in-
clusive, o espaço familiar.
. Desestabiliza-a emocional e profissionalmente. A vítima gradati-
vamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o inte-
resse pelo trabalho.
. Destruir a vítima (desencadeando ou agravando doenças pré-
existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e
constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas
vezes a usar drogas, principalmente o álcool.
. Livrar-se da vítima, que é forçado(a) a pedir remoção ou é
removido(a), freqüentemente por insubordinação.
. Impor ao coletivo sua autoridade para fazer valer a sua autori-
dade.
3
Devemos associar o crescimento deste tipo de assédioDevemos associar o crescimento deste tipo de assédio
moral aos pacotes educacionais tais como o Nova Escola,moral aos pacotes educacionais tais como o Nova Escola,
que associa salários à produtividade, à falta de democra-que associa salários à produtividade, à falta de democra-
cia nas escolas, onde as horas extras, contratos e mesmo ocia nas escolas, onde as horas extras, contratos e mesmo o
emprego dos terceirizados muitas vezes são ameaçadosemprego dos terceirizados muitas vezes são ameaçados
por direções autoritárias.por direções autoritárias.
4
testemunhado atitude definidas nesta Lei ou por tê-las relatado.
Art. 6º -Art. 6º - Fica assegurado ao servidor ou funcionário acusado da
prática de assédio moral no trabalho o direito de ampla defesa das
acusações que lhe forem imputadas, nos termos das normas especí-
ficas de cada órgão ou entidade, sob pena de nulidade.
Art. 7º -Art. 7º - Os órgãos ou entidades da administração pública esta-
dual, bem como, concessionárias ou permissionárias, na pessoa de
seus representantes legais, ficam obrigados a tomar as medidas ne-
cessárias para prevenir o assédio moral no trabalho, conforme defi-
nido na presente Lei.
Parágrafo único -Parágrafo único - Para os fins de que trata este artigo, serão ado-
tadas, dentre outras, as seguintes medidas:
I -I - o planejamento e a organização do trabalho conduzirá, em
beneficio do servidor, contemplando, entre outros, os seguintes pres-
supostos:
a)a) considerar sua autodeterminação e possibilitar o exercício de
suas responsabilidades funcional e profissional;
b)b) dar-lhe possibilidade de variação de atribuições, atividades
ou tarefas funcionais;
c)c) assegurar-lhe a oportunidade de contatos com os superiores
hierárquicos, colegas e servidores, ligando tarefas individuais de
trabalho e oferecendo informações sobre exigências do serviço e re-
sultados;
d)d) garantir-lhe a dignidade pessoal e funcional; e
II -II - na medida do no possível, o trabalho pouco diversificado e
repetitivo será evitado, protegendo o servidor no caso de variação
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III -III - as condições de trabalho garantia de oportunidades de de-
9
11
Esse é um caso constante na educação pública. Como adoecemos pelas precárias condições deEsse é um caso constante na educação pública. Como adoecemos pelas precárias condições de
trabalho e jornadas excessivas, muitas autoridades, constantemente, vêm a público falar quetrabalho e jornadas excessivas, muitas autoridades, constantemente, vêm a público falar que
tiramos muitas licenças e insinuam que são falsas. Geralmente, isso é feito em jornais de grandetiramos muitas licenças e insinuam que são falsas. Geralmente, isso é feito em jornais de grande
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22
Novamente o Secretário Estadual de Educação incorreu neste item de assédio moral à catego-Novamente o Secretário Estadual de Educação incorreu neste item de assédio moral à catego-
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. Gestos, condutas abusivas e constrangedoras, amedrontar, me-
nosprezar, ironizar, difamar, ridicularizar, risinhos, suspiros, pia-
das relacionadas ao sexo, estigmatizar os adoecidos(as) e coloca-
los(las) em situações vexatórias11
, dar tarefas sem sentido, tornar
público algo íntimo, controlar tempo, freqüência e permanência
nos banheiros, relacionar atestados médicos2
e falta , exigir tarefas
que caracterizam desvio de função- tais como limpar ou faxinar casa
de chefe , dar advertência por reclamar pelos direitos.
Você tem exemplo de alguma situação em sua escola ou na rede
em que trabalha?
