O documento discute o uso de novas tecnologias, especialmente vídeos, na construção do conhecimento. Aborda como o vídeo pode ser usado de forma construtiva na sala de aula para promover uma mudança no paradigma de ensino, focando na aprendizagem ao invés de apenas transmitir informações. Também discute como blogs e outras ferramentas da Web 2.0 podem incentivar a interação e produção colaborativa entre professores e alunos.
1. O NOVAS TECNOLOGIAS DA
COMUNICAÇÃO E DA INFOMRAÇÃO NA
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Prof. Me. Joaquim Sérgio Borgato
UFMS - 2013
2.
3. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
• Na Sociedade da Informação as exigências são
maiores e o fator determinante para o sucesso é
a inovação. O acesso fácil e rápido a fontes de
informação cria um dilema para a humanidade,
pois, por si só ela não representa conhecimento.
4. VÍDEOS EDUCATIVOS
• A utilização construtiva dos vídeos educativos
propicia dentro do ambiente escolar uma
mudança de paradigma, uma mudança que visa
a aprendizagem e não o acumulo de
informações.
5. Segundo Perrenoud (2002, p.128):
• “Formar para as novas tecnologias é formar o
julgamento, o senso-crítico, o pensamento
hipotético e dedutivo, as faculdades de
observação e de pesquisa, a imaginação, a
capacidade de memorizar e classificar, a leitura
e a análise de textos e de imagens, a
representação de redes, de procedimentos e de
estratégias de comunicação”.
6. VÍDEO NA SALA DE AULA
• O uso da tecnologia do vídeo na sala de aula
possibilita “um ensino e uma aprendizagem mais
criativa, autônoma, colaborativa e interativa”
(FARIA, 2001, p.64).
7. VÍDEO NA SALA DE AULA
• A utilização do vídeo foi incorporada a pouco
tempo no processo de ensino-aprendizagem
como construção do conhecimento. Antes era
usado nas escolas apenas como transmissor de
imagens. Contudo, vale a pena pesquisar novos
caminhos de integração do humano e do
tecnológico; do sensorial, emocional, racional e
do ético; do presencial e do virtual; de integração
da escola, do trabalho e da vida.
8. VÍDEO NA SALA DE AULA
• A experiência do uso dos programas de produção
de vídeo nas aulas de informática requer uma
redefinição da escola que ainda privilegia o
código escrito, numa sociedade de forte tradição
oral e imagética. Penteado (1994) sugere uma
nova pedagogia, a qual chama de "Pedagogia da
Comunicação", fundamentada na pedagogia
Libertadora (FREIRE, 1996) e na Pedagogia
Transformadora (SAVIANNI, 1982).
9. LINGUAGEM DO VÍDEO
• A linguagem do vídeo responde à sensibilidade
dos jovens e da grande maioria da população
adulta, cuja comunicação resulta do encontro
entre palavras, gestos e movimentos,
distanciando-se do gênero do livro didático, da
linearidade das atividades da sala de aula e da
rotina escolar. Os vídeos são dinâmicos, dirigem-
se antes à afetividade do que à razão.
10. Para Moran (1993, p.2), o vídeo é:
• “sensorial, visual, linguagem falada, linguagem
musical e escrita. Linguagens que interagem
superpostas, interligadas, somadas, não separadas.
Daí a sua força. No atingem por todos os sentidos e
de todas as maneiras. O vídeo nos seduz, informa,
entretém, projeta em outras realidades (no
imaginário) em outros tempos e espaços. O vídeo
combina a comunicação sensorial cinestésica, com a
audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com
a razão. Combina, mas começa pelo sensorial, pelo
emocional e pelo intuitivo, para atingir
posteriormente o racional”.
11. VÍDEO NA SALA DE AULA
• A utilização de recursos midiológicos traz à
educação a possibilidade de envolver, aproximar
o aluno da escola, tornando-o sujeito do seu
processo ensino-aprendizagem, sem desgastar a
importância do profissional da educação, mas
valorizando, acima de tudo, a capacidade que o
homem tem de desenvolver-se criticamente,
com responsabilidade, criatividade e interação.
