2. Império Bizantino
O Império Bizantino foi a continuação do Império
Romano durante a Antiguidade Tardia e Idade
Média. Sua capital foi Constantinopla (moderna
Istambul), originalmente conhecida com Bizâncio.
Inicialmente parte oriental do Império Romano1
(freqüentemente chamada de Império Romano do
Oriente no contexto), sobreviveu à fragmentação e
ao colapso do Império Romano do Ocidente no
século V e continuou a prosperar, existindo por mais
mil anos até sua queda diante da expansão dos
turcos otomanos em 1453.
3. Como a distinção entre o Império Romano e o Império Bizantino é em
grande parte uma convenção moderna, não é possível atribuir uma
data de separação. Vários eventos do século IV ao século VI
marcaram o período de transição durante o qual as metades oriental
e ocidental do Império Romano se dividiram.Em 285, o imperador
Diocleciano dividiu a administração imperial em duas metades.
Entre 324 e 330, Constantino transferiu a capital principal de Roma
para Bizâncio, conhecida mais tarde como Constantinopla ("Cidade
de Constantino") e Nova Roma.Sob Teodósio I , o cristianismo
tornou-se a religião oficial do império e, com sua morte, o Estado
romano dividiu-se definitivamente em duas metades, cada qual
controlada por um de seus filhos. E finalmente, sob o reinado de
Heráclio, a administração e as forças armadas do império foram
reestruturadas e o grego foi adotado em lugar do latim.Em suma,
Bizâncio se distingue da Roma Antiga na medida em que foi
orientado para a cultura grega em vez da latina e caracterizou-se
pelo cristianismo ortodoxo em lugar do politeísmo romano.
4. Sobre o Império
As fronteiras do império mudaram muito ao longo de sua
existência, que passou por vários ciclos de declínio e
recuperação. Durante o reinado de Justiniano , alcançou sua
maior extensão após reconquistar muito dos territórios
mediterrâneos antes pertencentes à porção ocidental do
Império Romano, incluindo o norte da África, península Itálica
e parte da península Ibérica. Durante o reinado de Maurício ,
as fronteiras orientais foram expandidas e o norte estabilizado.
Contudo, seu assassinato causou um conflito de duas décadas
com o Império Sassânida que exauriu os recursos do império e
contribuiu para suas grandes perdas territoriais durante as
invasões muçulmanas do século VII. Durante a dinastia
macedônica (século X–XI), o império expandiu-se novamente e
viveu um renascimento de dois séculos, que chegou ao fim
com a perda de grande parte da Ásia Menor para os turcos
seljúcidas após a derrota na batalha de Manziquerta.
5. No século XII, durante a Restauração Condena, o império recuperou
parte do território perdido e restabeleceu sua dominância. No
entanto, após a morte de Andrônico I Comneno e o fim da dinastia
condena no final do século XII, o império entrou em declínio
novamente. Recebeu um golpe fatal em 1204, no contexto da Quarta
Cruzada, quando foi dissolvido e dividido em reinos latinos e gregos
concorrentes. Apesar de Constantinopla ter sido reconquistada e o
império restabelecido em 1261, sob os imperadores paleólogos, o
império teve que enfrentar diversos estados vizinhos rivais por mais
200 anos para sobreviver. Paradoxalmente, este período foi o mais
produtivo culturalmente de sua história. Sucessivas guerras civis no
século XIV minaram ainda mais a força do já enfraquecido império e
mais territórios foram perdidos nas guerras bizantino-otomanas, que
culminaram na Queda de Constantinopla e na conquista dos
territórios remanescentes pelo Império Otomano no século XV.