VAMOS EXPLICITAR O ASSÉDIO MORAL NA EDUCA-VAMOS EXPLICITAR O ASSÉDIO MORAL NA EDUCA-
ÇÃO (VEJA SE VOCÊ ALGUMA VEZ JÁ SOFREU ISSO):ÇÃO (VEJA SE VOCÊ ALGUMA VEZ JÁ SOFREU ISSO):
CAPATAZ MODERNO:CAPATAZ MODERNO: É aquela chefia que bajula as auto-É aquela chefia que bajula as auto-
ridades e não larga os subordinados. Persegue e controla cadaridades e não larga os subordinados. Persegue e controla cada
um com “mão de ferro”.um com “mão de ferro”.
TROGLODITA:TROGLODITA: É a chefia brusca, grotesca. Implanta as nor-É a chefia brusca, grotesca. Implanta as nor-
mas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempremas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempre
está com razão. Seu tipo é: “eu mando e você obedece”.está com razão. Seu tipo é: “eu mando e você obedece”.
AUTORIDADES AUTORITÁRIAS:AUTORIDADES AUTORITÁRIAS: Escondem seu desconhe-Escondem seu desconhe-
cimento com ordens contraditórias, começam projetos novos para,cimento com ordens contraditórias, começam projetos novos para,
no dia seguinte, modificá-los. Exige relatórios diários que não se-no dia seguinte, modificá-los. Exige relatórios diários que não se-
rão utilizados. Se algum projeto é elogiado pelos superiores, co-rão utilizados. Se algum projeto é elogiado pelos superiores, co-
lhe os louros. Em caso contrário, responsabiliza a “incompetên-lhe os louros. Em caso contrário, responsabiliza a “incompetên-
cia” dos seus subordinados. Você conhece algum outro tipo?cia” dos seus subordinados. Você conhece algum outro tipo?
PERFIL DOS AGRESSORES:PERFIL DOS AGRESSORES:
O QUE DEVEMOS FAZER?O QUE DEVEMOS FAZER?
Se você é testemunha de cena(s) de humi-
lhação no trabalho supere seu medo, seja so-
lidário com seu colega. Você poderá ser a pró-
xima vítima e nesta hora o apoio dos seus co-
legas também será precioso. Não esqueça que
o medo reforça o poder do agressor!
Você pode procurar seu sindicato e rela-
tar o acontecido para diretores e outras ins-
tâncias como: médicos ou advogados do sin-
dicato bem como: Ministério Público, Justiça
do Trabalho, Comissão dos direitos humanos
e Conselho Regional de Medicina(resolução
n 1.488/98 sobre saúde do trabalhador.
MAS PRESTE BEM ATENÇÃO:MAS PRESTE BEM ATENÇÃO:
As mais evidentes ações de assédio moral aos trabalhadores(as)
de educação são cometidas pelas autoridades governamentais e por
seus mandatários. Portanto, a saída é reagir coletivamente, partici-
8 5
Art. 4º -Art. 4º - O assédio moral no trabalho praticado por agente, que
exerça função de autoridade, nos termos desta Lei, é infração grave
e sujeitará o infrator às seguintes penalidades:
I -I - advertência;
II -II - suspensão;e/ou
III -III - demissão.
§ 1º -§ 1º - Na aplicação das penalidades, serão considerados os danos
para a Administração, ficando o servidor obrigado a permanecer
em serviço
§ 2º -§ 2º - A advertência será aplicada por escrito, nos casos em que
não se justifique imposição de penalidade mais grave, podendo ser
convertida em freqüência obrigatória a programa de aprimoramen-
to, e melhoria do comportamento funcional, com infrator o compe-
lido a dele participar regularmente, permanecendo em serviço.
§ 3º -§ 3º - A suspensão será aplicada em caso de reincidência de faltas
punidas com advertência.
§ 4º -§ 4º - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade
de suspensão poderá ser convertida em multa, em montante ou per-
centual calculado por dia, à base dos vencimentos ou remuneração,
nos termos das normas específicas de cada órgão ou entidade, sujei-
tando o infrator a receber informações, atribuições, tarefas e outras
atividades.
§ 5º -§ 5º - A demissão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com suspensão, nos termos regulamentares e mediante
processo administrativo próprio.
Art. 5º -Art. 5º - Por provocação da parte ofendida, ou de ofício pela au-
toridade que tiver conhecimento da prática de assédio moral no tra-
balho, será promovida sua imediata apuração, mediante sindicân-
cia ou processo administrativo.