12. VÍDEO NA SALA DE AULA
• “Os avanços tecnológicos modificam o cotidiano
escolar ampliando o conceito de aula, espaço e
tempo” (MORAN, MASSETO E BEHRENS,
2000, p. 8).
13. VÍDEO NA SALA DE AULA
• Quanto ao uso das tecnologias, sejam elas
visuais, auditivas ou outras, as professoras
afirmam que só vem beneficiar o processo
educacional, desde que sejam utilizadas de
forma consciente e competente. Não devem ser
vistas pelos alunos como forma de recreação,
mas de ampliação dos conhecimentos já
mediados pelo professor.
14. Moran
• Segundo Moran (1993) o vídeo não se integra ao
cotidiano da sala de aula como elemento que
muda profundamente a relação pedagógica,
própria da relação ensino e aprendizagem. No
entanto, serve para aproximar a sala de aula das
relações cotidianas, das linguagens e códigos da
sociedade urbana, levantando novas questões
durante o processo.
15. VÍDEO NA SALA DE AULA
• O uso do vídeo pelas professoras no planejamento
escolar exige a observação de alguns pontos: o vídeo
deve ser complementado com material na forma
textual, com comentários, conceituações e
exercícios. A dinâmica e o tempo de aula devem ser
bem planejados, pois o uso do vídeo pressupõe
sempre a atuação do professor. Alunos que não
compreendem o texto (diálogos) do filme ficam
dispersos e nenhum objetivo é atingido. Cuidado
especial merecem os filmes legendados
programados para alunos que ainda não têm
rapidez na leitura dos textos.
16. Ferres (1996) há várias
modalidades de utilização de vídeo na escola
• A saber:
• a) videolição - modalidade de vídeo em que o
professor é substituído pelo vídeo e equivale,
segundo o autor, a uma aula expositiva;
• b) videoapoio – equivalente a diapositivos de
apoio como cartazes, transparências, slides, etc;
c) Programa motivador – destinado a trabalhos
posteriores objetivados;
17. Ferres (1996) há várias
modalidades de utilização de vídeo na escola
• d) Programa monoconceitual – destinado a
• desenvolver um só conceito relativo a um tema
específico (filmes mudos e muito curtos);
• e) vídeo interativo – a seqüência das imagens e
a seleção da manipulação são determinados
pelas respostas do usuário ao seu material
(encontro do vídeo com a informática);
• e) videoprocesso – a câmera na mão do aluno
que é responsável pela produção do vídeo.
18. YOUTUBE
• O Youtube, além de oferecer vídeos para
diversão e educação, oferece a alunos e
professores a oportunidade de dominarem o
software e se tornarem autores do conteúdo.
Pequenos vídeos, possíveis de serem produzidos
por leigos curiosos, podem ser armazenados no
site e assistidos por todos estimulando o espírito
criativo tão aflorado em nossos jovens.
19. VÍDEO NA SALA DE AULA
• O vídeo está umbilicalmente ligado à televisão, à
Internet e a um contexto de lazer, e
entretenimento, que passa imperceptivelmente
para a sala de aula. Vídeo, na cabeça dos alunos,
significa descanso e não "aula", o que modifica a
postura, as expectativas em relação ao seu uso.
20. VÍDEO NA SALA DE AULA
• “O vídeo parte do concreto, do visível, do
imediato, próximo, que toca todos os sentidos”
(MORAN, 1993, p. 11). Mexe com o corpo, com a
pele – nos toca e "tocamos" os outros, estão ao
nosso alcance através dos recortes visuais, do
close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo
“sentimos, experienciamos sensorialmente o
outro, o mundo, nós mesmos” (MORAN, idem).
21. Característica da Web 2.0
• É a capacidade de superação do modelo
tradicional de transmissão de informação
“emissor-meio-mensagem-receptor”.
Ferramentas com o Blog, Wiki e Twitter,
propiciam que o usuário abandone a sua posição
de receptor passivo, tornando-se também
produtor de conteúdo, o que descentraliza a
emissão e permite que mais vozes possam se
manifestar na internet.
