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O que é invisível na cidade?
As cidades são hoje verdadeiros campos de batalha, onde poderes globais se chocam com identidades locais, abandonados pela desintegração da solidariedade social. O produto desse encontro não poderia ser outro senão a violência e a insegurança generalizadas. 
Zygmunt Bauman
O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos é um espetáculo do Coletivo PI, núcleo cultural de São Paulo, existente há cinco anos e que trabalha com performance e intervenção urbana. O projeto tem incentivo do Edital ProAC Primeiras Obras de Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Teatro (Secretaria Estadual de Cultura) e o apoio da Associação Cultural Casa das Caldeiras, onde o Coletivo PI faz residência artística por meio do edital Obras em Construção desde abril de 2013. 
A montagem tem como base propositora a especulação imobiliária e o conceito de “viver em segurança” nas grandes metrópoles. Na gênese do espetáculo tudo começa com o público sendo recepcionado por corretores de imóveis que tratam a todos como compradores em potencial e iniciam um tour pela região e pela própria fábrica, apresentando um novo conceito em moradia: O Complexo Sol Nascente. 
O roteiro trata da vida agitada das grandes metrópoles e traz uma mulher comum, a personagem Norma, como fio-condutor e um empreendimento imobiliário como mote principal para colocar em evidência acontecimentos banais na aparente normalidade da vida cotidiana. O projeto brinca com realidade e ficção, tornando o público ora observador distante ora personagem da trama, como um torna jogador/feitor de uma história que se faz a cada dia única. 
A encenação tem inspirações teóricas de Michel Foucault e Zygmunt Bauman e propõe ao público uma imersão na arquitetura da região e no próprio organismo urbano do qual somos partes. 
p
Cada vez mais a arte contemporânea nos mostra que o processo de criação é múltiplo e passível de resvalar nas diversas linguagens, ao mesmo tempo em que redimensiona a figura do artista como aquele que reinventa, ainda que momentaneamente, a sua própria existência e se coloca no espaço da partilha e de um jogo que inaugura suas regras no ato da sua feitura junto com o público – participante/ jogador. 
Quando trabalhamos com intervenção urbana e ocupamos as ruas e as áreas públicas, podemos dizer que nos transformarmos em poetas da ação para a construção de narratividades efêmeras num espaço que se transforma em um lugar afetivo, despertando para uma percepção simbólica e reflexiva do espaço da vida, de um cotidiano momentaneamente dilatado, ressignificado. 
Em O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, trabalhamos com a dinâmica do próprio bairro onde a Casa das Caldeiras está inserida, caracterizado por uma crescente especulação imobiliária, construção de grandes complexos habitacionais, comerciais e shoppings de alto padrão. Diante de um processo acelerado de obras e transformações da região, vemos os espaços públicos sendo diluídos em um planejamento urbano que prima pelo privado em detrimento do coletivo, onde há, claramente, um direcionamento para imóveis e projetos urbanos que privilegiam uma classe de maior poder aquisitivo e cria recursos para afastar/segregar outros grupos sociais.
O projeto parte do contexto do bairro para discutir o conceito de vida em segurança nas metrópoles, tão presente nos apelos midiáticos, a partir dos estudos de Michel Foucault sobre biopolítica e de Zygmunt Bauman sobre tempos líquidos. O experimento torna a realidade apresentada em ficção, propondo ao público (grupo de 20 pessoas) uma itinerância pelas ruas do bairro e espaços residuais que são ressignificados com imagens, cenas dramáticas, vídeos e instalações visuais. 
Nesse espetáculo, totalmente autoral, buscamos integrar diferentes linguagens – o teatro com o vídeo e a intervenção. Trabalhar entre as fronteiras das artes e integrar seus diferentes recursos é um dos interesses centrais do Coletivo PI, já que nossas ações extrapolam o espaço convencional de teatro e são pensadas e realizadas nos espaços públicos como ruas, terminais rodoviários e tantos outros que possibilitam uma interação direta entre arte e vida. Para nós, parte do espetáculo acontecer na rua é possibilitar a presença do imprevisível, do movimento da cidade e seus moradores, é trazer para dentro do espetáculo, o ritmo, as imagens, o cheiro, é brincar com os símbolos, as convenções, as memórias daquele espaço e transformá-lo não apenas em cenário para uma representação, mas elemento fundamental para mesma. 