Parágrafo único -Parágrafo único - Nenhum servidor ou funcionário poderá so-
frer qualquer espécie de constrangimento ou ser sancionado por ter
ASSÉDIO MORAL E SAÚDEASSÉDIO MORAL E SAÚDE
DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃODOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
O assédio moral constitui risco invisível, porém concretoO assédio moral constitui risco invisível, porém concreto,, nasrela-nasrela-
ções de trabalho eções de trabalho e àà saúde dos trabalhadores. Estes manifestam os sen-saúde dos trabalhadores. Estes manifestam os sen-
timentos e emoções nas situações de assédio de várias formas.timentos e emoções nas situações de assédio de várias formas.
.. AS MULHERESAS MULHERES, mais humilhadas, expressam sua indignação com, mais humilhadas, expressam sua indignação com
choro,tristeza,ressentimento,mágoaeestranhamentodeumambientechoro,tristeza,ressentimento,mágoaeestranhamentodeumambiente
que antes identificavam como seu.que antes identificavam como seu.
.. OS HOMENSOS HOMENS sentem-se revoltados, manifestando, muitas vezessentem-se revoltados, manifestando, muitas vezes
desejo de vingança.desejo de vingança.
TODOSTODOS acabam vivenciando a depressão, palpitações, distúrbiosacabam vivenciando a depressão, palpitações, distúrbios
de sono e digestivos, alteração da libido, e até tentativas de suicídio.de sono e digestivos, alteração da libido, e até tentativas de suicídio.
Tudo isso é reflexo de um cotidiano de humilhações e sentimento deTudo isso é reflexo de um cotidiano de humilhações e sentimento de
impotência frente aos desmandos que caracterizam as relações de tra-impotência frente aos desmandos que caracterizam as relações de tra-
balho. Assim, revela-se o adoecer de pessoas ao viver uma vida que nãobalho. Assim, revela-se o adoecer de pessoas ao viver uma vida que não
desejam, não escolheram e não suportam.desejam, não escolheram e não suportam.
par das lutas da categoria e filiar-se ao seu sindicato – o Sepe.
Conheça a Lei Estadual n
o
3921 de 23 de Agosto de 2002
LEI Nº 3921, DE 23 DE AGOSTO DE 2002. *
VEDA O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO, NO ÂMBITO DOS
ÓRGÃOS, REPARTIÇÕES OU ENTIDADES DA ADMINISTRA-
ÇÃO CENTRALIZADA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, EMPRE-
SAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, DO PO-
DER LEGISLATIVO, EXECUTIVO OU JUDICIÁRIO DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO, INCLUSIVE CONCESSIONÁRIAS E PER-
MISSIONÁRIAS DE SERVIÇOS ESTADUAIS DE UTILIDADE OU
INTERESSE PÚBLICO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-
NEIRO
D E C R E T A:
Art. 1º -Art. 1º - Fica vedada, no âmbito dos órgãos, repartições ou enti-
dades da administração centralizada, autarquias, fundações, empre-
sas públicas ou sociedades de economia mista, do Poder Legislati-
vo, Executivo ou Judiciário, inclusive concessionárias ou permissio-
nárias de serviços estaduais de utilidade ou interesse público, o exer-
cício de qualquer ato, atitude ou postura que se possa caracterizar
como assédio moral no trabalho, por parte de superior hierárquico,
contra funcionário, servidor ou empregado e que implique em vio-
lação da dignidade desse ou sujeitando-o a condições de trabalho
humilhantes e degradantes.
Art. 2º -Art. 2º - Considera-se assédio moral no trabalho, para os fins do
que trata a presente Lei, a exposição do funcionário, servidor ou
empregado a situação humilhante ou constrangedora, ou qualquer
ação, ou palavra gesto, praticada de modo repetitivo e prolongado,
durante o expediente do órgão ou entidade, e, por agente, delega-
do, chefe ou supervisor hierárquico ou qualquer representante que,
6
no exercício de suas funções, abusando da autoridade que lhe foi
conferida, tenha por objetivo ou efeito atingir a auto-estima e a au-
todeterminação do subordinado, com danos ao ambiente de traba-
lho, aos serviços prestados ao público e ao próprio usuário, bem
como, obstaculizar a evolução da carreira ou a estabilidade funcio-
nal do servidor constrangido.
