A Lei de Mobilidade Urbana de 2012 estabelece princípios como acessibilidade universal, desenvolvimento sustentável e equidade no acesso ao transporte. O instrumento fundamental para sua implantação é o Plano de Mobilidade Urbana, que deve priorizar temas como gestão da demanda de automóveis e qualificação do transporte coletivo. Em resumo, o Plano tem a missão de organizar a disputa pelo espaço urbano de modo a garantir equidade no acesso à cidade.
2. Na Política Nacional de Mobilidade Urbana de 2012, a mobilidade
urbana vai além dos serviços de transporte, e inclui a relação entre os
deslocamentos de pessoas e bens com o meio urbano
Matriz da Política Nacional de Mobilidade Urbana:
Estatuto da Cidade (lei 10.257/01)
Lei 12.587 de 03/01/2012
FUNDAMENTOS da Lei de Mobilidade Urbana
Formulação e execução de uma política nacional de mobilidade urbana, em
um contexto de Estado democrático e baseado em cooperação federativa
Compreensão de que seja um instrumento de desenvolvimento urbano e de
promoção do bem-estar social
Constituição de uma política mais ampla que não engloba tão somente os
serviços de transporte urbano
Superação de uma visão de que mobilidade urbana é um conjunto de serviços
estanques e desarticulados
Destaque da relação dos deslocamentos das pessoas e bens com o meio
urbano
3. Subúrbio Ferroviário em Salvador Linhas de Bonde em São Paulo Ponto de ônibus em Brasília Subúrbio Rovoviário em Los Angeles
A rede de transportes define a estruturação e o desenvolvimento do território urbano
A Lei 12.587 de 03/01/2012 compreende que a Mobilidade é
instrumento de desenvolvimento urbano e de promoção do bem-
estar social, em um contexto democrático de gestão pública
4. PRINCÍPIOS da Lei de Mobilidade Urbana
Acessibilidade universal
Desenvolvimento sustentável
Equidade no acesso ao transporte coletivo
Transparência e participação no planejamento, controle e avaliação da política
de Mobilidade
Segurança nos deslocamentos
Equidade no uso do espaço público e circulação, vias e logradouros
Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes
meios e serviços
Entre os princípios da Lei de Mobilidade estão a acessibilidade
universal, o desenvolvimento sustentável, a equidade no acesso ao
transporte e no uso do espaço de circulação
5. PRINCÍPIOS da Lei de Mobilidade Urbana
Prioridade dos meios de transportes não motorizados sobre os motorizados e
dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual
motorizado
Integração da política de mobilidade com a de controle e uso do solo
Alargamento de calçada com ciclovia – San Francisco Faixa exclusiva de ônibus - São Paulo Adensamento junto a eixos de transporte - Curitiba
A Lei indica a prioridade dos transportes não motorizados e do
transporte coletivo, e destaca a necessária integração da política de
mobilidade com a de controle e uso do solo urbano
6. A ampliação de vias dissociada de
políticas para o controle do uso e
ocupação do solo mostrou-se
insustentável para as cidades: os
investimentos atendem as
demandas existentes mas acabam
gerando expansão urbana
incompatível com sua capacidade,
em um círculo vicioso .
Assim, é fundamental que a
implantação de grandes
infraestruturas viárias seja
acompanhada de planejamento do
uso do solo e medidas de incentivo
a modos coletivos de
deslocamento.
Os investimentos em transporte individual (ampliação de vias) como
prioridade dos planos de transporte mostraram-se insustentáveis para
as cidades contemporâneas
7. PRINCÍPIOS da Lei de Mobilidade
Urbana
A complementaridade e diversidade
entre meios e serviços
(intermodalidade)
A mitigação dos custos ambientais,
sociais e econômicos dos
deslocamentos de pessoas e bens
O incentivo ao desenvolvimento
tecnológico e ao uso de energias
renováveis e não poluentes
A priorização de projetos de
transporte coletivo estruturadores do
território
A Lei de Mobilidade destaca a importância da diversidade e da
complementaridade entre meios e serviços de transporte que
estruturem o território, com redução e mitigação de seus custos
8. OBJETIVOS
Reduzir as desigualdades e promover a inclusão
social
Promover o acesso aos serviços básicos e
equipamentos sociais
Proporcionar melhoria nas condições urbanas da
população no que se refere à acessibilidade e à
mobilidade
Promover o desenvolvimento sustentável com a
mitigação dos custos ambientais e
socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e
cargas nas cidades
Consolidar a gestão democrática como instrumento
e garantia da construção contínua do
aprimoramento da mobilidade urbana
A Política de Mobilidade reforça seus princípios com objetivos de
redução de desigualdades, promoção de inclusão social e
desenvolvimento urbano democrático e sustentável
9. Plano de mobilidade urbana – PlanMob
Os municípios com mais de 20 mil habitantes estão obrigados à implantação de um
PlanMob; os que não o fizerem no prazo máximo de 3 anos da vigência da Lei –
portanto até abril de 2015 – estariam impedidos de receber verbas federais destinadas
à mobilidade urbana.
O instrumento fundamental para a implantação da Política de
Mobilidade Urbana é o Plano de Mobilidade, exigido para municípios
com mais de 20 mil habitantes
10. Priorização dos seguintes temas
Gestão da demanda de automóveis
Qualificação do sistema de ônibus
convencional
Política tarifária
Atenção ao pedestre
Atenção aos ciclistas
Prioridade dos modais não
motorizados e Transportes Públicos
Participação social
A Lei indica os temas que devem ser priorizados no PlanMob, como
gestão de demanda de automóveis, atenção ao pedestre e ao ciclista,
qualificação e priorização do transporte coletivo
11. 11
Em resumo, um Plano de Mobilidade tem a missão de organizar a
disputa pelo espaço que dá suporte aos deslocamentos urbanos, de
modo a garantir a equidade no acesso à cidade
12. 12
NACTO - Urban Street
Design Guide
Em resumo, um Plano de Mobilidade tem a missão de organizar a
disputa pelo espaço que dá suporte aos deslocamentos urbanos, de
modo a garantir a equidade no acesso à cidade
13. 13
60 passageiros e 1
ônibus
60 ciclistas e suas
bicicletas
60 motoristas e seus
carros (que nem
cabem na foto)
Em resumo, um Plano de Mobilidade tem a missão de organizar a
disputa pelo espaço que dá suporte aos deslocamentos urbanos, de
modo a garantir a equidade no acesso à cidade