1) O documento descreve a história e objetivos do Factory, um espaço de coworking em Portugal que promove o empreendedorismo.
2) Analisa como o empreendedorismo se tornou um fenómeno popular em Portugal nos últimos anos, impulsionado por fatores políticos, econômicos e culturais.
3) Discutem-se alguns desafios do empreendedorismo em Portugal, como a cultura de baixo risco, a ênfase nas ideias em vez da execução, e o desenvolvimento do investimento.
Precisamos de uma Conspiração! (in A Alma do Negócio - Um Guia prático para os empreendedores em Portugal
1. PARTE 3 / CAPÍTULO 6 / GARRA PARA CONTINUAR 206
O NOVO EMPREENDEDORISMO
PRECISAMOS DE UMA CONSPIRAÇÃO
TIAGO GOMES SEQUEIRA E ALEXANDRE MENDES
FACTORY / BUSINESS CENTER & COWORK
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Criado há dois anos, o Factory tem como objetivo mudar a forma como as pes-soas
trabalham e concretizam ideias, e tem estado, desde sempre, associado ao
otimismo proativo que alimenta cada empreendedor.
Muita da sua história se confunde, na verdade, com a divulgação e promoção
do empreendedorismo através de eventos que ora organiza, ora acolhe. Para além
de um espaço de trabalho partilhado por microempresas, freelancers e startups, o
Factory tornou-se uma referência para aqueles que procuram um espaço de tra-balho
mas, sobretudo, pessoas de pensamento aberto e disponível para ajudar a
concretizar projetos novos.
O empreendedorismo é um fenómeno explosivo em Portugal. Tornou-se heurís-tica
para uma série de significados albergando iniciativas de natureza e âmbito
diversos e justificando o aparecimento de diversos programas, entidades, espa-ços
e personagens. De gurus a business angels, todos foram aparecendo, introdu-zindo
no quotidiano novas expressões, buzzwords e abrindo lugar à importação
de todo um catálogo de termos e conceitos novos.
O contexto político-económico do País, a proliferação de promotores, a cum-plicidade
dos media e a romantização do ato de empreender parecem ter sido
bem sucedidos na capacidade de evangelização: ouve falar-se de empreendedo-rismo
por todo Portugal, “de lés a lés”. Cidade que se preze tem um pavilhão gim-nodesportivo,
várias rotundas, uma piscina e, agora, uma incubadora.
Portugal empreendedor
Conquistou-se uma coisa incrível: pôr um país, num curto espaço de tempo, a
considerar um tema que até aqui era coisa de minoria. Muitos foram aqueles que
meteram mãos à obra por conta e esforço próprios ou então participando em
aceleradores ou passando por alguma incubadora.
Daqui nasce uma indústria, vários metanegócios; players a montante e a jusan-te
realizam um trabalho épico de, mais ou menos de repente, perceber como se
faz lá fora para começar a fazer cá dentro.
Para um país que premiava o trabalhinho estável e pacato, numa boa empresa
2. 207 A ALMA DO NEGÓCIO
ou então, melhor ainda, para o Estado, a transformação que todos vivemos nes-tes
últimos dois anos pode bem ter sido uma revolução silenciosa na forma de
estar de todo um povo. De repente, tornou-se comum sonhar criar uma empre-sa.
Subitamente, tirar as ideias da gaveta e aplicá-las a um modelo de negócio
tornou-se bem aceite até para os “meninos ou meninas de bem” que podiam
escolher qualquer boa carreira numa multinacional. Houve até desempregados
que aplicaram tudo o que tinham para criar um negócio e realizar um sonho. As
reportagens sobre pessoas que dão a volta por cima (porque começaram uma
empresa) multiplicam-se taco a taco com o número de reportagens sobre pes-soas
que emigram. Foi num piscar de olhos que ser CEO se tornou mais sexy do
que ser Dj.
O Empreendedorismo apareceu, então, como o remédio para todos os males,
dando esperança a toda a gente.
E agora?
Num tempo de crise, alguém, alguma coisa, algum tema que ajude a gerar, a
manter ou a galvanizar a esperança é sempre bem-vindo. Todos precisamos dis-so,
em alguma altura. Falar-se tanto em empreendedorismo é, taxativamente,
uma coisa boa!