O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos é uma intervenção temporária que atravessa o cotidiano urbano propondo novas maneiras de se pensar e viver a cidade. 
Pâmella Cruz e Natalia Vianna
O Coletivo PI 
Coletivo PI é um núcleo de performance e intervenção urbana de São Paulo, fundado em 2009 por Pâmella Cruz e Priscilla Toscano e em 2010 integrado por Natalia Vianna. As três se conheceram durante a graduação em Artes Cênicas na UNESP e perceberam as afinidades artísticas. Atualmente, o PI conta com sete pessoas no núcleo fixo, de diferentes áreas: Adriano Garcia, Chai Rodrigues, Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo, além de Pâmella, Priscilla e Natalia. 
Um dos objetivos do Coletivo PI é pensar e realizar intervenções e performances em espaços urbanos, reafirmando a rua e locais utilizados cotidianamente pela população como espaços da experiência e da criação. Por meio de ações efêmeras ressignifica, ainda que temporariamente, os espaços e as relações entre as pessoas e a cidade. O PI também promove encontros, oficinas e palestras. 
O núcleo mantém diversos projetos culturais por meio de editais públicos, redes de parceria e ações artísticas em instituições como, por exemplo, a rede Sesc. Para realizar seus projetos faz parcerias com outros artistas, como é o caso deste espetáculo que reuniu mais de doze profissionais entre elenco, equipe técnica e de produção. 
Em 2011 criou a intervenção Na Faixa, uma série de encontros inusitados no tempo do farol para os pedestres em faixas de sinalização. Também realizou o projeto Na Casa de Paulo (2012), com o Prêmio Artes na Rua da FUNARTE, instalando uma casa a céu aberto em oito bairros de São Paulo como forma de trazer à tona as memórias do local. 
Em 2013, o PI foi contemplado pelo edital Obras em Construção, da Associação Cultural Casa das Caldeiras, com o projeto Reflexos Urbanos. Desde então, o grupo em residência artística no local pesquisa e prepara o experimento urbano O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, contemplado no Edital da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo – ProAc Primeiras obras de produção de espetáculo inédito e temporada de teatro, que trata do tema da especulação imobiliária e propõe ao público um tour pela região onde está a Casa das Caldeiras.
Ainda em 2013, o núcleo recebeu o Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais com a performance urbana Entre Saltos. Em 2014, esta performance foi realizada em São Paulo, capital, Campinas/SP em parceria com o Sesc Campinas , Porto Alegre/RS e Salvador/BA. O trabalho gerou o vídeo documentário Entre Saltos, que teve sua primeira exibição no Sesc Campinas em agosto deste ano. Seu mais recente trabalho é a performance Contornos, cuja estreia aconteceu no Sesc Vila Mariana, dentro da programação da Virada Cultural 2014. 
Recentemente o PI participou da mesa de discussão “Cultura e Empoderamento Feminino” dentro da programação “Mulheres e Cultura” do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc/SP (maio) e do Seminário de Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás (junho). O grupo também se prepara assumir a residência artística e gestão cultural do CEU das Artes, em Indaiatuba, por meio do Edital da FUNARTE/MinC de Ocupação dos CEUs das Artes, e realizar o Sarau “Literatura Feminina Contemporânea e a Arte”, na Casa das Rosas, ambos em 2015.
O espetáculo nos faz pensar sobre como vivemos nas grandes cidades, as escolhas cotidianas que influenciam em nossas vidas no que diz respeito à moradia, segurança e convivência coletiva. De forma bem humorada e irônica, o espetáculo propõe uma imersão em nossa própria história, naquilo que determina nosso cotidiano e nos deixa a possibilidade de reinventá-lo. 
