SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 44
Desenvolvimento do Mogno Africano no
Brasil
Inventário Florestal
Khaya ivorensis A. Chev.
• Espécie de origem africana
• Costa do Marfim, Camarões, Angola e Gana
• Comércio desde o século passado
• Plantada na área de ocorrência natural além
de Ásia Tropical, América do Sul e Austrália
Madeira
Madeira de coloração vermelho a marrom pálido
Peso médio 46 a 570 Kg/m3
Confecção de móveis de alta qualidade, construções
navais
Madeira valorizada
Metro cúbico de
toras - US$1.000
Valores monetários por metro cúbico
Importação Exportação
País Produto Ano Qtde
(1000m3)
Valor
(US$/m3)
Qtde
(1000m3)
Valor
(US$/m3)
França
Toras
2008 21 456 1 925
2010 16 403 0 819
Madeira
Laminada
2008 10 1273 0 4255
2010 9 1012 0 3475
Portugal
Toras 2009
6 1428 0 1397
Madeira
Laminada
2008 1 460 1 386
2009 0 303 0 663
ITTO (2008, 2010)
Estudos sobre crescimento
• Louppe et al. (2008) concluíram que o mogno
africano pode ser considerado uma espécie de
crescimento médio, exigente de luz e com
propriedades de desrama natural (galhos
mortos se desprendem do fuste sozinhos).
• Crescimentos de 2 a 4 m3/ha/ano foram
relatados aos 30 anos de idade.
Rotação esperada é de 30 a 60 anos
Produtividade de 7,5 m3/ha/ano aos 27
anos de idade
Médias de crescimento de árvores
individuais foram de 1,8 cm/ano em
diâmetro e 1 m/ano em altura.
Sistema silvipastoris
Fuste 12m e DAP 22cm aos 7 anos
Pará
Média altura – 8,5 m
DAP – 15,5cm
5 anos e 8 meses
Experiências de Manejo Florestal
Gana e Costa do Marfim
Florestas Nativas
• Exploração de 1 árvore a cada 2 a 10 ha
• Crescimento:
– 11,7 m e 9,3 cm aos 6 anos
– 17, 1 m e 36,5 cm aos 11 anos
• Rotação – 60 a 80 anos
Gana e Costa do Marfim
Plantios
Ribeiro, 2013
Prescrição de Desbaste
Operação N/ha Diâmetro
(cm)
Altura
(m)
Plantio 1000 - -
10 Desbaste 400-
500
15 15
20 Desbaste 200-
250
20 20
30 Desbaste 125-
150
25 25
40 Desbaste 75-100 30 30
Plantio 11 anos Árvore 67 anos
Malásia
Ribeiro, 2013
Operação N/ha Diâmetro
(cm)
H dom
300(m)
Idade
Plantio 833-1111 - - -
10 Desbaste 580-777 10 10-15 5
20 Desbaste 408-544 - 20-25 10
30 Desbaste 200-350 - - 15-20
Austrália
Rotação – 20 a 25 anos
Manejo
Plantio inicial de 800 – 1100 N/ha
3 a 5 anos: seleção das árvores para corte final
Desbastes leves e frequentes
Ribeiro, 2013
Inventário Florestal
Planejamento do uso dos recursos florestais;
Caracterização de uma determinada área em termos
quantitativos;
No caso das florestas com fins madeireiros por exemplo,
o inventário florestal visa principalmente a
determinação ou a estimativa de variáveis como peso,
área basal, volume, qualidade do fuste, estado
fitossanitário, classe de copa e potencial de
crescimento da espécie florestal.
Metodologia
Apresentação de
Inventários Florestais
Locais avaliados
• Piumhí – MG
– Filho, Ribeiro e Melo, 2013
• São Roque – MG
– Filho, Ribeiro e Melo, 2013
• Pirapora – MG
– Filho, Ribeiro, Melo, Cruz e Sales, 2012
• Iraí de Minas – MG
– Filho, Ribeiro e Melo, 2013
• Goiânia – GO
– Barreira, Oliveira e Sousa, 2013
Resultados
• Piumhí
• Khaya ivorensis A. Chev.
• Espaçamento:
– 5,5x6m
Sistema silvipastoris
Fuste 12m e DAP 22cm aos 7 anos
Pará
Média altura – 8,5 m
DAP – 15,5cm
5 anos e 8 meses
Valores de DAP
Valores de Altura Total
Valores de Altura do Fuste
8,68 m3/ha/ano
Valores de Volume
Rotação esperada é de 30 a 60 anos
Produtividade de 7,5 m3/ha/ano aos 27
anos de idade
Médias de crescimento de árvores
individuais foram de 1,8 cm/ano em
diâmetro e 1 m/ano em altura.
IMA em volume são 41% superiores aos
encontrados na medição anterior, indicando que a
floresta ainda não entrou em fase de competição.
Resultados
• Pirapora
• Khaya ivorensis A. Chev.
• Espaçamento: 6x6m
• Gotejamento e
Microaspersão
Gotejamento
Microaspersão
Valores de DAP
Valores de Altura Total
Valores de Altura Fuste
IMA
DAP (cm) HT (m) HF (m) Volume (m3/ha)
Gotejamento 4,0 3,23 1,84 6,23
Microaspersão 4,15 3,32 1,80 8,85
Valores de Volume
Melhor método de irrigação?
Resultados
• Iraí de Minas
• Khaya ivorensis A. Chev.
• Khaya senegalensis (Desr.) A. Juss.
• Espaçamento: 6x4m; 6x4,5m
IMA
DAP HT HF
K. ivorensis 11,1 7,2 2,6
K. Ivorensis 7,2 4,2 1,0
K. ivorensis 13,2 9,4 4,5
K. senegalensis 9,1 5,3 3,1
Incremento em DAP, Altura Total e Altura Fuste
Volume (m3/ha/ano)
K. ivorensis 5,2
K. Ivorensis 2,9
K. ivorensis 5,5
K. senegalensis 2,0
Incremento em Volume
Goiânia
Área: 0,5 ha
Número de Plantas: 180
Idade: 2 anos
Produtividade: 5,84 m3/ha/ano
Considerações Finais
• Crescimentos superiores às regiões de origem
da espécie
• Irrigar ou não irrigar?
• Método de irrigação
• Necessidade de inventários florestais para
definições de manejo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.Geagra UFG
 