Falar-se tanto em empreendedorismo hoje,
mesmo para quem se desiludiu de alguma for-ma
com o tema, ou mesmo para quem já não
suporta ouvir falar sobre isso, é para continu-ar.
O caminho é de continuação, refinamento e
amadurecimento. Começámos pela obsessão
“Foi num piscar de
olhos que ser CEO se
tornou mais sexy do
que ser Dj.”
com Silicon Valley que se tornou, de forma transversal, uma referência omni-presente
no discurso. De Silicon Valley aprendemos tudo, tentámos até replicar
em solo nacional a mesma fórmula. E são várias conclusões que se podem retirar
relativamente a quatro temas essenciais numa cultura de empreendedorismo:
1) Cultura de Risco.
A nossa intolerância pessoal ao risco ou à insegurança do projeto laboral parece
crónica. Essa aparenta ser, aliás, uma das características que mais afasta as pes-soas
da criação de uma empresa ou de qualquer outro projeto mais emancipado
de um vínculo permanentemente estável.
Há imensos detalhes que contribuem para esta forma de estar. Temos de os
compreender melhor e temos de saber como os mudar. Esta necessidade de
segurança, esta contração da iniciativa mais arriscada percebe-se bem: toda a
3. PARTE 3 / CAPÍTULO 6 / PRECISAMOS DE UMA CONSPIRAÇÃO 208
gente quer tomar as decisões certas para o Futuro. Os tempos estão difíceis. Os
riscos nunca pareceram tão grandes.
Se, por um lado, nunca como hoje foi tão fácil e tão acessível começar um ne-gócio,
também é verdade que, nunca como hoje, a perceção do risco interferiu
tanto com o sonho ou a ambição.
É muito frequente ouvirmos pessoas bloqueadas no oxímoro pensamento:
“gostava de começar um negócio, mas só vou arriscar numa coisa que seja cer-ta”.
Parte do trabalho que se segue é diminuir estas barreiras psicológicas, estes
custos de transição.
A grande novidade está na constatação de que nem só os empreendedores re-ceiam.
Nem só estas pessoas são avessas ao risco, também os empresários. A
este respeito vale a pena olhar com atenção
para o percurso e perfil de investimento dos
nossos empresários e dos nossos investidores
“de risco”. Devemos ter em conta que, grande
parte dos nossos empresários construíram os
seus impérios num tempo em que a lógica de
investimento era completamente diferente.
“gostava de começar
um negócio, mas só
vou arriscar numa
coisa que seja certa.”
Aquilo em que se investia era maioritariamente físico e concreto, sendo que um
dos principais aspetos que esta nova economia digital acentuou foi um enor-me
gap de comunicação entre empreendedores e potenciais investidores. Não
tem só que ver com formação ou educação, tem que ver com um conhecimen-to
e tolerância específica para investir num projeto ligado à nanotecnologia ou
às life sciences, por exemplo. Compreender e lidar com os tempos em torno dos
processos de investigação e desenvolvimento também são ingredientes de uma
cultura de risco.
Os investidores não são aventureiros entediados com dinheiro cujo objetivo
de vida é procurar onde o esbanjar. O investimento é um jogo de risco, mas, no
final de contas, o resultado tem de ser positivo. Parece-nos natural que todos
os intervenientes neste ecossistema estejam a aprender. É honesto, no entanto,
que reconheçamos que todos temos ainda muito por onde melhorar nos nossos
contributos.
2) Ideias.
Diagnosticar redundantemente e ter ideias de forma torrencial são hábitos e ta-lentos
nacionais. As ideias estão para os negócios como as boas intenções estão
para a vida em geral.
Grande parte do trabalho tem sido claramente chamar os empreendedores à
Terra da Concretização. Nada contra a ideação. Nada contra a saudável partilha de
4. 209 A ALMA DO NEGÓCIO
ideias, mais ou menos trabalhadas. Muito menos, nada contra os visionários que
apontam direções, mais ou menos claras. Apenas assinalamos a importância da
concretização como determinante fundamental de um negócio. Consideramos,
aliás, a nossa missão mais específica: apoiar os empreendedores no processo
de tradução de uma ideia num produto ou serviço com um modelo de negócio
sustentável.