Parágrafo único -Parágrafo único - O assédio moral no trabalho, no âmbito da ad-
ministração pública estadual e das entidades colaboradoras, carac-
teriza-se, também, nas relações funcionais escalões hierárquicos, pelas
seguintes circunstâncias:
I -I - determinar o cumprimento de atribuições estranhas ou ativi-
dades incompatíveis com o cargo do servidor ou em condições e
prazos inexeqüíveis;
II -II - designar para funções triviais, o exercente de funções técni-
cas, especializadas ou aquelas para as quais, de qualquer forma, se-
jam exigidos treinamento e conhecimento específicos;
III -III - apropriar-se do crédito de idéias, propostas, projetos ou de
qualquer trabalho de outrem;
IV -IV - torturar psicologicamente, desprezar, ignorar ou humilhar o
servidor, isolando-o de contatos com seus colegas e superiores hie-
rárquicos ou com outras pessoas com as quais se relacione funcio-
nalmente ;
V -V - sonegar de informações que sejam necessários ao desempe-
nho das funções ou úteis à vida funcional do servidor;
VI -VI - divulgar rumores e comentários maliciosos, bem como críti-
cas reiteradas, ou subestimar esforços, que atinjam a saúde mental
do servidor; e
VII -VII - na exposição do servidor ou do funcionário a efeitos físicos
ou mentais adversos, em prejuízo de seu desenvolvimento pessoal e
profissional.
Art. 3º -Art. 3º - Todo ato resultante de assédio moral no trabalho é nulo
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Sindicato alerta sobre assédio moral contra profissionais da educação

  • 1. Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro Fundado em 16 de julho de 1977 R. Evaristo da Veiga, 55, 7o /8o andares Centro - Rio de Janeiro - CEP 20031-040 Novo tel.: 2195-0450 Home page: www.sepe-rj.org.br MAIS UM PESADELOMAIS UM PESADELO DO PROFISSIONALDO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃODA EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS ASSÉDIO MORAL
  • 2. 2 Esta cartilha foi elaborada pela SAESAE - Secretaria de Assuntos Educacionais do Sepe/RJ, em março de 2005 Baseada na cartilha do SintuperjSintuperj- Sin- dicato Estadual dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais e na Cartilha de Saúde elaborada pela SAE em 2004. 11 Em 23 de agosto de 2002, foi aprovada a Lei Estadual no 3921, que veda o assédio moral no trabalho, no âmbito dos órgãos, repar- tições ou entidades da administração centralizada, autarquias, fun- dações, empresas públicas e sociedades de economia mista, do po- der legislativo, executivo ou judiciário do Estado do Rio de Janeiro, inclusive concessionárias e permissionárias de serviços estaduais de utilidade ou interesse público, e dá outras providências. Mas afinal, o que é assédio moral?assédio moral? . A discussão sobre o assédio moral ganhou visibilidade no Brasil após a divulgação da pesquisa da Dra Margarida Barreto que apre- sentou dissertação de mestrado na PUC/SP com o título “Uma jor-Uma jor- nada de humilhações”.nada de humilhações”. . O assédio moral traduz-se por ações e situações no ambi-O assédio moral traduz-se por ações e situações no ambi- ente de trabalho que humilham, desrespeitam e constrangemente de trabalho que humilham, desrespeitam e constrangem o trabalhador.o trabalhador. . O assédio moral, assim como os baixos. O assédio moral, assim como os baixos salários, as precárias condições de trabalho ,salários, as precárias condições de trabalho , o autoritarismo e outras mazelas que vive-o autoritarismo e outras mazelas que vive- mos nas escolas públicas, sejam elas de qual-mos nas escolas públicas, sejam elas de qual- quer rede, somam-se para tornar nosso tra-quer rede, somam-se para tornar nosso tra- balho um fardo difícil de ser levado. Isso ter-balho um fardo difícil de ser levado. Isso ter- mina por nos causar sérios problemas de saú-mina por nos causar sérios problemas de saú- de . Inclusive temos ade . Inclusive temos a SÍNDROME DE BUR-SÍNDROME DE BUR- NOUT (*)NOUT (*), como doença própria da categoria., como doença própria da categoria. COMO SE DÁ A HUMILHAÇÃO NO TRABALHO?COMO SE DÁ A HUMILHAÇÃO NO TRABALHO? Ela se dá de forma: VERTICAL -VERTICAL - relações autoritárias, desumanas e aéticas onde pre- dominam os desmandos , a manipulação do medo, a competitivida- de, programas e projetos que estimulam a competitividade e a pro- dutividade. (*) Especialistas da medicina moderna denominaram de Síndrome de Burnout a que é produzida pelas condições de vida e trabalho. É um estado de exaustão resultante de trabalho extenuante, sem sa- tisfação . Perda de motivação por conta de falta de políticas públi- cas; carência de sonhos; violência generalizada; administração in- sensível aos problemas; pais omissos; turmas superlotadas; falta de autonomia; salários inadequados; falta de perspectivas. São es- pecificidades da categoria que levam ao AUTO-ABANDONO, ALHE- AMENTO, ROBOTIZAÇÃO E, EM CASOS EXTREMOS, AO SUICÍDIO.