22. BLOG
• As páginas do blog disponibilizam espaços para que
os usuários escrevam comentários onde o leitor
pode dialogar com o autor e vice-versa,
concordando, discordando ou acrescentando alguma
outra discussão ou elemento, como um link para
outro blog que discuta a temática abordada. Esse
tipo de recurso incentiva a interação entre os
usuários, diferenciando o ato de ‘blogar’ do ato de
‘navegar’, já que ao blogar o internauta não fica
restrito ao traçar um percurso de leitura próprio que
se baseia somente na escolha dos links que o autor
disponibiliza.
23. BLOG
• Porém, para que essa ação realmente aconteça, é
necessário que o blogar seja “uma ação coletiva e
construída de complexificação e transformação
da rede hipertextual pela ação de blogueiros e
leitores, que terminam por participar também
como autores” (Primo e Recuero, 2003, p.4)
24. • As páginas do blog disponibilizam espaços para que
os usuários escrevam comentários onde o leitor
pode dialogar com o autor e vice-versa,
concordando, discordando ou acrescentando
alguma outra discussão ou elemento, como um link
para outro blog que discuta a temática abordada.
Esse tipo de recurso incentiva a interação entre os
usuários, diferenciando o ato de ‘blogar’ do ato de
‘navegar’, já que ao blogar o internauta não fica
restrito ao traçar um percurso de leitura próprio que
se baseia somente na escolha dos links que o autor
disponibiliza.
25. BLOG - EDUCAÇÃO
• “se há alguma área onde os weblogs podem ser
utilizados como ferramenta de comunicação e de
troca de experiências com excelentes resultados,
essa área é sem dúvida, a da educação”. Barbosa
e Granado (2004, p.69)
26. Silva e Albuquerque (2009) elencam cinco
categorias de blogs educacionais:
• blog de professores, utilizado para publicar orientações,
textos, vídeos, imagens, animações, referências bibliográficas
ou links;
• blogs de alunos, que funcionam como portfólios reunindo
suas produções que são utilizados pelos professores como
instrumentos de avaliação;
• blogs de instituições educativas, voltados à divulgação
do trabalho desenvolvido e à autopromoção;
• blogs de projetos educativos, destinados à produção e
socialização de conhecimentos sobre temas específicos;
• blogs de grupos de pesquisa, que são como ‘colégios
invisíveis’ reunindo pessoas de comunidades científicas
diversas para interlocução, articulação de suas pesquisas,
divulgação, análise de resultados e avaliação de textos.
27. • O blog também possui outras vantagens educativas
significativas para o incentivo à interação e
colaboração. Oliveira (2008) cita a possibilidade de
desenvolver o papel do professor como
mediador na produção de conhecimento, já que ele
tem um papel ativo de instigar as discussões por
meio de comentários, potencializando a interação
entre a classe; incentivar a escrita colaborativa, a
autoria, o pensamento crítico e a capacidade
argumentativa; estimular o aprendizado extra-classe
de forma lúdica; desenvolver a habilidade de
pesquisar e selecionar informações.
28. Vantagens e motivos para um
professor criar um blog
• Cotes (2007) e Von Staa (2005) listam algumas,
dentre eles estão:
• aproxima alunos e professores; permite uma maior
reflexão sobre o conteúdo e acerca de suas próprias
colocações;
• é um exercício de alfabetização digital tanto para o
próprio professor quanto para o aluno; amplia o
horário da aula;
• permite o acompanhamento das atividades dos
alunos por pais e a troca de experiências com
colegas de profissão
29. Referência
• http://www.perspectivasonline.com.br/revista/2009vol3
• Driele dos Santos Almeida Licenciada em Pedagogia/ISECENSA
Professora de Informática do 1º ao 5º ano do Ensino
Fundamental/CENSA
• Ellen Beliene Vieira Azevedo Licenciada em
Pedagogia/ISECENSA
• Professora da Educação Infantil/CENSA
• Luzia Alves de Carvalho Doutora em
Sociologia/UPSAM/Espanha Coordenadora do Curso de
Pedagogia/ISECENSA
• Liliana Azevedo Nogueira Doutoranda em Engenharia da
Informática/UPSAM/Espanha Professora do Curso de
Pedagogia/ISECENSA