Acontece que tem sido uma aventura curiosa propor aos empreendedores que
tornem as suas ideias tangíveis materializando-as, porventura num protótipo
para mostrarem a eventuais clientes.
De alguma forma, é curioso verificar que muitos empreendedores desenvol-veram
a fantasia de que começar uma empresa é todo o processo que vai desde
o ter e desenvolver uma ideia até que aparece um investidor que apresenta uma
proposta milionária pela compra dessa ideia. Assim, simples e retilíneo. Num
instante, somos jovens desconhecidos e no outro somos pequenos Zuckerberg
“laureando a pevide” num magnífico Porsche à beira-mar.
Rapidamente nos poderíamos precipitar a julgar que os nossos empreende-dores
procuram é soluções rápidas para problemas complexos. Facilmente nos
podemos precipitar a considerar que este é um
elemento representativo do facilitismo paterna-lista
que as novas gerações procuram.
Não obstante poder haver um fundo de verdade
por detrás destes dois argumentos, vale a pena
considerarmos o impacto dos exemplos que da-mos
quando comunicamos com os ingénuos.
Quantos CEO se tornaram estrelas Pop nos últi-mos
anos? Quão sexy se tornou dizer que somos
empreendedores? Até que ponto ser empreende-dor
se tornou um acessório hipster que faz pen-dant
com uns óculos Ray Ban, um papillon ou um
gosto generalizado pelo que é vintage?
Todos queremos os famosos 15 minutos de fama.
“os nossos
empreendedores
queixam-se de falta
de apoios e da falta
de investidores, ao
mesmo tempo que
os tais investidores
reclamam a falta
de boas ideias para
investir.”
Todos parecemos capazes de ter uma ideia. Todas as ideias parecem igualmente
boas quando não partilhadas e quando mantidas etereamente afastadas da im-plementação.
Alguém dizia que “a sorte dá muito trabalho” e muitos concordarão
que grande parte do desafio, mas também do prazer de começar uma empresa, é
a odisseia de trabalho por detrás da concretização de um projeto.
Assim sendo, percebe-se o conforto de sonharmos com a Million Dollar Idea que
vai desencadear o nosso sucesso, por mais que, lado a lado com os Poster Boys
5. PARTE 3 / CAPÍTULO 6 / PRECISAMOS DE UMA CONSPIRAÇÃO 210
of Pop, estejam inúmeros casos de sucesso cujo grande segredo foi sempre uma
invulgar capacidade de sacrifício e perseverança.
O nosso Tempo é de grandes dissonâncias. Por um lado, o desemprego au-menta
todos os dias, por outro lado, muitas empresas queixam-se da falta de
gente para trabalhar. Na mesma linha: os nossos empreendedores queixam-se
de falta de apoios e da falta de investidores, ao mesmo tempo que os tais investi-dores
reclamam a falta de boas ideias para investir. É um dramático desencontro
quase shakespeariano... Que, enfim, justifica uma série de medidas para a apro-ximação
entre as duas partes.
Temos boas ideias em Portugal, mas estas não estão necessariamente a passar
por concursos de empreendedorismo ou a ser incubadas, o que não é necessa-riamente
mau. As boas ideias não são exclusivamente juvenis e inocentes nem o
empreendedorismo é um enorme Idea Show.
Temos bons empreendedores em Portugal com boas ideias e a trabalhar bem
no terreno e só depois, muito depois, chegam aos noticiários.
Temos gente inquieta com know-how específico, com maturidade, com muito po-tencial.
Gente que tem mais do que ideias, gente que identificou janelas de opor-tunidade;
mas, para essa gente sair das empresas onde está, temos de diminuir
os custos de transição tornando o país, a Lei e a Fiscalidade mais amigáveis. Ao
limite, o empreendedorismo tem um problema de métricas, tal como qualquer
outra “febre do ouro”: tem de se trabalhar muito para, de vez em quando, lá apa-recer
uma pepita que dá o que falar.
