O documento discute o tema do aborto, definindo-o como a remoção prematura do embrião ou feto do útero, podendo ser espontâneo ou induzido. Aborda as classificações, causas, tipos legais e ilegais, meios, complicações e considerações finais sobre o tema, que é polêmico e representa um problema de saúde pública.
3. Definição
É a remoção ou expulsão prematura de
um embrião ou feto do útero, tendo
como resultado a morte. Este pode ser
espontâneo ou provocado.
SILVA, 2011
4.
5. Espontâneo:
Surge quando a gravidez é interrompida sem que
seja por vontade da mulher. Pode acontecer por
vários fatores biológico, psicológico e social que
contribui para que esta situação se verifique. A
maioria do aborto espontâneo é causado por
problemas cromossômicos que impossibilitam o
desenvolvimento fetal. Geralmente, esses
problemas não estão relacionados aos genes dos
progenitores.
Classificação
Espontâneo e Induzido
6. Induzido:
É um procedimento usado para interromper
uma gravidez. Pode acontecer quando existe
má formação congênita, quando a gravidez
resulta de um crime contra a liberdade e
autodeterminação sexual, quando a
gravidez coloca em perigo a vida e a saúde
física ou psíquica da mulher ou
simplesmente por opção da mulher.
7. Causas Possíveis de Abortamento
-Abuso de drogas e álcool;
-Exposição a toxinas ambientais;
-Problemas hormonais;
-Infecção;
-Obesidade;
-Problemas físicos com os órgãos reprodutivos da mulher;
-Problemas com as respostas imunológica do organismo;
-Doenças graves que afetam todo corpo (sistêmica) nas
mães (diabetes não controlável, por exemplo);
-Fumo;
-Com o aumento do risco a partir dos 30 anos ficando
maiores entre 33 e 40 anos atingido o pico aos 40 anos de
idade.
9. É legal quando a interrupção da gravidez é
realizada de acordo com a legislação em vigor.
Quando feito precocemente por médicos
experientes e em condições adequadas que
apresentam um elevadíssimo nível de segurança.
Esta permissão é dada somente em caso de estupro
ou quando oferecer risco na vida da mãe. Em
algumas situações nas quais o feto apresenta
anomalias graves, esse direito também pode ser
concedido.
11. É a interrupção de uma gravidez quando os
motivos apresentados não se encontram
enquadrados na legislação em vigor ou quando é
feito em locais que não estão oficialmente
reconhecidos para o efeito.
O aborto ilegal inseguro, constitui uma
importante causa da mortalidade e de morbidade
maternas.
A aborto clandestino é um problema de saúde
pública, estima-se que mais de 100.000 abortos
clandestinos sejam realizados anualmente no
12. Meios de abortamento
As características mais comuns das mulheres que
fazem um primeiro aborto é idade de até dezenove
anos, cor negra e com filhos.
A gravidez é certificada por meio de um teste de
urina na farmácia e o aborto iniciado por um
regime de chás, líquido e ervas combinado com
Cytotec vaginal e oral.
A dose mais comum é de quatro
comprimidos, aplicados por via vaginal e oral e a
finalização do aborto é feito no hospital.
14. Complicações
Atuando na área da saúde da mulher, tanto na docência
como na assistência poderemos conviver com mulheres
em situações de abortamento que buscam nos serviços de
saúde atendimento para suas necessidades, na maioria
das vezes em condições clínicas graves, pois, as mulheres
que não morrem podem ter complicações sérias, tais
como: Sangramento Vaginal Abundante;
Septicemias;
Peritonite;
Fortes Dores;
Febre;
Choque,
Sequelas Físicas;
e outros que caracterizam complicações por
abortamento e que colocam em risco suas vidas.
15. Pesquisa Nacional de Aborto
Um levantamento por amostragem aleatória de
domicílios, realizado em 2010, cuja cobertura
abrangeu as mulheres com idades entre 18 e 39
anos em todo o Brasil urbano. A PNA combinou
duas técnicas de sondagem: a técnica de urna e
questionários preenchidos por entrevistados.
Seus resultados indicam que, ao final da vida
reprodutiva, mais de uma em cada cinco
mulheres já fez aborto, ocorrendo os abortos em
geral nas idades que compõem o centro do
período reprodutivo das mulheres, isto é, entre
18 e 39 anos.