Pâmella Cruz
O Retrato Mais Que Óbvio Daquilo Que Não Vemos 
Produção Coletivo PI 
Concepção Natalia Vianna, Pâmella Cruz, Priscilla Toscano 
Dramaturgia Coletivo PI 
Direção Pâmella Cruz 
Direção de Arte Natalia Vianna 
Trilha Sonora Coletivo PI 
Vídeo Chai Rodrigues e Priscilla Toscano 
Locução de vídeo Chai Rodrigues 
Preparação Corporal Marcello D’Ávilla 
Assistentes de Produção Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo 
Contrarregragem Rodrigo Spavanelli, Matheus Felix e Sandra Toscano 
Assessoria em Arquitetura Maria Carolina Braz 
Colaboração em cenografia Felipe Galli 
Assessoria de Imprensa e Comunicação Luciana Gandelini 
Fotografia Eduardo Bernardino 
Arte gráfica Natalia Vianna 
Elenco Pâmella Cruz: Corretora de imóveis, Candidata XX 
Natalia Vianna: Maria da Graça (Gracy), Assistente dos corretores 
Fernanda Pérez: Norma, Corpos Pintados 
Marcelo D’Avilla: Corretor de imóveis, Sistema, Hino Nacional 
Júlio Razec: Dr. Armando Master, Candidato XY 
Emanuela Araújo: Assistente dos corretores, Maria do Socorro, Patrícia, Corpos pintados 
Mari Sanhudo: Assistente dos corretores, Mulher-placa, Assistente de palco 
Thiago Camacho: Homem-placa, Hino Nacional, Corpos pintados 
Maira Meyer: Piedade, Corpos pintados 
Jean Carlo Cunha: Osvaldinho, Mesário 
Priscilla Toscano: Maria Madalena (vídeo) 
Douglas Torelli: Messias (vídeo) 
Marcelo Prudente: Corretor, Hino Nacional, Sistema (stand-in) 
Projeto realizado com o apoio do ProAC 
Duração: 11omin 
Temporada: 21 de setembro a 28 de outubro. Domingos às 20h30, segundas e terças às 20h. 
Excepcionalmente nos dias 23 de setembro, 07, 14 e 21 de outubro não haverá espetáculo.
www.coletivopi.com 
coletivopi@coletivopi.com 
facebook.com/coletivopi | @coletivopi 
Maira Meyer

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  • 4. As cidades são hoje verdadeiros campos de batalha, onde poderes globais se chocam com identidades locais, abandonados pela desintegração da solidariedade social. O produto desse encontro não poderia ser outro senão a violência e a insegurança generalizadas. Zygmunt Bauman
  • 5. O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos é um espetáculo do Coletivo PI, núcleo cultural de São Paulo, existente há cinco anos e que trabalha com performance e intervenção urbana. O projeto tem incentivo do Edital ProAC Primeiras Obras de Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Teatro (Secretaria Estadual de Cultura) e o apoio da Associação Cultural Casa das Caldeiras, onde o Coletivo PI faz residência artística por meio do edital Obras em Construção desde abril de 2013. A montagem tem como base propositora a especulação imobiliária e o conceito de “viver em segurança” nas grandes metrópoles. Na gênese do espetáculo tudo começa com o público sendo recepcionado por corretores de imóveis que tratam a todos como compradores em potencial e iniciam um tour pela região e pela própria fábrica, apresentando um novo conceito em moradia: O Complexo Sol Nascente. O roteiro trata da vida agitada das grandes metrópoles e traz uma mulher comum, a personagem Norma, como fio-condutor e um empreendimento imobiliário como mote principal para colocar em evidência acontecimentos banais na aparente normalidade da vida cotidiana. O projeto brinca com realidade e ficção, tornando o público ora observador distante ora personagem da trama, como um torna jogador/feitor de uma história que se faz a cada dia única. A encenação tem inspirações teóricas de Michel Foucault e Zygmunt Bauman e propõe ao público uma imersão na arquitetura da região e no próprio organismo urbano do qual somos partes. p
  • 6. Cada vez mais a arte contemporânea nos mostra que o processo de criação é múltiplo e passível de resvalar nas diversas linguagens, ao mesmo tempo em que redimensiona a figura do artista como aquele que reinventa, ainda que momentaneamente, a sua própria existência e se coloca no espaço da partilha e de um jogo que inaugura suas regras no ato da sua feitura junto com o público – participante/ jogador. Quando trabalhamos com intervenção urbana e ocupamos as ruas e as áreas públicas, podemos dizer que nos transformarmos em poetas da ação para a construção de narratividades efêmeras num espaço que se transforma em um lugar afetivo, despertando para uma percepção simbólica e reflexiva do espaço da vida, de um cotidiano momentaneamente dilatado, ressignificado. Em O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, trabalhamos com a dinâmica do próprio bairro onde a Casa das Caldeiras está inserida, caracterizado por uma crescente especulação imobiliária, construção de grandes complexos habitacionais, comerciais e shoppings de alto padrão. Diante de um processo acelerado de obras e transformações da região, vemos os espaços públicos sendo diluídos em um planejamento urbano que prima pelo privado em detrimento do coletivo, onde há, claramente, um direcionamento para imóveis e projetos urbanos que privilegiam uma classe de maior poder aquisitivo e cria recursos para afastar/segregar outros grupos sociais.