3) Investimento.
O capitalismo tem vários aspetos fascinantes. O liberalismo cativa pela aparen-te
capacidade autogerida de investimento do capital. Os investidores aparecem
aqui como elementos-chave enquanto desbloqueadores da necessidade de ca-pital
de quem está a arrancar. Fala-se em risco. Risco partilhado: risco de quem
orienta a sua vida e todas as suas capacidades para a criação de uma empresa e
risco de quem pondera apoiar essa aventura investindo dinheiro. Que parte des-se
investimento é de risco, de facto? Que parte deveria ser?
Somos todos muito bons a ler as newsletters dos departamentos de Relações
Públicas internacionais, que anunciam na imprensa grandes investimentos em
projetos estaminais. Mas, e na prática? Na prática, é preciso analisar com espí-rito
crítico de onde e como é aplicado o investimento. Na prática, em Portugal,
o Estado tem sido - curiosamente - um grande impulsionador do investimento,
nomeadamente, pela disponibilização de fundos do FINICIA e pela criação do
PME Investimentos, que apoia financeiramente, além de estruturar e coordenar
grande parte da intervenção das sociedades de Business Angels que foram surgin-
6. 211 A ALMA DO NEGÓCIO
do. Paralelamente, e no seu bom jeito ambivalente, o Estado português mantém
uma carga fiscal e uma rigidez legal pouco atraente aos olhos de um investidor e,
na verdade, aos olhos de qualquer empreendedor.
Ainda que noutros países o capital pareça fluir disponível para arriscar, lado a
lado, com empreendedores, em Portugal estamos a dar ainda os primeiros pas-sos.
Nada de mal nisso. Apenas assinalamos, neste tópico como em todos os
outros, a noção de que já existem estruturas de apoio, de que já existem empre-endedores
a tentar e de que já há Business Angels a trabalhar, não obstante o facto
de querermos todos ser muito melhores do que o que somos.
A este respeito, concluímos com um convite final.
Um convite maior endereçado às grandes em-presas
a atuar em Portugal. Sabemos que muitas
têm acompanhado o desenvolvimento do ecos-sistema,
algumas têm até apoiado (de várias for-mas)
iniciativas, mas aquilo de que precisamos é
de um envolvimento comprometido. As grandes
empresas também fazem parte deste ecossiste-ma
e podem condicionar determinantemente o
sucesso dos projetos empreendedores.
A Alemanha e, mais especificamente, Berlim,
são perfeitos exemplos disso. Quase todos os
“Quase todos
os aceleradores
e incubadoras têm
relações estreitas
com alguns dos
maiores grupos
empresariais.”
aceleradores e incubadoras têm relações estreitas com alguns dos maiores gru-pos
empresariais. Frequentemente, são estas grandes marcas que patrocinam o
ecossistema e, além do posicionamento de marca, além da motivação dos exe-cutivos
por atuarem como mentores, esta parceria com empreendedores tem-se
enquadrado de forma brilhante numa estratégia de inovação aberta e colaborati-va.
Ao limite, funciona quase como se se fizesse outsourcing da inovação e desen-volvimento.
É incrível ver isto a funcionar!
O Startup Bootcamp em Berlim anunciou muito recentemente uma parceria
com a Mercedes, a HDI e o Grupo Bosch. Estas empresas vão ajudar os empre-endedores
que participam no já excelente programa do Startup Bootcamp. Imagi-nem
só o impacto que tem no desenvolvimento de um empreendedor passar por
um programa onde beneficia, de entre outras coisas, da mentoria, acompanha-mento
e rede de contactos dos executivos deste conjunto de empresas...
4) Maturidade do ecossistema.
A verdade é que temos de ser justos: estamos ainda a abrir caminho, a construir
uma cultura. Começar um negócio, principalmente de ambição internacional,
nunca foi uma característica muito clara na nossa cultura. Grande parte dos nos-
7. PARTE 3 / CAPÍTULO 6 / PRECISAMOS DE UMA CONSPIRAÇÃO 212
sos empresários cresceram num mundo e num paradigma de negócio muito di-ferentes.
