1) Apresenta duas visões principais sobre os efeitos geo-pedológicos da ação humana: a visão clássica e a visão crítica.
2) Discutem conceitos como horizonte A antrópico, anthrossolos e antropossolos.
3) Propõe a classificação de antropossolos com base na espessura, constituição e tempo de formação.
Mapeamento participativo de riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeir...
Antropossolo
1. ANTROPOSSOLO a metamorfose do solo pela ação humana Ricardo de Sampaio Dagnino Mestrando em Geografia Universidade Estadual de Campinas 20 junho 2005 Apresentação para alunos da Disciplina de Solos Tropicais, ministrada pelo Prof. Francisco Ladeira – Instituto de Geociências - UNICAMP
2. RAÍZES Anthropos = Homem Solum = Chão Anthropos + Solum = Antropossolo “Solo formado pelo Homem”
3.
4.
5. Visão Clássica Tempo Linear e Arítmico “ Os solos são corpos naturais que se desenvolvem em escalas de tempo da ordem de centenas a milhares de anos, e compõem a cobertura pedológica que reveste as áreas emersas da Terra.” (PEDRON et al, 2004)
6.
7.
8.
9.
10.
11. FORMAÇÃO : “ As novas coberturas pedológicas e as novas formações geológicas, que se encontram em processo de geração, estão fortemente influenciadas pela ação do homem “. (OLIVEIRA, 1995) DESTRUIÇÃO: “ Não é mais possível identificar , nas regiões com alguma forma de uso do solo, processos erosivos exclusivamente naturais “. (OLIVEIRA, 1994). “Do ponto de vista da gênese dos solos, a destruição e formação de solos pelo homem , pela grande manipulação física dos materiais terrosos, são eventos catastróficos que criam novos pontos de partida para a formação dos [novos] solos " (Fanning, Fanning 1989 apud Peloggia 1997). Homem: FORMADOR e DESTRUIDOR de Solos Visão Crítica
12.
13. Visão Crítica Conceitos ANTROPOSSOLOS (solos produzidos pelo homem) + Possui 40 cm ou mais de espessura, formado por várias ou apenas uma camada antrópica, constituído por material orgânico e/ou inorgânico, formado exclusivamente por intervenção humana , sobrejacente a qualquer horizonte pedogenético, ou saprolitos de rocha, ou rocha não intemperizada. + Morfologia muito variável em razão da natureza de seus materiais constitutivos, técnicas de composição e tempo de formação. + Em geral, apresentam pequeno grau de evolução , caracterizado pela pequena relação pedogenética entre as camadas. + É muito comum ser identificada a presença de materiais tóxicos e sépticos em sua composição. A drenagem é bastante diversa, e está diretamente relacionada à natureza e a quantidade dos materiais constitutivos, técnica de estruturação para formação do volume, bem como do ambiente de deposição. (CURCIO, G. et al, 2004)
15. Tecnógeno : (1) aterro constituído por mistura de solos de granulações diversas (argila, silte arenoso, areias), com entulhos, de consistência mole a muito mole. Quaternário : (2) argila arenosa cinza escura a marrom escura, rica em matéria orgânica, muito mole, com fragmentos vegetais; (3) areias finas a médias pouco argilosas a argilosas, cinzentas, eventualmente seixosas, fofas a medianamente compactas. Terciário : (4) arguas verdes a cinza-esverdeadas, arenosas a pouco arenosas, duras a rijas, localmente siltosas, com lentes de areia média argilosa verde clara, compacta, pouco espessas, lentes de areia fina com seixos e de silte argiloso pouco arenoso, verde, com seixos. (5) sp: sondagens a percussão; (6) limite da investigação geotécnica. Várzea do Tietê na região da Vila Maria Baixa (PELOGGIA, 1997)
16.
17.
18. Croquis representando escorregamento remontante da camada de colúvio sobre maciço de micaxistos e metarenitos do Grupo São Roque, induzido por corte no sopé da encosta. C: colúvio; M: maciço saprolítico; T: talude de corte; A: aterro; ME: massa escorregada; SR: superfície de ruptura; RR: rupturas remontantes; LS: linha de seixos. (PELOGGIA, 1997) Jardim Morro Doce - extremo noroeste de São Paulo
19. Croquis representando escorregamentos remontantes da camada coluvionar superficial e de antigo depósito terciário de encosta (tipo debris flow), movimentados em conjunto sobre o maciço saprolítico de micaxistos, devido ao descalçamento do sopé da encosta por corte. A: aterro; C: colúvio; SR: superfície de ruptura; RR: rupturas remontantes; M: maciço saprolítico; ME: massa escorregada; TL: depósito terciário tipo "tálus"; T: talude de corte; H: habitação . Jardim Paranapanema - Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo (PELOGGIA, 1997)
21. Hipótese de formação e evolução de depósitos tecnogênicos relacionados ao uso urbano do solo no Planalto Ocidental Paulista (OLIVEIRA, 1995) 1ª Fase
22. Hipótese de formação e evolução de depósitos tecnogênicos relacionados ao uso urbano do solo no Planalto Ocidental Paulista (OLIVEIRA, 1995) As instabilizações provocadas pelos primeiros impactos é dinâmico e continua a evoluir, por força do avanço da ocupação e uso do solo e o escoamento superficial passa a entalhar remontantemente o depósito, através de um processo de emboçorocamento típico, na direção das formas de ocupação e uso do solo concentradoras de escoamentos. 2ª Fase
23. Hipótese de formação e evolução de depósitos tecnogênicos relacionados ao uso urbano do solo no Planalto Ocidental Paulista (OLIVEIRA, 1995) A partir deste momento, os sedimentos produzidos à montante não são mais depositados nesse local e, somados aos depósitos retrabalhados, são transportados mais para jusante, para drenagens de segunda, terceira ordem etc., enfim para os cursos d’água da região. 3ª Fase
24. (OLIVEIRA, 1995) Depósitos observados em taludes de boçorocas, quando se encontram cortados e expostos pela erosão, correspondente ao entalhamento da drenagem, que corta solos hidromórficos sotopostos, até atingir níveis de arenito mais resistente.
25. (SCHLEUß et al, 1998) Exemplos de Cartografia de Antropossolos