Resumo Agricultura e Pecuária Intensiva e Extensiva
Resumo Agricultura e Pecuária Intensiva e ExtensivaResumo Agricultura e Pecuária Intensiva e Extensiva
Resumo Agricultura e Pecuária Intensiva e ExtensivaMichel 000
 
Apresentação cebola
Apresentação cebolaApresentação cebola
Apresentação cebolaJulieme Uepb
 
Fisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheitaFisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheitaUERGS
 
Aula instalacoes aves
Aula instalacoes avesAula instalacoes aves
Aula instalacoes avesnice1961
 
Colheita e Armazenamento: Milho
Colheita e Armazenamento: MilhoColheita e Armazenamento: Milho
Colheita e Armazenamento: MilhoGeagra UFG
 
BIOLOGIA: Mata Atlântica
BIOLOGIA: Mata Atlântica BIOLOGIA: Mata Atlântica
BIOLOGIA: Mata Atlântica BlogSJuniinho
 
Caracterização do Mercado Agrícola
Caracterização do Mercado AgrícolaCaracterização do Mercado Agrícola
Caracterização do Mercado AgrícolaGeagra UFG
 
Desbaste em Floresta Plantada
Desbaste em Floresta PlantadaDesbaste em Floresta Plantada
Desbaste em Floresta PlantadaCassio Augusto
 
Evolução da agricultura aula 3
Evolução da agricultura aula 3Evolução da agricultura aula 3
Evolução da agricultura aula 3UERGS
 
Instalações para aves
Instalações para avesInstalações para aves
Instalações para avesMarília Gomes
 
Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...
Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...
Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...cbsaf
 

Mais procurados (20)

Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.
 