A ideia de retorno à comunidade para ajudar outros a crescer é ainda
um exclusivo de empresários visionários com uma postura na vida distinta. São
poucos mas preciosos e têm dado um contributo realmente importante.
É preciso que mais empresários, mais executivos e mais marcas se juntem a
nós. Aquilo que está aqui em causa é reunirmos contributos para ultrapassarmos
dois grandes constrangimentos: a falta de colaborações no nosso mercado em-presarial
e a mediocridade geral a que isso nos pode confinar.
Conclusão
Atravessamos uma etapa em que, por várias razões, tem havido uma massifica-ção
do discurso sobre empreendedorismo o que, por um lado, ajuda a democra-tizar
o tema e a angariar novos empreendedores. Ao passo que, por outro lado,
esta generalização desembocou numa torrente de iniciativas e discursos que
trouxe ruído e gerou cansaço.
É importante todos ajudarmos a esclarecer men-sagens
e a orientar a energia dos contributos de
cada um. O efeito de halo é passível de ter toma-do
o empreendedorismo, ainda que o foco se deva
manter.
O empreendedorismo não é necessariamente a
tábua de salvação para toda a gente. Não tem de
ser. Nem todos temos de ser empreendedores que
“É preciso que
mais empresários,
mais executivos
e mais marcas
se juntem a nós.”
fundamos novas empresas. Empreendedorismo é, ao limite, sobre autoria: sobre
sermos autores da nossa própria vida e treinarmos o hábito de pensar como, in-dependentemente
da situação ou circunstância, podemos acrescentar valor nas
soluções que apresentamos.
O nosso ecossistema é ainda frágil, mas começa já a mostrar provas de supe-ração
de algumas das dores de crescimento normativas. Precisamos de crescer e
aumentar a massa crítica. Precisamos de educar e esclarecer os nossos estudan-tes
sobrecarregados de expectativas. Precisamos de ser exigentes, críticos e bons
e isto é responsabilidade de todos.
Num período de crise, em que o “nevoeiro” prejudica a previsibilidade do Fu-turo,
os custos de transição são barreiras de entrada elevadas para quem está a
tentar começar um projeto. Quanto do nosso talento e potencial está por aplicar,
porque simplesmente não sente/acredita ter os apoios necessários à transição?
É urgente a criação de estruturas que combinem mentoria e seed capital (capital
8. 213 A ALMA DO NEGÓCIO
semente) para intervir junto destas e de outras situações. O caminho é este e, de
agora em diante, de progressiva refinação da qualidade dos projetos e reforço do
pensamento, bem como ambição global desde a ideia à implementação.
No nosso projeto, o Factory, temos reforçado a integração em redes interna-cionais
para melhor e mais eficazmente conseguirmos apoiar as pessoas a pal-milhar
o mundo. Temos viajado e acreditamos que aquilo que precisamos é de
uma conspiração! Uma conspiração em que uma comunidade composta por em-presas,
investidores, estudantes, associações, universidades que, de forma muito
comprometida com o desenvolvimento da cidade, se têm unido em prol do em-preendedorismo,
dos empreendedores, das empresas e do Futuro.
Temos boas indicações de que, se continuarmos o caminho e dermos as mes-mas
condições às nossas pessoas, lá chegaremos. Temos as condições e os recur-sos.
Braga é uma cidade jovem, agradável e tem uma universidade competente e
reúne na região um cluster tecnológico ambicioso. Da engenharia à nanotecno-logia,
do mobile e do design ao desenvolvimento informático, temos conseguido
reunir pessoas e promover a intersecção de toda esta gente por um novo para-digma.
Há um longo caminho a percorrer, mas esse é o nosso desígnio. O Factory está
há dois anos a mudar pessoas e a forma como elas trabalham e, se em dois anos
conseguimos mudar pessoas e a forma como elas trabalham, conseguimos mudar
as empresas. E se conseguimos mudar as empresas, conseguimos mudar a cida-de.
E se conseguimos mudar uma cidade, podemos mudar um país e, se conse-guirmos
mudar um país, vamos estar a mudar o mundo. Uma pessoa de cada vez!