  • 7. O projeto parte do contexto do bairro para discutir o conceito de vida em segurança nas metrópoles, tão presente nos apelos midiáticos, a partir dos estudos de Michel Foucault sobre biopolítica e de Zygmunt Bauman sobre tempos líquidos. O experimento torna a realidade apresentada em ficção, propondo ao público (grupo de 20 pessoas) uma itinerância pelas ruas do bairro e espaços residuais que são ressignificados com imagens, cenas dramáticas, vídeos e instalações visuais. Nesse espetáculo, totalmente autoral, buscamos integrar diferentes linguagens – o teatro com o vídeo e a intervenção. Trabalhar entre as fronteiras das artes e integrar seus diferentes recursos é um dos interesses centrais do Coletivo PI, já que nossas ações extrapolam o espaço convencional de teatro e são pensadas e realizadas nos espaços públicos como ruas, terminais rodoviários e tantos outros que possibilitam uma interação direta entre arte e vida. Para nós, parte do espetáculo acontecer na rua é possibilitar a presença do imprevisível, do movimento da cidade e seus moradores, é trazer para dentro do espetáculo, o ritmo, as imagens, o cheiro, é brincar com os símbolos, as convenções, as memórias daquele espaço e transformá-lo não apenas em cenário para uma representação, mas elemento fundamental para mesma. O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos é uma intervenção temporária que atravessa o cotidiano urbano propondo novas maneiras de se pensar e viver a cidade. Pâmella Cruz e Natalia Vianna
  • 8. O Coletivo PI Coletivo PI é um núcleo de performance e intervenção urbana de São Paulo, fundado em 2009 por Pâmella Cruz e Priscilla Toscano e em 2010 integrado por Natalia Vianna. As três se conheceram durante a graduação em Artes Cênicas na UNESP e perceberam as afinidades artísticas. Atualmente, o PI conta com sete pessoas no núcleo fixo, de diferentes áreas: Adriano Garcia, Chai Rodrigues, Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo, além de Pâmella, Priscilla e Natalia. Um dos objetivos do Coletivo PI é pensar e realizar intervenções e performances em espaços urbanos, reafirmando a rua e locais utilizados cotidianamente pela população como espaços da experiência e da criação. Por meio de ações efêmeras ressignifica, ainda que temporariamente, os espaços e as relações entre as pessoas e a cidade. O PI também promove encontros, oficinas e palestras. O núcleo mantém diversos projetos culturais por meio de editais públicos, redes de parceria e ações artísticas em instituições como, por exemplo, a rede Sesc. Para realizar seus projetos faz parcerias com outros artistas, como é o caso deste espetáculo que reuniu mais de doze profissionais entre elenco, equipe técnica e de produção. Em 2011 criou a intervenção Na Faixa, uma série de encontros inusitados no tempo do farol para os pedestres em faixas de sinalização. Também realizou o projeto Na Casa de Paulo (2012), com o Prêmio Artes na Rua da FUNARTE, instalando uma casa a céu aberto em oito bairros de São Paulo como forma de trazer à tona as memórias do local. Em 2013, o PI foi contemplado pelo edital Obras em Construção, da Associação Cultural Casa das Caldeiras, com o projeto Reflexos Urbanos. Desde então, o grupo em residência artística no local pesquisa e prepara o experimento urbano O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, contemplado no Edital da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo – ProAc Primeiras obras de produção de espetáculo inédito e temporada de teatro, que trata do tema da especulação imobiliária e propõe ao público um tour pela região onde está a Casa das Caldeiras.