  • 3. senvolvimento funcional e profissional, no serviço ou através de cursos profissionalizantes. Art. 8º -Art. 8º - A receita proveniente das multas impostas e arrecada- das nos termos do artigo 4.º desta Lei será revertida e aplicada ex- clusivamente em programa de aprimoramento e aperfeiçoamento funcional do servidores. Art. 9º -Art. 9º - Esta Lei será regulamentada pelo Executivo no prazo de 60 (sessenta) dias. Art. 10 -Art. 10 - As despesas decorrentes da execução orçamentária da presente Lei correrão por conta das dotações próprias do orçamen- to, suplementadas se necessário. Art. 11 -Art. 11 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação Art. 12 -Art. 12 - Ficam revogadas as disposições em contrário. Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 2002. Republicada no D.O. - P.II, de 27.08.2002Republicada no D.O. - P.II, de 27.08.2002 10 HORIZONTALHORIZONTAL - As reformas do estado ditadas pela globaliza- ção da economia provocam maior arrocho salarial no funcionalis- mo, o que leva ao aumento da jornada de trabalho através de horas- extras. Essa necessidade do profissional da educação muitas vezes gera comportamentos agressivos e de indiferença ás necessidades e sofrimento dos outros. Destrói laços de solidariedade e companhei- rismo e a perspectiva de trabalho coletivo, fundamental no proces- so pedagógico. É a terra da “farinha pouca, meu pirão primeiro!” COMO AGEM OS AGRESSORES(AS)?COMO AGEM OS AGRESSORES(AS)? . Escolhem a vítima e a isolam do grupo, impedem-na de se ex- pressar e não explicam porquê, fragilizam-na, ridicularizam-na, menosprezam-na diante dos outros, responsabilizam-na publica- mente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, in- clusive, o espaço familiar. . Desestabiliza-a emocional e profissionalmente. A vítima gradati- vamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o inte- resse pelo trabalho. . Destruir a vítima (desencadeando ou agravando doenças pré- existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool. . Livrar-se da vítima, que é forçado(a) a pedir remoção ou é removido(a), freqüentemente por insubordinação. . Impor ao coletivo sua autoridade para fazer valer a sua autori- dade. 3 Devemos associar o crescimento deste tipo de assédioDevemos associar o crescimento deste tipo de assédio moral aos pacotes educacionais tais como o Nova Escola,moral aos pacotes educacionais tais como o Nova Escola, que associa salários à produtividade, à falta de democra-que associa salários à produtividade, à falta de democra- cia nas escolas, onde as horas extras, contratos e mesmo ocia nas escolas, onde as horas extras, contratos e mesmo o emprego dos terceirizados muitas vezes são ameaçadosemprego dos terceirizados muitas vezes são ameaçados por direções autoritárias.por direções autoritárias.