Sistemas agroflorestais
Sistemas agroflorestaisSistemas agroflorestais
Sistemas agroflorestais
 
Resumo Agricultura e Pecuária Intensiva e Extensiva
Resumo Agricultura e Pecuária Intensiva e ExtensivaResumo Agricultura e Pecuária Intensiva e Extensiva
Resumo Agricultura e Pecuária Intensiva e Extensiva
 
Apresentação cebola
Apresentação cebolaApresentação cebola
Apresentação cebola
 
Fisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheitaFisiologia pré e pós colheita
Fisiologia pré e pós colheita
 
Silvicultura
SilviculturaSilvicultura
Silvicultura
 
Gado leite
Gado leiteGado leite
Gado leite
 
Aula instalacoes aves
Aula instalacoes avesAula instalacoes aves
Aula instalacoes aves
 
Colheita e Armazenamento: Milho
Colheita e Armazenamento: MilhoColheita e Armazenamento: Milho
Colheita e Armazenamento: Milho
 
Extensão rural
Extensão ruralExtensão rural
Extensão rural
 
BIOLOGIA: Mata Atlântica
BIOLOGIA: Mata Atlântica BIOLOGIA: Mata Atlântica
BIOLOGIA: Mata Atlântica
 
Caracterização do Mercado Agrícola
Caracterização do Mercado AgrícolaCaracterização do Mercado Agrícola
Caracterização do Mercado Agrícola
 
Cultura da Mandioca.pptx
Cultura da Mandioca.pptxCultura da Mandioca.pptx
Cultura da Mandioca.pptx
 
Introdução ao Agronegocio
Introdução ao AgronegocioIntrodução ao Agronegocio
Introdução ao Agronegocio
 
Desbaste em Floresta Plantada
Desbaste em Floresta PlantadaDesbaste em Floresta Plantada
Desbaste em Floresta Plantada
 
Bovinocultura de Corte
Bovinocultura de Corte Bovinocultura de Corte
Bovinocultura de Corte
 
Integração Lavoura Pecuaria Floresta ILPF
Integração Lavoura Pecuaria Floresta ILPFIntegração Lavoura Pecuaria Floresta ILPF
Integração Lavoura Pecuaria Floresta ILPF
 
Evolução da agricultura aula 3
Evolução da agricultura aula 3Evolução da agricultura aula 3
Evolução da agricultura aula 3
 
Instalações para aves
Instalações para avesInstalações para aves
Instalações para aves
 
Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...
Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...
Dia 2 - Simpósio 1 - SAFs e Geração de Renda - Sistemas agroflorestais e sust...
 