  • 9. Ainda em 2013, o núcleo recebeu o Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais com a performance urbana Entre Saltos. Em 2014, esta performance foi realizada em São Paulo, capital, Campinas/SP em parceria com o Sesc Campinas , Porto Alegre/RS e Salvador/BA. O trabalho gerou o vídeo documentário Entre Saltos, que teve sua primeira exibição no Sesc Campinas em agosto deste ano. Seu mais recente trabalho é a performance Contornos, cuja estreia aconteceu no Sesc Vila Mariana, dentro da programação da Virada Cultural 2014. Recentemente o PI participou da mesa de discussão “Cultura e Empoderamento Feminino” dentro da programação “Mulheres e Cultura” do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc/SP (maio) e do Seminário de Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás (junho). O grupo também se prepara assumir a residência artística e gestão cultural do CEU das Artes, em Indaiatuba, por meio do Edital da FUNARTE/MinC de Ocupação dos CEUs das Artes, e realizar o Sarau “Literatura Feminina Contemporânea e a Arte”, na Casa das Rosas, ambos em 2015.
  • 10. O espetáculo nos faz pensar sobre como vivemos nas grandes cidades, as escolhas cotidianas que influenciam em nossas vidas no que diz respeito à moradia, segurança e convivência coletiva. De forma bem humorada e irônica, o espetáculo propõe uma imersão em nossa própria história, naquilo que determina nosso cotidiano e nos deixa a possibilidade de reinventá-lo. Pâmella Cruz
  • 11. O Retrato Mais Que Óbvio Daquilo Que Não Vemos Produção Coletivo PI Concepção Natalia Vianna, Pâmella Cruz, Priscilla Toscano Dramaturgia Coletivo PI Direção Pâmella Cruz Direção de Arte Natalia Vianna Trilha Sonora Coletivo PI Vídeo Chai Rodrigues e Priscilla Toscano Locução de vídeo Chai Rodrigues Preparação Corporal Marcello D’Ávilla Assistentes de Produção Jean Carlo Cunha e Mari Sanhudo Contrarregragem Rodrigo Spavanelli, Matheus Felix e Sandra Toscano Assessoria em Arquitetura Maria Carolina Braz Colaboração em cenografia Felipe Galli Assessoria de Imprensa e Comunicação Luciana Gandelini Fotografia Eduardo Bernardino Arte gráfica Natalia Vianna Elenco Pâmella Cruz: Corretora de imóveis, Candidata XX Natalia Vianna: Maria da Graça (Gracy), Assistente dos corretores Fernanda Pérez: Norma, Corpos Pintados Marcelo D’Avilla: Corretor de imóveis, Sistema, Hino Nacional Júlio Razec: Dr. Armando Master, Candidato XY Emanuela Araújo: Assistente dos corretores, Maria do Socorro, Patrícia, Corpos pintados Mari Sanhudo: Assistente dos corretores, Mulher-placa, Assistente de palco Thiago Camacho: Homem-placa, Hino Nacional, Corpos pintados Maira Meyer: Piedade, Corpos pintados Jean Carlo Cunha: Osvaldinho, Mesário Priscilla Toscano: Maria Madalena (vídeo) Douglas Torelli: Messias (vídeo) Marcelo Prudente: Corretor, Hino Nacional, Sistema (stand-in) Projeto realizado com o apoio do ProAC Duração: 11omin Temporada: 21 de setembro a 28 de outubro. Domingos às 20h30, segundas e terças às 20h. Excepcionalmente nos dias 23 de setembro, 07, 14 e 21 de outubro não haverá espetáculo.