  • 4. 4 testemunhado atitude definidas nesta Lei ou por tê-las relatado. Art. 6º -Art. 6º - Fica assegurado ao servidor ou funcionário acusado da prática de assédio moral no trabalho o direito de ampla defesa das acusações que lhe forem imputadas, nos termos das normas especí- ficas de cada órgão ou entidade, sob pena de nulidade. Art. 7º -Art. 7º - Os órgãos ou entidades da administração pública esta- dual, bem como, concessionárias ou permissionárias, na pessoa de seus representantes legais, ficam obrigados a tomar as medidas ne- cessárias para prevenir o assédio moral no trabalho, conforme defi- nido na presente Lei. Parágrafo único -Parágrafo único - Para os fins de que trata este artigo, serão ado- tadas, dentre outras, as seguintes medidas: I -I - o planejamento e a organização do trabalho conduzirá, em beneficio do servidor, contemplando, entre outros, os seguintes pres- supostos: a)a) considerar sua autodeterminação e possibilitar o exercício de suas responsabilidades funcional e profissional; b)b) dar-lhe possibilidade de variação de atribuições, atividades ou tarefas funcionais; c)c) assegurar-lhe a oportunidade de contatos com os superiores hierárquicos, colegas e servidores, ligando tarefas individuais de trabalho e oferecendo informações sobre exigências do serviço e re- sultados; d)d) garantir-lhe a dignidade pessoal e funcional; e II -II - na medida do no possível, o trabalho pouco diversificado e repetitivo será evitado, protegendo o servidor no caso de variação de ritmo de execução; e III -III - as condições de trabalho garantia de oportunidades de de- 9 11 Esse é um caso constante na educação pública. Como adoecemos pelas precárias condições deEsse é um caso constante na educação pública. Como adoecemos pelas precárias condições de trabalho e jornadas excessivas, muitas autoridades, constantemente, vêm a público falar quetrabalho e jornadas excessivas, muitas autoridades, constantemente, vêm a público falar que tiramos muitas licenças e insinuam que são falsas. Geralmente, isso é feito em jornais de grandetiramos muitas licenças e insinuam que são falsas. Geralmente, isso é feito em jornais de grande circulação. Aconteceu em 2004 e 2005 com o secretário estadual de Educação Cláudio Mendonça,circulação. Aconteceu em 2004 e 2005 com o secretário estadual de Educação Cláudio Mendonça, que insiste em nos depreciar diante da população do Estado do Rio de Janeiro (v. Cartilha deque insiste em nos depreciar diante da população do Estado do Rio de Janeiro (v. Cartilha de Saúde do Sepe)Saúde do Sepe) 22 Novamente o Secretário Estadual de Educação incorreu neste item de assédio moral à catego-Novamente o Secretário Estadual de Educação incorreu neste item de assédio moral à catego- ria dos profissionais da educação da rede estadual em 2004 e 2005.ria dos profissionais da educação da rede estadual em 2004 e 2005. . Gestos, condutas abusivas e constrangedoras, amedrontar, me- nosprezar, ironizar, difamar, ridicularizar, risinhos, suspiros, pia- das relacionadas ao sexo, estigmatizar os adoecidos(as) e coloca- los(las) em situações vexatórias11 , dar tarefas sem sentido, tornar público algo íntimo, controlar tempo, freqüência e permanência nos banheiros, relacionar atestados médicos2 e falta , exigir tarefas que caracterizam desvio de função- tais como limpar ou faxinar casa de chefe , dar advertência por reclamar pelos direitos. Você tem exemplo de alguma situação em sua escola ou na rede em que trabalha? VAMOS EXPLICITAR O ASSÉDIO MORAL NA EDUCA-VAMOS EXPLICITAR O ASSÉDIO MORAL NA EDUCA- ÇÃO (VEJA SE VOCÊ ALGUMA VEZ JÁ SOFREU ISSO):ÇÃO (VEJA SE VOCÊ ALGUMA VEZ JÁ SOFREU ISSO): CAPATAZ MODERNO:CAPATAZ MODERNO: É aquela chefia que bajula as auto-É aquela chefia que bajula as auto- ridades e não larga os subordinados. Persegue e controla cadaridades e não larga os subordinados. Persegue e controla cada um com “mão de ferro”.um com “mão de ferro”. TROGLODITA:TROGLODITA: É a chefia brusca, grotesca. Implanta as nor-É a chefia brusca, grotesca. Implanta as nor- mas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempremas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempre está com razão. Seu tipo é: “eu mando e você obedece”.está com razão. Seu tipo é: “eu mando e você obedece”. AUTORIDADES AUTORITÁRIAS:AUTORIDADES AUTORITÁRIAS: Escondem seu desconhe-Escondem seu desconhe- cimento com ordens contraditórias, começam projetos novos para,cimento com ordens contraditórias, começam projetos novos para, no dia seguinte, modificá-los. Exige relatórios diários que não se-no dia seguinte, modificá-los. Exige relatórios diários que não se- rão utilizados. Se algum projeto é elogiado pelos superiores, co-rão utilizados. Se algum projeto é elogiado pelos superiores, co- lhe os louros. Em caso contrário, responsabiliza a “incompetên-lhe os louros. Em caso contrário, responsabiliza a “incompetên- cia” dos seus subordinados. Você conhece algum outro tipo?cia” dos seus subordinados. Você conhece algum outro tipo? PERFIL DOS AGRESSORES:PERFIL DOS AGRESSORES:
  • 5. O QUE DEVEMOS FAZER?O QUE DEVEMOS FAZER? Se você é testemunha de cena(s) de humi- lhação no trabalho supere seu medo, seja so- lidário com seu colega. Você poderá ser a pró- xima vítima e nesta hora o apoio dos seus co- legas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor! Você pode procurar seu sindicato e rela- tar o acontecido para diretores e outras ins- tâncias como: médicos ou advogados do sin- dicato bem como: Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão dos direitos humanos e Conselho Regional de Medicina(resolução n 1.488/98 sobre saúde do trabalhador. MAS PRESTE BEM ATENÇÃO:MAS PRESTE BEM ATENÇÃO: As mais evidentes ações de assédio moral aos trabalhadores(as) de educação são cometidas pelas autoridades governamentais e por seus mandatários. Portanto, a saída é reagir coletivamente, partici- 8 5 Art. 4º -Art. 4º - O assédio moral no trabalho praticado por agente, que exerça função de autoridade, nos termos desta Lei, é infração grave e sujeitará o infrator às seguintes penalidades: I -I - advertência; II -II - suspensão;e/ou III -III - demissão. § 1º -§ 1º - Na aplicação das penalidades, serão considerados os danos para a Administração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço § 2º -§ 2º - A advertência será aplicada por escrito, nos casos em que não se justifique imposição de penalidade mais grave, podendo ser convertida em freqüência obrigatória a programa de aprimoramen- to, e melhoria do comportamento funcional, com infrator o compe- lido a dele participar regularmente, permanecendo em serviço. § 3º -§ 3º - A suspensão será aplicada em caso de reincidência de faltas punidas com advertência. § 4º -§ 4º - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, em montante ou per- centual calculado por dia, à base dos vencimentos ou remuneração, nos termos das normas específicas de cada órgão ou entidade, sujei- tando o infrator a receber informações, atribuições, tarefas e outras atividades. § 5º -§ 5º - A demissão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com suspensão, nos termos regulamentares e mediante processo administrativo próprio. Art. 5º -Art. 5º - Por provocação da parte ofendida, ou de ofício pela au- toridade que tiver conhecimento da prática de assédio moral no tra- balho, será promovida sua imediata apuração, mediante sindicân- cia ou processo administrativo. Parágrafo único -Parágrafo único - Nenhum servidor ou funcionário poderá so- frer qualquer espécie de constrangimento ou ser sancionado por ter ASSÉDIO MORAL E SAÚDEASSÉDIO MORAL E SAÚDE DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃODOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO O assédio moral constitui risco invisível, porém concretoO assédio moral constitui risco invisível, porém concreto,, nasrela-nasrela- ções de trabalho eções de trabalho e àà saúde dos trabalhadores. Estes manifestam os sen-saúde dos trabalhadores. Estes manifestam os sen- timentos e emoções nas situações de assédio de várias formas.timentos e emoções nas situações de assédio de várias formas. .. AS MULHERESAS MULHERES, mais humilhadas, expressam sua indignação com, mais humilhadas, expressam sua indignação com choro,tristeza,ressentimento,mágoaeestranhamentodeumambientechoro,tristeza,ressentimento,mágoaeestranhamentodeumambiente que antes identificavam como seu.que antes identificavam como seu. .. OS HOMENSOS HOMENS sentem-se revoltados, manifestando, muitas vezessentem-se revoltados, manifestando, muitas vezes desejo de vingança.desejo de vingança. TODOSTODOS acabam vivenciando a depressão, palpitações, distúrbiosacabam vivenciando a depressão, palpitações, distúrbios de sono e digestivos, alteração da libido, e até tentativas de suicídio.de sono e digestivos, alteração da libido, e até tentativas de suicídio. Tudo isso é reflexo de um cotidiano de humilhações e sentimento deTudo isso é reflexo de um cotidiano de humilhações e sentimento de impotência frente aos desmandos que caracterizam as relações de tra-impotência frente aos desmandos que caracterizam as relações de tra- balho. Assim, revela-se o adoecer de pessoas ao viver uma vida que nãobalho. Assim, revela-se o adoecer de pessoas ao viver uma vida que não desejam, não escolheram e não suportam.desejam, não escolheram e não suportam.