16. Não se observou diferenciação relevante na
prática em função de religiosa, mas o aborto se
mostrou mais comum entre mulheres de menor
escolaridade. O uso de medicamentos para a
indução do último aborto ocorreu em metade
dos casos e a internação pós-aborto foi
observada em cerca de metade dos abortos. Tais
resultados levam a concluir que o aborto deve
ser prioridade na agenda de saúde pública
nacional.
PNA
17. É um tema polêmico em um sério problema de
saúde pública mundial, responsável pela
manutenção das altas taxas de mortalidade
materna em muitos países em desenvolvimento.
No Brasil, por se tratar de um ato ilegal muitas
mulheres que não desejam manter uma gestação
acaba por procurar clínicas clandestinas
submetendo-se ao aborto em condições precárias o
que acarreta graves consequências à saúde
física, psicológica e a própria vida.
Aborto na Saúde Pública
DOMINGOS,2010
18. Um estudo financiado pelo Ministério da Saúde, em 2002,
mostrou que a mortalidade materna continua alta e que o
aborto inseguro ainda representa uma de suas causas.
O aborto inseguro é considerado uma pandemia
silenciosa que demanda ações imperativas e urgentes no
âmbito da saúde pública e dos direitos humanos.
Como futuras enfermeiras reconhece-se a magnitude das
questões que permeiam as discussões sobre o
abortamento e a mortalidade materna no cenário das
políticas de saúde que envolve a área da saúde da mulher.
DOMINGOS,2010
19. Maus Tratos
Os maus tratos são descritos com julgamento moral,
ameaças de denúncias à polícia, maneiras brutas no contato
físico, internação em quartos coletivos com mulheres com
recém nascidos ou longa espera até o atendimento.
Como prática de sobrevivência quase todas as mulheres
mais velhas omitem dos médicos que provocam o aborto
descrevendo-o como espontâneo, como resultado de uma
queda, de uma ingestão ou de um susto, mesmo quando os
médicos insistem na tese da indução.
20. Lei Penal
Mulheres que abortam ilegalmente de um à três anos de
detenção.
Mulheres que provocam o aborto ilegalmente de três à dez
anos de detenção.
Médicos que realizam o aborto de três à dez anos de
detenção.
21. Considerações Finais
O aborto é praticado clandestinamente por
mulheres de todas as classes sociais, níveis de
escolaridade, etnias e religiões, sendo esse
legalizado em alguns países e visto como crime
em outros.
Diversas são as clínicas clandestinas que
cometem esse crime por quantias elevadas, sem
contar o risco que essas mulheres correm
podendo ter sequelas grandes como perder parte
do útero, adquirir câncer, infertilidade, às vezes
chegando até a morte.
22. Considerações Finais
Diante disso, o bjetivo desse trabalho é esclarecer de
forma a sensibilizar as mulheres os problemas e
sofrimentos ocasionados pelo aborto.
Demonstrar o sofrimento do feto no ato do aborto e
informar as mulheres sobre problemas físicos e
psicológicos que poderão surgir em função dessa prática
ilegal que para tanto, existe a lei penal que irá julgar os
devidos anos de detenção como punição.
23. Referência Bibliográficas
DINIZ, Débora; MEDEIROS, Marcelo. Aborto no Brasil: uma pesquisa
domiciliar com técnica de urna.2010.
VIEIRA, Elisabeth Meloni. Aborto legal: o conhecimento dos profissionais e as
implicações das políticas públicas.2012
SILVA, Rosineide Lopes Barros da. Aborto em defesa do inocente. 2011.
DOMINGOS, Silvana Ribeiro da Fonseca; MERIGHI, Miriam Aparecida
Barbosa. O aborto como causa da mortalidade materna: um pensar para o
cuidado da enfermagem. 2010.
OSIS, Maria José D.; HARDY, Ellen; FAÚNDES, Anibal; RODRIGUES, Telma.
Dificuldades para obter informações da população de mulheres sobre aborto
ilegal. 1996.
DINIZ, Débora; MEDREIROS, Marcelo. Itinerários e métodos do aborto ilegal
em cinco capitais brasileiras. 2012.