Desenvolvimento do Mogno Africano no Brasil: Inventários Florestais

  • 1. Desenvolvimento do Mogno Africano no Brasil Inventário Florestal
  • 2. Khaya ivorensis A. Chev. • Espécie de origem africana • Costa do Marfim, Camarões, Angola e Gana • Comércio desde o século passado • Plantada na área de ocorrência natural além de Ásia Tropical, América do Sul e Austrália
  • 3. Madeira Madeira de coloração vermelho a marrom pálido Peso médio 46 a 570 Kg/m3 Confecção de móveis de alta qualidade, construções navais Madeira valorizada Metro cúbico de toras - US$1.000
  • 4. Valores monetários por metro cúbico Importação Exportação País Produto Ano Qtde (1000m3) Valor (US$/m3) Qtde (1000m3) Valor (US$/m3) França Toras 2008 21 456 1 925 2010 16 403 0 819 Madeira Laminada 2008 10 1273 0 4255 2010 9 1012 0 3475 Portugal Toras 2009 6 1428 0 1397 Madeira Laminada 2008 1 460 1 386 2009 0 303 0 663 ITTO (2008, 2010)
  • 5. Estudos sobre crescimento • Louppe et al. (2008) concluíram que o mogno africano pode ser considerado uma espécie de crescimento médio, exigente de luz e com propriedades de desrama natural (galhos mortos se desprendem do fuste sozinhos). • Crescimentos de 2 a 4 m3/ha/ano foram relatados aos 30 anos de idade.
  • 6. Rotação esperada é de 30 a 60 anos Produtividade de 7,5 m3/ha/ano aos 27 anos de idade Médias de crescimento de árvores individuais foram de 1,8 cm/ano em diâmetro e 1 m/ano em altura.
  • 7. Sistema silvipastoris Fuste 12m e DAP 22cm aos 7 anos Pará Média altura – 8,5 m DAP – 15,5cm 5 anos e 8 meses
  • 9. Gana e Costa do Marfim Florestas Nativas • Exploração de 1 árvore a cada 2 a 10 ha • Crescimento: – 11,7 m e 9,3 cm aos 6 anos – 17, 1 m e 36,5 cm aos 11 anos • Rotação – 60 a 80 anos
  • 10. Gana e Costa do Marfim Plantios Ribeiro, 2013 Prescrição de Desbaste Operação N/ha Diâmetro (cm) Altura (m) Plantio 1000 - - 10 Desbaste 400- 500 15 15 20 Desbaste 200- 250 20 20 30 Desbaste 125- 150 25 25 40 Desbaste 75-100 30 30 Plantio 11 anos Árvore 67 anos
  • 11. Malásia Ribeiro, 2013 Operação N/ha Diâmetro (cm) H dom 300(m) Idade Plantio 833-1111 - - - 10 Desbaste 580-777 10 10-15 5 20 Desbaste 408-544 - 20-25 10 30 Desbaste 200-350 - - 15-20
  • 12. Austrália Rotação – 20 a 25 anos Manejo Plantio inicial de 800 – 1100 N/ha 3 a 5 anos: seleção das árvores para corte final Desbastes leves e frequentes Ribeiro, 2013
  • 13. Inventário Florestal Planejamento do uso dos recursos florestais; Caracterização de uma determinada área em termos quantitativos; No caso das florestas com fins madeireiros por exemplo, o inventário florestal visa principalmente a determinação ou a estimativa de variáveis como peso, área basal, volume, qualidade do fuste, estado fitossanitário, classe de copa e potencial de crescimento da espécie florestal.
  • 16. Locais avaliados • Piumhí – MG – Filho, Ribeiro e Melo, 2013 • São Roque – MG – Filho, Ribeiro e Melo, 2013 • Pirapora – MG – Filho, Ribeiro, Melo, Cruz e Sales, 2012 • Iraí de Minas – MG – Filho, Ribeiro e Melo, 2013 • Goiânia – GO – Barreira, Oliveira e Sousa, 2013
  • 17. Resultados • Piumhí • Khaya ivorensis A. Chev. • Espaçamento: – 5,5x6m
  • 18.
  • 19. Sistema silvipastoris Fuste 12m e DAP 22cm aos 7 anos Pará Média altura – 8,5 m DAP – 15,5cm 5 anos e 8 meses
  • 22. Valores de Altura do Fuste
  • 24. Rotação esperada é de 30 a 60 anos Produtividade de 7,5 m3/ha/ano aos 27 anos de idade Médias de crescimento de árvores individuais foram de 1,8 cm/ano em diâmetro e 1 m/ano em altura.
  • 25. IMA em volume são 41% superiores aos encontrados na medição anterior, indicando que a floresta ainda não entrou em fase de competição.
  • 26. Resultados • Pirapora • Khaya ivorensis A. Chev. • Espaçamento: 6x6m • Gotejamento e Microaspersão
  • 28.
  • 32. IMA DAP (cm) HT (m) HF (m) Volume (m3/ha) Gotejamento 4,0 3,23 1,84 6,23 Microaspersão 4,15 3,32 1,80 8,85
  • 34. Melhor método de irrigação?
  • 35. Resultados • Iraí de Minas • Khaya ivorensis A. Chev. • Khaya senegalensis (Desr.) A. Juss. • Espaçamento: 6x4m; 6x4,5m
  • 36.
  • 37.
  • 38. IMA DAP HT HF K. ivorensis 11,1 7,2 2,6 K. Ivorensis 7,2 4,2 1,0 K. ivorensis 13,2 9,4 4,5 K. senegalensis 9,1 5,3 3,1 Incremento em DAP, Altura Total e Altura Fuste
  • 39.
  • 40. Volume (m3/ha/ano) K. ivorensis 5,2 K. Ivorensis 2,9 K. ivorensis 5,5 K. senegalensis 2,0 Incremento em Volume
  • 41.
  • 42.
  • 43. Goiânia Área: 0,5 ha Número de Plantas: 180 Idade: 2 anos Produtividade: 5,84 m3/ha/ano
  • 44. Considerações Finais • Crescimentos superiores às regiões de origem da espécie • Irrigar ou não irrigar? • Método de irrigação • Necessidade de inventários florestais para definições de manejo