  • 6. par das lutas da categoria e filiar-se ao seu sindicato – o Sepe. Conheça a Lei Estadual n o 3921 de 23 de Agosto de 2002 LEI Nº 3921, DE 23 DE AGOSTO DE 2002. * VEDA O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO, NO ÂMBITO DOS ÓRGÃOS, REPARTIÇÕES OU ENTIDADES DA ADMINISTRA- ÇÃO CENTRALIZADA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, EMPRE- SAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, DO PO- DER LEGISLATIVO, EXECUTIVO OU JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, INCLUSIVE CONCESSIONÁRIAS E PER- MISSIONÁRIAS DE SERVIÇOS ESTADUAIS DE UTILIDADE OU INTERESSE PÚBLICO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA- NEIRO D E C R E T A: Art. 1º -Art. 1º - Fica vedada, no âmbito dos órgãos, repartições ou enti- dades da administração centralizada, autarquias, fundações, empre- sas públicas ou sociedades de economia mista, do Poder Legislati- vo, Executivo ou Judiciário, inclusive concessionárias ou permissio- nárias de serviços estaduais de utilidade ou interesse público, o exer- cício de qualquer ato, atitude ou postura que se possa caracterizar como assédio moral no trabalho, por parte de superior hierárquico, contra funcionário, servidor ou empregado e que implique em vio- lação da dignidade desse ou sujeitando-o a condições de trabalho humilhantes e degradantes. Art. 2º -Art. 2º - Considera-se assédio moral no trabalho, para os fins do que trata a presente Lei, a exposição do funcionário, servidor ou empregado a situação humilhante ou constrangedora, ou qualquer ação, ou palavra gesto, praticada de modo repetitivo e prolongado, durante o expediente do órgão ou entidade, e, por agente, delega- do, chefe ou supervisor hierárquico ou qualquer representante que, 6 no exercício de suas funções, abusando da autoridade que lhe foi conferida, tenha por objetivo ou efeito atingir a auto-estima e a au- todeterminação do subordinado, com danos ao ambiente de traba- lho, aos serviços prestados ao público e ao próprio usuário, bem como, obstaculizar a evolução da carreira ou a estabilidade funcio- nal do servidor constrangido. Parágrafo único -Parágrafo único - O assédio moral no trabalho, no âmbito da ad- ministração pública estadual e das entidades colaboradoras, carac- teriza-se, também, nas relações funcionais escalões hierárquicos, pelas seguintes circunstâncias: I -I - determinar o cumprimento de atribuições estranhas ou ativi- dades incompatíveis com o cargo do servidor ou em condições e prazos inexeqüíveis; II -II - designar para funções triviais, o exercente de funções técni- cas, especializadas ou aquelas para as quais, de qualquer forma, se- jam exigidos treinamento e conhecimento específicos; III -III - apropriar-se do crédito de idéias, propostas, projetos ou de qualquer trabalho de outrem; IV -IV - torturar psicologicamente, desprezar, ignorar ou humilhar o servidor, isolando-o de contatos com seus colegas e superiores hie- rárquicos ou com outras pessoas com as quais se relacione funcio- nalmente ; V -V - sonegar de informações que sejam necessários ao desempe- nho das funções ou úteis à vida funcional do servidor; VI -VI - divulgar rumores e comentários maliciosos, bem como críti- cas reiteradas, ou subestimar esforços, que atinjam a saúde mental do servidor; e VII -VII - na exposição do servidor ou do funcionário a efeitos físicos ou mentais adversos, em prejuízo de seu desenvolvimento pessoal e profissional. Art. 3º -Art. 3º - Todo ato resultante de assédio moral no trabalho é nulo de pleno direito. 7