Este documento estabelece procedimentos para vôos de treinamento entre SBES, SBRJ e o NDB IH a baixas altitudes. A rota SBES-SBRJ será a 400 pés e a rota inversa a 700 pés, sob coordenação do APP-ES e TWR-RJ. A operação visa permitir treinamento de pilotos da Marinha em deslocamentos entre navios.
4. ROTA SBES/SBRJ
Este circuito será na altitude de 400 pés.
Após a decolagem de SBES a aeronave passará
à escuta da freqüência do “APP-ES” (119.45
MhZ). Nesta rede, reportará o QDR e a altitude que
mantém. Além disto, entre os pontos A e D do
circuito, transmitirá ao passar pelos pontos de
notificação ( A, B, C e D ).
A transferência de acompanhamento de
tráfego para a “Torre Rio” será efetuada no ponto D.
5. Nesta posição, a aeronave deverá efetuar
curva à direita, reduzir a velocidade, se necessário,
e interceptar o QDR 185 (QDM 005º) do NDB
“PP”(425 KHz).
Ao cruzar a radial 280º/12.3 NM do VOR de
Maricá (114.0 MHz) e a 1.5 NM da Ilha de
Cotunduba, mantendo o QDR 185º “PP”, deverá
avistar a entrada da Baía de Guanabara para que
possa prosseguir.
A aeronave deverá, então, reportar para a
“Torre- RJ” (118.7 MHz) que se encontra em
CONDIÇÕES VISUAIS, solicitando o
cancelamento do vôo IFR.
6. Caso não obtenha CONDIÇÕES VISUAIS, a
aeronave efetuará curva à direita ascendendo para
700 pés e aproando o NDB da Ilha Rasa
(IH/315MHz). Após o bloqueio do “IH”,
iniciará o regresso, reportando também na
freqüência do APP-ES (119.45 MHz).
7. ROTA SBRJ/SBES
Este circuito será realizado na altitude de 700
pés.
Após a decolagem de SBRJ, a aeronave deverá
manter condições visuais até a saída da Baía da
Guanabara. Após cruzar a boca da barra, a
aeronave será considerada em vôo IFR, devendo
guarnecer a freqüência do APP-ES (119.45MHz), na
qual
reportará ao cruzar os pontos de notificação. Ao
atingir o ponto A, sob coordenação do APP-ES,
baixará para 400 pés, efetuando um tracking no
QDM 075º de ADA (345MHz).3
8. No través do “PONTO CIDADE”(Ponta do
Cândido) se em CONDIÇÕES VISUAIS, passará
para vôo visual (VFR) e mudará a freqüência para
118.3MHz TWR-ES.
Caso a aeronave não obtenha condições
visuais, deverá manter a aproximação no QDM 075º
chamar o APP-ES e subir para o bloqueio do NDB
ADA quando efetuará curva à esquerda para
interceptar o QDR 053º, ascendendo para 3.000 pés,
dirigindo-se para a alternativa.
9. OBSERVAÇÕES:
a) O Ajuste do altímetro durante o vôo
compreendido entre o limite da CTR de SBES e o
ponto D será aquele fornecido pelo rádio-altímetro
( RADALT/BARALT)
b) Durante a execução deste circuito a
aeronave
deverá, também, manter escuta na freqüência
TÁTICA (234.6), para coordenação ar-ar;
c) O cruzamento do corredor Visual ÍNDIA
será sob coordenação do APP-ES; e
d) Os pilotos envolvidos na operação Netuno
deverão observar uma eventual ativação da área
SBR-341 (Jaconé), destinada a Exercícios do EB.
10. PLANO DE APOIO A OPERAÇÃO
NETUNOEstabelecer normas operacionais e definir
procedimentos de coordenação entre o APP-ES,
APP-RJ e a TWR-RJ, necessários ao apoio à
Operação Netuno.
A Operação Netuno receberá classificação
correspondente a “Operação Militar” e terá como
finalidade permitir à Marinha do Brasil o
adestramento de pilotos de helicópteros da Força
Aeronaval, no que tange a deslocamentos a baixa
altura entre navios, através de vôos IFR de
treinamento em rota especial, sobre o mar, entre
SBES/NDB IH/SBRJ e saídas ou chegadas VFR
entre NDB IH/SBRJ/NDB IH.
11. A rota especial que trata o presente plano foi
estabelecida em baixa altitude (400 pés no sentido
SBES/SBRJ e 700 pés no sentido (SBRJ/SBES), sendo
obrigatória a utilização do rádio-altímetro (ajuste
RADALT/BARALT) e comunicação com o APP-ES
e/ou TWR-RJ para a realização do vôo.
12. Já que a altitude estabelecida na rota não
possui amparo regulamentar para vôo IFR, e sendo o
mesmo realizado fora da TMA-RJ, tal vôo não será
controlado pelo APP-RJ e será conduzido sob inteira
responsabilidade do piloto, cabendo tão somente aos
órgãos ATS envolvidos (APP-ES/TWR-RJ) prestar os
serviços de informação de vôo e alerta.
13. Apesar de tratar-se de uma Operação Militar,
não haverá necessidade de preenchimento de plano
VOCOM, devendo, no entanto, ser utilizado o plano
de Vôo. O piloto discriminará no espaço reservado
para observações a expressão “OPERAÇÃO
NETUNO”.
Caso o helicóptero não encontre condições
VFR, quando próximo do NDB IH, para prosseguir
para pouso em SBRJ, tendo que regressar a SBES,
deverá informar à TWR-RJ sobre essa intenção.
14. Devido à topografia e a altitude de vôo,
possivelmente, os helicópteros não conseguirão
comunicação com a TWR-RJ antes do bloqueio do NDB
IH. Por isso, todas as comunicações entre o ponto A e o
NDB IH serão realizados com o APP-ES, na freq. 119.45
MHz. Após o NDB IH, as aeronaves chamarão,
compulsoriamente, a TWR-RJ para ingresso na boca da
barra.
Os Serviços de informação de Vôo e de Alerta serão
de responsabilidade do APP-ES na rota SBES/NDB
IH/SBES e da TWR-RJ entre o NDB IH/SBRJ/NDB IH.
15. Os helicópteros deverão, compulsoriamente,
reportar ao APP-ES os pontos de notificação A, B, C e
D, nos trechos SBES/NDB IH e NDB IH/SBES.
Por tratar-se de operação militar, não cabe aos
órgãos dos aeródromos envolvidos, independentes das
condições meteorológicas reinantes, impedir as
decolagens das aeronaves que estejam engajadas na
presente operação.
16. O APP-ES deverá sempre consultar a TWR-RJ
sobre as condições meteorológicas na entrada da boca
da barra, antes da decolagem dos helicópteros de SBES.
A TWR do aeródromo de origem deverá
informar à TWR do aeródromo de destino as
decolagens de helicópteros que pretendam utilizar a
rota mencionada.
17. OBSERVAÇÕES:
Os critérios estabelecidos no presente plano
aplicam-se, também, aos vôos cujo pouso ou
decolagens ocorra em navios.
QDM: Marcação que a aeronave faz da
estação.
QDR: Marcação que a estação faz da aeronave.